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A cartografia e a compreensão da leitura e da linguagem cartográfica Construir as referências para o processo da alfabetização cartográfica, caracterizando esse campo de conhecimento. A cartografia na sala de aula Nas aulas anteriores, vimos como a criança pode construir as noções e as relações espaciais. Um modo de entender a representação do espaço geográfico, com suas diferentes paisagens, é por meio da cartografia. Trata-se de um conjunto de estudos e procedimentos técnicos, científicos e artísticos que resultam na elaboração dos mapas. Partem de observação direta, do uso de documentos e utilização de referências de orientação e localização. A cartografia é um campo do conhecimento que se dedica a elaborar maquetes, mapas, cartas e plantas com o objetivo de assegurar a orientação e a localização das pessoas no espaço. Seja pelo registro de um simples trajeto, seja por meio do mapa construído em escala devidamente calculada. A cartografia é o resultado de um esforço que os homens fizeram para definir, por meio da observação, os elementos de localização, a partir dos astros. Estes deram origem às coordenadas geográficas. O mapa é uma construção técnica, científica e artística. A localização e a orientação especial podem recorrer a um simples croqui. Como pode construir mapas de localização precisa, recorrendo a todas as tecnologias disponíveis. A cartografia, como vimos nos exemplos ilustrados, é a representação social de um determinado espaço real. Apresenta a organização dos elementos que compõem o espaço. Ler um mapa depende de aprender como são construídos. Uma das propostas da cartografia escolar é ensinar a como fazê-lo. Um motivo para aprender a ler os mapas é por seu uso cotidiano, o que lhe dá o sentido prático. As figuras cartográficas têm também outras funções, de natureza cientifica que orientam as ações de domínio do território. Os conhecimentos cartográficos são fundamentais para que aluno desenvolva as capacidades de análise crítica da paisagem. A orientação espacial envolve a capacidade de estabelecer pontos de referência e procedimentos de localização adotando rumos e direções para chegar aos lugares. Entre os procedimentos de orientação e localização, estão aqueles que usam instrumentos e técnicas como a rosa dos ventos, que dá a direção e que conhecemos como pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. A Rosa dos Ventos: pontos cardeais e colaterais. Os elementos naturais foram os primeiros instrumentos de orientação que os homens utilizaram. A bússola foi criada a partir das observações feitas pelos viajantes. Sistemas de orientação: a bússola. Para a localização de rotas de viagem, era necessário estabelecer pontos de referência, fixos, que pudessem ser tomados para traçar rotas de navegação e posteriormente de voos. Os sistemas de coordenadas geográficas foram criados com essa finalidade. São os paralelos e meridianos. Os paralelos são linhas circulares traçadas a partir do Equador — paralelo inicial — a partir do qual são calculados qualquer ponto da Terra. Já os meridianos são linhas semicirculares traçadas a partir do meridiano de Greenwich. Marco para o cálculo da linha do Equador em Quito. Por onde começar em sala de aula? Além de trabalhar com atividades que orientem a criança a partir do corpo, de tomar a exploração da sala de aula como referência, de recorrer aos elementos da natureza para incentivar elementos de orientação e localização, as maquetes e croquis de localização são essenciais para a introdução dos mapas nas práticas escolares. As maquetes são modelos de representação, reduzidos do real. Uma maquete da sala de aula desafia os alunos a pensar na proporção dos objetos, na maneira como serão reduzidos, como serão representados, a localização dos objetos uns com relação a outros, o que exigirá a definição de ponto de vista de cada aluno, com grande ganho para o desenvolvimento cognitivo do aluno. As maquetes ? entre o tridimensional e o bidimensional dos mapas. Os croquis são representações simples que mobilizam a atenção da criança para a representação do real, por meio de instrumentos significativos. A criança envolvida na atividade de interpretação de croquis observa "figuras novas", ampliando o seu entendimento das atividades de representação. Ao ativar a atenção e a memória os croquis, transformam-se em instrumentos de um novo modo de interpretação ao qual a criança vai recorrer, para unir elementos das observações que realiza. Os croquis de localização são, portanto, excelentes instrumentos para a organização de atividades simbólicas. As atividades simbólicas têm por função organizar situações específicas em que o uso do instrumento produz formas fundamentalmente novas de comportamento. Croquis de localização ? representação simples. Os croquis consistem num modo rápido de representar, registrar e demonstrar por meio de desenhos, um objeto, uma ideia de projeto ou uma visão do ambiente (DIAS, 2000). Croquis de localização apresentam a informação geográfica através da correlação e síntese de um determinado espaço. Os croquis de localização não chegam a ser definidos como mapas, já que não exigem o uso de técnicas em sua elaboração. Na Educação Básica, podem ser propostos, como constructos, de novas possibilidades didáticas, que a criança traga de sua análise do espaço estudado, podendo resultar na construção do raciocínio geográfico. Acesse o site a seguir para conhecer o marco do Meridiano de Greenwich. Disponível em:1. http://www.youtube.com. Acesso em: 06 dez. 2013. Aula estudada! Caso fique com dúvidas, leve-as ao Fórum e divida-as com seu professor e colegas. Referências ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2013. DIAS, L. F. Croqui cartográfico no ensino da Geografia:ensaio metodológico. São Paulo, 2000. Dissertação de Mestrado. FFLCH — Universidade de São Paulo.
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