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Solos Tropicais e sua Classificação

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3.3 - SOLOS DE EVOLUÇÃO PEDOGÊNICA 
 
 
Complexa série de processos físico-químicos e biológicos que governam a 
formação dos solos da agricultura. 
 
Compreendem a lixiviação do horizonte superficial e concentração de partículas 
coloidais no horizonte profundo e Impregnação com húmus do horizonte 
superficial. Na engenharia, esta camada recebe o nome de "solo superficial" e 
têm pouco interesse técnico. (VARGAS, 1978). 
 
"solos porosos": solos cuja formação se deve a uma evolução pedogênica em 
clima tropical de alternâncias secas (no inverno) e extremamente úmidas (no 
verão) resultando assim os solos lateríticos. Estes solos recobrem extensas 
zonas do Brasil Centro-Sul e as espessuras podem atingir mais de 10 m. 
 
As concreções assim formadas recebem o nome de pedregulhos lateríticos, as 
chamadas lateritas, cuja importância técnica é cada vez maior para a construção 
de bases rodoviárias. (VARGAS, 1978). 
 
 
SOLOS TROPICAIS 
 
Aqueles que apresentam peculiaridades de propriedades e de comportamento, 
em decorrência da atuação nos mesmos de processos geológicos e/ou 
pedológicos, tipo das regiões tropicais úmidas. 
 
Encontram-se os seguintes solos nas regiões tropicais: lateríticos, saprolíticos e 
transportados. Um perfil esquemático da ocorrência desses solos pode ser visto 
na figura 01: 
 
 
 
 
 
Figura 01 - Perfil esquemático de ocorrência de solos em ambiente tropical 
 
 
Solos Lateríticos 
 
"Later” significa "tijolo" em latim e "ito" significa material Pétreo. São solos 
superficiais, típicos das partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas, 
resultante de uma transformação da parte superior do subsolo pela atuação do 
intemperismo. 
 
No processo de laterização há um enriquecimento no solo de óxidos hidratados 
de ferro e/ou alumínio e a permanência da caulinita como argilomineral 
predominante e quase exclusivo, conferindo a estes solos uma coloração típica: 
vermelho, amarelo, marrom e alaranjado. 
 
Solo laterítico (ISSMEF): aquele que pertence aos horizontes A (camada mineral 
com enriquecimento de matéria orgânica) e B,de perfis bem drenados, 
desenvolvidos sob atuação de clima tropical úmido. 
 
Fração argila constituída de argilominerais do grupo das caul initas e de óxidos e 
hidróxidos de ferro e/ou alumínio o que confere a estrutura poros e agregações 
altamente estáveis. 
 
Têm tendência a possuírem uma grande parcela da sua granulometria menor 
que 2 mm de diâmetro 
Podem apresentar, inseridos em sua constituição, pedregulhos lateríticos 
denominados de laterita, que são massas consolidadas, maciças ou porosas, de 
mesma mineralogia dos solos lateríticos 
 
Na figura 02 é mostrado um perfil de solo em corte onde pose-se identificar a 
distinção clara entre os horizontes A, B (lateríticos) e C (saprolítico) 
 
 
 
Figura 02 – Perfil de solo mostrando os horizontes A, B e C (MARANGON, 2004) 
Solos Saprolíticos 
 
"Sapro" significa "pobre" em latim. 
São solos que resultam da decomposição e/ou desagregação "in situ" da rocha 
matriz pela ação das intempéries (chuvas, insolação, geadas), mantendo ainda 
de maneira nítida a estrutura da rocha que lhe deu origem. 
 
São solos, genuinamente residuais, isto é, derivam de uma rocha matriz e as 
partículas que a constituem permanecem praticamente no mesmo lugar em que 
se encontravam em estado Pétreo. 
 
Constituem a parte subjacente à camada de solo superficial laterítico 
aparecendo somente na superfície do terreno através de obras executadas pelo 
homem ou erosões. 
 
São mais heterogêneos e constituídos por uma mineralogia complexa, contendo 
frequentemente minerais ainda em fase de decomposição. São designados 
também de solos residuais jovens, em contraste com os solos superficiais 
lateríticos que seriam maduros. 
 
A figura 03 mostra a ocorrência de solos lateríticos no território brasileiro: 
 
 
Figura 03 - Ocorrência de solos lateríticos no território brasileiro (NOGAMI et al, 2000) 
4 - Classificação dos Solos quanto a Granulometria: 
 
Sabe-se que o comportamento dos solos está de certo modo ligado ao tamanho 
das partículas que os compõem. De acordo com a granulometria, os solos são 
classificados nos seguintes tipos, de acordo com o tamanho dos grãos: 
 
a) Pedregulhos / cascalho b) Areias: Grossas, Médias e Finas c) Siltes d)Argilas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Areia: Espécie mineralógica quartzo. Mineral inerte, não se decompõe na 
presença da água. 
 
Argila: pequeníssimos minerais cristalinos, chamados minerais argílicos, dentre 
os quais destinguem-se 3 grupos principais: caolinitas, montmorilonitas e ilitas. 
 
As estruturas dos minerais argílicos compõem-se do agrupamento de duas 
unidades cristalográficas fundamentais: 
 
 
 
Caolinitas: formadas por unidades de silício e alumínio, que se unem 
alternadamente, conferindo-lhes uma estrutura rígida. Em consequência, as 
argilas caoliníticas são relativamente estáveis em presença da água. 
 
Montmorilonitas: estruturalmente formadas por uma unidade de alumínio entre 
duas unidades de silício. A ligação entre essas unidades, não sendo 
suficientemente firme p/ impedir a passagem de moléculas de H2O, torna as 
argilas montmoriloníticas muito expansivas e instáveis em presença da H2O. 
 
Assim, tais argilas, com presença de água, experimentam expansões, fonte de 
inúmeros problemas para a engenharia de solos. 
 
Ilitas (hidrômicas) - São estruturalmente análogas às montmorilonitas, sendo 
porém menos expansivas. 
 
Ex.: Formação 
 
GRANITO ® Rocha 
 M.E. (Feldspatos, Muscovita, Biotita e Quartzo) 
 Silicato de Silicato Hidratado de Silica 
 Al e K Al e K Al,K,Fe e Mg 
 I ¯ ¯ ¯ ¯ 
 Minerais Grãos Minerais Material 
 Argílicos (Palhetas) Argílicos Granular(areia) 
 
 SOLO Tamanhos de Grãos diferentes 
ARENO-ARGILOSO 
 
Características dos Solos: (Granulometria) 
 
Solo argiloso: 
·Presença de coesão (atração das partículas - interação físico química), 
propriedade responsável pela resistência à ruptura destes solos. 
·Comportamento plástico (se deixam moldar em diferentes formas) 
 
Solo siltoso: 
·São solos de granulação fina que apresentam pouca ou nenhuma plasticid. 
Um torrão de silte seco ao ar pode ser desfeito com bastante facilidade 
 
Solo arenoso: 
·Comportamento depende apenas da sua granulometria, não importando sua 
constituição mineralógica. 
·Não apresenta coesão, sua resistência à ruptura se dá apenas por atrito entre 
suas partículas. 
 
Intemperismo 
5 - FORMAS DAS PARTÍCULAS 
 
a) Esferoidais: Dimensões aproximadas em todas as direções, podendo ser 
angulosas (com arestas vivas) ou polidas. 
Ex.: pedregulhos, areias e a maioria dos siltes 
 
b) Lamelares: Há predomínio de duas dimensões sobre a terceira (partículas em 
forma de placas). 
 Ex.: Solos de constituição granulométrica mais fina 
 
c) Fibrilares: Há predomínio de uma dimensão sobre as outras duas (forma de fibra). 
 Ex.: Solos orgânicos (turfosos) 
 
 
6 - ÍNDICES FÍSICOS 
 
SOLO = SÓLIDOS + VAZIOS = SÓLIDOS + ÁGUA + AR 
 
Índices físicos são relações entre pesos, entre volumes e entre pesos e volumes das 3 
fases que compõem o solo e servem para identificar o estado em que o solo se 
encontra. 
 
a) Porosidade (n) ® varia de 0 a 1 ® ( )%
Vt
Vv
n = 
b) Índice de vazios (e) ® varia de 0 a ¥ ® Vs
Vv
e = 
c) Grau de saturação (Sr) ® varia de 0 a 1 ® ( )%
Vv
Vw
Sr = 
d) Umidade natural (w) ® ( )%
Ps
Pww = 
e) Peso específico (g) em t/m3 ou g/cm3 ® 
VvVs
PwPs
Vt
Pt
+
+
==g· Peso específico natural do solo: 
Vt
Pt
n =g 
· Peso específico dos grãos sólidos: 
Vs
Ps
s =g=d 
· Peso específico da água: 
Vw
Pw
w =g 
 
 
 
 
 
TABELA RESUMIDA PARA IDENTIFICAÇÃO DO SOLO NO CAMPO 
 
Tipos de solos 
Propriedades Arenosos Siltosos Argilosos Turfosos 
Granulação 
grossa 
(olho nu) 
fina 
(tato) muito fina fibrosa 
Plasticidade nenhuma pouca grande pouco a média 
Compressibilidade 
(carga estática) pouca média grande muito grande 
Coesão nenhuma média grande pouca 
Resistência do solo 
seco nenhuma média grande pouca a média 
Resumo para 
identificação tato e visual 
1. tato 
2. seco, 
esfarela 
3. seco, 
desagrega 
quando 
submerso 
1. tato 
2. plásticos se 
molhados 
3. seco não 
desagrega 
1. cor preta 
2. plásticos se 
molhado; 
fibroso

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