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UNESC Faculdades Integradas de Cacoal Mantidas pela Associação Educacional de Cacoal Química Orgânica Diego Alves de Souza CACOAL/RO 2016 SUMÁRIO 1. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 3 1.1 Excitação eletrônica .......................................................................................................... 3 1.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico ..................................................................... 4 1.3 Sacarose e ácido sulfúrico ................................................................................................. 4 1.4 Incineração da fita de magnésio ........................................................................................ 5 1.5 Reatividade do sódio na água ........................................................................................... 5 2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 6 2.1 Excitação Eletrônica ......................................................................................................... 6 2.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico ..................................................................... 6 2.3 Sacarose e ácido sulfúrico ................................................................................................. 7 2.4 Incineração da fita de magnésio ........................................................................................ 7 2.5 Reatividade do sódio na água ........................................................................................... 7 3. DESCRIÇÃO PRÁTICA, RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................ 7 3.1 Excitação Eletrônica ......................................................................................................... 7 3.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico ..................................................................... 8 3.3 Sacarose e ácido sulfúrico ................................................................................................. 8 3.4 Incineração da fita de magnésio ........................................................................................ 8 3.5 Reatividade do sódio na água .......................................................................................... 9 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 9 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 10 3 1. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 Excitação eletrônica No ensaio conhecido como teste da chama, ocorrem interações atômicas através dos níveis e subníveis de energia quantizada de um átomo de um cátion metálico. Considerando-se o átomo de potássio, por exemplo, onde o elétron 4s1 é o mais externo, este elétron pode ser elevado para um subnível mais externo quando sob uma fonte intensa de energia (calor), chegando a 4p1, ocorrendo assim a sua excitação eletrônica. O elétron excitado, entretanto, apresenta tendência a retornar ao seu estado natural de 4s1, emitindo um quantum de energia (fóton) quando em seu retorno ao subnível de menor energia, que é uma quantidade de energia bem definida e única para cada cátion metálico, a qual pode servir para a sua identificação. No caso do cátion potássio, obtém-se uma coloração violeta da chama, sendo esta a coloração capaz de identificar este cátion, uma vez que é devido à diferença de energia entre os subníveis 4s e 4p para o átomo em questão. Em 1913, Niels Bohr, após uma série de experimentações e ensaios matemáticos, elaborou três postulados muito importantes para a compreensão que temos hoje a respeito da estrutura atômica. Enquanto o elétron está numa determinada orbita, sua energia é constante. Se o elétron receber energia suficiente, ele saltará a uma orbita com energia superior. Ao retornar a sua orbita de origem, o elétron emite, na forma de ondas eletromagnéticas, a mesma quantidade de energia absorvida. Com relação ao teste da chama, os postulados de Bohr prestam-se muito bem ao se buscar uma explicação às observações. A queima de um sal metálico implica na promoção de elétrons, cujo retorno é revelado pela emissão de luz. Assim, um elétron pode passar de um nível para outro de maior energia, desde que absorva energia externa (ultravioleta, luz visível, infravermelho etc.). Quando isso acontece, dizemos que o elétron foi excitado e que ocorreu uma transição eletrônica. Já a transição de retorno deste elétron ao nível inicial se faz acompanhar pela liberação da energia na forma de ondas eletromagnéticas, como, por exemplo, a luz visível, que é percebida por nossos sentidos como uma coloração. 4 1.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico Quando o ácido sulfúrico e o permanganato de potássio entram em contato ocorre uma reação química que produziu muito calor. Essa reação pode ser representada pela seguinte equação química: 6 KMnO4(s) + 9 H2SO4(conc) → 6 MnSO4(aq) + 3 K2SO4(aq) + 9 H2O(l) + 5 O3(g) O calor gerado com essa reação foi suficientemente grande para fazer com que um algodão embebido em álcool se incendei, quando tocado pela ponta do bastão de vidro com a mistura de permanganato de potássio e ácido sulfúrico, dando origem a outra reação química, a reação de combustão do álcool etílico. Que pode ser representada pela seguinte equação: 2H6O(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(g) 1.3 Sacarose e ácido sulfúrico O ácido sulfúrico concentrado reage com o açúcar, formando água, carbono e muito calor, o que explica as bolhas e a fumaça produzida, além do cheiro característico de açúcar derretido. Quando olhamos para a estrutura da sacarose, vemos que não existem moléculas de água presente, mas sim, grupos OH e átomos de hidrogênio ligados aos carbonos. São estes grupos OH, também conhecidos como hidroxilas que fazem com que o açúcar seja tão solúvel na água. Quando o ácido reage com o açúcar, ele retira os OH e os H, formando assim H2O que vai sendo evaporado pelo calor da reação. Já o carbono é essa massa preta que cresce dentro do béquer. Por isso o açúcar é chamado de carboidrato, ele contém além de carbonos muitos hidrogênios e oxigênios, em uma proporção de 2:1 como na água. Reações de Oxirredução são aquelas onde ocorre a transferência de elétrons de um modo evidente ou sutil. Nessas reações sempre vai haver um elemento que vai sofrer Oxidação, que é a perda de elétrons, chamado de agente redutor o qual promove a redução do outro. Esse outro vai sofrer Redução, que é o ganho de elétrons, conhecido como o agente oxidante. 5 1.4 Incineração da fita de magnésio Estado de Oxidação é sinônimo do Número de Oxidação ou o conhecido NOX dos elementos, para espécies monoatômicas é o número atômico menos o número total de elétrons, ou seja, a carga total do átomo. Quando os elementos estão em seu estado fundamental têm NOX igual a zero. Já para espécies poliatômicas tem-se que abandonar a ideia de que o NOX é a carga real do elemento e imaginar que arbitrariamente um elemento vai admitir tal carga em uma reação podendo ou não ter outra carga em outra reação. Existe um conjunto de regras para se calcular a carga de uma espécie poliatômica, as quais não precisam ser citadas aqui neste momento. Óxidos são compostos formados por dois elementos em que um deles sempre é o Oxigênio, o mais eletronegativo.Os óxidos são classificados em função do seu comportamento na presença de água, ácidos e bases. Os óxidos ácidos apresentam caráter covalente, esses óxidos reagem com água, produzindo ácido, e reagem com bases, originando sal e água. Os óxidos básicos apresentam caráter iônico, esses óxidos reagem com água, dando origem a bases, e reagem com ácidos, originando sal e água. Os metais têm uma capacidade que quando postos em ácidos, liberam gás hidrogênio. Há uma reação redox, também. As ligas metálicas são misturas de metais e outros elementos formuladas para ter as propriedades desejadas. Geralmente, uma liga é mais dura e resistente do que o metal puro, mas tem condutividade elétrica menor. Durante a queima da fita de magnésio metálico observa-se uma chama branca intensa e brilhante, característica desse metal. O magnésio é um metal prateado e sólido que, após sua incineração, forma o óxido de magnésio (MgO) que é um pó com aspecto esbranquiçado. Essa reação pode ser expressa pela seguinte equação: 2Mg(s) + O2(g) 2MgO(s) A reação entre o magnésio e o oxigênio é uma reação de oxirredução. Durante a reação os átomos de Mg(s) perdem elétrons para o agente redutor, o oxigênio presente no meio ambiente, para formar Mg+2. Essa reação acontece naturalmente ao expor esse metal ao ar ou mais energicamente quando se fornece energia ao sistema, no caso através da chama. 1.5 Reatividade do sódio na água Os metais alcalinos, em especial, são extremamente reativos, tanto com a água quanto até mesmo com o oxigênio do ar. Por isso, geralmente são guardados submersos em querosene. 6 Isso acontece porque eles possuem uma grande tendência a perder elétrons, oxidando-se e atuando como agentes redutores fortes. Em contato com a água, todos os metais alcalinos e alcalino terrosos formam como produtos uma base e o gás hidrogênio. Por exemplo, a reação entre o sódio e a água produz o hidróxido de sódio e o gás hidrogênio, como mostrado na equação abaixo: 2 Na(s) + 2 H2O(l)→2 NaOH(aq) + H2(g) Quando colocamos o sódio em contato com a água ocorrerá uma reação violenta que, caso coloquemos o indicador ácido-base fenolftaleína, veremos o aparecimento de uma coloração rósea, evidenciando a presença da base. Além disso, quanto maior a quantidade de sódio colocado, maior será a reação visualizada, porque o hidrogênio liberado entra em combustão ao entrar em contato com o oxigênio presente no ar. 2. METODOLOGIA 2.1 Excitação Eletrônica Luvas; 4 vidros de relógio; Álcool; Algodão; Isqueiro; Cloreto de Sódio NaCl; Cloreto de Potássio KCl; Cloreto de Cálcio CaCl2; Sulfato de Cobre CuSO4. 2.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico Luvas; Placa de petri; Permanganato de potássio; Ácido sulfúrico; Bastão de vidro; Micropipeta; Algodão; 7 Vidro de relógio. 2.3 Sacarose e ácido sulfúrico Becker; Sacarose; Ácido sulfúrico; Espátula; Luvas. 2.4 Incineração da fita de magnésio Bico de Bunsen; Fita de magnésio; Pinça; Luvas; Isqueiro. 2.5 Reatividade do sódio na água Pequeno pedaço de sódio; Tina de vidro; Água; Micropipeta; Indicador ácido-base fenolftaleína; Luvas; Faca (para cortar um pedaço pequeno do sódio). 3. DESCRIÇÃO PRÁTICA, RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 Excitação Eletrônica Usando luvas tenha em mãos 4 vidros de relógio, coloque em algum local seguro e fácil para observação. Nesses quatro vidros de relógio, coloque pequenas quantidades de algodão embebidos em álcool. Com o isqueiro, coloque fogo de maneira segura em cada um desses recipientes. Pegue pequenas quantidades dos compostos a serem usados na experiência e coloque um pouco em cada recipiente de cada vez, e observe. Observa-se que ao jogar os compostos sobre a chama eles adquirem uma nova coloração, ou seja ao serem excitados 8 observamos que eles transmitem em forma de luz visível o ocorrido. Ao serem excitados conforme foi dito no referencial teórico os elétrons dão um salto para outra camada, e nesse salto vemos a luz, nesse caso os elétrons foram excitados com auxílio de fogo. A tabela 1 nos mostra a cor da chama conforme cada amostra: Amostra Coloração Cloreto de Sódio NaCl Amarela Cloreto de Potássio KCl Violeta Cloreto de Cálcio CaCl2 Vermelho Claro Sulfato de Cobre CuSO4 Azul Tabela 1: cor da chama em contato com as amostras. 3.2 Permanganato de potássio e ácido sulfúrico Usando luvas pegue uma pequena quantidade de algodão e coloque no vidro de relógio. Pegue a placa de petri e coloque uma pequena quantidade de permanganato de potássio. Com a micropipeta acrescente uma pequena quantidade de ácido sulfúrico. Mecha as amostras e coloque o bastão de vidro em contato com a mistura. Coloque o bastão em contato com o algodão e observe. O algodão se incinera, pois, a mistura libera muito calor. Essa reação é chamada de exotérmica. 3.3 Sacarose e ácido sulfúrico Usando luvas, pegue um Becker, e coloque uma quantidade a gosto de sacarose. Coloque o Becker em um local protegido, para que não fique muito próximo da reação e assim prevenir acidentes. Com a sacarose no Becker, acrescente ácido sulfúrico, e mecha com a espátula. Observe que após alguns segundos começa a soltar muita fumaça, tal fumaça é agua. A sacarose fica com cheiro característico de açúcar queimado, pois há liberação de muito calor. Sobe-se no Becker uma massa preta de carbono. Além de sofrer oxidação. Essa reação pode ser representada pela seguinte equação química: 6 KMnO4(s) + 9 H2SO4(conc) → 6 MnSO4(aq) + 3 K2SO4(aq) + 9 H2O(l) + 5 O3(g) 3.4 Incineração da fita de magnésio Usando luvas, pegue uma pequena fita de magnésio com o auxílio de uma pinça. Ascenda com o auxílio de um isqueiro, o bico de bunsen e coloque a fita de magnésio em contato com a chama. Observe que ao se incinerar a fita, libera uma chama branca. O magnésio 9 é um metal prateado e sólido que, após sua incineração, forma o óxido de magnésio (MgO) que é um pó com aspecto esbranquiçado. Essa reação pode ser expressa pela seguinte equação: 2Mg(s) + O2(g) 2MgO(s) 3.5 Reatividade do sódio na água Usando luvas, pegue uma tina de vidro e acrescente água, adicione gotas do indicador ácido-base fenolftaleína com o auxílio de uma micropipeta. Com o auxílio de uma faca, corte um pedaço de sódio (pequeno) e rapidamente coloque na tina com a solução água e indicador ácido-base fenolftaleína. Você verá que o pedaço de sódio vai para a borda da tina. E a água adquire uma coloração rósea evidenciando a presença da base. Além disso, quanto maior a quantidade de sódio colocado, maior será a reação visualizada, porque o hidrogênio liberado entra em combustão ao entrar em contato com o oxigênio presente no ar. 4. CONCLUSÃO Observando os passos propostos nesse relatório, é perceptível que se chegará a resultados. Tais resultados rementem a naturezas diversas, por exemplo da excitação eletrônica, reações exotérmicas, de oxirredução e da reatividade de metais alcalinos com água. O referencial teórico nos orienta, em conjunto com o os materiais e métodos, é possível realizar cada experiência. No caso a excitação eletrônica, é perceptível que um elétron ao receber energia ele salta de camadas, isso é chamado de excitação, e assim no aspecto visível vemos a coloração da chama mudar sua cor. No permanganato de potássio e ácido sulfúrico vemos que a reação produz muito calor, que rapidamente pode ocasionar queimaduras e incineração, sem necessariamente precisar ter fogo. No caso da sacarose e ácido sulfúrico fica visívelque a sacarose é formada por carbono, hidrogênio e oxigênio, ao iniciar sua queima (liberação de calor), ela liberta hidrogênio e oxigênio formando vapor de água e sobrando apenas o carbono puro. A fita de magnésio ao ser incinerada sofre do oxigênio uma reação de oxirredução, e libera assim um pó branco. Formando assim o óxido de magnésio 2MgO. No caso de sódio e água, o sódio sendo um metal alcalino terroso entra em combustão com a água devido a sua propriedade química, sendo ele da família 1 A (metais alcalinos terrosos). É possível com o auxílio do indicador ver a coloração rósea, devido ao fato da presença de base. 10 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INFOESCOLA. Explicação em Bohr para o teste da chama. Disponível em: <http://www.infoescola.com/quimica/explicacao-em-bohr-para-o-teste-da-chama/> Acesso em 23 de agosto de 2016; PONTOCIENCIA. Varinha Mágica. Disponível em: <http://pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/varinha-magica/797> Acesso em 23 de agosto de 2016; OBJETOS EDUCACIONAIS MEC. Guia do Professor. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/20021/GUIA%20DO%20PRO FESSOR.pdf?sequence=4> Acesso em 23 de agosto de 2016; GOOGLE. Reações Químicas. Disponível em: <https://sites.google.com/site/reacoesquimicas/praticas> Acesso em 24 de agosto de 2016; EBAH. Reações Químicas. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1z8AH/reacoes-quimicas> Acesso em 23 de agosto de 2016; EBAH. Resultados discussão óxidos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABMDQAD/resultados-discussao-oxidos> Acesso em 24 de agosto de 2016; BRASIL ESCOLA. Reatividade dos metais com água bases. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/reatividade-dos-metais-com-agua-bases.htm> Acesso em 30 de agosto de 2016.
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