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2016819_155525_Direito Previdenciário.pdf

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DISCIPLINA: 
OPTATIVA I – DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
Autoria: VALTEMIR DUTRA SOUZA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória, 2016 
 
1 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Diretor Executivo: Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretora Acadêmica: Eliene Maria Gava Ferrão 
Diretor Administrativo Financeiro: Fernando Bom Costalonga 
 
 
 
 
NEAD – Núcleo de Educação à Distância 
 
GESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Pedagógico 
 
GESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Semipresencial 
 
GESTÃO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS E METODOLOGIA 
 
Coord. Geral de EAD 
 
 
 
 
BIBLIOTECA MULTIVIX 
(Dados de publicação na fonte) 
 
 
 
S719o 
Souza Júnior, Valtemir Dutra 
 Optativa I: direito previdenciário / Valtemir Dutra Souza Júnior – 
Vitoria : Multivix, 2016. 
 
43 f. ; 30 cm 
 Inclui referências. 
 
1. Direito previdenciário I. Faculdade Multivix. II. Título. 
CDD: 341.6 
 
 
2 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Disciplina: Optativa I – Direito Previdenciário 
Autoria: Valtemir Dutra Souza Junior 
 
Primeira Edição: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
SUMÁRIO 
 
1º BIMESTRE.............................................................................................................. 5 
1 UNIDADE 1 – SEGURIDADE SOCIAL .................................................. 6 
1.1 CONCEITO DE SEGURIDADE SOCIAL (ART. 194 DA CRFB) ........................ 6 
1.2 A SEGURIDADE COMO CONJUNTO DE AÇÕES......................................... 6 
1.1.1 SAÚDE............................................................................................................... 8 
1.1.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL (ARTS. 203 E 204 DA CRFB) ............................................... 10 
1.1.3 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA.............................................................. 12 
1.1.4 PREVIDÊNCIA SOCIAL.......................................................................................... 15 
 
2 UNIDADE 2 – PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL .................. 17 
2.1 UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO......................... 17 
2.2 SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS 
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS.............................................................................. 17 
2.3 UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS 
POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS............................................................. 18 
2.4 EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO........................... 18 
2.5 DIVERSIDADE NA BASE DE FINANCIAMENTO............................................. 19 
2.6 CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO 19 
 
3 UNIDADE 3 – BENEFICIÁRIOS DO RGPS .......................................... 21 
3.1 SEGURADOS .................................................................................................. 21 
3.1.1 MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO.......................................... 23 
3.2 DEPENDENTES .............................................................................................. 24 
 
4 UNIDADE 4 – SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO .......................................... 25 
 
2º BIMESTRE.............................................................................................................. 32 
5 UNIDADE 5 – PRESTAÇÕES DO RGPS.............................................. 33 
5.1 AUXÍLIO-DOENÇA........................................................................................... 
34 
5.1.1 DOENÇA E LESÃO DE ACIDENTE PRÉ-EXISTENTE..................................................... 
35 
4 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
5.1.2 EXIGÊNCIAS PESSOAIS........................................................................................ 
36 
5.1.3 CARÊNCIA.......................................................................................................... 
37 
5.1.4 DIB.................................................................................................................... 
38 
5.1.5 OBSERVAÇÕES ADICIONAIS................................................................................. 
38 
5.2 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.......................................................... 
39 
5.3 APOSENTADORIA POR IDADE....................................................................... 
40 
5.4 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO................................... 
41 
 
 
6 REFERÊNCIAS............................................................................................ 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
 
 
 
 
 
1º Bimestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
1 UNIDADE 1 – SEGURIDADE SOCIAL 
 
1.1 CONCEITO DE SEGURIDADE SOCIAL (ART. 194 DA CRFB) 
 
CRFB, Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
 
A palavra seguridade é um neologismo da Constituição, ou seja, fruto de uma tradução 
imperfeita da expressão Seguridad Social, que seria, na verdade, uma segurança 
social. A segurança é um valor social, do qual todos, de modo geral, necessitam. A 
segurança pública, por exemplo, é importante para que o indivíduo saia na rua sem 
maiores preocupações, sem a qual a própria liberdade do indivíduo é limitada. De igual 
forma, a segurança jurídica. 
 
Por sua vez, a segurança social objetiva garantir ao indivíduo condições mínimas 
para o convívio em sociedade. Assim, seguridade social significa proteger o indivíduo 
contra alguns infortúnios. Se a pessoa ficar doente, por exemplo, ela pode ter a 
certeza de que vai ter um tratamento de saúde. 
 
A partir dessa ideia, o constituinte apresentou o conceito de seguridade social no art. 
194 da CRFB. Esse conceito pode ser dividido em três partes, a serem analisadas 
mais adiante: saúde, assistência social e previdência social. 
 
1.2 A SEGURIDADE COMO CONJUNTO DE AÇÕES 
 
A seguridade social reflete um atuar positivo por parte do Estado, sendo efetivamente 
um direito prestacional. O Estado vai atuar positivamente para garantir ao indivíduo 
um patamar de igualdade. 
 
Pela teoria tradicional de Marshall, a seguridade social seria um direito de segunda 
geração. Os direitos de primeira geração objetivam proteger o indivíduo contra o 
Estado; já nos direitos de segunda geração, chama-se o Estado para atuar 
7 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
positivamente, pois o indivíduo sozinho não possui condições de se manter. 
 
A história dos direitos sociais, insta salientar, começa com o próprio direito à 
seguridade social. O fato de esse ser um direito prestacional traz algumas 
consequências. Para todos os direitos há um custo para o Estado. Porém, os direitos 
de segunda geração possuem uma estrutura que torna inevitável a relação entre 
direito e custeio. Tanto é que o próprio constituinte preocupou-se em estabelecer o 
custeio da seguridade antes mesmo de especificá-la. 
 
CRFB, o art. 195, §5º da CRFB apresenta a regra da contrapartida, diante da qual, se 
for criado um novo benefício, deve-se indicar a fonte de custeio. O mesmo vale para 
estender o benefício para outras pessoas ou até mesmo majorá-lo. 
 
CRFB,Art. 195, § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade 
social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total. 
 
Ao mesmo tempo em que a regra da contrapartida proíbe a majoração do benefício, 
ela está implicitamente autorizando a criação de novos benefícios, bem como a 
majoração e a extensão a outras pessoas, desde que haja fonte de custeio. 
 
Essas ações não são exclusivas do governo, mas de iniciativa dos Poderes Públicos 
e da sociedade. O art. 194 deixa muito claro que toda a sociedade é responsável pela 
seguridade social; cada indivíduo tem sua parcela de responsabilidade. 
Assim, é possível chamar um indivíduo para que ele ofereça uma parcela de sacrifício 
em nome dessa responsabilidade. Para tanto, justifica-se um atuar menos 
individualista e mais solidário. Geralmente, esse sacrifício ocorre por meio do 
pagamento da contribuição, através da qual o Estado retira uma parte da riqueza do 
indivíduo, limitando a sua liberdade, em favor da coletividade. 
 
Isso aparece com mais ênfase no julgamento do STF sobre a previdência dos 
servidores públicos e contribuição dos inativos. Portanto, o princípio da solidariedade 
justifica que o indivíduo pague a contribuição, mesmo que não tenha direito a qualquer 
benefício. Esse princípio está presente no próprio conceito de seguridade, estampado 
8 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
no art. 194 da CRFB. 
 
O indivíduo vai contribuir em favor da coletividade e, ao mesmo tempo, essa 
coletividade vai ter recursos para socorrer aqueles que necessitam. O slogan de 
Alexandre Dumas, nos três mosqueteiros, representa bem a ideia da seguridade 
social: “um por todos e todos por um”. 
 
A seguridade social vai atuar em três seguimentos: saúde, assistência social e 
previdência social. Quando se fala, por exemplo, no fornecimento de medicamentos 
para o tratamento de saúde, fala-se em uma parte da seguridade social. O mesmo 
vale para o bolsa família, que é parte da assistência, espécie do gênero seguridade 
social. 
 
1.1.1 SAÚDE 
 
A saúde está tratada nos artigos 196 a 200 da CRFB. No art. 196, há o núcleo da 
disciplina constitucional da saúde. Esse dispositivo dispõe que a saúde é direito de 
todos e dever do Estado, garantido mediante políticas públicas. 
 
CRFB, Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
A previsão de que esse é um direito de todos já representa um avanço porque, quando 
se fala que saúde é direito de todos, não está se restringindo o seu fornecimento a 
quem paga algum tipo de contribuição. 
 
Até a Constituição de 1988, a realidade era outra. O INAMPS era o responsável pelo 
fornecimento da saúde, serviço destinado a quem era contribuinte da previdência 
social. Isso acaba na Constituição de 1988, que foi fruto de um movimento sanitarista, 
que defendeu que esse direito deveria ser garantido a todos. Assim, a saúde pública 
foi marcada pelo princípio da universalidade, e passou a ser um direito universal. Ou 
9 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
seja, todos têm direito ao serviço público de saúde, quem precisa e quem não precisa. 
Uma pessoa tem o direito a fazer, por exemplo, uma cirurgia em um hospital público 
de referência, ainda que tenha condições de pagar o melhor hospital da região. 
 
Esse direito que, segundo a Constituição, é um direito de todos, também é um dever 
do Estado. A Constituição cria, assim, um direito subjetivo público, atribuindo ao 
Estado o dever de garantir o seu fornecimento. É possível, pela jurisprudência, extrair 
eficácia direta do texto da Constituição, mesmo que não haja previsão em lei ou nos 
ordenamentos administrativos. 
 
Em razão dessa eficácia direta, fala-se na possibilidade, por exemplo, de um 
medicamento que não é fornecido pelo SUS ser conferido a um indivíduo por meio de 
tutela jurisdicional. Leitura fundamental sobre os limites do Judiciário no fornecimento 
de medicamentos é o voto do Ministro Gilmar Mendes, na suspensão de tutela 
antecipada (STA) 175. O Supremo realizou, na oportunidade, uma audiência pública 
sobre a saúde e o caso em questão foi essa suspensão de tutela antecipada, criando 
parâmetro para a atuação do Judiciário em matéria de fornecimento de 
medicamentos. 
 
O art. 198 da CRFB dispões sobre a forma de prestação desse direito público 
subjetivo, por meio do SUS. Há uma divisão de atribuições entre as três esferas 
federais, estando a base da saúde nos municípios (art. 30, VII da CRFB). Essa é uma 
prioridade desse ente, portanto, a quem cabe fornecer apoio técnico e financeiro. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de 
governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do 
10 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Estado, serviços de atendimento à saúde da população; 
 
A política pública atual (pacto pela saúde) indica que, quanto mais o Município 
conseguir fazer, mais dinheiro ele ganha. Apesar dessa repartição de atribuições, no 
momento em que o indivíduo exige o fornecimento desse serviço de saúde, a 
jurisprudência sustenta a solidariedade das três esferas da Federação. 
 
Observação: a lei orgânica da saúde é a lei nº 8.080/90. 
 
1.1.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL (ARTS. 203 E 204 DA CRFB) 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e 
à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de 
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à 
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida 
por sua família, conforme dispuser a lei. 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social 
serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, 
previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com 
base nas seguintes diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a 
coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação 
e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e 
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência 
social; 
II - participação da população, por meio de organizações 
representativas, na formulação das políticas e no controle das 
ações em todos os níveis. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal 
vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco 
décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a 
11 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculadadiretamente aos 
investimentos ou ações apoiados. 
 
A assistência se assemelha à saúde por ser um sistema gratuito. A assistência social 
é universal, mas, como princípio, essa universalidade é ponderada, ou seja, somente 
será fornecida assistência a quem necessita. 
 
Exemplo: um executivo muito bem remunerado tem direito ao serviço de saúde 
pública, mas não tem direito à assistência social. Diferentemente, um morador de rua 
tem direito à saúde pública e à assistência social. 
 
O conceito de assistência social pode ser encontrado na lei orgânica de assistência 
social (lei 8.742/93) – LOAS e pode ser resumido da seguinte forma: a assistência 
social é o ramo da seguridade social que tem por objetivo atender as necessidades 
básicas do indivíduo, fornecendo-lhe o mínimo existencial por meio de prestações 
gratuitas. 
 
A função da assistência social é pegar uma pessoa em situação crítica, excluído da 
vida democrática do país, fora das relações sociais, e fazer com que ela tenha um 
mínimo para viver com dignidade. Não se objetiva garantir conforto, mas o mínimo. 
 
A Constituição deixou a seguinte pergunta: quem necessita de assistência social? A 
resposta, olhando para o próprio conceito, é que necessita de assistência social 
aquele que não tem o mínimo existencial. O próprio constituinte resolveu estabelecer 
metas para a assistência social e fez isso indicando, nos incisos do art. 203, algumas 
diretrizes mais concretas. 
 
Destaca-se, dentre essas diretrizes, o inciso V, em que há a previsão da garantia de 
um salário mínimo para o idoso ou pessoa com deficiência que não consegue se 
sustentar nem ser sustentado por sua família. Isso é denominado de benefício de 
prestação continuada. 
 
12 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
1.1.3 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA 
 
Esse benefício é regulamentado no art. 20 da Lei 8.742/93. A Constituição estabelece 
metas, mas não garante direitos para retirar a pessoa do estado de pobreza; esse 
direito garantido no art. 203 da CRFB é o único encontrado no texto constitucional que 
tenta garantir esse objetivo da República. 
 
Lei 8.742/93, art. 20. O benefício de prestação continuada é a 
garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e 
ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem 
não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la 
provida por sua família. 
 
Para ter direito a esse benefício, basta ser idoso ou pessoa com deficiência. Além 
disso, a pessoa tem que ter necessidade. Muitos utilizam a expressão miserabilidade 
para se referir a essa necessidade. 
 
Para fins desse benefício, será idoso quem tem idade a partir de 65 anos, 
independentemente de ser mulher ou homem. O próprio estatuto do idoso (art. 34, Lei 
10.741/03) indica essa idade para a concessão desse benefício. 
 
Lei 10.741/03, art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) 
anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem 
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal 
de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da 
Assistência Social – Loas. 
 
A Convenção de Nova Iorque sobre os direitos das pessoas com deficiência é o único 
tratado de direitos humanos incorporado pelo ordenamento jurídico pátrio na forma do 
art. 5º, §3º da CRFB. As normas previstas nessa convenção integram o bloco de 
constitucionalidade. Isso é importante porque, a partir desse documento, é possível 
alcançar um conceito de deficiência, no seu art. 1º. Dessa forma, o art. 20 da Lei 
8.742/93 foi modificado para abarcar o conceito de deficiência previsto no tratado, 
sendo uma repetição daquele conceito. 
 
13 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Deficiência é o impedimento de longo curso, de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, que, associado a barreiras de diversas espécies, coloca o indivíduo em uma 
situação de desigualdade de oportunidades. 
 
O objetivo principal desse conceito é afastar a noção de invalidez, que era a ideia que 
fomentava o conceito anterior, no qual se afirmava que deficiente era o inválido. 
 
Entendeu-se, assim, que a deficiência não gera necessariamente a invalidez, mas a 
desigualdade de oportunidades. O que vai gerar a situação de desigualdade é o 
impedimento associado a barreiras. Existe, então, para a pessoa com deficiência o 
direito à adaptação razoável. O exemplo mais citado é o de pessoas que não podem 
exercer atividades em determinados dias, por convicção religiosa. 
 
Hoje é possível ter uma pessoa com deficiência que seja válida, mas que não tenha 
condição de se sustentar. Se ela tem ou não condições de se sustentar, esse conceito 
será tratado no campo da necessidade. 
 
Uma polêmica que existe hoje em torno desse conceito de deficiência é que tanto a 
Lei 8.742/93 quanto a Convenção Internacional indicam que a deficiência depende 
de impedimento de longo curso. Isso quer dizer que se admite uma deficiência 
temporária. Para tanto, longo curso não é a mesma coisa que permanência. A lei 
define longo curso como o impedimento cujos efeitos durem no mínimo dois anos. Há 
a necessidade de um prognóstico quanto aos efeitos sendo projetados para mais de 
dois anos. Mas esse conceito não está no tratado, o que gera um questionamento 
doutrinário. 
 
Outro critério fundamental a ser analisado é o critério da necessidade. A Constituição 
afirma que essa é não apenas do indivíduo, mas da família como um todo. Se a família 
puder atender o indivíduo, o Estado não irá intervir. Critério também presente no art. 
20 da lei 8.742/93 diz respeito à renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário 
mínimo. A renda familiar per capita é alcançada pela soma da renda de todos os 
membros da família, dividida pelo número de integrantes. Se o resultado for inferior 
a 1/4 do salário mínimo, a pessoa idosa ou deficiente terá direito ao benefício. 
 
14 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Se uma mulher viúva ganha um salário mínimo e convive com três filhos menores, 
sendo um deficiente, a princípio, pela literalidade, não teria direito à assistência. Para 
o Supremo, abstratamente, o critério da Lei 8.742/93 é constitucional. A grande 
dúvida, entretanto, é como aplicar esse critério. O STF está discutindo a questão, já 
tendo reconhecido a repercussão geral. 
 
No passado, o Supremo chegou a afirmar que esse critério deveria ser rígido. 
Inicialmente, muitros tribunais começaram a afastá-lo e, em razão disso, muitas 
reclamações chegaram ao Supremo, que instado a se manifestar, afastou tais 
decisões. No entanto, posteriormente, entendeu-se que esse critério pode ser 
flexibilizado. 
 
O Ministro Gilmar Mendes, analisando uma reclamação do INSS, quando o Supremo 
começou a rejeitar as reclamações, entendeu que, abstratamente, a lei é 
constitucional, porém quando ela é aplicada ao caso concreto é possível produzir um 
resultado inconstitucional. Assim, é possível aferir os elementos do caso concreto para 
verificar se a pessoa tem ou não necessidade do benefício. 
 
Ainda há outra questão colocada para a análise do Supremo. Por exemplo, um casal 
de idosos está junto há 70 anos. A mulher, então, resolve requerer o benefício, tendo 
em vista que ambos não possuem renda. O art. 34 do Estatuto do Idoso diz que a 
renda decorrente de outro benefício da mesma natureza não é considerada no cálculo 
da renda per capita. Assim, ainda que a mulher receba, o marido também poderá 
requerer o benefício, pois a família continua sem renda per capita. 
 
Se esse casal, ainda, tiver um filho com deficiência, questiona-se a possibilidade deestender essa possibilidade do art. 34 do Estatuto do Idoso ao deficiente. A ideia 
central é que essa renda será tirada da renda per capita, porque esse benefício tem o 
objetivo de sustentar o idoso, e não a sua família. Assim, a princípio, exclui-se o 
benefício da renda per capita porque ele não integra o sustento da família, mas do 
próprio idoso. 
 
O Supremo analisa, então, se é possível estender essa possibilidade à pessoa com 
deficiência. O entendimento majoritário é de que é possível, em que pese a resistência 
15 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
do INSS. 
 
Há, ainda, um requisito negativo para o fornecimento do benefício continuado: É 
preciso que a pessoa não tenha direito a nenhum outro benefício previdenciário ou 
assistencial. Um detalhe: é possível ter bolsa família, pois esse é um benefício pago 
à família. O mesmo não se aplica ao auxílio-reclusão. 
 
Os recursos são provenientes da assistência social, mas a administração fica a cargo 
do INSS. A consequência disso é que quem tem que figurar no polo passivo é o INSS, 
sem litisconsórcio necessário com a União. 
 
1.1.4 PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Fala-se em um ramo da seguridade que possui características diferentes da 
assistência e da saúde. A previdência traz a ideia de seguro social. Uma pessoa 
previdente, que toma precauções, está se assegurando contra eventuais riscos no 
futuro. Há, portanto, uma participação direta do segurado na garantia do seu futuro. 
 
Um indivíduo que faz um seguro privado de carro precisa pagar o prêmio para que a 
seguradora possa oferecer a garantia. A previdência, de igual forma, é um seguro, 
em que a pessoa tem que pagar uma quantia para garantir o seu futuro. Portanto, a 
previdência é naturalmente contributiva, diferentemente da assistência e da saúde. 
 
A seguridade passa a ter evidência com a lei dos pobres (poor law act), que trouxe a 
ideia de uma assistência social como se fosse uma caridade do Estado, a ponto de 
que competia à igreja administrar o benefício. No entanto, foi através dos seguros 
operários na Alemanha, no final do século XIX, que se fundamentou o atual sistema 
da previdência. Bismarck, além de ser o responsável pela unificação da Alemanha, foi 
o responsável pela origem da previdência social. Ainda hoje se aplica o modelo 
bismarckiano. 
 
A Alemanha do final do século XIX estava vivenciando a sua revolução industrial, o 
que acarretou um elevado êxodo rural. No campo, entretanto, havia grandes famílias 
que garantiam a proteção social do indivíduo. A própria família que cuidava dos 
16 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
idosos e dos doentes. Quando a pessoa migra para a cidade, perde-se essa rede 
natural familiar que existia. 
 
Ao mesmo tempo, vivenciava um ambiente com poucas preocupações trabalhistas, o 
que acarretava em um elevado questionamento operário. Bismarck, então, obrigou o 
trabalhador, enquanto goza de boas condições de saúde, a pegar uma parte da sua 
renda e guardar para o futuro, obrigando-o a fazer um seguro. Diante disso, o 
empregado se viu compelido a contribuir, garantindo uma rede de proteção social. 
Entendeu-se que o Estado não poderia ser responsável por aquela pessoa se, quando 
ela teve a oportunidade de armazenar recursos, não o fez. Essa é a ideia de 
previdência que até hoje influencia o modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
2 - UNIDADE 2 – PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência 
e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, 
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e 
serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade 
da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, 
dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
 
2.1 UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
 
Determina que a seguridade social seja levada para tudo e para todos. Universalidade 
da cobertura significa que a seguridade social deve abarcar todos os riscos sociais, 
ou seja, todas as situações de necessidade social devem ser cobertas pela 
seguridade. Já a universalidade do atendimento significa que todas as pessoas devem 
ser atendidas pela seguridade. 
 
Não se pode olvidar que um princípio aponta uma diretriz e a regra atribui um comando 
concreto. A interferência na hora de aplicá-los é que a regra é aplicada por subsunção, 
enquanto o princípio é aplicado por ponderação. Muitas vezes, os princípios apontam 
para direções distintas. Um exemplo é que na saúde a universalidade abrange todos, 
enquanto na assistência ela é aplicada de maneira mais restrita. Na previdência, por 
sua vez, a universalidade é bem tênue, embora ela exista em todos os elementos. 
 
2.2 SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E 
18 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
SERVIÇOS 
 
Seletividade significa que devem ser selecionadas as pessoas que serão abrangidas 
pela seguridade. Esse princípio, então, confronta-se com a universalidade. A 
seletividade indica que pequenas incapacidades não são contempladas, como, por 
exemplo, um advogado que fica incapacitado somente por dez dias. 
 
Nota-se que a seletividade caminha ao lado da distributividade, que indica que a 
seguridade social é um instrumento de redistribuição de rendas. Há, ainda, a 
solidariedade, segundo a qual o indivíduo será obrigado a fornecer uma parcela em 
favor do indivíduo. Ao mesmo tempo, a coletividade protege quem precisa. 
 
Assim, a seguridade social não possui natureza retributiva. A previdência 
complementar, por sua vez, possui. Diversamente, a previdência básica possui uma 
natureza mais distributiva. 
 
2.3 UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS 
POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS 
 
Esse princípio é uma densificação do princípio da isonomia. Diante disso, deve- se 
atentar para a sua aplicação em uma vertente material, em detrimento de uma 
aplicação meramente formal. Durante muito tempo, os trabalhadores rurais, até 1991, 
estavam excluídos do regime da previdência social. É possível, com isso, ter 
compensação de desigualdades, como ocorre com a redução da idade do trabalhador 
rural para a aposentadoria. 
 
2.4 EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 
 
Esse princípio denota que será distribuído de modo justo o ônus pelo custeio da 
seguridade social. Essa equidade na participação do custeio possui várias formas de 
se apresentar, como, por exemplo, em alíquotas progressivas. 
 
Por outro lado, quando se trabalha com a equidade, pode-se levar em conta situações 
específicas do contribuinte, como o porte da empresa, o grau de utilização de mão 
19 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
de obra, as condições de mercado, etc. Isso está expressamente autorizado no art. 
195, §9º da CRFB. 
 
Art. 195, § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput 
deste artigo poderão ter alíquotasou bases de cálculo 
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização 
intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho. 
 
Exemplo: instituições financeiras possuem alíquota adicional sobre folha de 
pagamento (art. 22, §1º da Lei 8.212/91). O Supremo já declarou constitucional esse 
parágrafo por anteder a noção de equidade e solidariedade na contribuição. 
 
Lei 8.212/91, art. 22, § 1
o 
No caso de bancos comerciais, bancos 
de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas 
 
de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de 
seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada 
abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e 
no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco 
por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste 
artigo. 
 
2.5 DIVERSIDADE NA BASE DE FINANCIAMENTO 
 
Segundo esse princípio, será pulverizado o ônus pelo custeio da seguridade social, 
que será trabalhada tendo diversas formas de receita. Isso fica muito claro no texto 
do art. 195 da CRFB. Exemplo: O concurso de prognóstico (loteria) financia a 
seguridade social. 
 
2.6 CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
20 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Trata da gestão democrática e descentralizada da seguridade social. A seguridade 
social não pode ser concentrada em uma única pessoa. Diante disso, nos órgãos 
colegiados, essa gestão democrática precisa se manifestar com a participação dos 
quatros setores interessados na seguridade: governo, trabalhadores, empregadores 
e aposentados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
3 UNIDADE 3 – BENEFICIÁRIOS DO RGPS 
 
Os beneficiários dividem-se em segurados e dependentes. Os segurados, por sua 
vez, podem ser facultativos ou obrigatórios. 
 
3.1 SEGURADOS 
 
Os segurados obrigatórios podem ser de cinco espécies: 
 
I Empregados; 
II Empregados domésticos; 
III Trabalhadores avulsos; 
IV Contribuintes individuais; 
V Segurados especiais. 
 
Essa classificação irá depender da atividade desenvolvida pelo segurado. É pelo 
exercício da atividade remunerada que uma pessoa adquire a qualidade de segurado 
obrigatório. 
 
A filiação é a constituição do vínculo jurídico entre o segurado e a previdência. Essa 
filiação do segurado obrigatório ocorre com o exercício de uma atividade remunerada. 
Assim, essa pessoa não depende da inscrição no INSS para virar segurado. A 
inscrição do segurado obrigatório, portanto, tem efeito meramente declaratório. 
 
Exemplo: médico atende seus pacientes sem que tenha se inscrito no INSS. Ele é um 
segurado, diante do exercício da sua atividade. Mesmo sem inscrição, pode o INSS 
inscrever a contribuição não paga em dívida ativa e efetuar a sua cobrança. A filiação 
é automática. A inscrição deve ser realizada assim que o segurado começa a exercer 
sua atividade. Porém, pode ser feita extemporaneamente, quando a pessoa já estiver 
exercendo a atividade. Não se pode, contudo, realizar a inscrição antecipadamente, 
pois essa depende da filiação. 
 
Os Segurados Facultativos são: 
22 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
 
Lei 8.213/91, Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 
(quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, 
mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do 
art. 11. 
 
O foco do RGPS, como visto, é o segurado obrigatório. Para ser segurado facultativo, 
a pessoa, naturalmente, não pode exercer atividade própria de segurado obrigatório. 
É o caso, por exemplo, de um estudante, de um estagiário ou de uma dona de casa. 
Além disso, há o requisito etário. De acordo com o art. 13, a idade mínima seria de 14 
anos. Hoje, contudo, essa idade é de 16 anos, uma vez que a EC 20/98 modificou a 
idade mínima para o trabalho na CRFB. Prevaleceu o entendimento de que, com a 
mudança da CRFB, isso geraria a alteração da idade para o segurado facultativo. O 
decreto 3.048/99 já possui previsão conforme a CRFB. 
 
Decreto 3.048/99, Art. 11. É segurado facultativo o maior de 
dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de 
Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, 
desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o 
enquadre como segurado obrigatório da previdência social. 
 
O segurado facultativo não se filia automaticamente; a sua filiação é ato complexo, 
que envolve duas etapas: a inscrição e o pagamento da primeira contribuição. Desse 
modo, o segurado facultativo, diversamente do obrigatório, precisa da inscrição para 
constituir o vínculo jurídico com a previdência. Assim, enquanto a inscrição do 
obrigatório tem efeito declaratório, a do facultativo tem efeito constitutivo. 
 
Comprovando que trabalhou, pode o segurado obrigatório efetuar o pagamento 
referente ao período retroativo. Já o segurado facultativo não pode fazer o mesmo, 
pois, antes da inscrição, não era segurado. 
 
 É possível um filiado a regime próprio também filiar-se como segurado facultativo 
do regime geral? 
 
Não é possível, diante do art. 201, §5º da CRFB. Porém, se essa pessoa exerce outra 
23 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
atividade, será filiado ao regime próprio e ao regime geral, como segurado obrigatório. 
Aconselha-se a remissão do art. 13 da lei 8.213/91 ao art. 201, §5º da CRFB e vice-
versa. 
 
3.1.1 MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
A forma ordinária de manutenção da qualidade de segurado, para o obrigatório, é a 
continuidade do trabalho e, para o facultativo, é a continuação da contribuição. Existe, 
contudo, uma forma de manutenção extraordinária da qualidade de segurado, que 
corresponde a um período no qual, mesmo sem contribuir ou trabalhar, a pessoa 
mantém a proteção previdenciária. É o chamado período de graça. 
 
Lei 8.213/91, Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, 
independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o 
segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida 
pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem 
remuneração; 
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado 
acometido de doença de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou 
recluso; 
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado 
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado 
facultativo. 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) 
meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) 
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da 
qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) 
meses para o segurado desempregado, desde que comprovada 
essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do 
Trabalho e da Previdência Social. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os 
seus direitos perante a Previdência Social.24 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao 
do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade 
Social para recolhimento da contribuição referente ao mês 
imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo 
e seus parágrafos. 
 
3.2 DEPENDENTES 
 
Lei 8.213/91, Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de 
Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual 
ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim 
declarado judicialmente; 
 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste 
artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante 
declaração do segurado e desde que comprovada a dependência 
econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem 
ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a 
segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é 
presumida e a das demais deve ser comprovada. 
 
Cada inciso do art. 16 apresenta uma categoria de dependentes. São elas: 
 
a) Cônjuge, companheiro e filho. Também se incluem nessa categoria, embora não 
estejam no dispositivo, o enteado, tutelado, e o menor sob guarda; 
b) Pais; 
c) Irmãos. 
25 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
4 UNIDADE 4 – SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
Salário-de-contribuição é a base de cálculo da contribuição previdenciária dos 
segurados da Previdência Social, com exceção do segurado especial. O conceito, 
em relação a cada um dos segurados, pode ser extraído do artigo 214 do Decreto nº 
3048/99: 
 
Art. 214. Entende-se por salário-de-contribuição: 
I - para o empregado e o trabalhador avulso: a remuneração 
auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade 
dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, 
durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja 
a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma 
de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, 
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da 
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa; 
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na 
Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, observados os limites mínimo e máximo previstos nos §§ 
3º e 5º; 
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma 
ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta 
própria, durante o mês, observados os limites a que se referem os 
§§ 3º e 5º; 
 
IV - para o dirigente sindical na qualidade de empregado: a 
remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, 
pela empresa ou por ambas; 
V - para o dirigente sindical na qualidade de trabalhador avulso: a 
remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical; e 
VI - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, 
observados os limites a que se referem os §§ 3º e 5º. 
 
Algumas regras importantes vêm previstas nos parágrafos de referido dispositivo (os 
temas serão explicitados em aula): 
 
26 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do 
empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, o 
salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias 
efetivamente trabalhados, observadas as normas estabelecidas 
pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 
§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-
contribuição. 
§ 4º A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII 
do art. 7º da Constituição Federal integra o salário-de-contribuição. 
§ 6º A gratificação natalina - décimo terceiro salário - integra o 
salário-de-contribuição, exceto para o cálculo do salário-de-
benefício, sendo devida a contribuição quando do pagamento ou 
crédito da última parcela ou na rescisão do contrato de trabalho. 
§ 7º A contribuição de que trata o § 6º incidirá sobre o valor bruto 
da gratificação, sem compensação dos adiantamentos pagos, 
mediante aplicação, em separado, da tabela de que trata o art. 198 
e observadas as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social. 
§ 15. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-
contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de 
qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no 
art. 32. 
 
Ressalte-se que a regra da proporcionalidade, contida no §1º, não se aplica aos 
segurados facultativo e contribuinte individual 
 
Segundo o §2º do art. 28 da Lei nº 8.212/91, o salário-maternidade é considerado 
salário-de-contribuição. Ademais, o 13º salário (gratificação natalina) integra o 
salário-de-contribuição para a contribuição previdenciária, mas não servirá de base 
de cálculo para o benefício. O §15º determina que o valor do auxílio-acidente integra 
o salário-de-contribuição, mas apenas para o cálculo do salário-de-benefício. 
 
Limite mínimo do salário-de-contribuição: para empregados e avulsos, é o piso 
salarial da categoria, legal ou normativo, e inexistindo estes, o salário mínimo mensal, 
diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. 
Para contribuintes individuais e facultativos, é o salário mínimo. 
 
27 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Limite máximo do salário-de-contribuição é o valor divulgado pelo Ministério da 
Previdência Social, que é reajustado na mesma época e com os mesmos índices que 
os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social.  
 
O legislador especifica, nos parágrafos do art. 214, quais as parcelas que integram 
ou não o salário-de-contribuição (e, consequentemente, constituem base de cálculo 
para as contribuições). 
 
Como regra geral, pode-se afirmar que as parcelas de natureza indenizatória (i.e., 
atribuídas ao empregado não como contraprestação ao serviço prestado, como o são 
as verbas de caráter salarial) não integram o salário de contribuição. Porém, recentes 
alterações na legislação de regência propõem questionamentos quanto à acuidade 
de tal critério. 
 
Ademais, é importante diferenciar os pagamentos efetuados para o trabalho 
daqueles realizados pelo trabalho. Com efeito, como regra geral, os primeiros não 
integram o conceito de salário-de-contribuição, enquanto os últimos nele se incluem, 
salvo quando previsto de forma diversa pela legislação. 
 
A distinção possui relevância principalmente no que se refere às prestações in natura 
fornecidas ao segurado: assim, se a utilidade é concedida em razão do trabalho, 
sendo necessária às atribuições normais do empregado, não integrará o salário-de-
contribuição. Ao contrário, se a utilidade não é imprescindível à prestação do 
trabalho, adquire caráter remuneratório e integra o salário-de-contribuição. 
 
Exemplo pode ser a moradia concedida pelo empregador ao empregado. Se estaé 
essencial para a realização do trabalho (pense-se, e.g., em um contrato de safra 
realizado em local distante da residência habitual do trabalhador – nesse caso, se a 
moradia não for fornecida, inviabiliza-se a prestação dos serviços), não integra o 
salário-de-contribuição. Ao contrário, se apenas constituir plus salarial, i.e., benefício 
adicional fornecido ao empregado, sofrerá incidência de contribuições 
previdenciárias. 
 
Feitas essas considerações iniciais, analisemos o regime legal do salário de 
28 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
contribuição, nos termos do Decreto nº 3048/99. 
 
Inicialmente, o §8º dita que serão consideradas salário-de-contribuição, pelo valor 
total, as diárias para viagens excedentes a 50% da remuneração mensal do 
empregado (cf. §13, que trata do cálculo das diárias + Súm. 101 do TST). Integram, 
ademais, o salário-de-contribuição, todas as parcelas integrantes do salário, nos 
termos do art. 457 da CLT + adicionais habituais (hora extra, insalubridade, 
periculosidade, transferência, etc). 
 
Em seguida, o § 9º contempla amplo rol das parcelas não integrantes dos salários 
de contribuição, a saber (rol taxativo): 
 
1. Os benefícios da previdência social, salvo o salário-maternidade; 
2. As ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos 
da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973 (ajuda de custo e adicional pagos no caso 
de transferência); 
3. A parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação 
aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 
de abril de 1976 (PAT – Programa de Alimentação do Trabalho – assim, o benefício 
não poderá ser concedido em dinheiro, participação do trabalhador fica limitada a 
20% do custo direto do benefício concedido, etc); 
4. As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional 
constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de 
que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT; 
5. As importâncias: 
a) Previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, 
ou seja, 40% do FGTS, a título de multa rescisória; 
b) Relativas à indenização por tempo de serviço anterior a 5 de outubro de 1988, do 
empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
c) Recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT (50% dos dias 
faltantes ao término do contrato por prazo determinado, no caso de extinção 
antecipada sem justa causa); 
d) Recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de 
junho de 1973 (indenização ao safrista correspondente a 1/12 do salário mensal, por 
29 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
mês de serviço ou fração superior a 14 dias, quando houver expiração normal do 
contrato); 
e) Recebidas a título de incentivo à demissão; 
f) Recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT (abono 
pecuniário); 
g) Recebidas a título de ganhos eventuais (pecuniários ou in natura) e os abonos 
expressamente desvinculados do salário (por lei); 
h) Recebidas a título de licença-prêmio indenizada; 
i) Recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de 
outubro de 1984 (indenização de um salário do empregado dispensado 30 dias antes 
da data-base da categoria – “dispensa obstativa”); 
j) Indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho 
(indenização aos estáveis no caso de fechamento ou extinção da empresa); 
k) Outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei 
6. A parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria 
(OBS: segundo a legislação de regência, o vale-transporte deve ser pago 
separadamente das demais rubricas que compõem a remuneração do empregado; 
caso contrário, haverá incidência de contribuições previdenciárias); 
7. A ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência 
de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; 
8. As diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) 
da remuneração mensal (caso contrário, integram pelo valor total); 
9. A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de 
estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 11.788/08; 
10. A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou 
creditada de acordo com lei específica (atualmente, a Lei nº 10.101/00 – pagamento 
no mínimo semestral e dependente de critérios objetivos); 
11. O abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de 
Assistência ao Servidor Público-PASEP (“abono salarial”); 
12. Os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos 
pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de 
sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija 
deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo 
Ministério do Trabalho (utilidades PARA o trabalho); 
30 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
13. A importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do 
auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados 
da empresa; 
14. As parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria 
canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965 
(assistência médica, hospitalar, farmacêutica e social); 
15. O valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a 
programa de previdência complementar privada, aberto ou fechado, desde que 
disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, 
os arts. 9º e 468 da CLT; 
16. O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, 
próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com 
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e 
outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e 
dirigentes da empresa; 
17. O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios 
fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos 
respectivos serviços; 
18. O ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado 
(devidamente comprovadas); 
19. O reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, 
observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas 
as despesas realizadas; 
20. O valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos 
do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e 
qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, 
desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os 
empregados e dirigentes tenham acesso a ele; 
21. Os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; 
22. O valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT, ou seja, multa pelo não 
cumprimento dos prazos para pagamento das verbas rescisórias. 
23. O reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal e 
condicionado à comprovação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social da empregada, do pagamento da remuneração e do 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
recolhimento da contribuição previdenciária, pago em conformidade com a 
legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança; 
24. O valor das contribuiçõesefetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a 
prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção 
coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, 
observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho; 
25. Indenização paga à gestante indevidamente dispensada (§12). 
 
OBS: Até 2009, o Regulamento da Previdência Social contemplava como parcela 
excluída do salário-de-contribuição o aviso prévio indenizado (Art. 214, V, alínea f). 
Porém, o Decreto nº 6.727/09 revogou tal dispositivo, permitindo a incidência da 
contribuição previdenciária sobre a parcela paga a título de aviso prévio indenizado. 
Tal entendimento, entretanto, vem sendo questionado pela doutrina, por conta da 
natureza indenizatória que reveste a parcela do aviso prévio indenizado. 
 
ATENÇÃO: As parcelas excluídas do conceito de salário-de-contribuição, quando 
pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, integram-no para 
todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais cabíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 º Bimestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
5 UNIDADE 5 - PRESTAÇÕES DO RGPS 
 
As prestações podem ser divididas em benefícios (prestações pecuniárias) e em 
serviços. Os benefícios, por sua vez, podem ser aposentadorias, auxílio-doença, 
auxílio- acidente, salário-família, salário-maternidade, pensão por morte e o auxílio-
reclusão. 
 
As aposentadorias podem ser subdivididas em: por idade, por tempo de 
contribuição, especial e por invalidez. Já os serviços podem ser: o serviço social e 
o serviço de habilitação e reabilitação profissional. 
 
Por idade 
Aposentadoria Por tempo de serviço 
Especial 
Por invalidez 
 
Benefícios Auxílio-doença 
Auxílio-acidente 
Prestações Salário-família 
do RGPS Salário-maternidade 
Pensão por morte 
Auxílio-reclusão 
 
 
 
Serviços Serviço social 
Habilitação e reabilitação profissional 
 
De todos os benefícios, a pensão por morte e o auxílio-reclusão são pagos aos 
dependentes. Os demais benefícios são destinados somente aos segurados. Já os 
serviços, são fornecidos tanto ao segurado quanto aos dependentes. 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
Além disso, somente o auxílio-acidente e o salário-família têm por objetivo 
complementar a renda do segurado. São os chamados benefícios indenizatórios. Os 
demais benefícios visam substituir essa renda e são chamados de benefícios 
remuneratórios. 
 
Essa distinção é importante para fins de aplicação do art. 201, §2º, da CRFB. Esse 
dispositivo trata dos benefícios remuneratórios. Sendo assim, os benefícios 
indenizatórios podem ter valor abaixo do salário mínimo. 
 
CRFB, Art. 201, § 2º - Nenhum benefício que substitua o salário 
de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá 
valor mensal inferior ao salário mínimo. 
 
5.1 AUXÍLIO-DOENÇA 
 
Esse benefício tem fundamento de validade constitucional no art. 201, I. 
 
CRFB, Art. 201 - A previdência social será organizada sob a forma 
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade 
avançada; 
 
Esse dispositivo gerou três diferentes benefícios: a aposentadoria por invalidez, o 
auxílio-acidente e o auxílio-doença. Esse último, por sua vez, está previsto nos arts. 
59 e seguintes da lei 8.213/91. 
 
O auxílio-doença decorre de uma incapacidade parcial e/ou temporária. A 
 
- Benefícios que visam complementar a renda >> Indenizatórios: 
auxílio-acidente e salário-família; 
- Benefícios que visam substituir a renda >> Remuneratórios: 
demais benefícios. 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
incapacidade parcial é aquela que inabilita o segurado para o exercício da sua 
atividade; já a incapacidade temporária é aquela que tem recuperação. Essa análise 
é feita, naturalmente, com base em um prognóstico médico. Em outras palavras, a 
incapacidade temporária é aquela que tem um prognóstico positivo, pautado nos 
recursos terapêuticos disponíveis no momento. 
 
Os aspectos da incapacidade parcial e temporária podem ser conjugados. 
 
Exemplo1: um entregador de pizza sofre um acidente, cai de moto e quebra a perna, 
sendo obrigado a parar de trabalhar por 45 dias. Sua incapacidade é parcial e 
temporária e ele receberá auxílio-doença. Exemplo2: entregador é atropelado e entra 
em coma induzido, mas os médicos conseguem prever que em seis meses ele 
poderá voltar ao trabalho. Essa incapacidade é total, porém temporária. Dessa 
forma, ele também receberá auxílio-doença. 
 
Exemplo3: Motorista está conduzindo ônibus, contra o qual é atirada uma pedra, que 
atinge o vidro da frente. Os cacos atingem os olhos do motorista, que sofre uma 
perda de visão parcial, o que o impede de ser motorista profissional. Contudo, 
continua enxergando o suficiente para dirigir carros de passeio. Trata-se de 
incapacidade parcial, porém permanente. Receberá, portanto, auxílio-doença, até 
que o INSS o reabilite para nova atividade. 
 
Lei 8.213/91, Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, 
insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá 
submeter-se a processo de reabilitação profissional para o 
exercício de outra atividade. Não cessará o benefício até que seja 
dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que 
lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-
recuperável, for aposentado por invalidez. 
 
Em que pese se chamar auxílio doença, o benefício é destinado aos casos de 
incapacidade, pouco importando a sua causa. Tampouco interessa se a pessoa 
agravou o risco. 
 
5.1.1 DOENÇA E LESÃO DE ACIDENTE PRÉ-EXISTENTE 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
 
Lei 8.213/91, Art. 59, Parágrafo único. Não será devido auxílio-
doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência 
Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa 
para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por 
motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. 
 
Esse dispositivo traz uma regra geral, que parece injusta, e uma exceção que a 
corrige. Em princípio, doença ou lesão pré-existente impedem a concessão do 
auxílio- doença. No entanto, se a incapacidade decorrer do seu agravamento ou da 
sua progressão, o benefício será cabível. 
 
O art. 59, parágrafo único, tem a finalidade de evitar que a pessoa ingresse no 
sistema já incapacitada e venha a pleitear o benefício posteriormente. 
 
Exemplo1: uma pessoa é portadora de diabetes, bem controlada. Após conseguir 
seu primeiro emprego, exagera na quantidade de bebidas alcóolicas e alimentos 
gordurosos e, pelo agravamento da sua doença, adquire um problema de visão. 
Quando começou a trabalhar, a pessoa não possuía essa incapacidade, que 
decorreu do agravamento. Assim, terá direito ao benefício. 
 
Exemplo2: sujeito que já não enxerga muito bem, após dois anos trabalhando, 
ingressa com pedido do benefício com base nessa condição. Nesse caso, não 
poderá receber o benefício. 
 
5.1.2 EXIGÊNCIAS PESSOAIS 
 
No caso do auxílio-doença, a única exigência pessoal é a qualidade de segurado, 
no momento emque a pessoa fica incapacitada. 
 
 Desempregado pode receber auxílio-doença? 
 
Sim, se estiver no período de graça, durante o qual mantém a qualidade de 
segurado, mesmo sem trabalhar ou contribuir. 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
 
5.1.3 CARÊNCIA 
 
Carência corresponde ao número mínimo de contribuições necessárias à concessão 
do benefício. 
 
Lei 8.213/91, Art. 24. Período de carência é o número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça 
jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro 
dia dos meses de suas competências. 
 
A carência do auxílio-doença é de 12 contribuições mensais. 
 
Lei 8.213/91, Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do 
Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes 
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: 
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) 
contribuições mensais; 
 
Em alguns casos, contudo, essa poderá ser dispensada. 
 
Lei 8.213/91, Art. 26. Independe de carência a concessão das 
seguintes prestações: 
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de 
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença 
profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado 
que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for 
acometido de alguma das doenças e afecções especificadas 
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho 
e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os 
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro 
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam 
tratamento particularizado; 
 
Assim, a carência será dispensada quando o auxílio for decorrente de acidentes de 
qualquer natureza, de doença profissional ou do trabalho, ou de doenças 
relacionadas pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social. 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
 
O valor do auxílio-doença é de 91% do salário de benefício. 
 
5.1.4 DIB 
 
No caso do auxílio-doença, a incapacidade, para qualquer segurado, deve ser 
superior a quinze dias. Caso contrário, a pessoa não terá direito ao benefício. 
 
a) Empregado: sendo o beneficiário um empregado, começará a receber o benefício 
a partir do 16º dia de afastamento. Os 15 primeiros dias serão pagos pelo 
empregador; 
 
b) Demais segurados: o benefício será pago a partir da data de início da 
incapacidade. Sendo assim, ficando incapacitado por mais de 15 dias, o segurado 
receberá o benefício retroativamente ao primeiro dia. 
 
Contudo, se o beneficiário demorar mais de 30 dias para pleitear, receberá a partir 
da data de entrada do requerimento (DER). 
 
5.1.5 OBSERVAÇÕES ADICIONAIS 
 
O auxílio-doença é um benefício precário, pois a necessidade social pode 
desaparecer a qualquer momento. Desse modo, o segurado precisa provar sua 
incapacidade, preenchendo alguns requisitos, conforme o art. 101 da lei 8.213/91. 
 
Lei 8.213/91, Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, 
aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão 
obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a 
exame médico a cargo da Previdência Social, processo de 
reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento 
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de 
sangue, que são facultativos. 
 
Sendo assim, o segurado precisa se submeter a exames periódicos e à reabilitação 
profissional oferecida pela Previdência. Além disso, se o perito do INSS indica um 
39 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
tratamento, o segurado precisa se submeter a ele, desde que esteja disponível 
gratuitamente. Só não estará obrigado a se submeter à transfusão de sangue ou à 
cirurgia, se assim não desejar. 
 
5.2 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
 
Regulamentação básica: artigos 47 a 47, lei 8.213; arts. 43 a 50, RPS. 
 
Para quem: há previsão da concessão da aposentadoria por invalidez a todas as 
classes de segurados do RGPS, uma vez realizados os requisitos legais. 
 
A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado incapaz e insusceptível de 
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. 
 
Nesse sentido, art. 42, 8.213/91. 
 
Deveras, o pagamento da aposentadoria por invalidez é condicionada ao afastamento 
de todas as atividades laborativas do segurado. 
Cabimento Segurado incapaz e insusceptível de reabilitação 
para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência. Beneficiários Todos os segurados. 
Carência 12 contribuições mensais (segurado especial 12 
meses de atividade rurícola ou pesqueira em regime 
de economia familiar para a subsistência), salvo 
acidente de qualquer natureza, doença profissional 
ou do trabalho e doenças graves listadas em ato 
regulamentar. 
Valor 100% do salário de benefício. 
40 
 
 
Optativa I – Direito Previdenciário 
Outras informações a) Não é definitiva; 
b) É possível de um acréscimo de 25%, inclusive 
extrapolando o teto, se o segurado necessitar de 
assistência permanente de outra pessoa; 
c) O segurado é obrigado a se submeter a exames 
médicos periódicos (a cada 
2 anos) e reabilitação profissional, mas não a 
cirurgia e transfusão de sangue; 
d) Será devida desde a incapacidade (salvo 
empregado), se requerida até 30 dias. Se após, a 
data de início será a data do requerimento; no 
caso do segurado empregado, o empregador 
deve arcar com os salários por quinze dias antes 
da concessão da aposentadoria. 
 
5.3 APOSENTADORIA POR IDADE 
 
Regulamentação básica: artigo 201, §7º, II, CF; artigos 48 a 51, lei 8.213; artigos 51 
a 54, RPS. 
 
Em regra, a aposentadoria por idade será devida ao segurado homem que completar 
65 anos de idade e a mulher com 60 anos de idade, desde que comprovem a 
carência de 180 contribuições mensais pagas tempestivamente. Conforme 
determinação constitucional, haverá redução de idade em 5 anos para os 
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o 
pescador artesanal. 
 
Ou seja, serão agraciados os segurados especiais, o garimpeiro (contribuinte 
individual) e produtor rural também enquadrado como contribuinte individual, bem 
como o empregado rural e o trabalhador avulso rural. 
 
Contudo, para a integralização da carência, caso o trabalhador rural tenha que 
computar período no qual se enquadrava em outra categoria, não será aplicada a 
redução de idade em 5 anos, na forma do artigo 48, §3º, da lei 8.213. 
 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
Com o advento da LC 142/2013, que veio a regulamentar a aposentadoria especial 
dos segurados deficientes, estes também passaram a ter direito à redução em 05 anos 
na idade na concessão da sua aposentadoria por idade, independentemente do grau 
da sua deficiência, desde que comprovada à deficiência pelo período de carência de 
15 anos. 
 
A carência para os trabalhadores rurais de 180 contribuições mensais, mormente 
para os enquadrados como segurados especiais, será demonstrada pelo 
exercício da atividade campesina em regime de economia familiar para a 
subsistência, observada a tabela de transição. 
 
Com efeito, essa atividade deverá ser comprovada através do início de prova 
material (documentos) produzido contemporaneamente ao período probando, 
mesmo que de maneira descontínua, no período de 180 meses imediatamente 
anteriorao requerimento do benefício ou à data do implemento da idade mínima. 
 
Cabimento Devida ao segurado homem com 65 anos de idade e mulher 
com 60 anos de idade, com redução de 5 anos para o 
produtor rural, o segurado especial e o garimpeiro. O 
segurado deficiente também terá direito à redução em 5 anos 
na idade. Beneficiários Todos os segurados. 
Carência 180 contribuições mensais, observada a tabela de transição 
do artigo 142, da lei 8.213/91. 
Valor 70% do salário de benefício, acrescido de 1% a cada grupo 
de 12 contribuições mensais, no máximo de 100%, sendo 
facultativa a utilização do fator previdenciário; no caso do 
segurado especial, será de um salário mínimo, salvo se este 
contribuiu como contribuinte individual. 
Outras informações Será devida desde o requerimento administrativo, exceto 
para o empregado e o doméstico, se requerida até 90 dias, 
sendo devida para estes após o desligamento do emprego. 
 
5.4 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 
 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
Regulamentação básica: artigo 201, §7º, I, CF; artigos 52 a 56, lei 8.213/91; artigos 
56 a 63, do RPS. 
 
A aposentadoria por tempo de serviço foi extinta pela EC 20/98, surgindo em seu lugar 
a aposentadoria por tempo de contribuição, em decorrência da substituição do tempo 
de serviço pelo tempo de contribuição, não mais bastando apenas o exercício do 
serviço remunerado, sendo curial a arrecadação das contribuições 
previdenciárias de maneira real ou presumida. 
 
Por outro lado, em respeito ao direito adquirido, o tempo de serviço considerado pela 
legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a 
matéria, será contado do tempo de contribuição, exceto as contagens de tempo 
fictícias, a exemplo daquelas em dobro perpetradas no passado (art. 4º, EC 20/98). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Optativa I – Direito Previdenciário 
6 REFERENCIAS 
 
1. AMADO, Frederico – Sinopse Direito Previdenciário. 7ª ed. Salvador. Jus 
Podivm, 2016. . 
 
2. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm> 
Acesso em: 06/07/2016 
 
3. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm> 
Acesso em: 06/07/2016 
 
4. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm> 
Acesso em 06/07/2016 
 
5. Disponívelem:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.
htm> Acesso em 06/07/2016 
 
6. Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm
> Acesso em 06/07/2016 
 
7. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm> 
Acesso em 06/07/2016

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