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Bioinformática INTERLEUCINA -2 Acadêmicas: Angelica Elis da Rosa; Camila Guterres; Carine Frozza; Dandara Backes; Gabriela Anzollin; Thatiane Caligaris B. Hoss O processo de sequenciamento do DNA iniciou-se na década de 70 através de um processo manual e rudimentar sendo sequenciada de 10 a 100 bases por vez. A partir da década de 90 vem ocorrendo um desenvolvimento de novas tecnologias de sequenciamento de DNA, contribuindo para o aumento do volume de dados biológicos a serem analisados utilizando ferramentas de bioinformática. A biologia molecular então progrediu exponencialmente, devido ao melhoramento da automação na geração de dados de sequências de genótipos para fenótipos, tornando-se muito mais uma ciência de informação. Entretanto, de acordo com FILHO et al. (2002), esse aumento na quantidade de sequências genéticas a serem armazenadas passou a exigir algoritmos computacionais eficientes que promovessem o compartilhamento, análise e armazenamento desses dados. A bioinformática que combina conhecimentos de química, física, biologia, engenharia genética, matemática e ciência da computação para obter informações biológicas a fim de desenvolver e processar dados com softwares que tenham capacidade de distinguir diferentes genes, prever a configuração tridimensional de proteínas, identificar inibidores de enzimas, simular células, agrupar proteínas homólogas, montar árvores filogenéticas, analisar experimentos de avaliação da expressão gênica entre outras aplicações, tendo como resultado, desde mapeamentos genéticos a diagnósticos cada vez mais rápidos e mais precisos. Sequência 5: >seq5 AGTTCCCTATCACTCTCTTTAATCACTACTCACAGTAACCTCAACTCCTGCCACAATGTACAGGATGCAA CTCCTGTCTTGCATTGCACTAAGTCTTGCACTTGTCACAAACAGTGCACCTACTTCAAGTTCTACAAAGA AAACACAGCTACAACTGGAGCATTTACTGCTGGATTTACAGATGATTTTGAATGGAATTAATAATTACAA GAATCCCAAACTCACCAGGATGCTCACATTTAAGTTTTACATGCCCAAGAAGGCCACAGAACTGAAACAT CTTCAGTGTCTAGAAGAAGAACTCAAACCTCTGGAGGAAGTGCTAAATTTAGCTCAAAGCAAAAACTTTC ACTTAAGACCCAGGGACTTAATCAGCAATATCAACGTAATAGTTCTGGAACTAAAGGGATCTGAAACAAC ATTCATGTGTGAATATGCTGATGAGACAGCAACCATTGTAGAATTTCTGAACAGATGGATTACCTTTTGT CAAAGCATCATCTCAACACTGACTTGATAATTAAGTGCTTCCCACTTAAAACATATCAGGCCTTCTATTT ATTTAAATATTTAAATTTTATATTTATTGTTGAATGTATGGTTTGCTACCTATTGTAACTATTATTCTTA ATCTTAAAACTATAAATATGGATCTTTTATGATTCTTTTTGTAAGCCCTAGGGGCTCTAAAATGGTTTCA CTTATTTATCCCAAAATATTTATTATTATGTTGAATGTTAAATATAGTATCTATGTAGATTGGTTAGTAA AACTATTTAATAAATTTGATAAATATAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Conversão de DNA em RNA Realizada no editor de sequência; Trocando a base nitrogenada Timina por Uracila; Cada letra representa um aminoácido Tradução: Consiste em um banco de dados, onde são demonstrados os códons de inicio (Metioninas) e os códons de parada (Stop códons), indicando as possíveis sequências codificadoras presente no DNA. O Centro Nacional de Informações Biotecnológicas (NCBI) consiste em um banco de dados computadorizado, que armazena principalmente sequências codificadoras de proteínas. Uma região codificadora contendo nº de nucleotídeos múltiplo de três e compreendida entre um códon de início e o códon de término de tradução é denominada de Quadro Aberto de Leitura (Open Reading Frame – ORF). O ORFfinder é utilizado para informar 6 possíveis ORF presentes na sequência de DNA. ORF 2 = Maior similaridade Caracteriza a proteína Interleucina 2, que corresponde a 153 Aminoácidos. Sequências resultantes da ORF2 : Divergência de aminoácidos * Aminoácidos iguais Compara sequências da mesma proteína de origens diferentes para detectar aminoácidos iguais nas determinadas sequências. Identidade da Proteína INTERLEUCINA-2 HUMANA Estrutura 3D Citocina é enquadrada como interleucina humana extraída da Escherichia coli e documentada em 2009. As citocinas são substâncias necessárias para a resposta inflamatória, favorecendo a cicatrização. Porém, a produção aumentada de citocinas pró- inflamatórias a partir da lesão pode manifestar-se sistemicamente com instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos. Em doenças que cursam com processo inflamatório agudo ou crônico, as citocinas podem ser reconhecidas por neurônios e utilizadas para desencadear diversas reações celulares que influenciam a atividade, a diferenciação, a proliferação e sobrevida da célula imunológica, bem como na produção e atividade de outras citocinas, que podem aumentar (pró-inflamatórias) ou atenuar (anti-inflamatórias) a resposta inflamatória. As citocinas podem ser Anti-inflamatórias IL-4, IL-10, IL-13 e FTCβ Pró-inflamatórias - relacionadas com a fisiopatologia das síndromes dolorosas. IL-1, IL-2, IL-6, IL-7 e FNT As citocinas são polipeptídeos ou glicoproteínas extracelulares, hidrossolúveis, variando entre 8 e 30 kDa. São produzidas por diversos tipos de células no local da lesão e por células do sistema imunológico através da ativação de proteinoquinases ativadas por mitógenos. As citocinas não são armazenadas e atuam por mecanismos parácrino e autócrino. Diferentes tipos de células secretam a mesma citocina, e uma única citocina pode agir em diversos tipos de células (pleiotropia). A IL-2 é uma glicoproteína com 15KDa de peso molecular. Inicialmente é sintetizada numa forma pró que contém 153 aminoácidos. Após clivagem de 20 aminoácidos torna-se madura e é secretada, através da via vesicular. A IL-2 é uma citocina envolvida na ativação, crescimento e diferenciação das células T, assim como na indução do crescimento, diferenciação e ativação funcional de uma variedade de outras células que participam da resposta imune. É produzida principalmente por células-T-CD4 e em menor quantidade por células-TCD8+. Age através de receptores IL-2Rα, IL-2Rβ e IL-2Rγ, usando a via intracelular JAK/STAT para estimular o crescimento e a proliferação de linfócitos-T e células-B. Também induz a produção de outras citocinas, como, por exemplo, IFNγ e FNTβ, o que resulta na ativação de monócitos, neutrófilos e células NK. Desse modo, fica evidente que a IL-2 contribui para a geração e a propagação de respostas imunológicas específicas do antígeno. Medicamentos Que utilizam interleucina 2 Aldesleucina (Interleucina 2 recombinante) Que interferem na interleucina 2 Ciclosporina Basiliximabe Denileukin Diftitox A administração de altas doses de IL-2 pode reduzir o tamanho do tumor, mas isso pode causar sérios efeitos colaterais, por isso não é usada em pacientes com outros problemas de saúde. São necessários cuidados especiais para reconhecer e tratar esses efeitos colaterais. Em função disso, altas doses de IL-2 são administradas apenas em hospitais com experiência nesse tipo de tratamento. Os possíveis efeitos colaterais da terapia com citocinas, especialmente em altas doses de interleucina-2, incluem: •Fadiga extrema. •Diminuição da pressão arterial. •Acúmulo de líquido nos pulmões. •Dificuldade respiratória. •Danos nos rins. •Infarto. •Sangramento intestinal. •Diarreia. •Dor abdominal. •Febre alta e calafrios. •Taquicardia (aumento da frequência cardíaca). •Alterações mentais. é indicado no tratamento do carcinoma renal metastático (tumor maligno secundário nos rins) e do melanoma metastático (tumor benigno ou maligno secundário na pele). Foi demonstrado que PROLEUKIN® (aldesleucina) possui uma atividade biológica semelhante à interleucina-2 humana natural. Os estudos demonstraram que o produto atua como regulador da resposta imunológica do nosso organismo. Entre as suas propriedades encontram-se: Aumentoda proliferação dos linfócitos T-helper (célula do sistema imune); Aumento da formação de linfócitos e estimulação do crescimento de células humanas dependentes de interleucina-2; Indução da atividade de células assassinas (ativadas por linfocina - LAK e naturais - NK), que são capazes de eliminar do nosso corpo alguns microrganismos ou células cancerosas; Indução da produção de interferon-gama (substância que estimula as células assassinas). PROLEUKIN® Interleucina-2 recombinante (IL-2r) Aldesleucina 1,1 mg (18 x106 U.I.) • Ciclosporina É um agente imunossupressor, inibidor de calcineurina. INDICAÇÕES: Transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea, uveíte endógena, síndrome nefrótica, artrite reumatoide, psoríase, dermatite atópica. No nível celular, inibe a produção e a liberação de linfocinas, inclusive a interleucina-2 (fator de crescimento de células T, TCGF). Ao que parece, a ciclosporina bloqueia os linfócitos durante a fase G0 ou fase G1 do ciclo celular e inibe a liberação de linfocinas, desencadeada por antígenos, pelas células T ativadas. Diversos estudos sugerem que a ciclosporina inibe o desenvolvimento das reações de células mediadoras, incluindo-se imunidade a aloenxertos, hipersensibilidade cutânea tardia, encefalomielite alérgica experimental, artrite por adjuvante de Freund, doença enxerto-versus- hospedeiro (GVHD) e também produção de anticorpos dependentes de célula T. A ciclosporina é um polipeptídio cíclico que contém 11 aminoácidos. É um potente agente imunossupressor que prolonga a sobrevida de transplantes alogênicos de pele, coração, rins, pâncreas, medula óssea, intestino delgado ou pulmão em animais. SIMULECT® basiliximabe INDICAÇÕES: Simulect® está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos em transplante renal de novo, em adultos e pacientes pediátricos Denileukin Diftitox - ONTAK® Ontak é usado para: Tratamento de determinados tipos de linfoma. Ontak é um agente anticancerígeno chamado uma proteína de fusão. Ele funciona interferindo com o crescimento de células cancerosas, que resulta na morte das células. IMUNOTERAPIA O tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica, é denominado imunoterapia. As reações imunológicas podem ser resultado da interação antígeno- anticorpo ou dos mecanismos envolvidos na imunidade mediada por células. A produção de anticorpos está relacionada com os linfócitos B, enquanto que a imunidade mediada por células se relaciona com os linfócitos T. Os monócitos e os macrófagos também são células efetoras de imunidade e facilitam a atividade dos linfócitos T e de modificadores da resposta biológica, como a interleucina. Mais de setenta atividades biológicas diferentes são mediadas por produtos de linfócitos, monócitos e macrófagos. Esses mediadores podem ser classificados como fatores auxiliares, supressores, reguladores do crescimento e citotóxicos. Há muito tempo se reconhece a relação entre competência imunológica e evolução favorável da doença maligna. Especificamente, a redução da atividade das células supressoras tem sido demonstrada em pacientes com câncer de ovário, neuroblastoma e carcinoma hepatocelular. Esta observação está mais relacionada à presença de doença avançada do que ao tipo histológico do tumor e também oferece as bases para a imunoterapia de pacientes com câncer, sob a hipótese de que a restauração da função imunológica pode levar a um melhor prognóstico do caso. TIPO IMUNOMODULADORES ATIVA INESPECIFICA BCG e derivados Levamisole Isoprinosina Corynebacterium parvum ATIVA ESPECIFICA Vacinas e soros produzidos a partir de culturas de células tumorais coletados do próprio paciente (imunoterapia autóloga) ou de outro paciente com neoplasia semelhante (imunoterapia heteróloga) PASSIVA Fator de transferência Interferon Interleucina 2 ARN-imune Inunomoduladores Tumores BCG* Melanoma maligno Câncer superficial de bexiga Interferon Leucemia de células cabeludas Mieloma múltiplo, melanoma maligno Linfomas malignos e outras leucemias Interleucina-2 Melanoma maligno, sarcomas, carcinoma de cólons e reto, sarcoma de Kaposi do portador de Aids e adenocarcinoma de pulmão Fator de necrose tumoral Melanoma maligno Anticorpos monoclonais Melanoma maligno, neuroblastoma Levamisole Melanoma maligno e carcinoma intestinal Corynebacterium parvum* Câncer de pulmão, melanoma maligno REFERÊNCIAS CARVALHO, P. R. A. et al. Medicamentos de A a Z: pediatria: 2012 - 2013. Porto Alegre: Artmed, 2011. 1000p. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=GHBx0inY3GcC&pg=PA264&lpg=PA264&dq=inte rleucina+2+e+medicamentos&source=bl&ots=8KY2PMWEyo&sig=ohZBrmq1NV0VxmFx dvL77br-Mzo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwia- 4GZwdjOAhUDIpAKHS54A6o4ChDoAQg_MAc#v=onepage&q=interleucina%202%20e% 20medicamentos&f=false> Acesso em 21.08.16 GIUGNO, Katia M.; et al. Concentrações de interleucina-2 na secreção nasofaríngea de crianças com bronquiolite viral aguda pelo vírus respiratório sincicial. Jornal da Pediatria (Rio de Janeiro), Porto Alegre, v. 80, n. 4, p. 315-320, agosto/2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021- 75572004000500012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20/08/2016. ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 536 p. Imunoterapia. 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