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SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL

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SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL
Sujeitos de Direito Internacional Público
a) sujeitos primários: Estados (concebido na Antiguidade clássica);
b) sujeitos secundários: Organizações internacionais.
Sujeitos de Direito Internacional Público (divergência doutrinária)
Charles de Rousseau, por sua vez, tem uma classificação quadripartite para os sujeitos de direito internacional:
Estados;
Coletividades interestatais (Organizações Internacionais);
Coletividades não Estatais;
Indivíduos.
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO INTERNACIONAL 
Os Estados e organizações internacionais intergovernamentais e os particulares ou indivíduos tem personalidade jurídica internacional ou seja, são sujeitos do Direito Internacional. 
Atenção: A Anistia Internacional e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não são organizações internacionais, mas sim ONGs de atuação internacional, por este motivo não celebram tratados, e por este motivo não são considerados sujeitos de direito internacional. 
CHEFE DE ESTADO X CHEFE DE GOVERNO 
No Brasil cabe Privativamente ao Chefe de Estado art. 84, VII e VIII da CF/88 manter relações com outros Estados, acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar tratados internacionais ad referendum do Congresso Nacional. 
O Chefe de Estado goza de imunidade plena que é uma restrição ao direito fundamental dos Estados soberanos que se veem impedidos de sujeitar representantes de outros Estados presentes em seu território ao seu ordenamento jurídico. 
O ESTADO COMO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL
ESTADOS: para que sejam sujeitos de direito internacional devem reunir 4 elementos constitutivos em sua formação: População Permanente; Território determinado; Governo e Soberania. 
RECONHECIMENTO DE UM ESTADO: é o surgimento de um novo sujeito de direito internacional, atestado pelos demais Estados por meio de um ato discricionário, unilateral, irrevogável e incondicional; Cuja importância é fundamental para que o novo Estado se relacione com os seus pares na comunidade internacional. 
No Brasil o Ministro das Relações Exteriores ou chanceler tem como principal função auxiliar o chefe de Estado na formulação e execução da política externa. 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. EXTERNO – República Federativa do Brasil; 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. INTERNO – UNIÃO FEDERAL; 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS INTERGOVERNAMENTAIS
São pessoas de direito público externo formadas pela reunião de Estados que têm uma finalidade em comum. Após serem constituídas adquirem personalidade internacional independente da de seus membros constituintes (ONU, OIT, FAO, UNESCO (educação, ciência e cultura), OTAN E FMI). 
SANTA SÉ: é a aliança da Cúria Romana com o Papa, o Tratado de Latrão firmado em 1929 pela Itália e a Santa Sé, reconhece a personalidade internacional da Santa Sé, reconheceu a propriedade e a jurisdição soberana sobre o Vaticano e atribuiu ao Vaticano neutralidade permanente. 
ESTADO DA CIDADE DO VATICANO possui personalidade jurídica própria que não se confunde com a da santa sé, nacionalidade própria (nacionalidade funcional ou jus domicilli + jus laboris); quem reside no Vaticano está submetido a soberania da Santa Sé que também tem direito a representação diplomática ativa e passiva (núncio apostólico); o Papa é chefe de Estado e da Igreja Católica;
O Vaticano é um Estado sem o elemento pessoal, qual seja, o povo, já que possui apenas cidadãos e não nacionais. Aqueles que possuem a cidadania vaticana não perdem sua nacionalidade originária.
O Vaticano tem capacidade para firmar tratados, como Estado que é, sendo admitido recentemente como membro permanente da ONU.
Os tratados concluídos com a Santa Sé sobre matéria religiosa e que prevêem privilégios para católicos são chamados de concordatas. O Brasil, por ser um Estado laico, não pode celebrá-las sem ofender sua ordem constitucional.
AS COLETIVIDADES NÃO-ESTATAIS
As coletividades não-estatais podem ser classificadas em:
a) beligerantes;
b) insurgentes;
c) movimentos de libertação nacional;
d) Soberana Ordem Militar de Malta.
Beligerantes são movimentos armados da população, politicamente organizados, que utilizem a luta armada (a ponto de constituir guerra civil) para fins políticos. Quando tais grupos mostram ter força suficiente para possuir e exercer poderes similares ao do Estado contra o qual se rebelam, inclusive controlando partes do território do Estado, a sociedade internacional pode reconhecer sua condição de beligerantes, atribuindo-lhes status de Estado, inclusive para submetê-los aos tratados sobre guerra.
Insurgentes são grupos sublevados dentro de um Estado que visam a tomada do poder, cuja luta atinge certo grau de efetividade, sem, no entanto, constituir guerra civil ou zona livre. Os direitos e deveres dos insurgentes dependem do que lhes é atribuído pelos Estados que os reconhecem.
Movimentos de libertação nacional são movimentos que visam à independência de povos. Sua personalidade jurídica dá-se em três âmbitos: no direito humanitário, no direito dos tratados e nas relações internacionais. O maior exemplo de movimento de libertação nacional era a OLP, reconhecida pela ONU como representante do povo palestino junto a si e seus órgãos, diante dos quais a OLP agia na qualidade de observadora, com direito de voz e não de voto.
A Soberana Ordem Militar de Malta é uma comunidade monástica, localizada em Roma, que embora tenha uma Constituição na qual se diz soberana e sujeito de Direito Internacional Público, e mantenha “relações diplomáticas” com mais de 90 Estados, inclusive o Brasil, não é reconhecida pela comunidade internacional como Estado soberano, por funcionar em estreita dependência da Santa Sé.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é uma organização independente e neutra que tem por fim proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e da violência armada. Embora a Suíça e outros Estados atribuam a tal comitê personalidade jurídica internacional, tal personalidade é, na verdade, uma pseudo personalidade, já que a Cruz Vermelha é uma entidade de direito privado, caracterizando-se como organização internacional não-governamental, não se confundindo com as Organizações Internacionais. Logo, o comitê não pode celebrar tratados com Estados ou Organizações Internacionais.
OS INDIVÍDUOS COMO SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL
Alguns autores vêm considerando os indivíduos como sujeitos de Direito Internacional Público por terem eles conquistado, no século XX, principalmente com o desenvolvimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos, direitos reconhecidos na ordem internacional, inclusive com instrumentos processuais que permitem a eles ingressar diretamente em instâncias internacionais, como por exemplo, a Convenção Europeia de Direitos Humanos de 1950. Reconheceu-se, ainda, poderem ser os indivíduos responsabilizados internacionalmente por crimes de guerra e genocídio. Por poderem participar das relações internacionais contemporâneas tanto no polo ativo como no passivo, reconhecem-se os indivíduos como sujeitos de Direito Internacional Público. Reforçam esta ideia o Tribunal de Nuremberg e os tribunais ad hoc criados pela ONU, em 1993 e 1994, para julgar os crimes cometidas na ex-Iugoslávia e em Ruanda, e o Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional.
AS MULTINACIONAIS COMO SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL
Além dos sujeitos formais de Direito Internacional Público, é de indagar da existência de sujeitos não-formais que, apesar de se situarem à margem do Direito Internacional Público formal, participam de modo não regulamentado da cena internacional.
Esses sujeitos de direito são as minorias nacionais, étnicas etc.
Embora o presente estágio de desenvolvimento do Direito Internacional Público não permite uma certeza científica acerca destes sujeitos, pode-se falar de dois deles como os mais importantes: as empresas transnacionais e a mídia global.
Empresas transnacionais são aquelas que têm representaçõesou filiais em vários países. Já multinacionais são empresas cujo capital provenha de mais de um Estado, podendo ser bilaterais (quando o capital é proveniente de dois países) ou multilaterais (quando o capital é proveniente de três ou mais países). Tais empresas não podem celebrar nem tratados nem exercer outros direitos de sujeitos do Direito Internacional Público, mas, na prática, celebram muitos acordos com países que, apesar de não serem regidos pelo Direito Internacional Público, permitem que tais empresas sejam consideradas sujeitos não-formais de Direito Internacional Público. 
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Além disso, o NAFTA deu a estas empresas capacidade postulatória internacional, outorgando de fato a tais empresas direitos inerentes à condição de Estado.
Sobre a mídia global, embora seja verdade que ela exerce enorme influência no mundo atual, por ser ainda um conceito abstrato e despersonalizado, pode-se dizer que a ela ainda não é possível atribuir o status de sujeito não-formal de Direito Internacional Público

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