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aula 07 A cartografia a noção de legenda e escala

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A cartografia a noção de
legenda e escala
Introduzir o conceito de escala e os elementos da linguagem cartográfica para
construir as referências do processo da alfabetização cartográfica.
Compreendendo as legendas
Ao estudar as relações espaciais, as crianças podem compreender como revelam a organização
espacial e suas características. Quando aprendem a olhar o espaço a partir da consciência espacial
que desenvolveram, constroem a capacidade de refletir sobre essas características. Para completar
essa capacidade de raciocinar sobre o espaço, a cartografia é um campo de saber que se encarrega
de registrar uma síntese das relações espaciais, por meio dos mapas, cartas, plantas.
A indicação de Castrogiovanni (2012) é de que para construir o mapa é necessário que as
crianças aprendam a organizar as legendas:
A representação do mundo necessita de simbolização cartográfica. Os símbolos, signos e
legendas são responsáveis pela leitura da linguagem cartográfica.
Figura 01: As legendas se constroem por critérios de cor e símbolos.
Acesse o link a seguir para conhecer as convenções de legenda que o IBGE utiliza para usar as
legendas em mapas, cartas e representações. Disponível em: www.ibge.gov.br Acesso em: 06 dez.
2013.
As legendas podem ser organizadas por critérios de cor, de sinais ou símbolos gráficos.
As noções espaciais que já estudamos, ajudam a compreensão do real e isto antecede a
representação do espaço. As noções, topológicas, projetivas e euclidianas são fundamentais para a
compreensão de como construir as legendas, que vão representar os elementos da realidade que
serão representados.
As sociedades ao longo da história organizaram e reorganizaram o espaço transformando a
natureza. A organização espacial reflete as características do grupo que a constrói. Veja como em
São Paulo a organização espacial é normatizada. Disponível em: licenciamento.cetesb.sp.gov.br
Para o ensino da cartografia, os alunos devem ser preparados para construir as noções
propriamente cartográficas como a noção de símbolos e legendas como vimos. A noção de escala
introduz a relação entre tamanho de uma representação e o real.
Figura 02: Legenda gráfica.
A escala é o procedimento capaz de representar a relação entre um fenômeno real na
superfície terrestre no papel.
A representação do mundo necessita de simbolização cartográfica. Os símbolos, signos e
legendas são responsáveis pela leitura da linguagem cartográfica.
Acesse o link a seguir para conhecer as convenções de legenda que o IBGE utiliza para usar as
legendas em mapas, cartas e representações. Disponível em: www.ibge.gov.br.
A noção de escala
Como já apontado, a escala é uma relação de proporção entre o tamanho de uma
representação e o real. Segundo Castrogiovanni (2012), a escala pode ser pequena/média/grande.
Quando a escala é grande, apresenta detalhes, por exemplo, a representação de um prédio. Quando
uma escala é pequena apresenta dados mais gerais, por exemplo, no mapa.
Podemos pensar em termos de escala numérica que representa a relação que vai ser
representada por números. O registro dessa escala acontece da seguinte forma: 1: 100.000. Significa
que cada 100.000 metros na superfície será reduzido para 1 cm no mapa.
Outro tipo de escala é aquela representada por um gráfico, geralmente uma linha dividida em
vários segmentos que indicam relações entre o tamanho do segmento e o tamanho real.
Para o trabalho com o ensino da Geografia Escolar, podemos recorrer ao que chamamos de
escala intuitiva. Na história da humanidade, o homem criou a escala intuitiva para organizar seus
deslocamentos. Ao percorrer o espaço em busca de comida, passou a calcular os passos que dava
para chegar ao rio, por exemplo. Esses passos constituíram as primeiras escalas que usamos.
Com o passar do tempo o homem pode calcular esses passos e registrá-los de alguma forma.
Essa é a origem da noção de escala. Esse método original ainda é muito importante do ponto de
vista didático. No trabalho com as crianças calcular escalas na superfície conhecida traz grande
benefício para o estabelecimento das relações espaciais, que já estudamos.
Um critério para definir uma escala de representação do espaço cotidiano pode ser a escala do
graveto. Na comunidade ou no jardim da escola procura-se um pequeno galho de árvore (tarefa que
as crianças realizam com muito empenho) e esse objeto poderá ser usado para medir a superfície.
Pode-se definir que para cada medida do graveto na superfície a redução para o papel será do
tamanho de um dedinho na hora de desenhar/representar.
Figura 03: As escalas intuitivas estão no dia a dia.
Outros critérios poderão ser usados: o palmo é uma possibilidade, o pé, a régua. O importante
na experiência escolar é que, a partir dos 4/5 anos da criança, ela perceba que é possível medir e
representar a superfície do espaço vivido.
Aula estudada! Caso fique com dúvidas, leve-as ao Fórum e divida-as com seu professor e
colegas.
Referências
CASTROGIOVANI, Antonio C. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto
Alegre: Mediação: 2012.

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