Portfólio Individual 3 semestre S.S

Prévia do material em texto

�PAGE �
�
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................1
2 COMO COMEÇOU O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL, BREVE HISTÓRICO.......2
3 CARACTERÍSTICAS DAS POLÍTICAS SOCIAIS, POSTURAS E COMPORTAMENTOS DOS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO NO PERÍODO DE 1960 A 1980...................................................................................3
4 A INTERLIGAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL E A PSICOLOGIA SOCIAL: EM BUSCA DA INTERDISCIPLINARIDADE....................................................................5
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................6
REFERÊNCIAS............................................................................................................7
�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre a concepção histórica das politicas sociais brasileira e o serviço social no período de 1960 a 1980, que se inicia com um breve histórico desde quando começou o serviço social em meados de 1920 a 1930, onde o Brasil tinha por referência o serviço social europeu, que surgiu como iniciativa da igreja católica e do Estado Burguês, com intuito de amenizar os conflitos entre os trabalhadores e os donos das indústrias, por meio do assistencialismo, da caridade, pois o Brasil passava por um processo de industrialização e aglomeração urbana, onde o país vivia crises advindas da classe operária em prol dos seus direitos enquanto seres humanos e seres políticos, por meio de grandes movimentos sociais e lutas. É nesse momento que o Serviço Social entra e tem suma importância para o capitalismo e a burguesia da época, até chegar ao período que compreende de 1960 a 1980, onde aconteceram grandes mudanças no país e na profissão do Assistente Social, com grandes movimentos sociais por melhores condições de vida, chegando a Ditadura Militar, período de grande dificuldade e repreensão por parte do Estado, enfraquecendo os movimentos sociais e os profissionais do Serviço Social. Porem, anos depois o Serviço Social passa por transformações rompendo com o conservadorismo e colocando a disposição da população, onde mais adiante com uma nova metodologia, uma nova formação técnica, especializada em políticas sociais, planejamento, etc., até chegar ao Movimento de Reconceituação da profissão. Por fim a importância da psicologia social para o aprimoramento do serviço social na “questão social”, aonde a parceria de ambas as ciências, busca a construção das relações sociais dos indivíduos a sociedade, por meio do conhecimento onde uma contribui com a outra, trazendo por meio dessa interdisciplinaridade da psicologia o auxilio que complementa o serviço social na integração e construção do individuo na sociedade.
COMO COMEÇOU O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL, BREVE HISTÓRICO
Voltando um pouco de como se inicia a profissão e suas atribuições, farei um breve histórico em meados da década de 1920 e 1930, com o surgimento do Serviço Social no Brasil, que tinha como referencial o Serviço Social Europeu, onde começou em meio ao processo de industrialização e concentração urbana, onde os proletariados começaram lutar pelos seus direitos enquanto seres humanos e políticos, por meio de grandes movimentos sociais.
O Serviço Social até então conhecido como assistencialismo social, com bases filantrópicas, surgiu como uma estratégia da Igreja Católica e do estado Burguês, com o objetivo de conter ou amenizar o conflito que assolava o período entre os industriais e a classe trabalhadora, sendo uma forma de acalmar essas movimentações que ameaçavam os valores da moral, da ordem e do poder. Assim a burguesia mantinha sua posição de dominação, com uma falsa imagem de bondade e caridade. Por outro lado a luta pela sobrevivência, pela liberdade levou o proletariado adiante com suas manifestações, deixando a burguesia muito apreensiva e preocupada com a dimensão dos movimentos que foram tomando grandes expressões no Brasil, deixando a burguesia apavorada com esses acontecimentos históricos.
Martinelli ressalta que:
Historicamente, esse foi o evento que marcou o primeiro passo da longa caminhada do Serviço Social no solo brasileiro, que já se iniciou sob o revelador signo da aliança com a burguesia. (Martinelli, 2010, p. 123).
Foi diante desse processo e complexo quadro, que o Serviço Social iniciou sua profissionalização no Brasil, pois os assistentes sociais eram de suma importância ao sistema capitalista e para a burguesia, ocasionando um distanciamento da classe trabalhadora em prol da classe dominante, que tinha como objetivo a ordem social. Mais adiante começa uma modificação e a prática do serviço Social ganha um novo rumo, dessa vez em prol do coletivo, do trabalho, ou seja, da questão social, assumindo uma postura crítica em bases teóricas e metodológicas para sua atuação, com o movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil com uma nova concepção.
Iamamoto e Carvalho esclarecem que:
No decorrer desses anos, a profissão sofrerá suas mais acentuadas transformações, “modernizando-se” tanto o agente como o corpo técnico teórico, métodos e técnicas por ele utilizados. Há, também, um significado alargamento das funções exercidas por Assistentes Sociais, em direção a tarefas, por exemplo, de coordenação e planejamento, que evidenciam uma evolução no status técnico da profissão. Assumem relevo e aplicação mais intensiva os métodos de Serviço Social de Grupo e, especialmente, Comunidade, a partir dos quais os agentes poderão exigir uma nova caracterização de suas funções. (Iamamoto e Carvalho, 2011, p. 358).
3 CARACTERÍSTICAS DAS POLÍTICAS SOCIAIS, POSTURAS E COMPORTAMENTOS DOS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO NO PERÍODO DE 1960 A 1980
 
A transformação sofrida pelo Brasil nos últimos vinte e cinco anos, foi sem dúvida enorme e o colocou no começo da contemporaneidade mundial. A rapidez na aproximação da dimensão democrática elevava o atraso inacreditável em que o país se encontrava socialmente, economicamente, politicamente e culturalmente produzindo uma alienação do homem sobre outros homens gerando as desigualdades sociais, com a exploração do homem por meio do processo de industrialização, que leva neste contexto a divisão da sociedade em classes, gerando uma instabilidade política. É, neste período que a classe trabalhadora e o movimento estudantil organizaram-se em vários movimentos sociais, aliados a corrente marxista, onde lutam por melhores condições de vida e trabalho. Os Assistentes Sociais encontraram muitas dificuldades na valorização do seu trabalho, que se mostravam inútil diante dos desafios da miséria e do subdesenvolvimento, tornando difícil sua competência. Então se faz necessário a busca por novas alternativas, levando os Assistentes Sociais a integrarem-se ao projeto desenvolvimentista. Em 1964, com o Golpe Militar, as manifestações de milhares de brasileiros e dos assistentes Sociais que lutavam em prol da transformação social, começam a sofrer repressão do regime, sendo obrigados a abafar e isolar suas lutas. 
Nesse período de isolamento o Serviço Social passa por transformação no seu fazer profissional, com a ruptura do conservadorismo em parte, porque ao mesmo tempo em que o Serviço Social se colocava a serviço dos interesses da população, também se adaptava aos interesses do Estado e das empresas cumprindo funções sem ao menos questionar. Mas, em 1972 no encontro de Teresópolis, foi aprovado uma nova metodologia, com ênfase à formação, a necessidade de qualificação, onde se exigiam uma formação técnica e metodológica bem rigorosa e adequada ao mercado de trabalho, tornando urgente a formação e a especialização em políticas sociais, planejamento, administração de serviços, estatística, economia e sociologia.A partir de então foram realizados importantes encontros profissionais, onde foram se definindo novas tendências no interior. Com tudo isso, fortaleceu-se em 1979 o Movimento de Reconceituação do Serviço Social Brasileiro, que tinha sido abafado pela ditadura militar, mas, que nesse momento começa a desenvolver e fortalecer as práticas institucionais de uma forma democrática e teórico-científica, orientada por uma perspectiva dialética e também influenciada pela metodologia de ensino de Paulo Freire.
Silva e Silva ressalta que: 
Nesse primeiro momento do Movimento de Reconceituação do Serviço Socialno Brasil, o Encontro de Araxá, realizado em 1967, seguido posteriormente, em 1972, pelo Encontro de Teresópolis, marcam o esforço da categoria profissional em torno da sistematização teórico-prática do Serviço Social.
Os documentos produzidos, em ambos os encontros, explicitam e reafirmam a diretriz tradicional do Serviço Social em busca da integração social, assumindo a perspectiva de modernização colocada no contexto da sociedade brasileira como um todo. (Maria Ozanira da Silva e Silva, 2011, p.54 e 55.)
Nesse mesmo ano, o Movimento de Reconceituação ficou conhecido como o “ano da virada”, onde foi destituído da solenidade composta por autoridades governamentais por representantes das organizações populares no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, onde ficou clara a ruptura do conservadorismo. A partir de 1980, os Assistentes Sociais buscam dar legitimidade a profissão, desde a formação acadêmica, com novas disciplinas, até a recomposição nas direções das associações da categoria dos Assistentes sócias; trabalham como assessor político dos movimentos sociais; contribuem para a organização e mobilização social nas lutas por direito.
4 A INTERLIGAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL E A PSICOLOGIA SOCIAL: EM BUSCA DA INTERDISCIPLINARIDADE
A psicologia é o estudo do fenômeno psíquico, na subjetividade humana, buscando compreender e conhecer o comportamento da pessoa, como se dá a construção do seu interior a partir das relações sociais vividas pelos indivíduos. A psicologia social busca pensar sobre a influência que cada ser humano exerce em cada grupo, como família, amigos, colegas de trabalho e até mesmo um desconhecido, busca pensar como essas influências provocam em cada corpo, modo de ser, viver, pensar e sentir as coisas. 
A Psicologia Social e o Serviço Social possuem relação interdisciplinar, ajudando na integração e recuperação do individuo na sociedade e com as questões emocionais. Ambas trabalham a “questão social” em suas múltiplas expressões, que na busca deste conhecimento uma contribui com a outra, a partir de reflexões e possibilidades de construção de saberes e práticas interdisciplinares decorrentes da relação dialógica entre as áreas de conhecimento, pois a psicologia com suas várias facetas auxiliam ao Assistente Social visualizar o ponto inicial para a melhoria da vida de cada pessoa.
 CONCLUSÃO
Neste trabalho abordei a concepção histórica das politicas sociais brasileira e o serviço social no período de 1960 a 1980, desde quando começou o serviço social no Brasil, com um breve histórico do período de 1920 a 1930, chegando às características das políticas sociais brasileiras, as posturas do serviço social frente às políticas sociais no período de 1960 a 1980 e por fim a interligação do serviço social e a psicologia social: em busca da interdisciplinaridade.
Este trabalho foi muito importante para o meu aprofundamento deste tema, pois, uma vez a complexidade abordada à cerca da problemática sobre a trajetória das políticas sociais e o serviço social nesse período de grande instabilidade política e grande dificuldade no âmbito da profissão, no período que corresponde à ditadura militar até chegar ao momento de um novo conceito da profissão, com nova metodologia, com uma necessidade de formação técnica, chegando ao Movimento de Reconceituação da profissão, que foi de suma importância para os profissionais, pois a partir daí abriu-se muitos caminhos a percorrer. E também a importância da psicologia social para o serviço social, que juntas possibilitam um melhor construção de conhecimento dos indivíduos, da questão social e assim podê-los inseri-los na sociedade. 
 
REFERÊNCIAS
IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 33ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 15ª ed. São Paulo; Cortez, 2010.
NETTO, José Paulo, 1947- ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64/ José Paulo Netto- 8ª. ed.- São Paulo: Cortez, 2005.
O SERVIÇO SOCIAL E O POPULAR: resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura/ Maria Ozanira da Silva e Silva, coordenadora.- 7. Ed.- São Paulo: Cortez, 2011.
SANTINI, Maria Angela. Fundamentos do Serviço Social I/ Maria Angela Santini, Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi, Juliana Maria Lazarini, Marinês Selau Lopes, Lara Aparecidada Lissarassa Residorfer. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014,184 p.
TEXTOS E CONTEXTOS- Karen Eidelwein. Psicologia Social e Serviço Social: uma relação interdisciplinar na direção da produção de conhecimento, Porto Alegre v.6 n.2 p. 298-313. jul./dez. 2007, disponível em http://revistaseletronicas.pucrs.br/ e acesso em 02/05/2015.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL 3º semestre
GÉSICA LARISSA LIMA SANTOS 
concepção histórica das políticas sociais brasileira no período de 1960 a 1980 e o serviço social
	
Salgueiro-PE
2015
gésica larissa lima santos
concepção histórica das políticas sociais brasileira no período de 1960 a 1980 e o serviço social
Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual Individual relativa ao 3º Semestre, Portfólio para as Disciplinas de:
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II
Danillo Ferreira de Brito
Estatística e Indicadores Sociais
Clarice da Luz Kernkamp
Economia Política
Sérgio de Gois Barboza
Psicologia Social
Ana Carolina de Paula Athayde
Seminário Interdisciplinar III
Amanda Boza Gonçalves
Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Salgueiro - PE
2015