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03 04 D Previdenciario Resumo 08

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Direito Previdenciário – Custeio da Previdência Social 
Aula 08 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Contribuições previdenciárias em espécie ............................................................. 1 
1.1 Contribuição do segurado ................................................................................. 1 
1.1.1 Capacidade tributária .................................................................................. 1 
1.1.2 Contribuinte ................................................................................................. 2 
1.1.3 Responsabilidade tributária ........................................................................ 4 
1.1.4 Fato gerador ................................................................................................ 6 
1.1.5 Base de cálculo ............................................................................................ 6 
1.1.6 Alíquotas .................................................................................................... 12 
1.1.7 Observações .............................................................................................. 14 
1.2 Contribuição das empresas sobre folha de pagamento ................................. 15 
1.2.1 Sujeito ativo ............................................................................................... 15 
1.2.2 Sujeito passivo ........................................................................................... 15 
1.2.3 Fato gerador .............................................................................................. 16 
1.2.4 Base de cálculo & Alíquota ........................................................................ 16 
 
 
 
 
 
Direito Previdenciário – Custeio da Previdência Social 
Aula 08 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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1. Contribuições previdenciárias em espécie 
Na aula de nº 07, criou-se um pequeno quadro esquemático, cuja leitura é 
recomendada nesse momento, contendo a classificação dos tributos, dando uma ênfase 
maior as contribuições. 
Viu-se que as contribuições para a seguridade social (saúde, assistência e 
previdência) fracionam-se em residuais, para a previdência do servidor público e 
nominadas/ordinárias. Essas últimas, por sua vez, compreendem as contribuições das 
empresas, do segurado, sobre o concurso de prognósticos e do importador. E, com efeito, 
explanou-se que somente as contribuições sobre folha de pagamento e do segurado eram 
previdenciárias, isto é, destinavam-se, exclusivamente, ao financiamento da Previdência 
Social. 
Posto isso, parte-se à análise das aludidas contribuições. 
 
1.1 Contribuição do segurado 
Tem o fundamento de validade constitucional extraído do artigo 195, inciso II. A 
principal lei a regulamentar o referido dispositivo é a Lei 8.212/91, a qual cuida das 
contribuições do segurado de maneira esparsa, erigindo como principais artigos para o tema 
os de nº 20, 21 e 28. 
CRFB, Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta 
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201; 
 
1.1.1 Capacidade tributária 
A competência tributária pertence à União. A capacidade tributária, a seu turno, não 
mais pertence ao INSS. Na verdade, é da União, que a exerce por meio da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil e, em juízo, é representada pela Procuradoria da Fazenda Nacional. 
Assim, em eventual ação manejada por segurado a questionar contribuição por ele paga, 
figurará no pólo passivo a União, presentada1 pela PFN. 
 
1
 Na representação há sempre dois sujeitos, um representante, que age em nome do representado e 
um representado. É uma relação jurídica. O preposto é representante porque se revela como alguém distinto 
da pessoa jurídica, agindo, desta forma, em seu nome. Em contrapartida, a relação de presentação é uma 
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1.1.2 Contribuinte 
Assevera a Carta de Outubro que a contribuição sobre que se fala será vertida pelos 
trabalhadores e demais segurados. A redação original dispunha apenas acerca dos 
‘trabalhadores”, tendo a expressão “demais segurados” sido acrescida pela EC nº 20/98. E 
isso permite entender situações curiosas apresentadas pelo artigo 12 da Lei 8.212/91, que, 
cabe dizer, caracteriza-se como verdadeiro espelho do artigo 11 da Lei 8.213/91. 
No artigo 12, inciso I, alocam-se duas alíneas com idêntica redação, quais sejam, “h” 
e “j”. Vejamos: 
Lei 8.212/91, Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes 
pessoas físicas: 
I - como empregado: 
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 
30.10.97) (Vide Resolução do Senado Federal nº 26, de 2005) 
 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004). 
 
Como perceptível, a alínea “h” foi introduzida na Lei 8.212/91 pela Lei 9.506/97. A 
essa época, apenas os trabalhadores poderiam ser segurados obrigatórios da Previdência 
Social e, por consequência, contribuintes. Daí, os exercentes de mandados eletivos 
insurgiram-se contra a disposição legal que torna obrigatória sua contribuição à previdência, 
sob o argumento de que a Constituição republicana dispunha que, tão-só, os trabalhadores 
eram segurados obrigatórios e, dessa forma, somente eles deveriam contribuir. Ou seja, os 
exercentes de mandatos eletivos alegaram não ser trabalhadores, motivo pelo qual não 
poderiam contribuir para a Previdência Social. E o Supremo Tribunal Federal, em sede de 
controle difuso de constitucionalidade, acolheu a pretensão. Considerou que a Lei 9.506/97 
extrapolou os limites constitucionais, na medida em que taxou de segurados obrigatórios 
aqueles que o Constituinte não classificou como tais. 
Sem embargo, a EC nº 20/98 elasteceu o rol dos segurados obrigatórios da 
Previdência Social. Ampliou, consequentemente, o rol daqueles que seriam, também, 
contribuintes, o que pavimentou o caminho para a edição da Lei 10.887/2004, que teve de 
ser criada em virtude de a alteração constitucional posterior, a qual incluiu os “demais 
 
relação orgânica, como no caso do Chefe do Executivo que presenta o Brasil, tanto assim, que se ele sofrer um 
ataque num país estrangeiro, será um ataque ao Estado Brasileiro. Quando um presidente age, quemage é a 
pessoa jurídica”. Disponível em <http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/101400/qual-a-diferenca-entre-
representacao-e-presentacao-camilla-furegatto> 
Direito Previdenciário – Custeio da Previdência Social 
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segurados”, não convalidar o vício de que padecia a alínea “h”, do inciso I, do artigo 12, 
introduzida pela Lei 9.605/97. Ou seja, tendo em conta de que esse dispositivo, à época de 
sua análise, era inconstitucional, a eventual mudança de paradigma não lhe devolve a torna 
válida novamente. Dessa sorte, houve a necessidade de produção de um novo diploma a 
dispor que os exercentes de mandato eletivo eram segurados obrigatórios, motivo pelo qual 
existem duas alíneas de idêntico teor. 
Observação: após essa breve digressão, dessume-se que, somente a partir da edição 
da Lei 10.887/2004, são devidas as contribuições dos segurados obrigatórios. Há reflexos 
tanto na contribuição sobre folha de pagamento (da empresa) quanto do segurado, o que 
significa dizer, por exemplo, que o Município não recolherá as contribuições de seus 
vereadores de período anterior a esse. 
 
 A importância da expressão “segurados da previdência social” 
Positivou-se na Constituição, com uma clareza solar, serem as contribuições pagas 
pelos segurados da previdência social. Disso resulta que é vedada a cobrança de 
contribuições aos assistidos da seguridade social, bem como aos usuários do Sistema Único 
de Saúde. Nesse contexto, em diversas ocasiões, o Supremo Tribunal Federal declarou 
inconstitucionais leis estaduais que cobravam parcela da contribuição dos servidores 
públicos com a finalidade de custear sistema de saúde específico para eles (exemplo: 
hospitais próprios, tratamentos específicos, etc.). Assinalou a Corte que a Constituição não 
respalda a exigência de tributo como condição para acessar ao sistema de saúde. Asseverou 
a possibilidade de acesso a um sistema (para obter-se acesso a um tratamento peculiar, por 
exemplo) mediante uma contraprestação. Porém, não de maneira compulsória. In casu, 
deve-se deixar ao arbítrio do servidor, a opção de escolher o sistema de saúde por ele 
desejado. 
 
 Demais segurados 
Destacam-se, aqui, os empregados públicos, que se submetem ao Regime Geral de 
Previdência Social, e os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, os 
quais, também, são segurados do RGPS. 
SITUAÇÃO DESTINAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO 
Estado de Minas Gerais possui um servidor 
ocupante exclusivamente de cargo em comissão. 
Cofres federais, eis que, ainda que seja servidor 
estadual, pelo fato de ocupar exclusivamente 
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cargo em comissão, é segurado do RGPS. 
Estado/Município que ainda não instituiu a 
previdência complementar de seus servidores. 
Existem dois servidores a ganhar R$ 14 mil 
mensais, um ocupante exclusivamente de cargo 
em comissão e outro ocupante de cargo efetivo 
(i) O ocupante do cargo em comissão verterá 
contribuição sobre o teto da previdência social 
(R$ 4.390,24), e o valor pago irá para a Receita 
Federal; 
(ii) O ocupante de cargo efetivo pagará 
contribuição sobre os R$ 14 mil, e o valor 
arrecadado irá para os cofres da entidade de 
previdência estadual. 
 
1.1.3 Responsabilidade tributária 
Na contribuição devida pelo empregado e pelo trabalhador avulso, a 
responsabilidade tributária é da empresa. 
Lei 8.212/91, Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras 
importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
I - a empresa é obrigada a: 
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu 
serviço, descontando-as da respectiva remuneração; 
 
Quanto aos contribuintes individuais e aos segurados facultativos, como regra geral, 
a eles cabe o recolhimento da contribuição. 
Exemplo: advogado que presta serviço a pessoas naturais. 
Lei 8.212/91, Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras 
importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
II - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua 
contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência; 
 
Entretanto, prevê-se no artigo 4º da Lei 10.666/2003 uma exceção a essa regra, por 
meio da qual a responsabilidade tributária é deslocada do contribuinte individual para a 
empresa na hipótese de ele prestar serviços a esta última. Ocorre, pois, uma substituição 
tributária. 
Exemplo: no caso de advogado que presta serviço a uma pessoa jurídica (sociedade 
empresária), esta é que, no momento em que for pagá-lo, deverá reter a contribuição. 
Lei 10.666/2003, Art. 4º Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do 
segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva 
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remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu 
cargo até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil 
imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. (Redação dada 
pela Lei nº 11.933, de 2009). 
 
Observação: em havendo a retenção, mas inexistindo o recolhimento da 
contribuição, ocorrerá crime de apropriação indébita previdenciária (artigo 168-A do CP). 
Em relação ao empregado doméstico, a responsabilidade pelo pagamento é do 
empregador. 
Lei 8.212/91, Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras 
importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo 
referido no inciso II deste artigo; 
 
Quanto ao segurado especial, em princípio, recai sobre ele a responsabilidade 
tributária (exemplo: venda para pessoas naturais, exportação, etc.), salvo quando 
comercializa a sua produção perante uma empresa ou cooperativa, porquanto estas é que 
deverão recolher a contribuição. 
 
 A responsabilidade tributária e os benefícios 
As peculiaridades das regras atinentes à responsabilidade tributária engendram 
diversos reflexos nos benefícios. 
Exemplo: não cabendo ao contribuinte individual, ao prestar serviço a uma empresa, 
não se pode exigir dele a comprovação do pagamento do tributo. Daí, no artigo 26, §4º, do 
Decreto 3.048/99, estatui-se a presunção do pagamento das contribuições para fins de 
carência. 
Decreto 3.048/99, Artigo 26, §4º, Para efeito de carência, considera-se presumido o 
recolhimento das contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, 
relativamente ao contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, as 
contribuições dele descontadas pela empresa na forma do art. 216. 
 
Seguindo a lógica aventada, a jurisprudênciada TNU assevera que, se esse 
contribuinte morrer sem o recolhimento dessas contribuições, caso não seja o responsável 
tributário, ocorrerá uma presunção de recolhimento, e os dependentes poderão pleitear a 
pensão por morte. Entretanto, em sendo ele o responsável pelo recolhimento, após seu 
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óbito, os dependentes não poderão efetuar o pagamento com vistas a regularizar a situação 
da carência e/ou qualidade de segurado. 
Verbete nº 52 – Súmula da TNU 
Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a regularização do recolhimento 
de contribuições de segurado contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto 
quando as contribuições devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços. 
 
1.1.4 Fato gerador 
É o trabalho remunerado, o que está intrinsecamente relacionado ao debate sobre a 
filiação (constituição do vínculo jurídico entre o segurado e a Previdência). Aqui, revela-se 
desnecessária a inscrição no RGPS para a materialização do fato gerador. 
Exemplo: camelô que, embora venda ordinariamente seus produtos, nunca foi a uma 
agência de previdência social para realizar sua inscrição. 
 
1.1.5 Base de cálculo 
Salário de contribuição, conforme previsão do artigo 28 da Lei 8.212/91. Tal artigo 
elenca os componentes do salário de contribuição de acordo com a espécie de segurado. 
 
(i) Empregador e trabalhador avulso 
Lei 8.212/91, Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a 
qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua 
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa; 
 
Tudo aquilo que receberem a título de remuneração da empresa (ou das empresas) 
consubstancia-se no salário de contribuição. Alerte-se que, ainda que o indivíduo seja 
empregado e contribuinte individual, haverá apenas um salário de contribuição por mês, o 
qual corresponde à soma de tudo o que o indivíduo recebe por suas atividades 
remuneradas. Ademais, se o indivíduo laborar em duas empresas e receber dois salários 
(vinculação ao RGPS), não verterá duas contribuições. Na verdade, a base de cálculo da 
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contribuição levará em consideração a soma dos rendimentos, de maneira que não há se 
falar em “duas aposentadorias”. Antes, quando tal indivíduo aposentar-se, terá um 
benefício, cujo valor obter-se-á mediante a aferição de seu salário de contribuição. 
O principal efeito prático no custeio relaciona-se ao teto da previdência social. 
Explique-se. No exemplo acima, se o indivíduo auferisse R$ 4 mil mensais em cada empresa 
e se considerasse uma contribuição por remuneração percebida, contribuiria ele sobre um 
valor total de R$ 8 mil (R$ 4 mil por cada empresa). Contudo, pelo fato de a contribuição 
incidir sobre a soma das remunerações, contribuirá ele sobre o valor-teto da previdência 
social (atualmente, pouco mais de R$ 4 mil). 
O conceito legal de remuneração, colacionado pelo dispositivo sob análise, é 
“retribuição ao trabalho”. Por conseguinte, valores recebidos a título de indenização não 
integram a base de cálculo da contribuição. Cumpre ressaltar que não apenas a 
remuneração paga ser tributada; antes, também o é a remuneração devida e a creditada. 
Exemplo: indivíduo que trabalha em determinada empresa. Fixamente, recebe R$ 3 
mil mensais, acrescido de comissões. Em dado mês, ganhou R$ 2 mil de comissão. Porém, a 
empresa, alegando não ter dinheiro, pagou-lhe apenas os R$ 3 mil. O valor da contribuição 
terá como base de cálculo não só os R$ 3 mil, mas, sim, o teto da previdência social (pouco 
mais de R$ 4 mil). Isso porque, mesmo que os R$ 2 mil não tenham sido pagos ao emprego, 
para fins tributários, trata-se de situação irrelevante. 
Seguindo, vide o artigo 201, §11, da Constituição da República. Com base nesse 
dispositivo, combinando- com o artigo 28, inciso I, da Lei 8.212/91, pode-se afirmar que 
existem três tipos de remuneração: (i) em espécie (quantia em dinheiro paga pela realização 
do trabalho, dentro do que se alocam comissões, horas extras, etc.); (ii) em natura 
(utilidades pagas em retribuição do trabalho; algo diferente de dinheiro, tal como um carro 
dado ao gerente sênior de uma empresa); (iii) gorjetas (pagas por terceiros; exemplifica-se 
com a taxa de 10% destinada ao garçom). 
CRFB, Art. 201, § 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão 
incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente 
repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
 
(ii) Empregado doméstico 
Lei 8.212/91, Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para 
comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração; 
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Se a remuneração auferida pelo empregado doméstico for diferente da que está 
prevista na CTPS, aplicar-se-á o artigo 9º da CLT. 
CLT, Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de 
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente 
Consolidação. 
 
(iii) Contribuinte individual 
Lei 8.212/91, Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou 
pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite 
máximo a que se refere o § 5º; 
Inexiste um valor fixo para fins da base de cálculo. A contribuição será paga conforme 
a remuneração auferida no mês. Findou-se, pois, a ideia de que se paga sobre um ou dois 
salários. Avive-se, inclusive, que se o indivíduo ganha R$ 4 mil, mas, contribui como se 
ganhasse R$ 1 mil mensais, está a cometer sonegação fiscal. 
 
1.1.5.1 Verbas excluídas do salário de contribuição 
(i) Benefícios Previdenciários 
Em princípio, cumpre destacar estarem excluídas da base de cálculo do tributo 
aposentadorias e pensões. Como se trata de hipótese de isenção constitucionalmente 
qualificada, materializa-se verdadeira imunidade. Quanto aos demais benefícios, consoante 
o artigo 28, §9º, alínea “a”, da Lei 8.212/91, há uma isenção (não constitucionalmente 
qualificada). A exceção fica por conta do salário-maternidade, sobre o qual a lei determina aincidência tributária. Essa, apesar de uma única decisão em sentido contrário, é a posição do 
Superior Tribunal de Justiça. Assenta a Corte que, pelo fato de o salário-maternidade fazer as 
vezes do salário (interpretação do artigo 7º, XVIII, CRFB), sobre o tal se cobrará a 
contribuição previdenciária. t 
Lei 8.212/91, Art. 28. [...] 
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: 
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-
maternidade; 
 
CRFB, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem 
à melhoria de sua condição social: 
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento 
e vinte dias; 
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(ii) Outras importâncias 
Lei 8.212/91, Art. 28. [...] 
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: 
b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 
5.929, de 30 de outubro de 1973; 
c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação 
aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 
6.321, de 14 de abril de 1976; 
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional 
constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que 
trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT; 
e) as importâncias: 
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 
2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do 
empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS; 
3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 
4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho 
de 1973; 
5. recebidas a título de incentivo à demissão; 
6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; 
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do 
salário; 
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada; 
9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de 
outubro de 1984; 
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria; 
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de 
mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; (Redação 
dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). 
h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da 
remuneração mensal; 
i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de 
estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977; 
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de 
acordo com lei específica; 
l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao 
Servidor Público-PASEP; 
m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela 
empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua 
residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento 
e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; 
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n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-
doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; 
o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de 
que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965; 
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa 
de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de 
seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT; 
q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da 
empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, 
óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde 
que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; 
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao 
empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; 
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche 
pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis 
anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; 
t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de 
empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela 
empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei no 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e: (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) 
1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e (Incluído pela Lei nº 12.513, de 
2011) 
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, 
não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o 
valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-
contribuição, o que for maior; (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011) 
u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente 
até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 
de julho de 1990; 
v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; 
x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT. 
y) o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) 
 
 Vale-transporte 
Durante muitos anos, o Superior Tribunal de Justiça posicionava-se no seguinte 
sentido: se o vale-transporte fosse pago em dinheiro, seria considerado remuneração e 
incidiria a contribuição; caso fosse pago por outro meio (cartão magnético ou ticket), haveria 
isenção. 
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Tal entendimento, contudo, foi corrigido pelo Supremo Tribunal Federal, que 
assevera que o vale-transporte, pago em dinheiro ou não, estará isento da contribuição. 
Curiosamente, apesar dessa decisão do STF, significativa parte da jurisprudência não 
encampa raciocínio semelhante em relação ao auxílio-alimentação. A TNU insiste na ideia da 
forma de pagamento da parcela, tal qual o STJ, como fator determinante para incidência ou 
não da contribuição. 
Verbete nº 67 – Súmula da TNU 
O auxílio-alimentaçãorecebido em pecúnia por segurado filiado ao Regime Geral da 
Previdência Social integra o salário de contribuição e sujeita-se à incidência de 
contribuição previdenciária. 
 
Observação: em que pese esse raciocínio ser ilógico, é dizer, entendimentos 
diferentes para situações semelhantes, deve ele ser adotado em provas, eis que, quanto ao 
auxílio-alimentação, o STF não se manifestou, ao contrário da TNU que, inclusive, sumulou 
sua posição. 
 
 Indenização pelas férias não gozadas 
As férias indenizadas excluem-se do salário de contribuição. No tocante ao terço 
constitucional de férias, a matéria pende de definição em relação ao RGPS. Quanto aos 
servidores públicos, o STF manifestou-se pela não incidência da contribuição. Isso porque, 
consoante raciocinou a Corte, somente ingressa na base de cálculo o valor que influenciar no 
valor de benefício, que não é o caso do acréscimo de um terço. Segundo o professor, essa 
lógica terá de ser revista, porque foi desenvolvida sob a égide do sistema de integralidade 
para o cálculo do valor de benefício. 
Em sede jurisprudencial, atualmente, há entendimento majoritário de que não incide 
a contribuição sobre o terço constitucional de férias. Malgrado pacífico, o entendimento não 
está consolidado. A Fazenda Pública, por exemplo, encampa a ideia de incidência. 
 
 Décimo-terceiro salário 
Apesar de não ser utilizado no cálculo de benefícios, incide contribuição, como 
estampado no artigo 28, §7º, da Lei 8.212/91. De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, 
o cálculo dessa contribuição é feito separadamente, pois se trata de uma décima-terceira 
competência. Isso repercute sobre o teto da previdência, haja vista que o indivíduo que 
receba, por exemplo, R$ 4 mil mensais, contribuirá sobre R$ 8 mil. 
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 Segurado que recebe quantia da empresa sem trabalhar 
O empregado, para receber auxílio-doença, tem de ficar incapacitado por período 
superior a 15 dias, na medida em que nos 15 primeiros dias serão pagos pelo empregador. 
Discute-se sobre se incide sobre essa parcela contribuição. A administração pública 
sinaliza positivamente e realiza a cobrança. Entretanto, a jurisprudência consolidada do STJ 
assevera que, pelo fato de essa parcela ter natureza indenizatória, está ela excluída do 
salário de contribuição. 
Observação: ordinariamente, labora-se com a lógica segundo a qual, se certo valor 
tem natureza indenizatória, não integrará o salário de contribuição; se sua natureza for 
remuneratória, impõe-se resposta em contrário. Excepcionalmente, desconsidera-se essa 
premissa concernentemente ao segurado facultativo, o qual, entre o piso e o teto da 
previdência, pode contribuir sobre qualquer valor. 
 
1.1.6 Alíquotas 
Situam-se nos artigos 20 e 21 da Lei 8.212/91. 
QUEM PAGA ALÍQUOTA 
Art. 21. Contribuinte individual e segurado 
facultativo 
20% 
Art. 21, §2º, I. Contribuinte individual, ressalvado 
o disposto no inciso II, que trabalhe por conta 
própria, sem relação de trabalho com empresa 
ou equiparado e do segurado facultativo, 
observado o disposto na alínea b do inciso II 
deste parágrafo.2 
11% 
Art. 21, §2º, II, ‘a’. Microempreendedor 
individual 
 
 
5% 
Art. 21, §2º, II, ‘b’. Segurado facultativo sem 
renda própria que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, 
desde que pertencente a família de baixa renda 
 
2
 Sócios de microempresa ou empresa de pequeno porte enquadram-se nesse percentual, consoante 
exposto no artigo 18, §9º, da LC 123/2006. 
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Para evitar um desequilíbrio entre os contribuintes individuais que prestam e não 
prestam serviços a empresas, o legislador instituiu, no artigo 30, §4º, da Lei 8.212/91 
Lei 8.212/91, Art. 30, § 4º Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma 
ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por 
cento da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre 
a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove por 
cento do respectivo salário-de-contribuição. 
 
Observação: se essa empresa tiver imunidade (exemplo: entidade beneficente de 
assistência social), o contribuinte individual não terá direito a esse desconto. 
Quando o contribuinte individual presta serviço a uma empresa, a responsabilidade 
tributária é transferida para esta última, o que facilita a inibição da sonegação fiscal. Sem 
embargo, existe uma grande massa de contribuintes não prestadores de serviços a empresa 
que deixam de verter contribuição ao RGPS. E isso gera uma situação de exclusão 
previdenciária. De olhos postos nessa problemática, criou o legislador mecanismos de 
incentivo à contribuição. No caso do contribuinte individual, permitiu-se-lhe pagar 11% do 
salário mínimo, contanto que abdicasse do benefício de aposentadoria por tempo de 
contribuição. Tal regra estendeu-se ao segurado facultativo e ao sócio de microempresa (LC 
123). 
Lei 8.212/91, Art. 21, § 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de 
aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o 
limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: (Redação dada pela Lei nº 
12.470, de 2011) 
I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o 
disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com 
empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do 
inciso II deste parágrafo; 
 
Para além, engendrou o legislador mais um mecanismo de incentivo ao recolhimento 
de contribuições, a saber, percentual de 5% para os segurados facultativos, sem renda 
própria, que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua família, 
desde que pertencentes à família de baixa renda (dona/dono de casa). A matéria tem 
assento constitucional nos artigo 201, §§ 11 e 12, os quais se encontram, parcialmente, 
regulamentados pela LC 128/2008: 
CRFB, Art. 201, § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para 
atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
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pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo‑lhes acesso a benefícios de valor 
igual a um salário mínimo. 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá 
alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de 
previdência social. 
 
Lei 8.212/91, Art. 21, § 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício deaposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o 
limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: 
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. 
 
Como se vê, a regra aplicável às donas/donos de casa incide nos casos do 
microempreendedor individual, assim entendido como empresário individual que tenha 
auferido receita bruta de até 60 mil reais no ano-calendário anterior, seja optante pelo 
SIMPLES nacional e não esteja impedido de optar pela sistemática estabelecida no artigo 18-
A, §1º, da LC 103/2006. 
LC 106/2003, Art. 18-A, § 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o 
empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 
2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até 
R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja 
impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
 
É considerada de baixa renda a família que esteja inscrita no CADÚnico e tenha renda 
mensal de até 2 (dois) salários mínimos. 
Lei 8.212/91, Art. 21, § 4º Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na 
alínea b do inciso II do § 2º deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) 
salários mínimos 
 
1.1.7 Observações 
A data de vencimento da contribuição do segurado variará conforme a 
responsabilidade tributária. 
Objetivando melhor assentar o conhecimento, faz-se pequeno quadro esquemático 
sobre o tema: 
 
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RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO DATA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO 
Empresa Até o 20º dia do mês seguinte ao da 
competência (Art. 30, I, ‘b’) 
Empregador doméstico ou próprio contribuinte Até o 15º dia do mês seguinte ao da 
competência (Art. 30, II) 
Interessa ao candidato saber que o recolhimento do tributo dá-se no mês seguinte à 
materialização do fato gerador. 
Exemplo: no dia 02 de maio a empresa paga remuneração aos seus empregados. 
Apesar de a remuneração ser paga em maio, refere-se ao mês de abril. Assim, a empresa 
tem até o dia 20 de maio para recolher o tributo. 
 
1.2 Contribuição das empresas sobre folha de pagamento 
Em sede constitucional, tem previsão no artigo 195, inciso I, alínea “a”; na Lei 
8.212/91, artigo 22. 
 
1.2.1 Sujeito ativo 
A capacidade tributária pertence à União, tal como no caso dos segurados, a cuja 
explicação remete-se. 
 
1.2.2 Sujeito passivo 
Numa palavra: empresa, cujo conceito, para fins tributários, aloca-se no artigo 15 da 
Lei 8.212/91: 
Lei 8.212/91, Art. 15. Considera-se: 
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica 
urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da 
administração pública direta, indireta e fundacional; 
O parágrafo único traz o conceito de empresa por equiparação. 
Exemplo: dentista contratante de auxiliar de consultório. Além de contribuinte 
individual, é empregador, motivo por que terá de pagar a própria contribuição, bem como a 
contribuição patronal (em razão do serviço prestado pelo seu empregado). 
Art. 15. Considera-se: 
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Lei 8.212/91, Art. 15. [...] 
Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte 
individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a 
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a 
repartição consular de carreira estrangeiras. 
 
O empregador doméstico também verte contribuição sobre folha de pagamento. 
Lei 8.212/91, Art. 15. Considera-se: 
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade 
lucrativa, empregado doméstico. 
 
1.2.3 Fato gerador 
É o trabalho remunerado. Consiste, por assim dizer, na “outra face da moeda” se 
comparada ao empregado. No ponto, vide o artigo 195, inciso I, alínea “a”, CRFB. 
CRFB, Art. 195. [...] 
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
Tal como no caso do segurado, essa remuneração pode ser paga, creditada ou 
devida. É dizer, ainda que a empresa não tenha pagado seus funcionários por falta de 
verbas, o fato gerador já se materializou. 
 
1.2.4 Base de cálculo & Alíquota 
Consigna a Constituição que a base de cálculo consubstancia-se na “folha de salários” 
e “demais rendimentos pagos ou creditados a qualquer título” (essa última expressão foi 
acrescida pela EC 20/98, haja vista a redação original contemplar apenas a primeira). A 
regulamentar o dispositivo original da Carta da República, a Lei 8.212/91 positivou que a 
contribuição incidia sobre o que as empresas pagassem a seus empregados, bem como 
sobre o que pagassem aos empresários, trabalhadores avulsos e autônomos que lhe 
prestassem serviços (à época, não existia a categoria de contribuintes individuais). 
Diante disso, as empresas socorreram-se ao Judiciário, insurgindo-se contra a 
necessidade de contribuição em relação aos autônomos, trabalhadores avulsos e 
empresários, porquanto estes não recebem salário, e a Constituição aventa que a 
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contribuição incide sobre a folha de salários. O Supremo Tribunal Federal chancelou a tese, 
declarando a inconstitucionalidade da cobrança, o que, naturalmente, gerou enorme 
impacto nos cofres da previdência social. 
Inicialmente, o legislador agiu no plano infraconstitucional. Porém, pouco tempo 
depois, editou-se a EC 20/98 e alargou-se a base de cálculo da contribuição das empresas. 
A EMPRESA PAGA EM RELAÇÃO A ALÍQUOTA 
Art. 22, I: Empregados e trabalhadores avulsos. 
Ingressam, aqui, todos os valores integrantes do 
salário de contribuição. Assim, o que está 
excluído do salário de contribuição está excluído 
da folha de pagamento, e vice-versa. Importante 
diferença deve-se ao fato de a folha de 
pagamento não estar submetida ao teto da 
previdência social. 
 
 
20% 
Art. 22, III. Contribuinte individual que lhe preste 
serviços 
20% 
Art. 22, IV. Cooperados que lhe prestem serviços 
por intermédio de cooperativas de trabalho. 
Ex. Banco que contrata cooperativa para prestar-
lhe serviços de informática pelo valor de R$ 50 
mil. A contribuição, paga pelo Banco, será de R$ 
7.500,00 (15%). 
Não é caso de substituição tributária, porquanto 
o valor pago à cooperativafaz parte da folha de 
pagamento da empresa que a contrata. 
 
 
15% 
Art. 22, II. SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) 
ou RAT (Riscos Ambientais do Trabalho). 
O nome SAT tem origens históricas, pois a 
contribuição nada tem a ver com seguro ou 
acidente. A bem da verdade, relaciona-se aos 
riscos ambientais do trabalho e tem por fim 
fiscal financiar a aposentadoria especial. Com 
efeito, tem também nítido caráter extrafiscal, 
qual seja, reduzir os riscos ambientais de 
trabalho. 
Incide sobre a folha de pagamento aos 
empregados/trabalhadores avulsos e, por força 
da Lei 10.666/2003, aos contribuintes individuais 
cooperados. 
1% (um por cento) para as empresas em cuja 
atividade preponderante o risco de acidentes do 
trabalho seja considerado leve; 
2% (dois por cento) para as empresas em cuja 
atividade preponderante esse risco seja 
considerado médio; 
3% (três por cento) para as empresas em cuja 
atividade preponderante esse risco seja 
considerado grave 
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Nota1: o exemplo citado acima em relação ao artigo 22, inciso IV, não se confunde 
com a situação delineada no artigo 31 da Lei 8.212/91, que estatui hipótese de substituição 
tributária. Imagine-se que, no caso narrado, o Banco resolva contratar uma empresa, 
chamada Vig Ênfase, para prestar-lhe serviços de segurança. Considere-se que a folha de 
pagamento da Vig Ênfase seja de R$ 50 mil reais. A contribuição será no valor de R$ 10 mil 
(20%) e deverá recolher-se pela Vig Ênfase, haja vista que os seguranças e vigilantes não 
funcionários do Banco, motivo por que não há se falar em pagamento pelo Banco. In casu, a 
instituição bancária contratou a prestação de serviços pela quantia de R$ 100 mil mensais. 
Sem embargo, dado o histórico de descumprimento de obrigações trabalhistas e 
previdenciárias pelas empresas que cedem mão-de-obra, o legislador, com vistas a minorar 
o risco, resolver incumbir ao Banco (no exemplo) o dever de pagar essa contribuição sobre 
folha de pagamento no percentual de 11%. Ou seja, em vez de pagar R$ 100 mil, o banco 
descontará 11% do valor, isto é, R$ 11 mil reais. Nada obstante, a obrigação tributária da 
empresa é de 10 mil reais, haja vista sua folha de pagamento ser de R$ 50 mil. O quantum 
excedente (R$ 1 mil na hipótese) é-lhe devolvido pelo sistema de compensação tributária. 
Logicamente, se a retenção feita pela empresa contratante for menor, terá a empresa 
cedente da mão de obra de pagar a quantia restante. 
Lei 8.212/91, Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de 
mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por 
cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em 
nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do 
mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil 
imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o 
disposto no § 5o do art. 33 desta Lei. 
 
Nota2: a classificação do grau de risco da atividade laborativa é realizada pelo Poder 
Executivo. Isso foi questionado, e tanto o STJ quanto o STF pontificaram que a sistemática do 
SAT não ofende o princípio da legalidade tributária, uma vez que a atividade de classificação 
é meramente administrativa, sendo certo que os elementos da hipótese de incidência já se 
encontravam descritas na lei. Argumentaram as Cortes que não teria fôlego o legislador para 
determinar as alíquotas, tendo em vista as constantes mutações sociais, razão pela qual tal 
tarefa caberia à administração. 
Surgiram dúvidas sobre o tema, tais como, se a empresa presta serviço em mais de 
um lugar, como se avaliaria o risco. Para o STJ, se o estabelecimento possuir CNPJ próprio, 
classifica-se o grau de risco da atividade especificamente para o aludido estabelecimento. 
Não possuindo CNPJ próprio, classificar-se-á de acordo com o grau de risco da atividade 
preponderante. 
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Verbete nº 351 – Súmula do STJ 
A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo 
grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau 
de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro. 
 
Se, eventualmente, a atividade da empresa gerar direito à aposentadoria especial, a 
alíquota do SAT é extremamente maior. 
Exemplo: se uma pessoa trabalha numa empresa e tenha direito a uma 
aposentadoria especial com 15 anos de contribuição, terá essa empresa de pagar mais 6% 
sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% das quais o artigo 22, inciso II, da Lei 8.212/91 trata. 
Lei 8.213/91, Art. 57, § 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os 
recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do artigo 22 da Lei no 
8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis 
pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa 
permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos 
de contribuição, respectivamente. 
 
ALÍQUOTA NORMAL DO 
SAT/RAT 
 
 
 
EMPRESA QUE POSSUA 
EMPREGADOS OU 
TRABALHADORES AVULSOS QUE 
FAÇAM JUS À APOSENTADORIA 
ESPECIAL. OPERA-SE UM 
ACRÉSCIMO NO SAT/RAT 
INVERSAMENTE PROPORCIONAL 
AO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, 
QUE INCIDIRÁ APENAS NA 
CONTRIBUIÇÃO DESSE 
SEGURADO QUE FAÇA JUS A 
UMA APOSENTADORIA ESPECIAL. 
 
ACRÉSCIMO DO 
SAT/RAT 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
DA APOSENTADORIA 
ESPECIAL 
1% (um por cento) para 
as empresas em cuja 
atividade preponderante 
o risco de acidentes do 
trabalho seja considerado 
leve; 
 
12% 
 
Quinze anos 
2% (dois por cento) para 
as empresas em cuja 
atividade preponderante 
esse risco seja 
considerado médio; 
 
9% 
 
Vinte anos 
3% (três por cento) para 
as empresas em cuja 
atividade preponderante 
esse risco seja 
considerado grave 
 
6% 
 
Vinte e cinco anos 
 
Direito Previdenciário – Custeio da Previdência Social 
Aula 08 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
20 
www.cursoenfase.com.br 
Sem embargo do que se disse, esclarece-se que a contribuição do SAT/RAT tem 
fortíssimo caráter extrafiscal. Segundo a Lei 10.666/2003, a alíquota do SAT pode ser 
reduzida até a metade ou dobrada, conforme a postura da empresa na adoção de 
mecanismos de inibição de riscos ambientais de trabalho. 
Ventila a aludida lei que, dentro de cada atividade econômica, estabelece-se um 
ranking das empresas. Por exemplo, a 1ª colocada tem uma redução de 50% da alíquota, ao 
passo que a última sofre uma duplicação no valor de sua alíquota. A posição ocupada por 
cada empresa em tal ranking nomina-se Fator Acidentário de Prevenção (FAP). 
Lei 10.666/2003, Art. 10. A alíquotade contribuição de um, dois ou três por cento, 
destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles 
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos 
riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinqüenta por cento, ou 
aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do 
desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em 
conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de freqüência, gravidade e 
custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência 
Social.

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