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Resumo detalhado de D. Penal I

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DIREITO
Regula a vida em sociedade
DIREITO PENAL
-
-
-
-
-
Ramo do Direito Público
Seleciona comportamentos mais graves e perniciosos;
Descrevendo infrações penais
Aplicando sanções
Além de estabelecer regras gerais de aplicação da lei;
MISSÃO
Proteger bens jurídicos
• Finalidade da pena
- Prevenção
- Repressão
• Lesão de bens de forma consciente (para ser punido é importante que tenha consciência dos atos que está praticando)
- Caso fortuito
- Força maior
- Ações involuntárias
○ Sonambulismo
○ Atos reflexos
○ Agente que joga vítima contra terceiro
○ Embriaguez
 Involuntária (decorrente de caso fortuito ou força maior)
Página 1 de Penal - Kelly Moreira
 Involuntária (decorrente de caso fortuito ou força maior)
 Voluntária (será responsabilizado)
• Formas de sancionar condutas lesivas
- Pena (imputável)
- Medida de segurança (inimputável)
○ Tratamento ambulatorial
○ Internação em manicômio judicial
Direito Penal
- Parte geral (Art.º 1 ao 120)
- Parte especial (Art.º 121 - 361)
- Legislação extravagante
FONTES
• Lugar onde se origina algo
- Material (de produção)
- Formal (de conhecimento) modo pelo qual direito se exterioriza
○ Formal
 Imediata - Lei (direito positivado)
 Mediata - Costumes e Princípios
LEI
• Preceito PRIMÁRIO - Exemplo Art. 121 - matar alguém.
• Preceito SECUNDÁRIO - PENA - Reclusão - de seis a vinte anos.
Característica
○ Exclusiva (só ela descreve)
○ Anterioridade (vigente)
○ Imperativa (obrigatória)
○ Generalidade (erga omnes)
○ Impessoalidade (todos)
Classificação
○ Incriminadora
○ Não incriminadora
 Premissa (legítima defesa)
 Explicativa (art. 25 o que é legítima defesa)
○ Completa
○ Incompleta (em branco)
□ Primordialmente remetida
□ Secundariamente remetida
 Homogênea (Lei - Lei)
Homovitelina (CP - CP)
Heterovitelina (CP - CC)
 Heterogênea (ex-auto infralesal)
Exemplos:
Art. 319 e 327 CP
Art. 237 CP e 1521 CC
Lei 11343 e Portaria 344/98 MS
Lei 1086 e Dec 3665/00
○ Destinatários da Lei
TODOS
○ Dever de punir
JUIZ
24/02/2015
PRINCÍPIOS
- Art. 4 - LICC
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de
direito.
- Legalidade:
Art 5º, XXXIX, CF
Página 2 de Penal - Kelly Moreira
○ Art 5º, XXXIX, CF
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
○ Art 1º, CP
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
○ Ex.: Art. 5º, II, CF
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
- Ampliação
○ Presunção de inocência art.5º, LVII, CF
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
○ Ampla defesa
 Autodefesa (Habeas Corpus)
 Defesa técnica (Advogado)
○ Contraditório
Art. 5º, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
- Anterioridade
○ Art. 5º, XXXIX, 2ª PART, CF
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
○ Art. 1º, CP
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
- Irretroatividade da lei penal/retroatividade da lei mais benéfica
○ Art. 5º, XL, CF
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
○ Art. 2º, CP
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
○ Em caso de dúvida sobre a melhor lei a ser aplicada
 Réu
- Personalidade - Art. 5º, XLV, CF
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
○ Filho responde por atos do pai?
NÃO
○ Pode atingir inocentes?
NÃO
○ Se o réu morrer?
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ART. 107 CP
É relativo ao patrimônio?
Página 3 de Penal - Kelly Moreira
○ É relativo ao patrimônio?
SIM.
○ Se o patrimônio estiver na posse dos herdeiros?
SIM.
- Individualização da pena Art.5º, XLVI, 1ª parte, CF.
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
○ Exemplo: Art. 59 CP
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário
e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
- Humanidade Art. 5º, XLVII, XLVI , CF
- Intervenção mínima - intervenção mínima do estado na vida social, mas cumprindo suas obrigações de erradicar a pobreza, diminuir
as desigualdades sociais, etc.
○ Art. 1º, III; Art.3º, I e IV, Art. 4º, II, CF
- Direito penal pode entrar em qualquer conflito da sociedade?
- Culpabilidade
○ Art.18 e 19 CP
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o
pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Agravação pelo resultado(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
-
-
-
-
Taxatividade - decorrente da legalidade
Vedação de normas abertas, confusas.
Vedação de analogia "in mallam partem"
Proporcionalidade Art. 5º, XLVI, 2º parte, CF
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Página 4 de Penal - Kelly Moreira
Exemplo: Art. 25 CP
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- Vedação pela dupla punição pelo mesmo fato (ni bis in idem)
○ Art 121 §4º, C/C Art. 61 II, h, CP
Art. 121. Matar alguém:
§ 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências
do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o
crime é praticado contra pessoa menor de14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741,
de 2003)
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
- Adequação social
Exemplo:
lesão corporal x incisão cirúrgica
Lesão corporal x esportes
Dependem de Consentimento, desde que não ultrapasse a normalidade. (Sadomasoquismo)
- Insignificância
1º., Ofensiva da conduta do agente
2º., Periculosidade social da ação
3º., Reduzido grau reprovação do comportamento
4º., Inexpressividade da lesão
i. Tem valores?
ii.
iii. Execuções fiscais da Fazenda Nacional - R$ 20.000,00 (Portaria 75/2012)
Responda
1) Qual o papel desempenhado pelo princípio da culpabilidade em um Estado Democrático?
Culpabilidade é a definição de uma infração penal. O princípio diz respeito à motivação do agente praticante da conduta ilegal. A
culpabilidade verifica se o agente da conduta ilícita é penalmente culpável se ele agiu com intenção (DOLOSO) ou por culpa
agindo com imprudência, negligência ou imperícia, que o torna CULPOSO. No Estado democrático, ninguém será considerado
culpado até sentença condenatória proferida, transitada em julgado e ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo
senão em virtude de lei.
2) Diferencie princípio da intervenção mínima e da insignificância.
O princípio da intervenção mínima consiste em que o Estado de Direito utilize a lei penal como seu último recurso, é uma forma
de punir a conduta do indivíduo e não o indivíduo. Já o princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou afastar a própria
tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado um crime.
3) O que se entende por dignidade da pessoa humana e qual a importância para o direito penal?
A dignidade da pessoa humana é o valor moral e espiritual inerente a pessoa, sendo vedada sua alienação.
A implicação no direito penal, reflete na aplicação das penas, que não podem ser de acordo com o Art. 5º, XLVII, CF1988, de
Página 5 de Penal - Kelly Moreira
A implicação no direito penal, reflete na aplicação das penas, que não podem ser de acordo com o Art. 5º, XLVII, CF1988, de
banimento, cruéis, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados e de morte, salvo em caso de guerra declarada.
4) Por que o uso mais frequente da sanção criminal não implica maior proteção aos bens jurídicos?
Porque as condutas tipificadas no código penal já tem as penas valoradas e a penalização nos mesmos moldes para a proteção
dos bens jurídicos não são tão eficazes. São necessárias medidas alternativas as aplicadas no código penal com a intenção de
maior proteção ao bem jurídico, tal medida pode ser encontrada através de nova interpretação em alguns aspectos
constitucionais.
03/03/2015
Âmbito temporal de aplicação da lei
Regra
- Retroatividade
- Irretroatividade
- Art. 5º, XL, CF e 2º CP
Art. 5º XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Objetivo => Ordem jurídica
- Garantia
- Estabilidade
É admissível retroatividade
- Benigna
- Maligna
Ultratividade => Lei vigente à época da sentença
- Benigna
- Maligna
Lei temporária (vigência previamente fixada pelo legislador).
- Se revogadas poder ser aplicadas
TEMPO DO CRIME
Considera-se praticado no momento
ATIVIDADE	Ação/Conduta Comissiva/Omissiva
RESULTADO	Produção do Resultado
UBIQUIDADE/MISTA Ação e produção do resultado
Adotada pelo CP Art. 4º
Tempo do crime
Página 6 de Penal - Kelly Moreira
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Duas ou mais leis aplicáveis ao mesmo fato
Solução:
a) Especialidade: Elementos gerais e especializantes
Exemplos:
- 123 x 121
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após:
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
- Tráfico Internacional x Contrabando
- Subtração de Incapazes x Sequestro
- Lei 11.340 x Art. 129 CP
Qual prevalece?
b) Substancialidade: norma que descreve em grau menor de violação um mesmo bem jurídico.
- Norma primária prevalece sobre a secundária.
Exemplo:
Disparo de arma sem atingir a vítima
□ Art. 15 Lei 10.826
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou
em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
□ Art. 121 CP
 14, II, CP
ESPECIALIDADE	SUBSIDIARIEDADE
c) Consunção: fato grave consome menos grave.
- Elementos:
1- Unidade de elemento subjetivo
2- Unidade de fato
3- Pluralidade de atos
4- Progressividade na lesão ao bem jurídico
Página 7 de Penal - Kelly Moreira
4- Progressividade na lesão ao bem jurídico
Exemplo:
- Se os fatos forem destacados?
- Responde por todos ou pelo mais grave?
ALTERNATIVIDADE
A Norma descreve várias formas de realização da figura típica.
Exemplo:
Art. 33 Lei 11.343/06
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Art. 22 CP
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Territorialidade da lei brasileira
- Absoluta - só a lei brasileira
- Temperada
• Regra - lei brasil
• Exceção - Lei internacional
Adotada pelo CP? Art. 5º
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984)
- Componentes território:
a) Solo
b) Rios, mares, interiores
1) Mar
1- Mar territorial
2- Zona contígua
3- Zona econômica
Lei 8617/93
c) Espaço aéreo - Lei 7565/86
- Espaço cósmico (tratado de exploração em condição de igualdade)
- Navios e aeronaves
• Públicos
• Privados
○ Território Brasil
○ Auto mar (Principal pavilhão)
Página 8 de Penal - Kelly Moreira
- Princípio do pavilhão ou bandeira
• Navios e aeronaves camada atmosférica
- Navios e aeronaves militares é território nacional?
- Navios particulares:
• Mar estrangeiro - Lei? estrangeira
• Auto mar - lei? bandeira
• Mar brasileiro - Lei? brasileira
- Competência para julgamento
• Justiça federal ou comum?
- Princípio da passagem inocente.
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA DA LEI A TATOS COMETIDOS NO BRASIL
- Imunidade dos agentes diplomáticos.
• Embaixada - Extensão do território
• Representantes diplomáticos:
○ Agentes (embaixadores)
○ Componentes família
○ Funcionários organizações internacionais (em serviço)
○ Chefe de Estado e sua comitiva, em visita.
Exercícios
1- Fato praticado sob vigência da lei "A", contudo no momento em que o juiz vai proferir a sentença ela não está mais em
vigor, tendo sido revogada pela lei "B" mais benéfica para o agente. Qual lei deve ser aplicada? Por que?
A lei B, respeitando o princípio da ultratividade, sendo a lei B mais benéfica para o réu na época da sentença.2- Lei "A" é revogada pela lei "B". Após isso, um fato ;e praticado. A Lei "B" é muito mais severa. Qual delas deve ser
aplicada? Por que?
A Lei B. Embora mais severa, revogou a lei anterior e a ocorrência do fato foi em sua vigência.
3- Um menor, de 17 anos e 11 meses, esfaqueia uma senhora que vem a falecer em decorrência das facadas 3 meses depois.
Aplica-se ECA ou CP? Por que?
Aplica-se ECA, porque no cometimento do fato o agente era menor.
4- Marido, almejando matar a esposa lhe desfere várias pauladas na cabeça até mata-la. O Golpe causador da morte foi o
último. Ele responde por qual crime?
Homicídio. O crime mais gravoso suprime a lesão corporal.
5- Se o agente importa heroína, transporta maconha e vende ópio, responde por qual ou quais crimes?
Responde apenas por um crime. Tráfico de Drogas.
6- Passageiro Croata quebra taça na cabeça de bebê Sérvio, a bordo de aeronave americana privada, com destino a outro
país. Aplica-se Lei brasileira? Por que?
Não. Princípio da passagem inocente uma vez que não há interesse da autoridade brasileira no fato acontecido a bordo da
aeronave.
Sim. Caso a aeronave esteja em um aeroporto no território brasileiro, será aplicada a lei brasileira.
7- Empregados particulares dos agentes diplomáticos, ainda que da mesma nacionalidade deles, gozam de imunidade
penal? Por que?
Não. A imunidade diplomática é remetida apenas aos profissionais que atuem a serviço do país e a seus parentes.
Embaixadores, secretários e seus familiares, além de Chefe de Estado e sua comitiva durante a visita.
8- Crime praticado a bordo de navio mercante brasileiro em porto estrangeiro. Qual a lei aplicada?
Lei estrangeira, uma vez que o navio mercante é privado e está atracado em porto estrangeiro.
Página 9 de Penal - Kelly Moreira
Lei estrangeira, uma vez que o navio mercante é privado e está atracado em porto estrangeiro.
24/03/2015
TEORIA GERAL DO CRIME
CRIME(CP) > PENA
- Detenção
- Reclusão
- + Multa
LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO PENAL
"DL 3.914/41 - Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente."
- Ação penal
• Pública
• Privada
- Competência
• Justiça Federal (JF)
• Justiça Estadual (JE)
○ Tentativa -> Art. 14 § único CP
- Pena -> 30 anos
- Contravenção (3688/41)
○
○
○
○
Prisão Simples
Multa
Ação Penal -> Pública
Competência -> J.E
- Tentativa Art. 4, LCP
DECRETO LEI 6688/41
"Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção."
○ Pena -> Até 5 anos.
- ART. 28 LEI 11343/2006 usuário de droga
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
- Crime
a) Conceito Formal: toda que afronta a lei.
b) Conceito Material: toda condita que viola bens jurídicos relevantes.
c) Conceito Analítico: que analisa os elementos que compõe a infração penal.
CRIME (Conceito tripartido de Crime)
FATO TÍPICO	ANTIJURÍDICO (ilícito) (Art. 23)	CULPÁVEL
- Conduta
• Dolosa
• Culposa
- Não pratica em:
• Legítima defesa
• Estado de necessidade
Página 10 de Penal - Kelly Moreira
- Imputável
- Exigibilidade de conduta diversa
- Potencial conhecimento da ilicitude
• Culposa
• Comissiva
• Omissiva
- Resultado
- Nexo de causalidade
- Tipicidade
• Estado de necessidade
• Estrito cumprimento do dever legal
• Exercício reg. De um direito
• Consentimento do ofendido
- Potencial conhecimento da ilicitude
ZAFFARONI: CONCEITO ESTRATIFICADO DE CRIME
Exclusão de ilicitude(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 23 CP - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- Adeptos da teoria Bipartido, Mirabete, Damásio, Delmanto.
• Culpabilidade é pressuposto de aplicação da pena (Ex.: Art. 26CP)
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Se não houver fato típico pode aplicar pena?
Não. Torna-se injusto penal, pela falta de um dos termos da tripartição do crime
 Se não for antijurídico pode aplicar a pena?
Não. Torna-se injusto penal
Conduta
- Comportamento/ação
- Dolosa/Culposa
- Comissiva/omissiva
Pessoa Jurídica - SOMENTE AMBIENTAL
• É necessário conduta/comportamento humano.
• Teoria da dupla imputação (pune também os sócios)
- Pessoa Jurídica
Página 11 de Penal - Kelly Moreira
- Pessoa Jurídica
- Pessoa Física
Ação
a) CAUSAL: movimento humano que produz mudança no mundo exterior
b) FINALISTA: Conduta humana dolosa/culposa dirigida a uma finalidade. (Teoria adotada pelo código)
c) SOCIAL: Relevância da conduta perante a sociedade.
Conduta
- Dolosa
• Quis
• Assumiu o risco
- Culposa
• Imprudência
• Negligência
• Imperícia
- Regra CP --> 18§ único.
• Comissiva
• Omissiva
- Puro/próprio
- Comissiva por omissão
- Exemplo:
• Art. 121, 155 CP
• Art. 135, 320, 13§2º, CP ("Garante" - a pessoa que devia ou podia evitar que o crime fosse cometido responde do mesmo
jeito que o agente).
- Ausência de Conduta
• Força irresistível
• Movimentos reflexos
• Estado inconsciência
Fase de Realização da conduta
- Interna (Art. 288 - Associação Criminosa)
- Externa
Sujeitos do Crime
- Sujeito ativo - quem pratica o verbo (réu)
- Sujeito passivo (vítima)
• Estado (Constante)
• +
• Particular
+ (Eventual)
31/03/2015
DOLO
- Conceito: Art. 18 CP
- Elemento
• Intelectual
• Volitivo
Teorias:
a) Vontade: vontade livre e consciente de praticar o delito
b) Assentimento: antevendo o resultado, não se importa com a ocorrência.
c) Representação: toda vez que o agente tiver previsão do resultado.
d) Probabilidade: se houver grande probabilidade do resultado danoso.
- Teorias adoradas do CP:
• Vontade - Quer o resultado
• Assentimento - Assentimento
Página 12 de Penal - Kelly Moreira
• Assentimento- Assentimento
Espécies de Dolo
- Direito de 1º Grau
- Direito de 2º grau
Dolo Eventual
Culpa Consciente
Dolo Genérico
Simples vontade de praticar o núcleo da ação
Dolo Específico
Particular vontade do agente em alguns crimes. Especial fim de agir.
Exemplo: Sequestro
Dolo Direito
Vontade livre e consciente de praticar o delito.
Dolo eventual
Antevendo o resultado não se importa com sua ocorrência
Dolo Alternativo
Página 13 de Penal - Kelly Moreira
Dolo Alternativo
Pratica uma conduta para atingir um ou outro resultado.
Responde por qual crime?
Responde pelo crime mais gravoso
Dolo cumulativo
Agente pretende atingir os dois resultados em sequência.
Responde por qual crime?
Dolo subsequente
Demonstra nascer vontade após o resultado. Figura inadequada.
Dolo de dano
Vontade de produzir uma lesão
Dolo de perigo
Vontade de expor o bem a perigo
Dolo geral (erro sucessivo)
Engano quanto ao meio de execução, porém o resultado almejado é atingido.
CULPA
- Meios são lícitos
- Previsibilidade -> substituição do homem médio = resultado diverso
• IMPRUDÊNCIA
- Quem não observa o dever legal de cuidado. "FAZER ALGUMA COISA!"
• NEGLIGÊNCIA
- Se abster de agir quando a diligência o exigia.
• IMPERÍCIA
- Inaptidão momentânea ou não para o exercício arte, profissão ou ofício. "EXERCÍCIO DA FUNÇÃO"
- Tipo penal aberto - enquadramento pelo juiz.
- Compensação de culpas.
Página 14 de Penal - Kelly Moreira
- Compensação de culpas.
• Art. 368 CC
• CP?
REVISÃO – DIREITO PENAL I – 07.04.2015
1) Diferencie fontes de produção de fontes de conhecimento.
As fontes de produção são as fontes materiais do direito e tem como referência a união que é a criadora do direito penal.
A fonte de conhecimento é a fonte formal que exterioriza o direito sendo dividida em imediata (direito positivado- LEI) e mediata (Costumes e
princípios).
2) A doutrina pode ser considerada fonte de direito penal? Explique.
Não. No direito penal somente a lei em vigor é possível de sua aplicação. Ex.: Art. 5º CF, XXXIX, não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal.
3) Os costumes podem revogar as leis?
Não. De acordo com a LINDB a lei só pode ser revogada por outra lei.
4) Quais as espécies de normas penais não incriminadoras? Justifique.
As permissivas que estão previstas no código penal. Exemplo (Legítima Defesa) e a forma explicativa que a define, por exemplo, a tipificação
do que é legítima defesa prevista no Art. 26 CP.
As explicativas que visam esclarecer conceitos.
As normas penais complementares que fornecem os princípios legais para a aplicação da lei penal.
5) Faça a distinção entre norma penal em branco homogênea: homovitelina e heterovitelina.
A norma penal em branco é lex imperfectas (Binding), determinam integralmente somente a sanção, é imprecisa e remete-se a outra lei para
a sua complementação originada da mesma fonte legislativa.
As homovitelinas partem do mesmo local, isto é, são complementadas pela mesma lei, por exemplo, CP para CP, e as heterovitelinas partem
de códigos diferentes, ou seja, remete-se a outro código para ser completada, como por exemplo, CP para CC.
6)	Quais os quatro princípios que regem o conflito aparente de normas? Justifique.
O Conflito aparente de normas deverá ser solucionado seguindo os seguintes princípios:
I- Especialidade(Lex specialis derogat generali) – norma especial prevalece sobre a norma geral. “a prevalência da norma especial
sobre a geral se estabelece 'in abstracto', pela comparação das definições abstratas contidas nas normas.”
II- Subsidiariedade (Lex primaria derogat subsidiariae) – é necessário verificar qual crime foi praticado e qual foi à intenção do
agente, portanto, para aplicação do princípio da subsidiariedade, é imprescindível a análise do caso concreto, sendo insufici ente a
comparação abstrata dos tipos penais.
III- Consunção – como regra que, na aplicação do princípio de consunção, quando os crimes são cometidos em um mesmo contexto
fático, têm-se a absorção do menos grave pelo de maior gravidade.
IV- Alternatividade – Este princípio tem aplicabilidade minoritária entre os doutrinadores, uma vez que, não há conflito entre normas,
mas conflito interno na própria norma. É a consunção resolvendo conflitos entre condutas previstas na mesma norma e não um
conflito entre normas. Exemplo, se o agente importa heroína, transporta maconha e vende ópio, cometeu três crimes e
responderá por eles em concurso material (Ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não (art. 69 do CP)), pois um não tem relação com o outro.
7) Diferencie: princípio da intervenção mínima x princípio da lesividade x princípio da insignificância.
 O princípio da intervenção mínima é aquele que orienta e limita o poder penal violento do Estado. Para que este seja aplicado faz-se
necessário o esgotamento de todos os meios extrapenais de controle social existentes.
 O princípio da lesividade ensina que somente a conduta que ingressar na esfera de interesses de outra pessoa deverá ser criminalizada.
Não haverá punição enquanto os efeitos permanecerem na esfera de interesses da própria pessoa. Em outras palavras, esse princípio,
na prática, tem o mesmo fundamento para a não punição das chamadas condutas desviadas, como a prostituição.
 O princípio da insignificância tem por objetivo estabelecer limites para a tipificação penal. A tipicidade de uma conduta não deve ser
feita apenas sob o ponto de vista formal, ou seja, não deve observar apenas a subsunção da conduta à descrição legal de crime. A
tipicidade penal deve ser entendida perante a análise não só da tipicidade formal, mas também da tipicidade material, ou seja, deverá
levar em consideração a relevância do bem jurídico atingido no caso concreto.
8) Diferencie: princípio da limitação das penas x princípio da pessoalidade.
O princípio da limitação das penas é um rol taxativo que diz quais as penas serão aplicadas em nosso código. Exemplo: Privação de liberdade,
perda de bens, multa, prestação de serviços sociais e a suspensão de direitos sendo vedadas penas perpétuas, de morte - salvo em guerra
declarada, de banimento, cruéis e de trabalhos forçados.
O princípio da pessoalidade estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do condenado. Esse princípio impede a punição por fato alheio,
como pode ocorrer, por exemplo, em outros ramos do Direito. Os pais, por exemplo, respondem civilmente pelos atos dos filhos menores.
9) O que é princípio ne bis in idem?
O princípio ne bis in idem é a garantida da proibição da dupla punição pelo mesmo ato.
Página 15 de Penal - Kelly Moreira
10) Justifique o princípio da legalidade à luz da segurança jurídica, compatível com o Estado Democrático de Direito.
O princípio da legalidade diz que não há crime nem pena sem prévia determinação legal.
11) A regra da lei penal é retroatividade ou irretroatividade?
A regra penal é a irretroatividade da lei, salvo se a lei nova for mais benéfica para o réu. A lei penal não retroagirá salvo em benefício do réu.
12) Qual a teoria adotada pelo Código Penal sobre o tempo do crime?
Considerar-se-á praticado o crime no momento da ação ou omissão, mesmo que o resultado seja posterior.
13) Diferencie: novatio legis in mellius e novatio legis in pejus.
O novatio legis in mellius é a lei nova (mais benéfica para o réu de alguma forma ou a conduta deixa de ser crime) e a novatio legis in pejus
piorar a situação do réu de alguma forma.
14) Qual a teoria adotada para determinar o local do crime? Justifique.
A teoria adotada será do local da ação ou omissão do fato, independente do local do resultado.
15) Qual a abrangência do conceito de território no direitopátrio?
O território pátrio consiste em solo, rios, mares, interiores, espaço aéreo.
16) Diferencie: princípio da territorialidade x princípio da extraterritorialidade.
Territorialidade é o solo pátrio, a área geográfica o Estado exerce sua soberania, pode ser incluído o subsolo, mar territorial, plataforma
continental, rios, lagos e o espaço aéreo (solo e mar territorial). Já a extraterritorialidade seria a extensão do território nacional, portanto
prevê a aplicação da lei brasileira em outras localidades no estrangeiro, como embaixadas, navios, aeronaves e carros públicos.
17) Em que consiste extratividade da lei penal mais benéfica?
Que a lei penal não retroagirá, salvo em benefício do réu. A extratividade é a possibilidade da lei penal, depois de revogada, continuar a
regular os fatos ocorridos durante sua vigência ou retroagir para alcançar fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor.
18) Qual o significado da Ultratividade gravosa das leis penais temporárias?
Aplicam-se a fatos ocorridos durante a vigência da lei, aplica-se a Ultratividade, após ter sido autorrevogada, em função de ser lei uma
temporária.
19) A sentença estrangeira possui eficácia em território nacional? Justifique.
Sim, uma vez que preenchidos os requisitos previstos no Art. 19 CP, terá validade em território nacional.
20) Qual a diferença entre prazo penal e prazo processual?
O prazo penal se inicia no primeiro dia da “prisão”, já o prazo processual iniciaria um dia depois da intimação, se houver expediente, caso
contrário, no próximo dia útil. Portanto o prazo processual é mais flexível.
21) O que são frações não computáveis na pena?
Está previsto no Art. 11, que desprezam para a contagem de prazo, as frações de dias (horas, minutos, segundos) e na multa as frações de
cruzeiro (no caso as frações de reais, centavos) não serão considerados.
22) Diferencie crime de contravenção.
Crime são os atos mais gravosos, sua punição é com reclusão ou detenção. Já contravenção, são delitos menos graves, punidos com multa,
prisão simples em regime semiaberto ou aberto.
23) Conceitue crime.
Crime é o ato praticado ou omissivo contrário a uma lei, traz violação ao bem jurídico e é dividido em três formas: Material, Formal ou
analítico.
 Material: dano ou perigo de dano ao bem jurídico.
 Formal: fato proibido por lei.
 Analítico: crime é um fato típico, antijurídico, culpável e punível.
24) Faça o quadro demonstrativo para ilustrar os elementos que compõe a infração penal?
FATO TÍPICO	ANTIJURÍDICO (ilícito) (Art. 23)	CULPÁVEL
 Conduta
 Dolosa
 Culposa
 Comissiva
 Omissiva
 Resultado
 Nexo de causalidade
 Tipicidade
 Não pratica em:
 Legítima defesa.
 Estado de necessidade.
 Estrito cumprimento do dever legal.
 Exercício reg. De um direito.
 Consentimento do ofendido.
 Imputável
 Exigibilidade de conduta diversa
 Potencial conhecimento da ilicitude
ZAFFARONI: CONCEITO ESTRATIFICADO DE CRIME
Página 16 de Penal - Kelly Moreira
25) Qual o conceito de ação segundo a teoria finalista?
É a conduta(intenção) humana dolosa ou culposa voltada a uma finalidade. Trás o Dolo para o núcleo da ação.
26) Há situações em que o agente não atua com dolo ou culpa? Explique.
Sim. Pela ausência da conduta, estado de inconsciência, movimentos reflexos ou força irresistível (forçar um terceiro a praticar o delito ou por
força da natureza). Exemplo: assalto a banco e o gerente facilita a entrada e a abertura do cofre, porque sua família está sequestrada.
27) Quais as fases de realização da ação?
A ação possui sempre duas fases: a interna e a externa.
A interna ocorre na esfera do pensamento, e percorre os seguintes pontos:
a)	representação e antecipação mental do resultado a ser alcançado;
b)	escolha dos meios a serem utilizados;
c)	consideração dos efeitos colaterais ou concomitantes à utilização dos meios escolhidos.
Na fase externa o agente somente exterioriza tudo aquilo que havia arquitetado mentalmente.
28) O que é injusto penal?
O injusto penal é composto de dois requisitos: fato materialmente típico e antijurídico. O fato punível exige três requisitos: fato materialmente
típico, antijurídico e punível. A culpabilidade, como se nota, definitivamente, não integra o conceito de crime em nenhum dos dois sentidos
expostos. Não pertence à teoria do delito. Em outras palavras o injusto penal é o fato apreciado simplesmente quanto à tipicidade e ilicitude,
sem verificar a culpabilidade do agente.
29) Quais os elementos que compõe dolo?
O agente assume o risco ou tem a vontade de praticar o ato para a obtenção do resultado.
30) A regra no CP é crime doloso ou culposo? Justifique.
O dolo é regra e a culpa é exceção. Todo tipo incriminador é doloso, isso está implícito na sua descrição. Já a culpa precisa de previsão
expressa para ter relevância.
31) Quais as teorias que se destacam a respeito do dolo? Quais foram adotadas pelo CP?
Teoria da vontade, do assentimento, da representação e da probabilidade. As teorias adotadas pelo código penal são da vontade(livre e
consciente de praticar o delito) e do assentimento(previsão do resultado, mas não se importa com o fato).
32) Diferencie: Dolo direto e dolo indireto.
Dolo direto é a vontade livre e consciente de praticar o ato.
Dolo indireto é a pratica de um crime com o objetivo de atingir outro resultado. Responde, neste caso, pelo crime mais gravoso.
33) Quais os elementos que caracterizam o tipo culposo?
Os elementos que compõe o tipo culposo são: a conduta involuntária, abstenção do dever de cuidado objetivo, resultado danosoinvoluntário,
resultado previsível, típico e nexo de causalidade.
34) Diferencie: imprudência, negligência e imperícia.
Imprudência – quem não observa o dever legal de cuidado.
Negligência – deixa de agir quando deveria.
Imperícia – não tem aptidão, mesmo que momentânea, para realizar a atividade.
35) Diferencie: culpa inconsciente e culpa consciente.
Culpa inconsciente – o agente não prevê o resultado que era previsível. Ele não quer e não aceita o resultado do seu ato.
Culpa Consciente – tem previsão, mas espera, de fato, que não ocorra. Não assume o risco e pensa poder evitar.
36) Diferencie: dolo eventual e culpa consciente.
Dolo eventual: o agente prevê o resultado, mas assume o risco.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas não assume o risco, acha que pode evitar o resultado.
37) Discorra sobre a compensação de culpas no Direito Penal.
Não existe compensação de culpas no direito penal, uma vez que o ato foi praticado não há que se revidar, tentando assim, compensar a
culpa por ter praticado o mesmo ato. Fica fácil exemplificar com vias de fato, onde um agente foi agredido pelo outro agente e revidou, sendo
assim, os dois respondem pela mesma conduta.
38) O que se entende por dignidade da pessoa humana e qual a sua importância para o direito penal?
A dignidade da pessoa humana é o valor espiritual e moral, inerente a pessoa. Tem como importância no direito penal a limitação do poder de
punir do Estado.
28/04/2015
Classificação de crimes
Página 17 de Penal - Kelly Moreira
Comissivo = dotado de ação por fazer
Omissivo = deixar de fazer
Próprio = Tipificado 135 CP
Improprio = Comissivo por omissão
PRETERDOLOSO
DOLO na conduta
CULPA no resultado
Ex.: 129 CP §2 V, Lesão corporal - resulta aborto.
157
Quanto ao agente
- Comum
QUALQUER UM COMETE
- Próprio
PECULATO - SOMENTE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
- Mão própria
Página 18 de Penal - Kelly Moreira
Falso testemunho
- Quanto ao resultado
 Instantâneo
 Permanente
Observação: Cuidado com os tipos mistos alternativos
EXTORÇÃO MEDIANTE SEQUESTRO ART 159
 Habitual
INDIFERENTE PENAL
FAZ da ação o meio de vida
Continuado - Art. 71 CP
Art. 71 Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica-se lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Página 19 de Penal - Kelly Moreira
Se unifica os crimes aplica a pena de apenas 1.
Exemplo: Estupro de 1 ou de 10 mulheres = 1 crime
Caso da escola do Realengo = 10 crianças ou 1 criança ou todas elas = 1 homicídio com a pena aumentada de 1/6 a 2/3.
Observação:
- Resultado unificado por força de lei.
- Cada parte constitui crime autônomo
- Período de continuidade - JURISPRUDÊNCIA TRÁS COMO REGRA 30 - 90 DIAS.
- Mesmo modo de execução
- Mesmo lugar - Mesma Região (Estado) a depender da interpretação do julgador
- Crimes da mesma espécie
○ 121 - 121
○ 124, 125, 126
- Aplicação pena
○ Se iguais - aumenta a pena de 1/6 a 2/3
○ Se diferentes - a pena mais gravosa acrescida de 1/6 a 2/3
Quanto a atividade
Formal
Conduta→ CONSUMAÇÃO→ Resultado
- Art. 147 / 158 CP
- Exige produção resultado?
- Importa se a vítima se intimidou?
Material
Mera conduta
Conduta → Consumação
- Art. 16 Lei 10.826
- Art. 150 CP
- Precisa haver perigo para a sociedade?
Unissubjetivo
Agente → Crime
1 agente e 1 crime
Plurissubjetivo (Quanto ao agente)
Página 20 de Penal - Kelly Moreira
Mais de um agente para o mesmo crime (Formação de Quadrilha)
Unissubsistente
1 ato → 1 CRIME
Plurissubsistente (atos)
Pluralidade de atos
Exemplo: Art 157 CP
TIPICIDADE
Página 21 de Penal - Kelly Moreira
Tipicidade Formal ↗
Tipicidade Material
Cláusula Roxim (1970)
"Buscar a justiça de cada caso concreto".
Interpretação a justiça à luz da política criminal
- Intervenção Mínima
- Ultima Ratio
Tipicidade Conglobante ANTINORMATIVIDADE (Descrito na Lei mais não está contrário a norma)
ZAFFARONI
Ex.: Oficial de justiça que cumpre ação de despejo, viola domicílio?
Pratica conduta descrita na lei?
Ofende o ordenamento jurídico?
Ex.: Carrasco que executa condenado
- Estrito Cumprimento dever legal
- Lutador - exercício regular do direito
12/05/2015
DANIELLE FERNANDES
SHELREN PERES
WILLIAM PACHECO
Estudo Dirigido (Penal)
1. O que se entende por nexo de causalidade?
Entende-se por nexo de causalidade o vínculo que une a causa, produzida pelo autor, a seu efeito, como
consequência derivada. Art.13 CP
2. Aquele que joga um balde d’água em uma represa completamente cheia, fazendo com que se rompa o dique,
pode ser responsabilizado pelo Art. 254 do CP? Justifique.
Não. Se a represa estava completamente cheia, o balde d’água não acarretaria o rompimento do dique, iria
transbordar. Sim. Por menor que seja a conduta do agente na obtenção do resultado ele será responsabilizado.
3. "A"
a)
b)
c)
causou a morte de "B" imagine a situação:
Produção do revolver pela indústria.
Aquisição da arma pelo comerciante.
Compra revolver pelo agente.
Página 22 de Penal - Kelly Moreira
c)
d)
e)
f)
g)
Compra revolver pelo agente.
Refeição tomada pelo homicida.
Emboscada
Disparos na vítima
Morte da vítima.
O Que pode ser considerado causa?
O disparo da arma de fogo pelo agente contra a vítima.
4. O proprietário da empresa encarregado de fabricar a arma pode ser responsabilizado pelo homicídio?
Não. Se o agente pelo homicídio não for ele, não há crime cometido, uma vez de deve ter autorização para a
fabricação das armas de fogo.
5. A mãe e o pai do agente podem ser responsabilizados pelo crime de seu filho simplesmente por tê-lo gerado?
Justifique.
Os pais podem responder por crime de seus filhos somente se tiverem conduta dolosa ou culposa no crime. A pena é
personalíssima, isto é, não pode passar da pessoa do condenado.
6. Proprietário da casa de armas que vende a terceiro, em desacordo com a norma regulamentadora, pode ser
responsabilizado pelo homicídio?
Sim. Se o resultado for homicídio ele responderá pelo mesmo crime cometido pelo agente.
7. "A" vê seu maior inimigo "B" pendurado em um precipício, prestes a se romper como não vê ninguém "A"
sacode o galho, fazendo a vítima cair, vindo a falecer. "B" morreria de qualquer jeito. Pergunta-se "A"
responde por qual crime? Justifique.
Homicídio Doloso, “A” causou a queda do seu desafeto, por motivo torpe, sem chance de defesa da vítima, enquanto a
circunstancia pedia que agisse de outro modo.
8. Alfredo querendo a morte de Paulo lhe disfere um tiro, acertando-o no tórax. Paulo vem a falecer da ingestão
de veneno, em decorrência de uma intenção suicida. Alfredo responderá por qual crime? Justifique.
Tentativa de homicídio, uma vez que o Alfredo tentou tirar a vida de Paulo, independentemente de ter conseguido em
função do veneno que Paulo havia ingerido antes do disparo.
9. "A" e "B" atiram simultaneamente contra "C" fica provado que o projétil "B" causou a morte de "C", enquanto
"A" somente alcançou levemente o braço de "C". Pergunta-se por qual crime "A" e "B" responderão?
“A” responderá por tentativa de homicídio e “B” responderá por Homicídio.
10. Augusto e Bento discutem. Augusto atira em Bento causando-lhe ferimento que certamente lhe levará a morte.
Logo após o disparo, o prédio desaba e comprova-se que a vítima morreu em decorrência do soterramento.
Augusto responde por qual crime? Justifique.
Tentativa de homicídio, a vítima morreu em função do desabamento e não pelo disparo da arma de Augusto.
11. João sabendo que Paulo é hemofílico desfere-lhe uma facada em região não letal. João sabendo da condição
de Paulo, responde por qual crime? E se João quisesse apenas lesionar e ainda sim Paulo viesse a morrer?
Homicídio, independentemente da vontade do agente, uma vez que ele sabe do quadro clínico de Paulo.
12. "A" desfecha um tiro em "B" no instante em que este tinha um colapso. Prova-se que "B" morreu em
decorrência da conduta de "A" e do colapso. "A" responde por qual crime? Justifique.
Homicídio. Mesmo que “B” não tivesse o colapso ele morreria em decorrência da conduta de “A”.
13. Joaquim é vítima de disparo desferido por Manoel. Chegando ao hospital sofre um atentado terrorista,
Joaquim morre soterrado. Manoel responde por qual crime?
Tentativa de Homicídio, uma vez que a vítima morreu em função do soterramento.
14. João atira contra Pedro, que é socorrido pela ambulância. No caminho ao hospital, Pedro vem a falecer, haja
vista que a ambulância ter capotado. João responde por qual crime? E se ao invés do acidente Pedro viesse a
morrer por infecção hospitalar?
Tentativa de homicídio no caso da ambulância. Já no caso da infecção hospitalar, será homicídio, uma vez que, a
causa que levou a vítima ao hospital, e veio a pegar infecção, foi à conduta do agente.
15. Salva vidas que ao ver ser desafeto afogando não faz nada e este vem a falecer. O Salva-vidas responderá por
qual crime? Justifique.
Homicídio, uma vez qube o salva vidas é o garante da situação e deixa de fazer o que a situação o exigia.
16. O Sobrinho querendo a morte do tio compra lhe passagem aérea na esperança do avião cair. Caso a aeronave
caia, o sobrinho responde por crime? Justifique.
Não. O sobrinho não teve nenhuma conduta na queda do avião, não responderá por nada pois não foi sua culpa do
avião ter caído.
26/05/2015
Página 23 de Penal - Kelly Moreira
26/05/2015
Nexo de causalidade
Teorias
a) Causalidade adequada - somente será causa se houver um fator adequado.
b) Relevância Jurídica - somente se tiver relevância jurídica. Se tiverinterferência do agente para chegar ao resultado.
c) Condutio sine quan non- teoria da equivalência dos antecedentes causais. Adotada pelo CP.
Interferência do Agente
- Tentativa
• Conduta dolosa
• Agente inicie fase de execução
• Não se consume por circunstâncias alheias
• Punição pela tentativa.
○ § único
• Fração é ato discricionário do juiz?
• Tentativa de contravenção - Art. 4º LCP
Espécies
Página 24 de Penal - Kelly Moreira
Impossibilidades
- Crime culposo
- Crime unissubsistente (1 ato)
- Crime omissivo próprio
- Crime habitual
Crime Complexo
Roubo (Subtração + Lesão Grave Ameaça)
- Latrocínio
1) Roubo Consumado + morte consumada
2) Roubo tentado + morte tentada
3) Roubo consumado + morte tentada
4) Roubo tentado + morte consumada
Súmula 610 do STF
02/06/2015
Desistência Voluntária (DV)	
Início da execução
→ Punição:
Página 25 de Penal - Kelly Moreira
→ Importa de quem partiu a ideia para desistência? Não importa, a partir do momento que houve a desistência, não importa de
onde surgiu a ideia.
Voluntariedade ≠ Tentativa
- Fórmula de Frank
"posso, mas não quero (Desistência Voluntária)
Quero, mas não posso". (Tentativa)
- Finalidade: evitar punição pela tentativa.
- Exemplo: efetuar 3 disparos quando eram 6.
- Adentrar domicílio para furtar
- Agente que possuir apenas 1 projétil
Arrependimento Eficaz (AE)
→ Esgota os meios de execução.
→ Arrepende-se
→ Evita a produção do resultado
- Natureza jurídica da DV e AE
→
→
→
→
→ Não arrependimento da produção do resultado
Arrependimento Posterior (A.P)
Art. 16 CP
Causa de redução de pena
Momento: até o recebimento da denúncia
Infrações que permitem: sem violência ou grave ameaça.
→ Violência contra a coisa e não pessoa
→ Se terceiro convencer o acusado de restituir
→ Se a polícia já souber quem é o autor
→ Se a coisa é descoberta pela polícia antes do recebimento da denúncia. (não haverá benefício do arrependimento posterior,
pois não partiu da vontade do agente).
→ Se o terceiro restitui:
*Não se aplica o benefício do Arrependimento Posterior(corrente majoritária), embora tenha julgados que dizem que o interesse da vítima foi
preservado e concedem o benefício.
→ Restituição parcial
*não haverá benefício do AP, pois o bem não foi totalmente restituído.
→ 2 réus:
Página 26 de Penal - Kelly Moreira
*Se 1 réu restituir totalmente, haverá AP para os 2
*Se um dos 2 réus entregar parcialmente os bens, não há o que se falar em AP. "ou tudo ou nada!"
→ Reparação do dano ao invés de restituição
*ficará condicionado à vontade da vítima, uma vez que não tem possibilidade de restituição do bem original.
→ Possibilidade do A.P ao agente que participou crime menos grave.
*Imagine o crime de furto a residência.
*1 entra e emprega violência contra o morador e subtrai o objeto
*o outro se arrepende e devolve o objeto, somente ele será beneficiado pelo arrependimento posterior. Uma vez que houve violência ou grave
ameaça contra a vítima praticado pelo 1º.
→ Restituição após recebimento da denúncia (65, III, B).
*Não haverá arrependimento posterior após o recebimento da denúncia. Mas haverá atenuante, se for reparado o dano antes do julgamento.
Crime impossível
→ Início de atos de execução
→ Presunção relativa
I- Exemplo: Açúcar x veneno
II- Exemplo: Revolver sem munição
III- Exemplo: Falsificação grosseira
IV- Exemplo: palito de dente > homicídio
V- Exemplo: Matar morto
VI- Exemplo: furtar quem não tem $ (Corrente majoritária entende por furto tentado).
→ Crime impossível ≠ crime putativo(imaginário)
→ Delito putativo por obra do agente provocador (flagrante preparado) = Crime impossível
16/06/2015
DANIELLE FERNANDES
SHELREN PERES
WILLIAM PACHECO
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
1- Não. O código penal brasileiro não se preocupou em conceituar o estrito cumprimento do dever legal, mas está
implícito em excludentes de ilicitude.
2- De forma alguma, o oficial de justiça não poderá agir por conta própria ao apreender o aparelho de som e tentar
amparar sua atitude como causa de justificação.
3- Não, nesse caso o policial responderá por homicídio qualificado.
Página 27 de Penal - Kelly Moreira
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Não, nesse caso o policial responderá por homicídio qualificado.
Não. O servidor público deverá agir de acordo com a lei, não podendo fazer o que ela não prevê.
Sim, desde que seja dentro da razoabilidade, não há que se falar em crime.
Sim, dentro dos limites e repelindo, ele poderá ainda, levar o terceiro que está resistindo e tumultuando a apreensão
do bem, pautado no estrito cumprimento do dever legal.
Dependerá da intenção do soldado que matou o amigo, se estava agindo de acordo com as normas e regulamentos
estabelecidos pelos comandos militares, e foi um acidente, sem intenção, poderá sim estar amparado pelo estrito
cumprimento do dever legal.
Não responderá, uma vez que está agindo em cumprimento de ordem judicial.
Sim, o agente responderá pelo excesso cometido.
É preciso que exista um dever legalmente imposto ao agente, geralmente, esse dever é dirigido aos que fazer parte da
administração pública.
EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO
1- Sim, ressalvados os excessos cometidos.
2- Sim. O proprietário poderá cortar os galhos da árvore e raízes que ultrapassem para o seu terreno em local urbano,
desde que, estas lhe venham a causar algum prejuízo.
3- Não. Ele está amparado pelo exercício regular do direito, ao realizar o procedimento de diérese.
4- Sim, o agente responderá pelo excesso cometido.
5- Sim, ele responderá pelos excessos cometidos, nesse caso, responderá o pugilista por homicídio qualificado.
6- A prisão efetuada por um particular é um exercício regular de um direito.
7- Não, o marido deverá responder pelo crime de estupro.
8- Não, o professor não poderá agredir nenhum aluno por nenhum motivo.
9- Não, na verdade o agente estará amparado pelo estrito cumprimento do dever legal.
10- Sim. O agente deverá conhecer as causas de excludentes para que se beneficie delas.
11- Não excluirá o crime. Poderão ser responsabilizados pelo erro médico.
12- Dependerá da intenção do atleta, uma vez que, agindo sem dolo, poderá ser causa decorrente da prática do esporte.
13- Dependerá da intenção do agente, que poderá responder pelos excessos cometidos.
14- Não poderá ser responsabilizado por homicídio, uma vez que estava na prática do esporte, e o que ocasionou a morte
foi reação biológica que a vítima sofreu.
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
1- Sim, o consentimento do ofendido encontra-se amparado como fato antijurídico, desde que não ultrapasse da
normalidade.
2- Não poderá ultrapassar a normalidade, nem causar lesão corporal grave, óbito, etc.
3- Sim. Para que seja dado consentimento, o ofendido deverá ser absolutamente capaz.
4- Não há possibilidade de consentimento de bens indisponíveis, como a vida, a liberdade, etc.
5- Não. A integridade física é um bem indisponível, haverá disponibilidade desde que não cause algum tipo de lesão
corporal de forma mais gravosa.
6- Sim. Deverá ser na hora do consentimento, não podendo ser posterior.
7- Sim, desde que não ultrapasse os limites da normalidade.
Faça um quadro com as principais distinções das excludentes de ilicitude abaixo.
Legítima Defesa	Estado de necessidade	Exercício regular de um direito	Estrito cumprimento do
dever legal.
Quando o agente
pratica o ilícito não
podendo agir de
outra forma.
Quando o agente pratica o
ato a fim de salvaguardar
outro bem, por exemplo,
salvar sua vida e mata outra
pessoa.
O ilícito termina necessariamente
quandocomeça o abuso, posto que, o
direito deixa de ser exercido
regularmente, mostrando-se abusivo,
caracterizando a sua ilicitude.
Quando o agente está
amparado pela lei ou pela
obrigação de fazer, não
podendo ultrapassá-los
em nada.
Página 28 de Penal - Kelly Moreira

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