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22/11/2010 1 MATERIAIS BETUMINOSOS - IMPERMEABILIZAÇÃO Angelo Just da Costa e Silva, Prof. Dr. Maio, 2010 IMPERMEABILIZAÇÃO Conceitos Ato ou efeito de selar, colmatar e vedar os materiais porosos e as falhas de materiais motivadas por movimentos estruturais ou falhas de execução (Cunha e Cunha, 1997). Tem por objetivo impedir o transporte indesejável de águas, fluidos e vapores nos materiais e componentes, atuando na contenção ou direcionamento desses elementos para os locais desejados (Isaia, 2007). IMPERMEABILIZAÇÃO Importância Durabilidade Habitabilidade Saúde IMPERMEABILIZAÇÃO Locais de utilização Edificações: Áreas privativas: banheiros, varandas, jardineiras. Áreas comuns: mezanino, reservatório (superior e cobertura), cobertura, piscinas, calhas. IMPERMEABILIZAÇÃO Locais de utilização Estruturas diversas: Estação de tratamento de água (ETA), câmaras frias, elementos de fundação, túneis. IMPERMEABILIZAÇÃO Etapas de execução do serviço CONTROLE TECNOLÓGICO Materiais Produção PRODUÇÃO Preparação da base Aplicação do produto Acabamento/proteção PROJETO PARA PRODUÇÃO – NBR 9575/1993 Materiais Escolha do sistema 22/11/2010 2 IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Características importantes dos materiais utilizados para impermeabilização: Baixa permeabilidade. Flexibilidade. Materiais utilizados para impermeabilização: Elementos asfálticos (betuminosos). Cimentos modificados com polímeros. Polímeros sintéticos. IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Materiais betuminosos - características: Adesivos e aglomerantes que dispensam o uso de água Facilmente fundidos e solidificados (termoplásticos) - não possuem ponto de fusão (amolecem em temperaturas variadas) Hidrófugos - repelem a água Inócuos - Não reagem quimicamente com agregados minerais Ductilidade variável, afetada pela radiação solar Recicláveis IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Materiais betuminosos - propriedades: Dureza (NBR 6576): Índice de penetração de agulha padrão a 25ºC durante 5 segundos. Viscosidade (NBR 5847): resistência oposta a um fluido à deformação sob a ação de uma força. Ductilidade (NBR 6293): capacidade de deformação do material sem a ocorrência de fissuras. Massa específica (NBR 6293): avalia a uniformidade e o teor de impurezas (entre 900 e 1.400 kg/m3 - asfaltos). IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Materiais betuminosos - propriedades: Ponto de amolecimento (NBR 11.341): temperatura de referência para aplicação (entre 36ºC e 62ºC), medido pela deformação do material contido em um anel com bola de aço padrão. IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Materiais betuminosos - propriedades: Ponto de fulgor (NBR 11.341): temperatura em que os gases desprendidos do material se inflamam (mesmo que temporariamente), acima da qual se encontra o ponto de combustão. Tmax aplicação < Tfulgor - 20ºC IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Ponto de amolecimento Ponto de fulgor Combustão Temperatura Tmax aplicação Cuidado na aplicação: 22/11/2010 3 IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Cimentos modificados com polímeros: Cimentos que atuam como aglomerantes, aditivados com resinas acrílicas para adquirir propriedades impermeabilizantes e de flexibilidade. Normalmente são moldados no local, podendo ou não receber reforços estruturantes. Tipos principais: Cimentos cristalizantes Argamassas poliméricas semi flexíveis Argamassas poliméricas flexíveis IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Polímeros sintéticos: Apresenta como componentes principais polímeros sintéticos, exceto asfaltos. Tipos principais: Membranas de poliuretano Membranas de epóxi Mantas de PVC Mantas de PEAD (polímero de polietileno de alta densidade) IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO - Materiais Membrana de poliuretano Manta de PEAD IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Tipos de sistemas Classificação dos sistemas: Flexibilidade. Método de aplicação. Forma de atuação da água. Fixação na base IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema Classificação quanto à flexibilidade: Rígido: Concreto ou argamassa cuja permeabilidade é reduzida devido à inclusão de aditivos, aliada à correta granulometria dos agregados, relação água / cimento e lançamento Aplicações restritas a elementos não sujeitos a trincas ou deformações excessivas. IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema 22/11/2010 4 IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema Classificação quanto à flexibilidade: Flexíveis: Possuem capacidade de deformação suficiente para suportar movimentações da base sem apresentar falhas que possam prejudicar o seu desempenho. Normalmente são compostas por materiais altamente deformáveis ou que recebam estruturantes para aumentar a sua resistência à tração e alongamento (ex.: mantas asfálticas). IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema Classificação quanto à flexibilidade: Semiflexíveis: Sistemas que possuem baixo módulo de deformação, porém com capacidade de suporte superior ao sistema rígido. Enquadram-se nessa classificação, por exemplo, os sistemas aplicados a partir de pinturas asfálticas ou argamassas poliméricas não estruturadas. É muito comum as argamassas poliméricas serem estruturadas em locais específicos considerados críticos, como ralos e quinas, classificando-se como flexíveis nesses trechos. IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema Classificação quanto ao método de aplicação: Membranas: Trata-se dos sistemas moldados no local, aplicadas a frio ou a quente (ex.: emulsões e argamassas poliméricas). Mantas: São sistemas pré-fabricados com estruturantes, normalmente aplicados no local a quente. IMPERMEABILIZAÇÃO PROJETO – Escolha do sistema Classificação quanto ao forma de atuação da água: Percolação: livre escoamento (terrenos, coberturas, fachadas) Água com pressão: força hidrostática (caixa d´água, piscinas, reservatórios) Umidade por capilaridade: água em contato com elementos porosos da construção (piso em contato com o solo, base alagada). 22/11/2010 5 IMPERMEABILIZAÇÃO Etapas de produção do serviço CONTROLE TECNOLÓGICO Materiais Produção PRODUÇÃO Preparação da base Aplicação do produto Acabamento/proteção PROJETO PARA PRODUÇÃO Materiais Escolha do sistema IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Preparação da base A base sobre a qual será realizada a impermeabilização deve estar limpo, isento de rebarbas, e regularizado com argamassa cimentícia (1:6, em volume) e devido caimento. IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Imprimação da base A imprimação asfáltica é o elemento de ligação entre o substrato e as mantas pré fabricada de asfalto. A aplicação se dá com rolo de lã de carneiro ou trincha, em temperatura ambiente entre (10 e 50)ºC. IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Ralos e quinas Após a preparação da base e imprimação é efetuado tratamento dos pontos críticos (ralos e quinas), a fim de evitar o surgimento de pontos falhos de passagem da água. IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Aplicação da manta Abertura do rolo para conferência de dimensões e aplicação com maçarico para melhor aderência do conjunto. IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Aplicação da manta Alguns detalhes executivos: A manta deverá ser colocada no sentido contrário ao caimento começando da parte mais baixa para a mais alta. Entre uma manta e outra devera ter um sobreposição de, no mínimo, 10 cm. Depois de cobertatoda a superfície se deverá fazer o arremate de todas as juntas aquecendo com o maçarico e passando uma colher de pedreiro. 22/11/2010 6 IMPERMEABILIZAÇÃO PRODUÇÃO – Camada de proteção mecânica Nos casos em que a manta não possuir revestimento na face superior, deve-se executar argamassa de proteção mecânica com argamassa cimentícia (1:6, em volume) IMPERMEABILIZAÇÃO Etapas de execução do serviço CONTROLE TECNOLÓGICO Materiais Produção PRODUÇÃO Preparação da base Aplicação do produto Acabamento/proteção PROJETO PARA PRODUÇÃO Materiais Escolha do sistema IMPERMEABILIZAÇÃO CONTROLE – Materiais Mantas asfálticas- alguns ensaios (NBR 9952/1998): Espessura: micrômetro Resistência à tração: carga de ruptura e alongamento Absorção de água: imersão em banho maria a 50ºC por 3 dias (Abs. máx = 3%) Resistência ao impacto (0ºC): verificação de cortes e mossas Puncionamento estático: 25kg durante 1hora Flexibilidade: dobramento a frio (-5ºC) Escorrimento: temperatura entre 80ºC e 105ºC Estabilidade dimensional: 80ºC por 72 horas Envelhecimento: 80ºC por 4 semanas - repete o ensaio de flexibilidade a frio. IMPERMEABILIZAÇÃO CONTROLE – Produção Teste de estanqueidade (NBR 9575/1993) - lâmina da água de 72 horas, em etapas para observar eventuais falhas no sistema. IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Durabilidade: Falência ocorre antes do término da vida útil do bem. IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Durabilidade 22/11/2010 7 IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Mau uso: Ocorrência de falhas no sistema, por vezes recém executado, em decorrência da ação do usuário. IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Mau uso IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Mau uso IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Mau uso IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Dificuldade de manutenção: A depender da localização, pode ser de difícil operação para manutenção, ou ser muito traumática e onerosa para os usuários. IMPERMEABILIZAÇÃO Algumas discussões Dificuldade de manutenção 22/11/2010 8 IMPERMEABILIZAÇÃO Bibliografia consultada CUNHA, A.G.; CUNHA, R.R. Impermeabilização e isolamento térmico: materiais e especificações. São Paulo, 1.ed, 1997. FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de construção. São Paulo, LTC, v.2, 2001. ISAIA, G.C. Materiais de construção civil e princípios de ciências e engenharia de materiais. São Paulo, IBRACON, 2007. PIRONDI, Z. Manual prático da impermeabilização e de isolação térmica. São Paulo, Pini/IBI, 2.ed, 1988.
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