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UNIASSELVI
2013
NEAD
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Prof.ª Tatiana dos Santos da Silveira
Prof.ª Luciana Monteiro do Nascimento
Educação a Distância
GRUPO
Caderno de Estudos
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Copyright  UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Tatiana dos Santos da Silveira
Prof.ª Luciana Monteiro do Nascimento
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
371.0952
S587e Silveira, Tatiana dos Santos da
 Educação inclusiva / Tatiana dos Santos da Silveira; 
 Luciana Monteiro do Nascimento. Indaial : Uniasselvi, 2013.
 221 p. : il 
 
 
 ISBN 978-85-7830-772-1
1. Educação inclusiva – Aspectos sociais.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
APRESENTAÇÃO
Prezado/a acadêmico/a!
Iniciamos agora a disciplina de Educação Inclusiva. Esta disciplina discute a necessidade 
de repensarmos as práticas excludentes e homogêneas da escola. Trata-se da possibilidade 
de inserção e participação de indivíduos que até então não tinham qualquer espaço dentro da 
instituição escolar. Para tanto, conjuntamente, trabalharemos para compreender o processo 
de inclusão de pessoas com necessidades especiais e o nosso papel perante a escola que 
todos desejamos: a escola inclusiva.
Para facilitar nossa abordagem acerca deste conteúdo e melhorar a compreensão de 
todos, dividimos nosso Caderno de Estudos em três unidades. Cada uma destas unidades 
apresenta os principais aspectos referentes à inclusão de pessoas com necessidades 
especiais no cotidiano escolar. Além disso, há ainda várias sugestões de atividades que podem 
complementar o seu estudo nesta área, que ao mesmo tempo é tão frágil e tão fascinante.
Portanto, aproveite bem esta disciplina, pois ela nos fala de uma nova sociedade que 
poderemos formar, compreendendo os sujeitos dentro de suas particularidades, porém com 
igualdade de direitos. Uma sociedade que valorize, aprenda e cresça com a diversidade, ou 
seja, mais justa, humana e sensível!
Desejamos muita sensibilidade em seus estudos e que esta disciplina possa contribuir 
com o desejo e busca de conhecimentos acerca da inclusão escolar no cotidiano de cada um.
Então, vamos lá e bons estudos!!!
Prof.ª Tatiana dos Santos da Silveira
Prof.ª Luciana Monteiro do Nascimento
iii
UNI
Oi!! Eu sou o UNI, você já me conhece das outras disciplinas. 
Estarei com você ao longo deste caderno. Acompanharei os seus 
estudos e, sempre que precisar, farei algumas observações. 
Desejo a você excelentes estudos! 
 UNI
EDUCAÇÃO INCLUSIVA iv
SUMÁRIO
UNIDADE 1: CAMINHOS PERCORRIDOS PELA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................. 1
TÓPICO 1: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....................................................................... 4
2.1 INTEgrAção ESCoLAr ........................................................................................... 8
2.1.1 Compreendendo nomenclaturas .............................................................................. 9
2.2 INTroDUção À INCLUSão ESCoLAr ................................................................. 12
RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 14
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 15
TÓPICO 2: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA .......................................... 17
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 17
2 INCLUSÃO ESCOLAR ................................................................................................ 18
3 CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA A INCLUSÃO ESCOLAR ....................... 25
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS ............................ 28
5 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE .................................................. 29
5.1 ADAPTAçÕES DE PEQUENo PorTE .................................................................... 30
5.2 ADAPTAçÕES DE grANDE PorTE ....................................................................... 33
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................... 34
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................. 37
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 38
TÓPICO 3: LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA .............................................. 41
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 41
2 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS ............................................................................ 41
3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ....................................................................................... 43
RESUMO DO TÓPICO 3 ................................................................................................. 49
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 50
TÓPICO 4: O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS? ................. 51
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 51
2 DE QUEM ESTAMOS FALANDO? .............................................................................. 52
3 CONCEITOS HISTÓRICOS SOBRE DEFICIÊNCIA ................................................... 52
4 INTRODUÇÃO À DEFECTOLOGIA – PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO
 ATRAVÉS DA INTERAÇÃO SOCIAL .......................................................................... 54
4.1 PrINCÍPIo DA CoMPENSAção SoCIAL ............................................................... 56
RESUMO DO TÓPICO 4 ................................................................................................. 58
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 59
TÓPICO 5: CONDUTAS TÍPICAS .................................................................................. 61
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 61
2 COMO SÃO OS ALUNOS COM CONDUTAS TÍPICAS? ........................................... 62
3 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E/OU HIPERATIVIDADE – TDAH ........ 63
3.1 CoNCEITo ................................................................................................................ 63
EDUCAÇÃO INCLUSIVA v
3.2 CAUSAS .................................................................................................................... 65
3.2.1 relação familiar ...................................................................................................... 65
RESUMO DO TÓPICO 5 ................................................................................................. 68
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 69
AVALIAÇÃO ....................................................................................................................70
UNIDADE 2: DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA E ALTAS 
HABILIDADES ............................................................................................ 71
TÓPICO 1: DEFICIÊNCIA VISUAL ................................................................................. 73
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 73
2 CONCEITO ................................................................................................................... 73
3 FATORES DE RISCO .................................................................................................. 74
4 COMO IDENTIFICAR? ................................................................................................ 75
5 INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA O RELACIONAMENTO COM A PESSOA 
COM DEFICIÊNCIA VISUAL ......................................................................................... 76
6 INTERVENÇÃO PRECOCE PARA CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO ........................ 78
6.1 ATIVIDADES DE ESTIMULAção VISUAL E INTErVENção PrECoCE .............. 78
7 RECURSOS ÓPTICOS E NÃO ÓPTICOS .................................................................. 81
8 RECURSOS PEDAGÓGICOS PARA CRIANÇAS CEGAS ........................................ 84
8.1 SISTEMA BrAILE ..................................................................................................... 84
8.2 ALFABETo BrAILE .................................................................................................. 87
8.3 PoNTUAção ............................................................................................................ 88
8.4 NÚMEroS ................................................................................................................ 89
8.5 SoroBã ................................................................................................................... 91
8.5.1 Estrutura do sorobã ................................................................................................ 92
9 ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE .................................................................................. 96
10 AVD – ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA ...................................................................... 98
10.1 SALAS MULTIFUNCIoNAIS ................................................................................... 99
10.2 EXEMPLoS E ATIVIDADES DA VIDA DIÁrIA (AVD) ........................................... 100
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 104
TÓPICO 2: DEFICIÊNCIA AUDITIVA ........................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 105
2 CONCEITO ................................................................................................................. 105
3 TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA ......................................................................... 106
4 PRINCIPAIS CAUSAS ............................................................................................... 107
5 EDUCAÇÃO DE ALUNOS SURDOS ........................................................................ 108
6 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO SURDO ............................................................ 109
7 ALFABETO MANUAL .................................................................................................112
8 EXEMPLOS DE ATIVIDADES ....................................................................................113
8.1 Jogo DA MEMÓrIA – NÚMEroS EM LIBrAS .....................................................113
8.2 BINgo CoM NÚMEroS E CArTELAS EM LIBrAS ..............................................114
8.3 ADAPTAção SoBrE ANIMAIS TErrESTrES .....................................................115
8.4 CALENDÁrIo ADAPTADo ......................................................................................116
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................117
AUTOATIVIDADE ..........................................................................................................118
EDUCAÇÃO INCLUSIVA vi
TÓPICO 3: DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA ...........................................................................119
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................119
2 INCLUSÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NA ESCOLA COMUM .. 120
3 SURDOCEGUEIRA .................................................................................................... 121
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 125
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 126
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 127
TÓPICO 4: ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ............................................... 129
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 129
2 TIPOS DE ALTAS HABILIDADES ............................................................................. 130
3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ............................................................................ 131
4 INCLUSÃO DO ALUNO COM ALTAS HABILIDADE/SUPERDOTAÇÃO ................ 132
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 133
RESUMO DO TÓPICO 4 ............................................................................................... 136
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 137
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 138
UNIDADE 3: DEFICIÊNCIA FÍSICA, INTELECTUAL, SÍNDROMES E
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO ........................ 139
TÓPICO 1: DEFICIÊNCIA FÍSICA ................................................................................ 141
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 141
2 CONCEITO ................................................................................................................. 141
3 FATORES DE RISCO ................................................................................................ 142
4 COMO IDENTIFICAR A DEFICIÊNCIA FÍSICA? ...................................................... 143
5 PRINCIPAIS CAUSAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA .................................................... 143
6 PARALISIA CEREBRAL ............................................................................................ 144
6.1 PrINCIPAIS CAUSAS ............................................................................................. 145
6.2 TIPoS DE PArALISIA CErEBrAL ........................................................................ 146
6.3 ADAPTAção DE rECUrSoS PEDAgÓgICoS ................................................... 146
6.4 rECUrSoS E ATIVIDADES ................................................................................... 148
6.5 PrANCHAS TEMÁTICAS ....................................................................................... 158
6.5.1 Dicas de outras pranchas: ....................................................................................159
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 162
TÓPICO 2: DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ................................................................... 163
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 163
2 CONCEITO ................................................................................................................. 163
3 FATORES DE RISCO ................................................................................................ 164
3.1 FATorES DE rISCo E CAUSAS PrÉ-NATAIS .................................................... 164
3.2 FATorES DE rISCo E CAUSAS PErINATAIS ..................................................... 165
3.3 FATorES DE rISCo E CAUSAS PÓS-NATAIS .................................................... 165
5 INCLUSÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .............................. 166
6 ESTRATÉGIAS PARA AS ADAPTAÇÕES CURRICULARES .................................. 167
RESUMO DO TÓPICO 2 ............................................................................................... 168
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 169
EDUCAÇÃO INCLUSIVA vii
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TÓPICO 3: SÍNDROMES .............................................................................................. 171
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 171
2 COMPREENDENDO ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS ...................................... 171
3 SÍNDROME DE DOWN .............................................................................................. 173
3.1 CArACTErÍSTICAS DA SÍNDroME DE DoWN .................................................. 175
4 SÍNDROME DE TURNER .......................................................................................... 177
4.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 178
5 SÍNDROME DE KLINEFELTER ................................................................................. 178
5.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 179
6 SÍNDROME DO X-FRÁGIL ........................................................................................ 180
6.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 181
7 SÍNDROME DE PRADER-WILLI ............................................................................... 182
7.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 183
8 SÍNDROME DE ANGELMAN .................................................................................... 184
8.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 185
9 SÍNDROME DE WILLIAMS ....................................................................................... 185
9.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................... 186
10 SÍNDROME DO CRI-DU-CHAT OU MIADO DE GATO ........................................... 187
10.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................. 188
11 SÍNDROME DE CORNÉLIA DE LANGE ................................................................. 188
11.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................. 188
12 SÍNDROME DE MARFAN ........................................................................................ 189
12.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................. 189
13 SÍNDROME DE WEST ............................................................................................. 191
14 SÍNDROME DE APERT ........................................................................................... 191
15 SÍNDROME DE OSSOS DE CRISTAL .................................................................... 194
15.1 CArACTErÍSTICAS ............................................................................................. 194
16 SÍNDROME DE TOURETTE .................................................................................... 195
17 SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL ............................................................................ 197
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 199
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 200
TÓPICO 4: TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO ........................... 201
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 201
2 TRANSTORNO AUTISTA .......................................................................................... 201
3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO AUTISTA ..................................................... 203
4 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO AUTISTA .......................................................... 204
5 TRANSTORNO DE ASPERGER ............................................................................... 206
5.1 CArACTErÍSTICAS Do TrANSTorNo DE ASPErgEr ................................... 206
6 TRANSTORNO DE RETT .......................................................................................... 207
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 210
RESUMO DO TÓPICO 4 ............................................................................................... 215
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 216
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 217
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 219
viii
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UNIDADE 1
CAMINHOS PERCORRIDOS 
PELA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
OBjETIVOS DE APRENDIzAGEM
A partir do estudo desta unidade você será capaz de:
	contextualizar o caminho percorrido pela educação inclusiva até os 
dias atuais;
	analisar as mudanças relacionadas ao conceito de necessidades 
especiais;
	discutir o processo de inclusão escolar como uma trajetória histórica 
e social;
	conceituar necessidades especiais e condutas típicas.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TÓPICO 2 – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TÓPICO 3 – LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TÓPICO 4 – O QUE SÃO NECESSIDADES 
EDUCACIONAIS ESPECIAIS?
TÓPICO 5 – CONDUTAS TÍPICAS
PLANO DE ESTUDOS
Esta primeira unidade está dividida em cinco tópicos. No final 
de cada tópico, você encontrará atividades que contribuirão para sua 
reflexão e análise dos estudos que já realizamos.
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
Neste momento, iniciamos os estudos de uma disciplina que se fundamenta na ideia 
de uma sociedade que reconheça e valorize as diferenças. Esta valorização mostra que a 
diversidade é inerente à construção de toda e qualquer sociedade. 
Partindodesse pressuposto, nossas discussões nos levarão para a necessidade de 
garantir a participação efetiva de todos a todas as oportunidades, independente de suas 
peculiaridades. ou seja, ao processo de inclusão escolar.
Assim, a inclusão escolar deve negar toda a prática de exclusões e de segregações 
que as pessoas com deficiência passaram durante muito tempo e definir alguns padrões 
sociais que, anteriormente, eram considerados comuns e que, atualmente, foram substituídos 
por outros como aceitação, valorização, convivência e aprendizagem através da cooperação.
Para tanto, durante esta disciplina, vamos analisar as diversas mudanças que já 
ocorreram na história da humanidade e transformar nossas práticas em ações que viabilizem 
o processo de aceitação e valorização da diferença, como algo enriquecedor para todos os 
participantes desta caminhada.
Estes desafios estão aqui lançados. Convidamos você, através de sua formação docente, 
a participar desta nova estruturação social – Inclusão Escolar.
IMP
OR
TAN
TE! �
Caro/a acadêmico/a!!! O desafio foi lançado. Iniciaremos neste 
momento um caminhar teórico sobre o processo de inclusão. 
Porém, trataremos de algumas orientações metodológicas para a 
nossa ação docente nas Unidades 2 e 3. 
Bom trabalho!
UNIDADE 1
UNIDADE 1TÓPICO 14
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2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
As pessoas com necessidades especiais, ao longo dos tempos, foram vistas pela 
sociedade de várias maneiras e sob diferentes enfoques, ou seja, foram consideradas conforme 
as concepções de homem e de sociedade, valores sociais, morais, religiosos e éticos de cada 
momento histórico.
os registros artísticos são grandes comprovações históricas dessa visão das diferentes 
civilizações. 
Segundo a arte egípcia, por exemplo, no Egito antigo a pessoa com deficiência integrava-
se nas diferentes classes e hierarquias. 
observe essa comprovação nas imagens que seguem:
FIgUrA 1 – ArTE EgÍPCIA
FoNTE: Disponível em: <http://www.ampid.org.br/Artigos/PD_Historia.php>. Acesso em: 22 ago. 2011.
Para Gugel (2011, p. 1), as obras indicam uma pessoa com deficiência física, como o 
guardião de roma e um músico anão da V Dinastia. “Já os papiros contendo ensinamentos 
morais no Antigo Egito, ressaltam a necessidade de se respeitar as pessoas com nanismo 
e com outras deficiências”. Ainda, segundo a autora, o antigo Egito também ficou conhecido 
como a terra dos cegos, pois o povo era constantemente atingido por infecções nos olhos que 
UNIDADE 1 TÓPICO 1 5
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levavam à cegueira. os papiros médicos apresentam procedimentos para curar os olhos. 
Mesmo com os dados artísticos e históricos do Antigo Egito, a nossa história assinala 
políticas extremas de exclusão em relação à pessoa com deficiência na sociedade. Exemplo 
disto ocorreu em Esparta, na antiga grécia, onde a beleza física e o culto ao corpo eram as 
condições para a participação social. As crianças com deficiência física eram colocadas nas 
montanhas e, em roma, atiradas ao rio Tibre. Estes casos eram vistos como perigo para 
a continuidade da espécie. os livros de Platão e Aristóteles assinalavam a eliminação das 
pessoas nascidas “disformes”. Porém, mesmo com a prática de eliminação encontramos 
registros importantes de pessoas com deficiência neste período, como é o caso de “Homero”, 
poeta grego com indicações históricas de cegueira.
FIgUrA 2 – HoMEro
FoNTE: Disponível em: <http://arquetelos.blogspot.com/2010/10/as-pecas-
gregas-e-os-itografos.html>. Acesso em: 22 ago. 2011.
Homero criou o personagem Hefesto, que, segundo a mitologia, era filho de Hera e 
teria nascido com os pés atrofiados.
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FIgUrA 3 – VASo grEgo
FoNTE: Disponível em: <http://www.ampid.org.br/Artigos/PD_Historia.php>. Acesso em: 22 ago. 2011.
Na Idade Antiga, os humanos que apresentavam um comportamento diferente foram 
associados à imagem do diabo, da feitiçaria, da bruxaria e do pecado, sendo novamente 
isolados e exterminados. Neste momento, as pessoas com necessidades especiais tinham 
um comportamento consequente de forças sobrenaturais. 
Na antiguidade clássica as pessoas com deficiência foram consideradas pos-
sessas de demônios e de maus espíritos. [...]. os modelos econômicos, sociais 
e culturais impuseram às pessoas com deficiência uma inadaptação geradora 
de ignorância, preconceitos e tabus que, ao longo dos séculos e séculos, ali-
mentaram os mitos populares da ‘perigosidade’ das pessoas com deficiência 
mental e do seu caráter demoníaco, determinando atitudes de rejeição, medo 
e vergonha. (VIEIrA; PErEIrA 2003, p. 17).
DIC
AS!
Com base no clássico de Victor Hugo, o filme 
de Peter Medak conta a história de Quasímodo 
(Mandy Patinkin), um rapaz deficiente físico 
que foi educado e enclausurado pelo perverso 
padre Frollo (Richard Harris). As coisas se 
complicam quando o religioso começa a ficar 
obcecado pela bela cigana Esmeralda (Salma 
Hayek), pondo em risco a segurança de todos 
ao utilizar-se de seu poder e influência para 
conseguir o que quer.
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No início do século XIX ocorreu a tentativa de recuperação ou remoldagem (física, 
fisiológica e psíquica) da criança com necessidades especiais, com o objetivo de ajustá-la à 
sociedade, num processo de socialização concebido para eliminar alguns de seus atributos 
negativos, reais ou imaginários. A igreja pregava a existência do pecado, do bem e do mal. 
Assim, este processo de remoldagem assumia formas estranhas, como práticas exorcistas.
Ainda no mesmo século, médicos e outros profissionais das ciências dedicavam-se ao 
estudo das necessidades especiais. A medicina, então, passa a conquistar espaço no estudo 
das deficiências. A mudança resumiu-se à descoberta de patologias. Assim, as pessoas com 
necessidades especiais continuavam segregadas em instituições como asilos e hospitais, 
porém, agora, com o objetivo de tratamento médico. 
NO
TA! �
O modelo médico é bastante expressivo, inclusive nos dias atuais. 
Este processo estendeu-se pelo século XX, levando a educação 
inclusiva a trabalhar com uma visão clínica, preconceituosa e 
medicamentosa das necessidades especiais.
Assim, até o início do século XIX, as necessidades especiais estavam associadas 
à incapacidade, e não havia nenhuma tendência em mudar este quadro. o abandono e a 
eliminação destas pessoas eram atitudes normais nesta época.
A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas 
sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que – por causa das condições 
atípicas – não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida desenvolveu o 
atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e 
recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais. 
(SASSAKI, 1997, p.16).
No Brasil, houve, na década de 60, uma explosão de instituições segregativas 
especializadas, eram as escolas especiais, centros de reabilitação, oficinas protegidas, entre 
outras. Esta expansão da educação especial no Brasil estava ligada ao atendimento clínico 
às pessoas com necessidades especiais, e apresentavam um caráter filantrópico em suas 
atividades.
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Nesta visão de atendimento, o “problema” das necessidades especiais 
era visto como um “problema do indivíduo com necessidades 
especiais” e, portanto, ele deveria ser adaptado à sociedade.
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2.1 INTEgrAção ESCoLAr
“Meu irmão entrou para a escola.
Não era uma escola como a minha;
parece quelá todos eram um pouco parentes.
Todos tinham o mesmo jeito esquisito de andar,
de mover os braços, e eram poucos os que falavam”.
(PorTELA, 1998, p. 8).
“Não era uma escola como a minha; parece que lá todos eram um pouco parentes”, 
relata Portela (1998). Podemos compreender, pelas palavras da autora, que essa escola é 
uma escola de atendimento especializado, o que nos permite dizer que não é um ambiente 
com o olhar voltado para a inclusão escolar que educa para a diversidade e, muito menos, 
uma escola inclusiva.
Ao final da década de 60, iniciou-se o movimento pela integração social que planejava 
“[...] inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, 
a família e o lazer [...]”, (SASSAKI, 1999, p. 31), mas este processo foi mais vivenciado na 
década de 80.
Assim, a integração social surgiu da necessidade de inserir na sociedade o indivíduo com 
necessidades especiais, sem que a sociedade se modifique. Na realidade, quem deveria, então, 
estar preparada e capacitada para ser inserida no meio social era a pessoa com necessidades 
especiais. Para isto, recorriam-se aos métodos clínicos, para poder ensinar esta pessoa a 
socializar-se de maneira “normal”, conforme a sociedade estava organizada.
o processo de integração escolar foi um movimento forte e decisivo nas novas 
conquistas da educação inclusiva, porém não satisfazia as premissas dos direitos das pessoas 
com necessidades especiais, pois nada era modificado na sociedade, nem suas estruturas, 
seus métodos e, principalmente, seu preconceito, pois ainda acreditava-se na permanência 
do método clínico de atendimento.
UNI
Perceba, estimado/a acadêmico/a, como o atendimento clínico foi 
evidenciado no decorrer de nossa história!
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Hoje, a história segregativa no mundo e no Brasil atua como influenciadora da postura 
social que temos. As práticas preconceituosas de nossa sociedade refletem esta história 
massacrante e limitante da pessoa com necessidades especiais. “A ideia de que poderiam 
ser ajudadas em ambientes segregados, alijadas do resto da sociedade, fortaleceu os 
estigmas sociais e a rejeição”. (KARAGIANNIS; STAINBACK; STAINBACK apud STAINBACK; 
STAINBACK, 1999, p. 43).
IMP
OR
TAN
TE! �
Acadêmico/a!!! A partir da década de 90 inicia-se a concepção de 
educação inclusiva. No entanto, você pôde perceber que no decorrer 
do nosso texto utilizamos esta nomenclatura, educação inclusiva, 
e não educação especial como esta categoria foi nomeada durante 
muito tempo. A seguir conceituaremos cada um destes termos 
utilizados pela educação inclusiva.
2.1.1 Compreendendo nomenclaturas
Podemos dizer que a história da Educação inclusiva iniciou-se com a declaração dos 
direitos humanos em 1948, apontando a “igualdade de direitos”, no entanto durante toda sua 
trajetória a educação inclusiva recebeu várias nomenclaturas diferenciadas. De forma objetiva 
e ilustrada apontaremos as diferenças entre cada uma delas.
Educação Especial: trata-se do atendimento em instituições especializadas.
Educação Inclusiva: trata-se da inclusão de alunos com necessidades especiais em 
escolas comuns.
Integração: segundo Mantoan (2003, p. 23), a integração insere o aluno no contexto 
escolar, porém não garante a inclusão deste aluno. o aluno transita entre o sistema escolar, 
mas não participa como sujeito ativo em meio a uma educação para a diversidade, trata-se 
do “especial na educação”.
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FIgUrA 4 - INTEgrAção
FoNTE: Adaptado de: <portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
ensaiospedagpgicos2006>. Acesso em: 22 ago. 2011.
Inclusão: a inclusão insere todos os alunos em salas de aula comuns. garante o acesso, 
a permanência e a efetiva participação em prol da educação para a diversidade. Considera as 
necessidades de todos os alunos.
FIgUrA 5 – INCLUSão
FoNTE: Adaptado de: <portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaiospedagpgicos2006>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
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Exclusão: a exclusão acontece quando separamos os alunos com necessidades 
especiais, quando trabalhamos à parte, quando não consideramos a educação para a 
diversidade e limitamos a participação de todos os alunos. A exclusão pode acontecer em 
qualquer esfera da sociedade.
FIgUrA 6 – EXCLUSão
FoNTE: Adaptado de: <portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaiospedagpgicos2006>. Acesso em: 
22 ago. 2011.
Segregação: por muito tempo as pessoas com necessidades especiais foram 
segregadas. Isto acontece quando as crianças são isoladas e separadas em grupos, em 
instituições de atendimento especializado, não frequentam a escola comum e não interagem 
com diversidade.
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FIgUrA 7 – SEgrEgAção
FoNTE: Adaptado de: <portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaiospedagpgicos2006>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
DIC
AS!
Você percebeu que utilizamos a imagem da borboleta para ilustrar 
as nomenclaturas relacionadas ao processo de inclusão escolar?
Não escolhemos este inseto aleatoriamente, mas inspiradas em 
uma literatura que trabalha muito bem esta temática. Gostaríamos 
de sugerir a leitura do livro Romeo e Julieta de Ruth Rocha. Esta 
obra narra a história de duas crianças-borboletas, que vão mostrar 
que a amizade não se abala se os amigos não têm a mesma cor. 
FONTE: Disponível em: <www.livrariasaraiva.com.br/livros/>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
2.2 INTroDUção À INCLUSão ESCoLAr
A partir da década de 90, na Conferência de Jomtien, em 1990, e na Conferência Mundial 
de Educação Especial, ocorrida em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, que através da 
“Declaração de Salamanca”, surge então a Inclusão escolar que veio para romper o paradigma 
educacional existente e para romper com a estrutura curricular fechada e com a homogeneidade 
na escola. Depois de tantos anos de isolamento e segregação, as pessoas com necessidades 
especiais estão sendo reconhecidas como cidadãos e aceitas na escola comum.
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Neste sentido, Mittler (2003, p. 25) contribui para nossa reflexão, pois para ele a inclusão 
no campo educacional, “[...] envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas 
como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as 
gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola”.
 
Ensinar é comprometer-se com o outro e a inclusão escolar desafia uma mudança 
de atitude diante deste outro, que não é mais um indivíduo qualquer, mas, sim, alguém que é 
essencial para a construção da sociedade que queremos formar. 
É necessário percebermos a mudança que já está ocorrendo em 
nossos sistemas de ensino e, consequentemente, influenciam a sociedade 
como um todo. Preparar-nos e preparar os alunos para a convivência 
harmoniosa e respeitosa uns com os outros é o importante papel da escola 
inclusiva.
UNI
Este último parágrafo nos mostra a importância do professor na 
busca pela escola inclusiva. Fique tranquilo, pois no decorrer deste 
caderno estaremos juntos, no intuito de descobrir como enfrentar 
este desafio.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você pôde perceber que existem diversas fases da história da educação 
inclusiva até chegarmos ao processo Inclusão escolar. Para resumir, apresentamos a história 
em fases distintas. Porém, não se esqueçam de que cada uma apresenta consequências 
significativas na outra.
•	Fase I: as pessoas com necessidades especiais eram mortas e abandonadas ao nascer.
•	Fase II: na idade antiga,as pessoas com necessidades especiais tinham ligações demoníacas.
•	Fase III: no século XIX, a igreja começa a impulsionar uma visão caritativa.
•	Fase IV: em meados do século XIX, inicia uma visão médica sobre as necessidades especiais.
•	Fase V: na década de 60, começam a surgir instituições segregadas de atendimento às 
pessoas com necessidades especiais.
•	Fase VI: as ideias sobre a Integração surgiram no final da década de 60, mas foram vivenciadas 
na década de 80. Significa inserir a pessoa com necessidades especiais na vida social, sem 
que o meio sofra qualquer alteração, ou seja, a pessoa já deveria ter sido preparada para 
ingressar neste meio.
•	Fase VII: no início da década de 90, o processo de Inclusão Escolar passa a ser o foco 
principal da educação especial, mantendo estes princípios até os dias atuais. Significa uma 
transformação da estrutura social para que a pessoa com necessidades especiais seja inserida 
no meio social.
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Chegando ao final deste primeiro tópico, você deve ter percebido que a história 
de exclusão, percorrida pelas pessoas com necessidades especiais, construiu uma 
sociedade com inúmeras barreiras em relação à aceitação e à valorização das 
diferenças. Neste sentido, sugerimos que você elabore um texto sobre a sua trajetória 
profissional ou escolar, analisando as experiências que teve com a educação inclusiva.
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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
A vida se renova constantemente e, nessa renovação, ocorrem as mudanças, os 
retrocessos e os avanços. E, nestes momentos estamos nos envolvendo e nos encontrando 
com o novo, mesmo que não façamos nada para participar destas mudanças.
Porém, estas mudanças, sendo radicais ou não, são cercadas de incertezas, de 
medos e de muita vontade de encontrar novas maneiras de ver o problema, para que se tenha 
sustentação para a realização da mudança.
Neste sentido, a Inclusão pressupõe mudança de velhas práticas. Mudança supõe novas 
formas de pensar e, ao mesmo tempo, de organizar a realidade. A inclusão é o resultado de 
um processo de acumulação de necessidades históricas, e este acúmulo de necessidades 
resulta nas transformações que vêm ocorrendo na sociedade.
DIC
AS!
Antes de tratarmos da inclusão escolar, sugerimos que você assista 
ao filme Meu nome é rádio. Este filme dará maior conhecimento 
daquilo que buscamos quando lutamos pela inclusão de pessoas 
com necessidades especiais na escola, na família, na comunidade, 
ou seja, a inclusão social.
Anderson, Carolina do Sul, 1976, na escola 
secundária T. L. Hanna. Harold Jones (Ed Harris) 
é o treinador local de futebol americano, que fica 
tão envolvido em preparar o time que raramente 
passa algum tempo com sua filha, Mary Helen 
(Sarah Drew), ou sua esposa, Linda (Debra 
Winger). Jones conhece um jovem "lento", James 
Robert Kennedy (Cuba Gooding Jr.), mas Jones 
nem ninguém sabia o nome dele, pois ele não 
falava e só perambulava em volta do campo de 
treinamento. Jones se preocupa com o jovem 
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2 INCLUSÃO ESCOLAR
A Inclusão surge, então, para romper o paradigma educacional existente, rompendo 
com a estrutura curricular fechada e com a homogeneidade na escola. os antigos paradigmas 
começam a ser repensados por uma nova visão educacional. Depois de tantos anos de 
isolamento e segregação, as pessoas com necessidades especiais estão sendo reconhecidas 
como cidadãs e aceitas na escola comum.
Para iniciarmos a nossa conversa sobre a inclusão escolar é importante uma reflexão 
acerca das terminologias e expressões utilizadas para designar as pessoas com necessidades 
especiais através da história. Para essa reflexão apresentamos de forma adaptada, um texto 
de Romeu Kazumi Sassaki: “TERMINOLOGIA SOBRE DEFICIÊNCIA NA ERA DA INCLUSÃO” 
Usar ou não usar termos técnicos corretamente não é uma mera questão semântica 
ou sem importância, se desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva 
inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano. E a terminologia correta é especialmente 
importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas 
e estereótipos, como é o caso das deficiências que aproximadamente 14,5% da população 
brasileira possuem.
os termos são considerados corretos em função de certos valores e conceitos vigentes 
em cada sociedade e em cada época. Assim, eles passam a ser incorretos quando esses 
valores e conceitos vão sendo substituídos por outros, o que exige o uso de outras palavras. 
Estas outras palavras podem já existir na língua falada e escrita, mas, neste caso, passam 
a ter novos significados. Ou então são construídas especificamente para designar conceitos 
novos. o maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos 
obsoletos, as ideias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados 
e perpetuados.
quando alguns dos jogadores da equipe fazem uma "brincadeira" de péssimo gosto, 
que deixou James apavorado. Tentando compensar o que tinham feito com o jovem, 
Jones o coloca sob sua proteção, além de lhe dar uma ocupação. Como ainda não 
sabia o nome dele e pelo fato de ele gostar de rádios, passou a chamá-lo de Radio. 
Mas ninguém sabia que, pelo menos em parte, a razão da preocupação de Jones é 
que tentava não repetir uma omissão que cometera, quando era um garoto.
MEU NOME É RÁDIO. Direção de Michael Tollin. Estados Unidos: Dist. Columbia Pictures 
/ Sony Pictures Entertainment, 2003. 1 filme (109 min), dublado e legendado.
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Este fato pode ser a causa da dificuldade ou excessiva demora com que o público leigo 
e os profissionais mudam seus comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação, 
por exemplo, à situação das pessoas com necessidades especiais. o mesmo fato também 
pode ser responsável pela resistência contra a mudança de paradigmas como o que está 
acontecendo, por exemplo, na mudança que vai da integração para a inclusão em todos os 
sistemas sociais comuns.
Trata-se, pois, de uma questão da maior importância em todos os países. Existe uma 
literatura consideravelmente grande em várias línguas. No Brasil, tem havido tentativas de 
levar ao público a terminologia correta para uso na abordagem de assuntos de necessidades 
especiais a fim de que desencorajemos práticas discriminatórias e construamos uma verdadeira 
sociedade inclusiva.
A seguir, apresentamos várias expressões incorretas seguidas de comentários e dos 
equivalentes termos corretos, frases corretas e grafias corretas, com o objetivo de subsidiar o 
trabalho de estudantes de qualquer grau do sistema educacional, pessoas com necessidades 
especiais e familiares, profissionais de diversas áreas (reabilitação, educação, mídia, esportes, 
lazer etc.), que necessitam falar e escrever sobre assuntos de pessoas com necessidades 
especiais no seu dia a dia. ouvimos e/ou lemos esses termos incorretos em livros, revistas, 
jornais, programas de televisão e de rádio, apostilas, reuniões, palestras e aulas.
TERMINOLOGIAS EXEMPLOS DE FRASES E 
EXPRESSÕES
Adolescente normal: desejando referir-se a um 
adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua 
necessidades especiais. A normalidade, em relação a 
pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.
TERMOS CORRETOS: adolescente (criança, adulto) 
sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança, adulto) 
não deficiente.
“Apesar de deficiente, ele é um ótimo 
aluno”: nesta frase há um preconceitoembutido: ‘A pessoa com deficiência não 
pode ser um ótimo aluno’.
FRASE CORRETA: “ele tem deficiência e é 
um ótimo aluno”.
Aleijado, defeituoso, incapacitado, inválido. 
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência.
“Aquela criança não é inteligente”: todas 
as pessoas são inteligentes, segundo a Teoria 
das Inteligências Múltiplas.
FRASE CORRETA: “aquela criança é 
menos desenvolvida na inteligência [por 
exemplo] lógico-matemática”.
Cadeira de rodas elétrica: trata-se de uma cadeira de 
rodas equipada com um motor. 
TERMO CORRETO: cadeira de rodas motorizada.
Deficiência mental leve, moderada, severa, 
profunda.
TERMO CORRETO: deficiência intelectual 
(sem especificar nível de comprometimento). 
A partir da Declaração de Montreal sobre 
Deficiência Intelectual, aprovada em 6/10/04 
pela organização Mundial de Saúde (oMS, 
2004), em conjunto com a organização 
Pan-Americana da Saúde (opas), o termo 
“deficiência mental” passou a ser “deficiência 
intelectual”.
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Ceguinho: o diminutivo ceguinho denota que o cego não 
é tido como uma pessoa completa.
TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa 
com deficiência visual. 
Deficiente mental: (quando se referir a uma 
pessoa com transtorno mental).
TERMOS CORRETOS : pessoa com 
transtorno mental, paciente psiquiátrico. 
Consultar BrASIL (2001), “lei sobre os 
direitos das pessoas com transtorno mental.
Classe normal ou escola normal:
TERMOS CORRETOS: classe comum; classe regular. No 
futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, 
bastará o uso da palavra classe sem adjetivá- la. 
Doente mental: (quando se referir a uma 
pessoa com deficiência intelectual).
TERMO CORRETO: pessoa com 
deficiência intelectual.
Criança excepcional:
TERMOS CORRETOS: criança com deficiência 
intelectual.
“Ela é cega, mas mora sozinha”: nesta 
frase há um preconceito embutido: ‘Todo 
cego não é capaz de morar sozinho’. 
FRASE CORRETA: “ela é cega e mora 
sozinha”.
Defeituoso físico:
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência física. 
“Ela é retardada mental, mas é uma atleta 
excepcional”: Nesta frase há um preconceito 
embutido: ‘Toda pessoa com deficiência 
mental não tem capacidade para ser atleta’. 
FRASE CORRETA: “ela tem deficiência 
mental [intelectual] e se destaca como 
atleta”
Deficiências físicas ou deficientes físicos: (como nome 
genérico englobando todos os tipos de deficiência).
TERMO CORRETO: deficiências (como nome genérico, 
sem especificar o tipo, mas referindo-se a todos os tipos).
“Ela é surda [ou cega], mas não é retardada 
mental”: Esta frase contém um preconceito: 
‘Todo surdo ou cego tem retardo mental’.
FRASE CORRETA: “ela é surda [ou cega] e 
não tem deficiência intelectual”.
Intérprete de LIBRAS:
TERMO CORRETO: intérprete de Libras (ou de Libras). 
GRAFIA CORRETA: Libras.
Libras é sigla de Língua de Sinais Brasileira: Li = Língua 
de Sinais, bras = Brasileira.
 “Ela foi vítima de paralisia infantil”: 
A palavra vítima provoca sentimento de 
piedade. 
FRASES CORRETAS: “ela teve [flexão no 
passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem 
[flexão no presente] sequela de paralisia 
infantil”.
Inválido: (quando se referir a uma pessoa que tenha 
uma deficiência).
Inválido significa sem valor. Assim, como já estudamos 
no tópico anterior, eram consideradas as pessoas com 
deficiência desde a Antiguidade até o final da Segunda 
guerra Mundial.
 
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência.
“Ela teve paralisia cerebral”: (quando se 
referir a uma pessoa viva no presente)
A paralisia cerebral permanece com a pessoa 
por toda a vida. 
FRASE CORRETA: “ela tem paralisia 
cerebral”.
Que tal você aprofundar seus conhecimentos 
sobre esta língua, com o Caderno de Estudos 
da disciplina de Libras. Vamos lá... é muito bom 
aprender!!!
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Lepra, leproso, doente de lepra:
TERMOS CORRETOS: hanseníase; pessoa com 
hanseníase; doente de hanseníase.
Prefira o termo as pessoas com hanseníase ao termo 
os hansenianos. A Lei federal nº 9.010, de 29/3/95, 
proíbe a utilização da palavra lepra e seus derivados, na 
linguagem empregada nos documentos oficiais.
“Ele atravessou a fronteira da normalidade 
quando sofreu um acidente de carro e 
ficou deficiente”: A normalidade, em relação 
a pessoas, é um conceito questionável. A 
palavra sofrer coloca a pessoa em situação 
de vítima e, por isso, provoca sentimentos 
de piedade.
 
FRASE CORRETA: “ele teve um acidente 
de carro que o deixou com uma deficiência”.
LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais: GRAFIA 
CORRETA: Libras.
 
TERMO CORRETO: Língua brasileira de sinais. Trata-se 
de uma língua e não de uma linguagem.
“Ela foi vítima da pólio”: A palavra vítima 
provoca sentimento de piedade.
 
TERMOS CORRETOS: pólio, poliomielite e 
paralisia infantil.
FRASE CORRETA: “ela teve pólio”.
Louis Braile
GRAFIA CORRETA: Louis Braille. o criador do sistema 
de escrita e impressão para cegos foi o educador francês 
Louis Braille (1809-1852), que era cego. 
“Ele é surdo-cego”:
GRAFIA CORRETA: “ele é surdo-cego”. 
Também podemos dizer ou escrever: “ele 
tem surdo-cegueira”. 
Mongoloide; mongol:
TERMOS CORRETOS: pessoa com síndrome de Down, 
criança com Down, uma criança Down. “A síndrome 
de Down é uma das anomalias cromossômicas mais 
frequentes encontradas e, apesar disso, continua 
envolvida em ideias errôneas.
 “Ele manca com bengala nas axilas”:
FRASE CORRETA: “ele anda com muletas 
axilares”. No contexto coloquial, é correto o 
uso do termo muletante para se referir a uma 
pessoa que anda apoiada em muletas.
Mudinho: Quando se refere ao surdo, a palavra mudo 
não corresponde à realidade dessa pessoa. o diminutivo 
mudinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa 
completa.
 
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa 
com deficiência auditiva. Há casos de pessoas que 
ouvem (portanto, não são surdas), mas têm um distúrbio 
da fala (ou deficiência da fala) e, em decorrência disso, 
não falam. 
 “Ela sofre de paraplegia” [ou de paralisia 
cerebral ou de sequela de poliomielite]:
FRASE CORRETA: “ela tem paraplegia” [ou 
paralisia cerebral ou sequela de poliomielite].
Necessidades educativas especiais:
TERMO CORRETO: necessidades educacionais 
especiais. “A palavra educativo significa algo que educa. 
ora, necessidades não educam; elas são educacionais, 
ou seja, concernentes à educação”.
 “Esta família carrega a cruz de ter um 
filho deficiente”: Nesta frase há um estigma 
embutido: ‘Filho deficiente é um peso morto 
para a família’.
FRASE CORRETA: “esta família tem um filho 
com deficiência”.
Pessoa normal:
TERMO CORRETO: pessoa sem deficiência; pessoa não 
deficiente. A normalidade, em relação a pessoas, é um 
conceito questionável e ultrapassado.
 “Infelizmente, meu primeiro filho é 
deficiente; mas o segundo é normal”: A 
normalidade, em relação a pessoas, é um 
conceito questionável, ultrapassado. 
FRASE CORRETA: “tenho dois filhos: o 
primeiro tem deficiência e o segundo não 
tem”.
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Portador de deficiência:
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência. O termo 
preferido passou a ser pessoa com deficiência no texto 
da Convenção Internacional de Proteção e Promoção dos 
Direitos e da Dignidade das Pessoas com Deficiência, em 
fase final de elaboração pelo Comitê Especial da ONU. 
Consultar SASSAKI (2003). 
O incapacitado (ou a pessoa incapacitada):
TERMO CORRETO : a pessoa com 
deficiência.
PPD’s:
GRAFIA CORRETA: PPDs. Não se usa apóstrofo para 
designar o plural de siglas. Hoje, o termo preferido 
passou a ser pessoas com deficiência, motivando o 
desuso da sigla PPDs.Devemos evitar o uso de siglas 
em seres humanos. Mas, torna-se necessário usar 
siglas em circunstâncias pontuais, como em gráficos, 
quadros, colunas estreitas, manchetes de matérias 
jornalísticas etc. Nestes casos, a sigla recomendada é 
PcD, significando “pessoa com deficiência”, ou PcDs para 
“pessoas com deficiência”.
O paralisado cerebral (ou a pessoa 
paralisada cerebral):
TERMO CORRETO: a pessoa com paralisia 
cerebral.
Quadriplegia, quadriparesia:
TERMOS CORRETOS: tetraplegia; tetraparesia. No 
Brasil, o elemento morfológico tetra tornou-se mais 
utilizado que o quadri. Ao se referir à pessoa, prefira o 
termo pessoa com tetraplegia (ou tetraparesia) no lugar 
de o tetraplégico ou o tetraparético.
O epilético (ou a pessoa epilética):
TERMOS CORRETOS: a pessoa com 
epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Evite 
“o epilético”, “a pessoa epilética” e suas 
flexões em gênero e número.
Retardo mental, retardamento mental:
TERMOS CORRETOS: deficiência intelectual. São 
pejorativos os termos retardado mental, mongoloide, 
mongol, pessoa com retardo mental, portador de 
retardamento mental, portador de mongolismo etc. 
Tornaram-se obsoletos, desde 1968, os termos: 
deficiência mental dependente (ou custodial), deficiência 
mental treinável (ou adestrável), deficiência mental 
educável. 
 “paralisia cerebral é uma doença”
FRASE CORRETA: “paralisia cerebral é uma 
condição” Muitas pessoas confundem doença 
com deficiência.
Sistema Braille:
GRAFIA CORRETA: Sistema Braile. Conforme MArTINS 
(1990), grafa-se Braille somente quando se referir ao 
educador Louis Braille. Por ex.: ‘A casa onde Braille 
passou a infância [...]’. Nos demais casos, devemos 
grafar: [a] braile (máquina braile, relógio braile, dispositivo 
eletrônico braile, sistema braile, biblioteca braile etc.) ou 
[b] em braile (escrita em braile, cardápio em braile, placa 
metálica em braile, livro em braile, jornal em braile, texto 
em braile etc.).
Pessoa presa [confinada, condenada] a 
uma cadeira de rodas:
TERMOS CORRETOS: pessoa em cadeira 
de rodas; pessoa que anda em cadeira de 
rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. No 
contexto coloquial, é correto o uso dos termos 
cadeirante e chumbado.
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FONTE: Disponível em: <http://www.fiemg.com.br/ead/pne/Terminologias.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2011.
ATEN
ÇÃO!
Prezado/a acadêmico/a!!!
Percebemos que em muitas expressões algumas pessoas utilizam 
a palavra “sofre”. Como o próprio autor atenta, esta palavra induz 
sentimentos de piedade, os quais não norteiam as práticas inclusivas.
o texto de Sassaki (2003) nos remete a várias situações que presenciamos nas escolas 
no dia dia. Assim, a escola obviamente não poderia ficar ignorando estas evoluções e anulando 
as diferenças que existem dentro dela. 
A escola inclusiva parte do pressuposto de que todas as crianças podem aprender e 
fazer parte da vida escolar e social. A diversidade é valorizada, acreditando que as diferenças 
fortalecem a turma e oferecem a todos os envolvidos maiores oportunidades para aprendizagem. 
Esta escola baseia-se em princípios, tais como:
	Aceitação das diferenças individuais como atributo e não como obstáculo.
	Educação como direito de todos, ou seja, o direito de pertencer.
	Igualdade de oportunidades – o igual valor entre os dominantes e os dominados.
Surdinho:
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa 
com deficiência auditiva.
o diminutivo surdinho denota que o surdo não é tido como 
uma pessoa completa. os próprios cegos gostam de ser 
chamados cegos e os surdos de surdos, embora eles não 
descartem os termos pessoas cegas e pessoas surdas.
Pessoas ditas deficientes:
TERMO CORRETO: pessoas com deficiência. 
A palavra ditas, neste caso, funciona como 
eufemismo para negar ou suavizar a 
deficiência, o que é preconceituoso.
Surdo-mudo:
GRAFIAS CORRETAS: surdo; pessoa surda; pessoa 
com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a 
palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. 
Pessoas ditas normais:
TERMOS CORRETOS : pessoas sem 
deficiência; pessoas não deficientes. Neste 
caso, o termo ditas é utilizado para contestar 
a normalidade das pessoas, o que se torna 
redundante nos dias de hoje.
Visão subnormal:
 
GRAFIA CORRETA: visão subnormal.
TERMO CORRETO: baixa visão.
“Sofreu um acidente e ficou incapacitado”:
FRASE CORRETA: “teve um acidente e ficou 
deficiente”.
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DIC
AS!
Agora, prezado/a acadêmico/a, vamos tentar responder às seguintes 
questões e refletir sobre elas:
•	 Como isso que acontece comigo se passa com o outro que é 
diferente de mim? 
•	 Como é ser pai ou mãe de um garoto que não enxerga?
•	 Como funciona a casa de uma família de surdos? 
•	 Como é a vida de uma pessoa que precisa de uma cadeira de 
rodas para se locomover? 
•	 Como uma pessoa que tem deficiência intelectual aprende?
Essas perguntas podem nos levar a pensar sobre as dificuldades e as conquistas 
dessas pessoas, e, além disto, analisar a possibilidade de concretização dos seus direitos. 
Ações simples e concretas para que possam estar nas salas de aula; ter plena assistência à 
saúde; ter qualificação profissional; emprego; prática de esporte; cultura e lazer. Porém, isso 
só se realizará se cada um de nós se fizer a seguinte pergunta:
O que eu posso fazer, como cidadão, para contribuir na inclusão daqueles que são 
apenas diferentes de mim?
IMP
OR
TAN
TE! �
Busque respostas para essa pergunta. É um aprendizado nem 
sempre fácil, que exige o desejo de conhecer, de se arriscar, de se 
envolver e agir.
	Convívio social, todos crescem nessa relação.
	Cidadania – englobam os direitos políticos, civis, econômicos, culturais e sociais.
Assim, podemos dizer que sociedade inclusiva é aquela aberta a todos, que reconhece 
o potencial de todo cidadão, estimula a participação de cada um e aprecia as diferentes 
experiências humanas.
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3 CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS 
 PARA A INCLUSÃO ESCOLAR
Neste item, iremos discutir algumas estratégias de efetivação para a inclusão escolar 
de crianças e adolescentes com necessidades especiais.
Escola Inclusiva significa educar todos os alunos em salas de aula comuns. Isto 
significa que todos, sem exceção, recebem educação, frequentam as mesmas aulas e, 
consequentemente, significa que todos recebem oportunidades educacionais adequadas. 
Além disso, é necessário também que o aluno e seu professor recebam todo o auxílio que 
necessitarem para oferecer este ensino. Mas, além disto, a escola inclusiva é um local em que 
todos fazem parte, onde existe aceitação e cooperação entre seus membros.
Neste sentido, a inclusão escolar visa às seguintes estratégias:
•	Este princípio assegura aos alunos a oportunidade 
de que todos aprendam, uns sobre os outros, e 
reduz a permanência de estigmas e preconceitos 
historicamente construídos. 
FIgUrA 8 – FrEQUÊNCIA DE ToDoS oS 
ALUNoS EM SALA DE AULA CoMUM, CoM A 
MESMA FAIXA ETÁrIA
FoNTE: Disponível em: <http://professorasimonecruz.
blogspot.com>. Acesso em: 22 ago. 2011.
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•	Esta est ra tég ia assegura maior 
participação na vida social da comunidade, 
além dos muros da escola.
FIgUrA 9 – FrEQUENCIA Do ALUNo CoM 
NECESSIDADES ESPECIAIS EM UMA ESCoLA DE 
SUA CoMUNIDADE
FoNTE: Disponível em: <http://eusouluzpazeamor.
blogspot.com/>. Acesso em: 22 ago. 2011.
•	o professor tem a responsabilidade de 
educar tanto as crianças sem deficiência 
como aquelas com deficiência, mesmo 
que tenha um professor auxiliar em sua 
sala. O aluno com deficiênciadeve fazer 
parte da turma como qualquer criança. 
Tem também a responsabilidade de 
assegurar que o aluno com deficiência 
seja um membro integrante e valorizado 
da sala de aula. 
FIgUrA 10 – o ProFESSor É rESPoNSÁVEL Por 
ToDoS oS ALUNoS, INDEPENDENTE DE SUAS 
PECULIArIDADES
FoNTE: Disponível em: <http://www.marataizes.com.br/>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
•	A educação inclusiva significa que os 
alunos com necessidades especiais são 
ensinados no mesmo contexto curricular 
e instrucional com os demais colegas de 
sala de aula. Materiais curriculares comuns 
podem ser adaptados, mas somente 
até o nível necessário para satisfazer 
as necessidades de aprendizagem de 
qualquer aluno.
FIgUrA 11 – ADAPTAção CUrrICULAr
FoNTE: Brasil (2010)
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•	Em função da diversidade humana, 
o professor deve se preparar com 
diferentes metodologias, para que todos 
os alunos sejam capazes de adquirir o 
conhecimento que está sendo ensinado.
FIgUrA 12 – METoDoLogIAS DIFErENCIADAS
FoNTE: Disponível em: <http://bandeirantesnews.blogspot.
com>. Acesso em: 22 ago. 2011.
•	Sugere-se uma maior colaboração e apoio 
entre professores e a participação de 
uma equipe multidisciplinar (educadores 
especiais, psicólogos, fonoaudiólogos, 
fisioterapeutas, entre outros) em oferecer 
apoio extraescolar, além de proporcionar 
maior participação na orientação e 
formação do docente para a efetivação 
da inclusão escolar.
FIgUrA 13 – PArTICIPAção E CoLABorAção DE 
DIVErSoS ProFISSIoNAIS
FoNTE: Disponível em: <http://ne10.uol.com.br>. Acesso 
em: 22 ago. 2011.
•	São partes importantes da educação 
inclusiva os relacionamentos e interações 
sociais. Para desenvolver relações de 
amizade, faz-se necessário que a criança 
com necessidades especiais tenha 
oportunidades constantes e contínuas 
de inserção social entre estas outras 
crianças. o exemplo da atividade a seguir 
é muito conhecido: trata-se de um jogo 
intitulado em algumas regiões de “cabo 
de guerra”. Este jogo trabalha a força e 
o trabalha em equipe. Este exemplo foi 
adaptado às necessidades da turma. o 
jogo é realizado com os alunos sentados, 
possibilitando a participação de todos. 
observe a imagem.
FIgUrA 14 – INCLUSão Do ALUNo NA VIDA SoCIAL 
DA ESCoLA
FoNTE: Disponível em: <http://www.recantodasletras.
com.br/artigos/2409092>. Acesso em: 22 ago. 2011.
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FIgUrA 15 – INCLUSão
FoNTE: Brasil (2010)
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 DAS ESCOLAS INCLUSIVAS
o quadro a seguir apresenta as principais características das escolas inclusivas. 
Essas características devem ser, pelos educadores, conhecidas, respeitadas e exercitadas 
diariamente, a fim de garantir a inclusão nos ambientes escolares.
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QUADro 1 – PrINCIPAIS CArACTErÍSTICAS DAS ESCoLAS INCLUSIVAS 
1 Senso de pertencer Filosofia e visão de que todas as crianças pertencem 
à escola e à comunidade e de que podem aprender 
juntos.
2 Liderança A equipe gestora envolve-se ativamente com a escola 
toda no provimento de estratégias inclusivas.
3 Padrão de excelência os altos resultados educacionais refletem as 
necessidades individuais dos alunos, ou seja, não 
limitar o nível de ensino.
4 Colaboração e cooperação Envolvimento de alunos em estratégias de apoio 
mútuo; colaboração da turma.
5 Novos papéis e responsabilidades os professores falam menos e assessoram mais, 
todo o pessoal da escola faz parte do processo de 
aprendizagem, e é responsável pelos alunos.
6 Parceria com os pais os pais são parceiros igualmente essenciais na 
educação de seus filhos.
7 Acessibilidade Todos os ambientes físicos são tornados acessíveis e, 
quando necessária, é oferecida tecnologia assistiva.
8 Ambientes flexíveis de 
aprendizagem
Espera-se que os alunos se promovam de acordo com 
o estilo e ritmo individual de aprendizagem e não de 
uma única maneira para todos.
9. Estratégias baseadas em 
pesquisas
Aprendizado cooperativo, adaptação curricular, 
ensino de iguais, instrução direta, ensino recíproco, 
treinamento em habilidades sociais, instrução assistida 
por computador, treinamento em habilidades de 
estudar etc.
10 Novas formas de avaliação 
escolar
Dependendo cada vez menos de testes padronizados, 
a escola usa novas formas para avaliar o progresso 
de cada aluno rumo aos respectivos objetivos.
11 Desenvolvimento profissional 
continuado
Aos professores são oferecidos cursos de 
aperfeiçoamento contínuo visando à melhoria de 
seus conhecimentos e habilidades para melhor educar 
seus alunos.
FoNTE: Adaptado de: SASSAKI, romeu K. Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/art 
_lista_de_checagem.asp?f_id_artigo=68>. Acesso em: 15 jan. 2007. 
5 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE
Em todo processo de inclusão escolar, faz-se necessária a adaptação de materiais 
e estratégias que garantam a participação efetiva de todos os alunos no processo ensino 
aprendizagem. São adaptações de pequeno e grande porte que são assim nomeadas por 
serem vinculadas a diferentes responsáveis. Vamos ver o significado de cada uma delas.
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5.1 ADAPTAçÕES DE PEQUENo PorTE 
São adaptações de responsabilidade do professor e referem-se basicamente a:
•	Criar condições físicas, ambientais e 
materiais para a participação do aluno.
FIgUrA 16 – AMBIENTE FAVorÁVEL À PArTICIPAção 
Do ALUNo
Fonte: Disponível em: <http://www.istoe.com.br/
reportagens/7783_UMA+ESCoLA+PArA+ToDoS>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
•	Favorecer os melhores níveis de 
comunicação e de interação.
FIgUrA 17 – MELHorES NÍVEIS DE CoMUNICAção 
E INTErAção
FoNTE: Disponível em: <http://www.istoe.com.br/
reportagens/7783_UMA+ESCoLA+PArA+ToDoS>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
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•	Favorecer a participação do aluno nas 
atividades escolares.
FIgUrA 18 – PArTICIPAção Do ALUNo NAS 
ATIVIDADES ESCoLArES
FoNTE: Disponível em: <http://cidapead.pbworks.
com>. Acesso em: 22 ago. 2011.
•	Atuar para a aquisição dos equipamentos, 
recursos e materiais específicos.
FIgUrA 19 – rECUrSoS E MATErIAIS ESPECÍFICoS
FoNTE: Disponível em: <http://oolhardoeducador.
blogspot.com/2010/07/o-uso-da-tecnologia-assistiva-
no.html>. Acesso em: 22 ago. 2011.
•	Adaptar materiais.
FIgUrA 20 – ADAPTAção DoS MATErIAIS
FoNTE: Disponível em: <http://www.nominuto.com/
noticias/cidades/
hospital-giselda-trigueiro-investe-em-capacitacao-de-
cuidadores/59131/>. Acesso em: 22 ago. 2011.
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•	Adotar s istemas al ternat ivos de 
comunicação.
FIgUrA 21 – SISTEMAS ALTErNATIVoS DE 
CoMUNICAção
FoNTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.
br/>. Acesso em: 22 ago. 2011.
•	Favorecer a eliminação de sentimentos 
de inferioridade.
FIgUrA 22 – UM oLHAr INCLUSIVo
FoNTE: Disponível em: <http://patatitralala.blogspot.
com
/2010/12/infancia-na-creche-um-olhar-inclusivo.html>. 
Acesso em: 22 ago. 2011.
Para isto, o professor poderá seguir os seguintes passos:
a) ADAPTAção DE CoNTEÚDo:
	Priorizar os tipos de conteúdos.
	Priorizar as áreas de estudo.
	reformular a sequência de conteúdos.
	Eliminação de conteúdos.
b) ADAPTAção DE MÉToDoS DE ENSINo E orgANIZAção DIDÁTICA:
	Adaptar métodos.
	Modificar procedimentos de ensino.
	Complexidade das atividades.
	Adaptação de materiais.
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c) ADAPTAção Do ProCESSo DE AVALIAção:
	rever os instrumentos avaliativos e a descrição dos resultados.d) ADAPTAção DA TEMPorALIDADE:
	Adaptar o tempo necessário para a aprendizagem do aluno.
IMP
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Para conseguirmos realizar as mudanças e adaptações necessárias, 
precisamos derrubar as primeiras barreiras referentes a Educação 
Inclusiva: as barreiras atitudinais. É necessário aceitar e valorizar 
a diversidade para, em seguida pensar, refletir e crescer diante dos 
processos de acessibilidade.
Não se esqueça de que algumas adaptações apresentam 
especificidades de cada área de conhecimento. Atente para a sua 
área de formação e troque ideias com os seus colegas de trabalho.
5.2 ADAPTAçÕES DE grANDE PorTE 
As adaptações de grande porte são de responsabilidade de instâncias político-
administrativas superiores. referem-se basicamente a:
a) ADAPTAção DE ACESSo Ao CUrrÍCULo:
	Adaptação do ambiente físico escolar.
	Aquisição de mobiliário específico.
	Aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos.
	Adaptação de material de uso comum.
	Capacitação continuada.
	Efetivação de ações dos profissionais da área especial com o professor regular.
b) ADAPTAção DE oBJETIVoS:
	Dentro da organização do PPP.
c) ADAPTAção DE CoNTEÚDoS ESPECÍFICoS:
	Dentro da organização do PPP.
	Participação da gestão na construção das práticas metodológicas.
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d) ADAPTAção Do MÉToDo E orgANIZAção DIDÁTICA:
	organização diferenciada na sala de aula.
	Número de alunos.
e) ADAPTAção Do SISTEMA DE AVALIAção:
	Sistematização dos resultados.
	Reformulações nas certificações.
f) HoMogENEIDADE ETÁrIA:
	organização de turmas.
g) ADAPTAção DE TEMPorALIDADE:
	reformulação do currículo escolar para atender as peculiaridades.
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Prezado/a acadêmico/a!!! Esta organização das adaptações de 
pequeno e grande porte vai acompanhar nossos estudos e sua prática 
docente sempre que em sua escola estiver incluído um aluno com 
necessidades especiais. 
LEITURA COMPLEMENTAR
A ESCOLA
o olhar crítico para a história da humanidade revela, com muita clareza, que nenhuma 
sociedade se constitui bem-sucedida, se não favorecer, em todas as áreas da convivência 
humana, o respeito à diversidade que a constitui.
Nenhum país alcança pleno desenvolvimento, se não garantir, a todos os cidadãos, 
em todas as etapas de sua existência, as condições para uma vida digna, de qualidade física, 
psicológica, social e econômica.
A educação tem, nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o espaço no qual 
se deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de 
competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido 
pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania.
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É no dia a dia escolar que as crianças e jovens, enquanto atores sociais, têm acesso 
aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar 
a aprendizagem. Para que este objetivo seja alcançado, a escola precisa ser organizada de 
forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de 
aprendizagem de cada aluno.
Escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de 
seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo 
com suas potencialidades e necessidades.
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada 
para favorecer a cada aluno, independente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social 
ou qualquer outra situação. Um ensino significativo é aquele que garante o acesso ao conjunto 
sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados.
Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional; 
garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção das competências 
necessárias para o exercício pleno da cidadania é, por outro lado, objetivo primeiro de toda a 
ação educacional.
A escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e 
necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica.
Para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a participação consciente 
e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores, professores, 
familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive.
Sabemos que as escolas públicas geralmente fazem parte de uma rede, o que, 
historicamente, as manteve em situação de dependência administrativa, funcional e mesmo 
pedagógica, limitadas na autonomia e controladas sob mandatos. No que se refere ao professor, 
sua liberdade de ação se restringiu, durante muito tempo, às ações internas das salas de aula.
Tal situação, na realidade, limitou e até mesmo impediu o desenvolvimento de ações 
coletivas compromissadas com o cuidado individualizado que a educação de cada aluno requer.
A construção da escola inclusiva exige mudanças nessa cultura e nas suas consequentes 
práticas.
Perrenoud (2000) aponta alguns fatores que dificultam a construção de um coletivo, no 
contexto educacional: a limitação histórica da autonomia político-administrativa do profissional 
da Educação e o individualismo dela consequente, a falta do exercício das competências de 
comunicação, de negociação, de cooperação, de resolução de conflitos, de planejamento 
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DIC
AS!
Você pode aprofundar seu conhecimento acerca deste tema 
realizando uma pesquisa nos seguintes sites: <http://portal.mec.
gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf> e <http://portal.mec.
gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha06.pdf>.
flexível e de integração simbólica, a diversidade das personalidades que constituem o grupo 
de educadores, e até mesmo a presença frequente da prática autoritária da direção, ou 
coordenação do ensino.
Tais dificuldades somente poderão ser eliminadas por meio da convicção de que a 
escola precisa mudar, da vontade política de promover mudanças e a construção de novas 
formas de relacionamento, no contexto educacional, levando em conta o potencial e o interesse 
de cada aluno.
Constata-se, portanto, que a construção de uma escola inclusiva implica transformações 
no contexto educacional: transformações de ideias, de atitudes e da prática das relações sociais, 
tanto no âmbito político, administrativo, como didático-pedagógico.
FoNTE: (BrASIL, 2006)
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RESUMO DO TÓPICO 2
Vamos rever neste resumo o conteúdo que foi discutido no decorrer deste segundo 
tópico:
 
Em primeiro lugar, reconhecemos o significado da Inclusão escolar e que ela vem sendo 
desenvolvida em todos os setores sociais, não somente na escola. Além disto, questionamo-nos 
acerca de nossas atitudes enquanto cidadão, pois para incluir não basta trabalhar somente em 
sua sala de aula, devemos ser cidadãos que lutam pela inclusão em todos os âmbitos sociais.
Refletimos sobre as terminologias apontadas por Sassaki e sua importância no processo 
de inclusão escolar.
Em um outro momento, discutimos algumas estratégias e características da escola 
inclusiva, no intuito de preparar os professores e toda a equipe gestora para o acolhimento e 
para a verdadeira participação destes educandos, que são o foco de estudo nesta disciplina. 
Cabe aqui ressaltar os fundamentos da escola inclusiva, discutidos durante este tópico:
•	Educação como direito de todos.
•	 Igualdade de oportunidades.
•	Convívio social.
•	Cidadania.
•	Valorização da diversidade.
•	Transformação social.
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