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ROTEIRO EXAME FÍSICO

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Criado por Rachel Souto 11/06/2007 1 
Curso de Medicina-Propedêutica 
Roteiro Exame Físico -2007-1 
Rachel Souto 
 
Antes de começar o exame físico, deve-se lavar as mãos, apresentar-se ao paciente 
cordialmente e explicar a ele tudo o que você irá fazer. 
 
Lembrar que todo o exame deve ser feito à direita do paciente. 
 
 ECTOSCOPIA 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: 
• Lúcido 
• Letárgico ou sonolento: dorme em interrupções na conversa, ex: exaustão, baixo 
nível de consciência, pós cirúrgico, ação de medicamentos. 
• Torpor: dificuldade de se manter acordado, não interage, apatia. 
• Obnubilado: dificuldade de se manter acordado, não interage, respostas incoerentes. 
• Coma: ausência de resposta ao estímulo auditivo. Superficial: resposta ao estímulo 
álgico/ Profundo: ausência de resposta ao estímulo álgico. 
ORIENTAÇÃO: 
• Orientado no tempo e espaço 
• Desorientado no tempo e no espaço 
? Têmporo- espacial- alopsíquica e autopsíquica 
COOPERAÇÃO: 
• Cooperativo 
• Pouco cooperativo 
ESTADO GERAL 
• Bom 
• Regular 
• Ruim 
ESTADO NUTRICIONAL 
• Eutrófico 
• Obeso 
• Emagrecido 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 2 
• Caquético 
 
ESTADO DE HIGIENE 
• Bom 
• Regular 
• Ruim 
POSTURA NO LEITO 
• Restrita ao leito 
• Ativa ou atípica 
POSIÇÃO PREFERENCIAL 
• Ortopnéica (ex: insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite volumosa) 
• Pseudoortopnéica (cama elevada à 30º. Ex: doenças pulmonares com secreção) 
• Cócoras (crianças com cardiopatia congênita cianótica com fluxo sanguíneo pulmonar 
diminuído) 
• Decúbito (pode ser por hábito ou para aliviar da dor) 
• MMII fletidos 
• Genu peitoral ou prece maometana (ex: pancreatite, derrame pericárdico) 
FÁCIES 
• Atípica: aparente ausência de doença 
• Doença aguda (sofrimento) 
• Doença crônica 
• Doença terminal 
• Renal: edema de periorbitário principalmente pela manhã, 
palidez cutânea (ex: síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda). 
• Parkinsoniana: a cabeça inclina-se um pouco para frente e 
permanece imóvel nesta posição. O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada 
emprestam ao paciente uma expressão de espanto. Parece uma figura com máscara. A pele 
fica oleosa, e pode haver salivação pelo canto da boca. 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 3 
• Acromegálica: saliência das arcadas supra-orbitárias, 
proeminência das maças do rosto e maior desenvolvimento maxilar inferior, além do aumento 
do nariz, lábios e orelhas, fazendo com que os olhos fiquem pequenos. Ex: alta de 
GH/acromegalia 
• Mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, 
pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. As pálpebras tornam-se infiltradas e 
enrugadas (edema periorbitário). Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. 
Expressão fisionômica indicativa de desânimo e apatia. Ex: hipotireoidismo. 
• Cushingóide: Face em lua cheia,arredondamento do rosto , 
aparecimento de acnes e bochechas avermelhadas. Ex: síndrome de Cushing 
• Hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos. O nariz afila-se, e os lábios se 
tornam adelgaçados. Batimentos das asas do nariz costumam se observados. Quase sempre o 
rosto está coberto de suor. Palidez cutânea e uma discreta cianose labial. Ex: doenças graves e 
quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que evoluem de modo mais ou menos 
lento. 
• Basedowiana: exoftalmia, nariz fino, rosto magro, pele úmido e 
presença de bócio difuso. Ex: hipertireoidismo e Doença de Graves. 
• Leonina: alterações produzidas pelas lesões do mal de Hansen. A pele, além de 
espessa, é sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 4 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 5 
número. Os supercílios caem, o nariz espessa e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e 
proeminentes. As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. A barba 
escasseia ou desaparece. Ex: hanseníase 
• Adenoidiana: nariz pequeno e afilado e boca sempre entreaberta. Ex: crianças 
portadoras de hipertrofia de adenóide. 
• Mongolóide: presença de prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem 
distantes um do outro. Rosto redondo, boca quase sempre entreaberta e uma expressão 
fisionômica de pouca inteligência ou mesmo de completa idiotia. Ex: síndrome de Down 
• Paralisia facial periférica: assimetria da face, com impossibilidade de fechar as 
pálpebras do lado afetado, repuxamento da boca para o lado são e apagamento do sulco 
nasolabial. 
• Pletórica: cianose das bochechas, lábios, lobos das orelhas e face anterior do pescoço. 
Ex: DPOC (bronquite crônica) 
IDADE APARENTE 
Comparar com a idade cronológica 
LESÕES APARENTES: 
• Quelóide (formação fibrosa rica em colágeno saliente, de consistência firme, bordas 
nítidas) 
• Hiperceratose plantar ou palmar (produção excessiva de ceratina ou queratina) 
• Queratodermia plantar (pé rachado) 
• Amputações 
• Estrias (hipocrômica ou hipercrômica; hipertrófica ou atrófica) 
• Cicatrizes (tecido fibroso, pode ser hipertrófica, hipotrófica ou atrófica) 
• Deformidades: hálux em valgo 
 UNHAS 
Coiloníquia: unha em forma de colher, encontrada na anemia ferropriva. 
Unha em vidro de relógio: aumento da convexidade normal, encontrada na Tetralogia de 
Fallot, estenose pulmonar e pessoas de raça negra sem qualquer enfermidade 
Onicólise: deslocamento indolor entre a placa ungueal e o ungueal 
Leuconíquia: manchas brancas (“mentira”) 
Paroníquia: inflamação do tecido epidérmico periungueal (“unha de lavadeira”) 
Onicomicose: micoses embaixo da unha 
Unhas distróficas: espessadas, rugosas e de forma irregular 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 6 
OBS: Baqueteamento digital: dedo em baqueta de tambor, encontrado em casos de enfisema, 
tuberculose pulmonar. Baqueteamento digital + unha em vidro de relógio = cianose crônica; 
doença crônica, exemplo, DPOC, ICC, Tetralogia de Fallot 
 
PRESENÇA DE ACESSOS, DRENOS OU SONDAS: 
• Acesso venoso periférico 
• Acesso venoso central 
• Tubo orotraqueal 
• drenos 
• Sondas vesicais 
• SNG (sonda naso-gástrica) 
• Ostomias (ex: traqueostomia – qualquer operação pela qual uma abertura permanente é 
criada entre 2 órgãos ocos ou entre uma víscera oca e a pele, externamente) 
 
AVALIAÇÃO DE PELE E MUCOSAS: 
• Estado de hidratação: mucosa oral, mucosa conjuntival, pele (normo-hipohidratado). 
Deve-se puxar o lábio inferior com o e ver se está úmido entre os dente e o lábio na 
mucosa oral, puxar para baixo a pálpebra inferior, expondo a mucosa conjuntival. 
 
• Turgor e elasticidade: parte medial do antebraço (cutâneo e subcutâneo – 4+) – deve-
se puxar o tecido cutâneo e subcutâneo de forma suave e avaliar se há retorno imediato ao 
contorno normal ou se o retorno é lento. 
 
• Anemia: mucosa conjuntival (puxar pálpebra inferior para expor a mucosa) e palma 
da mão (dorso também). 
Normocorado, hipocorado (4+). 
 
• Icterícia: Frênulo da língua, esclera e pele. (4+) (≠betacarotenemia – SOMENTE NA 
PELE) – ictérico/anictérico. 
 
• Cianose: Sob luz natural observar lábios, ponta do nariz, lóbulos das orelhas, 
extremidades das mãos e pés (leito ungueal) (4+) 
 
o Central: baixa saturação de oxigênio (shunt anatômico), função pulmonar 
comprometida (trocas gasosas prejudicadas), pressão atm reduzida (grandesaltitudes), anormalidades da Hb (metehemoglobina, carboxihemoglobina). 
Baixo débito cardíaco (ICC, com cianose nas extremidades e tronco por 
priorização de órgãos alvo), 
 
o Periférica: exposição ao frio (vasoconstricção), obstrução arterial. 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 7 
OBS2: 
Icterícia é definida por aumento da taxa de bilirrubina no sangue e nos tecidos 
Paciente anêmico é mais difícil de ficar cianótico, pois precisará ter 50% de hemoglobina 
reduzida, e se isso ocorrer significa que o estado da paciente é grave. Uma pessoa normal para 
ficar anêmica precisa ter 25% de hemoglobina reduzida. 
Cianose deve ser procurada no rosto especialmente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos 
lobos da orelha e nas extremidades das mãos e pés. Ocorrem dois tipos a generalizada ou 
localizada (sempre obstrução de uma veia que drena para uma região) 
Cianose central insaturação arterial excessiva permanecendo normal o consumo de oxigênio 
nos capilares. Fatores ↓ da tensão do O2 no ar inspirado /hipoventilação pulmonar /curto 
circuito (shunt) 
Cianose periférica conseqüência da perda exagerada de oxigênio ao nível de rede 
capilar.Pode ocorrer por estase venosa ou ↓ funcional ou orgânica do calibre de vasos da 
microcirculação. 
Obs : um dedo cianótico : cianose periférica 
 Mais de um dedo cianótico : cianose central ENTRETANDO ISSO NÃO É REGRA. 
 
Cianose central X cianose periférica 
↓ das trocas gasosas X Hipoperfusão 
Hipoventilação X Vasoconstrição 
Distúrbios de trocas gasosas X ↓ DC 
Shunt anatômico X obstrução venosa e arterial 
 
TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE 
• Normal 
• Diminuídos 
ENCHIMENTO CAPILAR 
No leito ungueal: Perfusão periférica ok - perfusão de órgãos nobres-ok 
• Normal 
• Lentificado 
LESÕES DE PELE 
• Ausência 
• Presença: Local: 
Tipo: mácula, pápula ou ulcerativa 
Cor: hipercrômica, hipocrômica, eritematosa, violácea 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 8 
Bordas: bem delimitadas ou não 
Secreção: cor e quantidade 
• Manchas (> 1 cm) ou máculas (< 1 cm) – hipocrômica, hipercrômica ou acrômica 
• Hematomas (bolsa embaixo) ou equimoses 
• Petéquias (pequenas lesões hemorrágicas) 
• Pápulas (massas palpáveis, elevadas e sólidas até 1 cm) 
BIOTIPO 
• Normolíneo(ângulo Esterno-rebordo costal (Charpy) = 90º). 
• Brevelíneo(ângulo Esterno-rebordo costal (Charpy) > 90º). 
• Longilíneo(ângulo Esterno-rebordo costal (Charpy) < 90º). 
 
 
 SINAIS VITAIS 
 
Pulso radial (PR = 60 a 100 bpm) 
Freqüência respiratória (FR = 12 a 20 irpm) 
Temperatura axilar (Tax até 37,5ºC) 
Pressão arterial (PA < 140 x 90 mmHg) – MS direito e esquerdo e pelo menos duas posições 
PULSO RADIAL: 
Batimentos regulares: 15 seg 
Batimentos irregulares: 1 min. 
• Taquisfgmia: > 100bpm 
• Bradisfgmia: < 60 bpm 
Freqüência cardíaca = radial, com exceção em arritmias cardíacas – taquiarritmia (fibrilação 
atrial) FC > PR 
Atenção, não realizar em pacientes com FAV, cateterismo... 
Pulso femoral: difícil acesso 
Pulso carotídeo: hipersensibilidade do seio carotídeo- SNPS- acetilcolina - diminui FC 
(estímulo vagal, que leva a bradicardia e a síncope) 
Localização: lateral ao punho 
Técnica: posicionar com 2 dedos 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
Contar sem o paciente perceber 
• Bradipnéia: < 12irpm 
• Taquipnéia: >20 irpm 
Hiperventilação = respiração profunda 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 9 
Temperatura axilar: 
Retirar o termômetro após 3 minutos 
• Normal de 36,8 a 37,5˚C 
• Febrícula de 37,5ºC a 38,6ºC 
• Febre > 38,6ºC Fonte exame clinico-porto 
 
OBS3: 
• A T axilar é até 1ºC menor que a T retal. Quando ocorre dissociação da T axilar – retal > 
1ºC, indica sinal de irritação peritoneal, sendo denominado sinal de LENANDER. 
• Pode ocorrer da T retal ficar menor que a T axilar. Isto indica infarto entero-mesentérico. 
• Sinal de Faget: é uma dissociação da temperatura e FC (há um aumento maior que 10 
bpm a cada 1ºC elevado). Comum nas requeticioses (febre amarela, febre tifóide, dengue, 
leptospirose). 
 
PRESSÃO ARTERIAL: 
 
OBS4: a PA MMII > PA MMSS é normal, porém quando a PA MMII > MMSS mais que 20 
mmHg na sistólica, devemos suspeitar de Insuficiência Aórtica (sinal de Hill). 
Diferença de PA entre membros superiores diastólico 15 e sistólico 10 
Diferença de PA entre membros inferiores diastólico e sistólico não muda. 
Diferença de PA entre membros superiores e inferiores diastólico 20 e sistólico não muda 
• Hipotensão postural: diferenças > 20 mmHg na sistólica e/ou > 10 mmHg diastólica 
entre estar deitado x sentado ou sentado x em pé 
• Normotenso: até 138 x 88 mmHg 
• Hipertenso: > 138 x 88 mmHg 
 
Método palpatório deve preceder o método auscultatório:? 
o Identificar valores de PA sistólica aproximado 
o Evita desconforto, evita colabamento de artéria em idosos e hiato auscultatório. 
 
OBS5: Hiato auscutatório – não ouve a fase I, pula a fase II e ouve a fase metálica, ocorre 
geralmente em artéria calcificada (idoso). 5 sons de Korotkoff: I= sistólica e V= diastólica 
I) surdo (sistólica) – antes a pressão do manguito é exatamente igual a da artéria } HIATO 
AUSCULTATÒRIO 
II)sopro – o sangue está turbilhonando 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 10 
III) metálico – fluxo constante 
IV )abafado – pressão na qual consegue dilatar toda a artéria 
V )silêncio (diastólica) 
 
Técnica de aferição da PA (IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) 
1) Explicar o procedimento para o paciente 
2) Certificar-se que o paciente: não está de bexiga cheia, praticou exercícios físicos, não 
ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos e nem fumou até 30 minutos antes. 
3) Deixar o paciente descansar por 30 minutos, deitado. 
4) Usar um manguito de tamanho adequado (bolsa de borracha com largura = 40% e 
comprimento = 80% da circunferência) 
5) Localizar a artéria braquial por palpação. 
6) Liberar o braço de roupas que o comprimam. 
7) Colocar o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital, centralizando a 
bolsa inflável sobre a artéria braquial. 
8) Manter o braço do paciente na altura do coração. 
9) Método palpatório: Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para 
estimar a pressão sistólica, desinsuflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos (até 1 
minuto) antes de inflar novamente. 
10) Método auscultatório: Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria 
braquial, sem compressão excessiva. 
11) Solicitar o paciente que não fale durante o procedimento. 
12) Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica 
pelo palpação. Desinflar lentamente. 
13) Desinflar com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, 
evitando congestão venosa e desconforto. 
14) Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som. 
15) Determinar a pressão diastólica no momento do desaparecimento do som e depois 
desinflar completamente e rápido. 
16) Registrar os valores da pressão sistólica e diastólica obtido na escala que varia de 2 
mmHg em 2 mmHg, EVITANDO arredondar para valores terminados em zero ou cinco 
(NÃO HÁ NA ESCALA DO MANÔMETRO!!!Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas 
medidas). 
17) Realizar no mínimo duas medidas dapressão por consulta, na posição sentada, e se as 
diastólicas apresentarem diferenças acima de 5 mmHg, fizer novas medidas até se obter 
menor diferença. 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 11 
18) Na primeira avaliação as medições devem ser feitas em ambos os membros superiores e 
em pelo menos duas posições (sentada e deitada). Em caso de diferença, utilizar sempre o 
braço de maior pressão. 
19) Em pacientes com arritmias cardíacas, desinsuflar o manguito mais lentamente ainda e 
obter-se pelo menos 3 medidas e calcular a média delas. 
 
OBS6: para dar diagnóstico de hipertensão arterial, se a pressão for a mesma nos dois braços e 
nas duas pernas, aferir a pressão só em um braço na 3 posições, para a primeira consulta. 
Agora se a pressão for muito alta (220 x 180 mmHg), não dar o diagnóstico de hipertensão 
arterial, mas começa a tratar o paciente. 
 
Importância do método palpatório: 
• Desconforto do paciente com insuflação excessiva do manguito 
• Presença do hiato auscultatório 
• Compressão excessiva em pessoas idosas – Sinal de Osler (indicativo de endurecimento 
da parede arterial (aterosclerose com ou sem calcificação). Maior pressão será necessária para 
ocluir a artéria endurecida, originando um erro para mais na leitura da sistólica. É o conceito 
de pseudohipertensão) 
CONSIDERACOES IMPORTANTES !!! 
• Método direto é a medida da pressão intra-arterial - invasiva que se faz em CTI ou 
experimentalmente. 
• Método indireto é o que nós fazemos habitualmente. 
• Medida da pressão nos dois braços: Toda que vez que se avalia um paciente pela 
primeira vez deve ser medida a PA nos dois braços e em duas posições. Na prova você 
vai perguntar se quer que afira desta forma ou não. 
Aferir nos 2 braços - pode haver uma diferença entre eles. Patológica (> 20 mm Hg na PA 
Sistólica e > 10 mm Hg na PA Diastólica) que é um sinal de obstrução periférica ou central 
(coarctação da aorta) ou fisiológica (neste caso, você deve passar a medir a pressão do 
paciente sempre no braço que der o maior valor). Em mais de uma posição para avaliar 
hipotensão postural. 
• Medida da pressão na altura do coração: é mais fidedigna, pois reflete mais 
exatamente a força que o coração está fazendo para vencer a resistência periférica 
naquela altura. Isto gera problema nos aparelhos que medem no punho, já que é 
importante levantar o braço para que fique na altura do coração. 
• Déficit de pulso: Déficit de pulso não é exatamente um termo adequado. Você tem uma 
freqüência de pulso (PR) menor do que a FC quando o débito cardíaco não é suficiente 
para gerar uma onda de pulso, isto é, o paciente com arritmia (mais freqüentemente 
fibrilação atrial) quando está muito taquicárdico, não consegue gerar um débito adequado 
em todos os batimentos. 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 12 
 CABEÇA 
 
Cabeça, couro cabeludo, cabelo e crânio 
• Crânio: forma, simetria, volume (hidrocefalia), abaulamentos, retrações. 
• Couro cabeludo: lesões, cicatrizes, descamações. 
• Cabelo: Implantação, quantidade (hirsutismo – alterações hormônios gonadais), 
textura (hipertireoidismo-cabelos finos/ hipotireoidismo – cabelos grossos), distribuição (em 
faixas/ alopecia total/ parcial/ masculina/ feminina). 
• pediculose 
• Seborréia 
 
Exame geral da fase 
• Simetria 
• Expressão fisionômica ou mímica facial - denuncia o estado de humor do individuo: 
tristeza, desânimo, esperança, desespero, ódio, alegria. 
• Pele 
• Pelos 
 
Sobrancelhas 
• Madarose: hanseníase e hipotireoidismo 
• Hipertricose 
• Rarefação 
• Cicatriz 
 
Pálpebra 
• Edema (hipervolemia, síndrome nefrótica, TC e hipotireoidismo). 
• Ptose 
• Retração (Graves): da pálpebra superior – olho “arregalado”, principalmente 
hipertireoidismo. 
• Xantelasma (dislipidemia): placas amareladas 
• Hordéolo (tersol: obstrução do folículo piloso) 
• Calázio (inflamação das glândulas lacrimais) 
• Sinal de Romanã (edema periorbital da doença de Chagas) 
• Rarefação de cílios (desnutrição) 
 
Conjuntiva 
• Hemorragia (picos hipertensivos) 
• Petéquias (meningite e insuficiência Hepática) 
• Pode ocorrer conjuntivite, infecção da córnea, irite aguda e glaucoma agudo. 
• Hemorragia subconjuntival 
• Geralmente as conjuntivas são róseas, vendo-se a rede vascular levemente desenhada. 
Tornam-se pálidas nas anemias, amareladas na icterícia e hiperemiadas nas conjuntivites. 
 
Esclera 
• Coloração 
• Pterígio 
• Pinguécula (pontos amarelos na esclera) 
• Azul (osteogenes; imperfeita) 
 
 
 
Pupila 
• Forma 
• Localização 
• Tamanho (variável de acordo com a claridade). Midríase pupila dilatada e miose 
pupila contraída. 
Anisocoria pupilas de tamanho desigual 
 
 
 
• Reflexos – fotomor, consensual e de acomodação convergência. 
 
Íris 
• Halo senil - azulado (em jovem pensar em dislipdemia) 
• Catarata – branco (na pupila) 
• Assimetria 
 
Ducto lacrimal 
• Inflamação (pode sair pus, eritema) 
• Obstrução (edema) 
 
Obs: Nas fraturas de base de crânio é comum o sinal de guachinin (equimose infra-orbitária), 
além de sinal de Battle, rinorréia e otorréia. 
 
Nariz 
• Septo nasal (centrado/desviado) 
• Secreção nasal (rinorréia/epistaxe) 
• Plexo venoso de Kiesselbach 
 
Seios da face 
• Localização anatômica e projeção topográfica na face (Maxilar, etmoidal, frontal, o 
esfenoidal não é palpável) 
• Técnica de inspeção/ palpação/ transiluminação 
• Palpação Mastóidea 
 
 Variações e anormalidades dos olhos 
 Ptose 
Queda da pálpebra superior. Causas incluem miastenia grave, lesão de nervo oculomotor. 
E lesão da invervação simpática (sinal de Horner) 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 13 
Retração Palpebral 
O olho arregalado sugere retração palpebral – neste caso da pálpebra superior. As pálpebras 
retraídas e o atraso palpebral costumam ser secundários a hipertireoidismo. O olho só fica 
protuso quando existe exoftalmia concominante. 
 
 
Exoftalmia 
O globo ocular faz uma protusão para frente. O processo quando bilateral sugere oftalmopatia 
infiltrativa da doença de Graves, uma forma de hipertireoidismo. 
 
 
Epicanto 
É uma prega vertical de pele situada sobre o canto medial. São vistas na síndrome de Down. 
 
Edema Periorbital 
Como a pele nas pálpebras fica frouxamente ligada aos tecidos subjacentes, o edema tende a 
acumular-se com facilidade neste local. As causas incluem alergia, inflamação local, celulite, 
mixedema e situações de retenção de líquidos, como síndrome nefrótica; 
 
Gordura herniada 
A gordura pode ser causa de aumentos volumétricos das pálpebras. Empurra a aponeurose 
palpebral enfraquecida para frente e produz bolsas nas pálpebras inferiores, no terço interno 
das pálpebras superiores ou em ambas. 
 
Pavilhão auricular 
• Implantação (síndrome de Down e má formação renal) 
• secreção 
• forma 
• Otite externa: descamação, lesões aparentes externas, dor à compressão do trago, dor à 
tração do lobo e da hélice. 
• Otite média: dor ao palpar processo mastóide e região retro-auricular 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 14 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 15 
 
 
Cavidade oral 
• Lábio: paralisia facial (desvio da comissura); quelite angular (desnutrição/anemia 
ferropriva); herpes. 
• Abrir a boca e retirar a prótese se caso possuir 
• Dentição e gengivas: verificar estado de conservação/sangramento/hiperplasia(sinal 
de leucemia mielóide aguda) 
• Língua: papilada (despapilada: deficiência de vit. B12 ou de ácido fólico, e anemia 
megaloblástica), lesão, candidíase. 
• Mucosa jugal: úlceras, áfitas (HIV/citomegalovírus), manchas de Koplic (são brancas 
e indicam sarampo) 
• Orofaringe: verificar pilares, tonsilas palatinas, úvula. 
• hálito 
Obs: parótida: localizada no ângulo da mandíbula, verificar – hipertrofia, sensibilidade, 
dificuldade de abri r a boca, apagamento do ângulo da mandíbula (caxumba). 
 
 Pescoço 
 
Inspeção: 
• Mobilidade 
• Abaulamento 
• Retração 
• Desvios Coluna 
• Traquéia: Centrada / Desviada 
• Pulsação anormal 
 
 
Palpação: 
 
Cadeias de Linfonodos 
Localização: 
• Occipital (rubéola, mononucleose, linfoma ) 
• Retro-auricular 
• Pré-auricular 
• Amigdáliano 
• Submandibular 
• Submentoniano 
• Cervical anterior: 
 .Superficial (lateralizar a cabeça). 
 .Profundo (inclinar a cabeça). 
• Cervical posterior 
• Supraclavicular 
• Infraclavicular 
• Axilares 
• Inguinais 
• Epitroclear (geralmente na sífilis) 
 
 
 
 
 
Definir 
• Tamanho, 
• Localização, 
• Consistência (fibroelástica – normal pétrea – neoplasia, endurecido – infecções, 
liquefeito – TB), 
• Sensibilidade, 
• Móvel ou aderido, 
• Confluência, fístula 
• Sinais flogísticos. 
 
Sinal de Drusier: linfonodo de Virshow (supraclavicular à esquerda) indica neoplasia gástrica 
Linfonodo supraclavicular à direita, indica tumor de pulmão, ex: pancoast. 
Linfonodo Irmã Maria Josefina: linfonodo periumbilical e indica neoplasia intestinal 
 
 TIREÓIDE 
 
Inspeção 
Palpação: osso hióide – processo laríngeo da cartilagem tireóide – membrana cricotireóide – 
cartilagem cricóide – istmo 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 16 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 17 
1) Empurra a traquéia ipsilateralmente 
2) Entre a Traquéia e ECOM está um lobo da tireóide 
• localização 
• tamanho 
• Dolorosa ou não 
• consistência 
• superfície 
• mobilidade 
 
Técnica de palpação: 
1-Paciente sentado, o examinador de pé e atrás dele (abordagem posterior); as mãos e 
dedos do médico envolvem o pescoço do paciente, à exceção dos polegares que estarão 
situados na região posterior do pescoço. Nesta posição, os lobos da tireóide serão 
palpados da seguinte maneira: o lobo direito, pelos indicadores e médio da mão 
esquerda, enquanto os dedos da mão direita afastam o ECOM; o lobo esquerdo será 
palpado por manobra inversa. A. cabeça do paciente deverá estar ereta. 
2-Paciente sentando, o examinador em frente ao mesmo (abordagem anterior). Os 
polegares andarão latero-medialmente ao pescoço, na tentativa de delimitar a glândula. 
O movimento de deglutição com os polegares sobre o istmo da glândula é indispensável 
para a verificação da mobilidade da glândula. 
 
Ausculta (devido a aumento do fluxo vascular) – pedir para o paciente parar de respirar caso 
haja sopro para diferenciá-lo da respiração 
 
Obs.: sopro indica hipervascularização devido à doença de Graves (é um sopro sisto diastólico 
diferente do carotídeo que é sistólico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APARELHO RESPIRATÓRIO 
? Linhas anatômicas do tórax: 
 
 
 
 
 
 
Inspeção estática 
• Forma do tórax (atípico, tonel, peito de pombo, chato ou plano, escavado, cônico ou 
em sino). 
• Simetria (traquéia centrada) 
• Abaulamentos ou retrações 
• cicatrizes 
• Lesões da pele 
• Alterações de pêlo (tricotomia/rarefação de pêlos) 
• ginecomastia 
• Circulação colateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 18 
Alterações da forma do tórax: 
• Atípica 
• Tonel ou Barril: diâmetro AP aumentado, dificuldade de expiração, principalmente 
DPOC. 
• Quereniforme (“peito de pombo”): diâmetro AP aumentado pelo deslocamento do 
anterior do esterno 
• Chato: congênito ou decorrente de doença caquenizante 
• Pectus Escavatum (peito escavado): depressão na porção inferior do esterno 
• Cifótico: diminuição da capacidade de expansão, pneumopatia restritiva. 
• Cônico ou tórax em sino: parte inferior alargada exageradamente - grandes ascites ou 
hepato-esplenomegalia. 
• Traumático 
 
 
 
 
 
 
Inspeção dinâmica 
Eupnéico/taquipnéico/bradipnéico (freqüência cardíaca ) 
 
Tipo de respiração: 
• Atípica 
• Kussmaul (cetoacidose diabética): respiração que podem ser rápida, lenta ou normal, 
seguidas de apnéia. Inspirações profundas seguidas de pausas e expirações curtas também 
seguidas de pausa 
• Biot: apresenta uma fase de apnéia seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios 
diferentes quanto ao ritmo e a amplitude. Pode indicar comprometimento cerebral. 
Respirações de amplitude variável-com períodos de apnéia 
• Cheyne-stoke (hipoperfusão do bulbo – AVE, ICC, ICE e hipertensão intracraniana): 
caracteriza-se por uma fase de apnéia seguida de respirações cada vez mais profundas, até 
atingir o máximo para depois vir decrescendo até nova pausa. Respiração dispnéia superficial. 
apnéia 
• Dispnéia: uso da musculatura acessória – tiragem intercostal, supraclavicular, ECOM, 
trapézio e reto abdominal = taquidispnéia. 
? Batimento da asa do nariz 
? Cianose 
? Baqueteamento digital e unha em vidro de relógio 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 19 
• Padrão respiratório: tóraco-abdominal, torácica, abdominal, uso de musculatura 
acessória. 
 
Observações: 
• Platipnéia – dificuldade para respirar em posição ereta, aliviada na posição deitada, ou 
seja, é o contrario da dispnéia de decúbito. Ex pneumectomia 
• Ortopnéia – dificuldade para respirar na posição deitada 
• Trepopnéia condição na qual o paciente se sente mais confortável para respirar em 
decúbito lateral.Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva , derrame pleural 
 
 
Palpação 
• Elasticidade: Antero-posterior / latero lateral dizer se esta preservada ou não 
• Expansibilidade: ápice, região posterior, região lateral, região anterior. 
 Diminuição bilateral: enfisema pulmonar 
 Diminuição unilateral: atelectasia, fibrose, fratura de costela, derrame pleural, 
pneumotórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 20 
TODAS AS SINDROMES TEM EXPANSIBILIDADE DIMINUIDA. 
• Frêmito toraco vocal: ápice, região posterior (delimitar com a borda das mãos), região 
lateral (3 andares), região anterior } sempre com a mesma mão e em corda grega . Sensação 
tátil do ar entrando. 
 
 
Locais para verificação do frêmito 
 
 
 
 
 
 
 
 33→33 
 ↓ 
 33←33 
 ↓ 
 33→33 
 ↓ 
 33 
 
 
Locais no tórax para avaliação 
do FTV 
 
 
Percussão: 
Ápice (percutir em cima da clavícula), região posterior, região lateral, região anterior (no 2º 
EIE, 2ºEID e 4ºEID – verifica o lobo médio que é anterior) 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 21 
 
 Tipos de som: 
 
 
• Claro atimpânico: pp pulmão 
• Timpânico: Vísceras ocas 
• Maciço ou submaciço: osso, fígado e baço. 
 
 
AuscultaÁpice, região posterior, região lateral, região anterior ({2ºEIE, 2ºEID} ambos são locais 
comuns de sibilos, 4ºEID) 
Padrão Normal Murmúrio Vesicular universalmente audível. 
 
Obs.: orientações ao paciente: boca entreaberta, inspiração e expiração um pouco mais 
profunda. 
Obs: Murmúrio vesicular: produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as 
suculências das bifurcações brônquicas ao passar por cavidades, tamanhos diferentes, tais 
como bronquíolos e alvéolos. 
 
 
 
 
 
 
 GRANDES SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS 
Consolidação total Hemitórax esquerdo 
 
Inspeção estática: 
• Sem alterações 
 
Inspeção dinâmica: 
• Taquidispnéico, 
• Esforço respiratório, 
• Musculatura acessória 
 
Palpação: 
• Expansibilidade diminuída ou normal em HTE 
• FTV aumentado em HTE 
 
Percussão: 
• Maciço em THE 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 22 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 23 
 
Ausculta: 
• MV diminuído, 
• Com presença de estertores, creptantes e. 
• Pode existir a presença de sopro tubário (som do ar no brônquio que não consegue chegar 
ao alvéolo). 
 
Derrame pleural volumoso em base de Hemitórax Direito 
 
Inspeção 
• Deslocamento da traquéia contralateral a lesão 
• Abaulamento (tb pode existir no empiema) na base de hemitórax direito 
• Pode adotar posição preferencial decúbito lateral direito 
• Dispnéico ou taquidispnéico+ esforço respiratório 
• Pode ter uso de musculatura acessória 
• Expansibilidade diminuída ou abolida base do hemitórax direito 
 
 Palpação 
• Expansibilidade diminuída ou abolida BHTD 
• FTV abolido ou diminuído BHTD 
 
 Percussão 
• Macicez em BHTD 
 
Ausculta 
• MV diminuído ou abolido em BHTD, 
 
Pneumotórax hipertensivo em 1/3 MHTE(hiperinsuflação) 
 
Inspeção 
• Deslocamento da traquéia contralateral à lesão 
• Retração dos EI em 1/3 MHTE 
• Dispnéico ou taquidispnéico 
• Uso musculatura respiratório acessória 
• Expansibilidade diminuída em 1/3 médio do HTE 
• Dor pleurítica em 1/3 MHTE e pode adotar posição preferencial 
 
Palpação 
• Expansibilidade diminuída em 1/3 MHTE 
• FTV abolido ou diminuído em 1/3 MHTE 
 
 Percussão 
• Hipertimpanismo ou timpanismo em 1/3 MHTE 
 
Ausculta 
• MV abolido SRA em 1/3 MHTE. 
• Tipo de respiração: atípica. 
• Padrão respiratório 
• expansibilidade 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 24 
Atelectasia 
 
Inspeção estática 
• retração 
 
Inspeção dinâmica 
• Traquéia deslocada ipsilateralmente à lesão 
• dispnéico 
• Uso MRA 
• Expansibilidade abolida HTE 
 
 Palpação 
• Expansibilidade abolida em todo HTE 
• FTV abolido em todo HTE 
 
 Percussão 
• Macicez em todo HTE 
 
Ausculta 
• MV abolido, SRA em todo HTE 
 
DPOC 
Inspeção estática 
• Tórax em tonel 
 
Inspeção dinâmica 
• Expansibilidade universalmente diminuída 
• Tempo expiratório prolongado 
• Padrão respiratório tóraco-abdominal 
• Pode adotar posição preferencial (inclinado p/frente) ortopnéia 
 
Palpação 
• Expansibilidade diminuída universalmente 
• FTV universalmente diminuído 
 
Percussão 
• Hipersonoridade (pelo aumento da espessura da parede que torna o som + abafado) em 
ambos os HT 
 
Ausculta 
• Murmúrio Vesicular universalmente diminuído, com roncos e sibilos difusos em ambos os 
hemitórax 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 25 
 
 
 
 
Consolidação 
alveolar 
Hiperinsuflação 
pulmonar 
Atelectasia
Ausência 
de ar nos 
alvéolos 
Pneumotórax 
Ar na cavidade 
pleural 
Derrame pleural 
Dispnéia, Dor pleurítica 
mas quando volumoso 
não ocorre, Febre, Atrito 
pleural 
Inspeção estática Normal Aumento do 
diâmetro AP 
(tórax em tonel) 
Retração 
ipsilateral 
Traquéia 
desviada 
para o lado 
da lesão 
Abaulamento 
Traquéia 
desviada para o 
lado oposto 
Abaulamento ipsilateral 
Traquéia desviada para 
o lado oposto 
Inspeção 
dinâmica 
Esforço 
respiratório 
Esforço 
respiratório 
Esforço 
respiratório
Esforço 
respiratório 
Esforço respiratório 
Palpação: 
expansibilidade 
 
Normal ou ↓ 
 
↓ 
 
↓ 
 
↓ 
 
↓ 
Palpação: 
FTV 
 
↑ 
 
↓ 
 
Abolido 
 
Abolido 
 
Abolido 
Percussão Maciço / 
submaciço 
Hipersonoridade Maciço Hipertimpânico Maciço 
Ausculta 
 MV 
 Ruídos 
adventícios 
 
↓ 
Estertores 
crepitantes, pp 
na ex 
 
↓ 
Roncos e sibilos 
Sopro tubário 
 
Abolido 
Ausente 
 
Abolido 
Ausente 
 
Abolido 
Ausente 
Exemplo Pneumonia 
Edema agudo de 
pulmão 
Hemorragia= 
hepatização 
pulmonar 
Enfisema 
pulmonar 
(baqueteamento 
digital, unhas em 
vidro de relógio, 
musculatura 
acessória). 
 Pleurite 
BK 
Embolia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 26 
CARACTERÍSTICAS DOS RUÍDOS ADVENTÍCIOS 
 
Cornagem 
 Obstrução de VAS (obstrução em traquéia ou abaixo da epiglote) ou Estridor (obstrução de 
orofaringe ou acima da glote). Ocorre na inspiração e na expiração e não alivia com a tosse. 
 
 
Roncos 
 Secreção nas vias aéreas superiores (brônquios de grosso calibre, tom graves, mobilizável 
com a tosse, são inspiração e expiração). 
 
Sibilos 
 Ar fluindo por brônquios estreitados (bronco espasmo), não se modifica com a tosse, Ocorre 
na inspiração e expiração. (+ na expiração), obstrução de pequeno calibre. Tem acumulo de 
secreção e diminuição de calibre. Primeiro altera com a tosse e segundo não altera com a 
tosse. EX: Asma /DPOC/Asma Brônquica 
 
Estertores crepitantes (finos) 
 Não se modifica com a tosse, ocorre na inspiração. (principalmente no final da inspiração.) 
Secreção espessa em alvéolos. È o barulho do deslocamento do alvéolo para encher como se 
fosse um deslocamento do velcro. 
 
Estertores sub-crepitantes (bolhosos) 
Ocorre na inspiração e expiração. Secreção fluida em bronquíolo e alvéolos terminais, 
mobilizável com a tosse. 
Secreção da arvore brônquica de pequeno calibre. 
Ex: ICC, bronquite crônica e bronquiectasia. 
 
Sopro tubário 
Sopro caracterizado por permeio de ar em brônquios pérvios, envolvidos em consolidação. 
 
Atrito pleural 
 Quando as superfícies pleurais estão inflamadas, como no caso de pleurite, os folhetos 
parietais e viscerais deslizam um sobre o outro provocando um ruído irregular, por se 
recobrirem de exsudado. Geralmente, mais audível na região axilar. 
 
Classificação dos sons: 
• Acumulo de secreção ou obstrução (diminuição de calibre ) 
• Em qual parte da via aérea 
• Se é na inspiração ou na expiração 
• Se Melhora com tosse ou não 
• E saber em qual síndrome 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APARELHO CARDIOVASCULAR 
 
Pulsos arteriais periféricos 
• Temporal superficial (mais acometido na arterite de células gigante) 
• braquial 
• radial 
• poplíteo 
• Tibial posterior 
• Pedioso 
Pulsos arteriais centrais 
• carotídeo 
• femoral 
 
 
 
 
 
 
 
Devem ser avaliadas as seguintes características: 
1. Ritmo: regular ou irregular (extra-sístoles, fibrilação atrial, etc.) 
2. Ex: de irregular é hipovolemia (diminuição do debito cardíaco, ou seja, pouco volume 
incapaz de geral uma onde de impulso), arritmia. 
3. Simetria (isócrono): boa, aumentada ou diminuída. 
4. Amplitude (isóbaro): pulsos amplos, filiformes e alternantes. 
5. Consistência da parede: normal: fibroelástica (depressivel);artéria em “traquéia de 
passarinho”. 
6. Freqüência (contagem em um minuto) 
 
Avaliação dos pulsos centrais: 
 
- forma de pulso 
- avaliação com ausculta (frêmitos e sopros) e palpação 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 27 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 28 
Carotídeo 
 
• Faz-se uma inspeção para avaliar seu batimento 
• Palpa-se na parte mais baixa do pescoço para se evitar pressão sobre o seio carotídeo, 
o que causaria queda reflexa na PA e na FC. Cada artéria carótida é 
avaliada em separado. Nunca pressione ambas ao mesmo tempo. Ao 
palpar, lateralmente entre a traquéia e o ECOM, fazer a caracterização 
do pulso. Para facilitar a palpação pode pedir ao paciente que gire a 
cabeça para o lado que será palpado para que a musculatura esteja mais 
relaxada. 
• Faz-se palpação e ausculta. Sopros carotídeos ou são irradiação do sopro sistólico da 
estenose aórtica ou sopro por obstrução aterosclerótica. 
 
 
 
Femural 
• Faz-se palpação com dedo indicador e médio (compressão profunda da região abaixo 
do ligamento inguinal, aproximadamente a meio caminho entre a crista ilíaca antero-
superior r a sínfise púbica) e ausculta. 
 
 
 
As morfologias dos pulsos são: 
Pulso célere ou martelo d`água 
 
é um pulso bastante amplo, porém 
insustentável. Mais comum na IA, em que é 
denominado de pulso de Corrigan. Todavia, 
qualquer estado hiperdinâmico pode deflagar 
este pulso, como no caso de gravidez, febre, 
beribéri, crise tireotóxica. 
 
Pulso parvus tardus: 
 
é um pulso de pequena amplitude e de grande 
duração. É comum na EA 
Pulso alternante: 
 
é um padrão em que existe alteração regular 
da amplitude do pulso de pressão, apesar de 
um ritmo regular. Deve-se a força contrátil 
alternante do VE, geralmente indica 
comprometimento grave da função do VE e 
costuma ocorrer nos pacientes que também 
têm B3 audível. 
 
Pulso bigeminiano: 
 
Existe também uma alteração regular da 
amplitude no pulso de pressão, mas esta é 
causada por uma extra-sístole ventricular que 
sucede a cada batimento regular 
 
 
Sinal de Osler: 
Baseia-se na palpação da artéria radial após insuflação do manguito acima da pressão 
sistólica.Diz-se que a manobra de Osler é positiva quando a artéria permanece palpável , mas 
sem pulsações.Sugestivo de artereosclerose. 
 
 
 
Pulso paradoxal de Kussmaul: é uma redução > 10mmHG na P sistólica durante a 
inspiração profunda. É o sinal clássico do tamponamento cardíaco. Pode ocorrer em outras 
patologias como a DPOC, asma grave. Se ocorrer uma redução maior 20mmHg é de septo 
para VE (expiração pulmonar retendo mais sangue e menor relaxamento e menor debito 
cardíaco). 
 
Quando o pulso é irregularmente regular, pode ser sugestivo de Fibrilação atrial. 
 
Avaliação do pulso venoso: 
 
- O exame do pulso venoso oferece informação a respeito da hemodinâmica do coração 
direito, refletindo diretamente a sua curva de pressão. A veia jugular interna é melhor avaliada 
à direita do pescoço. 
 
- Examinamos o paciente de 0 a 30º, quando a coluna de sangue acima do ângulo do esterno 
deve estar visível. Quando a coluna de sangue é visível a 45º (mais de 3 cm da clavícula ou 5 
cm da fúrcula esternal) consideramos que o paciente tem turgência jugular patológica (sinal 
de insuficiência ventricular direita - pressão venosa central elevada). 
 
- A 30º identificamos de cada lado a jugular interna (pulsante) e externa. 
 
 
 
PULSO JUGULAR – veia 
jugular interna 
PULSO CAROTÍDEO ÂNGULO ESTERNAL 
 
? Visível mas não é 
palpável 
 
? Dupla impulsão 
 
? Muda com a posição e 
com a compressão da 
base do pescoço 
 
 
? Palpável e pode ser 
visível 
 
? Batimento único 
 
? Não muda com posição 
nem compressão da base 
do pescoço 
 
 
 
Turgência jugular patológica (comum na IVD) 
• Colocar o paciente a 45º e diante de iluminação, pedir para o mesmo girar a cabeça 
para a esquerda, para que se possa observar a VJE direita. Se esta for visível, algumas 
manobras determinam se a turgência jugular é patológica ou não. 
• Colocar dois dedos acima da clavícula, se a VJE ainda for visível, TJP. 
• Colapsar a veia e depois soltar o dedo inferior. Se aveia ficar túrgida novamente, TJP. 
 
OBS.: Sinais de IVD: - Refluxo hepatojugular (manobra de Pasteur Rondot): deve-se elevar 4 
cm, ser sustentado e o tempo de compressão é de aproximadamente 15 a 20s. Se o 
hipocôndrio direito for doloroso pode-se fazer a compressão na região epigástrica, 
reproduzindo o refluxo abdomino-jugular. 
 - Sinal de kussmaul: acentua TJP uma vez que a VJE se eleva À 
inspiração profunda. O fisiológico é a VJE se colapsar à inspiração profunda.É comum na 
IVD grave e na pericardite constrictiva. 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 29 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 30 
 
Obs: O pulso venoso (reflete a dinâmica do retorno venoso ao coração direito) é visível na 
VJI. Em comparação com o pulso arterial, ele é mais visível, porém quando tentamos �inus-
lo ele desaparece. Enquanto que o pulso arterial é menos visível, porém palpável. O pulso 
venoso sofre alteração com a inspiração. 
 
O pulso venoso é dividido em 5 ondas: 
• Onda “a”: representa a contração atrial 
• Deflexão “x”: diminuição da pressão atrial (relaxamento atrial) durante a sístole 
ventricular 
• Onda “v”: resulta do aumento da pressão sanguínea no AD que se transmite a jugular 
durante o enchimento atrial 
• Deflexão“y”: abertura da Vt e pelo subseqüente influxo rápido de sangue para dentro de 
VD. 
• Onda “c” : transitório aumento da pressão dentro do AD que ocorre ao elevar-se a pressão 
ventricular durante a fase de contração isovolumétrica 
 
Sinal de Lacisi (Corrigan venoso): onda “v” gigante da IT (Insuficiência Tricúspide).Ocorre 
onda v gigante q o átrio ao invez de estar vazio recebe sangue de VD ao se contrario no ciclo 
anterior, logo a pressão interior do AD aumenta se transmitindo para a veia. 
 
Onda “a” em canhão: comum na Estenose Tricúspide e na Bloqueio Átrio-Ventricular Total. 
 
 
Inspeção 
• Abaulamentos (aneurisma, cardiomegalia). (essa observação deve ser feita em duas 
incidências, tangencial com o examinador do lado direito do paciente e frontal com o 
examinador ficando junto aos pés do paciente que permanece deitado). 
• retrações 
• Cicatriz (esternotomia) 
• Batimento visível (fúrcula, epigástrio) 
• Do ictus de VE (visível) 
• De VD (visível) 
• Precórdio hipercinéticos 
 
Obs.: Batimento epigástrico - VD aumentado X aorta abdominal: a diferenciação é 
observada pelo sentido do batimento com o paciente em decúbito dorsal. O VD bate de dentro 
do tórax em direção caudal e a aorta abdominal bate verticalmente; basta palpar o epigástrio 
para sentir essa diferença (Sentido: VD ?; Aorta abdominal ?). 
 
Palpação 
 
Palpação do ictus de VE (5º EIE a 2cm da LHE) 
• Localização (quantos EIE/difuso ou localizado) 
• Tamanho (quantas polpas digitais/ globoso/ difuso se + de 2 polpas digitais = difuso) 
• Amplitude (propulsivo ou não propulsivo) 
• Mobilidade ao decúbito (na pericardite constrictiva não é móvel) 
• Onda de enchimento rápido (B3) – descida em 2 tempos 
• Onda de reforço pré-sistólico (B4) – subida em 2 tempos 
• Freqüência 
 
 
 
Nos pacientes portadores enfisema pulmonar ou quando há obesidade, musculatura muito 
desenvolvida ou grandes mamas, O ICTUS CORDIS COSTUMA SER INVISIVEL E 
IMPALPAVEL. 
Derrame pleural ou elevação do diafragma (ascite/obesidade) provocam DESLOCAMENTODO ICTUS. 
 
Obs.: 
Dilatação de VE: ictus desviado para baixo e para a esquerda, difuso, sobrecarga de 
volume, não propulsivo, disfunção sistólica. 
 Hipertrofia de VE: ictus normalmente localizado, propulsivo, sobrecarga de pressão, 
disfunção diastólica. 
 
Palpação da incursão de VD 
Formas de palpação: 
• 2,3, e 4 quirodáctilos no 3,4,5 EICE 
• Região hipotenar na borda paraesternal esquerda nos 4 e 5 EICE 
• Punho fechado na região Paraesternal 
• Paciente sentado e inclinado para frente. Polegar direito abaixo do apêndice xifóide 
direcionando para cima (em direção ao VD) – sentimos a pulsação do VD no polegar (de 
baixo para cima - ?). ESTA MANOBRA É IMPORTANTE NO PACIENTE DPOC, QUE 
TEM AUMENTO DO DIÂMETRO AP DO TÓRAX E FREQÜENTEMENTE TEM 
AUMENTO DE VD (COR PULMONALE CRÔNICO) 
 
 
Ausculta 
 
o Focos de ausculta 
 
? Foco mitral: coincide com o ictus de VE 
? Foco tricúspide: 4º e 5º EIC na BPEE 
? Foco aórtico: 2º EIC na BPED 
? Foco pulmonar: 2º EIC na BPEE 
? Foco aórtico acessório: 3º EIC na BPEE 
 
 
Definir ordem de apresentação de ausculta cardíaca 
• Ritmo cardíaco: regular/irregular 
• Quantos tempos: 2T/3T – B4/4T – galope de soma (se tiver taquicárdico) 
• Intensidade das bulhas: hipofonéticas/normofonéticas/hiperfonéticas 
• Desdobramento das bulhas: 
? Desdobramento fisiológico de B2 (à inspiração profunda) 
? Fechamento da valva aórtica ocorre antes da pulmonar 
? Inspiração: ↓ Pressão intratorácia - ↑retorno venoso – retarda e intensifica 
os eventos do coração direito 
? Manobra: Rivero Carvalo 
 Melhor audível: foco pulmonar com o diafragma 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 31 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 32 
- Nos focos de ausculta são pesquisados: 
 
? Frêmito (sensação tátil de um sopro cardíaco ou atrito pericárdico). A 
presença de frêmito indica um sopro de alta intensidade (> 4+/ 6+). 
Três características precisam ser investigadas: localização, usando 
como referencias as áreas da ausculta; situação no ciclo cardíaco, 
diferenciando-se então pela coincidência ou não com o pulso carotídeo, 
os frêmitos sistólicos, diastólicos e sistodiastólicos e intensidade. 
? Choques valvulares são sentidos nos focos da base (aórtico e 
pulmonar) devido à proximidade das válvulas com a parede torácica. O 
choque valvular reflete um fechamento mais intenso da válvula 
pulmonar ou aórtica (sensação tátil das bulhas hiperfonéticas). 
 
 
 
 
Auscultar todos os focos com diafragma e os focos T e M tem que auscultar com a 
campânula também. 
 
Bulhas normais (primeira e segunda bulha): 
• B1: fechamento das válvulas átrio ventriculares (valvas mitral e tricúspide).ela 
coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. Melhor audível nos focos 
mitral e tricúspide com o diafragma. 
 
• B2: fechamento das válvulas semilunares (valvas aórticas e pulmonares). 
Melhor audível nos focos da base e também com o diafragma. O componente 
aórtico é mais intenso e mais precoce que o pulmonar (A2>P2). Nas crianças 
a segunda bulha tem maior intensidade no foco pulmonar. Em adultos e 
pessoas idosas, observa-se ao contrario. 
 
Obs.: Desdobramento da segunda bulha? INSPIRAÇÃO: pressão intratorácica negativa → 
aumenta o retorno venoso → retarda e intensifica os eventos do coração direito → separa os 2 
componentes aórtico e pulmonar. 
 
Desdobramentos patológicos: 
 
Desdobramento paradoxal: ocorre devido às patologias que retardam eventos do coração 
esquerdo. O componente aórtico ocorre depois do pulmonar na expiração. Na inspiração 
como aumenta o retorno venoso atrasando o coração direito, P2 e A2 ocorrem ao mesmo 
tempo. Ocorre na Estenose Aórtica 
 
Desdobramento amplo: ocorre em patologias que retardam os eventos do coração direito, 
ocorrendo tanto na inspiração como na expiração. Ex.: EM. Mesmo na expiração é possível 
auscultar o desdobramento da 2 bulha , na inspiração os sons se afastam ainda .Acontece na 
estenose pulmonar e na hipertensão pulmonar(P2>A2) e no bloqueio do ramo direito 
 
Desdobramento fixo: patologias que igualam as pressões no coração direito e esquerdo. Ex.: 
Comunicação interatrial 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 33 
Bulhas patológicas (terceira e quarta): 
• B3: (fase de enchimento ventricular rápido – é o som da vibração, feita pelo 
fluxo sangüíneo anterógrado, das cordoalhas tendíneas distendidas pela 
dilatação do ventrículo). Melhor audível nos focos mitral e tricúspide com a 
campânula. Sinal de disfunção ventricular. Ela é normal em crianças e adultos 
jovens, e patológica em adultos maiores de 30 anos. (eventualmente pode ser 
audível em idosos) Ex: Doença de Chagas 
 
• B4: (durante a contração atrial – som produzido pela contração vigorosa do 
átrio em casos de hipertrofia de ventrículo). Origina-se pela brusca 
desaceleração do fluxo sanguíneo, mobilizado pela contração atrial, de 
encontroa massa sanguínea existente no interior dos ventrículos no final da 
diástole. Melhor audível nos focos mitral e tricúspide com a campânula. Ela é 
normal em crianças, atletas e idosos. Ex: hipertensão arterial 
 
Obs.: Ritmo de galope ? a presença de B3 ou de B4 cria uma cadência que se assemelha 
ao galope de um cavalo. Essas bulhas são então chamadas sons ou ritmos de galope 
(ocorre quando o paciente está taquicárdico) 
 Pó-co-to: B1-B2-B3 
 Pó-co-to: B4-B1-B2 
 
o Estalido de abertura = som da abertura de uma valva atrioventricular estenosada no 
momento da sístole. 
 
o Clique de ejeção = som da abertura de uma valva semilunar estenosada no momento 
da diástole. 
 
o Contração isovolumétrica: tempo entre o fechamento das valvas AV e a abertura das 
semilunares (sístole). 
 
o Relaxamento isovolumétrico: tempo entre o fechamento das valvas semilunares e a 
abertura das AV (diástole). 
 
o Hipertrofia concêntrica = hipertrofia 
 
o Hipertrofia excêntrica = dilatação 
 
Presença de sopro 
? Ritmo cardíaco 
? Regular / irregular 
? Em quantos tempos? 
? Fonese das bulhas (normofonética, hipofonética, hiperfonética) 
? Presença de sopro ? 
 
 Diante de um sopro devemos nos fazer as seguintes perguntas: 
 - Em qual fase do ciclo cardíaco ele ocorre? SISTÓLICO ou 
DIASTÓLICO? 
 - Qual o foco onde ele é melhor auscultado? Geralmente indica a 
válvula que origina o sopro 
 - Tem irradiação? Geralmente indica a direção do fluxo sangüíneo 
 - Intensidade do sopro (quantas cruzes em 6+?) 
- Varia com as manobras? Inspiração, handgrip, sentado com 
inclinação para frente. 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 34 
 
- A maioria dos sopros ou sons originados no coração direito aumenta durante a inspiração em 
virtude do aumento do retorno de sangue nesta fase da respiração 
- A ausculta do ictus de VE é feita em decúbito dorsal e se necessário em decúbito lateral 
(caso haja dificuldade na outra posição), no foco mitral, com membrana e campânula para 
conseguir auscultar os sons de alta freqüência (B1 e B2) e campânula para auscultar os sons 
de baixa freqüência (B3 e B4). 
 
-A ausculta do VD é feita em decúbito dorsal no foco tricúspide, com membrana e campânula 
para conseguir auscultar os sons de alta freqüência (B1 e B2) e campânula para auscultar os 
sons de baixa freqüência (B3 e B4). 
 
- Os focos da base são auscultados com a membrana. O aórtico acessório no 3° EICE na borda 
para esternal em decúbito dorsal. O aórtico e o pulmonar, nos 2° EICD e EICE nas bordas 
paraesternais D e E respectivamente,em decúbito dorsal ou sentado inclinado para frente, 
para aproximar da parede os sons. 
 
- Paciente sentado na beira do leito ou em cadeira com o tórax ligeiramente inclinado para 
frente é mais propicio para ausculta dos fenômenos originados na base do coração e quando 
há hipofonese das bulhas. 
-Paciente em decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda sob a cabeça.Desse modo evita-se 
que o braço fique acoplado ao tórax impedindo livre acesso ao precórdio.Essa posição é mais 
adequada para se auscultar os fenômenos da área mitral.Ocorre uma melhor audibilidade do 
ruflar diastólico da estenose mitral nessa posição 
 
NOTAS PRÁTICAS PARA AUSCULTAR O CORAÇÃO 
1. Esteja bem seguro dos mecanismos de formação das bulhas cardíacas normais, para 
te-lo vivo em mente no momento de auscultá-las 
2. Inicialmente, so se preocupe com a 1 e a 2 bulhas, pois a chave da ausculta é o 
reconhecimento desses ruídos. 
3. A 1 bulha coincide com ictus cordis e com o pulso carotídeo. Lembre-se que seu timbre 
é mais grave e sua duração um pouco maior que a 2 bulha. Pode ser limitada 
pronunciando-se a expressão do ´TUM´´ 
4. A segunda bulha vem depois do pequeno silencio, seu timbre é mais agudo e sua 
duração menor do que a 1 bulha. Procure imitar seu som pronunciando a expressão 
´TÁ´´ 
5. O pequeno silêncio é de duração menor que o grande silêncio (diástole), mas quando a 
freqüência cardíaca esta acima de 120 b.p.m. são praticamente de mesma duração. 
6. O reconhecimento das bulhas cardíacas é facilidade, se tiver na menta uma seqüência 
onomatopaica construída da seguinte maneira: TUM – TÁ _ TUM – TÁ _TUM – TÁ_ 
TUM – TÁ. 
7. O desdobramento fisiológico da 2 bulha pode ser imitado da seguinte maneira :TUM – 
TA __TUM – TA __TUM – TLÁ __TUM – TLÁ__TUM – TA __TUM –TA 
8. Todo precórdio deve ser auscultado, e os chamados focos de ausculta valem como 
pontos de referencia para facilitar a compreensão e maior facilidade de registro. 
Havendo qualquer ruído anormal, mesmo que não esteja contido dentro dos impreciso 
limites da região precordial deve ser analisado pelo examinador 
9. Quando houver sopros e outros ruídos, exclua-os mentalmente e concentre a atenção 
nas bulhas. 
10. A ausculta deve ser feita obedecendo-se as recomendações fundamentais referidas 
(ambiente silencioso, ausculta nas três posições e uso sistemáticos dos receptores de 
campânula e com diafragma). 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 35 
 
MANOBRAS PARA MELHOR AUSCUTAR O SOPRO CARDIACO 
 
Manobra de Rivero Carvalo: 
Inspiração profunda. Acentua todos os sopros do coração D. aumento do retorno 
venoso e conseqüentemente mais sangue passa pelo coração direito, intensificando e 
retardando os sons deste lado. 
 
Manobra do Hand Grip: 
O aperto de mão aumenta a resistência vascular periférica (RVP), aumentando a 
pressão da aorta, intensificando os sopros de regurgitação do coração esquerdo (IM) 
ou diminuindo sopros de fluxo anterógrado (EA) do coração esquerdo por diminuir o 
gradiente VE – aorta. 
 
Manobra de Valsalva: 
 Expiração forçada contra resistência. Acentua todos os sopros do coração 
esquerdo.diminui pressão intratorácica 
 
Inclinação do tronco para frente: 
Aumenta todos os sopros dos focos da base (FP e FA) 
 
Decúbito lateral esquerdo 
Acentua todos os sopros focos da mitral 
 
 Mudanças de postura: DLE (foco mitral) e sentado com inclinação para frente (focos da 
base) 
 
 
 SOPRO CARDÍACO 
Sopro de Austin-Flint: 
Em ruflar , mesodiastolico sopro da EM funcional, causado pelo refluxo da IA que impede a 
abertura do folheto anterior da VM, causando o turbilhonamento do fluxo sangüíneo 
proveniente do AE p/ VE. 
 
Sopro circular de Miguel Couto: 
Sopro da IM quando há lesão do folheto anterior da valva, que circunda o tórax. 
 
Sopro de Graham Steel: 
 Sopro da valva pulmonar causado por hipertensão pulmonar. 
 
Sopro de Gibson: 
Sopro contínuo da persistência da CIA 
 
Sopro de dissociação estetoacústica de Gallavardin: 
Quando o sopro da EA ao invés de irradiar para as carótidas irradia-se para a ponta de VE. 
Esse sopro pode ser confundido com o da IM. Para diferencia-los utiliza-se o Hand Grip 
(aumenta o sopro da IM e diminui o sopro da EA. Porém, o sopro da IM irradia-se para a 
axila. 
 
Sopro Carey-Coumbs: 
 o sopro orgânico na criança com FR, causado pela inflamação da VM (mitralite edematosa), 
que causa EM, mas que desaparece com o tratamento.Sopro funcional de estenose mitral pq 
as válvulas estão edemaciadas simulando uma estenose.So existe na fase aguda da cardite 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 36 
 
 
Sons cardíacos de maior freqüência: 
1- M1 }B1 
2- T1 }B1 
3- A2 }B2 
4- P2 }B2 
5- Clic de ejeção aórtica 
6- Clic de ejeção pulmonar 
7- Estalido de abertura da VM 
8- Estalido de abertura da VT 
9- Atrito pericárdico 
10- Prolapso da VM 
11- Knock pericárdico (pericardite constrictiva) 
 
• Sons cardíacos de menor freqüência: 
1- B3 
2- B4 
3- Sopro da EM 
4- Austin-Flint 
5- Sopro cardíaco 
 
 
 
VALVULOPATIAS 
 
Estenose Mitral 
 
Sinais e Sintomas: 
• Dispnéia, 
• Ortopnéia, 
• Fibrilação Atrial, 
• Embolia de trombo, 
• Edema agudo de pulmão, 
• Hemoptise (capilar transuda, tem rompimento nas veias bronquiais). 
 
Etiologia: 
• Febre reumática 
• congênita 
 
Fisiopatologia: 
• Estreitamento da válvula mitral causando dificuldade na passagem do sangue do AE 
para o VE (DIÁSTOLE). O AE fica aumentado levando à congestão pulmonar e 
futuramente hipertensão arterial pulmonar. O VE está normal, pois o problema é 
anterior a ele. 
 
Inspeção 
• Fascies mitral: cianose, aflição. 
• PA normal ou discretamente diminuída 
• Incursão de VD visível 
• TJP (se tiver IVD) 
• Pode apresentar sinais de insuficiência cardíaca esquerda (conseqüência) 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 37 
 
Palpação 
• VD palpável ao longo da BPE 
• Frêmito diastólico no FM 
• Choque valvar no FM 
• Ictus normolocalizado, não propulsivo 2 polpas digitais. 
 
Ausculta 
• B1 hiperfonética em FM ( válvula esta fibrosada ,faz barulho para fechar) 
• P2>A2 (desdobramento paradoxal – se tiver hipertensão pulmonar) 
• Sopro em ruflar diastólico com reforço pré-sistólico, no foco mitral, sem irradiação (o 
sangue segue o trajeto normal AE→VE, melhor audível com a campânula ) (sopro audível 
com campânula devido a sua baixa freqüência). Aumenta com Valsalva, ao DLE e diminui 
com Rivero Carvalho. 
• Estalido de abertura da mitral (valva fibrosada faz barulho para abrir) 
 
 
 
Insuficiência Mitral 
Sinais e sintomas 
 
• Fadiga 
• Diminuição do fluxo sangüíneo 
• regurgitação 
• Dispnéia de esforço e ortopnéia 
• Insuficiência cardíaca direita pode ocorrer, causando congestão hepática dolorosa, 
• Edema de membros inferiores 
• Turgência jugular a 45 
• Ascite 
• Congestão pulmonar 
 
Etiologia 
• Doença reumática 
• IAM 
• Miocardiopatia dilatada 
• Endocardite infecciosa 
• congênita 
 
Fisiopatologia : 
• A válvula não fecha adequadamente, ocorrendo regurgitação do sangue do VE para o 
AE no momento em que o sangue deveria ser ejetado em direção a aorta, isto é, na 
SÍSTOLE. Portanto trata-se de uma lesão com sobrecarga de volume e conseqüente 
dilatação de VE e grande AE 
 
Inspeção 
• P. A normal 
• Ictus de VE visível, fora da localização normal, difuso, não propulsivo. 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 38 
Palpação 
• Ictus de VE desviado para baixo e lateralmente, difuso (maisde 2 polpas digitais), globoso, 
não propulsivo, móvel, regular, com onda de enchimento rápido (B3). 
• Frêmito sistólico no FM 
 
Ausculta 
• Ritmo cardíaco regular ou irregular 
• B1 hipofonéticas(valva não fecha adequadamente,portanto não faz barulho decorrente 
do fechamento da valva mitral 
• 3 tempos -B3 em foco mitral – sobrecarga de volume - dilatação de VE 
• Sopro holocistólico (musical) em FM que irradia para axila, melhor audível com o 
diafragma. Aumenta com Valsalva, ao Decúbito lateral esquerdo, Hand Grip (aumenta a 
resistência vascular periférica) e diminui com Rivero Carvalho. Irradia-se da axila até o dorso 
(sopro Circular. De Miguel Couto.). Trajeto sanguíneo o sangue reflui do VE para o AE que 
esta posterior na caixa torácica 
 
Estenose Aortica 
Sinais e sintomas 
• Dispnéia, 
• Síncope, 
• angina 
 
Etiologia 
• Doença reumática, 
• Má formação congênita (bicúspide) 
• Calcificação degenerativa (esclerocalcificacao) 
 
Complicações 
• Arritmias atriais 
• Endocardite 
• Pneumonia de repetição 
 
Fisiopatologia: 
• Estreitamento da válvula aórtica causando dificuldade para ejeção do sangue do VE 
para a Aorta (SÍSTOLE) que tem que fluir contra um gradiente de pressão - É uma 
lesão com sobrecarga de PRESSÃO e conseqüente HVE. 
 
 Inspeção 
• PA normal ou convergente (PA sistólica diminuída) pq o devido cardíaco esta 
diminuído 
• Pulso parvus tardus 
 
Palpação 
• Ictus de VE não desviado, normolocalizado, não globoso, propulsivo, móvel, regular, 
com onda de reforço pré-sistólico (B4). 
• Frêmito sistólico em FA 
 
Ausculta 
• Clic de ejeção aórtica 
• 3T -B4 sobrecarga de pressão hipertrofia de VE 
• Desdobramento paradoxal de B2(estenoses graves) 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 39 
• B2 hipofonéticas (a válvula esta muito rígida,calcificada, não consegue fazer barulho 
• Sopro mesossistólico (irradia-se para a carótida, fúrcula esternal e FM – pode 
confundir com sopro de IM), em diamante (crescendo-decrescendo), localizado em FA, 
melhor audível com o diafragma. Aumenta com Valsalva, inclinando o tronco para frente, 
diminui com Hand Grip, e Rivero Carvalo 
• A2 hiperfonéticas 
 
Insuficiência aortica 
Sinais e sintomas 
• Dispnéia de esforço, 
• Ortopnéia, 
• Angina, 
• Síncope 
• Pulso martelo d água 
• Pressão arterial divergente (devido ao refluxo da aorta) 
• Pistol shot de artéria femural 
• Sinal de quinke – pulsação capilar 
• Sinal de musset 
• Dança das carótidas 
• Sinal de muller – batimento de úvula 
 
Etiologia 
• Doença reumática, 
• Endocardite, 
• Dilatação da aorta (marfan, HAS, aterosclererose). 
 
Fisiopatologia 
• A válvula não fecha adequadamente, ocorrendo regurgitação do sangue da Aorta para 
o VE no momento em que a válvula deveria estar fechada, na DIÁSTOLE. Portanto 
trata-se de uma lesão com sobrecarga de volume e conseqüente dilatação de VE. 
 
Inspeção 
• PA divergente 
• Pulso de Corrigan (martelo d água) 
• Dança das artérias 
• Oscilação da cabeça (sinal de Musset) 
• Propulsão da base da língua (sinal de Minervini) 
• Pulsação sistólica da úvula (sinal de Muller) 
• Pletora sistólica e a palidez diastólica no leito ungueal (sinal de Quincke/pulso capilar) 
• Aumento do padrão da PA entre o MMSS e MMII maior que 20mmHg (sinal de Hill) 
• Pulsação do lobo da orelha 
• ictus de VE desviado 
 
Palpação 
• Sinal de Chicote 
• Ictus de VE desviado, difuso, globoso, propulsivo, móvel, regular, com onda de 
enchimento rápido (ictus de Prod) 
• Frêmito diastólico em FA 
• Frêmito sistólico em FM (IM – dilatação de VE) 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 40 
Ausculta 
• Sinal de Durosiê: duplo sopro crural auscultado à compressão da artéria femoral 
• Sinal de Traube: pistoll-shot, 1º ruído tipo pré-sistólico, e o 2º ruído corresponde a B2, 
nas aa. Femorais. 
• Sopro diastólico (o problema está na diástole) no foco aórtico (insuficiência aórtica) 
irradiando para foco aórtico acessório e ictus de VE (trajeto do sangue - o sangue reflui da 
aorta para o VE - ictus) 
• Sopro sistólico no foco aórtico - hiperfluxo devido ao sangue regurgitado na diástole 
anterior (muito sangue para passar pelo orifício de tamanho normal). 
• Sopro de Austin Flint (sopro diastólico no foco mitral). o sangue regurgitado da Ao 
para o VE, empurra o folheto da mitral para cima, atrapalhando a sua abertura e provocando 
uma "estenose mitral funcional" 
 
 
Obs: O sopro da IA aumenta com Valsalva e diminui com Rivero Carvalho. 
• ICC = IVD+IVE: 
 
? Etiologias: Isquêmica, Hipertensiva, Miocardiopatia (Alcoólica, Chagásica, Viral, 
Periparto), Reumática. 
 
? Fatores precipitantes: Falha terapêutica, Sobrecarga de sódio e líquidos, Infecção, 
Esforço físico excessivo, Stress, Arritmias, Estados hipercinéticos (anemia, 
tireotoxicose, gravidez), Crise Hipertensiva, Insuficiência coronariana, Embolia 
pulmonar, Endocardite infecciosa. 
 
Tamponamento cardíaco 
• Sinal clássico: pulso paradoxal de kussmaul 
• Tríade de Beck: hipofonese de bulhas, TJP, hipoperfusão tecidual (diminuição do 
enchimento capilar) 
 
 
Hipertensão arterial pulmonar 
• P2 hipofonética 
• Choque valvar em foco P 
 
Pericardite constrictiva 
• Sinal de Kussmaul (aumento de mais de 3 cm a partir da TJP na inspiração) 
• TJP 
• Atrito opericárdico 
 
Insuficiência Tricúspide 
• O fígado pode pulsar 
• Refluxo hepato-jugular 
• Hepatomegalia dolorosa 
• TJP 
• Onda v proeminente 
 
 
 
 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 41 
 
 
 
 
 IVD IVE 
Sintomas ? Edema de membros inferiores 
(vespertino, ascendente, gravitacional, 
frio, mole, indolor, cacifo) 
? Aumento do volume abdominal 
? Peso (ou dor) em hipocôndrio direito 
 
? Dispnéia de esforço 
(progressiva) 
? Dispnéia de repouso 
? Dispnéia paroxística noturna 
? Dispnéia de decúbito 
? Nictúria 
? Astenia, adinamia 
 
Sinais ? Sinais de hipertensão pulmonar (choque 
valvular pulmonar, P2 > A2, 
desdobramento amplo de B2) quando 
for IVD secundária à IVE ou à 
hipertensão pulmonar (DPOC, embolia 
pulmonar maciça, etc) 
? Ictus de VD palpável 
? B3 e/ou B4 de VD 
? TJP a 45º 
? Hepatomegalia dolorosa 
? Edema de MIs 
 
? Ictus de VE desviado para 
esquerda e para baixo 
? Ictus de VE difuso 
? Terceira bulha 
? Estertores subcrepitantes 
bibasais 
? Sibilos (“asma cardíaca”) 
 
 
Na estenose aortica um de seus sinais é angina pectoris isso ocorre devido ao desequilíbrio 
oferta X consumo de O2 (aumento da massa de VE e diminuição da pressão da perfusão 
coronariana e / ou massa coronariana associada) 
Dispnéia: 
Hipertrofia ventricular esquerda severa 
 ↓ 
Diminuição progressiva da complacência de VE 
 ↓ 
Aumento da pressão átrio esquerdo 
 ↓ 
Aumento da pressão capilar 
 ↓ 
Congestão pulmonar 
 ↓ 
 Dispnéia 
Dispnéia de esforço : sobrevida de 2 anos 
Angina pectoris :sobrevida 3 anos 
Sincope de esforço :sobrevida 3 anos 
 
Fisiopatologia da dispnéia e do hemóptico na estenose mitral com esta o debito cardíaco nessa 
patologia? 
Alto gradiente AE – VE leva a um aumento da pressão no AE que gera um aumento retrogado 
da P capilar pulmonar em congestão pulmonar – Dispnéia, hemóptico (transudação alveolar) 
Debito cardíaco normal em repouso e diminuído no exercício. 
 
 
 
EXAME FÍSICO DE ABDOMEM 
 Rachel Souto 
 
Pontos de referencia anatômicos e regiões do abdome 
 
? Rebordas costais 
?Ângulo de charpy 
? Cicatriz umbilical 
? Cristas e as espinhas ilíacas anteriores 
? Ligamento inguinal ou poupart 
? Sínfise púbica 
 
Seqüência 
• Inspeção 
• Ausculta 
• Percussão 
• Palpação superficial 
• Palpação profunda 
• Manobras especiais 
 
Divisão do abdômen 
 
 
 
Inspeção 
 
Premissas básicas: 
• Iluminação adequada 
• Desnudamento dessa área corporal 
• Conhecimento de suas características normais 
 
O que investigar? 
 
• Lesões elementares e da circulação venosa colateral superficial 
• Coloração da pele 
• Presença de estrias 
• Manchas hemorrágicas 
• Distribuição de pelos 
• Eventual existência de soluções de continuidade da parede representadas pela diástole dos 
músculos retos anteriores do abdome e hérnias 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 42 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 43 
Obs: caracterização da diástase dos retos e feita com o paciente em decúbito dorsal pede – se a ele 
contrair a musculatura abdominal, seja ele levantando as duas pernas estendidas, seja levantando 
forçadamente a cabeça to travesseiro sem mover o tórax.Essa manobra tb serve para exteriorizar as 
hérnias da parede abdominal 
 
Inspeção tem que ter os seguintes parâmetros: 
 
1. Forma e volume do abdome 
2. Cicatriz umbilical 
3. Abaulamentos ou retrações localizados 
4. movimentos 
 
1. Variam de acordo com a idade, o sexo e o estado de nutrição do paciente. Há vários tipos de 
abdome: 
• Abdome normal (atípico): característica morfológica simétrica 
• Abdome globoso: globalmente aumentado com o predomínio do diâmetro Antero posterior 
sobre o transversal. Ex: gravidez avançada, ascite. 
• Abdome em ventre de batráquio: paciente em decúbito dorsal, observa-se franco 
predomínio do diâmetro transversal sobre o antero posterior. 
• Abdome ptótico: paciente em pé as vísceras pressionam a parte inferior da parece 
abdominal produzindo neste local uma protusão. 
• Abdome em avental: é encontrado em pessoas muito obesas, sendo conseqüência do 
acumulo de tecido gorduroso na parece abdominal. 
• Abdome escavado: parede abdominal retraída. Próprio de pessoas emagrecidas, geralmente 
portadoras de doenças consuntivas. 
 
 
2. Forma plana ou levemente retraída 
3. O abaulamento ou a retração em uma determinada região torna o abdome assimétrico e 
irregular indicando alguma anormalidade cuja identificação dependendo dos dados fornecidos pela 
inspeção. 
 
 
 
Movimentos 
 
• Movimentos respiratórios 
• Pulsações (quando existe hipertrofia do ventrículo direito, podem aparecer pulsações na 
região epigástrica). Os aneurismas da aorta abdominal provocam pulsações na área correspondente 
a dilatação. 
• Movimentos peristálticos visíveis: Ondas peristálticas podem aparecer espontaneamente ou 
após alguma manobra provocativa. 
Aparecimento de movimentos peristálticos visíveis indica obstrução em algum segmento do tubo 
digestivo. 
 
Obs: tem que analisar duas características das ondas a localização e a direção! 
 
Ausculta 
 
Não tem a mesma importância da do tórax, mas deve ser efetuada sempre que se suspeita de 
oclusão intestinal. 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 44 
IMPORTANTE REALIZAR ASCULTA DO ABDOME ANTES DE SE REALIZAR A 
PERCUSSAO E A PALPACAO, POIS ESTAS PODEM ESTIMULAR O PERISTALTISMO E 
ENCOBRIR UMA HIPOATIVIDADE DOS RUIDOS HIDROAEREOS 
Auscultar os quatro quadrantes do abdome para avaliar a peristalse (presente ou não) 
Peristaltismo (5 a 20 movimentos peristálticos/min) 
 
Obs.: 
? Definir normalidade de movimentos peristálticos 
 
? Situações onde há aumento da peristalse: fase inicial da obstrução intestinal; 
hemorragia digestiva intraluminal; gastroenterites agudas não complicadas. 
 
? Situações onde há diminuição peristalse: perfuração de vísceras ocas, rutura de 
vísceras maciças, peritonite. 
 
? Situações onde há abolição da peristalse: peritonite 
 
Pesquisa de sopros abdominais 
 Auscultar profundamente, apertando com a mão espalmada o estetoscópio contra as regiões 
de localização das artérias. Na verdade, quando temos sopros arteriais não é preciso 
aprofundar o estetoscópio. Ele é bem audível na superfície. 
 
 
? Artérias ilíaca esquerda e direita: localizadas a dois dedos lateral e dois dedos 
pra baixo da cicatriz umbilical. Presença de sopro indica insuficiência arterial 
em membros inferiores (aterosclerose, obstrução). 
? Artérias renal esquerda e direita: localizada a dois dedos laterais e dois dedos 
superior a cicatriz umbilical. Presença de sopro indica estenose de artéria renal 
? Estenose de artéria renal: fibrodisplasia da muscular em jovens com 
menos de 30 anos e aterosclerose em maiores de 60 anos. 
 
? Artéria aorta abdominal: epigástrio e lateral a cicatriz umbilical. Presença de 
sopro indica aterosclerose 
 
Alterações da ausculta 
• Hipertimpanismo – aumentada ou de luta que é uma obstrução com timbre metálico 
• Abolido 
• Normal 
 
? Peristalse aumentada – quadro de obstrução mecânica 
? Diarréia pode ter peristalse aumentada mas não de luta.A gastroenterite é a única ´´ite´´ 
que aumenta a peristalse. 
? Peristalse diminuída ou abolida é devido a quadros inflamatórios ou operações 
metabólicas – cetoacidose – diabética 
 
Palpação 
 
Feita em decúbito dorsal com a técnica da mão espalmada. 
Tem por objetivos: 
• Avaliar o estado da parede abdominal 
• Reconhecer as condições anatômicas das vísceras abdominais e detectar alterações de sua 
consistência. 
• Explorar a sensibilidade abdominal provocando ou exacerbando uma dor relatada ou não 
pelo paciente durante a anamnese 
 
 
Na palpação sistemática do abdome compreende quatro etapas que devem ser cumpridas, uma após 
a outra: 
1. Palpação superficial 
2. Palpação profunda 
3. Palpação de fígado 
4. Palpação do baço 
5. E outros órgãos e manobras especiais para palpação 
 
Palpação superficial 
 
- palpar em sentido circular horário ou anti-horário, palpar todas as 9 regiões do abdome com 
a mão direita espalmada, fazendo uma leve compressão. Observa-se: 
 
 
? Tensão e continuidade da parede 
? dor 
? herniações 
? Diástase de reto abdominal 
? Presença de nodulações e/ou massas. 
 
 
 
 
? Sensibilidade 
Consiste em palpar de leve ou apenas rocas a parede abdominal com objeto pontiagudo. Se essa 
manobra despertar dor é por que existe hiperestesia cutânea. 
 
• Pontos dolorosos: são algumas áreas na parede abdominal cuja compressão, ao despertar 
sensação dolorosa, pode indicar comprometimento do órgão ali projetado. 
Principais pontos são: GASTRICOS, CISTICO BILIAR, APENDICULAR ESPLENICO E 
URETRAIS. 
 
Palpação Profunda 
 
Investiga-se os órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais massas palpáveis 
ou´tumorações´´ 
 
-Técnicas: coloca-se a mão esquerda sobre a mão direita. A mão esquerda aprofunda a 
palpação da direita, e segue-se um sentido circular. 
- paciente deve ser instruído a respirar calmamente pela boca e manter seus braços ao 
longo do corpo 
 
 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 45 
 Criado por Rachel Souto 11/06/2007 46 
Em condições normais não se consegue distinguir o estomago do duodeno o intestino delgado, as 
vias biliares e os cólons ascendente e descendente, ao passo que o ceco, o transverso e o sigmóide 
são facilmente palpáveis. 
RIM DIREITO DESLOCA-SE COM MOVIMENTOS RESPIRATORIOS!!!!!! 
 
Palpação do fígado, da vesícula biliar, do ceco, do cólon transverso, do sigmóide e dos rins. 
 
Palpação do fígado 
 
1. Primeiro

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