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Ciclo Biológico dos Parasitas

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CICLO DE VIDA DO ASCARIS LUMBRICOIDES
Os ovos eliminados nas fezes contêm embriões de Ascaris em seu interior. Após alguns dias em um ambiente propício, ainda dentro do ovo, o embrião transforma-se em larva, que, após passar por 2 mudas, torna-se apta a infectar quem a ingerir. Portanto, o ovo do ascaris só é capaz de infectar o ser humano se contiver larvas maduras em seu interior, chamadas larvas L3, processo que leva de 2 a 4 semanas para ocorrer. Se as larvas dentro do ovo ainda estiverem em fase L1 ou L2, o verme não é capaz de sobreviver no trato digestivo, sendo improvável a contaminação de quem o ingeriu.
Os ovos infectantes ingeridos liberam as larvas L3 no duodeno, primeira parte do intestino delgado. Após tornarem-se livres, as larvas L3 atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea, onde, dentro de 4 a 5 dias, migrarão para fígado, coração e, finalmente, pulmões.
Nos pulmões, as larvas L3 sofrem mais 2 mudas ao longo de 10 dias e transformam-se em larvas L5. Após estarem maduras, as larvas migram para o sistema respiratório superior, até próximo à cavidade oral, podendo ser expelidas pela boca através da tosse ou deglutidas, voltando para o sistema digestivo. Novamente no intestino delgado, a larva L5 sofre sua última muda, tornando-se um verme adulto.
Um verme adulto costuma viver de 1 a 2 anos dentro do trato gastrointestinal. Os Ascaris adultos não se multiplicam dentro dos intestinos. Os ovos das fêmeas precisam ser eliminados no ambiente para desenvolverem larvas viáveis. Por isso, o número de vermes em uma pessoa só aumenta se ela ingerir novos ovos ao longo da sua vida. Caso não haja nova contaminação, após 2 anos, todos os vermes morrem e o paciente deixa de estar contaminado.
CICLO DE VIDA DO ANCYLOSTOMA DUODENALE E DO NECATOR AMERICANUS
Indivíduos com ancilostomíase eliminam diariamente milhares de ovos do parasito em suas fezes. Em locais com saneamento básico precário, essas fezes acabam contaminando o solo. Se os ovos do ancilostomídeo forem depositando em um local úmido, quente e sem exposição direta à luz solar, eles conseguem dar origem a larvas que, após cerca de 7 dias no ambiente, amadurecem e tornam-se capazes de infectar o ser humano. As larvas dos ancilostomídeos conseguem sobreviver no meio ambiente, à espera de um hospedeiro, por até 6 semanas, caso encontrem condições adequadas de umidade e temperatura.
A contaminação com o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus se dá através de contato direto da pele com o solo contaminado (geralmente pelos pés) ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente (geralmente por mãos contaminadas pelo solo que vão à boca sem terem sido lavadas). Apenas 5 minutos de contato direto da pele com o solo contaminado é suficiente para a larva conseguir penetrar o nosso organismo.
Após penetrar a pele, a larva alcança os vasos sanguíneos e viaja até os pulmões, onde permanecerá por alguns dias. Quando o paciente tosse, o parasito pode ser lançado em direção à cavidade oral, sendo, então, inadvertidamente deglutido. Se a contaminação inicial não tiver sido pela pele, mas sim por ingestão acidental da larva, essa primeira parte do ciclo não existe, indo o parasito diretamente para o trato gastrointestinal.
Ao ser deglutida, a larva passa pelo estômago e se aloja no intestino delgado, onde irá amadurecer até a forma adulta do verme. Lá, cada ancilostomídeo ingerido se adere à mucosa e passa a ingerir cerca de 0,3 a 0,5 ml de sangue por dia. Para que surja anemia, é necessária uma contaminação com, pelo menos, 40 vermes.
Cinco a oito semanas após o paciente ter sido contaminado pela primeira vez, a fêmea do Ancylostoma duodenale ou Necator americanus passa a produzir milhares de ovos, que serão lançados ao ambiente pelas fezes, reiniciando o ciclo de vida do parasito.
Tanto o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus não se multiplicam dentro do nosso organismo. Para gerar novos vermes, os ovos precisam se depositados no ambiente. Portanto, se o individuo não se recontaminar, ele acaba se curando sozinho da ancilostomíase com o tempo. O problema é que o Ancylostoma duodenale costuma ter um tempo de vida de 1 ano e o Necator americanus pode chegar até a 5 anos de vida. Se o paciente vive em uma área com más condições de saneamento, ele acaba se infectando novamente antes da primeira geração de vermes ter morrido.
CICLO DE VIDA DA TAENIA SP
Os humanos são os únicos hospedeiros definitivos de Taenia saginata. O verme adulto (comprimento: em torno de 5 m ou menos, mas até 25 m) reside no intestino delgado onde se fixa por uma estrutura chamada escólex. Produzem proglotes (cada verme tem de 1.000 a 2.000 proglotes) que se engravidam, destacam-se do verme e migram para o ânus ou saem com as fezes (cerca de 6 por dia). Cada proglote grávida contém de 80.000 a 100.000 ovos que são liberados depois que esta estrutura se destaca do corpo do verme e saem com as fezes. Os ovos podem sobreviver por meses até anos no ambiente. A ingestão de vegetação contaminada pelos ovos (ou proglotes) infesta o hospedeiro intermediário (bovinos e outros herbívoros). No intestino do animal, os ovos liberam a oncosfera, que envagina, invade a parede intestinal e migra para os músculos estriados, onde se desenvolve no cisticerco. O cisticerco pode sobreviver por muitos anos no animal. A ingestão de carne crua ou mal passada com cisticerco infesta os humanos. No intestino humano, o cisticerco se desenvolve 2 meses depois no verme adulto, que pode sobreviver por mais de 30 anos.
CICLO DE VIDA DO SCHISTOSOMA MANSONI
 O parasito S. mansoni tem um ciclo de vida complexo que envolve um hospedeiro intermediário, o molusco aquático do gênero Biomphalaria, e um hospedeiro definitivo vertebrado (homem, podendo parasitar outros mamíferos). Essa espécie desenvolve sua fase adulta parasitando a luz dos vasos sanguíneos de seus hospedeiros mamíferos, onde habita preferencialmente as vênulas do plexo hemorroidário superior e nas ramificações mais finas das veias mesentéricas, principalmente a inferior, local de oviposição das fêmeas. A produção de ovos, cerca de 150 a 300 ovos por dia 5, tem início 4 a 6 semanas após a infecção e continua por toda a vida do verme, que pode ser até mais de 15 anos no hospedeiro definitivo.
  Após atravessarem a mucosa intestinal, cerca de metade dos ovos são eliminados com as fezes atingindo o meio externo e os outros 50% são carreados pela circulação portal e ficam retidos nos mais diversos tecidos do hospedeiro, podendo induzir a formação de granulomas hepáticos e intestinais, hepatoesplenomegalia e fibrose peritportal. O trajeto dos ovos entre a ovoposição e a eliminação nas fezes demora cerca de uma semana.
    Os ovos que conseguem ser eliminados pelas fezes e contém os miracídios desenvolvidos e em sua forma viável, ao entrarem em contato com a água e sob luminoso intenso, temperaturas mais altas e oxigenação, sofrem ruptura transversal e liberam suas larvas. Os miracídios, após a eclosão, nadam em círculos por algumas horas até encontrar moluscos aquáticos do gênero Biomphalaria. Nos hospedeiros intermediários, ocorre a multiplicação destas formas do parasito, resultando em uma forte sintonia entre o metabolismo do hospedeiro invertebrado e do parasito.
CICLO DE VIDA DO STRONGYLOIDES STERCORALIS
A infecção humana ocorre quando há penetração da pele por larvas filarioides de Strongyloides stercoralis, geralmente por contato direto com o solo contaminado por fezes humanas. Andar descalço é um dos fatores de risco mais importantes para se contaminar. Além da invasão da pele, a estrogiloidíase também pode ser adquirida pela via oral, através da ingestão de água contaminada ou quando o paciente ingere alimentos preparados por mãos infectadas, não adequadamente lavadas após uma evacuação.
Após a penetração na pele, as larvas migram para os pulmões. Uma vez nos pulmões, elas migram em direção à parte superior das vias aéreas, sendo inconscientemente engolidas ao chegarempróximos à faringe, caindo no sistema gastrointestinal.
Quando chegam ao intestino delgado, as larvas amadurecem e evoluem exclusivamente para a forma de fêmeas adultas, que medem cerca 2 mm de comprimento. Cada fêmea adulta pode viver até 5 anos, produzindo ovos e liberando novas larvas ainda dentro dos intestinos. As novas larvas são excretadas junto com as fezes, reiniciando o ciclo de transmissão o verme.
As larvas lançadas ao ambiente junto com as fezes podem contaminar outras pessoas ou evoluir para vida adulta no meio ambiente, desta vez, tornando-se macho ou fêmeas (quando dentro do intestino, a larva torna-se sempre uma fêmea na fase adulta).
Do momento da contaminação até a liberação de novas larvas pelas fezes costuma haver um intervalo de 3 a 4 semanas. Portanto, uma vez infectado, o paciente passa a ser um potencial transmissor em cerca de 1 mês.
CICLO DE VIDA GIARDIA DUODENALIS
A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada. 3. Ocorrência - as giardíases possuem distribuição mundial. A infecção acomete mais crianças do que adultos.
CICLO DE VIDA CRYPTOSPORIDIUM SP
 Os protozoários do gênero Cryptosporidium possuem ciclo monoxênico e não tem especificidade de hospedeiro.
     O ciclo é composto de (1) merogonia ou esquizogonia (reprodução assexuada), (2) gametogênese (reprodução sexuada com produção de gametas), (3) formação do zigoto (fertilização) e (4) esporogonia (formação do oocisto e liberação de esporozoítos).
     A infecção humana faz-se por via fecal-oral, quando os oocistos são ingeridos. No estômago há a dissolução de sua membrana e a liberação de quatro esporozoítos. O protozoário é capaz de excistar também fora do trato gastrointestinal, como no trato respiratório, na conjuntiva do olho e no sistema reprodutor.
     Os esporozoítas possuem um complexo apical (roptrias, micronemas, anel polar, etc.) que é importante para sua aderência às células epiteliais do intestino.
     O Cryptosporidium se aloja nas células epiteliais através de um vacúolo parasitóforo extracitoplasmático. Este vacúolo é formado por uma expansão da membrana celular e dos microvilos, que acabam por envolver completamente o parasito, assim o parasito fica coberto por um complexo de várias membranas de ambos os organismos.
     Após o estabelecimento dos esporozoítos nas células epiteliais, ocorre a diferenciação em trofozoítos unicelulares. Ocorre então a merogonia ou esquizogonia, que é um processo de muitas divisões nucleares que produzirão merozoítos. Este processo forma 8 (oito) merozoítos alongados (tipo I) que são liberados no intestino e infectam outras células. Esta segunda geração é capaz de formar quatro merozoítos cada (tipo II). Os merozoítos tipo II são capazes de repetir o ciclo assexuado ou produzir gametócitos (gametogonia). A gametogonia produz um macrogametócito e cerca de 16 microgametócitos. A união destes formará o zigoto que progredirá para oocisto.
     Normalmente estes oocistos possuem parede espessa e contém quatro esporozoítos. Estes oocistos são liberados no meio ambiente através das fezes, onde podem sobreviver por meses. Porém alguns oocistos possuem parede delgada, que se rompe facilmente e acabam por liberar os esporozoítos dentro do hospedeiro, este processo é chamado de autoinfecção.
REFERÊNCIAS
http://www.uft.edu.br/parasitologia/pt_BR/parasitologia/criptosporidiose/ciclo/index.html
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/giardiase.pdf
http://www.mdsaude.com/2013/08/estrongiloidiase.html
http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/ciclo-biologico/
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/taenia_sag.pdf
http://www.mdsaude.com/2014/02/ancilostomose.html
Acesso em 13 de maio de 2016.

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