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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE EM NOVO HAMBURGO CURSO DE ENGENHARIA EM ENERGIA BRUNA STEIL BONEBERG EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE RADIAÇÃO NOVO HAMBURGO 2016 2 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho visa apresentar um breve resumo sobre os equipamentos de medições utilizados para descobrir a radiação direta normal, a radiação global horizontal e radiação difusa horizontal. 2. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO Normalmente, usa-se classificar os instrumentos meteorológicos de medida de radiação solar de acordo com os critérios empregados: o tipo de variável que se pretende medir, o campo de visão, a resposta espectral, o emprego principal a que se destina. 2.1.PIRANÔMETRO O piranômetro é o instrumento para medir a irradiância solar global (direta mais a difusa) incidente em uma superfície (Figura 1). Os melhores tipos são aqueles que possuem uma resposta independente do comprimento de onda incidente e uma resposta invariável com o ângulo azimutal (Figueira, 2005). Ainda, os piranômetros geram sinais elétricos do tipo analógico, os quais são transformados pelo sistema em unidade de radiação (W/m²). Figura 1. Piranômetro. O tipo mais comum de piranômetro apresenta dois sensores de temperatura, caracteriza-se pelo uso de uma termopilha, que são pares termoelétricos (termopares) ligados em série, que mede a diferença de temperatura entre duas superfícies, uma pintada de preto e outra pintada de branco igualmente iluminadas. A expansão sofrida pelas superfícies provoca um diferencial de potencial que, ao ser medida, mostra o valor instantâneo da energia solar. Estes geram uma tensão elétrica proporcional à diferença de temperatura entre suas juntas, as quais se encontram em contato térmico com placas metálicas que se aquecem de forma 3 distinta, quando iluminadas. A citada diferença de potencial medida na saída do instrumento, pode ser relacionada com o nível de radiação incidente (VITORIA, 2008). Um outro modelo bem interessante de piranômetro é aquele que utiliza uma célula fotovoltaica de silício monocristalino para coletar medidas solarimétrias (CRESESB). O seu elemento sensor é uma célula fotoelétrica, geralmente de silício monocristalino, que tem a propriedade de produzir uma corrente elétrica quando iluminada, sendo que quando atinge o curto- 32 circuito, esta corrente é proporcional à intensidade da radiação incidente. Seu utilização é recomendada para integrais diárias de radiação solar global sobre um plano horizontal ou para verificar pequenas flutuações da radiação, em função de sua grande sensibilidade e resposta quase instantânea, cerca de 10s (VITORIA, 2008). Além desses dois tipos de piranômetros (termopilhas e fotovoltaicos) ainda se pode encontrar operando em algumas estações meteorológicas, os piranômetros bimetálicos tipo Robitzsch, também chamados actinógrafos Segundo a World Meteorological Organization (WMO) os piranômetros são classificados em: padrão secundário, piranômetros de primeira classe e segunda classe, conforme apresentado abaixo. Tabela 1. Classificação dos piranômetros. Fonte: Vitoria (2008) e Macagnan (2010). A popularidade deste instrumento reside principalmente na sua simplicidade além de possuir um registrador incorporado na sua estrutura, o que é particularmente útil para operação em regiões remotas. Podem trabalhar numa área espectral: 285 a 2800 nm. 4 2.2. PIRHELIÔMETRO De acordo com CRESESB (2009), os pireliômetros são aparelhos que medem a radiação direta, caracterizados por apresentar uma pequena abertura de forma a “visualizar” apenas o disco solar e a região vizinha denominada circunsolar. O instrumento segue o movimento solar onde é constantemente ajustado para focalizar melhor a região do sensor. Muitos dos pireliômetros hoje são autocalibráveis apresentando precisão na faixa de .5% quando adequadamente utilizados para medições. Podem trabalhar numa faixa espectral de 200 a 4000 nm. Figura 2. Pirheliômetro Pireliômetros, existindo os que são considerados padrão (primário e secundário) e os de primeira e segunda classes. São instrumentos de alta precisão ( de ±0,1% a , ±2,0%). Como por exemplo, os modelos SHP1 e CHP1. O primeiro, é equipado com uma interface que tem saída analógica intenficada e digitalizada 485 Modbus, oferecendo uma interface mais inteligente que o CHP1, ainda seu tempo de resposta é de dois segundos e a faixa de temperatura varia entre -40°C a 70°C. Já o segundo, atende os critérios impostos pela norma internacional ISO (International Standartization Organization) and WMO (World Meteorological Organization), o qual é verificado conforme os padrão de World Radiometric Reference (WRD). 5 3. DESCREVER COMO É EFETUADA A MEDIDA DA RADIAÇÃO DIFUSA E REFLETIDA. Pode-se medir a radiação solar difusa de duas maneiras: (1) mede-se a radiação difusa com a interceptação da radiação solar direta; (2) mede-se simultaneamente as radiações global e direta e obtém-se a radiação difusa por diferença. A primeira alternativa pode ser desdobrada em duas: interceptando-se a radiação direta sobre o sensor com um pequeno disco ou interceptando-se a radiação direta com um anel metálico de sombreamento. Já a segunda utiliza o piranômetro para medir a radiação global e um pireliômetro com rastreador solar para medir a radiação direta (VITORIA, 2008). Na medida da radiação difusa, o piranômetro deve ser protegido da luz solar direta por um pequeno disco ou uma cinta que mantém uma sombra constantemente sobre o sensor. Para realizar uma medida da irradiância solar global, o piranômetro deve ser colocado sobre uma base horizontal, que recebe energia solar de todo o hemifério, ou seja, de todas as direções. Ainda, conhecendo-se a irradiância global e difusa, determina-se a irradiância direta (Figueira, 2005). A radiação refletida, pode ser medida por dois piranometros do modelo SPP (Standard Precision Pyranometer), o que permiter um calibração adequada, previne que os sensores afetem um ao outro. Ainda, existe o albedometros conforme Figura 3, que já são vendido para clientes nos Estados Unidos, os quais basicamente possuem um sensor direcionado para a superfície, já que são normalmente instalado no telhado (EppleyLab). Figura 3. Albedometer. 6 4. DESCREVER O QUE É UM ESPECTRORRADIÔMETRO: PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS. Espectroradiômetros são instrumentos que escaneiam diferentes regiões do espectro da luz, proporcionando representações simultâneas de amplitude em função do comprimento de onda do espectro. A concepção ótica e as tecnologias de processamento de sinais deste instrumento também proporcionam medições precisas de luminâncias baixas a extremamente baixas e medições de cromaticidade. As medições são calculadas em um mínimo de 5 segundos, o que elimina ruídos por fatores mecânicos e elétricos. Basicamente, a interação da luz com materiais naturais (rochas, solos) ou artificiais (concreto, asfalto) produz um sinal denominado de reflectância, que é a fração de luz incidente refletida pela superfície. Essa medida, quando comparada com um padrão que reflete totalmente a luz incidente (100% de reflectância), indica o que se chama em sensoriamento remoto de curva (ou assinatura) de reflectância espectral. Essa assinatura indica as propriedades físico-químicas dos materiais, permitindo que eles sejam facilmente diferenciados entre si. Por exemplo, o CS-2000 tem um erro de polarização baixo, de 2%, o que assegura medições mais estáveisde monitores que usam polarização, inclusive LCDs. A característica de ângulo de medição ajustável permite que o usuário selecione o ângulo ideal de 1°, 0,2° ou 0,1° baseado na aplicação. Com uma faixa de temperatura de 5° a 35°C, este instrumento é confiável em qualquer ambiente de trabalho. Este pode fazer medições após um período de aquecimento de apenas 30 segundos. O CS-2000 tem três ajustes de medição, sincronização interna e externa e modo multi-integração. A sincronização pode ser feita internamente, com informações do usuário, ou externamente, por meio de informações online. O modo multi- integração reduz variações devidas a medições não sincronizadas ou a medições sincronizadas de fontes que tenham ciclos irregulares de emissão de luz. 5. REFERÊNCIAS 7 Vieira, A.P.V., Wopereis, A.B., Abreu, A.R., dos Santos, P.B., Costa, W.L.L. Piranômetro. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Ministério da Educação. 2009, Figueira, D.S. Análise experiemental e númerica do comportamento térmico de um coletor solar acumulador. 2005. Tese de Doutorado. UFRGS. CRESESB –CEPEL. Energia Solar: Principios e Aplicações. 2006. Macagnan, M.H. Introdução a Radiação Solar. Programa de Pós-Graduação. Unisinos.2010. SINOVOLTAICS. Topic: Pyrheliometer: how are they used for solar energy systems?. Outubro de 2015. Disponivel em http://sinovoltaics.com/learning- center/components/pyrheliometer-used-solar-energy-systems/. VICTORIA, I. M. B. Medição da radiação solar global e difusa utilizando piranômetro com sensores fotoelétricos. Universidade Federal de Pelotas – RS. Pelotas, 2008. EppleyLab. Disponivel em <http://www.eppleylab.com/solar.htm>. Acessado em 28 de Agosto de 2016. Atlas Solarimétrico do Brasil. Disponivel em <http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Atlas_Solarimetrico_do_Brasil_2000.pdf>. Acessado em 28 de Outubro de 2016. Espectrorradiômetros. Disponível em < http://sensing.konicaminolta.com.br/technologies/spectroradiometers/>. Acesso em 28 de Outubro de 2016.
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