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�PAGE �36� �PAGE �6� Universidade Federal do Pampa Campus de Itaqui Curso de Agronomia Bases de Genética Organismos Geneticamente Modificados Acadêmico: João Pedro Quadros Medeiros Itaqui Julho – 2014� INTRODUÇÃO Organismos geneticamente modificados são definidos como toda entidade biológica cujo material genético (DNA/RNA) foi alterado por meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira que não ocorreria naturalmente. A tecnologia permite que genes individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para outro, inclusive entre espécies não relacionadas. Estes métodos são usados para criar plantas geneticamente modificadas para o cultivo de matérias-primas e alimentos. (MAPA) Erroneamente chamados de transgénicos, OGM são organismos que passaram alterações no seu património genético. Através da tecnologia do DNA recombinante pode alterar-se o material genético, incluindo características genéticas num determinado organismo que, de outra forma, não iria possuir ou possuía em menor grau. De um modo geral a inclusão de genes num novo organismo pretende conferir características relacionadas com a capacidade de resistir a doenças e pragas e com a melhoria do valor nutricional. Para se obter organismos geneticamente modificados recorre-se à técnica do DNA recombinante que utiliza ferramentas específicas tais como as enzimas de restrição, que funcionam como tesouras, pois cortam o DNA. No entanto, não o cortam ao acaso, mas sim em locais específicos, ou seja, permitem cortar a parte que contém o gene ou genes escolhidos. Outra ferramenta importante são as DNA-ligases, enzimas que permitem a colagem entre as pontas de dois segmentos de DNA. Os vetores são mais uma ferramenta importante para este processo, pois são eles que vão transportar o material genético a ser incluído no novo organismo. Os plasmídeos e os vírus são os vetores mais utilizados: os primeiros usam-se mais para organismos vegetais e os segundos para animais. Por último temos os promotores, genes que acompanham o material genético a ser inserido, garantindo a expressão do gene ou genes que foram transferidos. Os OGM apresentam vantagens e desvantagens. Destacam-se como vantagens, a resistência das culturas a pragas e doenças e consequente aumento de produção, e a melhoria nutricional dos alimentos. As principais desvantagens relacionam-se com a disseminação destes organismos, fazendo diminuir as espécies selvagens e provocando uma diminuição da biodiversidade, e com a possibilidade de poderem provocar alergias. Com o desenvolvimento da capacidade de se produzir organismos geneticamente modificados, pensou-se que poderia estar resolvido o problema da fome, pois seria possível a produção em massa e com menores perdas, ao nível da produção, de mais e melhores alimentos. Este pressuposto está longe de ser conseguido uma vez que produção destes organismos levanta ainda muitas questões e é geradora de grandes controvérsias. A soja e o milho foram os primeiros OGM a serem aprovados, na União Europeia, para consumo humano. Vantagens: Os alimentos geneticamente modificados têm menor probabilidade de serem prejudiciais para a saúde; Os alimentos geneticamente modificados são mais saborosos, saudáveis e mais ricos em nutrientes; Possuem maior resistência a infestações; Estes alimentos podem crescer em ambientes mais hostis; Oferecem um maior valor nutritivo e um aumento de rendimento. Desvantagens: Com o aumento da produção de alimentos geneticamente modificados, pelos países em vias de desenvolvimento, reduz a sua dependência pelos países desenvolvidos, levando a diminuição do comercio e de perdas económicas; Não se sabe se os transgénicos afetam a saúde humana; Poluição genética, isto é, os cultivos de serão em céu aberto e o Homem não terá controlo sobre as sementes da próxima geração; A agricultura e o ambiente serão alterados irreversivelmente e as culturas geneticamente modificadas terão vantagens competitiva em relação ás plantas e animais existentes na zona onde são plantadas; Como as plantações geneticamente modificadas são resistentes aos pesticidas e a tendência será para utilizar pesticidas e herbicidas cada vez mais fortes; OGM / Transgênicos Organismos geneticamente modificados, não são transgénicos. Todo transgénico é um organismo geneticamente modificado, mas nem todo OGM é um transgénico. Um transgénico é um organismo que possui uma sequência de DNA, ou parte do DNA de outro organismo, pode até ser de uma espécie diferente. Enquanto um OGM é um organismo que foi modificado geneticamente, mas que não recebeu nenhuma região de outro organismo. Por exemplo, uma bactéria pode ser modificada para expressar um gene bem mais vezes. Isso não quer dizer que ela seja uma bactéria transgénica, mas apenas um OGM, já que não foi necessário inserir material externo. Sempre que você insere um DNA exógeno em um organismo esse passa a ser transgénico. Conclusão: Fica clara que os OGM, nos trazem muitas vantagens, proporcionando melhorias para nosso dia a dia, entretanto, há algumas observações que devem ser tomadas ao utilizar os mesmos, cuidados com a variabilidade genética e preservação de espécies selvagens são importantes, pois estes são saídas para possíveis problemas ocorridos no uso continuo. Salvo as devidas medidas citadas acima minha opinião sobre o assunto é positiva. Referencias: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/organismos-geneticamente-modificados> (Acesso em 01/07/2014). CORDEIRO, Antônio Rodrigues. Plantas transgênicas: o futuro da agricultura sustentável. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 7, n. 2, out. 2000 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702000000300018&lng=pt&nrm=iso>. (Acesso em 01/07/2014). �
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