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Milheto Seagro

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MILHETO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORIA DO SOLO.
Resumo
O presente trabalho teve como finalidade analisar as quantidades de massa verde e seca do sistema radicular de milheto. Foram preparados vasos com latossolo vermelho com adição de 10% de matéria orgânica mantido em condições de casa de vegetação. Aos 30 e 60 dias foram avaliados o desenvolvimento foliar e radicular e massa verde e seca. Verificou-se que aos 60 dias as raízes atingiram em média 25,90 cm de comprimento e 7,96 gramas de massa foliar seca por m2. O estudo explicita a viabilidade da cultura como cobertura vegetal e seu potencial na melhoria do solo, pela ampla distribuição de M.O. e acumulo de nutrientes no perfil do solo.
PALAVRAS-CHAVE: distribuição e massa seca radicular.
INTRODUÇÃO
	O retorno da matéria orgânica para o solo é uma prática essencial para garantir a sustentabilidade de qualquer atividade agrícola produtiva na região tropical, em especial em agroecosistemas intensivos (PRIMAVESI et al., 2002). Entretanto em regiões tropicais onde as condições climáticas favorecem a rápida decomposição dos restos culturais, poucas pesquisas tem sido realizada para a finalidade de analisar a quantidade de M.O residual presente no solo (Pereira, 1990).
	É de essencial importância à seleção correta de qual cultivar utilizar para realização de cobertura de solo, deve-se escolher com finalidade de proteção superficial do solo, formação de palhada e reciclagem de nutrientes, com resposta direta na fertilidade do solo e consequentemente melhora da produção subsequente (LIMA, 2004).
	A cultura de milheto apresenta resistência à seca, adaptação a solos de baixa fertilidade e excelente capacidade de produção de massa seca (GUIMARÃES et al., 2013).
Com o objetivo de avaliar o desenvolvimento radicular do milheto, a distribuição das raízes e o volume de massa verde e seca, este trabalho foi desenvolvido.
 2. MATERIAL E MÉTODOS
Para o estudo, vasos de 50 kg foram preenchidos com latossolo vermelho distroférico com adição de 10 % de M.O, com posterior semeadura de milheto de acordo com as recomendações agronômicas. Foram elaborados oito repetições, sendo amostrados quatro com 30 dias e quatro com 60 dias, avaliando-se altura de plantas, comprimento da raiz, Massa verde e Massa seca. Para a obtenção de M.S as amostras foram submetidas à estufa 60 ºC por 48 horas. Os dados foram tabulados para análise e interpretação.
3. RESULTADOS 
	Em relação ao comprimento foliar, obteve-se a média de 35,70 e 84,86 cm para 30 e 60 dias respectivamente. Para comprimento radicular a média foi de 12,95 e 25,90 cm, aos 30 e 60 dias, respectivamente. Quanto ao volume de massa verde e seca para parte aérea obteve-se ao final do experimento 45,720 kg ha-1 e 4,776 kg ha-1. Quanto ao volume de massa verde e seca para parte radicular obteve-se ao final do experimento 2,970 kg ha-1 e 175,8 kg ha-1 (Tabela 1).
Tabela 1: Comprimento foliar e radicular e teores de M.S e M.V da cultivar de milheto.
	Período
	Comprimento (cm)
	Massa foliar (kg ha-1)
	Massa radicular (kg ha-1)
	(dias)
	Foliar
	Radicular
	Verde
	Seca
	Verde
	Seca
	30
	35,70
	12,95
	4,266
	1,746
	1,344
	175,8
	60
	84,86
	25,90
	45,720
	4,776
	2,970
	240,0
Fonte: Os autores, 2016.
4. DISCUSSÃO 
	A cobertura vegetal contribui em sua totalidade para a proteção do solo, assim como na manutenção de resíduos vegetais, diminuem o impacto das gotas de chuva no solo, melhoram a estrutura do solo acrescentando a ele matéria orgânica (M.O) enfim uma prática associativa ao manejo sustentável da agricultura, visto que além da boa condição de palhada o milheto proporciona aumento de pH e redução de Alumínio (LIMA, 2004). 
 	O milheto como planta de cobertura apresenta elevado potencial de M.S podendo chegar de 10 a 15 t ha-1 dependendo da cultivar e do ambiente (PEREIRA, 1990). Os dados obtidos no presente trabalho estão abaixo do que foi citado pelo autor, visto que obteve-se apenas 4,776 kg ha-1 (Tabela 1).
 	Quanto a teores de nutrientes o milheto retém N, P e K pela palha, na ordem de 7,70; 2,20 e 20 kg por ton. (dados do app Fertilizer Removal, 2016). O milheto então pode ser considerado uma excelente planta de cobertura por ter um ganho alto de M.S por hectare e potencial considerável de retenção de nutrientes, e pode também ser determinante da descompactação de solo, já que suas raízes podem chegar de 3 á 5 m de profundidade (Manual, 2010). O milheto tem capacidade de ser usado como planta descompactadora de solo de acordo com o estudo de (GUIMARÃES et al., 2013). Neste trabalho não foi possível determinar níveis altos do comprimento radicular, pois observou-se que as raízes atingiram em média apenas 25,90 cm aos 60 dias, e também a produção de M.S ficou abaixo do esperado alcançando a marca de 4,776 kg ha-1.
	Assim sendo conclui-se que apesar da literatura afirmar alto potencial de produção de M.S, e da cultivar apresentar característica de descompactação de solo no presente trabalho não foi possível observar essas afirmações. 
6. REFERÊNCIAS 
EVANGELISTA, A. R; LIMA, J. A. Silagens: do cultivo ao silo. 2. Ed. Lavras: UFLA, 2002. 210p.
GUIMARÃES, C: Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v.17, n.11, p.1188–1194, 2013 Campina Grande, PB, UAEA/UFCG
LIMA, E. Plantas de cobertura e calagem superficial na fase de implantação do sistema de plantio direto em região de inverno seco. Botucatu: Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, 2004. 133p.
SUPERMASSA ADR-500. Manual Técnico. Rondonópolis: Sementes Adriana, 2010. 24p
PRIMAVESI, O.; PRIMAVESI, A. C.; ARMELIN, M. J. A. Qualidade mineral e degrabilidade potencial de adubos verdes conduzidos sobre Latossolos, na região tropical de São Carlos, SP, Brasil. Revista de Agricultura, Piracicaba, v. 77, n. 1, p. 89-102, 2002. 
QUAGGIO, J. A. Acidez e calagem em solos tropicais. Campinas: Instituto Agronômico, 2000. 111 p
PEREIRA, J.A.R. Cultivo de espécies visando a obtenção de cobertura vegetal do solo na entressafra da soja (Glycine max (L.) Merril) no cerrado. 1990. 83 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 1990.
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