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Universidade Estácio de Sá Campus Niterói Engenharia Civil Física Experimental II Turma: 1035 Sistema Massa Mola Higor Nascimento Carracena 201502061351 Luiz Felipe Campagnac de Araujo 201501340646 Professor: Públio Data: 30/03/2016 Higor Nascimento Carracena 201502061351 Luiz Felipe Campagnac de Araujo 201501340646 Código CCE0848 turma 1035 Engenharia Civil Universidade Estácio de Sá, Niterói RJ higorcarracena@hotmail.com ; felipecampagnac7@gmail.com Professor: Publio; Física experimental II 1. RESUMO A Lei de Hooke é uma lei de física que está relacionada à elasticidade de corpos e também serve para calcular a deformação causada pela força que é exercida sobre um corpo, sendo que tal força é igual ao deslocamento da massa partindo do seu ponto de equilíbrio multiplicada pela constante da mola ou de tal corpo que virá à sofrer tal deformação. 2. INTRODUÇÃO A lei de Hooke descreve a força restauradora que existe em diversos sistemas quando comprimidos ou distendidos. Qualquer material sobre o qual exercermos uma força sofrerá uma deformação, que pode ou não ser observada. Apertar ou torcer uma borracha, esticar ou comprimir uma mola, são situações onde a deformação nos materiais pode ser notada com facilidade. Mesmo ao pressionar uma parede com a mão, tanto o concreto quanto a mão sofrem deformações, apesar de não serem visíveis. A força restauradora surge sempre no sentido de recuperar o formato original do material e tem origem nas forças intermoleculares que mantém as moléculas e/ou átomos unidos. Assim, por exemplo, uma mola esticada ou comprimida irá retornar ao seu comprimento original devido à ação dessa força restauradora. Enquanto a deformação for pequena diz-se que o material está no regime elástico, ou seja, retorna a sua forma original quando a força que gerou a deformação cessa. Quando as deformações são grandes, o material pode adquirir uma deformação permanente, caracterizando o regime plástico. Nesta aula trataremos de deformações pequenas em molas, ou seja, no regime elástico. A figura 1a mostra uma mola com comprimento natural x0. Se esta for comprimida até um comprimento x<xo, a força F (também chamada de força restauradora) surge no sentido de recuperar o comprimento original, mostrado na figura 1b. Caso a mola seja esticada até um comprimento x>xo a força restauradora F terá o sentido mostrado em 1c. Em todas as situações descritas a força F é proporcional à deformação ∆x, definida como ∆x = x − xo. Figura 1 Em outras palavras, no regime elástico há uma dependência linear entre F e a deformação ∆x. Este é o comportamento descrito pela lei de Hooke: , onde k é a constante de proporcionalidade chamada de constante elástica da mola, e é uma grandeza característica da mola. O sinal negativo indica o fato de que a força F tem sentido contrário a ∆x. Se k é muito grande significa que devemos realizar forças muito grandes para esticar ou comprimir a mola, portanto seria o caso de uma mola ”dura”. Se k é pequeno quer dizer que a força necessária para realizar uma deformação é pequena, o que corresponde a uma mola ”macia”. As figuras 2a e 2b mostram a situação que iremos tratar nesta experiência. Consiste de uma mola não distendida suspensa verticalmente, com comprimento natural x0. Em 1b, temos a mesma mola sujeita a ação de uma força que a distende até um comprimento x=xo+∆x . Figura 2 (a) Mola sem ação de força externa. x0 corresponde ao seu comprimento natural. (b) Mola sob ação de um corpo de peso P=mg, o qual deforma a mola de um valor ∆x = x – x0. A força que distende a mola é devida ao peso P de um corpo com massa m, pendurado na extremidade inferior da mola. Na situação de equilíbrio mostrada na figura 1b, temos duas forças de módulos iguais e sentidos contrários F e P agindo sobre o corpo. Uma delas é devida ao peso P = mg, onde g é a aceleração da gravidade. A outra se deve á força restauradora da mola e á tal que F = -P. Temos então da Lei de Hooke: Ou, analisando a equação em módulo: Pode-se notar que a equação acima descreve uma dependência linear entre P e a deformação da mola ∆x. Escrevendo esta dependência na forma y = a x + b, temos a seguinte correspondência: 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quando um objeto fica sujeito a uma força elástica, o seu movimento recebe o nome de movimento harmônico simples. Uma das características desse movimento é que ele é periódico. Isso ocorre porque a partícula desprezando o atrito volta a uma certa posição a intervalos de tempo regulares. Esse intervalo de tempo é o período. Por exemplo, você perceberá que a partícula passará pelo centro na mesma direção a intervalos regulares (o período de tempo). O período se relaciona com a massa e a constante elástica. Verifica-se que o período é dado pela expressão Onde m é a massa da partícula. Assim, como é fácil determinar a massa de uma partícula, pode-se determinar k a partir do período. Outra coisa interessante a respeito do movimento é que, devido à força ser elástica, a partícula atinge uma certa distância máxima da origem e depois volta. Esse deslocamento máximo é conhecido como amplitude. Nota-se também que, nos pontos de maior velocidade, o deslocamento é pequeno e, onde o deslocamento é grande, a velocidade é pequena. Por exemplo, na origem (deslocamento igual a zero x = 0), a velocidade é máxima. Quando o deslocamento é máximo (atinge sua amplitude), a velocidade é nula (a partícula está instantaneamente em repouso). Pode-se verificar que, no movimento harmônico simples, vale o seguinte resultado: Ou seja, a massa vezes a velocidade ao quadrado, quando adicionado ao produto de k vezes x2, é o mesmo em qualquer ponto onde a mola estiver. Veremos, depois, que a constante é igual a duas vezes o valor da energia no movimento harmônico simples. Isto é: Finalmente, usando a lei de Newton, podemos relacionar, para cada deslocamento x, o valor da aceleração. Tem-se que 4. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO Primeiramente prendeu-se a mola ao suporte e mediu-se o comprimento da mola sem massa alguma. Em seguida adicionou-se o conjunto Suporte e uma anilha à mola em seguida mediu-se a variação da mola. Com auxílio do cronômetro digital iniciou-se oscilações na mola e marcou-se o tempo de 10 oscilações completas, repetiu-se o procedimento mais duas vezes. Em seguida foi realizado o mesmo procedimento com 2, 3 e 4 anilhas presas ao suporte. 4.1 ANALISE DOS RESULTADOS Massa(kg) Média Nº de Oscilações Tempo t(s) Tempo médio T (Período) Variância Desvio Padrão K (N/m) 1 0,02998 1 2 3 10 2,475 2,788 2,583 2,6137 1/3,83 0,016858 0,1298 37,47 2 0,05272 1 2 3 10 3,100 3,162 3,462 3,2413 1/3,09 0,024987 0,1581 32,95 3 0,07542 1 2 3 10 3,622 3,685 3,477 3,5947 1/2,78 0,007584 0,0871 32,79 4 0,09733 1 2 3 10 3,704 3,762 3,776 3,7473 1/2,67 0,000972 0,0312 29,49 Massana Mola Tamanho da Mola(m) Variação da Mola Sem Massa 0,073 - Suporte eAnilha1 0,081 0,008 Suporte,Anilha1 e 2 0,089 0,016 Suporte,Anilha1, 2 e 3 0,096 0,023 Suporte,Anilha1, 2, 3 e 4 0,106 0,033 Cálculo da Constante elástica: Suporte e Anilha 1: F = Kx 10 . 0,02998 = K . 0,008 0,2998 = 0,008K K = 0,2998/0,008 K = 37,47N/m Suporte, Anilha 1 e 2: F = Kx 10 . 0,05272 = K . 0,016 0,5272 = 0,016K K = 0,5272/0,016 K = 32,95N/m Suporte, Anilha 1, 2 e 3: F = Kx 10 . 0,07542 = K . 0,023 0,7542 = 0,023K K = 0,7542/0,023 K = 32,79N/m Suporte, Anilha 1, 2, 3 e 4: F = Kx 10 . 0,09733 = K . 0,033 0,9733 = 0,033K K = 0,9733/0,033 K = 29,49N/m Cálculo da Variância: Massa 1: X1 = 2,475 X2 = 2,788 X3 = 2,583 X =2,618 [(X1 – X )² + (X2 – X)² + (X3 – X)² ]/n [(2,475 – 2,618)² + (2,788 – 2,618)² + (2,583 – 2,618)²]/3 Variância da massa 1 = 0,016858 Massa 2: X1 = 3,100 X2 = 3,162 X3 = 3,462 X = 3,241 [(X1 – X )² + (X2 – X)² + (X3 – X)² ]/n [(3,100 – 3,241)² + (3,162 – 3,241)² + (3,462 – 3,241)²]/3 Variância da massa 2 = 0,024987 Massa 3: X1 = 3,622 X2 = 3,685 X3 = 3,477 X = 3,595 [(X1 – X )² + (X2 – X)² + (X3 – X)² ]/n [(3,622 – 3,595)² + (3,685 – 3,595)² + (3,477 – 3,595)²]/3 Variância da massa 3 = 0,0075843 Massa 4: X1 = 3,704 X2 = 3,762 X3 = 3,776 X = 3,595 [(X1 – X )² + (X2 – X)² + (X3 – X)² ]/n [(3,704 – 3,747)² + (3,762 – 3,747)² + (3,776 – 3,747)²]/3 Variância da massa 4 = 0,0009716 5. APLICAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL O sistema massa mola pode ser usado na engenharia como sistema de amortecimento. O vão central da Ponte Rio-Niterói por exemplo, uma estrutura metálica tipo caixão, apresentava problemas de vibrações. Um conjunto de massas e molas foi colocado pela COPPE no seu interior, alterando assim a frequência natural da estrutura e diminuindo significativamente os problemas de vibração da mesma. 6. CONCLUSÃO Baseando-se nos experimentos realizados neste relatório, foi possível afirmar que à medida que se aumenta o peso, o comprimento da mola aumenta proporcionalmente de acordo com a equação, onde a constante k representa a deformação da mola e X a deformação sofrida, enunciada pela lei de Hooke. Outro ponto observado é que em nenhum dos experimentos realizados a mola ultrapassou seu limite de elasticidade, uma vez que, ao serem retirados os pesos, as molas retornaram para a posição inicial. Na associação de molas foi notado que quando em série o valor da constante elástica obtido é menor que o de uma mola simples e, quando associada em paralelo, o valor da constante é maior que a simples. 7. REFERÊNCIAS CEPA – FÍSICA MECÂNICA | SISTEMA MASSA MOLA, disponível em: <www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/basico/cap18/cap18_02.php> Acesso em 31 de março de 2016. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994.
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