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* ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Profª Ellen Tanus Rangel * infusão plantas da casca do salgueiro (Salix alba vulgaris) 1838: Píria isolou ác. salicílico da salicina 1844: Cahours isolou ác. Salicílico do óle de Gautéria (Wintergreen) 1860: Kolbe e Lautemann obtiveram por síntese 1897, 10 de agosto: Felix Hoffmann, químico alemão, do laboratório do comerciante Friedrich Bayer e do técnico em tinturaria Johann Weskott extraiu a fórmula do aas 1899: Dreser introduziu o uso clínico do aas 1900: BAYER produz 4,2 toneladas 1919: marca pasaa domínio público 1994: consumo de 50 mil toneladas 1899: registro ASPIRIN A= acetil spir= flor spirea in= novos medicamentos * Fisiopatologia da resposta inflamatória e dolorosa Estímulo lesivo celular (físico, químico, biológico) Lesão celular e liberação de enzimas intracelulares Liberação e ativação de mediadores endógenos cininas: hist, prost, 5-HT peptídeos: angiot, subst P e BK acidose tecidual produção de íons K+ e H+ Ativação do sistema do complemento Resolução Cronificação Sensibilização seletiva por substâncias algésicas durante a inflamação: BK, 5-HT e PGs* Reação inflamatória aguda alterações morfofisiológicas vasculares, infiltrado celular * Sistema de termorregulação Temperatura corporal Receptores cutâneos para frio e calor Efetuadores Centros Termorreguladores hipotalâmicos (mediação e modulação: PGs, catecolaminas, cininas, acetilcolina) Fluxo sangüíneo Glândulas sudoríparas Ventilação pulmonar Pirogênios endógenos Leucócitos e outras células Pirogênios exógenos Microorganismos * Mecanismo da Dor * Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 * Mecanismo de ação geral Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biosíntese e liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas). * Mecanismo da ação antinflamatória Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Vane, 1971) inibição da liberação de histamina (Lewis e Whittle, 1977) diminuição da migração PMN e monócitos (Di Rosa et al., 1971; Higgs et al., 1980) * Mecanismo da ação analgésica Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Moncada et al., 1978; Ferreira e Vane, 1979) exceção aos fenamatos que possuem ação antagonista sobre os receptores das PGs (Moncada et al., 1978; Collier e Sweatman, 1968) * Mecanismo da ação antitérmica Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Milton e Wendlant, 1971/ PGE como modulador na regulação da temperatura e ação antipirética relacionada com interferência na liberação de PGs; Vane, 1971) * As ciclooxigenases COX-1 enzima essencial constitutiva encontrada na maioria das células e tecidos produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas * As ciclooxigenases COX-2 formação induzida processo inflamatório e interleucinas - IL1, IL2 e TNF prostaglandinas que mediam inflamação, dor e febre * Recentemente, outra isoenzima foi evidenciada no sistema nervoso central de cães, denominada COX 3 (dor e febre). * As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS estimulação da agregação plaquetária (TXA2) inibição (PGI) relaxamento vascular (PGE2, PGI) contração (PGF, TXA) contração brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA) relaxamento (PGE) proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) * As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo de Na+ e K+ (PGE1, PGI2) indução contração uterina (PGE, PGF2) produção de febre (PGE2) hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor sensibilização das terminações nociceptivas periféricas * As prostaglandinas APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DAS PROSTAGLANDINAS estimulação uterina: aborto entr 12a e 20a semana trato gastrintestinal: anti ulceroso agregação plaquetária: substituto da heparina impotência masculina: corpos cavernosos inibidores dos leucotrienos: asma * Classificação dos AINES (antes COX-2) ácido carboxílico dose ácido propiônico dose aspirina 2, 4-6g/dia 2x/dia ibuprofeno 100-400mg, 4x/dia diflunisal 0,5-1,5 g,2x/dia naproxeno 250-500 mg, 2x/dia salsalatos 1,5-3,0 g, 2x/dia fenoprofeno 300-600 mg, 4x/dia trissalicilato 1,5-3 g, 2x/dia cetoprofeno 75 mg, 3x/dia de Mg+ flurbiprofeno 100 mg, 3x/dia oxaprozina 600 mg, 4x/dia fenamatos dose meclofenamatos 50+100 mg. 3x/dia ácido mefenâmico 250 mg, 4x/dia * Reclassificação dos AINES Inibidores seletivos Inibidores não seletivos inibidores seletivos Inibidores altamente seletivos da COX-1 da COX-1 da COX-2 da COX-2 aspirina aspirina (altas doses) meloxicam celecoxib indometacina etodolaco refecoxib piroxicam nimesulida diclofenaco salicilato ibuprofeno nabumetona * Classificação dos AINES (antes COX-2) ácido acético dose ácido enólico dose indometacina 25-50 mg, 3x/dia piroxicam 20 mg, 2x/dia tolmetina 400-800 mg, 3x/dia tenoxican 20 mg, 2x/dia sulindaco 150-200 mg, 3x/dia fenilbutazona 100 mg, 3x/dia diclofenaco 50-75 mg, 2x/dia etodolaco 200-300 mg. 3 ou 4x/dia naftilcanonas nabumetona 500 mg, 3x/dia * Efeitos colaterais específicos FÁRMACOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES Salicilatos úlcera péptica, sangue oculto nas fezes, aas alterações visuais e auditivas, distúrbios do equilíbrio ácido-básico Pirazolônicos úlcera péptica, leucemia, leucopenia, fenilbutazona agranulocitose e anemia aplástica oxifenilbutazona * Efeitos colaterais específicos FÁRMACOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES Oxicans reações GI, edema, sonolência, dor de cabeça, meloxicam alterações dermatológicas piroxicam tenoxicam Fenamatos ác. Mefenâmico náuseas, vômitos, dor abdominal, úlcera péptica e diarréia, anemia hemolítica * Efeitos colaterais específicos FÁRMACOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES Ác. Propiônico efeitos GI, cutâneos e sonolência, edema e ibuprofeno aumento da uréia cetoprofeno naproxeno flurbiporfeno Indolacéticos dor de cabeça, vertigem, confusão, distúrbios indometacina psíquicos (depressão grave, psicose, sulindaco alucinações e suicídio), oculares e gastrointestinais * Efeitos colaterais específicos FÁRMACOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES Ác. Acético efeitos GI, elevação de transaminases, diclofenaco agranulocitose cetorolaco tolmetina Aminofenóis reações em pele, neutropenia, trombocitopenia, hepatotoxicidade (doses acima de 10 a 15 g) Sulfonalídico efeitos GI, pele e SNC nimesulida * Efeitos colaterais específicos FÁRMACOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES Alcanonas efeitos GI, cefaléia, tontura e prurido nabumetona Etodolaco efeitos GI * PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIINFLAMATÓRIOS diarréia e hemorragia gastrointestinal dispepsia e úlcera péptica disfunção e falências renal (necrose papilar aguda, nefrite intersticial crônica, diminuição do fluxo sangüíneo renal e do ritmo de filtração glomerular e da retenção de sal e água) inibição da agregação plaquetária e aumento do tempo de sangramento alteração dos testes de função renal e icterícia interação com outras drogas * ANTIINFLAMATÓRIOS: PERSPECTIVAS PARA O FUTURO INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE ROLIPRAN - patologias com alterações de linfócitos T ou cininas (TNF), choque séptico, encefalomielite, esclerose múltipla MECANISMO DE AÇÃO: Inibição liberação mediadores inflamatórios supressão migração de leucócitos inibição expressão células de adesão indução produção IL-10 (atividade inibitória) estimulação síntese e liberação esteróides e catecolaminas indução de apoptose * Considerações quando escolhemos um antiinflamatório não-esteróide (AINE): O medicamento é seletivo para COX-2? (Um agente deve ter mais de 100 vezes afinidade pela COX-2 que pela COX-1 para ser considerado como um inibidor seletivo O agente tem pouco efeito sobre úlceras gástricas? O agente preserva a função plaquetária? O agente é clinicamente efetivo sobre o processo inflamatório a ser modulado? * PRÓS… dos seletivos COX2 Inibidores seletivos da COX-2 não têm efeito sobre função plaquetária uma vez que esta está sobre controle da enzima COX 1. Em estudos o celecoxib foi comparado com outros AINEs (naproxeno, ibuprofeno e diclofenaco), mostrando-se praticamente não-atuante sobre a tromboxana produzida pela COX 1. Outro ponto de destaque dos inibidores seletivos de COX-2 é a baixa incidência de úlceras gastrintestinais. * CONTRAS DOS SELETIVOS COX2 Novas pesquisas têm sugerido que AINES, em especial, inibidores de COX-2, podem atrasar a cicatrização de ossos fraturados. Estudos adicionais sugerem que qualquer AINE, não só inibidores de COX-2, impede cicatrização normal de osso. Um estudo em ratos concluiu que inibidores de COX-2 podem aumentar o risco de ataques do coração em pessoas com doença cardiovascular. Em 2002, a Merck, fabricante do Vioxx, afirma que o estudo realizado pela Universidade da Pennsylvania não tem credibilidade porque foi realizado em ratos, tendo então, um resultado bastante diferente do que seria no corpo humano. 2004 Vioxx sai do mercado. * Em 2000, um documento do governo Australiano trazia um alerta sobre o uso de celecoxib. Em 2001, o mesmo boletim apontou a perigosa interação entre a warfarina (anti-agregador plaquetário) e o celecoxib. O documento australiano informou a ocorrência de intensos sangramentos orais e até de hemorragias intracranianas devido à esta interação medicamentosa. * Celecoxibe é retirado do mercado na Turquia No Final de 2004 a Pfizer da Turquia retirou do mercado, seu produto, o Celebrex (que equivale ao Celebra no Brasil). Segundo o Dr F. Cankat Tulunay, presidente da Turkish Clinical Pharmacological Society isto aconteceu após o Ministro da Saúde daquele país ter pedido a indústria farmacêutica fabricante do produto para colocar alguns avisos e advertências sobre o uso do celecoxibe. Resta ao Brasil aguardar a intervenção ativa da Anvisa no sentido de verificar as reais causas internacionais da retirada deste principio ativo de um mercado como a Turquia. * CFF analisa o Etoricoxib (Arcoxia®) De acordo com o boletim "Evidência Farmacoterapêutica", publicado pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia), o etoricoxib (Arcoxia®) não apresenta vantagens em relação a outros medicamentos existentes. Os ensaios clínicos disponíveis até o momento não apresentam evidências de que o etoricoxib seja mais eficaz que outros AINEs não-seletivos para a COX 2, como o ibuprofeno, diclofenaco, naproxeno e outros. Ainda segundo o boletim, a literatura científica é carente quanto a estudos comparativos entre o etoricoxib e outros inibidores seletivos de COX 2 como o celecoxib, o rofecoxib e o valdecoxib. Portanto, o emprego de tais medicamentos seletivos pode representar somente um custo adicional ao paciente sem vantagens clínicas relevantes. * Como os inibidores seletivos da COX 2 são medicamentos recentes, evidências clínicas podem ainda surgir provando a existência de contra-indicações, até então, desconhecidas. Os dados existentes sobre este grupo de medicamentos ainda é inclusivo para se afirmar que são realmente seguros nos mais diversos estados fisiológicos e patológicos, como as pacientes gestantes e os portadores de doença renal severa. Por último, uma desvantagem decisiva no momento da escolha de um inibidor seletivo de COX-2 para uso na prática: preço
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