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História da Arte

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Arte, estética e estilo - A Arte Medieval se diferencia da Arte Renascentista. É o que chamamos de “estilo”, que varia conforme a época e o lugar de sua produção. Se compararmos obras de arte feitas na mesma época verá diferenças claras de estilo. Artistas contemporâneos que possuem as mesmas informações e os mesmos materiais produzem obras totalmente diferentes. Isso é o que chamamos de estilo pessoal.
Saber disso ajuda muito no trabalho com a Arte e com a História da Arte. Conceitos importantes que nos ajudam a entender épocas diferentes, descrever estilos artísticos diferentes e reconhecer estilos individuais.
Artes:
Estética - Tem por objetivo o juízo da apreciação que se aplica à distinção do belo e do feio.
Linear - Linhas regulares, delimitadoras. As coisas c/ elas são. Apela para a sensação de tato. 
Pictórico - contornos não acentuados que favorecem a ligação entre uma forma e outra. Representa as coisas como elas parecem ser. Apela somente à visão. 
Plano - articula as imagens em camadas dispostas paralelamente no inicio da cena. 
Profundidade: elementos se dispõem à frente e atrás. Retrata o que + é pra chamar a atenção
Forma fechada - realidade limitada em si mesma. Enquadramento perfeito, lugar confinado. 
Forma aberta - Estilo extrapola a si mesmo, pretende ser ilimitado. Enquadramento irregular existe outra porta de saída na arte.
Pluralidade - cada parte da obra tem função autônoma, independente, pode ser dividida, recortando a imagem da pra entender parte dela. 
Unidade - destrói a independência uniforme das partes em favor e um motivo geral mais unificado. Se recortar o quadro não se entende nada do que está dizendo.
Clareza: as formas são obrigadas a mostrar o que possuem de mais característico. É rica em elementos explicativos. Usa - se cores claras. 
Obscuridade - a nitidez não importa, muitos detalhes podem ser adivinhados. Ambiente mais escuro difícil de entender alguns elementos.
Civilizações ágrafas, Mesopotâmia e Egito - O que você sabe sobre as civilizações sem escrita? E sobre os povos da Mesopotâmia? Qual o contexto que a arte desses povos foi produzida? E com relação ao Egito, será que durante o longo período da história do antigo Egito a arte foi igual?
Civilizações ágrafas - Não possui escrita que dificulta o estudo da Arte desses povos; não há registros sobre seus objetivos, apenas teorias válidas, porém sem a certeza de seus motivos. Entre esses povos estão os pré-históricos e as demais civilizações primitivas, sem escrita, de qualquer continente ou período. O nome “primitivo” é para facilitar a classificação.
Arte rupestre: 
1)Teoria da Decoração - Os 1ºs seres humanos queriam decorar sua habitação. Os pesquisadores que refutam essa teoria dizem que as pinturas eram feitas nos locais de difícil acesso das cavernas, não sendo decorativas. Os defensores citam ex. das pinturas rupestres do Continente Americano, que ficam nas entradas das cavernas ou nos paredões externos.
2) Teoria da Representação - Os humanos queriam inventariar, desenhando os animais que havia em cada região. Alguns ainda defendem a idéia de marcar território, desenhando os animais que estavam disponíveis para caça e representando a posse com impressões de dedos ou mãos ou com desenhos primitivos de seres humanos.
3) Teoria da “mágica” - O ser humano era, nos primórdios, animista, ou seja, acreditava em poderes mágicos da natureza. Para os defensores dessa teoria, as pinturas ou esculturas de animais que seriam caçados dariam um poder mágico, que auxiliava na captura desse animal. Os pesquisadores defendem essa idéia argumentando que os animais eram representados com extremo realismo, enquanto as formas humanas eram apenas esboçadas. As pinturas eram realizadas em locais difíceis, como se fosse uma espécie de local sagrado.
Escultura pré-histórica - Escultura paleolítica e neolítica tem como principais representantes as Vênus esteatopígias. Além dos animais, as esculturas representam corpos femininos, com seios e ventres pronunciados, característica que evidencia o animismo. Seriam invocativas da fertilidade, como as deusas da fertilidade neolíticas.
Menires, dólmens e cromleques: os conjuntos de rochas do Neolítico
Menir - grande rocha, colocada em pé de forma isolada ou formando conjuntos. Poderiam ser esculpidas com símbolos representativos da fertilidade feminina ou masculina. Quando colocados lado a lado, em conjunto com outros, formando uma espécie da mesa, eles recebem o nome de dólmens. Considerados as “casas dos mortos”, os dólmens tinham incisões e muitos deles eram sepulturas coletivas. Já quando essas grandes rochas formam círculos ou semicírculos, tendo outras pedras apoiadas em cima, esses conjuntos são chamados de cromleques. Acredita-se que os cromleques eram usados para algum tipo de ritual religioso. 
Arte mesopotâmica - Tinham intercâmbio cultural e comercial com o Egito Antigo e com a civilização minoica (de Creta) e micênica (atual Grécia). Arte influenciou e foi influenciada por trocas culturais. Uma região que abrigou distintos povos — sumérios, babilônios e assírios — as manifestações artísticas não se configuram de forma muito coesa. A arte estava relacionada à religião e os mesopotâmios eram politeístas, cultuando e representando vários deuses.
A arquitetura mesopotâmica - Relacionada à religião. Os templos representavam a moradia dos deuses na terra e eram chamados de zigurates (“prédio alto”). Tinham posição privilegiada nas cidades, destacando-se para todos os habitantes.
Arte Egípcia – Principal civilização da Antiguidade foi à egípcia. Tinha uma organização social e era riquíssima em suas realizações culturais. A religião era seu aspecto mais central. Os egípcios acreditavam que os deuses interferiam na vida humana e na vida após a morte. A arte refletiu suas crenças fundamentais e se configurou desde o início nos túmulos, estatuetas e vasos deixados junto aos mortos. A arquitetura se concretizou nas obras mortuárias.
Relacionavam diretamente com a religião, era utilizada como forma de difusão das crenças religiosas, era padronizada, e os artistas eram criadores de uma arte anônima, pois primeiramente a obra deveria demonstrar um domínio das técnicas e não o estilo do artista.
A partir dessa técnica, existiam muitas regras para se cumprir. Talvez a mais famosa, seja a Lei da Frontalidade, característica da arte do Egito, onde o tronco da pessoa deveria ser sempre representado de frente, enquanto sua cabeça, pernas e pés eram pintados de perfil. A escultura egípcia se destacava e ganhou as + belas representações durante o Antigo Império. 
A pintura no Egito passou por mudanças durante o Novo Império e mais ainda no reinado de Amenófis IV, pois o faraó, também chamado de Aquenaton, empreendeu uma reforma religiosa visando minar o poder dos sacerdotes, para isso oficializou a religião monoteísta. Essas mudanças políticas e religiosas, a Arte se modificou, e a postura rígida das figuras é abandonada, elas parecem ganhar movimento, desobedecendo inclusive a Lei da Frontalidade.
Com a morte de Amenófis, os sacerdotes retomam seu poder e prestígio e oficialmente a uma religião politeísta. O faraó seguinte foi Tutucâmon, que morreu aos 18 anos. Seu túmulo é uma grande construção formada por um salão de entrada seguido por um salão sepulcral e uma câmara de tesouros. Sua múmia imperial estava protegida por três sarcófagos, todos muito bem detalhados, também uma importante manifestação artística egípcia.
Grécia e Roma 
Arte Minoica e Micênica - A civilização minoica se desenvolveu na ilha de Creta e pode ser chamada de cretense. Importante no desenv. da civilização grega, desenvolveu no continente, chamada de micênica. Esse período é chamado de Pré-história Grega ou Proto-grega ou, ainda, Creto-micênica. 
Minoicos ou Cretenses - Faziam comércio com as outras ilhas do Egeu, com o continente e com o Egito. Sua Arte foi influenciada pelos egípcios. A Arte creto-micênica adotava a Lei da Frontalidade, foi, uma espécie de transição entreo Antigo Egito e a Grécia Clássica.
Civilização minoica mais antiga que a micênica. O comércio entre ambas fez com que a civilização micênica se desenvolvesse. Os cretenses tinham rica cerâmica e desenvolveram técnicas de esculpir vasos em pedra, adoravam touros, por isso eram chamados de minoicos.
Provavelmente, a lenda do Minotauro é uma explicação dos gregos para a tauromaquia, esporte que havia na ilha de Creta. A fixação por touros é perceptível em manifestações artísticas. Essa civilização sumiu no final do século XVII a.C. devido à erupção do vulcão Santorini, mas deixaram influências na civilização micênica, sendo o berço da civilização grega.
Micênicos - micênica é a arte dos aqueus (estabeleceram-se no sudoeste da Grécia entre 1600 e 1100 a.C.), e foram influenciados pelos cretenses e egípcios e povos do Oriente.
O principal sítio arqueológico dos micênicos é sua cidade, Micenas. Lá está o túmulo denominado “Tesouro de Atreu”, construção do século XIII a.C. A entrada se dá por uma estrutura em falsa abóboda, cujo formato é encontrado em algumas estruturas do Egito Antigo.
A arte micênica deixou poucos vestígios. A pintura seguia a Lei da Frontalidade. A cerâmica era bem semelhante à minoica. A estatuária micênica era rica e original, foram encontradas máscaras mortuárias, deusas-mãe, estátuas de cabeças e de grupos de pessoas.
Arte grega - Arte egípcia é ligada ao espírito, já a Arte grega é ligada à inteligência. Os governantes gregos não eram deuses, mas seres inteligentes dedicados ao bem-estar do povo. A arte grega se relaciona à vida presente, busca a perfeição, o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal e tem como características o racionalismo, o amor pela beleza e o interesse pelo homem.
Arquitetura
Ordem Dórica – Artes arquitetônicas gregas, possivelmente é um estilo que se originou das construções de madeira. Caracterizada pelas colunas sem base e com capitel simples.
Ordem Jônica - Estilo arquitetônico clássico grego, as colunas possuem capitel ornamentado com duas volutas, os fustes possuem frisos e as bases são simples. Esse estilo arquitetônico é, de modo geral, mais alto que o anterior e as colunas são mais esbeltas e elegantes.
Ordem Coríntia - É uma espécie de evolução estilística do jônico e passa a ser adotado a partir do século VI a.C. O fuste é decorado e o capitel possui decoração de folhagens, normalmente o frontão também é bastante decorado.
Pintura - Para os gregos era uma Arte apenas decorativa nos edifícios, aproximando-se muito das pinturas minoicas e micênicas. Havia a decoração das cerâmicas, que podem ser encontradas em 3 estilos: figuras pretas sobre fundo vermelho; figuras vermelhas sobre fundo branco; figuras vermelhas sobre fundo preto.
Escultura - Período Geométrico (cerca de 900 – 700 a.C.). Estatuária de pequenas dimensões, representando animais e seres humanos, em bronze e barro. Muitas encontradas em contextos fúnebres. Período Homérico (1150 a.C. – 800 a.C.).
Período dedálico - (cerca de 650 – 600 a.C.) A escultura recebe influência oriental, em especial do Egito. As dimensões aumentam e as formas são rígidas e frontais com um modelo simplificado de anatomia. A Arte grega ocorre no Período Homérico (1150 a.C. – 800 a.C.).
Período Arcaico (600 – 500 a.C.) - O comércio cresceu, fortalecendo a aristocracia, com isso ocorreu o desenv. da arquitetura e estatuária de dimensões monumentais. Começa a se desenvolver o culto às personalidades da pólis e o culto ao corpo, como uma manifestação do cidadão completo, educado para a vida na sociedade com aptidão física, intelectual e militar.
Período Severo (cerca de 500 – 450 a.C.) - Marca a transição do arcaico para o clássico, com o surgimento da democracia em Atenas, sendo caracterizado por um repúdio ao decorativismo exagerado. O estilo estatuário passa a representar os esportistas, grandes generais e deuses.
Período Clássico (cerca de 450–323 a. C.) - Nesse período, o principal centro artístico é Atenas e os avanços estilísticos se espalham pelas demais cidades. Busca pela expressividade e pela representação da musculatura. A técnica escultórica atinge um alto grau de verossimilhança, naturalismo e refinamento técnico.
Período Helenístico (323 – 146 a.C.) - Espalha com as conquistas de Alexandre, o Grande. Busca do naturalismo, representação da personalidade, das emoções, da liberdade, do amor, da paz, etc. As figuras femininas passam a ser representadas nuas ou seminuas. Cenas do cotidiano passam a ser escolhidas para as representações.
Arte Romana - Consideravam - se herdeiros da cultura grega, isso é notável nas lendas, na religiosidade, na estrutura helenística de suas cidades e na sua Arte. Os pintores e escultores romanos se inspiravam nos gregos. Vários artistas gregos trabalhavam no império romano.
Muitas obras da arte grega se perderam, mas devido às cópias romanas podemos estudá-las. Os mosaicos e afrescos de Pompéia ajudam muito a conhecer melhor a pintura grega arcaica e clássica. Os romanos também foram criativos e inventivos, foram engenheiros habilidosos, arquitetos originais e artistas muito bons.
A arquitetura é a maior expressão artística, original e grandiosa. Os romanos desenvolveram bases circulares, uso de colunas e arcos plenos e abóbadas para sustentação dos pesos das estruturas. Pintavam retratos, mas a expressividade maior de sua pintura está na decoração das obras arquitetônicas. As técnicas adotadas eram o afresco (pigmentos aplicados sobre o estuque de gesso úmido) e encáustica (cera e pigmento aplicados a quente). Os romanos conseguiam uma perspectiva que favorecia a ilusão de profundidade.
A pintura romana possui os seguintes estilos:
Cantaria ou incrustação: imitação de pedras de revestimento;
Arquitetônico: aplicação da técnica trompe l’oil, imitando colunas, janelas, molduras e frisos;
Ornamental: Influência egípcia, decoração leve, a perspectiva não é tão realista, as paisagens ganham espaço;
Tapeçaria: imita o efeito das tapeçarias;
Plano: ornamentação simples, sem tridimensionalidade ou profundidade;
Cenográfico: da época de Nero, tinha como característica as cenas dramáticas;
Barroco: o nome é uma referência ao estilo do século XVI, porque os pintores romanos que adotaram esse estilo usavam o contraste entre claro e escuro.
A estatuária romana fez diversas cópias de obras gregas, sendo responsável pela manutenção da memória da arte grega. Os romanos criaram uma escultura original, de grande grau técnico. Além do realismo físico, se preocupavam com os aspectos psicológicos, portanto, a escultura romana é idealista também.
Arte Paleocristã e Bizantina - Por volta do ano 200 d.C., o Cristianismo já alcançava as principais cidades do Império Romano. Essa religião era ora duramente perseguida, ora tolerada. Assim surgiu a manifestação artística da nova fé. As perseguição eram mais constantes, assim, a Arte desses primeiros cristãos era uma “Arte das catacumbas”.
A Arte bizantina também é cristã, porém diferentemente dos primeiros cristãos era a Arte oficial de uma religião aceita e dominante. 
A Arte Paleocristã se desenvolveu entre 200 d.C. e 400 d.C. As primeiras manifestações dessa pintura ocorreram nas catacumbas. Devido às perseguições ao Cristianismo, as reuniões cristãs para pregação tinham que ser escondidas, por isso escolheram as necrópoles. A Arte cristã era feita por homens do povo, ao contrário das obras romanas realizadas por artistas reconhecidos. Essa Arte se desenvolveu por todo Império Romano, porém a dispersão geográfica não impediu a subsistência de traços estruturais comuns.
Características:
Imagens do Antigo Testamento mescladas às do Novo;
Tem como temas o Bom Pastor, Maria e o menino, peixe e cruz;
Utilização dos modelos estilísticos da Roma clássica e uso de novas formas técnicas e estéticas oriundas das zonas periféricas do império, sobretudo das províncias do Oriente;
Espiritualidade, simbolismo e simplicidade.
Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos permitiram a construçãode templos e a ocupação de espaços para as suas celebrações.
Enquanto Roma era devastada pelos povos invasores germânicos e hunos, Bizâncio se tornou o centro de uma brilhante civilização. A Arte Bizantina é uma síntese entre Oriente e Ocidente, combinando a Arte primitiva cristã com a Arte grega com riqueza de cores e decoração.
Mosaicos e pinturas bizantinos - Os mosaicos, afrescos e demais pinturas não se destinavam somente a decorar, serviam também como instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos imperadores. Em todas as representações, era observada a frontalidade. A perspectiva e o volume são ignorados. Os corpos são cobertos por vestimenta, não há corpos nus. O dourado é utilizado pela sua associação ao ouro. Fundos dourados para o paraíso. 
O mosaico é a expressão da Arte Bizantina. Confeccionado com técnicas diferentes, usando materiais coloridos (vidros, pedras e metais preciosos) justapostos em gesso. O afresco era uma manifestação artística mais barata que o mosaico, por isso era muito encontrado nas províncias mais pobres. Os ícones são realizados à têmpera (pigmentos adicionados de algum aglutinante) ou encáustica (cera de abelha com pigmento).
Cesaropapismo: chefe do Estado e da Igreja. Imperador e a imperatriz são representados com auréolas, como se fossem santos. Não se pretendia contar as histórias, mas sim contemplá-las.
A arquitetura bizantina possuía exteriores simples e interiores ricamente decorados, com afrescos, mosaicos e retábulos com ícones. A utilização de cúpulas garantia a iluminação e a sensação de leveza e imaterialidade. A maior manifestação bizantina é a igreja de Hagia Sofia, relacionada ao reinado de Justiniano, que reformou essa basílica, ampliando suas dimensões.
Questão iconoclástica - Em 726, um edito imperial proibiu as imagens religiosas no Império Bizantino, a inspiração para essa lei era oriental e o Cristianismo não adota imagens, o Zoroastrismo, Islamismo e Judaísmo são religiões iconoclastas. A população se dividiu em dois grupos: os iconoclastas (veneração a ícones religiosos) e os iconófilos (que gosta de imagens).
Os iconoclastas eram destruidores de imagens e seguiam uma interpretação rigorosa da Bíblia. A querela marcou a ruptura entre a fé católica e a fé ortodoxa. O édito reduziu a produção de imagens sagradas, mas não completamente.
Moda - A moda muda conforme a sociedade também muda, podendo ser uma distinção ou mesmo uma forma de imposição social. Em algumas sociedades certas cores eram proibidas para o uso de pessoas comuns – durante a Idade Média púrpura era a cor dos reis e o vermelho carmim era destinado aos cardeais – muitas modas foram inventadas pela nobreza, para se diferenciar do restante da sociedade.
Românico e Gótico - Durante a Idade Média, a religiosidade tomou conta da vida das pessoas, a maioria não sabia ler e, portanto, as igrejas eram decoradas com cenas bíblicas para ajudar na catequização dos fiéis. A arte desse período era voltada para a religião.
Na Alta Idade Média, desenvolveu-se o estilo Românico: os corpos humanos eram retratados sem a busca do realismo nas formas; apareciam animais grotescos representando seres celestiais ou bestiais; o medo do apocalipse, das heresias e dos pecados estava presente, pois esse era o discurso da Igreja. Utilizava arcos romanos, ou arcos plenos, em suas construções.
Apesar de todo esse clima de apreensão, de modo geral, a arte era colorida, cheia de vida e, após o ano mil, cheia de esperança e luz. É nessa época, na Baixa Idade Média, que nasce o estilo Gótico: ainda voltado para a religiosidade e para o louvor a Deus. Esse estilo nasce nas cidades, que voltam a existir devido ao renascimento comercial.
Importante: O Gótico traz grandes catedrais, cheias de luz e da esperança de salvação, mas também é a representação do rompimento com as estruturas anteriores, do fim do sistema feudal, e a antecipação das modificações que virão depois, com a Renascença. As construções eram luminosas e produziam a sensação de “estar perto de Deus”. Os vitrais e os arcos ogivais são característicos desse estilo. Alguns artistas passam a assinar suas obras, em especial os pintores, sendo indicativo de um princípio de pensamento humanista, típico do Renascimento. As construções são muito altas, apesar disso, as paredes são finas, possuindo muitas aberturas de janelas.
Renascimento - O Renascimento ou Renascimento Cultural se estende do final da Idade Média até o início da Idade Moderna na Europa. Transformações na transição do feudalismo para o capitalismo e a ruptura com as estruturas medievais. Embora o Renascimento Cultural só tenha sido possível devido ao Renascimento do século XII, os termos “Renascimento”, “renascentista” e “renascença” são mais comumente empregados para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências entre fins do século XIII e meados do século XVII.
O Renascimento muitas vezes é associado ao reviver dos ideais da cultura greco-romana, porém essa é uma visão simplificadora, pois o interesse pelos clássicos também existiu na Idade Média e o Renascimento foi um momento muito mais e complexo da História.
O ideal do humanismo foi o fio condutor do progresso desse período e o próprio espírito do Renascimento pode ser entendido como a valorização do homem e da natureza, contrapondo-se ao divino e ao sobrenatural. Nas artes, o humanismo e a preocupação com o rigor científico estão presentes na pintura, na arquitetura, na escultura etc. E essas manifestações sempre expressam a racionalidade e a dignidade do ser humano.
Na arquitetura renascentista havia a preocupação com a criação de espaços compreensíveis de todos os ângulos visuais; deveriam resultar de uma justa proporção entre todas as partes do edifício. Assim, a característica central da arquitetura no Renascimento foi à busca por uma disciplina que superasse o ideal de infinitude das catedrais góticas. A ocupação do espaço é baseada nas relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto de vista.
A pintura renascentista tem c/ seus 3 pilares principais a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo - elementos que o estilo Gótico já havia alcançado, mas que se consolidam aqui.
Importante - Importante recordar que no final da Idade Média e no Renascimento há a predominância de uma interpretação científica do mundo. As conseqüências desse fator nas artes plásticas e especialmente na pintura são os estudos de perspectiva segundo os princípios da Geometria e da Matemática. O uso da perspectiva conduziu também ao recurso do claro-escuro, pintando algumas áreas iluminadas e outras na sombra. A junção do claro-escuro com a perspectiva possibilitou um meio realismo das obras e pinturas.
A arte do Renascimento também possui outra característica marcante, ainda mais a pintura, que é o surgimento de artistas com estilo pessoal, diferente dos outros. Fenômeno que, como vimos, começou a surgir ainda no desenvolvimento do estilo Gótico, contrapondo-se à Idade Média na qual a produção artística era anônima.
Como o Renascimento era marcado pelo ideal de liberdade e individualismo, surge o artista comoo compreendemos atualmente: um criador individual com autonomia, que expressa em suas obras suas próprias idéias e sentimentos. É importante conhecer alguns desses artistas: Piero della Francesca, Botticelli, Michelangelo, Rafael, Leonardo da Vinci, entre muitos outros.
Leonardo da Vinci é um desses artistas que merece destaque, pois, além da arte, se dedicava a escrever sobre a natureza, além de ser um arguto observador. Era um típico humanista, pois foi cientista, botânico, matemático, pintor, escultor, arquiteto etc., o exemplo do “homem do Renascimento”. Suas obras possuíam uma reinterpretação de modelos estéticos da Antiguidade, vistos então com uma mentalidade de que o homem poderia superar-se.
Barroco e Rococó - A partir do século XVI, o mundo passou a ser conectado com asrotas marítimas. A Europa vivia um momento de intensa efervescência cultural, produtos da África, Ásia e América circulavam em seus mercados, alterando os padrões de consumo e a alimentação; os ricos poderiam comprar escravos e viajar para terras distantes e exóticas; as igrejas passaram a ganhar ornamentos em: ouro, prata, pedras preciosas, vindos das colônias; o comércio e os bancos se aprimoraram; os países tem novas regras de diplomacia e etiqueta.
Toda essa riqueza traz em seu encalço o enriquecimento da Igreja Católica e, com isso, a corrupção de seus membros. Isso gera críticas, desejos de mudança e novas idéias religiosas. Ocorre a Reforma Religiosa, na forma de uma reformulação Protestante e, com o Concílio de Trento, uma reforma Católica.
Barroco - é o estilo que rompe com os elementos compositivos do Renascimento. Desenvolveu-se entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália e depois se espalhando. O Barroco inaugura um novo modo de entender o mundo, o homem e Deus, propagando a ideologia da Contra - reforma nos países católicos e das idéias protestantes nos países que adotaram idéias reformistas.
Apesar de ter se espalhado por diferentes países e com isso produzido obras bem diferentes, é possível traçar princípios gerais que caracterizam o Barroco. Na arte barroca há uma predominância das emoções frente ao racionalismo, diferenciando-se da arte renascentista. As obras barrocas romperam o equilíbrio entre a arte e a ciência, entre o sentimento e a razão.
A pintura barroca segue alguns elementos principais. Um deles é o contraste acentuado e constante de claro-escuro, visando intensificar os sentimentos expressos. Ademais, a disposição dos quadros sempre forma uma composição diagonal. As pinturas barrocas são realistas, mas a realidade que buscam retratar não são a da realeza ou nobreza e, sim, das pessoas comuns, do povo. Alguns dos principais pintores barrocos são: Caravaggio, Andrea Pozzo, Velázquez, Rembrandt, Vermeer e Tintoretto.
Na escultura barroca também há a exaltação dos sentimentos. As formas são cobertas de efeitos decorativos e buscam expressar movimento. Assim, predominam as linhas curvas, o uso do dourado e os drapeados das vestes. As emoções intensas e violentas aparecem nos rostos e gestos dos personagens.
Quanto à arquitetura, os construtores negligenciam os valores de simplicidade e racionalidade do Renascimento e carregam nos efeitos decorativos. A arquitetura barroca se concretizou principalmente nas igrejas e palácios. Com isso, surge também uma preocupação paisagística com os grandes jardins de palácios ou com a praça das igrejas, como a Basílica de São Pedro no Vaticano.
Rococó - O nome deriva do termo francês rocaille, significa concha – esse elemento decorativo é bastante empregado neste estilo. Termo é, de fato, pejorativo, e foi inventado pelos críticos da época que diziam que esse estilo era uma deturpação e derrocada do Barroco. O Rococó é um estilo mais profano, já que se afasta de temas religiosos e da austeridade barroca. Suave, caprichoso e decorativo, o Rococó foi adotado pela nobreza do sec. XVI.
A arte rococó é marcada por ser requintada, convencional e aristocrática. A sua técnica envolvia uma busca pela execução perfeita e suas representações expressavam apenas sentimentos tidos como agradáveis. O Rococó teve início na França durante o século XVIII e a seguir difundiu-se pela Europa e outros países.
Alguns historiadores da arte chegam a considerar o Rococó como um desenvolvimento natural do Barroco. Porém, esses dois estilos têm características e traços bem distintos. A Rococó busca deixar para trás os excessos das linhas retorcidas que expressam os sentimentos e procuram formas mais leves e delicadas. Também substitui as cores fortes da pintura Barroca por tons pastéis e cores suaves. As obras do Rococó representavam cenas graciosas e como era uma arte intimamente ligada à aristocracia tinha a função de despertar prazer ao olhar.
A arquitetura rococó está presente na decoração de espaços interiores, onde se encontra uma volumosa e delicada ornamentação. Já as fachadas das construções apresentam um estilo clássico dos renascentistas ou um barroco menos carregado. A escultura é caracterizada por linhas suaves e um tom intimista, retrata pessoas importantes ou estatuetas decorativas. 
Classicismo, Romantismo e Realismo – O Classicismo, também chamado de Neoclassicismo, é um movimento artístico inspirado pelos ideais iluministas e por uma busca por resgatar modelos greco-romanos e renascentistas. Esse estilo se desenvolveu no século XVIII como uma reação contrária ao Barroco e, em especial, ao Rococó que era considerado elitista e representante do Antigo Regime. O Neoclassicismo tornou-se o estilo dominante tendo se constituído em fórmulas repetitivas, transformando-se no chamado academismo.
Já o Romantismo surgiu no final do século XVIII, como uma oposição ao racionalismo iluminista da Revolução Francesa e seus ideais. O romantismo propunha o destaque da personalidade, da sensibilidade, emoções, sentimentos. Essa corrente atingiu primeiramente a literatura, teatro e filosofia, para depois ser manifestada nas artes plásticas. Do ponto de vista estético, nenhum artista romântico adotou técnicas diferentes do academicismo neoclássico.
Ao estudar o Romantismo, acabamos por estudar também o seu contraponto. Muitos artistas que iniciaram sua vida como “românticos” acabaram adotando a estética do Realismo. Por “Realismo” não podemos confundir com o conceito estético que significa representar o mundo o mais perto possível do real, isso existe nas artes desde a Antiguidade. O movimento estilístico denominado Realismo é a preocupação ideológica com o mundo real, sem as idealizações românticas dos estilos Neoclássicas e Romantismo.
Neoclassicismo – 
Arquitetura: seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou dos edifícios do Renascimento italiano.
Pintura: inspirada na pintura renascentista italiana e na escultura grega. O maior representante é Jacques Louis David
Romantismo – 
Pintura: negação do estilo neoclássico, aproximação com as formas barrocas. Recuperação do dinamismo e realismo negados pelos neoclássicos. Composição diagonal. Valorização da cor e dos contrastes claro-escuro. Os principais temas são os fatos da história nacional e contemporâneos, a natureza e paisagem. Principais representantes: Goya e Delacroix.
Realismo – 
Arquitetura: mais realista e científica; busca atender às demandas urbanas e industriais.
Escultura: Recriação mais próxima possível dos seres reais em detrimento da idealização desses; preferência por temas contemporâneos e políticos. Destaque para Auguste Rodin.
Pintura: Característica é que o artista deve pintar com a mesma objetividade de um cientista. Somem os temas mitológicos, bíblicos, literários. Gera uma politização das pinturas chamada “pintura social”, demonstra a desigualdade e miséria. Representantes: Courbet e Manet.
Cister é uma ordem monástica beneditina, que surgiu no século XI. Os mosteiros cistercienses surgiram com a necessidade de uma reforma nas ordens monásticas, buscando austeridade e trabalho. Suas construções são rurais e nos locais na época eram os mais ermos possíveis.
A expansão dessa ordem, começada já no século XII, disseminou um enorme número de abadias, que formavam uma verdadeira rede, que se comunicava por carta, espalhando pela Europa o conhecimento, os preceitos católicos, a austeridade religiosa, pobreza material e uma estética muito única. As construções cistercienses prescindiam de adornos, erguendo espaços conceituais, limpos, arejados e originais.
Sabendo da época, dos locais de construção e dos motivos, nos leva a identificar essa arquitetura como românica, mas ao ver as fotos das abadias cistercienses a dúvida desponta. A arquitetura cisterciense utiliza arcos românicos e ogivais, as paredes são repletas de aberturas, com estruturas que parecem bordadas em pedra, porém sem a utilização de vitrais.
Agora prepare seus argumentos,respondendo se a arte cisterciense é mais românica ou mais gótica. Não existe resposta para esse dilema, sendo que a arquitetura cisterciense é única na História, ela se enquadra no período de transição entre os dois estilos. Se você escolher o românico, poderá argumentar que as abadias são construídas em zonas rurais, que os monges realizavam trabalhos manuais e braçais, tornando seus mosteiros autossuficientes e verdadeiras empresas produtoras (atualmente os mosteiros cistercienses produzem para vender biscoitos, cerveja, pães etc.). Outra característica românica marcante é a utilização de arcos plenos e a inexistência de vitrais.
Os movimentos que aconteceram nos primeiros anos do século XX, surgiram de modo muito rápido e quase ao mesmo tempo, sendo impossível fazer uma cronologia exata. 
Você entra em uma exposição de arte e se depara com um penico pendurado, ou vê quadros que parecem ter sido pintados por seu sobrinho de poucos anos. Isso causa estranhamento? Você sai de uma galeria de arte, museu ou exposição, achando que não entendeu muito bem?
A arte moderna e a contemporânea trazem muito + estranhamento ou incômodo que além de nos fazer refletir por que algo é considerado arte. Veremos os movimentos estilísticos do final do séc. XIX e os do séc. XX, para nos ajudar a pensar e entender a arte desse novo milênio.
Impressionismo – Surgiu na França, no final do século XIX, como uma reação ao academicismo neoclássico e ao romantismo. Trabalhavam ao ar livre, que para a época era um absurdo, gostavam de experimentar as nuances de cor e de luz. Modificaram os padrões estéticos e deram o primeiro passo para as manifestações posteriores, sendo tão revolucionário para as artes quanto o Renascimento havia sido.
Os impressionistas foram inicialmente ridicularizados pela crítica e opinião pública por não seguirem as tradições pictóricas desenvolvidas desde o Renascimento, inclusive o termo “impressionismo” surgiu de forma pejorativa, mas foi adotada pelos artistas confiantes de seus caminhos artísticos. Aos poucos eles foram obtendo respeito de suas novas técnicas.
Os impressionistas, para seus estudos, lançaram mão das seguintes técnicas:
Fotografia: aproveitaram para estudar o movimento suspenso, bem como ângulos inusitados;
A invenção de bisnagas de tinta: parece algo menor, porém, antes dessa inovação era muito difícil pintar ao ar livre devido à quantidade de materiais. Antes as tintas precisavam ser misturadas na palheta, já com as bisnagas, a cor poderia ser aplicada diretamente na tela;
Desenvolvimento dos estudos da física, no campo da ótica: Era possível criar ilusões de ótica, colocando cores diferentes uma ao lado da outra para criar a sensação de uma terceira cor.
Principais nomes do Impressionismo: Monet, Degas, Renoir. As chamadas três damas do impressionismo são: a francesa Marie Bracquemond, a estadunidense Mary Cassat e a também francesa Berthe Morissot.
Pós – impressionismo - O pós-impressionismo, também chamado de neo-impressionismo, foi um movimento artístico que surgiu no final do impressionismo, conjugando elementos impressionistas com outros estilos. Desenvolveu-se, principalmente na Europa, entre o final do século XIX e começo do XX. Vale lembrar que os artistas pós-impressionistas não seguiram um padrão artístico comum ou uniforme.
Alguns artistas formaram movimentos estilísticos – pontilhismo, divisionismo, cubismo, futurismo, art nouveau etc. – outros artistas são totalmente independentes, possuindo um estilo próprio e característico – Toulose-Lautrec, Paul Cézanne, Vincent van Gogh e outros.
Vincent van Gogh não participou de um movimento propriamente dito, sendo dono de um estilo único, ele é um pós-impressionista. Suas pinceladas são agitadas e em espiral.
Período chamado de Belle Époque, contexto de otimismo, inovações tecnológicas que tornaram a vida mais fácil para aqueles que tinham condições financeiras. As invenções encurtaram distâncias e propiciaram viajar, às vezes sem sair do lugar – fotografia, cinema, luzes elétricas, barcos a vapor mais rápidos etc. – isso durou até a Primeira Guerra Mundial.
Considerada uma era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. Portanto, a arte desse período é uma manifestação disso, há vários movimentos, cada um criticando ou defendendo algo diferente, novo. Pode-se dizer que o impressionismo e os movimentos pós-impressionistas realizaram uma verdadeira revolução no campo das artes.
Art Nouveau ou Arte Nova - Movimento artístico que surgiu no final do século XIX, na Bélgica. O termo vem do nome de uma galeria parisiense aberta em 1895, chamada Maison de L'Art Nouveau. Sua origem está diretamente relacionada à Segunda Revolução Industrial.
O movimento propagou ideais estéticos inovadores e voltados para a função prática, funcional, da arte e inspirou a indústria têxtil, de cristais, jóias e a moda. A sociedade aceitou os novos objetos, móveis, anúncios, tecidos, roupas, jóias e acessórios criados a partir de outras fontes: curvas assimétricas, formas botânicas, angulares, além dos motivos florais.
Importante: Principais características: quebra da tradição e busca da originalidade; utilização da linha, como diretriz no contorno das formas e no sentido da construção, linhas de origem floral ou animal, com formas delicadas, sinuosas, ondulantes e sempre assimétricas; uso do mosaico ou vitral com a exploração de outros materiais, como ferro, vidro e cimento; intensa representação da figura feminina nas pinturas e ilustrações; valorização da lógica e uso dos conhecimentos matemáticos; grande importância para o design sem tanta preocupação ideológica; desenvolvimento de cartazes e objetos de decoração.
Cubismo - Surgiu no século XX e seus principais fundadores foram Pablo Picasso e Georges Braque. O mov. começou nas artes plásticas, mas se expandiu para a literatura e a poesia pela influência de escritores como John dos Passos e Vladimir Maiakovski.
Os pintores cubistas tratavam as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas. A idéia era desconstruir os objetos retratados, buscando a visualização total, no mesmo plano. Os cubistas tentam representar os objetos em três dimensões, superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos.
Importante: Características centrais das obras cubistas: geometrização das formas e volumes; renúncia à perspectiva; o claro-escuro perde sua função; representação do volume colorido sobre superfícies planas; sensação de pintura escultória; cores austeras e fechadas, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave. Principais representantes: Picasso, George Braque, Albert Gleizes, María Blanchard, Liubov Popova etc.
A tela Les demoiselles d'Avignon, de Picasso, de 1907 é conhecida como marco inicial do cubismo. Nela ficam evidentes as referências as máscaras africanas, que inspiraram a fase inicial do cubismo, juntamente com a obra de Paul Cézanne.
Expressionismo, surrealismo e outras manifestações
No início do século XX, os intelectuais, artistas, filósofos e escritores passam a repudiar os valores da alta sociedade e do “não compromisso” social. É uma época de questionamentos, do auge dos estudos da psicanálise, da divulgação dos ideais socialistas.
Antes da Primeira Guerra Mundial, a Europa vivia o período da Belle Époque, momento de otimismo e esperança movido pelo desenvolvimento tecnológico e pelas conquistas de lugares na Ásia e África. O conforto não era acessível a todos e muitos passaram a levantar questionamentos sobre isso. Nesse contexto, surgem vanguardas que defendem uma fuga dessa realidade dominada pela ideologia burguesa.
Esses movimentos de vanguarda acontecem quase que ao mesmo tempo ou com pouca distância temporal entre eles, sendo que muitos artistas pertenceram a maisde um grupo de vanguarda. Esses movimentos têm em comum a influência mútua, uns sobre os outros e a influência da arte primitiva, sobretudo a africana, com sua pureza e intensidade expressiva.
A sociedade da época considerou essas vanguardas como “decadentistas”, e elas foram revolucionárias, criticando os conceitos estéticos e estilos vigentes, criaram o novo e deram impulso para a arte do século XX. Umas vertentes eram + matemáticas, racionais, lógicas, outras + metafísicas, emocionais, ilógicas. Vanguardas + relacionadas ao sentimento humano.
Expressionismo - Surgiu na Alemanha, em 1905, como uma busca pela manifestação do mundo interior através das feições; é a materialização do sentimento do artista a respeito de algo vivenciado, sem a preocupação em embelezar a imagem. O nome vem da idéia de que existe uma expressão nítida dos sentimentos e emoções do artista ao perceber uma realidade.
O mov. surge como uma reação ao positivismo associado aos movimentos impressionista e naturalista, propondo uma arte pessoal e intuitiva, na qual predominasse a visão interior do artista – a "expressão" – em oposição à mera observação da realidade – a "impressão".
O expressionismo se manifestou inicialmente através da pintura sendo um dos primeiros representantes das chamadas "vanguardas históricas". Mais do que meramente um estilo que reúne artistas com características em comum, é sinônimo de um amplo movimento heterogêneo, de uma atitude e de uma nova forma de entender a arte, que aglutinou diversos artistas de várias tendências, formações e níveis intelectuais. Podemos dizer que o expressionismo foi um movimento cultural transversal que contou com o diálogo entre as áreas da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança, fotografia e cinema.
Importante - Características centrais: deformação da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano; primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade; temáticas da solidão, miséria e morte. Principais nomes: Edvard Munch, Wassily Kandinsky, Franz Marc etc.
 O precursor do Expressionismo é Edvard Munch, com sua tela “O grito”. No quadro vemos a expressão de medo, de dor, de angústia em relação ao conturbado final do século XIX em junção com sua própria vida.
Surrealismo – Mov. de vanguarda artística e literária surgiu na déc. de 1920, em Paris. Foram influenciados pelas teses psicanalistas de Sigmund Freud, mostram o papel do inconsciente na criatividade do ser humano. Mais do que um mov. estético e artístico, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte.
O marco de início do surrealismo foi à publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta, artista e psiquiatra francês André Breton, em 1924. No Manifesto Surrealista, foram declarados os principais princípios do movimento: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros.
Foi no campo das artes plásticas que as idéias do Surrealismo foram melhor expressadas. Os artistas plásticos colocam suas emoções, seu inconsciente e representam o mundo concreto e o mundo “surreal”. O movimento artístico dividiu-se em duas correntes. A primeira é mais onírica e trabalha com a distorção e justaposição de imagens conhecidas.
O representante + conhecido dessa corrente é Salvador Dalí. A 2ª corrente beira o abstracionismo – os artistas libertam a mente e dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controle da razão. As telas saem com formas curvas, linhas fluidas e com muitas cores. Os principais representantes dessa corrente são Max Ernst e Joan Miró.
Características centrais: valorização do humor, dos sonhos, utopias; combinação do representativo, do abstrato, do inconsciente; utilização da colagem e da escrita automática (fluxo de consciência despejado sobre a obra).
Arte do século XX - é multifacetada. Difícil definir uma seqüência temporal fechada e hierárquica de influências. Esses mov. se influenciaram entre si. As críticas sociais, os questionamentos filosóficos e o mal-estar concernente ao período Pós - Guerra e de Guerra Fria são perceptíveis nas obras de arte.
Nesse contexto se sobressai à necessidade da produção em massa, muitas inovações tecnológicas, as viagens espaciais, geraram medo e euforia. Esse panorama propicia aos artistas uma série de novos paradigmas sociais, experimentações de várias linguagens e técnicas artísticas inovadoras.
Atenção - Os avanços na área da física permitiram os questionamentos a respeito do tempo, quarta dimensão, “o aqui e agora”, permitindo experimentações artísticas fora do campo pictórico ou escultórico; o meio ambiente virou preocupação, tornando a Terra e seus elementos materiais p/ exploração artística; o corpo humano passou a ser + que ferramenta p/ construir algo, mas suporte para a própria construção da arte; os muros das cidades ganharam status de galeria de arte, o que era publicidade virou arte; e, atualmente, o que é arte?
Op-Art e Pop-Art - Também é conhecida como Arte Óptica, é um estilo que só se desenvolveu nas artes plásticas, por ser toda visual e utilizar as ilusões de ótica. A expressão "op-art" vem do inglês (optical art), significa “arte ótica”. Arte "menos expressividade e mais visualização".
Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo. Este movimento artístico teve início na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaro Victor Vasarely.
A ideologia que move os artistas da Op-art é a busca pela representação do movimento, através da pintura, apenas com a utilização de elementos gráficos, sendo uma representação abstrata da alteração constante das cidades modernas e o sofrimento do homem com a velocidade em seus ritmos de vida.
Pop-Art - Movimento artístico, que se desenvolveu em especial nas artes plásticas, que utiliza – em suas obras – imagens e símbolos de natureza popular, do cotidiano e da cultura de massa. Começou nos EUA e na Inglaterra e ganhou nome, em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura popular no Ocidente, em especial aos produtos oriundos dos Estados Unidos.
Os artistas desse movimento decidiram se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Esses ícones, abundantes no dia-a-dia do século XX, detinham um alto poder imagético.
Principais características: inspiração na cultura da sociedade; detalhadamente de figuras e objetos; manifestação da vida consumista; repetição ou colagem; uso de cores fortes; materiais variados como vidro, metal, plástico, retículas etc. Artistas centrais: Andy Warhol, Lawrence Alloway, Roy Lichtenstein, entre outros.

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