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AULA 07 D. CONSTITUCIONAL II

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
solonmariz@gmail.com 
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DIREITO CONSTITUCIONAL II
DO PROCESSO LEGISLATIVO 
INTRODUÇÃO
O processo legislativo pode ser definido juridicamente como o conjunto de normas regulatórias da elaboração de atos normativos primários.
Seu objeto compreende emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
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As regras constitucionais básicas do processo legislativo federal são normas de observância obrigatória para as constituições estaduais e leis orgânicas.
O processo legislativo previsto na Constituição de 1988 pode ser classificado quanto à forma de organização política, como indireto ou representativo. 
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2. ESPÉCIES DE PROCESSO LEGISLATIVO
 Pode ser classificado em ordinário, sumário ou especial.
O processo legislativo ordinário é destinado à elaboração de leis ordinárias.
O processo legislativo sumário distingue-se daquele em razão do prazo para apreciação do projeto de lei pelo Congresso Nacional (CF, art. 64, § 2º).
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Os processos legislativos especiais são os estabelecidos para a elaboração das demais espécies normativas.
3. PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO
Compreende três fases: introdutória, na qual ocorre a iniciativa do projeto; constitutiva, englobando a discussão, votação, aprovação e sanção; e, complementar, formada pela promulgação e publicação. 
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3.1 Fase introdutória
O processo de criação legislativa é deflagrado por meio da iniciativa, faculdade atribuída pela Constituição a certas pessoas ou órgãos para apresentar projetos de lei.
3.1.1. Iniciativa
Cabe a qualquer Membro ou Comissão da Câmara, do Senado ou do Congresso Nacional... 
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ao Presidente da República; ao Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores (normas atinentes ao Judiciário); ao Procurador-Geral da República (normas atinentes ao Ministério Público Federal); e, aos cidadãos, por meio da iniciativa popular (CF, art. 61). 
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A regra geral é a iniciativa comum, é o que ocorre no caso de matéria tributária, atribuída ao Legislativo e ao Executivo, ou de leis sobre a organização do Ministério Público, conferida ao Presidente da República e aos Procuradores-Gerais de Justiça.
A iniciativa exclusiva é restrita apenas a um legitimado, como no caso das matérias reservadas ao Presidente da República (CF, art. 61, § 1º). 
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As hipóteses de iniciativa exclusiva são definidas de modo taxativo pela Constituição.
3.1.2 Vício de iniciativa e sanção
O vício de origem, por ser insanável, não é suprido pela sanção do Chefe do Poder Executivo, ainda que a matéria constante do projeto de lei apresentado seja de sua iniciativa exclusiva. 
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3.2 FASE CONSTITUTIVA
Divide-se em discussão, votação, aprovação e sanção.
3.2.1 Discussão
Equivale à deliberação parlamentar acerca do projeto de lei, ocorre no plenário e nas comissões permanentes, as quais são responsáveis por examinar a constitucionalidade e o conteúdo do projeto, emitindo um parecer técnico.
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3.2.2 Votação
Em regra, a votação do projeto ocorre no plenário de ambas as Casas, todavia, quando o regimento interno dispensar a competência deste, a votação poderá ser feita nas comissões, salvo recurso de um décimo dos membros da Casa (CF, art. 58, § 2º, I). 
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O quorum mínimo para a instalação da sessão é de maioria absoluta, regra geral para as deliberações da Câmara, do Senado e de suas comissões.
Assim, para que seja atendido, é necessária a presença de mais da metade dos membros do órgão no qual a deliberação será tomada. 
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3.2.2.1 Emenda
A emenda consiste em uma proposição apresentada como acessória a um projeto de lei ou a uma proposta de emenda à Constituição.
As diversas espécies de emendas podem ser classificadas como supressivas, aglutinativas, substitutivas, modificativas ou aditivas. 
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Emenda supressiva é a que manda erradicar qualquer parte de outra proposição; emenda aglutinativa é a que resulta da fusão de outras emendas, ou destas com o texto, por transação tendente à aproximação dos respectivos objetos; emenda substitutiva é a apresentada como sucedânea à parte de outra proposição, denominado-se substitutiva quando alterá-la, substancial ou formalmente, em seu conjunto... 
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... emenda modificativa é a que altera a proposição sem modificá-la substancialmente; emenda aditiva é a que se acrescenta a outra proposição; subemenda é a emenda apresentada em Comissão a outra emenda e que pode ser, por sua vez, supressiva, substitutiva ou aditiva, desde que não incida a supressiva, sobre emenda com a mesma finalidade. 
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As emendas supressivas, aditivas ou modificativas podem ser apresentadas por qualquer parlamentar.
As emendas aglutinativas podem ser apresentadas pelos autores das emendas objeto da fusão, por um décimo dos membros da Casa ou por Líderes que representem esse número. 
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Os legitimados que não pertencem ao Poder Legislativo podem apresentar apenas emendas aditivas aos projetos que originalmente apresentaram.
Em razão da estrutura bicameral do Congresso nacional, qualquer alteração substancial feita por uma das Casas deve ser analisada pela outra. 
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A discussão e a votação serão feitas globalmente sobre toda a emenda, salvo se esta for suscetível de divisão, hipótese em que as comissões poderão se manifestar contra ou a favor, realizando-se a votação em grupos, de acordo com os pareceres. 
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3.2.2.1.1 Emenda em projeto de iniciativa exclusiva
 O conteúdo dos projetos de lei de iniciativa exclusiva pode ser alterado por emenda apresentada por Parlamentar.
Segundo a jurisprudência do STF, em se tratando de projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, não pode o Poder Legislativo assinar-lhe prazo para o exercício dessa prerrogativa.
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Em síntese, a regra de que os projetos de lei de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo podem ser modificadas por meio de emendas parlamentares, possui duas limitações: a) não podem ser veiculadas matérias diferentes das versadas no projeto de lei, de modo a desfigurá-lo; e b) são vedadas emendas parlamentares que impliquem aumento de despesa pública (salvo, art. 166, §§ 3º e 4º). 
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3.2.3 APROVAÇÃO
 O quorum de aprovação mínimo para as leis ordinárias corresponde a um número variável, qual seja, mais da metade dos presentes (maioria simples), conforme a regra geral para as deliberações do Congresso.
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Após a aprovação, o projeto de lei seguirá para o autógrafo (instrumento formal consubstanciador do texto definitivamente aprovado pelo Legislativo), sendo posteriormente enviado ao Presidente da República para sanção.
A matéria constante de projeto de lei arquivado ou não sancionado só poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa mediante iniciativa da maioria
absoluta dos membros da Câmara ou do Senado. 
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3.2.4 SANÇÃO
 A deliberação do Chefe do Poder Executivo é o momento final da fase constitutiva.
Sua participação se justifica pela ideia de interrelação entre os poderes do Estado, com a finalidade de controle recíproco.
A sanção significa a aquiescência do Chefe do Executivo ao projeto de lei.
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 Quanto à forma de exteriorização, pode ser expressa, se a concordância com o projeto for manifestada dentro do prazo de 15 dias úteis, ou, tácita, quando silente neste período.
Quanto à sua extensão, a sanção pode ser total ou parcial conforme haja concordância com a integralidade ou apenas parte do projeto. É pela sanção que o projeto se transforma em lei.
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3.2.5 VETO
 O veto é a discordância do Chefe do Poder Executivo aos termos de um projeto de lei.
Há divergência quanto a sua natureza jurídica, sendo considerado como um direito, como um poder ou ainda como um poder-dever.
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No veto jurídico é feita uma análise da constitucionalidade do projeto de lei.
O veto político ocorre quando o projeto de lei é considerado contrário ao interesse público.
O veto deverá ser motivado, havendo limites ao mesmo. 
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Só pode haver a rejeição integral ou de parte dele, nunca um acréscimo ou uma adição.
O veto parcial deverá abranger todo o texto de artigo, inciso, parágrafo ou alínea, não havendo a possibilidade de incidir apenas sobre determinadas palavras ou expressões.
O veto é relativo, podendo ser rejeitado, em escrutínio secreto, pela maioria absoluta dos membros da Câmara e do Senado em sessão conjunta. 
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É vedada a retratação do veto pelo Presidente, bem como a retratação de sua rejeição ou manutenção pelo Poder Legislativo. 
3.3 FASE COMPLEMENTAR
É composta pela promulgação e publicação da lei.
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A rigor, esses atos não integram o processo legislativo, uma vez que ocorrem após a transformação do projeto de lei em lei.
A promulgação é o ato que atesta a existência da lei e garante a sua executoriedade.
O Chefe do Poder Executivo, por meio de promulgação, ordena a aplicação e o consequente cumprimento da lei. 
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Nas hipóteses de sanção tácita ou de rejeição do veto, se em 48 horas o Presidente da República não promulgar a lei, deverá fazê-lo o Presidente do Senado e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente desta Casa fazê-lo.
Ainda que passadas as 48 horas, o Presidente da República poderá promulgar a lei enquanto não o fizer o Presidente ou Vice do Senado. 
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3.3.2 PUBLICAÇÃO
A fase derradeira do processo legislativo ordinário é a publicação, ato que confere obrigatoriedade à lei.
Sua função é dar conhecimento a todos de que a ordem jurídica foi inovada impedindo, assim, a alegação de ignorância da lei.
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A publicação ocorre com a inserção do texto promulgado no Diário Oficial.
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