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Direito Penal I Introdução

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DIREITO PENAL I – 
TEORIA DO CRIME
Prof. João Marcelo Dantas
Divisão pedagógica do conteúdo da disciplina: Direito Penal
Direito Penal I – Teoria do crime: Parte Geral do Código Penal (arts. 1º a 31)
Direito Penal II – Teoria da pena: Parte Geral do Código Penal (arts. 32 a 120)
Direito Penal III –Parte Especial do Código Penal (arts. 121 a 249)
Direito Penal IV – –Parte Especial do Código Penal (arts. 250 a 361)
Divisão pedagógica do conteúdo da disciplina: Direito Penal
Direito Penal I – Teoria do crime: Parte Geral do Código Penal (arts. 1º a 31)
Os artigos 1º a 31 são distribuídos nos seguintes títulos:
Título I: Da Aplicação da Lei Penal (arts. 1º a 12) 
Título II: Do Crime (arts. 13 a 25) 
Título III: Da Imputabilidade Penal (arts. 26 a 28) 
Título IV: Do Concurso de Pessoas (arts. 29 a 31) 
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL
O Código Penal é divido em artigos, que vão do 1º ao 361. Em sua Parte Geral (artigos 1º a 120), cuida de assuntos pertinentes a aplicabilidade, características, explicações e permissões contidas na lei penal. Sua segunda parte, ou  Parte Especial (artigos 121 a 361) trata dos crimes em si, descrevendo condutas e penas a serem aplicadas 
CONCEITO DE DIREITO PENAL
 
Direito Penal é o ramo do Direito Público que define os crimes e as penas e contém normas que explicam como devem ser aplicadas as penas.
Direito Penal é o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como conseqüência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado (José Frederico Marques).
Conceito de Direito Penal em Nucci:
Conceito de Direito Penal em Capez:
O Direito Penal, enquanto ordenamento jurídico, é o ramo do Direito Público que permite ao Estado, após analisar os valores sociais, escolher aqueles mais importantes para proteger por meio de normas escritas que pretendem prevenir a prática do crime ou sua reiteração, identificando condutas que denomina de “delitos” e as sancionando por meio de penas e medidas de segurança, ao tempo em que protege o cidadão contra eventuais abusos do poder de punir do Estado. 
CONCEITO DE BEM JURÍDICO PENAL
Bem: “é um ente capaz de satisfazer a pelo menos uma necessidade humana” (Carnelutti)
Bem jurídico: é um ente capaz de satisfazer a pelo menos uma necessidade humana, tutelado pelo Direito.
Bem jurídico penal: é um ente cujo elevado valor social requer proteção especial contra agressões particularmente graves.
ILÍCITO JURÍDICO
Fato que contraria a norma do direito, ofendendo ou pondo em perigo um bem jurídico. Assim, tem-se o um ILÍCITO JURIDICO que pode ter consequências não penais ou possibilitar a aplicação de sanções penais. 
ILÍCITO CIVIL
O ilícito civil acarreta reparação civil, p. ex., aquele que, por culpa, causar dano a alguém será obrigado a indenizá-lo. Visa restituir o status quo ante, ou seja, devolver a cada um o bem jurídico que foi objeto de violação, ou quando isto não for possível, promover o ressarcimento pelos prejuízos sofridos, p.ex., ação por dano material e moral em face de ilícito civil.
ILÍCITO PENAL
Quando o Direito Civil ou outros ramos do Direito Privado e Público não são o bastante para a proteção aos bens jurídicos – prática de ilícito jurídico grave, atingindo bens jurídicos relevantes em condutas lesivas à vida social – o Estado arma-se contra os autores desses fatos, aplicando-lhes as sanções previstas no Código Penal. Esses fatos graves passam então a ser: ilícitos penais = crimes e contravenções.
 
 
ILÍCITO PENAL
 Crime e contravenção são espécies do gênero infração penal. Essas espécies, por sua vez, não possuem diferenças significativas entre si, cabendo ao legislador a qualificação de determinado fato como crime ou como contravenção. 
A diferença se limita à pena imposta. Ao crime, aplicar-se-ão penas mais gravosas que as aplicadas em caso de contravenções. 
Assim sendo, costuma-se chamar a contravenção de um crime-anão, um fato de menor potencial lesivo para a sociedade. Porém, o que hoje se considera contravenção, poderá vir a se transformar em crime e vice-versa, a depender da vontade do legislador.
 
ILÍCITO PENAL
Todas as contravenções são punidas com prisão ou multa ou ambas cumulativamente. A competência para julgar tais infrações é do Juizado Especial Criminal, já que são consideradas de menor potencial ofensivo. As contravenções mais comuns são : deixar cair objetos de janelas de prédios; provocação de tumulto ou conduta inconveniente; provocar falso alarma; perturbação do trabalho ou do sossego alheio; recusa de moeda de curso legal; jogo de azar; jogo do bicho; mendicância; embriaguez; perturbação da tranqüilidade alheia; etc.
 
Divisões do Direito Penal
 
Direito Penal Objetivo/ Direito Penal Subjetivo;
Direito Penal Fundamental (Primário)/ Direito Penal Complementar (Secundário)
Direito Penal Comum/Direito Penal Especial;
Direito Penal Geral/Direito Penal Local.
Direito Penal Material/Direito Penal Formal.
DIREITO PENAL OBJETIVO 
Direito Penal Objetivo é o conjunto de normas que obrigam as pessoas fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob ameaça de uma pena. 
Exemplo de obrigação de fazer: Deve-se ajudar pessoas que estão em perigo. A desobediência a essa norma configura o crime de omissão de socorro. 
Exemplo de obrigação de não fazer: É proibido matar alguém. A desobediência a essa norma configura o crime de homicídio.
É o conjunto de regras jurídicas que compõem o ordenamento jurídico-penal do Estado (Direito Positivo), definindo condutas típicas (crimes) e cominando sanções. São as leis Código Penal, Lei das Contravenções Penais, etc.
DIREITO PENAL SUBJETIVO
Direito Penal Subjetivo é o dever do Estado de punir aquelas pessoas que cometeram crimes. Dirige-se a pessoas determinadas. 
É o direito exclusivo do Estado de punir os infratores das normas penais é o jus puniendi.
Direito Penal Fundamental (Primário)
Engloba o conjunto de normas e princípios gerais, aplicáveis inclusive às leis penais especiais, salvo disposição em contrário (art. 12, CP).
É composto por normas da Parte Geral do CP e, excepcionalmente, por algumas de amplo conteúdo, presentes na Parte Especial, como o conceito de domicílio (art. 150, §§ 4º e 5º) e de funcionário público (art. 327) (Masson).
Direito Penal Complementar (Secundário)
Engloba o conjunto de normas da legislação penal extravagante. Exemplos: Lei 9.455/97 (Crimes de tortura), Lei 8.137/90 (crimes de sonegação fiscal), Lei 4.898/65 (crimes de abuso de autoridade), Lei 7.492/86 (crimes contra o sistema financeiro nacional, entre outras. (Masson)
DIREITO PENAL COMUM
Aplica-se indistintamente a todas as pessoas. É o caso do Código Penal e de diversas leis penais especiais como o Decreto-Lei 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais), Lei 1.521/51 (Crimes contra Economia Popular) e a Lei 11.343/06 (Drogas), etc. estão sujeitos à aplicação pela Justiça Comum
DIREITO PENAL COMUM
Aplica-se indistintamente a todas as pessoas. É o caso do Código Penal e de diversas leis penais especiais como o Decreto-Lei 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais), Lei 1.521/51 (Crimes contra Economia Popular) e a Lei 11.343/06 (Drogas), etc. estão sujeitos à aplicação pela Justiça Comum.
DIREITO PENAL ESPECIAL
Aplica-se a uma classe de indivíduos em particular, p.ex., Código Penal Militar (Decreto-lei 1.001/69) aplicável somente a militares. Assim como, a Lei 1.079/50 (Crimes de responsabilidade do Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do STF, Procurador-Geral da República, Governadores e Secretários dos Estados) e Decreto-lei Lei 201/67 (Crimes de responsabilidade de prefeitos. 
Direito Penal Geral
Tem incidência em todo o território nacional. É o direito produzido pela União, ente federativo com competência legislativa para tanto (CF, art. 22, I)
 
Direito Penal Local
Aplica-se somente a
parte delimitada do território nacional. É o Direito Penal elaborado pelos Estados-membros, desde que autorizados por lei complementar a legislar sobre questões especificas (CF, art. 22, parágrafo único).
 
Competência para legislar em matéria penal
 
Direito Penal Material
Também conhecido como Direito Penal Substantivo, por ele se entende a totalidade de leis penais em vigor. É o Direito Penal propriamente dito.
Direito Penal Formal
Denominado também de Direito Penal Adjetivo, é o grupo de leis processuais penais em vigor. É o Direito Processual Penal propriamente dito.

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