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O PARAGRAFO PADRAO ESTRUTURA DO PARAGRAFO E SUAS PARTES

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O PARÁGRAFO PADRÃO: ESTRUTURA DO PARÁGRAFO E SUAS PARTES
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
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 Todo texto pode ser subdividido em unidades menores: os parágrafos.
 Independentemente do tipo de texto (argumentativo, explicativo, narrativo, etc.), os parágrafos, quando devidamente coerentes e coesos entre si, garantem a continuidade e a progressão textual.
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 Como há vários processos de desenvolvimento ou encadeamento de ideias, pode haver também diferentes tipos de estruturação de parágrafo.
	Tudo depende da natureza do assunto e sua complexidade, do gênero de composição, do propósito e competência do autor, tanto quanto da espécie de leitor a que se destina o texto.
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ORGANIZAÇÃO DO PARÁGRAFO
		“A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois, lendo, o indivíduo tem contato com modelos de textos bem redigidos que, ao longo do tempo, farão parte de sua bagagem linguística; e também porque entrará em contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, sua própria visão em relação aos assuntos. Como a produção escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”
 
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 PARÁGRAFO -PADRÃO
 O parágrafo anterior apresenta uma estrutura típica de um parágrafo-padrão:
 
 Tópico-frasal / Ideia-núcleo, 
 Ideia(s) secundária(s) 
 Conclusão
		
	
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 Tópico-frasal / Ideia-núcleo: 
 A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita
 Ideias secundárias / argumentos:
 (1)...lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem redigidos que ao longo do tempo farão parte de sua bagagem linguística e, também,
 (2) porque entrará em contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, 
 (3) ampliando, dessa forma, a sua própria visão em relação aos assuntos.”
 
Conclusão: Como a produção escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao enriquecimento lingüístico adquirido através da leitura de bons autores.
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 Existem diferentes formas de organizar o parágrafo dissertativo-argumentativo. 
	Todas elas dependem da relação entre a ideia-núcleo e as ideias secundárias. 
	Os parágrafos mais comuns são organizados por:
 FORMAS DE DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO
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Declaração
 É um grande erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. 
			Alberto Corazza, Revista Isto é.
 A declaração é a forma mais comum de se desenvolver o parágrafo dissertativo-argumentativo. 
	A ideia-núcleo abre o parágrafo com uma afirmação e é desenvolvida por ideias secundárias. 
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Interrogação / Pergunta
 “Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil?Os contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, o cidadão é lesado por novos impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.” 
 (Antonio Carlos Viana) 
 Inicia-se o parágrafo com uma pergunta que desperta a reflexão do leitor. A pergunta não é respondida de imediato, mas ao longo da argumentação.
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Definição
 O calazar é uma doença, uma endemia grave. Ele é o sintoma de um país doente, de cidades sujas, de famintos infectados que fogem dos grotões e acabam relegados a outro tipo de rincão, social e espacial, em favelas e ambientes assemelhados das periferias urbanas. A partir daí o mal se expande e contamina regiões até ricas. O calazar é, pois, sintoma das típicas mazelas brasileiras.
 (‘Doença social’. Editorial da Folha de S. Paulo.)
 
 É uma forma de iniciar parágrafos sobre termos que pedem uma ligeira conceituação para melhor entendimento. O objetivo do parágrafo é conceituar a doença calazar do ponto de vista da saúde e das condições sociais que a geram.
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Citação
 Quase cinco séculos depois de Thomas More ter defendido o direito de morrer com dignidade como uma das instituições básicas de sua “Utopia”, a civilização ocidental mantém arraigado o conceito judaico-cristão de que Deus tem o direito de dar e retirar a vida. Na Grécia e na Roma antiga, a eutanásia (“eu thánato”, boa morte em grego) era aceita com naturalidade.
 (Carlos Eduardo Lins da Silva. ‘O direito de morrer com dignidade’. Folha de S. Paulo.)
 É visível a posição favorável do autor em relação à eutanásia e, para fazer valer seu ponto de vista, cita o pensamento de alguém também favorável. 
 A citação pode ser feita de forma indireta, como ocorre no parágrafo lido, ou de forma direta, sendo que, neste caso, ela deve ser transcrita na íntegra, entre aspas.
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Alusão histórica
 Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição.
 A alusão a fotos históricos é utilizada quando se deseja explicar algo do presente a partir de fato do passado. Serve também para comparações com a realidade atual. 
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Ilustração
 Na mesma semana que morreu Ayrton Senna, morreu atropelada no Rio, mais precisamente na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, uma empregada doméstica chamada Rosilene. Durante uma hora os carros passaram por cima de seu corpo, a ponto de só ser reconhecida através das impressões digitais que restaram. O Brasil inteiro chorou a morte de Senna, mas poucos souberam do fim trágico de Rosilene. Este é bem o retrato do país que habitamos. Somos cada dia mais dois Brasis. Um, dos ricos e famosos, que faz uma nação inteira chorar ou pelo menos se interessar pelo caso. Outro, o dos miseráveis, cujas vidas não interessam a ninguém.
Antonio Carlos Viana
 	
Inicia-se o parágrafo apresentando um fato para ilustrar o tema.
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Frase nominal / sequência de frases nominais
 Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Rio. Meia centena de mortes numa clinica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajás. Muitos meses já se passaram e esses fatos continuam impunes, comprovando a máxima de que no Brasil a impunidade alimenta o crime.
 
	
Inicia-se o parágrafo com uma ou uma série de frases nominais (frases sem verbo).

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