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Melhoramento Genético Escrituração Zootécnica Para que uma fazenda de produção de leite seja bem conduzida ou administrada é necessário que o produtor tenha conhecimento do maior número possível de ocorrências que envolvam a atividade. As datas de cobertura e parição das fêmeas, bem como a produção de leite de cada vaca durante a lactação, incluem-se entre as mais importantes anotações. No caso de serem feitas outras anotações (despesas, receitas, etc.), o criador terá condições de avaliar o desempenho econômico de sua propriedade. É importante que os criadores controlem a produção de suas vacas, para premiarem as de alta produção com uma alimentação mais adequada e eliminar as de baixa produção, as quais podem estar sobrecarregando as companheiras de rebanho na tarefa de conseguir boa rentabilidade na fazenda. Os cinco modelos de fichas aqui sugeridos são uma tentativa de simplificar ao máximo o controle zootécnico, sendo que o produtor consiga fazer o preenchimento sem exigir demasiado tempo para não prejudica-lo em outras atividades: 1) Controle reprodutivo: anotações diárias das coberturas, parições e abortos; 2) Previsão de partos e datas de secagem: anotações somente após o diagnóstico de gestação positivo, os registros nas fichas serão mensais; 3) Controle leiteiro mensal: usadas apenas nos dias de pesagem do leite; 4) Controle leiteiro na lactação: manipulada após se conhecer a produção diária daquele mês; 5) Produção por lactação: ficha a ser manipulada após o encerramento da lactação. Controle leiteiro para uso do criador Para o controle leiteiro mensal usa-se uma ficha padrão na hora da ordenha. Serve para anotar o peso do leite no dia do controle (pesagem). A pesagem do leite deverá ser feita uma vez ao mês ou duas vezes por mês, com intervalo de 15 dias (mais confiável). A pesagem do leite é mais fácil e mais correta do que medir o volume (litros), sendo necessária uma pequena balança apropriada. Pesa-se o balde com o leite ordenhado e, do peso total, desconta-se o peso do balde anteriormente determinado, anotando-se o resultado na ficha. Muitos criadores resistem à idéia do controle leiteiro pelo fato de suas vacas não conseguirem produzir o máximo, devido à alimentação deficiente, mas se a alimentação é igual para todos os animais, as melhores vacas irão sempre produzir mais, independente da qualidade ou quantidade do alimento fornecido. Na maioria das fazendas é adotado o sistema de aleitamento natural, pesa-se o leite ordenhado deixando uma teta para o bezerro. Tipo Leiteiro A escolha de um animal pelo seu exterior (fenótipo), ou seja, pela avaliação visual das suas características corporais, embora possa parecer bom, não é suficiente para que se faça a seleção da vaca. É necessário também saber a produção de leite da mãe da vaca. O tipo leiteiro ou funcional é um termo usado para se referir à conformação do corpo associada à produção, durante a vida produtiva da vaca na fazenda. De todas as características de conformação, as de úbere em particular, a colocação e formato das tetas, a profundidade de úbere e o ligamento do úbere anterior, são as características mais importantes ligadas à longevidade. Uma boa vaca também deve ter bons aprumos, com pernas fortes, bem colocadas e cascos (dedos) juntos, permitindo que o animal caminhe sem dificuldades para se alimentar. Raças e Cruzamentos O uso das raças bovinas e a estratégia de cruzamento dependem, basicamente, do nível de manejo e alimentação proporcionado ao rebanho. Deve-se considerar que, em cruzamentos, as raças européias não são adaptadas ao calor, mas podem contribuir com o potencial para a produção de leite e as zebuínas com a rusticidade (maior resistência a parasitas e ao calor). Melhoramento Genético O melhoramento genético é conseqüência da escolha (seleção) dos melhores animais, ou seja, das vacas que produzem mais leite para se acasalarem e parirem bezerras no rebanho. A produção de leite é uma característica de baixa a média herdabilidade, isso significa que o leite produzido por uma vaca deve-se a efeitos genéticos (em média 30 %) e a efeitos ambientais (em média 70 %). Os efeitos genéticos (genes) são herdados do pai e da mãe da vaca. Os efeitos ambientais são: alimentação, saúde dos animais, adaptação ao clima, manejo, entre outros. Em gado de leite, o melhoramento genético em curto prazo pode ser realizado pela substituição por melhores animais, seja por compra ou por cruzamento com touros de raças mais produtivas.
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