Buscar

Slides contabilidade social UFC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Capa 
da Obra 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FEAAC/ DEPARTAMENTO DE ECONOMIA APLICADA 
 
CONTABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas de Aula 
Prof. Raimundo Eduardo Silveira Fontenele 
eduardo@ufc.br 
Capa 
da Obra 
 A. EMENTA 
 
Sistema de Contabilidade Nacional: conceituação e importância, fluxos e 
estoques, quantificação e conceitos dos principais agregados 
macroeconômicos a preços constantes. As contas, segundo o método das 
partidas dobradas. O esquema de insumo-produto e multiplicadores 
setoriais. A metodologia das Contas Nacionais do Brasil: partidas dobradas e 
insumo-produto. A conta do balanço de pagamentos. 
Capa 
da Obra 
B. OBJETIVO 
 
Contabilidade Nacional é entendida como uma técnica através da qual são 
sistematizadas as informações relevantes sobre os vários tipos de transações 
realizadas, em um dado período de tempo, entre os diversos agentes de um 
sistema econômico. 
 
O objetivo geral do curso de Contabilidade Nacional é, portanto, familiarizar 
os alunos com os conceitos macroeconômicos e as técnicas de Contabilidade 
Nacional, particularmente o balanço de pagamentos, a matriz de insumo-
produto, os orçamentos públicos, os indicadores de bem-estar social, de 
modo a melhor capacitá-los para a análise e interpretação dos problemas 
macroeconômicos, dando-lhes condições de atender pré-requisitos de 
disciplinas subsequentes. 
Capa 
da Obra 
C. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
 UNIDADE I - INTRODUÇÃO 
 
1.1. Objetivo e importância da Contabilidade Social 
 
1.2. Fluxo Circular de Renda 
 
1.3. Conceitos Básicos da Contabilidade Nacional: O funcionamento do sistema 
econômico capitalista, setores, agentes, fluxos de interrelação. Produto, Renda 
e Dispêndio. 
 
1.4. Contabilidade Nacional e Macroeconomia 
Capa 
da Obra 
C. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
UNIDADE II - SISTEMAS DE CONTAS NACIONAIS 
 
2.1. Características e conceitos básicos dos modelos 
 
2.2. Sistema de contas nacionais: Modelo Simples, Governo e Resto do Mundo 
 
2.3. Equações básicas do Sistema de Contas Nacionais no Brasil 
 
2.5. Balanço de Pagamentos 
 
 
 
Capa 
da Obra 
C. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
UNIDADE III - DETALHAMENTO E DESAGREGAÇÃO DA 
CONTABILIDADE NACIONAL 
 
5.1. Contabilidade Nacional a Preços Constantes 
 
5.2. Modelos de Relações Intersetoriais 
 
5.3. As Matrizes de Insumo-Produto 
 
 
 
 
Capa 
da Obra 
C. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
UNIDADE IV – LIMITAÇÕES DAS CONTAS NACIONAIS 
 
5.1. PIB como indicador de desenvolvimento 
 
5.2. Outros indicadores de bem-estar social 
 
 5.2.1. Índices Sociais Parciais 
 
 5.2.2. Índice de Desenvolvimento Humano 
 
5.3. Formalidade e Informalidade nas Contas Nacionais 
 
5.4. A Dimensão Ambiental no Sistema de Contas Nacionais 
 
 
 
 
Capa 
da Obra 
D. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO 
 
Primeiro Exame Parcial cobrindo os assuntos da Unidade I e parte da Unidade II. 
Este Exame valerá 30% 
 
Segundo Exame Parcial cobrindo os assuntos das Unidades II e III. 
Este Exame valerá 40%. 
 
Realização de um trabalho de pesquisa, a ser feito em um período de 10 dias, 
sobre as questões tratadas na disciplina. 
Este trabalho valerá 30%. 
 
 
 
 
Capa 
da Obra 
E. BIBLIOGRAFIA 
 
PAULANI, L. & BRAGA, M. A Nova Contabilidade Social, Editora Saraiva, 2006. 
FEIJÓ, C. A. et al. Contabilidade social: a nova referência da contas nacionais do 
Brasil. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2008 
ROSSETTI, J.P. Contabilidade Social, Editora Atlas, 1994. 
MONTORO FILHO, A. Contabilidade Social: uma introdução à macroeconomia, Editora 
Atlas, 1994. 
BACHA, E. Introdução à macroeconomia: uma pesquisa brasileira, Editora Campus, 
1985. 
FIGUEIREDO, F. Introdução à Contabilidade Nacional, Forense Univ., 1992. 
MOTA, Ronaldo Seroa. (coord.). Contabilidade Ambiental: teoria, metodologia e 
estudos de casos no Brasil, Rio de Janeiro, IPEA, 1995. 
MULLER, C.C. A dimensão ambiental no sistema de contas nacionais, Textos para 
discussão n 47, F.IBGE, 1991. 
SIMONSEN, M.H. Macroeconomia, Volume 1 – APEC Editora S.A.,1976. 
EISNER, R. The Total Incomes System of Accounts, The University of Chicago Press, 
1989. 
HARRIS, J.M & CODUR, A.M., Macroeconomics and the Environnement, Tufts University, 
1998. 
PINHEIRO, A.F.L. Elementos de Macroeconomia e Contabilidade Nacional, Livraria 
Nobel, 1975. 
 
 
 
 
1.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 A ciência econômica nasceu ao final do século 
XVIII, e preocupava-se com o crescimento 
econômico e a repartição do produto social. 
 
 Escola Clássica 
 Adam Smith (1723-1790) 
 David Ricardo (1772-1823) 
 John Stuart Mill (1806-1873) 
 Jean Baptiste Say (1767-1832) 
1.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 Antes dos clássicos, os fisiocratas haviam 
demonstrado preocupações semelhantes. 
 
 Com a chamada revolução marginalista, iniciada 
no final do século XIX, a preocupação com o nível 
agregado perde forças, e a dimensão 
microeconômica passa a predominar. 
  preocupação com o comportamento dos agentes 
  preocupação com o nível agregado sobrevivia na 
 idéia do equilíbrio geral 
  século XX: idéia do equilíbrio parcial 
1.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 A Macroeconomia encontra seu berço na obra de 
John Maynard Keynes (1936), intitulada Teoria 
Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. 
 
 É a partir da Teoria Geral de Keynes que 
 ganham contornos definitivos os conceitos 
 fundamentais da contabilidade social, bem 
 como a existência de identidades no nível 
 macro e a relação entre os diferentes 
 agregados. 
1.1 Introdução 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 
 A obra de Keynes indica aos economistas: 
 o que medir em nível agregado 
 como fazê-lo 
 
 
 A revolução keynesiana conferiu aos economistas a 
capacidade de verificar o comportamento e a evolução da 
economia de um país numa dimensão sistêmica. 
1.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 
 Princípio das Partidas Dobradas 
 A um lançamento a débito, deve sempre 
corresponder um outro de mesmo valor a crédito. 
 
 Equilíbrio Externo 
 Necessidade de equilíbrio entre todas as 
contas do sistema. 
1.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 Escolhida a contabilidade como o instrumento por 
excelência de aferição macroscópica do movimento 
econômico, tudo se passa como se a economia de todo um 
país pudesse ser vista como a de uma única grande 
empresa. 
 
 A contabilidade social não se reduz ao sistema de 
contas nacionais, mas também integram esse conjuntoo 
balanço de pagamentos e as contas do sistema monetário. 
Também engloba indicadores de distribuição de renda, 
indicadores de desenvolvimento (IDH) e a comparação 
desses indicadores entre diversos países. 
1.1 Introdução 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 Quanto à contabilidade nacional, é a partir do ano 
1940 que se avolumam os esforços para mensurar 
todos os agregados necessários e desenhar 
logicamente o sistema. 
 
 No Brasil, as contas nacionais começaram a ser 
elaboradas em 1947 pela Fundação Getúlio Vargas 
do Rio de Janeiro, passando em 1986 para o IBGE. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda 
 e Despesa Agregada e o Fluxo 
 Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.1 Considerações Iniciais 
 
 No sistema econômico em que vivemos, tudo pode 
ser avaliado monetariamente, de modo que toda a 
imensa gama de diferentes bens e serviços que uma 
economia é capaz de produzir pode ser transformada 
em algo de mesma substância, ou seja, a moeda ou 
dinheiro. 
 Assim, é possível agregar e mensurar uma 
infinidade de diferentes transações, permitindo 
avaliar a evolução da economia. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.1 Considerações Iniciais 
 
 O sistema capitalista tem na troca o seu 
mecanismo básico de funcionamento. 
  a troca, portanto, constitui a forma por 
excelência de organização da vida material do 
homem na sociedade moderna. 
 
 Nesse sentido, quando falamos em identidade a 
primeira coisa que pensamos é: 
Venda = Compra 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.1 Considerações Iniciais 
 
 
 
 Antes de estudarmos as identidades básicas, vale 
lembrar que uma identidade contábil do tipo A = B 
não implica nenhuma relação de causa e efeito da 
variável A para a variável B, ou vice-versa. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
Exemplo 
 Economia hipotética H, fechada (não realiza 
transação com o exterior) e sem governo 
  existem quatro setores, cada um com uma 
empresa: 
 - produção de sementes (setor 1) 
 - produção de trigo (setor 2) 
 - produção de farinha de trigo (setor 3) 
 - produção de pão (setor 4) 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Exemplo 
Situação 1 
 - Empresa do setor 1 produziu sementes no valor de $ 
500 e vendeu-as para o setor 2 
 - Empresa do setor 2 produziu trigo no valor de $1500 
e vendeu-o para o setor 3 
 - Empresa do setor 3 produziu farinha de trigo no valor 
de $2100 e vendeu-a para o setor 4 
 - Empresa do setor 4 produziu pães no valor de $2520 
e vendeu-os aos consumidores. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Exemplo 
Produto da economia H na situação 1 
 - sementes no valor de $ 500 
 - trigo no valor de $1500 
 - farinha de trigo no valor de $2100 
 - pães no valor de $2520 
 
 Valor total da produção: $6620 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Exemplo 
 Entretanto, para se chegar ao valor do produto da 
economia, ou produto agregado, é preciso deduzir do 
valor bruto da produção o valor do consumo 
intermediário (ou consumo de insumos utilizados na 
produção). 
 A forma mais fácil e prática de se chegar ao valor do 
produto da economia é considerar apenas o valor dos 
bens finais, ou seja, neste caso apenas o valor dos pães, 
supondo que todos os demais produtos foram utilizados 
integralmente como insumos para a produção destes. 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Exemplo 
Situação 2 
 - Empresa do setor 1 produziu sementes no valor de $ 500 
e vendeu-as para o setor 2 
 - Empresa do setor 2 produziu trigo no valor de $1500 e 
vendeu-o para o setor 3 uma parcela equivalente a $1000, 
ficando com uma quantidade de trigo no valor de $500. 
 - Empresa do setor 3 produziu farinha de trigo no valor de 
$1400 e vendeu-a para o setor 4 
 - Empresa do setor 4 produziu pães no valor de $1680 e 
vendeu-os aos consumidores. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Exemplo 
 
 Neste caso, o produto da economia H no período não é 
apenas o valor da produção de pães (no caso $1680) mas 
também deve computar a parcela de trigo que foi 
produzida pelo setor 2 mas não foi vendida ao setor 3. 
Logo, teremos um produto de $2180 no período. 
 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Todo bem que, por sua natureza, é final deve ter seu 
valor considerado no cálculo do valor do produto, mas nem 
todo bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem 
final por natureza. 
 
 
 
A ótica da despesa ou ótica do dispêndio avalia o produto de 
uma economia considerando a soma dos valores de todos os 
bens e serviços produzidos no período que não foram 
destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de 
outros bens e serviços. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 A ótica do dispêndio não é a única maneira pela qual 
podemos averiguar e mensurar qual foi o produto de uma 
dada economia num período. 
 
 Podemos considerar também a ótica do produto, que 
considerar o que os economistas denominaram de valor 
adicionado. Neste caso, não observaremos o resultado 
final e sim o que foi efetivamente produzido setor a setor. 
 
 Considerando a primeira situação, teremos que: 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 - setor 1 produziu sementes no valor de $500 sem se 
utilizar de nenhum insumo 
 - setor 2 produziu trigo no valor de $1500, utilizando-se 
sementes que havia adquirido no valor de $500 
 - setor 3 produziu farinha de trigo no valor de $2100, 
utilizando-se do insumo trigo, adquirido ao valor de $1500 
 - setor 4 produziu pães no valor de $ 2520, utilizando-
se do insumo farinha de trigo, adquirido ao valor de 
$2100. 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidadeproduto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 Então, o produto (ou valor adicionado) de cada setor será: 
  Setor 1: $500 
  Setor 2: $1500 - $500 = $1000 
  Setor 3: $2100 - $1500 = $600 
  Setor 4: $2520 - $2100 = $420 
 
Produto total ou valor adicionado total: $2520 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 
 
 
 
 
Logo, 
Produto ΞDispêndio 
 
 Pela ótica do produto, a avaliação do produto total da 
economia consiste na consideração do valor efetivamente 
adicionado pelo processo de produção em cada unidade 
produtiva. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 A terceira forma de enxergar o produto de uma economia é 
através da ótica da renda. 
  a produção do que quer que seja demanda, além da 
matéria-prima e de outros insumos, o consumo de fatores de 
produção. 
 
 No exemplo, consideremos a existência de apenas dois 
fatores de produção: trabalho e capital. É entre capital e 
trabalho que deve ser repartido o produto gerado pela 
economia. 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 Salário remuneração do fator trabalho 
 
 Lucro remuneração do fator capital 
 
 Assim, num dado período de tempo, as remunerações 
de ambos os fatores conjuntamente consideradas devem 
igualar, em valor, o produto obtido pela economia nesse 
mesmo período. 
 
 As remunerações pagas constituem o que chamamos 
de renda. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 Logo, 
Produto ΞDispêndio 
 
 Pela ótica da renda, podemos avaliar o produto 
gerado pela economia num determinado período de tempo, 
considerando o montante total das remunerações pagas a 
todos os fatores de produção nesse período. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.2 A identidade produto Ξrenda Ξ dispêndio 
 
 
 Consideradas as três óticas conjuntamente, podemos 
concluir que: 
 
A identidade produto Ξ dispêndio Ξ renda significa 
que, se quisermos avaliar o produto de uma economia 
num determinado período, podemos somar o valor de 
todos os bens finais produzidos ou, alternativamente, 
somar os valores adicionais de cada unidade produtiva 
ou, ainda, somar as remunerações pagas a todos os 
fatores de produção. 
 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
 
 
 Os membros que constituem a sociedade 
aparecem duas vezes no jogo de sua reprodução 
material e desempenham dois papéis distintos: 
 
 num determinado momento, são produtores; 
 
 no outro, surgem como consumidores daquilo 
que foi produzido. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
 Como produtores, os membros da sociedade se 
organizam em conjuntos aos quais se dá o nome de 
unidades produtivas ou empresas. 
 
 Na condição de consumidores, eles são membros de 
conjuntos de outra natureza, aos quais denominamos 
famílias. 
 
 
Além de desempenhar o papel de consumidores, as 
famílias detêm também a condição de proprietárias 
dos fatores de produção, e é nessa condição que 
garantem seu acesso aos bens e serviços produzidos 
pelas empresas. 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
 Uma possível seqüência seria: 
 
1. As famílias transferem às empresas os fatores de 
produção de que são proprietárias (trabalho e capital 
material); 
2. As empresas combinam esses fatores num processo de 
produção e obtém como resultado um conjunto de bens e 
serviços; 
3. Fechando o fluxo, as empresas transferem às famílias os 
bens e serviços produzidos; 
4. As famílias consomem os bens e serviços. 
 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
Esquematicamente, (figura 1.1) 
 
 
 
 
Neste esquema só 
temos fluxos de 
bens e serviços. 
Mas também 
devemos 
considerar o fluxo 
monetário. 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
 Considerando o fluxo monetário, nosso esquema poderia 
ser da seguinte forma: 
1. As famílias cedem às empresas os fatores de produção de 
que são proprietárias e, em troca, recebem das empresas 
uma renda; 
2. As empresas combinam esses fatores num processo de 
produção e obtém como resultado um conjunto de bens e 
serviços; 
3. Com a renda recebida em troca da utilização, na 
produção, dos fatores de que são proprietárias, as 
famílias compram bens e serviços das empresas; 
4. As famílias consomem os bens e serviços. 
 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
Esquematicamente, 
 
1.2 Conceitos Básicos: Produto, Renda e Despesa 
 Agregada e o Fluxo Circular da Renda 
Capítulo I 
A Contabilidade Social 
 1.2.3 O fluxo circular da renda 
 
 Assim, além da percepção de que há uma identidade 
entre produto, dispêndio e renda, uma outra forma de 
considerar o conjunto de atividades e transações 
efetuadas por uma economia é notar o vaivém de bens 
e serviços concretos e de dinheiro orquestrado pelas 
trocas conforme um fluxo, a que se dá o nome de 
fluxo circular da renda. 
 A idéia do fluxo circular está associada exclusivamente 
ao lado monetário. 
 
 
Léon Walras (1874), Élements d’Économie Politique Pure. 
Capítulo II 
 
 
Contas Nacionais: 
Estrutura Básica 
2.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 A economia real é infinitamente mais complexa do 
que aquela apresentada em exemplos e fluxogramas. 
 
 há uma quantidade quase infinita de 
transações que se realizam todos os dias; 
 
 o governo altera expressivamente o 
funcionamento do sistema; 
 
 a economia de um país real nunca é 
inteiramente fechada, ou seja, sempre realiza 
transações com as economias de outras países. 
2.1 Introdução 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Várias podem ser as maneiras de se apresentarem as 
informações do sistema de contas nacionais sem que sejam 
desrespeitados os conceitos básicos que lhes dão origem. 
  o formato concreto do sistemapode variar, e de 
fato varia, de país para país. 
  a necessidade de estabelecer comparações entre 
os diversos países tem feito com que a ONU divulgue, de 
tempos em tempos, um conjunto de recomendações, que a 
maior parte dos países procura seguir, a fim de tornar o mais 
homogêneo possível esse formato. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Quando consideramos o movimento da economia como 
um todo, o produto, ou a produção, é a principal variável a 
ser enfocada: sem produção não há renda nem pode haver 
dispêndio, e também não há o que transacionar. 
 
  a conta de produção afigura-se a conta mais 
importante do sistema, já que é a partir dela que todas as 
demais encontram sua razão de ser. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Primeira etapa: Economia fechada e sem governo 
 
 
 
 
 
 Aqui, que contas são necessárias? Como se dá 
o equilíbrio em cada conta? E o equilíbrio entre as 
contas, como se estabelece? 
Economia fechada: a economia em 
questão não realiza nenhuma transação 
com outros países. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Todo bem que, por sua natureza, é final, deve ter seu valor 
considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo 
bem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é um 
bem final por natureza. 
 
 A ótica da despesa ou do dispêndio avalia o produto de 
uma economia considerando a soma dos valores de todos os 
bens e serviços produzidos no período que não foram 
destruídos ou absorvidos como insumos na produção de 
outros bens e serviços. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Conta de produção: 
 - de um dos lados, da conta teremos o produto; 
 - de outro lado, teremos a utilização ou destino do 
produto, ou seja, o consumo das famílias e a formação 
de estoques (ou seja, a parcela de produto final e insumos 
que não foi utilizada no período, e que o serão no período 
posterior). 
 
 Quando se contabilizam as variáveis integrantes do 
sistema de contas é preciso, em alguns casos, considerar o 
saldo que as contas carregam de um período para o outro. 
Esse é o caso da variável estoques. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Para descobrir qual o valor dos bens produzidos na 
economia, ao longo do período X, mas ainda não 
consumidos, é preciso deduzir, do valor dos estoques ao final 
do período X, o valor dos estoques ao final do período X-1. 
Assim, o mais correto é falarmos em variação de estoques. 
 
 Logo, na conta de produção diremos que, de um de seus 
lados, estará contabilizado o produto e, de outro, sua 
utilização ou destino, ou seja, consumo pessoal e variação 
de estoques. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Os estoques são constituídos por mercadorias que 
representam o consumo futuro. Dessa forma, tudo que é 
produzido num período mas não é consumido nesse período, 
significando consumo futuro, é chamado de investimento. 
 
 Apesar de todos os bens que ensejam consumo futuro 
serem considerados investimento, é comum separá-los em 
duas categorias distintas: variação de estoques e formação 
de capital fixo. 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
INVESTIMENTO 
Variação de Estoques 
 Bens cujo consumo ou absorção 
futuros irão se dar de uma única vez. 
Formação Bruta de Capital Fixo 
 Bens que não desaparecem 
depois de uma única utilização, e 
possibilitam a produção ao longo de 
um determinado período de tempo. 
exemplos 
-Máquinas 
-Moradias 
-Estradas de ferro 
-Etc. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Todos os bens que compõem o investimento se desgastam 
com o tempo, ainda que isto não ocorra de uma única vez. Esse 
desgaste do investimento recebe o nome de depreciação. 
 
 É a depreciação que determinará a diferença entre o produto 
bruto e o produto líquido da economia. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Para obter o valor do produto líquido de uma economia 
num determinado período é preciso deduzir, do valor total 
produzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcela 
meramente destinada à reposição da parte desgastada do 
estoque de capital da economia, a que se dá o nome de 
depreciação. 
 
 Logo, temos que: 
 Produto Bruto = Produto Líquido + Depreciação 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Logo, temos a seguinte estrutura da conta de produção 
numa economia fechada e sem governo: 
 
 
 
 
Resultado do esforço conjunto 
da economia num período 
Destino do produto gerado pela 
economia no período. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 O princípio das partidas dobradas reza que, a um 
lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro de 
mesmo valor a crédito. 
 
Equilíbrio Interno  refere-se à exigência de igualdade entre o 
valor do débito e o do crédito em cada uma das contas. 
 
Equilíbrio Externo  implica a necessidade de equilíbrio entre 
todas as contas do sistema. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Como é necessário que haja um equilíbrio entre todas as 
contas, isso implica considerarmos as demais contas 
componentes desse modelo simplificado: conta de apropriação 
e conta de capital. 
Produto 
Dispêndio 
Elemento gerador 
de renda 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Assim, temos uma segunda versão da conta de produção: 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Conta de apropriação 
 O sentido lógico da conta de apropriação é mostrar de 
que maneira as famílias alocaram a renda que receberam pela 
cessão de seus fatores de produção. 
 É, portanto, uma espécie de “conta-espelho” da conta 
de produção: se nesta os indivíduos e famílias são considerados 
agentes envolvidos nas atividades produtivas, na conta de 
apropriação eles são tomados como unidades de dispêndio, a 
partir da renda recebida. 
 A conta de apropriação funciona como uma espécie de 
demonstrativo de lucros e perdas, com seus correspondentes 
significados de receitas e despesas. 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Assim, temos uma primeira versão da conta de apropriação:Principais agentes: famílias 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Conta de Capital 
 A conta de capital “fecha” o sistema, garantindo seu 
equilíbrio externo, já que, com ela, temos todos os lançamentos 
necessários para completar os pares até então a descoberto. 
 Além de completar o sistema, a conta de capital 
demonstra a identidade investimento Ξ poupança, que é uma 
forma alternativa de representar a identidade produto Ξ renda Ξ 
despesa. 
  se a variação de estoque e a formação bruta de capital fixo são 
consideradas investimento (por ensejarem consumo futuro), elas 
também devem ser consideradas poupança (pois indicam que nem 
todos os esforços de produção foram consumidos). 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.1 Economia fechada e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Assim, temos uma primeira versão da conta de capital: 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Admitindo a existência do setor externo (ou seja, cada 
uma das economias do planeta tem relações econômicas 
com as demais), a primeira e imediata constatação é que 
parte da produção de uma dada economia num determinado 
período de tempo foi vendida ao resto do mundo, isto é, foi 
exportada. 
 Da mesma forma, também temos de admitir que parte do 
que foi consumido e/ou acumulado nesse mesmo período 
pode ter sido produtivo fora do país e comprado, isto é, 
importado, pela economia em questão. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Esses dois tipos de transação são elementos da chamada 
balança comercial. Esta, por sua vez, é uma conta muito 
importante para a composição do balanço de pagamentos 
 
 O balanço de pagamentos também contém, ainda, a 
balança de serviços (que registra as transações externas 
envolvendo os chamados “invisíveis” ou mercardorias 
intangíveis, como fretes e royalties), as transferências 
unilaterais e a balança de capitais. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Balança de transações correntes do balanço de 
pagamentos  somatório da balança comercial e da balança 
de serviços. 
 
 Separar as transações com o exterior em dois grupos, bens e 
serviços não fatores e bens e serviços fatores, implica considerar 
que as relações econômicas entre os países não se restringem à 
mera compra e venda de mercadorias, mas podem envolver 
elementos mais complexos como os fatores de produção. 
  assim, parte da produção de uma economia num 
período pode não ter sido obtida com fatores de produção de 
propriedade de residentes e, por isso, não pode ser considerada do 
país. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Produto Nacional 
 Para se obter o produto nacional de uma economia, 
é preciso deduzir de seu produto interno a renda líquida 
enviada ao exterior ou, se for o caso, adicionar a seu 
produto interno a renda líquida recebida do exterior. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Dessa forma, temos a primeira versão da Conta do setor 
externo: 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Alterações na conta de produção causadas pela introdução 
da conta do setor externo: 
esta conta terá de contemplar não só o valor produzido com 
fatores de produção nacionais, mas também o valor produzido com 
a utilização de fatores de propriedade de não-residentes, líquido 
dos valores produzidos em outros países com a utilização de 
fatores de propriedade de residentes. 
As importações serão lançadas no lado do débito, compondo a 
oferta total, enquanto que as exportações serão lançadas no lado 
do crédito da conta de produção, compondo a demanda total da 
economia. 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Assim, 
chegamos a 
uma nova 
versão da 
conta de 
produção: 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Com essa nova disposição da conta de produção, demos 
conta dos lançamentos inversos necessários para garantir o 
equilíbrio externo do sistema depois da introdução da conta 
do resto do mundo, com exceção de um: o item déficit do 
balanço de pagamento em transações correntes. 
Este lançamento a crédito que completa o fechamento 
do sistema se dá na conta de capitais. 
O que justifica esse lançamento? A identidade 
investimento Ξpoupança. 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.2 Economia aberta e sem governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Assim, chegamos a uma nova versão da conta de capital: 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Como se sabe, o governo interfere significativamente na 
vida econômica de um país. 
  Além de arrecadar impostos e consumir bens e 
serviços para poder fornecer à população outros bens e 
serviços, ele também realiza transferências e subsidia 
determinados setores. Ele também pode, em alguns casos, 
interferir nos preços das mercadorias (em casos específicos). 
 Para dar conta de todas essas operações, introduzimos 
uma quinta conta, a chamada conta do governo. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Conta do governo – primeira versão 
 
 
A igualdade entre débito e crédito da conta, exigida pelo seu equilíbrio interno, 
requer o lançamento do saldo do governo em conta corrente do lado do 
débito. 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Estrutura da conta: 
O governo recebe, sob a forma de impostos e outras 
receitas líquidas, uma determinada parcela da renda gerada 
na economia. 
Com essa quantia, o governo sustenta suas próprias 
atividades, ou seja, paga salários a seus funcionários e 
adquire bens e serviços do setor privado. 
O governo também utiliza sua receita para fazer 
transferências para o setor privado (pensões e 
aposentadorias, e juros da dívida pública), ou para fazer 
subsídios. 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 A diferença entre a receita que o governo arrecada e os 
gastos que tem com salários, bens e serviços, transferências 
e subsídios gera um saldo, que pode ser positivo ou negativo. 
 
 se for positivo, o governo arrecadou mais do que gastou, 
gerando uma poupança do governo; 
 
 se for negativo, o governo gastou mais do que 
arrecadou, dando origem a um déficit, que será financiado.por poupança do setor privado (interno ou externo). 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Os impostos arrecadados pelo governo podem ser 
classificados como impostos diretos ou impostos indiretos. 
 
 
Impostos 
Diretos 
Incidem sobre a renda ou a propriedade; 
São recolhidos e pagos como impostos; 
Exemplos 
 - Imposto de renda 
 - IPTU 
 - IPVA 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
Impostos 
Indiretos 
São pagos como parte do preço das 
 mercadorias; 
Por serem pagos indiretamente, afetam os 
 preços relativamente a uma situação 
 sem a existência do imposto. 
Exemplos 
 - IPI 
 - ICMS 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Transferências 
 Teoricamente, considera-se transferência aquele tipo de 
operação que só tem um sentido: um dá e outro recebe, sem dar 
nada em troca. Há um efetivo deslocamento de recursos do 
governo para os beneficiários. 
Exemplos: 
 auxílio-doença 
 auxílio-maternidade 
 aposentadorias 
 Programa Renda Mínima 
 Bolsas de Estudo 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Subsídios 
 Subsídios não significam a redistribuição de uma 
renda coletada por meio de impostos, mas simplesmente a 
abdicação, por parte do governo, de uma receita à qual ele 
teria direito. 
 A concessão de subsídios mexe com os preços das 
mercadorias, mas mexe no sentido inverso da incidência de 
impostos indiretos (ou seja, os subsídios reduzem o preço 
final dos bens ao invés de elevá-los). 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 A existência do governo prova uma nova dicotomia na 
forma de registro dos agregados na contabilidade social. Isso 
porque, por um lado, os impostos indiretos aumentam os 
preços dos bens; por outro lado, tais preços são diminuídos 
por conta de subsídios. 
 
 Como registrar esse diferencial? 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Para resolver o problema foram criados dois conceitos de 
produto: 
 o produto a preços de mercado, que inclui o valor 
 dos impostos indiretos compensados dos subsídios; 
 
 o produto a custo de fatores, que não considera 
 esse valor adicional. 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Dessa forma, 
 
 
PIBpm – renda líquida enviada ao exterior = PNBpm 
 
PNBpm – depreciação = PNLpm 
 
 
 
 
PNLpm – impostos indiretos mais subsídios = PNLcf 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 Agora, já 
podemos 
enunciar as 
versões finais 
das contas 
estudadas: 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
 
2.2 As Contas Nacionais 
 
 2.2.3 Economia aberta e com governo 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
 
 
2.3 Da Contabilidade Social à 
 Macroeconomia 
 
 2.3.1 Revisando Keynes 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Foi a partir da teoria macroeconômica, que teve seu 
nascimento com a publicação da Teoria Geral em 1936, que 
foram envidados todos os esforços para a construção de um 
sistema a partir do qual pudesse ser observada a evolução 
dos agregados que são de fundamental importância na 
avaliação da performance econômica de um país. 
 
 Foi partindo da macroeconomia que se chegou às 
 contas nacionais. 
 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.1 Revisando Keynes 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Contudo, é preciso lembrar que o objetivo maior de 
Keynes, ao escrever a Teoria Geral, foi contrapor-se à teoria 
econômica então dominante (teoria neoclássica). Naquela 
abordagem, chegava-se à conclusão de que a economia 
capitalista portava uma espécie de regulador automático que 
impedia as crises e o desemprego. Todo o desemprego 
existente era tomado como desemprego voluntário. 
 
  a crise dos anos 1930 mostrou a clara inadequabilidade 
de tal teoria para explicar a realidade. 
 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.1 Revisando Keynes 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Keynes tentou demonstrar que não existia o tal regulador 
automático e que a maior parte do desemprego era 
involuntário. 
 Para isso, teve que fazer uma revolução nas idéias 
econômicas e jogar por terra vários postulados. 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Se tomarmos a conta de produção de uma economia 
fechada e sem governo, estudada anteriormente, veremos 
que temos, do lado do débito da conta, a renda ou produto 
nacional bruto e, do lado do crédito, a indicação da forma 
concreta tomada por essa renda (quanto foi consumido e 
quanto foi investido). 
 Temos que: 
 
 
Y ΞC + I 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Se Y for muito baixo relativamente ao potencial dessa 
economia, de modo que existam fatores de produção não 
utilizados, estamos supondo que essa economia poderia 
operar num nível bem mais elevado de produto e renda mas, 
por alguma razão, não está se comportando assim. 
 
 Para saber o porque disso, precisamos saber o que é 
que determina C e I. 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Keynes demonstrou que o principal fator que determina 
C é justamente a renda, Y: quanto maior a renda, maior será 
o consumo da família; mas aumentos na renda geram 
aumentos menos que proporcionais no consumo  
propensão marginal a consumir. 
 
Logo, 
 Y ΞCa + cY + I 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Quanto ao investimento, Keynes constatou que ele 
depende de variáveis extremamente sujeitas à flutuação, 
devido às sempre presentesincertezas em relação ao futuro. 
Essas variáveis são a preferência pela liquidez e as 
expectativas quanto ao rendimento futuro esperado dos bens 
de capital são aquilo que Keynes convencionou chamar de 
eficiência marginal do capital. 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Retomando a última identidade da renda, vemos que: 
 
Y (1 – c) = Ca + I 
E, logo, 
Y = Ca + I 
 1 - c 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 
 O termo 1 Keynes chamou de multiplicador. 
 1 – c 
 
 O multiplicador indica a magnitude do aumento no nível 
de renda em decorrência seja de um aumento em Ca, seja de 
um aumento em I. 
 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Se considerarmos agora a conta de produção em sua 
versão final e, portanto, considerarmos uma economia aberta 
e com governo, chegaremos a outras conclusões importantes 
sobre essa questão. 
 Teremos que: 
 
 Y Ξ C + I + G + (X – M) 
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 
 
 2.3.2 A determinação da renda 
Capa 
da Obra 
Capítulo II 
Contas Nacionais: Estrutura Básica 
 
 Transpondo para essa expressão ampliada as mesmas 
considerações anteriormente feitas para uma economia fechada e 
sem governo, podemos perceber que o nível de produto e renda em 
que opera a economia não depende apenas do consumo e do 
investimento, mas também dos gastos do governo e das 
exportações líquidas das importações. 
 
 Assim, um efeito multiplicador também vai atuar sobre os 
possíveis aumentos, seja em G, em (X – M). É por esse efeito de G 
em Y que costuma-se dizer que o governo passa a ter a 
responsabilidade por aquilo que se costuma denominar controle da 
demanda efetiva.

Outros materiais