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SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PUBLICAS-SNBP UMA POLITICA CULTURAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PROGRAMA DE ESTUDOS CULTURAIS E SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2016 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Programa de 
Estudos Culturais e Sociais da Universidade 
Candido Mendes como requisito parcial para 
conclusão do curso de Pós-Graduação Lato 
Sensu MBA em Xxxxxxx. 
 
Orientador: Prof. Ms ou Dr. Nome 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2016 
 
RESUMO 
 
O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) apoia, por meio de seus programas e 
ações, as bibliotecas públicas e comunitárias. Instituído como um órgão subordinado 
diretamente a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) é formado pela Coordenadoria de 
Relacionamento e Formação, Coordenadoria de Informação e Governança e Coordenadoria de 
Gestão Documental e Administrativa. O SNBP vem trabalhando dentro de um modelo de 
gestão integrado com as Coordenadorias dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas com 
o objetivo de fortalecer suas ações e estimular o trabalho em rede e colaborativo. Por meio do 
Programa Livro Aberto iniciou um grande movimento a favor da ampliação do número de 
bibliotecas públicas no país bem como a modernização de bibliotecas já existentes. Assim, 
durante o período de 2004 a 2011 com Programa Livro Aberto, foram criadas 1.705 novas 
bibliotecas e modernizadas 682. Desse modo o tema do presente estudo é o Sistema Nacional 
de Bibliotecas Públicas-SNBP: Uma política cultural. O objetivo do presente trabalho é 
abordar questões principais que compõem a pauta das atividades do Sistema Nacional de 
Bibliotecas Publicas e suas ações que envolvem uma série de pontos interseccionados com o 
Sistema Estadual de Bibliotecas, tendo o livro e a leitura como elemento fundamental para a 
disseminação da nossa cultura, garantindo aos cidadãos o direito ao acesso e consumo de 
produtos culturais e também no que diz respeito à forma de ação do Estado através de suas 
Politicas Publicas, regulando os excessos e a implementação de novos recursos e tecnologias. 
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, realizada através de livros, 
artigos, periódicos e sites, bem como quanto a legislação correlata, complementado por um 
estudo de caso. 
 
Palavras-chave: Biblioteca Pública, Política Cultural, Política Pública. 
 
 
ABSTRACT 
 
The National System of Public Libraries (SNBP) supports, through its programs and 
activities, public libraries and community. Set up as a subordinate body directly to National 
Library Foundation (FBN) is formed by the Coordination of Relations and Training, 
Coordination and Information Governance and Coordination Document and Administrative 
Management. The SNBP has been working within an integrated management model with the 
Coordination of the State System of Public Libraries in order to strengthen their actions and 
encourage networking and collaborative. Through the program Open Book started a great 
movement in favor of increasing the number of public libraries in the country and the 
modernization of existing libraries. Thus, during the period 2004-2011 with Program Open 
Book, were created 1,705 new libraries and modernized 682. Thus the theme of this study is 
the National Public Libraries System-SNBP: A cultural policy. The objective of this study is 
to address key issues that comprise the agenda of activities of the National System of Public 
Libraries and their actions that involve a number of intersecting points with the State Library 
System, and the book and reading as a fundamental element for the dissemination of our 
culture, guaranteeing citizens the right to access and consumption of cultural products and 
also with regard to the form of state action through its public policies regulating the excesses 
and the implementation of new features and technologies. This is a bibliographic research, 
qualitative, conducted through books, articles, periodicals and websites, as well as the related 
legislation, complemented by a case study. 
 
Keywords: Public Library, Cultural Policy, Public Policy. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5 
2 A IMPLANTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E 
O SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PUBLICAS ................................. 9 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ E CRITICA . 9 
2.2 O PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E O SISTEMA NACIONAL 
DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS ............................................................................... 12 
2.2.1 Histórico .................................................................................................................... 12 
2.2.2 Diretrizes da política pública voltada à leitura e ao livro no Brasil .................... 13 
2.2.3 Da formação de mediadores .................................................................................... 15 
2.2.4 Eixo de atuação ......................................................................................................... 15 
3 O SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS. .............................. 16 
3.1 A IMPLANTAÇÃO DO SNBP ................................................................................. 16 
3.2 FORMA DE ATUAÇÃO DO SNBP ......................................................................... 18 
3.3 DO LIVRO ÀS BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS ................................................ 19 
4 ESTUDO DE CASO BIBLIOTECAS PERTENCENTES AO SISTEMA 
NACIONAL DE BIBLIOTECAS PUBLICAS: VISÃO DO BIBLIOTECÁRIO
 .................................................................................................................................... 21 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................... 21 
4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ........................................................... 21 
4.3 UNIVERSO DA PESQUISA ..................................................................................... 21 
4.4 ANÁLISES DOS DADOS ......................................................................................... 22 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 25 
REFERÊNÇIAS...................................................................................................................... 26 
APÊNDICE A – Entrevista com a Coordenação do SNBP................................................. 28 
 
 
 5 
1 INTRODUÇÃO 
 
A cultura pode ser entendida como o conjunto de valores, regras e princípios, o 
jeito de ser, o modo de vida de um povo. Cultura diz respeito à inigualável criatividade 
humana, a toda forma de pensar, de amar, de se relacionar socialmente, louvar a Deus ou aos 
deuses. É ela que nos torna humanos e é através dela que nos vemos como seres dotados da 
capacidade infinita de, a cada dia inventar um jeito novo de estar no mundo. Segundo Paulo 
Freire (1994), desde muito pequenos aprendemos a entender o mundo que nos rodeia. 
 
por isso, antes mesmo de aprender a ler e a escrever palavras e frases, já 
estamos "lendo”, bem ou mal, o mundo que nos cerca. Mas este 
conhecimento que ganhamos de nossa prática não basta. Precisamos ir além 
dele. Precisamos conhecer melhor as coisas que já conhecemos e conhecer 
outras que ainda não conhecemos (FREIRE, 1994, p.40). 
 
Para Freire (1994) falar de alfabetizaçãode adultos e de bibliotecas populares é 
falar, entre muitos outros, do problema da leitura e da escrita. Não da leitura de palavras e de 
sua escrita em si próprias, como se lê-las e escrevê-las não implicasse outra leitura, prévia e 
concomitante àquela, a leitura da realidade mesma. A compreensão crítica da alfabetização, 
que envolve a compreensão igualmente critica da leitura, demanda a compreensão crítica da 
biblioteca. Ao falar, porém, de uma visão crítica, autenticando-se numa prática da mesma 
forma crítica da alfabetização, reconheço e não só reconheço, mas sublinho a existência de 
uma prática oposta e de uma compreensão também, que, em ensaio há muito tempo 
publicado, chamei de ingênua. 
Seria enfadonho insistir aqui, exaustivamente, em pontos referidos em outras 
oportunidades em que tenho discutido o problema da alfabetização. De qualquer maneira, 
contudo, parece importante, mesmo correndo o risco necessário de repetirmos um pouco, 
tentar aclarar ou reaclarar o que venho chamando de prática e compreensão crítica da 
alfabetização, em oposição à ingênua e à "astuta”. Idênticas as duas últimas do ponto de vista 
objetivo, distinguem-se, porém, quanto à subjetividade de seus agentes. 
O mito da neutralidade da educação, que leva à negação da natureza política do 
processo educativo e a tomá-lo como um quefazer puro, em que nos engajamos a serviço da 
humanidade entendida como uma abstração é o ponto de partida para compreendermos as 
diferenças fundamentais entre uma prática ingênua, uma prática “astuta” e outra crítica. 
Do ponto de vista critico, é tão impossível negar a natureza política do processo 
educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. Isto não significa, porém, que a 
 6 
natureza política do processo educativo e o caráter educativo do ato político esgotem a 
compreensão daquele processo e deste ato. Isto significa ser impossível, de um lado, como já 
salientei uma educação neutra, que se diga a serviço da humanidade, dos seres humanos em 
geral; de outro, uma prática política esvaziada de significação educativa. 
Neste sentido é que todo partido político é sempre educador e, como tal, sua 
proposta política vai ganhando carne ou não na relação entre os atos de denunciar e de 
anunciar. Mas é neste sentido também que, tanto no caso do processo educativo quanto no do 
ato político, uma das questões fundamentais seja a clareza em torno de a favor de quem e do 
quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos a educação e de a favor de quem e do quê, 
portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política. Quanto mais 
ganhamos esta clareza através da prática, tanto mais percebemos a impossibilidade de separar 
o inseparável: a educação da política. 
Entendemos então, facilmente, não ser possível pensar, sequer, a educação, sem 
que se esteja atento à questão do poder. (FREIRE, 1994, p.15). 
De acordo com Paulo Freire (1994), um dos inúmeros aspectos positivos de um 
trabalho como este é, sem dúvida, fundamentalmente, o reconhecimento do direito que o povo 
tem de ser sujeito da pesquisa que procura conhecê-lo melhor. E não objeto da pesquisa que 
os especialistas fazem em torno dele. Nesta segunda hipótese, os especialistas falam sobre ele; 
quando muito, falam a ele, mas não com ele, pois só o escutam enquanto ele responde às 
perguntas que lhe fazem. 
É claro que uma pesquisa como esta demanda uma metodologia que não cabe aqui 
discutir, que implique aquele reconhecimento acima referido, o do povo como sujeito do 
conhecimento de si mesmo. É evidente que a questão fundamental para uma rede de 
bibliotecas populares, ora estimulando programas de educação ou de cultura popular (de que 
fizessem parte atividades no campo da alfabetização de adultos, da educação sanitária, da 
pesquisa, do teatro, da formação técnica, da política em suas relações com a fé), ora surgindo 
em resposta a exigências populares provocadas por um esforço de cultura popular, é política. 
A forma como atua uma biblioteca popular, a constituição do seu acervo, as 
atividades que podem ser desenvolvidas no seu interior, e a partir dela, tudo isso, 
indiscutivelmente, tem que ver com técnicas, métodos, processos, previsões orçamentárias, 
pessoal auxiliar, mas, sobretudo, tudo isso tem que ver com certa política cultural. 
Não há neutralidade aqui também. Como aqui também vamos encontrar a 
ingenuidade não astuta de que falei, a mesma ingenuidade puramente tática e a mesma 
criticidade. A mesma compreensão mágica da palavra escrita, o mesmo elitismo reacionário 
 7 
minimizador do povo, mas o mesmo espírito crítico-democrático de que tanto precisamos 
neste país de tão fortes tradições de arbítrio. O Brasil foi "inventado” de cima para baixo, 
autoritariamente. Precisamos reinventá- lo. (FREIRE, 1994, p.21). 
Para Freire (1994) é evidente que a questão fundamental para uma rede de 
bibliotecas populares, ora estimulando programas de educação ou de cultura popular (de que 
fizessem parte atividades no campo da alfabetização de adultos, da educação sanitária, da 
pesquisa, do teatro, da formação técnica, da política em suas relações com a fé), ora surgindo 
em resposta a exigências populares provocadas por um esforço de cultura popular, é política. 
A falta de políticas culturais nas bibliotecas durante muito tempo dificultou seu 
desenvolvimento, e a utilização dos espaços foram diminuindo cada vez mais. Com a atuação 
direta do Sistema Nacional de Bibliotecas Publicas junto às demais bibliotecas, este cenário 
foi mudando gradativamente despertando maior interesse aos leitores e aos usuários de um 
modo geral, com significativa melhorando no atendimento ao público e as demais instituições 
locais, disponibilizando as ferramentas culturais necessárias ao desenvolvimento cultural da 
população. 
O Sistema Nacional de Bibliotecas públicas possui características que faz conexão 
com as demais áreas culturais realizando políticas culturais direta com as bibliotecas, 
efetivando assim, uma integração entre demais bibliotecas, com o propósito de auxiliar, 
facilitar e estabelecer o desenvolvimento cultural do indivíduo de uma maneira completa com 
a disponibilização de bibliotecas estruturadas e politicas capazes de alcançar a população e a 
seus usuários de maneira mais completa. 
Essa investigação faz-se relevante, pois a pesquisa cientifica apresenta-se ainda, 
em um número muito reduzido em estudos sobre bibliotecas públicas e as políticas culturais 
utilizadas pelo SNBP direcionadas as demais bibliotecas cadastradas no sistema para 
atendimento e capacitação direta com o objetivo de atendimento a população local e seus 
visitantes no modo geral. 
Por meio desse estudo, pretendem-se descobrir quais são as características dessa 
relação, e a partir dela, verificar se existem preocupações que visam colocar em prática as 
formas e conteúdos culturais para que os objetivos dessa relação entrem em consonância com 
o verdadeiro proposito de uma instituição cultural. 
Para realização deste trabalho foi adotada a metodologia de estudo de caso, com 
as etapas de: pesquisa bibliográfica, observação assistemática do local (neste caso o SNBP), 
entrevista semiestruturada com a utilização de um roteiro com perguntas abertas e fechadas e 
a coleta de dados objetivos, através da obtenção de documentação fornecida pela 
 8 
Coordenadoria do SNBP do MinC: organograma da instituição e estatísticas de atendimento a 
bibliotecas a partir destes conceitos e dos resultados obtidos através das análises de dados foi 
verificado o tipo de dialogo existente entre o SNBP e as demais bibliotecas e centros e como 
essa relação, auxilia na adoção de procedimentos que propiciem, de fato, um ambientepara 
que se efetive a política e a ação cultural, finalidade esta que deve, ou deveria ser a função 
maior de uma instituição cultural. 
 
 9 
2 A IMPLANTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA 
E O SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PUBLICAS 
 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ E 
CRITICA 
 
Entende-se como uma obrigação da escola o despertar nos alunos do gosto e do 
prazer pela leitura, tornando-os capazes de compreender os sentidos dos textos, pelo 
desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo, para que se transformem em leitores 
efetivos e autônomos, contribuindo para a sua inclusão social. 
Ezequiel Theodoro, em sua obra “Criticidade e Leitura”, entende a leitura como 
uma prática social e, desse modo, defende que a leitura crítica é perfeitamente capaz de 
transformar a realidade brasileira. Segundo ele, a leitura está totalmente ligada à crítica, e 
além de aprender a ler e a compreender o que leem, é de extrema importância que os alunos 
aprendam também a ter opinião crítica em relação ao que leem. 
O autor demonstra sua posição sobre a falta de desenvolvimento dessa habilidade 
nas escolas: 
 
vale ressaltar que a criticidade, como um emblema da cidadania e um valor 
atitudinal, é trabalhada ideologicamente por aqueles que detêm o poder 
econômico e político. Isso porque a conservação e a reprodução dos 
esquemas de privilégio dependem, fundamentalmente, da ignorância e do 
conformismo, aqui tomados como forma de escravização da consciência. 
(SILVA, 2009, p. 25). 
 
Se buscarmos nos dicionários uma definição para o vocábulo “leitura” podemos 
chegar a várias. Tomando o Dicionário Aurélio como base, encontramos a seguinte: 
 
[...] leitura. S.F.1. ato ou efeito de ler. 2. Arte ou hábito de ler. 3aquilo que se 
lê. 4. O que se lê, considerado em conjunto. 5. Arte de decifrar e fixar um 
texto de um autor, segundo determinado critério [...] (AURÉLIO, 1988, p. 
390). 
 
Alguns autores, entre eles Graça Paulino (2001), partem da palavra “ler”, que vem 
do latim legere, que significa “colher, escolher, recolher” as melhores letras e palavras, como 
quando se retira de uma árvore os seus melhores frutos. Equivale á expressão latina 
“legereoculis” que significa “colher com os olhos”, referindo-se às utilidades e prazeres que 
acompanham a leitura. 
 10 
Magda Soares (2003) defende que: 
 
[...] em nossa cultura grafocêntrica, o acesso à leitura é considerado como 
intrinsecamente bom. Sendo a Leitura um processo de interação entre leitor e o 
texto, atribui-se à ela um valor positivo absoluto: traria benefícios óbvios e 
indiscutíveis ao indivíduo e à sociedade – forma de lazer e de prazer, de aquisição de 
conhecimentos e de enriquecimento cultural, [...] (SOARES, 2003; p.19). 
 
Considerando as palavras de Soares (2003), o processo de leitura quando feito 
com reciprocidade entre leitor e o texto supõe-se que o valor seja terminantemente ilimitado; 
os benefícios serão inegáveis e certos indivíduos e paralelamente à sociedade, pois é uma 
maneira prazerosa de obter conhecimentos e enriquecimento de cultura e assim mudando para 
melhor as condições de convívio entre a sociedade e as pessoas que dela fazem parte. 
Martins (1994) considera a leitura como: 
 
[...] um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, não 
importando por meio de que linguagem. Assim, o ato de ler se refere tanto a 
algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer humano, 
caracterizando-se também como acontecimento histórico e estabelecendo 
uma relação igualmente histórica entre o leitor e o que é lido. (MARTINS, 
1994, p.30) 
 
De acordo com Martins (1994, p.34), aprender a ler significa também aprender a 
ler o mundo, dar sentido a ele e a nos próprios, o que, mal ou bem, fazemos mesmo sem ser 
ensinados. A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar 
condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem, segundo as dúvidas e 
exigências que a realidade lhe apresenta. Assim, criar condições de leitura não implica apenas 
alfabetizar ou propiciar acesso aos livros. Trata-se antes, de dialogar com o leitor sobre a sua 
leitura, isto e, sobre o sentido que ele da, repito, a algo escrito, um quadro, uma paisagem, a 
sons, imagens, coisas, ideias, situações reais ou imaginarias. 
De acordo com Maria Helena Martins (1994, p.22), se o conceito de leitura está 
geralmente restrito a decifração da escrita, sua aprendizagem, no entanto, liga-se por tradição 
ao processo de formação global do individuo, a sua capacitação para o convívio e atuações 
social, política, econômica e culturais. Saber ler e escrever, já entre gregos e romanos, 
significava possuir as bases de uma educação adequada para a vida, educação essa que visava 
não só ao desenvolvimento das capacidades intelectuais e espirituais, como das aptidões 
físicas, possibilitando ao cidadão integrar-se efetivamente a sociedade, no caso a classe dos 
senhores, dos homens livres. 
 11 
contar historia de bruxas malvadas, princesas presas em altas torres e 
cavaleiros corajosos não e apenas um passatempo lúdico, mas uma 
importante ferramenta no ensino para vida..., os contos de fadas não perdem 
a atualidade e a magia porque tratam de conflitos humanos de socialização e 
trazem mensagens essenciais ao desenvolvimento da criança. 1 
 
Segundo Mario Vargas Llosa (2004, p.20), a boa literatura estende pontes entre 
diferentes povos e, deleitando-nos, fazendo nos sofre ou nos surpreendendo, acaba pó nos uni 
sob as línguas, crenças, usos, costumes e preconceitos que nos separam. 
Paulo Freire, em sua obra “A Importância do ato de ler”, aborda a temática da 
leitura, unindo texto e contexto, no sentido de que a leitura não se esgota na decodificação 
pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na 
inteligência do mundo, ou seja: 
 
a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura 
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e 
realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser 
alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o 
texto e o contexto. (FREIRE, 1991 p 80). 
 
De acordo com Freire (1991), a leitura do mundo vem primeiro que a leitura das 
palavras, no contato com a família, com a natureza, com a beleza da vida e seus desafios, mas 
uma não deve jamais se separar da outra, pois a linguagem e a realidade se aprisionam 
dinamicamente. 
Freire se preocupava com os “textos”, as “palavras” e as “letras” daquele contexto 
em que a percepção era experimentada pelo aluno. Notou que quanto mais “codificava” a 
leitura dessa realidade, mais aumentava a capacidade do indivíduo de perceber e aprender, o 
que resultava em uma série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão acontecia por 
meio da relação com o concreto e com os pares. 
Segundo José Morais (1996): 
 
[...] o aprender a ler adquire também uma função social, à medida que a 
capacitação para uma boa formação exige muita leitura. Esta habilidade 
permite uma acumulação de conhecimentos e, consequentemente, um 
repertório mais completo para os indivíduos. Entretanto, algumas pessoas 
fracassam ao tentarem aprender a ler, independente de razões que estejam 
relacionadas à sociedade e à escola. Existem distúrbios de aprendizagem da 
leitura que estão associados a deficiências de repertório cognitivo, 
especialmente o da própria criança e por isso é necessário conhecer melhor a 
 
1 Disponivel em :< http://pedagogiaaopedaletra.com/a-importancia-da-leitura-na-formacao-do-cidadao-crit ico/> 
Acessado em 20 de agosto 201612 
natureza e as dificuldades presentes para promover soluções educativas mais 
adequadas e eficientes. (MORAIS, 1996; p. 19, 20). 
 
O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de 
compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao 
homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação da palavra. 
 
2.2 O PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E O SISTEMA 
NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 
 
2.2.1 Histórico 
 
O Plano Nacional do Livro e Leitura teve sua origem em mais de 150 reuniões 
públicas em todo o País nos anos de 2005 e 2006, ocasião em que sugestões para o Plano 
eram colhidas. Participaram do debate representantes de toda a cadeia produtiva do livro – 
editores, livreiros, distribuidores, gráficas, fabricantes de papel, escritores, administradores, 
gestores públicos e outros profissionais do livro –, bem como educadores, bibliotecários, 
universidades, especialistas em livro e leitura, organizações da sociedade, empresas públicas e 
privadas, governos estaduais, prefeituras e interessados em geral. 
O seu texto final foi aprovado em 19 de dezembro de 2006, em reunião da Câmara 
Setorial do Livro e Leitura (CSLL), com a participação de representantes do Estado e da 
sociedade. Texto este que vigorou integralmente até sua reedição em dezembro de 2010. O 
plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL-foi instituído por meio da Portaria Interministerial 
Nº. 1.442, de 10 de agosto de 2006, pelos ministros da Cultura e da Educação. Em 1ºde 
setembro de 2011, foi instituído por meio do decreto Nº 7.559, firmado pela presidenta Dilma 
Rousseff. Foi em 10 de agosto de 2006 que os ministros da Cultura e da Educação, Gilberto 
Gil e Fernando Haddad respectivamente, instituíram o Plano Nacional do Livro e Leitura – 
PNLL, dando continuidade a toda a mobilização e aos debates do Vivaleitura empreendidos 
em 2005, por meio de uma Portaria Interministerial, parceria esta que não acontecia na área da 
leitura desde a separação dos dois Ministérios na década de 1980. No dia 1º de setembro, na 
XX Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff assina o 
Decreto nº 7.559, o qual dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura. Decreto este que 
dá maior dimensão ao PNLL. 
 13 
Entre as diversas iniciativas que contribuíram diretamente para a elaboração deste 
Plano, podem ser lembradas: o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o Programa 
Nacional da Biblioteca Escolar (PNBE), o Fórum da Câmara Setorial do Livro, Leitura e 
Literatura (instituída por decreto presidencial em 2005 e da qual de - correu o atual Colegiado 
Setorial de Livro, Leitura e Literatura), o Projeto Fome de Livro (iniciativa do 
MEC/Biblioteca Nacional), o Programa Nacional do Livro no Ensino Médio (PNLEM), o 
Programa de Formação do Aluno e do Professor Leitor e o Vivaleitura - Ano Ibero - 
americano da Leitura (2005), imenso programa desenvolvido pelo Minc, MEC, organismos 
internacionais e entidades da sociedade. 
Merece especial ênfase a contribuição oferecida pelo Programa Nacional de 
Incentivo à Leitura (PROLER), que, com a experiência acumulada ao longo de mais de duas 
décadas na realização de projetos de fomento à leitura por todo o País, com a promoção de 
oficinas, cursos, palestras e eventos artístico-culturais das mais diferentes naturezas, pôde 
fornecer subsídios para o debate em questão. 
Os documentos vigentes do PNLL são: 
 Composição do Conselho Diretivo e da Coordenação Executiva do PNLL 
 Portaria Interministerial n.1, de 25 de fevereiro de 2016 atualiza a Portaria 
Interministerial n.2, de 20 de agosto de 2014. 
 Designação do Secretário-Executivo do PNLL 
 Decreto do Plano Nacional de Livro e Leitura 
 Decreto que oficializa o retorno das políticas públicas do livro e leitura para 
Brasília 
 Portaria Interministerial que designa os membros do Conselho Diretivo e da 
Coordenação - Executiva do PNLL 
 
2.2.2 Diretrizes da política pública voltada à leitura e ao livro no Brasil 
 
Diante dos atributos tecnológicos e mudanças trazidas pelo processo de 
globalização, podemos perceber claramente a importância da Internet na expansão da 
informação, gerando meios de disseminação da informação e abrindo canais para 
aperfeiçoamento do conhecimento em várias vertentes. 
 14 
Nesse sentido, as novas tecnologias têm possibilitando cada vez a leitura digital, 
ou seja, o livro digital e o surgimento de “bibliotecas virtuais” com acervos digitalizados de 
obras conceituadas expandindo ainda mais o acesso à leitura e a informação. 
Um exemplo de política pública voltada ao incentivo à leitura e disseminação do 
saber é representado pelo Plano Nacional do Livro e Leitura que tem por base a necessidade 
de formar uma sociedade leitora como condição essencial e decisiva para promover a inclusão 
social de milhões de brasileiros no que diz respeito a bens, serviços e cultura, garantindo-lhes 
uma vida digna e a estruturação de um país economicamente viável O Caderno do PNLL 
(2014) traz as diretrizes para uma política pública voltada à leitura e ao livro no Brasil e em 
particular, à biblioteca e à formação de mediadores. Tais diretrizes levam em conta o papel de 
destaque que essas instâncias assumem no desenvolvimento social e da cidadania e nas 
transformações necessárias da sociedade para a construção de um projeto de nação com uma 
organização social mais justa. Elas têm por base a necessidade de formar uma sociedade 
leitora como condição essencial e decisiva para promover a inclusão social de milhões de 
brasileiros no que diz respeito a bens, serviços e cultura, garantindo-lhes uma vida digna e a 
estruturação de um país economicamente viável2. 
O Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL como aqui se vê configurado é 
produto do compromisso do governo federal de construir políticas públicas e culturais com 
base em um amplo debate com a sociedade e, em especial, com todos os setores interessados 
no tema. Sob a coordenação dos Ministérios da Cultura e da Educação, participaram do 
debate que conduziu à elaboração deste documento representante de toda a cadeia produtiva 
do livro: editora, livreira, distribuidores, gráficas, fabricantes de papel, escritores, 
administradores, gestores públicos e outros profissionais do livro, bem como educadores, 
bibliotecários, universidades, especialistas em livro e leitura, organizações da sociedade, 
empresas públicas e privadas, governos estaduais, prefeituras e interessados em geral. 
Apesar de termos avançado na redução das taxas de analfabetismo absoluto, que 
declinou de aproximadamente 65,3% em 1900 para 13,6% no ano 2000, continuamos com 
taxas ainda elevadas de analfabetismo, na ordem de 8,5 % da população em 2012, o 
equivalente a 13,2 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever, número que supera a 
população da cidade de São Paulo. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012 
(PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, 
dentre a população com 25 anos ou mais, o percentual de pessoas sem instrução diminuiu de 
 
2 PNLL - Plano Nacional do Livro e Leitura. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/pnll>. 
 15 
15,1% para 11,9% entre 2011 e 2012. A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou 
mais foi estimada em 8,5 por cento, o equivalente a 12,7 milhões de pessoas. 
Em 2011, esta taxa era de 8,4 por cento, ou de 12,4 milhões. Essa é a primeira vez 
em 15 anos que a taxa voltou a subir. O analfabetismo no Brasil se concentrou na faixa etária 
entre 40 e 59 anos. Nesse intervalo de idade, o analfabetismo passou para 9,8%,ante 9,6%. A 
pesquisa mostrou ainda que o analfabetismo funcional caiu de 20,4% para 18,3%, ou seja, 33 
milhões, segundo o IBGE. 
O levantamento reforça um traço já conhecido entre os brasileiros: o vínculo entre 
leitura e escolaridade. Entre os entrevistados que estudam o percentual de leitores é três vezes 
superior ao de não leitores (48% versus 16%). Já entre aqueles que não estão na escola, a 
parcela de não leitores é cerca de 50% superior ao de leitores: 84% versus. 52%. Retratos da 
Leitura ainda revela que o brasileiro lê, em média, 1,85 livro por trimestre, isso é, 4 livros 
lidos ao ano, número também menor que a média registrada anteriormente, que foi de 2,4 
livros a cada três meses , totalizando 4,7 livros ao ano.3 
 
2.2.3 Da formação de mediadores 
 
O PNLL promove seminários para formação de mediadores com participação de 
representantes de ministérios, da Presidência da República, de secretarias estaduais de cultura, 
bibliotecários, escritores especialmente a professores e educadores e outros profissionais. 
Dentre muitos aspectos, destacados a necessidade de modernização e reformulação das 
bibliotecas como novos centros de cultura. A Coordenação-Geral de Livro e Leitura do MinC 
participa diretamente na formação dos mediadores. 
 
2.2.4 Eixo de atuação 
 
Quatro eixos orientam a organização do Plano: 
 EIXO 1 - Democratização do acesso 
 EIXO 2 - Fomento à leitura e à formação de mediadores 
 EIXO 3 - Valorização institucional da leitura e incremento de seu valor 
simbólico 
 EIXO 4 - Desenvolvimento da economia do livro 
 
3 CADERNO do PNLL. Ed. rev. e atual. 2014. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/documents/1088 
3/1171222/cadernoPNLL_2014ab.pdf/df8f8f20-d613-49aa-94f5-edebf1a7a660>. Acesso em: 12 jul. 2016 
 16 
3 O SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS. 
 
3.1 A IMPLANTAÇÃO DO SNBP 
 
Desde 1937, quando foi criado o Instituto Nacional do Livro (INL), o Brasil vem 
investindo no apoio e ampliação das bibliotecas públicas no país. No entanto, foi em 1992, 
por meio do Decreto Presidencial no. 520, de 13 de maio de 1992, que o Sistema Nacional de 
Bibliotecas Públicas (SNBP) foi instituído como um órgão subordinado diretamente a 
Fundação Biblioteca Nacional (FBN), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). 
Durante o período de 1992 a 2014 o SNBP esteve sediado no Palácio Gustavo 
Capanema, na cidade do Rio de Janeiro. Constituía-se como uma Coordenadoria Geral 
composta por 3 Coordenadorias que, até 2011 eram assim denominadas: Coordenadoria de 
Apoio aos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas, Coordenadoria de Cadastro e 
Informação, e Coordenadoria de Acervo. A partir dos resultados de um diagnóstico 
situacional realizado em 2011, a denominação das coordenadorias foi alterada para: 
Coordenadoria de Relacionamento e Formação, Coordenadoria de Informação e Governança e 
Coordenadoria de Gestão Documental e Administrativa. 
Desde sua criação trabalha de maneira articulada com os Sistemas Estaduais, 
Municipais e do Distrito Federal de Bibliotecas Públicas, respeitando o princípio federativo, 
com o objetivo de fortalecer suas ações e estimular o trabalho em rede e colaborativo. Sua 
gestão tem por premissa básica o diálogo, a transparência, a responsabilidade e o estímulo ao 
controle social, dentro de um modelo de gestão integrado com as Coordenadorias dos 
Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas. 
Em 2004, por meio do Programa Livro Aberto, iniciou um grande movimento a 
favor da ampliação do número de bibliotecas públicas no país, assim como a modernização de 
bibliotecas já existentes. Durante o período de 2004 a 2011, período em que perdurou o 
Programa Livro Aberto foram criadas 1.705 novas bibliotecas e modernizadas 682. Esta ação 
era realizada por meio do estabelecimento de um contrato de comodato entre a FBN e a 
Prefeitura beneficiada, garantindo assim e entrega de um conjunto de equipamentos 
tecnológicos, mobiliário e acervo. 
Vale esclarecer que o Programa no. 0168 – Livro Aberto, era uma iniciativa do 
governo federal, de responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC), coordenado pelo 
SNBP/FBN e composto por uma série de ações, tais como: implantação e modernização de 
 17 
bibliotecas públicas; – concessão de bolsas na área do livro e da leitura; – capacitação de 
agentes públicos na área do livro e leitura; entre outros. 
O SNBP participou da construção do Plano Nacional do Livro e da Leitura 
(PNLL), integrando o eixo 1 – democratização do acesso, seguindo assim as suas diretrizes. 
Desenvolve ações conjuntas com outros órgãos, programas e projetos na área de leitura, 
literatura e bibliotecas, tal como o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), 
Agentes de Leitura, entre outros e, estimula a criação de Planos Estaduais e Municipais do 
Livro, Leitura e Bibliotecas, de acordo com os parâmetros traçados pelo PNLL. Mais 
informações sobre o PNLL podem ser obtidas na obras PNLL: textos e história: 2006-2010. 
As ações implementadas pelo SNBP são planejadas de acordo com as metas 
estabelecidas do Plano Nacional de Cultura (PNC). São 13 metas relacionadas as bibliotecas 
e, dentre elas, destacam-se as metas: Meta 32 – 100% dos municípios brasileiros com ao 
menos uma biblioteca pública em funcionamento e Meta 34 – 50% de bibliotecas públicas e 
museus modernizados. 
Em 2010, juntamente com a Diretoria do Livro, Leitura e Literatura (DLLL), da 
Secretaria de Articulação Institucional (SAI), do MinC, lançou o I Censo Nacional das 
Bibliotecas Públicas Municipais com o objetivo de identificar o perfil destes equipamentos 
culturais no Brasil. Desde então o SNBP vem trabalhando esses dados e validando as 
informações juntamente com os Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas, com vistas a 
embasar as políticas, ações e investimentos públicos na área de bibliotecas no país. 
A partir de 2012 aderiu formalmente ao Programa Iberoamericano de Bibliotecas 
Públicas – IBERBIBLIOTECAS que tem por objetivo promover o acesso livre e gratuito a 
leitura e a informação de todos os cidadãos sem discriminação, por meio da formação de uma 
rede iberoamericana de cooperação em matéria de bibliotecas públicas e desde então vem 
participando e integrando as bibliotecas públicas brasileiras em todas as iniciativas propostos 
pelo IBERBIBLIOTECAS, tais como: editais públicos, cursos de formação de bibliotecários 
entre outras. 
Em parceria com o Programa Global Libraries, da Bill & Melinda Gates 
Foundation no ano de 2012 o SNBP obteve o patrocínio do XVIII Encontro Nacional do 
Sistema de Bibliotecas Públicas e deu início a uma pesquisa exploratória para identificar as 
necessidades das bibliotecas públicas brasileiras e a sua relação com as Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs). 
Desde então o SNBP vem trabalhando em conjunto com o Programa Global 
Libraries, no sentido de implementar projetos que fomentem a apropriação e uso das TICs nas 
 18 
bibliotecas públicas. Como resultado, em 2014 deu-se início ao projeto piloto Tô na Rede em 
3 localidades do país: Pará, Alagoas e São Paulo. 
Em 2012 por meio do Decreto no. 7.748 ocorreu a incorporação da DLLL da 
SAI/MinC pela FBN, a qual passou a ser denominada Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e 
Bibliotecas (DLLLB) e, o SNBP passou a ser subordinado à esta DLLLB/FBN e não mais a 
Presidência da FBN. 
No ano de 2014 nova mudança organizacional alterou a configuração e a 
subordinação do SNBP. A partir do Decreto no. 8297, de 15 de agosto de 2014, o SNBP é 
transferido juntamente com a DLLLB para Brasília sendo incorporado, a partir desse 
momento,a Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Cultura (MinC). Atualmente o SNBP 
está sediado no Setor Comercial Sul (SCS), quadra 9, lote C, torre B do Edifício Parque 
Cidades, 12o. andar, Brasília, DF. 
 
3.2 FORMA DE ATUAÇÃO DO SNBP 
 
O SNBP assume como pressuposto básico para o desenvolvimento de suas ações, 
a função social da Biblioteca Pública. Essa instituição cultural ao assumir este papel na 
comunidade, possibilita a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e, 
formação de uma consciência crítica do indivíduo levando-o ao exercício pleno da cidadania. 
A atuação do SNBP junto às Bibliotecas Públicas só é possível com a implantação 
de um processo sistêmico, baseado em ações voltadas para a interação e integração dessas 
bibliotecas em âmbito nacional. O gerenciamento operacional é exercido através dos sistemas 
estaduais que funcionam em cada estado da federação, encabeçados geralmente, pelas 
Bibliotecas Públicas Estaduais, que passam por sua vez, a articular-se com as Bibliotecas 
Públicas Municipais. Para integrar o SNBP, é preciso que a biblioteca procure o Sistema 
Estadual de Bibliotecas de seu estado e obtenha o formulário de cadastramento. 
Desse modo a biblioteca passará a usufruir dos programas desenvolvidos pelo 
Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP do Ministério da Cultura, em âmbito 
nacional e estadual. 
Portanto, essa é uma das mais importantes conquistas do Ministério da Cultura e 
de todos os brasileiros - um programa pautado na integração e inclusão de todos segmentos 
sociais, na valorização da diversidade e do diálogo com os múltiplos contextos da sociedade 
brasileira. 
 19 
Em uma perspectiva de cooperação, articulação e integração, o Ministério da 
Cultura estabelece parceria com ministérios, bancos públicos, organismos internacionais e 
instituições da sociedade civil, e assina acordos com governos estaduais e municipais para a 
implementação das ações do Mais Cultura. Tem como objetivo transformar estes 
equipamentos em centros culturais dinâmicos e interativos, que articulem adequadamente a 
dimensão escrita da cultura com as outras dimensões tradicionais, populares, com as 
diversidades regionais e as linguagens contemporâneas. 
 Implantar bibliotecas públicas em municípios que não têm este equipamento – 
Tendo como meta zerar os municípios sem biblioteca pública no Brasil. 
 Modernizar bibliotecas as já existentes e apoiar iniciativas desenvolvidas pela 
sociedade. 
 Implantação de bibliotecas públicas municipais: kit com 2 mil livros, 
mobiliário e equipamentos. 
 Modernização de bibliotecas públicas municipais: investimento para aquisição 
de acervo (sendo 50% de literatura local e regional), mobiliário e equipamentos 
do Cine Mais Cultura. Cada unidade recebe, ainda, telecentro digital 
comunitário com 11 computadores conectados em rede e acesso à internet 
banda larga. 
 Bibliotecas de Referência: modernização de bibliotecas públicas de grande 
porte. Ampliação do acervo, espaço físico, digitalização de obras, capacitação e 
acesso a mídias diversas, como vídeo, áudio, mídia digital e internet. 
 Construção de bibliotecas: construção de módulos de 150 m² adaptáveis, que 
permitam ampliações futuras. Terreno de 500 m², acervo em torno de 2 mil 
livros, mobiliário e telecentro. 
 Bibliotecas Comunitárias: repasse de verba para iniciativas que atuam como 
bibliotecas comunitárias e/ou populares, selecionadas por meio de edital 
público estadual. 
 Mais Cultura - Implantação e Modernização de Bibliotecas 
 
3.3 DO LIVRO ÀS BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS 
 
De acordo com Maria Helena Martins (1994, p.60), tudo o que lemos, à exceção 
da natureza (isso se não considerarmos a interferência do homem nela), é fruto de uma visão 
de mundo, de um sistema de ideias e técnicas de produção, caracterizando um 
 20 
comprometimento do autor com o produz e, por certo, com seus possíveis leitores. Há, 
portanto, relação entre texto e ideologias, pois estas são inerentes à intenção (consciente ou 
inconsciente) do autor, a seu modo de ligação entre ele e os leitores de seu texto (este não nos 
interessa aqui pelo seu valor intrínseco – se artístico ou não, discutível ou elogiável, bem ou 
mal realizado – importa antes como algo sujeito a leituras). Os Pontos de Leitura são ações do 
programa Mais Cultura que visa potencializar iniciativas e projetos de incentivo à leitura em 
diversos locais, como bibliotecas comunitárias, pontos de cultura, hospitais, sindicatos, 
presídios, associações comunitárias, entre outros. 
Segundo Paulo Freire (2004, p.20-21), é evidente que a questão fundamental para 
uma rede de bibliotecas populares, ora estimulando programas de educação ou de cultura 
popular (de que fizessem parte atividades no campo da alfabetização de adultos, da educação 
sanitária, da pesquisa, do teatro, da formação técnica, da política em suas relações com a fé), 
ora surgindo em resposta a exigências populares por um esforço de cultura popular, é política. 
As Bibliotecas Comunitárias e Pontos de Leitura são iniciativas da sociedade civil 
que contribuem de maneira efetiva para a democratização do acesso à leitura no país. O SNBP 
orienta os Sistemas Estaduais e Municipais de Bibliotecas Públicas a apoiar e integrar essas 
iniciativas de maneira a potencializar o trabalho na área do livro, leitura, literatura e 
bibliotecas nas suas regiões. 
Ao longo dos últimos anos várias ações vêm sendo realizadas pelo MinC com o 
objetivo de apoiar essas iniciativas, tais como: – I que selecionou 516 iniciativas; – Convênios 
com Estados e Municípios para o repasse de recurso e lançamento de Editais regionais; – 
Edital de Apoio a Bibliotecas Comunitárias e Pontos de Leitura de 2012, e; – Prêmio Leitura 
para Todos: projetos Sociais de Leitura 2014. 
Além disso, os Pontos de Leitura e Bibliotecas Comunitárias fazem parte do 
Programa Cultura Viva do MinC e são apontados no item X do artigo 5o. do Projeto de lei 
757-D de 2011, aprovado na Câmara e aguardando aprovação no Senado Federal. 
Durante o período de 2009 e 2013 o diálogo a distância foi realizado por meio da 
Rede Biblioteca Viva, um blog criado pelo MinC, aberto para todos os agentes culturais 
ligados a essa área. 
Entre os dias 19 e 24 de maio, os Pontos de Leitura e Bibliotecas Comunitárias 
participaram da TEIA da Diversidade 2014 e em conjunto com a Diretoria de Livro, Leitura, 
Literatura e Bibliotecas (DLLLB) elaboraram propostas e definiram estratégias para melhorar 
a articulação entre esses equipamentos culturais e o MinC. 
 21 
4 ESTUDO DE CASO BIBLIOTECAS PERTENCENTES AO SISTEMA 
NACIONAL DE BIBLIOTECAS PUBLICAS: VISÃO DO 
BIBLIOTECÁRIO 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
O objetivo principal deste estudo foi apresentar de uma forma descritiva o novo 
perfil do Sistema Nacional de Bibliotecas Publicas – SNBP, e o que mudou com sua 
transferência para Brasília-DF e sua Politica Cultural junto ao Sistema Estadual de Bibliotecas 
– SEB na implantação de novas Bibliotecas e modernização das Bibliotecas já existentes. 
Os procedimentos metodológicos utilizados foram o levantamento bibliográfico e 
documental com o intuito de buscar a base teórica para fundamentar o tema e o objeto de 
pesquisa. Esse estudo se deu através da análise de artigos e documentos e pesquisa em sites da 
área. Em relação à coleta e análises dos dados, foram adotadas as abordagens quantitativa e 
qualitativa, por terem sido desenvolvidas através das análises de conteúdo das respostas dos 
entrevistados e por ser o mais adequado ao estudo. 
 
4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 
 
O instrumento de coleta de dados utilizado na pesquisa foi a aplicaçãode um 
questionário enviado por e-mail para os Coordenadores e bibliotecários reesposáveis que 
aceitaram participar da pesquisa. 
O questionário de entrevista, vide apêndice, é composto por questões que 
procuram analisar as áreas de atuação do Sistema Nacional de Bibliotecas Publicas e suas 
atividades junto as demais Bibliotecas do Sistema Estadual, e também no atendimento aos 
seus usuários, buscando entender as Politicas Culturais adotadas em relação à formação de 
novas atividades culturais e educacionais nas Bibliotecas. Para isso, foram elaboradas 
questões objetivas que tivessem relação a estrutura organizacional e aos procedimentos 
adotados em cada Biblioteca no atendimento aos usuários e sua própria manutenção. 
 
4.3 UNIVERSO DA PESQUISA 
 
O universo da pesquisa é correspondido por funcionários do MinC e profissionais 
que estivessem exercendo funções em Bibliotecas pertencentes ao Sistema Nacional de 
 22 
Bibliotecas Publicas. Pelo tema desse estudo se tratar de Politica Cultural nas Bibliotecas 
Publicas, para responder o instrumento de coleta de dados não se delimitou a uma área do 
mundo de trabalho deste profissional. Nessa coleta, realizada em julho de 2016 identificou-se 
4 pessoas com o perfil almejado para compor o universo da pesquisa. 
 
4.4 ANÁLISES DOS DADOS 
 
Os dados coletados através do questionário são analisados neste capítulo, por se 
tratar de uma pesquisa em que a abordagem é quantitativa e qualitativa, a análise dos dados 
será também feita através da apresentação de gráficos e das respostas descritivas com a 
finalidade de aproveitar ao máximo o questionário aplicado e também, porque desta forma 
teríamos melhor compreensão dos resultados obtidos. 
De acordo com a Bibliotecária Vanessa Vieira, servidora do Sistema Nacional de 
Bibliotecas Publicas de Brasília-DF, afirma que o SNBP foi criado por meio do Decreto 
Presidencial n. 520, de 13 de maio de 1992, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas 
(SNBP) foi instituído como um órgão subordinado, diretamente, à Fundação Biblioteca 
Nacional (FBN), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). 
O organograma da Instituição é composto por uma Coordenação-Geral e duas 
Coordenadorias: Coordenadoria de Relacionamento e Formação, Coordenadoria de 
Informação e Governança, o SNBP é composto tanto por servidores de carreira do Ministério 
da Cultura quanto por cargos em comissão – de livre nomeação e exoneração. Desde sua 
criação, a Coordenação-Geral do SNBP trabalha de maneira articulada com os Sistemas 
Estaduais e do Distrito Federal de Bibliotecas Públicas, respeitando o princípio federativo, 
com o objetivo de fortalecer suas ações e estimular o trabalho em rede e colaborativo. 
Sua gestão tem por premissa básica o diálogo, a transparência, a responsabilidade 
e o estímulo ao controle social, dentro de um modelo de gestão integrado com as 
Coordenadorias dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas. Segundo a bibliotecária, as 
bibliotecas escolares não estão no campo de atuação do SNBP, que apoia, por meio de seus 
programas e ações, apenas bibliotecas públicas e comunitárias. As bibliotecas escolares são de 
responsabilidade do Ministério da Educação (MEC). 
De acordo com a bibliotecária Vanessa, o SNBP possui uma programação anual 
de eventos culturais junto as bibliotecas atendidas, cita que no final de 2015, foi lançada uma 
nova plataforma, integrada ao Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais 
(SNIIC), a fim de reunir dados sobre as bibliotecas públicas e comunitárias do país. 
 23 
Desde então, os próprios gestores desses espaços culturais podem cadastrar e 
atualizar as informações, inserir fotos e divulgar a sua programação de eventos e todos podem 
navegar pelas bibliotecas cadastradas acessando: http://bibliotecas.cultura.gov.br/. A definição 
da programação de eventos e sua divulgação fica a cargo de cada gestor das bibliotecas. 
Em 2004, no âmbito cultural o SNBP, por meio do Programa Livro Aberto, o 
SNBP iniciou um grande movimento a favor da ampliação do número de bibliotecas públicas 
no país, assim como a modernização de bibliotecas já existentes. Durante o período de 2004 a 
2011, período em que perdurou o Programa Livro Aberto foram criadas 1.705 novas 
bibliotecas e modernizadas 682. 
Vale esclarecer que o Programa no. 0168 – Livro Aberto era uma iniciativa do 
governo federal, de responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC), coordenado pelo 
SNBP/FBN e composto por uma série de ações, tais como: implantação e modernização de 
bibliotecas públicas; – concessão de bolsas na área do livro e da leitura; – capacitação de 
agentes públicos na área do livro e leitura; entre outros. 
O SNBP participou da construção do Plano Nacional do Livro e da Leitura 
(PNLL), integrando o eixo 1 – democratização do acesso, seguindo assim as suas diretrizes. 
Desenvolve ações conjuntas com outros órgãos, programas e projetos na área de leitura, 
literatura e bibliotecas, tal como o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), 
Agentes de Leitura, entre outros e estimula a criação de Planos Estaduais e Municipais do 
Livro, Leitura e Bibliotecas, de acordo com os parâmetros traçados pelo PNLL. 
As ações implementadas pelo SNBP são planejadas de acordo com as metas 
estabelecidas do Plano Nacional de Cultura (PNC). São 13 metas relacionadas às bibliotecas 
e, dentre elas, destacam-se as metas: Meta 32 – 100% dos municípios brasileiros com, ao 
menos, uma biblioteca pública em funcionamento e Meta 34 – 50% de bibliotecas públicas e 
museus modernizados. 
O SNBP, desde sua criação, vem contribuindo para assegurar o acesso ao livro e à 
leitura, por meio da implantação e modernização de bibliotecas públicas e comunitárias, 
visando a ampliar o alcance e o atendimento à população. 
Com o apoio oferecido pelo SNBP, por meio de seus programas e ações, às 
bibliotecas públicas e comunitárias, esses instrumentos culturais e seus gestores tornam-se 
capazes de oferecer serviços melhores e mais completos às comunidades que atendem. 
No ano de 2014, a nova mudança organizacional alterou a configuração e a 
subordinação do SNBP. A partir do Decreto no. 8297, de 15 de agosto de 2014, o SNBP é 
transferido, juntamente com a DLLLB, para Brasília, sendo incorporado, a partir desse 
 24 
momento, à Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Cultura (MinC). Na antiga estrutura 
organizacional, havia três Coordenadorias, tendo sido suprimida a Coordenadoria de Gestão 
Documental e Administrativa. 
Não há uma estatística anual. Entretanto, o SNBP apoia as bibliotecas públicas e 
comunitárias apenas por meio de chamamento público. Assim sendo, as bibliotecas que 
recebem apoio são aquelas cujos projetos são selecionados nos respectivos editais públicos. 
Os resultados são sempre divulgados no Diário Oficial da União (DOU) e os dados de 
investimento do SNBP podem ser conferidos em http://snbp.culturadigital.br/investimentos/, 
além de estarem disponíveis no Portal da Transparência. 
 
 25 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através deste estudo podemos compreender que os perfis do Sistema Nacional de 
Bibliotecas Públicas – SNBP, ao longo de décadas foi um órgão subordinado, diretamente, à 
Fundação Biblioteca Nacional (FBN), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). 
E em 2004, no âmbito cultural, o SNBP por meio do Programa Livro Aberto, iniciou um 
grande movimento a favor da ampliação do número de bibliotecas públicas no país, assim 
como a modernização de bibliotecas já existentes. 
Durante o período de 2004 a 2011, período em que perdurou o Programa Livro 
Aberto onde foram criadas 1.705 novas bibliotecas e modernizadas 682. O SNBP participouda construção do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), integrando o eixo 1 – 
democratização do acesso, seguindo assim as suas diretrizes. Desenvolvendo ações conjuntas 
com outros órgãos, programas e projetos na área de leitura, literatura e bibliotecas, tal como o 
Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), Agentes de Leitura, entre outros e 
estimulou a criação de Planos Estaduais e Municipais do Livro, Leitura e Bibliotecas, de 
acordo com os parâmetros traçados pelo PNLL. 
Porém, no ano de 2014, houve uma mudança organizacional alterando sua 
estrutura e a subordinação do SNBP. A partir do Decreto no. 8297, de 15 de agosto de 2014, o 
SNBP é transferido, juntamente com a DLLLB, para Brasília, sendo incorporado, a partir 
desse momento, à Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Cultura (MinC). 
 
 26 
REFERÊNCIAS 
 
 
CADERNO do PNLL. Ed. rev. e atual. 2014. Disponível em: 
<http://www.cultura.gov.br/documents/10883/1171222/cadernoPNLL_2014ab.pdf/df8f8f20-
d613-49aa-94f5-edebf1a7a660>. Acesso em: 12 jul. 2016. 
 
 
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 27 
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SOARES, M. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In: 
ZILBERMAN, R.; SILVA, E. T. (Org.). Leitura: perspectivas disciplinares. São Paulo: Ed. 
Ática, 2003. p. 18-29. 
 
 
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APÊNDICE A – ENTREVISTA COM A COORDENAÇÃO DO SNBP 
 
Entrevistado: Vanessa Vieira, servidora do SNBP 
Data: 5/7/2016 Horário: 15h 
Local: Brasília/DF 
Dados sobre o Gerente Geral/Coordenador(a) 
O cargo de Coordenador-Geral encontra-se, neste momento, vago, aguardando 
nomeação. A exoneração da titular foi publicada no DOU em 4/7/2016 (Portaria 
nº. 99, de 1º de julho de 2016). 
 
QUESTINOÁRIO 
Dados sobre o SNBP 
 
1. Existe alguma documentação sobre o criação do SNBP? 
Por meio do Decreto Presidencial no. 520, de 13 de maio de 1992, o Sistema 
Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) foi instituído como um órgão subordinado, 
diretamente, à Fundação Biblioteca Nacional (FBN), instituição vinculada ao Ministério da 
Cultura (MinC). 
 
2. Qual é o organograma da Instituição? 
O SNBP é composto por uma Coordenação-Geral e duas Coordenadorias: 
Coordenadoria de Relacionamento e Formação, Coordenadoria de Informação e Governança. 
 
3. Como é formada a estrutura organizacional da instituição? 
Descrito acima. 
 
4. Os cargos no SNBP são comissionados ou concurso público? 
O SNBP é composto tanto por servidores de carreira do Ministério da Cultura 
quanto por cargos em comissão – de livre nomeação e exoneração. 
 
5. Quem forma a comissão que cuida da distribuição e atendimento as 
bibliotecas/instituições? 
Desde sua criação, a Coordenação-Geral do SNBP trabalha de maneira articulada 
com os Sistemas Estaduais e do Distrito Federal de Bibliotecas Públicas, respeitando o 
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princípio federativo, com o objetivo de fortalecer suas ações e estimular o trabalho em rede e 
colaborativo. Sua gestão tem por premissa básica o diálogo, a transparência, a 
responsabilidade e o estímulo ao controle social, dentro de um modelo de gestão integrado 
com as Coordenadorias dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas. 
 
6. Existe alguma ação especial junto as bibliotecas de escolas públicas? 
As bibliotecas escolares não estão no campo de atuação do SNBP, que apoia, por 
meio de seus programas e ações, apenas bibliotecas públicas e comunitárias. As bibliotecas 
escolares são de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC). 
Para compreender melhor as diferenças entre os tipos de bibliotecas, sugiro a 
leitura de: http://snbp.culturadigital.br/tipos-de-bibliotecas/. 
 
7. O SNBP possui uma programação anual de eventos culturais junto as bibliotecas 
atendidas? 
No final de 2015, foi lançada uma nova plataforma, integrada ao Sistema Nacional 
de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), a fim de reunir dados sobre as bibliotecas 
públicas e comunitárias do país. Desde então, os próprios gestores desses espaços culturais 
podem cadastrar e atualizar as informações, inserir fotos e divulgar a sua programação de 
eventos e todos podem navegar pelas bibliotecas cadastradas acessando: 
http://bibliotecas.cultura.gov.br/. A definição da programação de eventos e sua divulgação 
fica a cargo de cada gestor das bibliotecas. 
 
8. O papel do SNBP no âmbito cultural, qual é ? 
Em 2004, por meio do Programa Livro Aberto, o SNBP iniciou um grande 
movimento a favor da ampliação do número de bibliotecas públicas no país, assim como a 
modernização de bibliotecas já existentes. Durante o período de 2004 a 2011, período em que 
perdurou o Programa Livro Aberto foram criadas 1.705 novas bibliotecas e modernizadas 
682. 
Vale esclarecer que o Programa no. 0168 – Livro Aberto era uma iniciativa do 
governo federal, de responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC), coordenado pelo 
SNBP/FBN e composto por uma série de ações, tais como: implantação e modernização de 
bibliotecas públicas; – concessão de bolsas na área do livro e da leitura; – capacitação de 
agentes públicos na área do livro e leitura; entre outros. 
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O SNBP participou da construção do Plano Nacional do Livro e da Leitura 
(PNLL), integrando o eixo 1 – democratização do acesso, seguindo assim as suas diretrizes. 
Desenvolve ações conjuntas com outros órgãos, programas e projetos na área de 
leitura, literatura e bibliotecas, tal como o Programa Nacional de Incentivo à Leitura 
(PROLER), Agentes de Leitura, entre outros e estimula a criação de Planos Estaduais e 
Municipais do Livro, Leitura e Bibliotecas, de acordo com os parâmetros traçados pelo 
PNLL. 
As ações implementadas pelo SNBP são planejadas de acordo com as metas 
estabelecidas do Plano Nacional de Cultura (PNC). São 13 metas relacionadas às bibliotecas 
e, dentre elas, destacam-se as metas: Meta 32 – 100% dos municípios brasileiros com, ao 
menos, uma biblioteca pública em funcionamento e Meta 34 – 50% de bibliotecas públicas e 
museus modernizados. 
9. 9:.O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e sua importância para a Cultura Cidadã. 
O SNBP, desde sua criação, vem contribuindo para assegurar o acesso ao livro e à 
leitura, por meio da implantação e modernização de bibliotecas públicas e comunitárias, 
visando a ampliar o alcance e o atendimento à população.10. 9.1: O SNBP e mudança do paradigma do apoio ao livro (a Biblioteca como um lugar 
que apenas recebe) 
Com o apoio oferecido pelo SNBP, por meio de seus programas e ações, às 
bibliotecas públicas e comunitárias, esses instrumentos culturais e seus gestores tornam-se 
capazes de oferecer serviços melhores e mais completos às comunidades que atendem. 
11. 10: O que mudou no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas com a mudança para 
Brasília, e como era antes?? 
No ano de 2014, a nova mudança organizacional alterou a configuração e a 
subordinação do SNBP. A partir do Decreto no. 8297, de 15 de agosto de 2014, o SNBP é 
transferido, juntamente com a DLLLB, para Brasília, sendo incorporado, a partir desse 
momento, à Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Cultura (MinC). Na antiga estrutura 
organizacional, havia três Coordenadorias, tendo sido suprimida a Coordenadoria de Gestão 
Documental e Administrativa. 
12. 11: O SNBP possui estatística anual de bibliotecas/instituições atendidas? 
Não há uma estatística anual. Entretanto, o SNBP apoia as bibliotecas públicas e 
comunitárias apenas por meio de chamamento público. Assim sendo, as bibliotecas que 
recebem apoio são aquelas cujos projetos são selecionados nos respectivos editais públicos. 
Os resultados são sempre divulgados no Diário Oficial da União (DOU) e os dados de 
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investimento do SNBP podem ser conferidos em http://snbp.culturadigital.br/investimentos/, 
além de estarem disponíveis no Portal da Transparência.

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