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1 e 2 AULA ADMINISTRATIVO

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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
TURMA UERN – 2016 
Pietro Medeiros 
Professor 
Coach @professorpietromedeiros @cafeedireito 
PRINCIPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
PRINCÍPIOS 
ALGUNS PRINCIPIOS IMPLÍCITOS!!! 
 PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
  INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
HAVENDO NECESSIDADE O ESTADO LIMITA 
INTERESSES PÚBLICOS INDIVIDUAS ATRAVÉS DE 
PRERROGATIVAS, GARANTIAS, PARA ASSEGURAR O 
INTERESSE DA COLETIVIDADE. 
EXEMPLO: DESAPROPRIAÇÃO, MULTA, GUINCHO, 
CLAUSULAS EXORBITANTES E ETC. 
E O LIMITE?? 
O LIMITE SERIA O OUTRO PRINCIPIO: 
 
 
A INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO. 
ASSIM, O ADMINISTRADOR NÃO PODE ABRIR 
MÃO DO INTERESSE PÚBLICO EM DETRIMENTO 
DE INTERESSES INDIVIDUAIS. 
 PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
  INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICOC 
AS PRERROGATIVAS X AS LIMITAÇÕES SÃO 
INTERLIGADAS. 
 
 
EXEMPLO: CONTRATO ADMINISTRATIVO, TEM CLAUSULAS 
EXORBITANTES, VANTAGENS E ETC, MAS EM CONTRAPARTIDA TEM 
LICITAÇÕES, PRAZOS E ETC. 
 
EXEMPLO: OS SERVIDORES TEM ESTABILIDADE, GARANTIAS, 
VANTAGENS, MAS DEPENDEM DE CONCURSO, NÃO PODEM 
ACUMULAR CARGOS E EMPREGOS E ETC. 
 
 
TUDO ISSO É O REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO. 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2001, 
p. 256): 
 
São cláusulas exorbitantes aquelas que não 
seriam comuns ou que seriam ilícitas em 
contrato celebrado entre particulares, por 
conferirem prerrogativas a uma das partes (a 
Administração) em relação à outra; elas 
colocam a Administração em posição de 
supremacia sobre o contratado. 
Alteração Unilateral: 
 
As alterações são autorizadas quando a 
administração tiver de alterar o projeto de 
execução do contrato, ou tiver que alterar o 
valor contratado. O particular é obrigado a 
aceitar tais alterações até o limite de 25% do 
projeto original, e em se tratando de reforma 
de prédios, o limite amplia-se para 50%. 
PRINCÍPIOS 
PEDRAS DE TOQUE DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
VETORES AXIOLÓGICOS 
(FUNDAMENTOS QUE GUIAM A ATUAÇÃO DO ADMINISTRADOR) 
PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO 
INTERESSE PÚBLICO 
 
O Princípio da Supremacia do Interesse 
Público existe com base no pressuposto de 
que “toda atuação do Estado seja pautada 
pelo interesse público, cuja determinação 
deve ser extraída da Constituição e das 
leis, manifestações da vontade geral”. 
Dessa maneira, os interesses privados 
encontram-se subordinados à atuação estatal. 
 
 
 
 
 
 
Este supraprincípio fundamenta todas as 
prerrogativas de que dispõe a 
Administração como instrumentos para 
executar as finalidades a que é destinada. 
Neste sentido, decorre do Princípio da 
Supremacia do Interesse Público que 
havendo conflito entre o interesse público e 
o privado, prevalecerá o primeiro, tutelado 
pelo Estado, respeitando-se, contudo, os 
direitos e garantias individuais expressos 
na Constituição, ou dela decorrentes. 
 A superioridade não é do Administrador 
ou da Máquina Administrativa. 
 
 
 A Superioridade é do Interesse Público. 
 
 
 É um principio implícito na CF. Não esta 
previsto de forma expressa na CF. 
 Requisição de Bens - imagine quando o governo 
requisite bens, em caso de iminente perigo, para 
socorrer determinadas pessoas. Nesse caso, o 
direito de propriedade do particular é menosprezado 
em nome do Interesse Público. 
 
Desapropriação - o Poder Público pode 
desapropriar em nome do interesse público (ex: 
construção de um hospital). Prevalece o Interesse 
Público. 
EXEMPLO 
Em nome da Supremacia, o Interesse 
Público tem um patamar de 
superioridade. 
 
Porém a Administração não pode dispor 
desse interesse público. Passamos a ver 
então o Principio da Indisponibilidade do 
Interesse Público. 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse 
Público 
É imprescindível, antes de mais nada, 
destacar que quando se fala em Princípio da 
Indisponibilidade do Interesse Público, tem-
se aqui interesse público em seu sentido 
amplo, abrangendo todo o patrimônio 
público e todos os direitos e interesses do 
povo em geral. Após este esclarecimento, se 
faz interessante dizer que deste princípio 
derivam todas as restrições especiais 
impostas à atividade administrativa. 
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DESSE 
PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE 
 
Fraude ao concurso publico; 
 
Fraude a licitação representam 
violação ao principio da 
indisponibilidade do interesse púbico. 
(CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico – 
Administrativo) 
 
As restrições impostas à atividade 
administrativa que decorrem do fato de 
ser a administração pública mera 
gestora de bens e de interesses 
públicos derivam do princípio da 
indisponibilidade do interesse público, 
que é um dos pilares do regime jurídico-
administrativo. 
CERTO 
PRINCÍPIOS 
(CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em 
Gestão de Telecomunicações - Advogado) 
 
O regime jurídico-administrativo pauta-se 
sobre os princípios da supremacia do 
interesse público sobre o particular e o da 
indisponibilidade do interesse público pela 
administração, ou seja, erige- se sobre o 
binômio “ prerrogativas da administração – 
direitos do administrado. 
CERTO 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS 
CF/88 - Art. 37. A administração pública 
direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência e, 
também, ao seguinte: 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Como princípio da administração (CF, art. 37, 
caput), significa que o administrador público está, 
em toda a sua atividade funcional, sujeito aos 
mandamentos da lei e às exigências do bem 
comum, e deles não se pode afastar ou desviar, 
sob pena de praticar ato inválido e expor-se a 
responsabilidade disciplinar, civil e criminal, 
conforme o caso; a eficácia de toda a atividade 
administrativa está condicionada ao atendimento 
da lei. Na Administração Pública não há liberdade 
nem vontade pessoal, só é permitido fazer o que a 
lei autorizar, significando “deve fazer assim”. 
Legalidade é a base de um Estado de Direito 
(Estado politicamente organizado que respeita as 
suas próprias leis). 
O principio da Legalidade deve ser visto sobre dois 
enfoques: 
 
1º) Legalidade para o Direito Privado - para o particular, 
vale o critério de não contradição a lei, ou seja, pode fazer 
tudo que não contrarie a lei. 
 
2º) Legaliadade para o Direito Público - para a 
administração pública, vale o critério da subordinação a lei, 
ou seja, o administrador só pode fazer o que esta 
autorizado na lei. 
Segundo Seabra Fagundes, "Administrar é aplicar a lei de oficio." 
 
PRINCIPIO DA LEGALIDADE X PRINCIPIO DA 
RESERVA 
 
 
Legalidade é fazer ou não fazer o que a lei determina. 
 
 
Reserva de lei é a escolha da espécie normativa. 
 
É a exclusividade de determinada espécie normativa para 
tratar sobre determinado assunto. 
CONTROLE DE LEGALIDADE 
 
Deve ser entendido atualmente em 
sentido amplo. Significa que quando 
analisamos a legalidade da lei, 
devemos submetê-la não só a 
compatibilidade com a lei mas 
também os princípios constitucionais. 
(CESPE-2011-TJ-ES-Analista Judiciário) 
 
O princípio da legalidade está relacionado 
ao fato de o gestor público agir somente de 
acordo com a lei. 
CERTO 
Ano: 2015 Banca:CESPE Órgão: FUB 
Prova: Administrador 
 
O agente público só poderá agir quando houver 
lei que autorize a prática de determinado ato. 
CORRETO 
 
- Para o Particular: Pode fazer tudo que não é proibido. (autonomia da 
vontade) 
 
- Para o Agente Público: Só pode fazer o que a lei permite. (subordinação 
legislativa) 
Princípio da Finalidade e Impessoalidade 
 
Impõe ao administrador público que só 
pratique o ato para o seu fim legal; e o fim 
legal é unicamente aquele que a norma de 
Direito indica expressa ou virtualmente 
como objetivo do ato, de forma impessoal. 
Assim, a Constituição Federal indica 
expressamente apenas o princípio da 
impessoalidade, porém, impossível não 
vetorizá-lo com o princípio da finalidade. 
CONCEITO DE IMPESSOALIDADE POR 
CELSO A. B. DE MELO 
 
Impessoalidade traduz a idéia de que a 
Administração tem que tratar a todos sem 
discriminações benéficas ou detrimentosas. 
Nem favoritismos nem perseguições são 
toleráveis. 
Simpatias ou animosidades pessoais, 
políticas ou ideológicas não podem interferir 
na atuação administrativa. 
Dois exemplos que representam, expressos na CF, 
o instituto da impessoalidade: 
 
 1º) Licitação 
 2º) Concurso Público 
Impessoalidade é a ausência de subjetividade. 
(atuação de forma impessoal, abstrata e genérica). 
 
O Ato Administrativo também é um ato impessoal. 
Principio da Impessoalidade segundo Hely Lopes Meireles 
Principio da Impessoalidade esta ligado ao Principio da 
Finalidade. 
 
Para a doutrina tradicional (HLM), o principio da 
impessoalidade e principio da finalidade são sinônimos. 
 
Para a doutrina moderna (CABM) os princípios são 
autônomos. 
Princípio da Impessoalidade é ausência de subjetividade. 
Princípio da Finalidade significa buscar a vontade maior da lei, 
ou seja, o espírito da lei. 
 
Tal entendimento foi reforçado pela Lei 9784/99. 
 
Regula o processo administrativo no 
âmbito da Administração Pública 
Federal. 
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo 
no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à 
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins 
da Administração. 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da LEGALIDADE, FINALIDADE, motivação, 
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Princípio da Moralidade 
 
A moralidade administrativa constitui, pressuposto de 
validade de todo ato da Administração Pública (CF, art.37), 
sendo que o ato administrativo não terá que obedecer 
somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria 
instituição, pois nem tudo que é legal é honesto; a moral 
administrativa é imposta ao agente público para sua 
conduta interna, segundo as exigências da instituição a 
que serve e a finalidade de sua ação: o bem comum. 
 
Em nosso pensar, acreditamos que o comportamento ético, 
onde um de seus elementos, a moral, deve estar ínsita em 
todo o exercício do administrar a coisa pública, desde os 
atos administrativos até os contratos administrativos, no 
seus sentidos mais amplo possível. 
Diz respeito a obediência a princípios éticos e 
agir com honestidade. 
 
Administrador tem que agir com boa-fé e com 
lealdade. 
 
Na pratica, o principio da moralidade 
dificilmente vem só. Os Tribunais acabam 
atrelando esse principio a um outro, pois o 
conceito de moralidade ainda é muito vago, 
indeterminado. 
Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TCU 
Prova: Técnico Federal de Controle Externo - 
Conhecimentos Básicos 
 
Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação 
administrativa que contrariar, além da lei, a moral, 
os bons costumes, a honestidade ou os deveres 
de boa administração. 
Gabarito: ERRADO 
 
Ofende os princípios da legalidade e moralidade. 
 
Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa 
que contrariar, além da lei (princípio da legalidade), a moral, os bons costumes, a 
honestidade ou os deveres de boa administração (princípio da moralidade). 
STF- SUMULA VINCULANTE 13 – “NEPOTISMO” 
 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta 
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
1ª hipótese - O nomeado não pode ocupar cargo em 
comissão e não pode exercer função gratificada na mesma 
pessoa jurídica da autoridade nomeante. 
CARGO EM COMISSÃO 
 
Serve para direção, chefia e assessoramento. 
 
Era, antigamente (até CF/88), denominado de Cargo de Confiança. 
 
Atualmente é também chamado de cargo de livre nomeação e exoneração 
(exoneração "ad nutum" - que não precisa ser explicada) 
 
A nomeação para o Cargo em Comissão pode ser dada a qualquer pessoa. 
 
Porém, o Constituinte, preocupado com a continuidade do serviço público, 
garantiu uma cota mínima reservada para os servidores de Cargo Efetivo. 
FUNÇÃO DE CONFIANÇA 
 
Também é utilizada para direção, chefia e assessoramento. 
Baseia-se também na confiança. 
 
 A diferença é que na Função de Confiança só pode ser dada 
a quem tem Cargo Efetivo. 
 
O servidor recebe uma gratificação por exercer essa função de 
confiança, por isso chama-se também de Função Gratificada. 
2ª hipótese - Proíbe-se o exercício, na 
mesma Pessoa Jurídica um servidor que 
ocupa cargo de direção, chefia ou 
assessoramento com outro servidor que 
ocupa cargo em comissão ou função 
gratificada. 
STF - os agentes políticos não estão sujeitos a Sumula Vinculante 13. (recl. 
6650, Recl. 7854, Agrav. Recl. 66750) 
"1. A jurisprudência do STF preconiza que, ressalvada 
situação de fraude à lei, a nomeação de parentes para 
cargos públicos de natureza política não desrespeita o 
conteúdo normativo do enunciado da Súmula Vinculante 
13." 
 
(RE 825682 AgR, Relator Ministro Teori Zavascki, 
julgamento em 10.2.2015, DJe de 2.3.2015) 
20/07/2015 - 08h04 DECISÃO 
Prefeita que nomeou marido para cargo político é condenada por 
nepotismo 
 
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve 
decisão que condenou a prefeita do município de Pilar do Sul (SP) 
pela prática de nepotismo. Ela nomeou seu marido para ocupar o 
cargo de secretário de Gabinete, Segurança Pública e Trânsito. 
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/noticias/noticias/Prefeita-que-
nomeou-marido-para-cargo-pol%C3%ADtico-%C3%A9-condenada-por-
nepotismo 
Em 2013, o Ministério Público de São Paulo moveu ação civil pública 
contra a prefeita por improbidade administrativa. Afirmou que a escolha 
da prefeita teria sido única e exclusivamente em virtude da relação 
pessoal com o nomeado. Disse que a prática foi condenada pelo 
Supremo Tribunal Federal (STF) e fere os princípios da legalidade, 
moralidade, impessoalidade e eficiência. 
(TÉCNICO CIENTÍFICO – BASA – CESPE/2010) 
Os princípios da moralidade, da legalidade, da 
publicidade, da eficiênciae da impessoalidade, 
estipulados pelo texto constitucional, somente 
se aplicam à legislação administrativa referente 
à administração pública no âmbito federal, 
com desdobramentos na administração direta, 
na indireta e na fundacional. 
Observe que o mandamento constitucional prescrito no art. 37, caput, determina a 
aplicação dos princípios administrativos a todas as esferas de governo, ou seja, a 
Administração Pública direta e indireta, de quaisquer dos poderes da União, dos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme o seguinte: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) Gabarito: Errado. 
Princípio da Publicidade 
 
É a divulgação oficial do ato para o 
conhecimento público e início de seus 
efeitos externos. A publicidade não é 
elemento formativo do ato; é requisito de 
eficácia e moralidade; 
Publicidade é condição de eficácia dos 
atos administrativos. Só passam a produzir 
efeitos a partir do momento em forem 
publicados. 
 
(Ex: um contrato administrativo não 
publicado, apesar de ser considerado 
válido, não produzirá efeitos). 
A publicidade também representa 
inicio de contagem de prazos, pois, 
por exemplo, num contrato em que 
prevê um prazo de 30 dias para ser 
entregue determinada mercadoria 
(merenda). 
 
Esse prazo iniciará a partir da 
publicação. 
Um outro exemplo é a notificação de infração 
administrativa (multa de trânsito), em que o 
prazo para se defender de 30 dias deve ser 
contado a partir da notificação ao 
administrado. 
 
Publicidade também significa um Mecanismo 
de Controle. (As contas municipais devem 
ficar a disposição para controle e 
questionamentos) – Portal da Transparência 
LEMBRAR DA PECULIARIDADE DO HABEAS DATA 
 
Art. 5º LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
EXCEÇÕES AO PRINCIPIO DA PUBLICIDADE 
 
1) Art. 5º, X da CF 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
2) Art. 5º, XXXIII da CF 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
3) Art. 5º, LX da CF (atos processuais que correm em 
sigilo) 
 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
 
Exemplo: processo ético profissional é sigiloso (imaginar 
medico sendo processado por erro medico. Nesse caso, se 
houvesse publicidade dessa investigação, a careira do 
profissional estaria comprometida) 
 
OBS: vale a pena olhar a Lei 12.527/11 (regulamenta o 
direito a informação do art. 5º, 
XXXIII da CF) 
ART. 37, §1º DA CF 
 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
Na primeira parte do art. Há um dever de publicidade. A CF 
diz a forma (caráter educativo, informativo, de orientação 
social). 
 
Não publicar os seus atos, caracteriza a improbidade 
administrativa (Lei 8429 - art. 11) 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que 
atenta contra os princípios da administração pública 
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de 
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
Tudo que vincula a pessoa do administrador não pode 
constar da publicidade da Administração (cor, símbolos, 
nomes, imagens, etc). 
 
A segunda parte do dispositivo (art. 37, §1º) significa o dever 
de impessoalidade. Veda a promoção pessoal. Caso 
descumpra, responderá por improbidade. 
 
Para caracterização dessa impessoalidade, a doutrina diz 
que o bom senso, a razoabilidade são fundamentais para 
balizar os atos. 
 
OBS: vale a pena dar uma olhada na Lei 131/09 (lei da 
transparência) 
Princípio da Eficiência (EC nº 19, de 15.6.98) 
 
É o exercício da atividade administrativa 
dirigida sempre para alcançar um resultado 
de interesse público. 
Primeiramente, vale destacar que o principio da 
eficiência ganha roupagem expressa na CF, 
somente a partir da EC 19/98 (essa emenda foi a 
famosa reforma administrativa) 
Não é que a Administração não tinha que ser 
eficiente antes da emenda. Ele apenas se tornou 
expresso. A Administração sempre teve o dever de 
ser eficiente. Inclusive já existia de forma expressa 
em legislação infraconstitucional (lei 8987/95 - art. 
6º, §1º). 
 
§ 1º - Serviço adequado é o que satisfaz as 
condições de regularidade, continuidade, eficiência, 
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua 
prestação e modicidade das tarifas. 
PERGUNTA: o que significa ser 
eficiente? 
 
R: Produtividade 
 Economia 
 Ausência de Desperdícios 
 Agilidade no Serviço Público 
CONSEQÜÊNCIAS DA INTRODUÇÃO DO P. DA EFICIÊNCIA NO 
ART. 37 
 
a) alterou a estabilidade do servidor (art. 41 CF) 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público. 
 
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo: 
 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla 
defesa. 
 
§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória 
a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para 
essa finalidade. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
CONCEITO ? 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE NÃO 
CONTENCIOSA?? 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
Para Di Pietro, no entanto, o Direito 
Administrativo é o ramo do direito público 
que tem por objeto os órgãos, agentes e 
pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica 
não contenciosa que exerce e os bens de 
que se utiliza para a consecução de seus fins, de 
natureza pública. 
Direito Administrativo pátrio é 
considerado não contencioso, ou seja, 
não existe a previsão legal de Tribunais 
e Juízes Administrativos ligados ao 
Poder Judiciário, em face do Princípio 
da Jurisdição Única, onde a CF/88 não 
concede a este Poder a atribuição 
típica de julgar os litígios. 
 
 
A prova de técnico da Receita Federal/2003 
feita pela Esaf considerou CORRETA a 
afirmação: 
 
"No conceito de Direito Administrativo, pode-
se entender ser ele um conjunto harmonioso 
de normas e princípios, que regemrelações 
entre órgãos públicos, seus servidores e 
administrados, no concernente as atividades 
estatais, mas não compreendendo a 
regência de atividades contenciosas". 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
Esse é o critério adotado por Hely Lopes 
Meirelles, para quem o Direito 
Administrativo é o conjunto harmônico 
de princípios jurídicos que regem os 
órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, 
direta e imediatamente os fins desejados 
pelo Estado. 
 
 
A prova de Assistente Administrativo 
elaborada pela Fepese /SC considerou 
CORRETA a afirmação: 
 
"O direito administrativo sintetiza-se no 
conjunto harmônico de princípios jurídicos 
que regem os órgãos e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, direta 
e indiretamente os fins desejados do 
Estado". 
TAXONOMIA DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Taxinomia e a natureza jurídica de 
determinado instituto do direito. Indicar a 
natureza jurídica consiste em apontar a qual 
grande categoria do direito o instituto 
pertence. Quando se trata de um ramo do 
direito, a indagação sobre sua natureza 
jurídica resume-se em classifica-lo como 
ramo do Direito Publico ou do Direito 
Privado. 
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO 
 Estudam a disciplina normativa do Estado: 
 
Administrativo, Tributário, Constitucional, Eleitoral, 
Penal, Urbanístico, Ambiental, Econômico, Financeiro, 
lnternacional Publico, lnternacional Privado, Processo 
Civil, Processo Penal e Processo do Trabalho. 
RAMOS DO DIREITO PRIVADO 
Compreensão do regramento jurídico dos 
particulares. 
 
Atualmente, enquadram-se nessa categoria o Direito 
Civil, o Empresarial e o do Trabalho. 
 
FONTES DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Súmula em sentido lato, nada 
mais é que o resumo do 
resultado dos julgamentos 
resultantes de teses jurídicas que 
demonstram o posicionamento 
da jurisprudência reiterada e 
predominante dos Tribunais. 
 
 
Nelson Nery Junior muito bem 
pontua neste sentido ao 
afirmar que a súmula é o 
conjunto das teses jurídicas 
reveladoras da jurisprudência 
dominante do tribunal e vem 
traduzida em forma de 
verbetes sintéticos numerados 
 
 
SÚMULA Nº 346 
 
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE DECLARAR 
A NULIDADE DOS SEUS PRÓPRIOS ATOS. 
SÚMULA Nº 419 
OS MUNICÍPIOS TÊM COMPETÊNCIA PARA 
REGULAR O HORÁRIO DO COMÉRCIO 
LOCAL, DESDE QUE NÃO INFRINJAM LEIS 
ESTADUAIS OU FEDERAIS VÁLIDAS. 
SÚMULA VINCULANTE 
Trata-se de decisão normativa que obriga todos os órgãos da 
Administração Pública e do Judiciário a atuarem conforme 
seus parâmetros. De acordo com o artigo 103-A, da 
Constituição Federal: 
 
"o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por 
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua 
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua 
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei". 
SÚMULA VINCULANTE Nº 5 
 
A FALTA DE DEFESA TÉCNICA POR ADVOGADO NO PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO. 
SÚMULA VINCULANTE Nº 13 
 
A NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM 
LINHA RETA, COLATERAL OU POR AFINIDADE, ATÉ O 
TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU 
DE SERVIDOR DA MESMA PESSOA JURÍDICA INVESTIDO EM 
CARGO DE DIREÇÃO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO, PARA O 
EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU DE CONFIANÇA OU, 
AINDA, DE FUNÇÃO GRATIFICADA NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA E INDIRETA EM QUALQUER DOS PODERES 
DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS 
MUNICÍPIOS, COMPREENDIDO O AJUSTE MEDIANTE 
DESIGNAÇÕES RECÍPROCAS, VIOLA A CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL. 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA 
JURÍDICA 
O princípio da segurança jurídica, 
também chamado de proteção da 
confiança, estabelece a necessidade 
de estabilidade das relações 
jurídicas em virtude do transcurso 
de tempo e da boa-fé do administrado. 
Princípio da Segurança Jurídica 
Canotilho elenca “O Direito propõe-
se a ensejar certa estabilidade, um 
mínimo de certeza na regência da 
vida social, e acrescenta que “esta 
segurança jurídica coincide com 
uma das mais profundas aspirações 
do homem: a da segurança em si 
mesma.” 
 A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. (Art. 5°, XXXVI) 
 
 Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena 
sem prévia cominação legal. (Art. 5°, XXXIX) 
 
 A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
(Art. 5°, XL) 
 
 A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na 
data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência. (Art. 16, caput) 
Princípio da Segurança Jurídica 
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade 
 
RAZOABILIDADE 
 
Agir de forma razoável significa coerência, lógica, 
congruência. É a proibição dos excessos. É afastar as 
condutas, despropositadas. 
PROPORCIONALIDADE 
 
Significa agir de forma equilibrada. Quando se pensa em 
proporcionalidade a palavra chave é "equilíbrio". Deve 
haver um equilíbrio entre os benefícios e os prejuízos. 
Precisa-se de equilíbrio entre os atos e as medidas 
aplicadas em razão dele. 
Esses princípios estão implícitos no texto 
constitucional e expressos na norma 
infraconstitucional (Lei 9784/99 - art. 2º) 
 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, 
dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência. 
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA 
AMPLA DEFESA 
CONTRADITÓRIO 
 
Significa ciência, conhecimento da existência do 
processo. Constitui nesse momento, a 
bilateralidade da relação processual. 
 
Quando se fala em contraditório deve pensar em 
duas bases: a lógica, em que se tem a 
bilateralidade e a base política, pois ninguém 
pode ser julgado sem ser ouvido. 
AMPLA DEFESA 
 
Significa dar a parte a oportunidade de defesa. Deve-
se oportunidade essa defesa, concedendo um prazo 
para fazê-la. 
Os princípios do contraditório e ampla defesa então 
previstos no art. 5º. LV da CF/88 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, 
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório 
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA 
Esse principio traz para a Administração a 
possibilidade de rever seus próprios atos. 
 
Se os atos forem ilegais devem ser anulados. Se 
o atos forem inconvenientes ou iniportunos a 
Administração pode revogá-los. 
Ilegais devem ser anulados. 
Inconvenientes ou inoportunos a 
Administração pode revogá-los. 
ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
NOÇÕES 
INTRODUTÓRIAS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Somente interessam os fatos que 
têm reflexo na ordem jurídica, 
denominando-se fatos jurídicos. 
Em relação aos fatos interessa-nos aqueles que 
têm alguma influência no cotidiano da 
Administração Pública 
FATOS ADMINISTRATIVOS 
Toda atividade material que tem, por 
objetivo, efeitos práticos no interesse da 
Administração Pública. 
Assim, conforme lição da ilustre professora Di Pietro, os atos da 
Administraçãoseria gênero, que teria as seguintes espécies: 
Por isso, nem todos os atos praticados pela 
Administração se caracterizam como atos 
administrativos, alguns, por exemplo, são 
considerados atos privados, tal como a 
assinatura de um cheque, o pagamento de uma 
fatura de telefone, a locação de um imóvel, visto 
que são atos regidos por regras de direito privado. 
 
CONCEITO DE ATO 
ADMINISTRATIVO 
PROVA!!! 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
SÃO CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE 
É o atributo segundo o qual todo ato administrativo é 
proferido de acordo com o ordenamento jurídico 
(legalidade) e são seus fundamentos verdadeiros. 
 
Trata-se de presunção relativa (iuris tantum), ou seja, 
admite-se prova em contrário. 
 
Tal atributo é que permite a imediata execução dos atos 
administrativos, ainda que defeituosos ou inválidos, 
enquanto não pronunciada sua nulidade. 
IMPERATIVIDADE 
Também denominada por alguns de coercibilidade, é a 
possibilidade que tem a Administração de criar 
obrigações ou impor restrições, unilateralmente, aos 
administrados. 
 
Decorre do chamado poder extroverso do Estado (PODER 
DE POLÍCIA), ou seja, poder de restringir direitos ou criar 
obrigações para particulares. 
 
Com efeito, podemos constatar que esse atributo 
somente estará presente nos atos administrativos que 
criem obrigações ou restrições (atos de polícia, por 
exemplo), não estando em outros atos (emissão de 
certidão), por não criarem qualquer obrigação. 
AUTOEXECUTORIEDADE 
É o poder que tem a Administração de imediata e 
diretamente, executar seus atos, independentemente de 
ordem judicial. Pode-se dividir tal atributo em exigibilidade e 
executoriedade. 
EXIGIBILIDADE 
EXECUTORIEDADE 
AUTOEXECUTORIEDADE 
EXIGIBILIDADE 
 Seria a obrigação do particular em cumprir as 
determinações da Administração (coerção indireta). 
EXECUTORIEDADE 
Seria o poder de a Administração fazer o particular 
cumprir suas obrigações e em caso de não cumprimento 
ela mesma adotar as medidas inerentes ao cumprimento 
do ato (coerção direta). 
TIPICIDADE 
É o atributo no qual o ato administrativo deve 
corresponder às figuras estabelecidas 
previamente no ordenamento jurídico, ou seja, 
o ato deve estar tipificado, deve constar na lei 
como apto a produzir determinados efeitos. 
REQUISITOS OU ELEMENTOS DO ATO 
COMPETÊNCIA 
 
FINALIDADE 
 
FORMA 
 
MOTIVO 
 
OBJETO 
COMPETÊNCIA 
É o poder conferido por lei a um determinado agente 
público para desempenho de certas atribuições. 
A competência sempre decorre de lei, sendo portanto um 
dever seu exercício, ou seja, dever-poder, visto que o 
agente não cabe escolher exercitá-la ou não, devendo 
atuar sempre e quando for determinado por lei. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!! 
Nestes termos dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 (Lei do 
Processo Administrativo) que “a competência é 
irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a 
que foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos”. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
DELEGAÇÃO 
É a transmissão de poderes para que outrem 
realize certos atos pelo agente delegante. 
E, AVOCAR é chamar para si certos poderes de outro 
agente. 
DELEGAÇÃO 
Assim, devemos observar que a regra é a possibilidade de 
delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, na medida em que, 
conforme estabelece o art. 13, somente é vedada a 
delegação de: 
 
a) edição de atos de caráter normativo; 
 
b) a decisão de recursos administrativos; 
 
c) as matérias de competências exclusivas do 
órgão ou autoridade. 
DELEGAÇÃO 
Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode ocorrer quando: 
 
a) não existir impedimento legal; 
 
b) houver conveniência administrativa em razão 
de circunstâncias de índole técnica, social, 
econômica, jurídica ou territorial. 
 
Não poderá, no entanto, ser total, deve ser apenas 
de parcela da competência e tem que ser temporária, 
ou seja, feita por prazo determinado. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
DELEGAÇÃO 
A delegação poderá ser feita para órgão ou agentes que estejam 
subordinados à autoridade delegante, como também poderá ser 
feita quando não exista subordinação hierárquica. Significa dizer 
que o delegado, ou seja, aquele que recebe a delegação, órgão 
ou agente, não precisa ser necessariamente subordinado ao 
delegante. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
DELEGAÇÃO 
Os atos praticados pelo delegado, no 
exercício da delegação, deverão constar tal 
fato, ou seja, que age na qualidade de 
delegado, de modo que os atos que 
praticar nessa condição deverão ser 
considerados editados pelo delegado. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
DELEGAÇÃO 
Por fim, o ato de delegação poderá 
a qualquer momento ser revogado 
pelo delegante, devendo, tanto este ato 
como o da própria delegação ser 
publicado no meio oficial. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
AVOCAÇÃO 
É a possibilidade de um superior 
hierárquico chamar para si o 
exercício, temporário e excepcional, de 
parte de competências conferidas a um 
subordinado. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
AVOCAÇÃO 
Portanto, é sempre temporária e se dará 
por motivos relevantes devidamente 
justificados, não podendo ocorrer quando se 
tratar de competência exclusiva do 
subordinado. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
AVOCAÇÃO 
Dessa forma, a Lei nº 4.417/65 (Lei de Ação 
Popular – LAP) diz que são nulos os atos 
praticados com vício de incompetência, e 
que a incompetência caracteriza-se quando o 
ato não se incluir nas atribuições legais. 
CARACTERÍSTICAS / COMPETÊNCIA 
Podemos, então, dizer que a competência 
será sempre um elemento ou requisito 
vinculado, ou seja, sempre é definida por lei. 
FINALIDADE 
É outro requisito ou elemento do 
ato administrativo e diz respeito ao fim 
perseguido pelo ato, ou seja, qual o 
seu objetivo. 
 
Com efeito, todo e qualquer ato 
administrativo tem por objetivo, por 
fim, atender ao interesse público. 
FINALIDADE 
Essa finalidade está sempre, 
expressa ou implicitamente, 
estabelecida na lei, de modo que a 
finalidade é sempre elemento 
vinculado. 
FORMA 
É o meio pelo qual se exterioriza a vontade 
da Administração, ou seja, consiste na 
realização do ato segundo os 
procedimentos ou solenidades descritas 
na norma. 
 
É como se materializa o ato 
administrativo. 
FORMA 
 A doutrina clássica tem entendido 
que se trata também de um elemento 
vinculado, pois a lei determina como 
o ato deva ser praticado. 
 
Assim, em princípio, todo ato 
administrativo seria formal, 
adotando-se, como regra, a forma 
escrita. 
FORMA 
 DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA!!! 
 
No entanto, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.784/99, e 
entendimento doutrinário mais moderno, ao qual 
aderimos, nem sempre a forma está prevista em lei, ou 
seja, às vezes ela é livre. 
 
Explico. Muito embora a Lei nº 9.784/99 determine que os 
atos do processo administrativo sejam realizados por 
escrito, o citado artigoestabelece que “os atos do processo 
administrativo não dependem de forma determinada 
senão quando a lei expressamente a exigir”. 
 
 
 
 
FORMA 
FORMA 
De mais a mais, é importante destacar que poderemos ter atos 
administrativos exteriorizados não só pela forma escrita, mas por meio 
verbal, por gestos ou mímica, até mesmo por meio de equipamentos 
ou sinais. 
MOTIVO 
É o fundamento de fato e de direito que serve de 
suporte ao ato administrativo, ou seja, como bem 
destacado por Hely Lopes Meirelles, motivo ou causa, 
“é a situação de direito ou de fato que determina ou 
autoriza a realização do ato administrativo. 
MOTIVO 
É preciso, no entanto, diferenciarmos motivo e 
motivação. 
 
A motivação, conforme leciona Celso Bandeira de 
Mello, integra a formalização do ato, sendo a 
exteriorização, exposição, dos fundamentos de fato 
e de direito que deram suporte a prática do ato, ou 
seja, é a demonstração ou exposição dos motivos. 
 
MOTIVO 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
Para esta teoria os motivos que deram 
suporte à prática do ato integram a sua validade, 
de maneira que se os motivos forem falsos ou 
inexistentes o ato estaria viciado, sendo 
inquinado de nulidade. 
 
Tal teoria aplica-se a qualquer ato, mesmo para 
aqueles que não se exige motivação, mas se 
declarou o motivo, está vinculado ao declarado. 
OBJETO 
Objeto é o resultado prático que a 
Administração se propõe a conseguir. É 
denominado, por alguns, como conteúdo, ou 
seja, é o efeito jurídico imediato do ato 
administrativo, é a coisa, a atividade, ou a relação 
de que o ato se ocupa e sobre o qual tende a recair. 
O objeto do ato administrativo pode ser 
discricionário ou vinculado, consoante tenha ou não 
margem para escolha, entre um objeto ou outro, 
pelo Administrador. 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
Conforme se enunciou, alguns dos elementos do 
ato administrativo são sempre vinculados e outros, não. 
 
Vinculação quer dizer que a lei não deu liberdade 
de atuação do administrador, que deverá observar os 
estritos termos da norma. 
 
Por outro lado, quando há certa margem de 
liberdade para atuação do administrador, cabendo-lhe 
avaliar a conveniência e oportunidade da prática do 
ato, diz-se que o ato é discricionário. 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
Será sempre vinculada a competência, a finalidade e, como 
regra, a forma, eis que lei irá dispor sobre seus limites. 
 
Porém, no tocante ao objeto e a valoração dos motivos, 
poderá a lei não dispor de forma exaustiva, permitindo que 
a Administração possa escolher qual o objeto a ser perseguido, 
bem como escolher dentre as razões de fato e de direito que dão 
ensejo à prática do ato. 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A LIBERDADE DE AUTUAÇÃO 
 VINCULADO; 
 
 DISCRICIONÁRIO; 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A LIBERDADE DE AUTUAÇÃO 
 VINCULADO; 
Ato vinculado é aquele em que a lei fixa todos os requisitos de sua 
realização, não havendo margem de liberdade para atuação do agente 
público, de modo a proceder à avaliação da conveniência e 
oportunidade da prática do ato. 
 
 
Ex. licença paternidade, eis que ao nascer o filho do servidor este, 
automaticamente, saíra em licença. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A LIBERDADE DE AUTUAÇÃO 
 DISCRICIONÁRIO; 
O ato discricionário é aquele em que há margem de liberdade para 
atuação do agente público, cabendo-lhe decidir acerca da conveniência e 
oportunidade em se praticar o ato. 
 
Exemplo: concessão de férias que poderá ser de acordo com a 
conveniência e oportunidade da administração. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE 
SIMPLES; 
 
COMPOSTO; 
 
COMPLEXO; 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE 
SIMPLES; 
Ato simples é o que decorre da manifestação de vontade de um único 
órgão, colegiado (comissão disciplinar) ou singular (ato do chefe). 
 
Este ato estará completo com a emanação de vontade desse órgão, não 
dependendo de qualquer outra manifestação para ser considerado perfeito 
e eficaz. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE 
COMPOSTO; 
Ato composto é aquele que resulta da manifestação de um só órgão, 
mas cuja produção dos efeitos depende de outro ato de um outro órgão 
que o aprove. 
 
Ex. nomeação de Ministro do Tribunal Superior. Uma vez nomeado, 
deverá ser sabatinado pelo Senado e se aprovado poderá tomar posse no 
cargo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE 
COMPLEXO; 
Ato complexo é o que decorre de manifestação de vontade de dois ou mais 
órgãos, que se somam formando um único ato. 
Importante destacar que o ato só se considera formado quando há as duas 
manifestações, uma delas apenas é insuficiente para dar existência ao ato, 
somente com a junção das duas é que estará formado. Nesse sentido, se dá 
como exemplo o ato de aposentadoria de servidor. Sendo esse o 
entendimento, majoritário, no âmbito do STJ e do STF. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AO SEU DESTINATÁRIO 
GERAIS; 
 
 
 INDIVIDUAIS; 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AO SEU DESTINATÁRIO 
GERAIS; 
Gerais são aqueles que não possuem destinatários determinados, são 
abstratos e impessoais, ou seja, buscam atingir a todos que se 
enquadrem na mesma situação, indistintamente. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AO SEU DESTINATÁRIO 
 INDIVIDUAIS; 
Os individuais possuem destinatários determinados, certos, ou seja, 
faz previsão de uma situação concreta, cuja beneficiário é 
determinado. 
Assim, resoluções e portarias são exemplos de atos gerais e não 
individuais. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO CONSTITUTIVO; 
 
EXTINTIVO; 
 
DECLARATÓRIO; 
 
ALIENATIVO; 
 
MOTIVO; 
 
ABDICATIVO; 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO CONSTITUTIVO; 
 
O ato constitutivo é aquele que cria uma nova situação jurídica para 
seu destinatário. Tem-se a criação de uma situação jurídica 
nova. 
 
Ex. nomeação de servidor, promoção do servidor, concessão de 
licença etc. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO EXTINTIVO OU DESCONSTITUTIVO; 
 
É aquele que põe fim, extingue, situações jurídicas existentes. 
 
Ex.: demissão, cassação de autorização. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO MODIFICATIVO; 
 
Ato modificativo é o ato que tem por fim alterar situações já 
existentes, sem, contudo, suprimi-las. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO DECLARATÓRIO; 
 
Ato declaratório é aquele que declara uma situação preexistente, 
visado preservar o direito declarado. Trata-se de mera certificação 
de fato ocorrido. 
Ex: certidão, atestado, homologação, anulação. 
 
A Profa. Di Pietro entende que declaratório seria o ato que 
reconhece um direito quejá existia antes do ato. Ex: uma 
isenção, admissão, licença etc. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO ALIENATIVO; 
 
É o ato que trata de transferência de bens ou direitos de um 
titular a outro. Por isso, também é considerado ato modificativo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 QUANTO AOS SEUS EFEITOS 
ATO ABDICATIVOS; 
 
Ato abdicativo são os atos por meio o administrado abre mão, 
abdica de um determinado direito. 
 
A Profa. Di Pietro ainda cita os atos enunciativos, nos quais a 
Administração apenas atesta, reconhece determinado fato ou emite 
juízo de conhecimento ou opinião, separando-o dos declaratórios, 
como exemplo as certidões, declarações, pareceres etc. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
O ato administrativo pode ser extinto por diversos motivos, seja o ato 
eficaz ou ineficaz, podendo ocorrer sua extinção de forma natural ou por 
vício que o inquine de ilegalidade ou ilegitimidade, podendo, ademais, 
ser retirado por razões de mérito administrativo. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
O ato administrativo pode ser extinto por diversos motivos, seja o ato 
eficaz ou ineficaz, podendo ocorrer sua extinção de forma natural ou por 
vício que o inquine de ilegalidade ou ilegitimidade, podendo, ademais, 
ser retirado por razões de mérito administrativo. 
 Podemos apresentar as seguintes formas de extinção do ato administrativo: 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
 Revogação; 
 Anulação; 
 Cassação; 
 Caducidade; 
 Contraposição. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
Dá-se a cassação quando as condições ou requisitos que foram 
estabelecidos para a prática do ato restaram desatendidas pelo 
beneficiário, quando deveriam ser observadas a fim de que 
pudesse continuar desfrutando dos benefícios decorrentes do ato. 
 
(autorização para porte de arma, contudo, posteriormente, o agente 
sofreu condenação criminal, restando, portanto, as condições 
estabelecidas para tal autorização desatendidas, de maneira que 
incidirá o poder de cassar a autorização anteriormente dada). 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
A caducidade ocorre porque sobreveio norma que não se permite 
mais os efeitos do ato antes autorizado. Trata-se, portanto, de 
norma superveniente contrária à que permitia a prática do ato. 
Exemplo de mudança de locais que eram destinados a 
espetáculos em virtude de nova lei de zoneamento. Assim, 
aqueles que tinham autorização para realizar espetáculo em tal local, 
assim, o ato caducou, de modo que já não poderá mais se apresentar 
ali. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
A contraposição diz respeito à prática de novo ato 
administrativo, cuja competência é diversa do que gerou o ato 
anterior, porém o conteúdo é ditado em contradição ao daquele. 
 
Ex. Um superior hierárquico de um setor X concede diárias para 
um subordinado realizar um curso oferecido pela Administração. 
No entanto, após a autorização, a autoridade desse órgão baixa 
uma portaria determinando que não será autorizada a realização de 
cursos fora da sede. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
Por fim, a renúncia, como causa de extinção do ato, ocorrerá 
quando houver a rejeição pelo próprio beneficiário da situação 
jurídica que lhe era favorável, decorrente do ato administrativo 
praticado, tal como no caso de renúncia à promoção, renúncia à 
remoção a pedido etc. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
EXTINÇÃO POR RETIRADA 
Por fim, a renúncia, como causa de extinção do ato, ocorrerá 
quando houver a rejeição pelo próprio beneficiário da situação 
jurídica que lhe era favorável, decorrente do ato administrativo 
praticado, tal como no caso de renúncia à promoção, renúncia à 
remoção a pedido etc. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO X ANULAÇÃO 
A revogação é a extinção do ato administrativo por não mais se 
coadunar com os interesses perseguidos pela Administração na consecução 
do interesse público. 
 
Trata-se de reavaliação dos critérios de conveniência e oportunidade na 
manutenção do ato. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO 
Assim, diz-se que a revogação é expressa quando o novo ato 
diz peremptoriamente que fica revogado o ato anterior, e é implícita 
ou tácita quando o novo ato trata do mesmo conteúdo disposto 
no ato anterior 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO 
É bom ressaltar que o competente para revogar é a mesma 
autoridade que praticou o ato a ser revogado, tendo por objeto, 
em regra, um ato válido, pois na revogação não se discute a 
legalidade e legitimidade do ato, apenas se este atende aos anseios 
da coletividade no sentido de ser oportuno ou conveniente. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO 
É importante ressaltar que a revogação do ato administrativo 
opera-se sempre de forma exclusiva pela Administração Pública, 
de modo que os outros poderes não podem revogar ato emanado 
pelo juízo de mérito administrativo, ressalvado, por óbvio, se o ato 
administrativo emanou de suas funções atípicas. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO 
Significa dizer que o Poder Judiciário não detém competência para revogar ato 
administrativo de outro poder, podendo, contudo, revogar seus próprios atos 
administrativos, quando agindo na função administrativa. 
 
A revogação tem por fundamento o poder discricionário da autoridade 
administrativa em praticar o ato. Assim, se tem poder para praticá-lo segundo a 
conveniência e oportunidade, também terá o poder de reavaliar tal juízo em 
momentos futuros 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
REVOGAÇÃO 
Por se tratar, portanto, de poder que incide sobre ato válido, a 
revogação deverá operar apenas para frente, de modo que seus efeitos 
são ex nunc, ou seja, futuros – dali para frente, não alcançado as 
relações pretéritas. 
Desse modo, os efeitos pretéritos do ato são mantidos até a incidência do ato 
revogador, quando a partir de então não se verificará mais a incidência do ato 
revogado. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
ANULAÇÃO 
Outrossim, no tocante aos vícios incidentes sobre a legalidade ou 
legitimidade, passa-se pelo estudo da anulação do ato. 
 
Anulação, portanto, é a extinção do ato administrativo por razões de 
ilegalidade, ou seja, por estar o ato em desconformidade com as 
determinações constantes do ordenamento jurídico. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
ANULAÇÃO 
A anulação do ato pode ocorrer por motivo de ilegitimidade ou 
ilegalidade, por isso, os seus efeitos são retroativos, de maneira a 
fulminar o ato desde o seu nascedouro, ou seja, efeitos ex tunc. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
CONVALIDAÇÃO 
A convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual se 
supre o vício do ato ilegal, de modo a validá-lo com efeitos 
retroativos, ou seja, ab initio. 
 
Com efeito, de acordo com a Lei nº 9.784/99, podemos dizer quehá 
duas hipóteses em que se permite a convalidação: 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
CONVALIDAÇÃO 
 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco 
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiro, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
EXTINÇÃO DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
CONVALIDAÇÃO 
Assim, na primeira hipótese, ou seja, pelo decurso de prazo, 
qualquer vício existente em ato administrativo, uma vez 
alcançado o prazo decadencial de cinco anos, e beneficiário esteja de 
boa-fé ficará convalidado. 
Outrossim, na segunda hipótese, convalidação por ato administrativo, ou 
seja, decisão administrativa, entende-se que se trata de ato discricionário, 
pois a Administração poderá convalidar ou não. Significa que temos um ato 
nulo, porém o vício é considerável sanável.

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