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Aula 4 Teoria Centrada na pessoa (Carl Rogers)

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14/05/2013
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Psicologia da Personalidade II
MAJZampieri
Representante
Carl Rogers
(1902-1987)
“O homem sempre se esforça para ter 
tensões, ao invés de procurar reduzi-
las. ...A esse esforço, no homem, 
chamamos de curiosidade”“ (Rogers, 
O homem e suas idéias)
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“Pode parecer absurdo alguém poder 
nomear o dia em que a Terapia 
Centrada no Cliente nasceu. 
Contudo, eu sinto que é possível 
nomeá-la como sendo o dia 11 de 
dezembro de 1940”“ (Rogers)
Nasceu em Illinois, EUA
Familia protestante rígida, valores tradicionais e intelectuais.
Pais universitários.
Aluno brilhante, poucos amigos, estudioso.
Agronomia, atividades agrícolas, atividades comunitárias (facilitador e 
organizador). 
História.
China, Coréia, Japão (estudantes cristãos) –
1924 – termina faculdade História, casa-se (2 filhos)
Seminário em New York. Conece a psicologia e muda de curso. 
Psicólogo – Institute for Child Guidence), New York
Doutorado em 1928
Dirige (12 anos ) a Society for the Prevention fof Cuelty to Children
Palestra: “Os mais recentes conceitos em psicoterapia” - Universidade de 
Minesotta, 11 de dezembro de 1940.
Gdes contribuições para a psicologia e para a educação.
Em confornto direto com as diéias do comportamentalismo, com a psicologia 
humanista e corrente humanista em educação e espiritualidade humana.
Gde atuação política (resolução de conflitos)
Indicado ao Prêmio Nobel em 1987
No Brasil (anos 70)
publicações
• O tratamento clínico da criança-problema (1939)
• Psicoterapia e consulta psicológica (1942)
• Terapia Centrada no Cliente (1951)
• Tornar-se pessoa (1961)
• Grupos de encontro (1970)
• Poder social (1977)
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Rogers
• (1985 – Austria – tensões políticas da América 
Central)
• 1979 – morte da esposa – interesse pela 
espiritualidade
• 1987 – morre aos 85 anos
Premissas
1959
• As pessoas usam sua experiencias para se 
definir
• Construtos básicos a partir dos quais as 
pessoas podem mudar a opinião sobre si 
mesmas
Orientação humanista
Antes teoria do self
• Hall e Lindzey mudaram de opinião sobre a 
postura de Rogers após ler seus trabalhos 
mais recentes.
• Orientação humanística na ψ contemporânea
• Que rejeita 
– pessimismo e desesperança - visão ψnalista
– Visão robotizada – behaviorismo
• Acredita 
– Δ contém potenciais p saúde e crescim/ criativo
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Potenciais p saúde e crescim/ 
criativo
falhas
• Influencias constritivas e 
deformadoras:
– pais, 
– educação e 
– pressões sociais
superação
• Δ assumir responsabilidades 
pela própria vida
• Emergencia de uma nova 
pessoa:
– Altam/ csc
– Autodirigida,
– + exploradora do espaço 
interno q o externo
– Desdenhando a conformidade 
as instiuições e ao dogma da 
autoridade
É basicam/ fenomenológica
http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/notas.htm
Ambas humanistas
• Psicologia fenomenológica analisa a 
intencionalidade através de descrições 
rigorosas e sucessivos processos de redução e 
variações imaginárias.
• Psicologia Existencial aproxima-se da 
existência concreta integrando sujeito e 
objeto.
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É basicam/ fenomenológica
• Grande importancia a experiencias do Δ
• Seus sentimentos
• Valores
• Vida interior
T.Personalidade
• Surgiu das experiencias no tb c/ Δ na relação
terapeutica
• Principal estímulo ao seu pensam/ psicológico:
• “É a experiencia clínica c/ Δ que acreditam
precisar de ajuda pessoal, 
ou que são levadas a acreditar nessa
necessidade”
A estrutura da P
Base de sua teoria:
• O organismo
• Self
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A estrutura da P
O organismo
• Locus de toda experiencia
• Experiencia: tudo potencialmente ao alcande 
da csc do organismo num dado instante 
(campo fenomenal)
Quadro
de referencia
individual
(Realidade subjetiva)
campo fenomenal
• Era o ambiente percebido, incluindo neste 
ambiente o percebedor, enquanto 
determinante de comportamento. 
• Sendo assim, o campo fenomenal era a 
estrutura básica para a predição e controle do 
comportamento. 
Terapia centrada no cliente
• Relação pessoal e subjetiva com o cliente
• Não como um cientista diante de um objeto
• Não como um médico – diagnóstico e cura 
• Mas de pessoa para pessoa
• Incondicionamente aceito
• Assim, ele se famialiariza com elementos 
antes não vivenciados por terem sido julgados 
perigosos ou prejudiciais p/ a estrutura do self
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Terapia centrada no cliente
• O Δ vive seu medo, sua força…
• Ele é seu medo, sua força…
• A medida em que experimentou suas 
sensações e sentimentos
• Ele é essas sensações
• Sente que seu cpto vai mudando, de modo 
construtivo
• Descobre q não precisa recear o q 
viveu…como parte de seu self em mudança e 
em desenvolvimento (1955)
Terapia e mudanças na P
tornar-se pessoa
• Cliente percebe consideração positiva 
incondicional dirigida a ele
• E um entendimento empático de seu esquema 
interno de referencias
• Cliente mais csc de seus sentimentos e 
experiencias
• Autoconhecimento fica + congruente com as 
exp. totais do organismo
• Cliente se transforma – pleno funcionam/ 
completa congruencia
Características Δ
(pleno funcionam/ completa congruencia)
• Abertura à experiencia
• Ausencia de atitude defenciva
• Csc acurada
• Auto-estima incondicional
• Relações harmoniosas com Δ
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Teoria geral das relações 
interpessoais (1959)
• Se 2 Δ assumem:
1. Um desejo inicial de estar em contato
2. Capacid/ e desejo p/ receber comunic/ 
uma da outra
1. Se assumirem a continuidade do contato por
um tempo
2. Então o relacionam/ subsequente poderá ser 
verdadeiro
Teoria geral das relações 
interpessoais (1959)
• Qto maior a congruencia da experiencia 
• Qto maior a csc e a comunic de 1 Δ
• Maior será a tendência do relacionamento p/:
• Uma comunicação recíproca com uma 
característica de congruência crescente;
• Progressivo ajustamento Ψ e um 
funcionamento de ambas as partes;
• Uma satisfação mútua no relacionamento
obs
• Se apenas 1 sentir congruência – basta p/ 
ocorrer mudanças na outra
• Aplicações:
– vida FAM, 
– Educação e aprendizagem
– Encontros de grupo
– Tensão e Conflitos grupais
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Popularidade
Terapia não-diretiva
• Mais relacionada à ψ que à medicina
• Método fácil de aprender
• Quase não requer conhecim/ de 
– Psicopatologia
– Dinâmica da P
• Tratam/ breve (comparado à ψnálise)
• Benefícios ao paciente
• Rogers inferiu sobre P a partir da exp clínica 
Estrutura da P
constructos
• Rogers valoriza mais a mudança e 
desenvolvim/ q uma estrutura da P
• Organismo e self – bases da teoria de Rogers
Estrutura da P
constructos
Organismo
– locus de toda experiencia
• Inclui tudo ao alcanse da csc num dado momento
• Campo fenomenal – quadro de referencia Δl (realidade 
subjetiva)
• Cpto depende do Campo fenomenal e não dos 
estímulos do meio (realidade externa)
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Estrutura da P
constructos
Organismo
• Campo fenomenal ≠ campo da csc
• Inclui experiencias csc (simbolizadas) e icsc(não simboliz)
• Subcepção – organismo discriminando e reagindo 
a uma experiencia não simbolizada.
Estrutura da P
constructos
Organismo
Teste de realidade:
• Uma experiencia simbolizada incorretamente leva a cpto 
inadequado.
• Tendencia humana a confrontar exp simbolizada 
com o mundo “como ele é” (conhecim/ fidedigno 
do mundo)
Estrutura da P
teste de realidade
Experiencias
simbolizadas Mundo real
Confron
to
Cpto
realista
sim
Cpto não
realista14/05/2013
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Estrutura da P
teste de realidade
• Gde paradoxo da fenomenologia:
• O que capacita Δ a separar fato de ficção em seu 
mundo subjetivo?
Estrutura da P
teste de realidade
• P/ Rogers o que se pensa é meramente uma
hipótese sobre a realidade
• Teste da realid/ decide se é ou não real
• Ex: sal ou pimenta?
Estrutura da P
teste de realidade
Pessoa integral deve ser aberta à experiencia
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Self
(autoconceito)
• Parte do campo fenomenal que vai se 
diferenciando
• Denota a gestalt conceitual organizada e csc, 
composta de: 
– percepções das caracetrísticas do eu
– percepções das relações eu-outros/aspectos da vida
– Valores atribuidos a tais percepções
Self
(autoconceito)
• É uma gestalt ao alcance da csc
• Mas não necessariam/ csc
• É fluida e mutante 
• É um processo e tb uma entidade num dado t
Self
(autoconceito)
• Self real – o que se é (meta terapeutica)
• Self ideal – o que gostaria de ser
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Self e organismo
Self como é percebido
Experiencia real do 
organismo
cong
ruen
cia
Ajustada
madura
Ameaçada
ansiosa
inco
ngru
enci
a
Pleno
funcionamento
Cpto defensivo
Pensam/ 
restrito,rígido
Self e organismo
Realidade subjetiva
(campo fenomenal)
Realidade externa
(mundo tal como é)
cong
ruen
cia
Ajustada
madura
Ameaçada
ansiosa
inco
ngru
enci
a
Pleno
funcionamento
Cpto defensivo
Pensam/ 
restrito,rígido
Self e organismo
self Self ideal
cong
ruen
cia
Ajustada
madura
Insatisfeita, 
desajustada
inco
ngru
enci
a
Pleno
funcionamento
Cpto defensivo
Pensam/ 
restrito,rígido
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A dinâmica da P
• Tendência natural do organismo (motivação) 
– realizar-se, 
– manter-se e
– Desenvolver-se na experiencia
• Elege aspectos do ambiente que possa levar à 
auto-realização 
A dinâmica da P
• A força natural propulsora atua apenas se 
escolhas são claramente percebidas e 
adequadamente simbolizadas
• Se Δ distingue cptos progressivos dos 
regressivos
“O cpto é, basicamente, a tentativa do organismo de satisfazer
suas necessidades como foram experimentadas, tal como
foram percebidas”
Rogers, 1951. In: Hall, Lindzey, 1984
Consideração positiva e auto-estima
(necessidades aprendidas)
• Auto-estima – se desenvolve na infancia (amor 
e cuidados)
• Consideração positiva – se estabelece na cça 
pela percepção da consideração dos outros
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O desenvolvimento da P
• Tendência inerente à auto-realização + 
ambiente
• Rogers não estabelece fases do desenvolvim/
• Mas sim as maneiras como avaliações dos 
outros repercutem na distância:
– Experiencias do organismo
– Experiencias do self 
O desenvolvimento da P
• Consideração ora positiva/ ora negativa –
• Ex: bom menino que atormenta a irmã 
(castigado)
• Revê auto-imagem e valores:
– Sou um menino mau
– Meus pais não me querem
– Não gosto de aborrecer minha irmã
• Distorções, tensão
O desenvolvimento da P
Distorções
tensões
Negação dos 
próprios
sentimentos
conflitos
Valores csc
Introjetados
E
espúrios
Valores genuínos
E 
icsc
Valores
assimilados
porém sentidos
como próprios
Self
dividido
Valores pessoais
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O desenvolvimento da P
angústia
Experiencias
simbolizadas
distorcidas
Self
dividido
Autoconceito
mais e mais
distorcido
Para proteger
integridade do 
autoconceito
Ou não
simbolizadas
O desenvolvimento da P
Ameaça
angústia
Experiencias
simbolizadas
distorcidas
Self
dividido
Autoconceito
mais e mais
distorcido
Ou não
simbolizadas
Contraste
autoconc
distorc
X
experiencia
O desenvolvimento da P
• Ex
• Pessoa (pacífica) negando sentim/ agressivos
• Projeta no outro a agressão
• Pessoa (sem valor) promovida
• “O chefe sentiu pena de mim”
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O desenvolvimento da P
• Ameaça sentida icsc
• “subceptado”antes de ser percebido
• reações viscerais:
– Palpitações
– Ansiedade sem causa (negação ou repressão)
O desenvolvimento da P
brecha self organismo
• Provoca
• Atitudes defensivas
• Distorções
• Afeta tb relacionam/ com outros (hostilidade)
• Melhora com:
• Terapia centrada no cliente (em que o T o 
acolhe, aceita plenam/)
Terapia centrada no cliente 
T acolhe, aceita plenamente
• Situação sem ameaças
• Anima o cliente a explorar 
• Sentim/ icsc (ameaçadores e não simbolizados)
• Traze-los a csc
• Incorporá-los à estrutura pessoal
• Reorganização drástica no auto-conceito p/
• Adequa-lo à realidade da experiencia organistica
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Terapia centrada no cliente 
T acolhe, aceita plenamente
• Essência da terapia
– Integração
– Sujeito mais unificado
– Aceitação e assimilação das próprias essencias.
Terapia centrada no cliente 
Sujeito mais saudável:
– Enfase nas palavras (sistema e processo) 
– O próprio sujeito avalia continuam/ suas experiencias 
p/ averiguar se requer mudanças na estrutura de 
valores
– Pessoa flexível – ajustável as novas condições de vida
– Uma pessoa em pleno funcionamento é um 
organismo
– A pessoa é o organismo na experiencia (self)
– Um organismo, sistema vivo, em desenvolvim/ 
integral é a realidade psicológica básica
Pesquisa característica e métodos 
de pesquisa
• Pioneiro no aconselhamento e psicoterapia
• Gravações consentidas para
• Estudo de forma objetiva e qtitativa:
– Processo (natureza do processo da psicoterapia)
– Resultados
• A partir da formulação de sua teoria Rogers 
ampliou seu programa de pesquisas sobre ψpia
– Incluiu testes de inferencias (feitas a partir de suas teorias)
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Estudos qualitativos 
terapia não diretiva – centrada no cliente
• Demonstração por extratos de gravações
• Auto-retrato e modificações (mudanças de 
auto-referências)
– para permitir exemplos ao leitor
Análise do conteúdo
• Verbalizações gravadas:
• Classificadas e contadas
• Base para trabalhos posteriores
• Análise de mudanças de auto-referências:
– Auto-ref. de aprovação (+)
– “ “ “ desprovação (-)
– “ “ “ ambivalente
– Referências a objetos e 
– “ a pessoas
– Perguntas
Análise do conteúdo
• Análise início / final do tratamento 
– qto ao auto-conceito
– qto a aceitação própria e do outro
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Escalas de avaliaçãomensuração da mudança no 
processo ψ
• Estágio 1 – discrepancia entre como T experiencia 
o cliente e a comunicação em andamento
• Estágio 2- T responde ao questionam/ do cliente 
mas soa falso
• Estágio 3- T não contradiz seus sentim/ sobre o 
cliente mas tb não os comunica
• Estágio 4 – T informa o cliente em resposta ao 
questionamento
• Estágio 5 – T comunica abertam/ seus sentimentos 
sobre o clieente sem refugio no profissionalismo

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