Buscar

15 licoes de carreira para administradores- Simão Mairins

Prévia do material em texto

15 lições 
de 
carreira 
para Ad–
ministra– 
dores
15 lições 
de 
carreira 
para Ad–
ministra– 
dores
Leandro Vieira — CEO
Flávio Augusto — Board member
LIVRO
Edição: Simão Mairins
Revisão: Mayara Chaves
Capa e diagramação: Niandson Leocádio
BRASIL — 2014
ficha técnica
sumário
ApRESEntAçãO
A SORtE dE nãO COnSEguIR 
O quE SE quER
— Leandro Vieira
O quE FAz dE VOCê VEnCEdOR 
Ou pERdEdOR
— Flávio Augusto
O SuCESSO InSpIRA, mAS Só O 
FRACASSO EnSInA
— Ricardo Bellino
O quE nãO tE COntAm SOBRE 
AdmInIStRAçãO
— Fábio zugman
CInCO pASSOS 
pARA umA mEtA
— Tom Coelho
06
07
11
15
19
23
sumárioApREndEndO A COmpEtIR— mônica BastosAdmInIStRAR pROCESSOS Ou pESSOAS: quAL O SEu mAIOR dESAFIO?— Andréia CostaA CuLpA é mInhA
— Thuani Avelino
quEm quER, dá um jEItO
— Leonardo Posich
pROdutIVIdAdE E mOtIVAçãO: 
COmO ESSA RELAçãO é dEtERmInAntE pARA 
O SuCESSO dE um EmpREEndImEntO
— Rita Luz
5 dICAS IndISpEnSáVEIS pARA quEm 
pREtEndE EmpREEndER nO BRASIL
— Luiz Claudio Machado
8 mAndAmEntOS dO pROFISSIOnAL quE 
AmA O quE FAz
— melissa Faust
ExpECtAtIVAS dE um jOVEm EStAgIáRIO
— diego Antas
VOCê já LEu O CódIgO dE étICA 
dO AdmInIStRAdOR?
— Kalinne Callou
EmpLOyER BRAndIng 
nA pRátICA
— Emerson Costa
AutORES
27
31
34
37
41
45
49
53
56
59
63
artigos
&autores
ap
re
se
n-
ta
çã
o
Caro leitor
É com grande satisfação que apresenta-
mos a você este primeiro e-book com o selo 
Administradores.com. A publicação, que 
abre uma série de lançamentos programa-
dos para 2015, inaugura um novo momento 
do portal e vem coroar 10 anos de dedica-
ção incansável à causa da Administração. 
A obra reúne artigos que geraram grande 
repercussão e foram selecionados com 
base em uma ação de votação popular, 
entre os leitores do site, e, posteriormente, 
um processo de curadoria realizado pelos 
nossos editores. Foram escolhidos 10 arti-
gos de membros da rede colaborativa do 
portal, através dos quais homenageamos 
e agradecemos a participação de todos 
que ao longo da última década contribuí-
ram com o espaço, compartilhando conhe-
cimento. O livro conta ainda com outros 
cinco textos, de grandes nomes do mer-
cado brasileiro, que são colunistas do Ad-
ministradores.com e foram convidados 
especialmente para compor a publicação.
Uma ótima leitura!
— Equipe Administradores
1A sorte de não conseguir o que se 
quer
––– quer um conselho? Não se lastime tanto pelos planos 
que não deram 
certo ou pelas 
oportunidades 
que você deixou 
de agarrar
por 
Leandro Vieira
lgumas ideias têm uma força estranha. Em um 
dia qualquer do ano 2000, no meio de uma aula 
do curso de Administração, tive a ideia de criar 
um website que servisse de ponto de encontro 
para todas as pessoas interessadas em Administração e 
suas áreas afins. Desse insight nasceu o Administradores.
com algum tempo depois.
Aquela simples ideia definiu praticamente tudo o que eu 
viria a fazer depois em minha vida. Para estar à frente de 
um portal que pretendia ser a porta de entrada digital para 
o mundo da Administração, eu precisava, primeiramente, 
entender a própria Administração. Embora já fosse um ótimo 
aluno, a partir daquele dia passei a me dedicar muito mais 
ao curso, passei a ler muito mais, a fazer cursos por fora 
e – depois de terminada a faculdade – embarquei em um 
MBA e em um Mestrado, mais na frente.
Durante um bom tempo, acabei me dedicando a várias coi-
sas ao mesmo tempo. Por exemplo: durante a graduação 
em Administração, conciliava ainda outra em Direito. Quan-
do cursava o Mestrado, comecei a dar aulas de diversas 
disciplinas de Administração. E, no meio disso tudo, havia o 
Administradores.com, que demandava boa parte do meu 
tempo e me obrigava a estender as horas do dia madru-
gada adentro (e aqui cabe um agradecimento formal à 
minha esposa por sua inestimável ajuda com as centenas 
de e-mails diários do site. Muito obrigado!).
A
8
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Em 2007, depois de ter concluído toda essa jornada, decidi 
que era hora de me dedicar exclusivamente ao Adminis-
tradores. Estava dando aula em uma faculdade e pedi 
demissão. Totalmente focado, havia decidido que nada 
no mundo me desviaria desse foco.
Os resultados começaram a aparecer rapidamente. Pri-
meiro: saímos do home office para uma sala comercial. 
Contratamos as primeiras pessoas. A audiência começou 
a crescer de forma exponencial e também pintaram vários 
contratos de publicidade. Foco passou a ser não apenas 
um lema, mas um verdadeiro mantra.
Até que apareceu um professor gringo de uma renomada 
universidade americana. O sujeito queria desenvolver uma 
pesquisa sobre empreendedoris-
mo comigo. Era o pontapé inicial 
para um doutorado sob sua orien-
tação. E aí comecei a me prepa-
rar para Gmat, Toefl e toda aquela 
papagaiada que exigem para uma 
pós nos Estados Unidos.
O professor marcou um encontro co-
migo em fevereiro de 2008. Para não 
passar vergonha falando aquele inglês 
macarrônico, eu e minha esposa deci-
dimos fazer um curso intensivo do idio-
ma por lá antes do encontro. Agora é 
que vem a parte boa da história.
Pagamos o curso de inglês, a aco-
modação em uma casa de famí-
lia e, por fim, fomos tirar o visto 
no consulado americano. Você já 
não se 
lastime tanto 
pelos planos 
que não deram 
certo ou pelas 
oportunidades 
que você deixou 
de agarrar.
9
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
deve ter visto esse filme antes: um casal jovem, na casa 
dos vinte e poucos anos, pouco dinheiro no banco, com 
toda pinta de quem quer tentar a vida no país do Tio Sam. 
Resultado: visto negado.
Existem vários ditados que explicam o acontecido, como o 
famoso “Deus escreve o certo por linhas tortas”. Também 
gosto muito de uma frase do Dalai Lama: “Às vezes, não 
conseguir o que você quer é uma tremenda sorte.”
E foi realmente uma grande sorte. Devo muito ao cara 
do consulado que não engoliu a nossa história (embora 
fosse totalmente verdadeira!). Se tivéssemos ido para os 
Estados Unidos naquele ano de 2008, as coisas teriam 
tomado um rumo totalmente diferente por aqui. Prova-
velmente, eu teria seguido para o doutorado por lá, 4 ou 
5 anos longe do Brasil, e o Administradores certamente 
teria morrido na casca.
Muitas vezes fazemos escolhas que nos tiram do cami-
nho correto. E muitas vezes a própria vida – e não nós 
mesmos - se encaminha de nos recolocar nos trilhos do 
nosso verdadeiro destino. Podemos nos frustrar por não 
atingirmos esse ou aquele objetivo, ficamos chateados, 
mas mais na frente a aparente derrota se revela como 
um fator crucial para a nossa vitória.
Quer um conselho? Não se lastime tanto pelos planos que 
não deram certo ou pelas oportunidades que você deixou 
de agarrar. Com o tempo, aprendemos que é necessário 
dizer não para algumas das propostas que nos apare-
cem, por mais interessantes que sejam à primeira vista. 
E, enquanto não aprendemos, as linhas tortas divinas se 
encaminham de nos mostrar a direção certa. ◼
10
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
2O que faz de você vencedor 
ou 
perdedor
––– 
Campeões sabem do seu valor e não se 
desencorajam quando a sociedade os vê com 
desprezo e como parte de uma grande massa 
desqualificada por não terem um sobrenome
por 
Flávio Augusto
nde com os campeões.
Espelhe-se nos campeões.
Pense como os campeões.
Comporte-se como os campeões.
E, de preferência, seja um campeão.
Mas, afinal, o que é ser um campeão?
É cumprir sua missão.
É não mudar de lado por conveniência.É guardar a fé até o fim.
É ter raízes profundas.
É jamais desistir.
É cumprir suas metas e propósitos.
Afaste-se dos perdedores
Aprenda com seus erros.
Não ceda à filosofia coitadista dos perdedores.
Rejeite seus valores.
E, de preferência, não seja um perdedor.
Mas, afinal, o que é ser um perdedor?
É não ter um ideal pelo qual lutar, deixando a vida levar.
É alterar seu comportamento e valores 
por conveniência.
É se sentir vítima em vez de autor de sua história.
É ter uma desculpa na ponta da língua para não cumprir 
seus compromissos.
É sempre desistir pelo calor das primeiras dificuldades.
A
12
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Campeões puxam a responsabilidade para si. Perdedo-
res acreditam que dependem de terceiros e têm uma 
frase preferida: “Não é bem assim. Na teoria, é muito 
fácil falar, mas, na prática...”
Campeões são as melhores companhias da superação. 
Perdedores param porque está doendo.
Campeões sentem-se estimulados pelos abutres que ten-
tam lhes desmotivar. Perdedores sentem-se consolados pe-
los abutres, porque encontram argumentos compreensivos 
para sua fraqueza.
Campeões têm seu foco no troféu e na recompensa. Per-
dedores têm seu foco no processo, nas dificuldades e 
naquilo em que eles não sentem prazer durante sua jorna-
da. A frase muito utilizada pelos perdedores para desistir 
é: “Eu preciso fazer algo que eu amo”. Campeões amam 
a vitória, ainda que, em alguns momentos, a jornada não 
seja tão prazerosa quanto eles gostariam.
Campeões fazem a diferença no mundo. Perdedores 
fazem parte de uma grande massa de descontentes 
que desfruta dos avanços promovidos pelos campeões.
Temos campeões em missões humanitárias, na área 
científica, no teatro, nos esportes, em assistência social 
e em todas os setores da sociedade. Campeões sempre 
são recompensados, mas não necessariamente com di-
nheiro, a depender da missão escolhida por cada um.
Temos perdedores na política, na medicina, no mundo 
dos negócios, na classe operária, nas universidades. Há 
muitos perdedores ricos, em especial os incompetentes 
que desviaram dinheiro público e que, por isso, engros-
sam as filas dos consultórios psiquiátricos para consu-
mir drogas antidepressivas e, assim, aliviar sua dor de 
13
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
consciência quando descobrem que, de fato, o crime 
não compensa.
Nossa conta bancária não é capaz de nos fazer campe-
ões, nem os nossos bens, diplomas ou títulos. Quando 
cumprimos nossa missão e estamos dispostos a dar a 
nossa vida por nosso ideal, frequentemente alcançamos 
os resultados necessários para sermos reconhecidos 
dentro do seleto grupo dos campeões.
Campeões sabem do seu valor e não se desencorajam 
quando a sociedade os vê com desprezo e como parte 
de uma grande massa desqualificada por não terem um 
sobrenome. Por outro lado, os campeões também não se 
iludem, mesmo depois 
de seu sucesso, quando 
essa mesma sociedade 
passa a lhe dar tapinhas 
nas costas e a puxar seu 
saco, tentando lhe con-
vencer, dizendo: “você 
é o cara”. Os campeões 
sabem exatamente quem 
eles são e o que sempre 
foram. Sabem que já eram 
campeões mesmo na bai-
xa, dentro de um trans-
porte coletivo lotado, da 
mesma maneira que são 
campeões durante a alta, dentro de um jato executivo.
O reconhecimento da sociedade não altera a identidade de 
um verdadeiro campeão por uma razão muito simples: os 
campeões sabem que essa sociedade é hipócrita. ◼
Campeões 
têm seu foco 
no troféu e na 
recompensa.
14
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
3O sucesso inspira, mas só o fracasso 
ensina
–––
por 
Ricardo Bellino
no momento em que sur-
ge uma ideia na sua men-
te, você tem que entender 
que precisa ser seu pró-
prio CEO
s forças contrárias na hora de tomar uma de-
cisão arriscada são inúmeras e, geralmente, 
poderosas. Na minha vida, eu aprendi o se-
guinte: o “não” eu já tenho. As forças contrá-
rias sempre foram um incentivo para mim, uma grande 
motivação. E eu tenho uma coisa muito engraçada, que é 
gostar de lidar com o supostamente impossível. Há duas 
frases para mim que, nesse sentido, são muito fortes. Uma 
do Mandela, que diz que “o impossível é tudo aquilo que 
ainda não foi feito”. E a outra é aquela clássica do Walt 
Disney, que eu costumo usar no encerramento de minhas 
palestras: “Eu gosto do impossível porque no impossível 
tenho menos concorrência”.
Correr contra todas as possibilidades sempre me deu e 
me dá até hoje muito incentivo. Isso nunca me inibiu e eu 
sempre fiz com que a força contrária não agisse contra 
mim, mas como a alavanca do judô, que usa o oponente 
ao seu favor. Nenhuma das iniciativas com as quais me 
envolvi foram fáceis. Sempre tive que saltar grandes obs-
táculos para atingir meus objetivos. Uns com sucesso e 
outros com os fracassos.
Eu sempre aprendi muito com os fracassos. Na minha vida, 
eu aprendi mais com o fracasso do que com o sucesso. 
O sucesso inspira a gente. Mas o que ensina mesmo na 
vida é o fracasso.
A
16
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
As pessoas têm tanto medo de arriscar porque, em sua 
maioria, são covardes. Elas têm medo de correr riscos e 
de sair da sua zona de conforto, aquela região em que 
têm uma suposta sensação de proteção. E as pessoas, 
com esse medo de fracassar, entram num processo de 
paralisia completa. Então, na hora em que elas pensam, 
sonham e ambicionam, se não tiverem autoestima e a 
motivação correta, essa vontade louca de correr riscos, 
elas mesmas criam seus próprios limites. E aí vão se con-
vencendo de que não podem fazer aquilo. Na verdade, 
deixem para o mundo nos colocar as dificuldades, não va-
mos fazer isso. Acho 
que a gente tem que 
assumir uma atitude 
positiva na vida.
Ser chamado de louco 
é um elogio para mim e 
para todo empreendedor 
que sabe que ter suas ini-
ciativas vistas, inicialmen-
te, como ideias malucas é 
um sinal de que um bom 
negócio está a caminho. 
Muitas pessoas me per-
guntam se dá para ter 
certeza de que uma ideia 
que parece maluca para o 
resto do mundo é um bom 
negócio. Ninguém pode 
ter essa certeza, ninguém 
pode assegurar que essa ideia vai ser um bom negócio. 
Mas você pode, sim, visualizar e acreditar nessa ideia e 
As pessoas 
têm tanto medo 
de arriscar 
porque, em sua 
maioria, são 
covardes
17
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
assim encontrar as motivações para seguir e superar todas 
as dificuldades que vai encontrar.
Mas ninguém pode garantir nada. Pelo contrário. Na verda-
de, todas as ideias arrojadas nascem com um percentual 
de fracasso enorme, a medir pelas inúmeras pequenas em-
presas que são criadas. A taxa de mortalidade é enorme. O 
fato é que você vai para a guerra. E aí vai ter gente que vai 
voltar num saco de plástico e gente que vai voltar viva. Pode 
ser que um volte sem uma perna, outro sem um braço. Mas 
volta vivo. Na guerra do mundo dos negócios, infelizmente, 
as possibilidades de morte são enormes. Então, você tem 
que ter uma dose de otimismo, de força de vontade, para 
poder dar a volta por cima, sobreviver e também prospe-
rar, fugindo das estatísticas ou, pelo menos, entrando na 
estatística da minoria, não da maioria.
Os fatores chave que fazem a diferença entre o sucesso 
ou o fracasso de um negócio são as pessoas. Não são 
os instrumentos, os planos de negócios ou o capital. Às 
vezes, inclusive, capital em excesso é um problema tanto 
quanto a falta dele. Mas o que faz a diferença é a pessoa. 
A capacidadede a pessoa visualizar, se comprometer 
com seu projeto, aceitar que ela vai fracassar e aprender 
com esse processo ao longo do caminho. E saber que ao 
longo desse aprendizado ela vai construir sua capacida-
de empreendedora, sua musculatura emocional, porque 
você vai ter que lidar com muitos fatores que vão depri-
mi-lo, abalá-lo de alguma maneira. Então você vai ter que 
encontrar o foco para se colocar para a frente.
No momento em que surge uma ideia na sua mente, você tem 
que entender que precisa ser seu próprio CEO. E isso significa 
combinar criatividade, entusiasmo e otimismo. Esses valores 
são fundamentais. Você tem que acreditar no impossível! ◼
18
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
4O que não te contam sobre 
adminis-
tração
––– 
por 
Fábio zugman
muito do que passa por “ciência” em ad-
ministração não passa de instruções feitas 
por quem nunca usou de verdade os 
seus produtos
Administração é igual a sexo. Você pode ler todos 
os livros e revistas sobre o assunto, mas se nunca 
fizer, vai morrer sem saber o que é.” Um famoso 
coach de executivos certa vez me confidenciou 
em um tom meio baixo durante uma conferência.
Essa é provavelmente uma das maiores verdades que li 
ou ouvi sobre o assunto. Não estou dizendo que livros e 
revistas não importam (levando em conta que escrevi 6 
livros e possuo uma biblioteca com uns 700, no mínimo 
seria uma declaração meio estranha). 
Nenhum livro, palestra ou teoria vai lhe mostrar a sensação de 
lidar com o primeiro cliente, com a primeira vez que você acha 
que as contas não vão fechar, com uma decisão de contra-
tação ou demissão. Você pode ter lido 500 livros sobre como 
contratar pessoas, mas fazer isso pela primeira vez é algo com-
pletamente diferente. É como o adolescente que passou a vida 
colecionando aquele tipo de revista e navegando escondido 
na Internet ou as meninas que comentam umas com as outras 
e sonham com aquele momento. Não importa o quanto você 
falou ou leu sobre o assunto: na hora em que a situação está 
“
20
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
ali, na sua frente, o modo como você vê as coisas muda para 
sempre. Completar, participar ou terminar um negócio nos dá 
uma sensação que nenhum livro (mesmo quando se é o autor) 
jamais vai nos dar.
Esse é meu maior problema com boa parte dos integran-
tes do mundo acadêmico. Basta citar as fontes certas, 
de preferência um monte delas, e pode-se dizer e ensi-
nar qualquer coisa. Muito do que passa por “ciência” em 
administração não 
passa de instruções 
feitas por quem nun-
ca usou de verdade 
os seus produtos. É 
como se um exército 
de virgens montas-
se um curso e com 
base em intensivos 
estudos em revistas 
e textos, dissesse: “É 
assim que se satisfaz 
uma mulher”.
Teimosamente, nunca me 
afastei do mundo real, ao 
contrário de não sei quan-
tas recomendações de 
acadêmicos mais respei-
tados. As boas experiên-
cias me trouxeram apren-
dizado, resultados e algo 
Sempre que pos-
sível, mergulhe 
no mundo real, 
aprenda, vol-
te para a sala de 
estudos. não te-
nha medo de er-
rar, mas procure 
aprender com os 
seus erros.
21
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
em que me apoiar. As más renderam boas histórias para 
contar. A prática enriquece o mundo intelectual, e os es-
tudos enriquecem a prática.
De todas as áreas, penso que a Medicina é um exemplo a 
ser seguido. Impossível se formar médico sem passar pelo 
período obrigatório vivendo a realidade de um hospital. Por 
mais que se faça críticas à formação de médicos, é um 
mundo de distância da maioria dos cursos de Administra-
ção, em que os alunos passam o curso todo conhecendo 
a realidade através de textos e casos.
Há algumas faculdades tomando a dianteira, tentando 
aproximar mais os alunos da prática nas empresas e outras 
organizações. Ainda assim, esse movimento ainda está 
começando e se restringe a algumas ilhas de excelência. 
Com base em minha experiência no mundo acadêmico, 
infelizmente não acredito que os virgens abandonarão as 
salas de aula tão cedo.
Que fazer, então? Estude, leia e se atualize o quanto pu-
der. Mas nunca confunda teoria com realidade. Nunca 
se apaixone por uma ideia ou pelo seu próprio intelecto. 
Sempre que possível, mergulhe no mundo real, aprenda, 
volte para a sala de estudos. Não tenha medo de errar, 
mas procure aprender com os seus erros. Não confunda 
“segurança” com não se arriscar. Na vida real é preciso 
assumir riscos. 
Afinal, você pode ser um amante melhor com o Kama Sutra, 
mas se você se prender somente aos livros, nunca saberá 
o que está perdendo. ◼
22
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
5Cinco passos para uma meta
––– 
por 
Tom Coelho
uma meta, qualquer que 
seja ela, só pode ser as-
sim conceituada quando 
traçada segundo cinco 
variáveis: especificidade, 
mensurabilidade, exequi-
bilidade, relevância 
e temporalidade
ocê decide ir ao cinema. Sai de casa e, quan-
do percebe, imerso em seus pensamentos, 
está fazendo o caminho convencional para ir 
ao trabalho – que, por sinal, é diametralmente 
o oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o 
passo e chega ao shopping. Vasculha os três pisos de es-
tacionamento para obter uma vaga. Logo mais, encontra 
uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do 
caixa descobre que a sessão está esgotada. A próxima, 
somente em duas horas e quinze minutos.
Impossível? Improvável? Com você não? Pense bem antes 
de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo com-
pleto descrito acima, uma boa parte dele já lhe visitou em 
um final de semana desses. O mal é o mesmo que afeta 
profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausên-
cia de metas definidas.
Vamos partir de um pressuposto. Você sabe o que quer, 
para onde deseja ir. Se estiver em uma companhia que não 
lhe agrada, buscará outra. Se estiver disponível, sabe qual 
perfil de vaga lhe interessa”. Se não estiver satisfeito em 
sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.
V
24
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Uma meta, qualquer que seja ela, só pode ser assim con-
ceituada quando traçada segundo cinco variáveis. A pri-
meira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito 
bem definido. Assim, é inútil declamar aos quatro cantos 
do mundo: “Quero trabalhar na multinacional ABC Ltda.”. 
Desculpe-me pela franqueza, mas acho que você não será 
contratado a menos que pense: “Vou trabalhar como ge-
rente comercial, na divisão alfa, da companhia ABC Ltda., 
atuando na coordenação e desenvolvimento de equipes 
de vendas para a região sul”. Em outras palavras, quanto 
mais específica for a definição de seu propósito, mais di-
recionado estará seu caminho.
A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve 
ser quantificável, tornando-se objetiva, palpável. Em nos-
so exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, 
a faixa de remuneração desejada. Outra situação bem 
ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. 
“Pretendo comprar um carro”: isso é um desejo. “Vou com-
prar um veículo da marca XYZ, modelo beta, com motor 
2.0, dotado dos seguintes opcionais (relacioná-los) e com 
valor estimado de R$ 30.000,00”: essa é uma quase-meta.
A próxima variável é a exequibilidade. Uma meta tem que 
ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo ini-
cial, o objetivo de integrar o quadro da companhia ABC 
como gerente comercial não será alcançável se você tiver 
uma formação acadêmica deficiente, experiência profis-
sionalincompatível com o perfil do cargo e dificuldades 
de relacionamento interpessoal.
Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, 
significativa, desafiadora. Você decide como meta anual 
25
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima 
da inflação. Entretanto, seu mercado está aquecido e este 
foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. 
Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um 
percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em 
busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom 
onde o ótimo é esperado.
Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Mui-
tas metas são bem específicas, mensuráveis, possíveis 
e importantes, po-
rém não definidas 
em um horizonte 
de tempo. Aquela 
oportunidade de 
negócio tem que 
ser concretizada 
até uma data limi-
te. Determinada 
reunião deve ocor-
rer entre oito e nove 
horas. Certo filme 
no cinema sairá de 
cartaz na sexta-fei-
ra próxima.
Por isso, evite procras-
tinar, nome feio dado à 
mania de adiar compro-
missos. Este pode ser 
um golpe fatal em qual-
quer meta proposta. ◼
quanto mais 
específica for 
a definição de 
seu propósito, 
mais 
direcionado 
estará seu 
caminho.
26
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
6Apren-dendo a competir––– 
por 
mônica Bastos
A competitivida-
de existe, e só 
ocorre de manei-
ra leal quando 
tiramos o foco 
da concorrência 
e colocamos no 
nosso alvo
uitos seres humanos passam grande parte 
da vida trabalhando em prol do sucesso, 
acordam e, diariamente, participam de uma 
corrida altamente competitiva para alcan-
çá-lo. Nessa jornada, o crescimento profissional está 
entre as áreas mais disputadas, mesmo diante de um 
mercado de trabalho amplo, diversificado e que oferece 
inúmeras opções.
Antes de ingressarmos nesta corrida, no entanto, há gran-
de necessidade de uma preparação prévia. E, quando 
falamos de preparação, não estamos nos referindo àque-
les anos em que passamos na faculdade, ou até mesmo 
àquelas habilidades profissionais adquiridas em oportu-
nidades anteriores, mas de algo bem mais valioso, pois o 
importante não é correr, mas correr bem.
Muitos competidores, assim como nós, também têm suas 
qualidades e habilidades, estão aptos para trabalhar, po-
rém não estão preparados para a competição. É impor-
tante aprender a competir de maneira leal e saudável, 
mesmo sabendo que nessa corrida encontraremos com-
petidores desleais. Nossa preocupação não deve ser a 
de simplesmente cruzar a linha de chegada, mas a de 
manter o título, e isso só conseguiremos através de uma 
competição limpa e justa.
Como competir de forma leal?
1. Corra diariamente
Prepare-se. Qualquer pessoa que deseja entrar em uma 
corrida profissional deve se preparar com antecedência, 
pois muitas vezes a corrida pode até não ser muito longa, 
m
28
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
mas pode haver um nível de dificuldade altíssimo, porque 
além dos trechos sinuosos, provavelmente teremos que 
aprender a lidar com as subidas e descidas da trajetória. 
Nem sempre estamos preparados para situações como 
essas. Geralmente, nos preparamos simplesmente para 
subir, e, por conta disso, cansamos e perdemos rendimen-
to. Todo bom competidor sabe que a descida faz parte 
do processo e faz-se necessária. É o momento que temos 
para descansar e pegar um fôlego para a próxima subida, 
que com certeza será mais alta e bem mais exaustiva.
Alguém que inicia uma carreira tem que saber exatamente 
quais corridas deseja disputar. Não dá para competir de 
igual para igual com alguém que há anos percorre o mesmo 
trecho e que possivelmente treina arduamente. Quando 
permitimos situações como essas, não podemos respon-
sabilizar o concorrente, não é o concorrente que está sen-
do desleal, nós é que estamos sendo desleais conosco.
2. Treine com auxílio de um profissional
Por mais conhecimentos técnicos que tenhamos, em uma
corrida profissional eles não são suficientes. Precisamos 
da orientação de pessoas experientes que estão acostu-
madas com o trecho que desejamos percorrer. Infelizmen-
te, fazemos todos os planos, mas não estamos preparados 
para as adversidades a que muitas vezes somos submeti-
dos. A ajuda e orientação de alguém experiente pode nos 
levar à linha de chegada.
Todos nós precisamos de mestres, de treinadores. Possivel-
mente, sempre haverá alguém que sabe mais do que nós. 
Precisamos respeitar e fazer bom uso disso. Saber a hora 
de avançar, de parar e saber onde e como correr pode fazer 
a diferença. É importante estarmos abertos a orientações.
29
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
3. Adeque-se ao caminho
Como todo caminho é incerto, nós devemos agir com pre-
caução, e a melhor maneira para fazer isso é percorrê-lo 
com segurança. Quando entramos em uma competição, 
entramos para ganhar, e isso implica disposição, tempo, 
investimento e responsabilidade. Todo maratonista, antes 
de qualquer corrida, investe em acessórios apropriados à 
sua corrida. Tênis, meias, óculos escuros e boné são aces-
sórios aparentemente dispensáveis. No entanto, em uma 
maratona, são essenciais e indispensáveis a qualquer cor-
redor, pois o uso deles determina a segurança do percurso.
Na corrida rumo ao sucesso profissional, não é diferente. 
O imprevisível tem que ser previsto. Para que essa corrida 
seja realizada de maneira prática e segura, precisamos 
entrar na competição, preparados para situações difíceis 
e desconfortáveis, afinal de contas, ninguém quer voltar 
simplesmente porque choveu, o sol está quente, o mar 
está agitado, os tubarões estão famintos. Ninguém quer 
recuar por que o trajeto está coberto por areia quente ou 
até mesmo por um lamaçal. Como em toda corrida, esta-
mos sujeitos a todo tipo de adversidade. A melhor forma 
de vencer todas elas é competir de maneira cautelosa e 
preventiva. Para chuva e sol quente, um guarda-chuva. 
Para o mar agitado e tubarões famintos, um barco bastante 
resistente. Para a areia quente e lamaçal, botas.
A competitividade existe, e ela só ocorre de maneira leal 
quando tiramos o foco da concorrência e colocamos no 
nosso alvo. Quando deixamos de investir em estratégias 
para parar a concorrência e passamos a investir em estra-
tégias para cruzar a linha de chegada. Quando deixamos 
de gastar energia com a competição e passamos a investir 
energia na nossa preparação. ◼
S
em
pr
e 
ha
ve
rá
 
alg
ué
m
 q
ue
 sa
be
 
m
ais
 d
o 
qu
e n
ós
.
30
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
7Administrar processos ou pessoas: qual o seu 
maior 
desafio?
––– 
por 
Andréia Costa
quando pensamos em abrir 
o próprio negócio, é natural 
nos preocuparmos com os 
investimentos que vamos fazer 
e vários outros fatores
dministrar processos consiste em focar na 
qualidade do produto ou serviço oferecido, 
conhecer o mercado em que atua, acompa-
nhar a movimentação do fluxo de tudo o que 
é ofertado, acompanhar os resultados, buscar novas opor-
tunidades para ganhar mais espaço no mercado, investir 
em tecnologia para que se possa obter um controle maior 
de toda movimentação.
 Logo imaginamos que administrar pessoas será mais sim-
ples, pois é “só pagar um bom salário e já resolve tudo”. 
Mas não é bem assim. Engana-se o gestor que vive na ilu-
são de que dinheiro compra tudo. Muito cuidado com isso.
Além do aspecto financeiro, existem outros fatores que vi-
sam contribuir com o desenvolvimento do profissional.Todo 
ser humano sente a necessidade constante de motivação. E 
um dos seus maiores anseios é o crescimento profissional, 
a necessidade de mostrar seu trabalho e ser reconhecido.
Muitas organizações estão perdendo seus melhores pro-
fissionais por falta de gestão de pessoas, pela falta de mo-
tivação de sua equipe, tanto no aspecto financeiro, quanto 
no aspecto do reconhecimento do trabalho.
Reconhecer consiste em destacar a importância do profis-
sional, escutar suas ideias e colocá-las em prática. Sabe 
a ferramenta feedback? Use-a corretamente.
A
32
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Tire um momento de descontração. Sabe o cafezinho da tar-
de? Procurem tomar junto com o colaborador. Nessa hora, 
conversem sobre outros assuntos, conheça o perfil dele. 
Sabe a palavrinha parabéns? Como ela faz uma diferença 
na vida de muita gente, os gestores precisam despertar 
para esses aspectos e valorizar melhor suas equipes.
Líderes, capacitem-se! Procurem soluções inovadoras 
para sua equipe. Criar programas de incentivo aos fun-
cionários é fundamental.
O setor de Recursos Humanos 
deve acompanhar diariamente 
a necessidade do funcionário 
na empresa e deixar transpa-
recer para ele a preocupação 
com o bem estar de cada um. A 
rotatividade é um perigo, além 
de ficar mal para sua imagem, 
os custos sairão bem maiores 
que um investimento em um 
profissional que já está há bas-
tante tempo na organização, de 
sua inteira confiança, que já co-
nhece toda rotina e que traz os 
melhores resultados.
Valorize seu funcionário, destaque 
na frente dos demais a importância 
dele na empresa, agradeça. Esses 
princípios não terão custos e trarão 
um bom resultado. ◼
Reconhecer 
consiste em 
destacar a 
importância do 
profissional, 
escutar suas 
ideias e colocá-
las em prática. 
Sabe a ferramenta 
feedback? use-a 
corretamente.
33
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
quantas vezes as pessoas 
terceirizam a responsabilidade 
para agentes externos em vez 
de atribuírem a si próprios as 
consequências de seus atos?
8A culpa é minha––– 
por 
Thuani Avelino
ocê é capaz de ser feliz e de se responsabi-
lizar pelos resultados dos seus atos quando 
entende que não precisa necessariamente de-
pender de alguém ou de alguma coisa e que 
a mudança deve ocorrer de dentro para fora. Quantas 
vezes as pessoas terceirizam a responsabilidade para 
agentes externos em vez de atribuírem a si próprios as 
consequências de seus atos?
Chegar atrasado ao trabalho por culpa do trânsito, tirar 
nota ruim nas provas por culpa do professor, não ter um 
bom salário por culpa do seu chefe e, no mais extremo 
dos casos, ser um completo fracasso porque “Deus quis 
assim”. É claro que aspectos externos interferem na nossa 
vida, como no caso do trânsito, por exemplo. Porém, esses 
existem justamente para que possamos provar nossa ca-
pacidade de alcançar os objetivos mesmo com obstáculos.
É muito fácil colocar a culpa no professor quando a nota 
é ruim ou transferir a culpa de um salário baixo para o su-
perior. Mas é difícil admitir que não estudou o suficiente 
para ter como resultado uma nota razoável e sabemos 
muito bem que o mercado está cheio de oportunidades 
com boas remunerações para quem é de fato um bom 
profissional. Então, a quem você quer enganar quando 
alega que seu salário é ruim por causa do seu chefe?
V
35
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
De repente, você percebe que quando começa a atribuir 
a si os resultados consequentes dos seus atos, sejam eles 
bons ou ruins, automaticamente você passa a errar me-
nos, porque não quer chegar atrasado ao trabalho e dizer 
que ficou quinze minutos a mais na cama sabendo que o 
trânsito naquele horário é complicado. Não quer chegar no 
dia do resultado do teste e dizer que assistiu televisão em 
vez de ter estudado. 
Não quer admitir que 
fica jogando conversa 
fora nos corredores 
do escritório quando 
deveria estar prepa-
rando seus relatórios. 
E, quem diria, quer 
parar de alegar que 
“se Deus quiser” você 
vai conseguir isso ou 
aquilo.
Deixa Deus fora disso, por-
que Ele quer. Caso contrá-
rio, você não estaria aqui 
lendo este texto agora. ◼
deixa deus 
fora disso, 
porque Ele 
quer. Caso 
contrário, 
você não 
estaria 
aqui lendo 
este texto 
agora.
36
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
9quem quer, dá um jeito––– 
por 
Leonardo Posich
“quem não quer, 
arranja uma desculpa” 
(Roberto Shinyashiki)
verdadeiro vencedor é aquele que sabe ex-
trair de suas dores motivos suficientes para 
não desistir da luta. Já o verdadeiro perdedor 
é aquele que desiste da luta antes mesmo de 
tentar. O perdedor vive a recuar, já o vencedor só volta para 
trás se for para buscar impulso para ir adiante.
Será que você já engavetou seus sonhos ou quem sabe 
nem sequer colocou em prática aqueles velhos projetos 
de vida por medo de não conseguir realizá-los? Ou quem 
sabe já desistiu de conquistar a pessoa amada por medo 
de sofrer ou simplesmente levar um fora?
Estamos acostumados a arrumar inúmeras desculpas para 
aquilo que não queremos de verdade. Quando buscamos 
dar forma e tornar real aquilo que vivia em nosso imaginário, 
arrumamos motivos mais que suficientes para irmos à luta, 
sem medo de perder ou mesmo de sofrer.
Quando realmente queremos algo, somos capazes de mo-
ver o mundo. É comum nos depararmos com inúmeros 
indivíduos reclamando da falta de emprego ou da falta de 
oportunidades, porém os mesmos não são capazes de 
levantar do sofá, munir-se de currículos e ir à luta.
E, quer saber, hoje é muito mais fácil buscar um emprego. 
Existem diversos sites que vivem a ofertar vagas de em-
prego. Em vez de arrumar desculpas pela falta de oportu-
nidades, busque ter atitudes. Saia da vala comum e rompa 
a barreira do comodismo.
Há algum tempo, quando ainda levava uma jornada árdua 
de trabalho, achava comum ficar dentro daquela bolha 
chamada conforto. Já estava habituado à rotina de trabalho 
O
38
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
e com a convivência de profissionais que lá conheci. Em 
meio àquele turbilhão de coisas para fazer, sentia que me 
faltava algo. Vivia reclamando, e meus amigos diziam que 
eu deveria largar o emprego e procurar algo que realmente 
me fizesse feliz profissionalmente.
Era normal arrumar desculpas, afinal o meu “eu” amante do 
comodismo estava super feliz com aquele situação. Depois 
de muito sofrer com o paradigma entre largar o velho em-
prego e empreender um grande sonho que há muito tempo 
estava empoeirado no fundo de uma gaveta, resolvi fazer 
algo por mim e pela minha própria felicidade.
Lembre-se de que o passo para trás pode significar dois 
para a frente. Hoje sou realizado com o 
que faço. Além de ter maior autonomia 
de tempo, gero mais resultados, já que 
as desculpas não me prendem mais. 
Quem quer, dá um jeito. Quem não quer, 
arruma uma, senão várias, desculpas!
Vejo inúmeros colaboradores insatisfeitos 
com seu atual emprego, vivem a reclamar 
e nada fazem para mudar sua situação. O 
perdedor vive ancorado em suas lamenta-
ções e faz da zona de conforto sua casa. 
O perdedor acha mais fácil colocar a culpa 
nas circunstâncias ou na vida alheia, em vez de assumir 
seus próprios erros e fracassos. O vencedor, por sua vez, 
toma para si suas responsabilidades. É inconformado 
e vive a colocar em prática seus projetos. Faz de seus 
sonhos sua realidade.
nossa maior 
luta é contra 
nós mesmos.
39
15
 li
çõ
es
 d
eca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Nossa maior luta é contra nós mesmos. O maior vencedor 
é aquele que consegue se sobrepor às suas mazelas, que 
não vive acorrentado a suas próprias desculpas. Se fosse 
para contar nos dedos quantas pessoas sofrem ou vivem 
debaixo da síndrome do coitadismo, me faltariam mãos 
para fechar a contagem.
Transformar suas palavras e promessas em ações é o 
que vai diferenciar você dos perdedores. Prefiro mil vezes 
perder uma batalha lutando do que enterrar meus sonhos 
antes mesmo de tentar realizá-los!
E aí, quem você é? O conformado que vive arrumando 
desculpas ou o vencedor que visa criar suas próprias 
oportunidades?
Não adianta estar completo por fora quando se está que-
brado por dentro. Os pensamentos, se mal administra-
dos, funcionarão como correntes ou limitadores de so-
nhos. Se você colocar na sua cabeça que não consegue 
conquistar um emprego melhor ou, quem sabe, empreen-
der algum negócio por falta de tempo, tenho certeza de 
que você nunca irá dar um jeito de arrumar tempo para 
concretizar seu objetivo.
Com certeza você já deve ter ouvido falar de Nick Vujicic, 
palestrante motivacional e diretor da Life Without Limbs. 
Se você não conhece, sugiro procurar pelo seu nome nos 
buscadores da internet, tenho certeza que você se emo-
cionará com sua história.
Nick nasceu sem braços e sem pernas. Ele poderia ser 
alguém conformado com sua realidade, poderia ser mais 
um na multidão e que sofreria aos olhos de muitos “com 
a síndrome do coitadismo”, não fosse sua vontade de 
viver e fazer a diferença. ◼
40
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
10
por 
Rita Luz
produtivi-
dade e moti-
vação: a im-
portância 
dessa 
relação
––– 
para administrar pessoas 
é necessário considerar a 
complexa natureza do homem
Escola Comportamental da Administração afir-
mava que o comportamento das pessoas na 
organização não era racional, apenas obedecia 
a um impulso social e era determinado pela in-
fluência de um grupo formado por diversas pessoas.
Estudos realizados até a década 1960 concluíram que a 
motivação e a produtividade dos empregados surgiam a 
partir de tratamentos positivos. No entanto, a automação 
e as inovações tecnológicas mudaram o perfil de trabalho 
das pessoas dentro das empresas. Antes, elas eram im-
portantes nas tarefas rotineiras e, agora, o conhecimento 
as estimula para as atividades racionais.
Contudo, o ambiente atual, baseado na chamada globa-
lização ou sociedade do conhecimento, é caracterizado 
principalmente pela alta competitividade econômica e di-
ferencia-se de épocas passadas também pela maneira 
como as pessoas utilizam as informações e aplicam suas 
experiências, valores, crenças e percepções na produção 
de bens e serviços.
O estudo da motivação tenta explicar as forças ou motivos 
que influenciam o desempenho das pessoas em situações 
de trabalho. O entendimento desse processo é de suma 
importância para a administração das organizações, uma 
vez que o desempenho da empresa depende do desem-
penho das pessoas e o desempenho das pessoas está 
diretamente relacionado à sua motivação.
A
42
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
motivação: de onde vem, para onde vai
A palavra motivação deriva das expressões latinas motivus 
e movere, que significam mover. Em seu sentido original, 
a palavra indica o processo pelo qual o comportamento 
humano é incentivado, estimulado ou energizado por al-
gum tipo de motivo ou razão. Motivo, motor e emoção são 
outras palavras que têm a mesma raiz. O comportamento 
humano sempre é motivado, sempre há um motor funcio-
nando, que o movimenta.
Motivação para o trabalho é um estado psicológico de 
disposição favorável ou positiva, interesse ou vontade de 
perseguir ou realizar alguma tarefa ou meta. Essa motiva-
ção é resultante de uma combinação complexa de motivos 
internos, relacionados às necessidades humanas, e de 
motivos externos relacionados à situação ou ambiente.
Para administrar pessoas, é necessário considerar a com-
plexa natureza do homem, que é influenciado por fatores 
internos e externos, que se combinam para determinar seu 
desempenho. Entre eles está a motivação, que se completa 
com a satisfação ou frustração, ou ainda com a compen-
sação de necessidades humanas. Para Buchsbaum mo-
tivação “é o estado de espírito que estimula as pessoas a 
irem para a frente em direção ao que elas querem, com 
vontade e brilho nos olhos”.
As empresas são constituídas por diversos subsistemas, 
como: produção, apoio (disposições e relações institu-
cionais), manutenção (vincula as pessoas a seus papéis 
funcionais), adaptativos (dizem respeito às mudanças or-
ganizacionais), gerenciais (direção e controle) e sociais, 
entre outros. O subsistema social compreende todos os 
aspectos das pessoas que compõem a organização. É 
considerado um dos mais importantes e complexos, pois 
As
 p
es
so
as
 sã
o 
m
ov
id
as
 p
or
 id
ea
is.
43
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
diz respeito ao elemento humano e todas as variáveis 
que o cercam, inerentes ao ambiente organizacional, 
como: as necessidades dos indivíduos, suas criativida-
des, seus objetivos individuais, sua motivação, capaci-
dade de liderança e outras características relacionadas 
ao seu desenvolvimento de habilidades.
A gestão do subsistema social é um dos fatores críticos 
de sucesso empresarial, uma vez que deve administrar 
vários grupos de pessoas com diferentes crenças e va-
lores, objetivos pessoais e profissionais, situações so-
cioeconômicas e familiares, faixas etárias, entre outras 
peculiaridades consideradas elementos chave do com-
portamento organizacional. O fator essencial para que as 
empresas alcancem seus objetivos está no quanto con-
seguem harmonizar o funcionamento desse subsistema, 
de forma que ele atue como um elo sistêmico, uma vez 
que este influencia na movimentação de todos os demais, 
que isoladamente não funcionariam.
A motivação tem uma importância inquestionável no pro-
cesso administrativo, visto que ele só se realiza com efi-
ciência e eficácia se as pessoas estiverem motivadas e 
forem alocadas adequadamente para que executem suas 
funções. Não há salário que estimule uma pessoa a realizar 
uma entrega para a qual ela não se sente incentivada. Por 
outro lado, uma pessoa motivada realizará entregas que 
superarão qualquer expectativa da empresa.
Michelangelo não passou dezesseis anos pintando a 
Capela Sistina por dinheiro. Napoleão não invadiu a Eu-
ropa por salário ou recompensa. Irmã Dulce não realizou 
as incontáveis ações humanitárias por reconhecimento 
ou poder. As pessoas são movidas por ideais. São mo-
vidas. São motivadas! ◼
44
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
11
por 
Luiz Claudio Machado
5 dicas 
indispen-
sáveis para 
quem pre-
tende em-
preender 
no Brasil
––– 
A nação precisa do 
empreendedorismo 
para se fortalecer
s taxas de crescimento do empreendedo-
rismo no Brasil podem ser uma boa notícia 
para a economia porque podem significar 
a redução da taxa de desemprego. Mas, a 
análise do fenômeno de crescimento deve ser feita com 
uma certa cautela, visto que podem existir vantagens e 
desvantagens nesse processo.
Percebe-se que o crescimento da atividade empreendedo-
ra pode também se relacionar com um baixo crescimento 
econômico, caso a maioria das características das ações 
seja de empreendimentos por necessidade. O empreen-
dimento por necessidade é fruto de uma alternativa para 
o sustento. Por isso, nem sempre suaatividade poderá 
atingir uma grande escala de crescimento econômico.
Em outro sentido, temos também o empreendedorismo 
inovador que pode trazer consigo a formatação de um 
novo negócio que por muitas vezes pode gerar grandes 
oportunidades de desenvolvimento local. Sendo assim, 
não é só o crescimento dos empreendimentos que deve 
ser levado em consideração, avaliando aspectos quanti-
tativos, mas também a avaliação e análise de aspectos 
qualitativos, ou seja, como estes empreendimentos são 
construídos, qual sua viabilidade, características, objeti-
vos, contribuições etc.
A
46
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Contudo, deve-se ressaltar que assim como os empreen-
dimentos inovadores, os empreendimentos que surgem 
por necessidade precisam de orientação para que pos-
sam ter sucesso frente ao mercado.
Alguns pontos podem ser levantados para que os em-
preendimentos e os empreendedores aumentem suas 
chances de sucesso:
Orientação
Em primeiro lugar, um aspecto muito importante é a orien-
tação que pode ser dada por órgãos, entidades, organi-
zações e parceiros (públicos ou privados) que fomentam, 
apoiam e estudam o empreendedorismo no país, como o 
Sebrae, Endeavor, universidades, 
entre outras instituições.
Capacitação
Um segundo ponto importante é a 
informação, que vai contribuir para a 
melhor definição do negócio, do pú-
blico-alvo a ser atingido, entre outros 
aspectos. Tudo isso só poderá ser 
decidido se houver conhecimento, 
que poderá ser adquirido por meio de 
capacitações, treinamentos, cursos, 
pesquisas, muitas vezes disponibili-
zados gratuitamente, focando sempre 
nas informações relativas ao que se 
quer fazer no seu negócio.
Em primeiro lugar, 
um aspecto muito 
importante é a 
orientação que 
pode ser dada por 
órgãos, entidades 
e organizações ou 
parceiros públicos 
ou privados que 
fomentam, apoiam 
e estudam o 
empreendedorismo 
no país.
47
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
mercado
A terceira dica é que o empreendedor realmente este-
ja atento às oportunidades de mercado, criando mode-
los de negócio ou negócios inovadores, observando a 
tendência de produtos ou serviços e o comportamento 
dos consumidores.
planejamento
A quarta dica é que se construa o Plano de Negócios, o 
qual deve envolver toda uma análise organizacional pau-
tada em avaliações econômico-financeiras, mercadológi-
cas, legais e estratégicas de produtos e serviços.
qualidade
Por fim, a quinta e última dica é que se mantenha um 
padrão de qualidade, satisfazendo os desejos e necessi-
dades dos clientes, buscando sempre o aprimoramento, 
avaliando as ações que já foram realizadas anteriormente 
para a construção de novas parcerias. Além disso, tam-
bém é preciso que haja uma atualização de dados e in-
formações, obtenção de conhecimentos complementares, 
revisão de planos e projeções para o futuro.
Enfim, a nação precisa do empreendedorismo para se 
fortalecer e é a qualidade no crescimento desse empreen-
dedorismo que nos tornará um país mais competitivo. ◼
48
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
12
por 
melissa Faust
8 manda-
mentos do 
profissio-
nal que 
ama o 
que faz
––– para ser feliz 
no trabalho são 
necessárias várias 
atitudes, que 
fazem com que o 
profissional tenha 
bons resultados
rabalhar no que ama e aprender a amar o que 
faz parecem ser situações opostas. Ou traba-
lhamos naquilo que julgamos amar ou, por falta 
de oportunidade, temos que aprender a gostar 
do trabalho que temos?
O fato é que todo emprego, trabalho ou empresa vai ter 
pontos positivos e negativos. Vão existir atividades que 
nos farão ter certeza de que foi a melhor escolha, e haverá 
outras que serão desmotivantes, chatas ou estressantes.
Mas, para ser feliz no trabalho são necessárias várias atitu-
des, que fazem com que o profissional tenha bons resulta-
dos e com isso consiga se identificar, amar seu trabalho e 
se sentir realizado. Por isso, enumerei os 8 mandamentos 
do profissional que ama sua profissão:
1. manter a motivação e o entusiasmo
Quem gosta do que faz não deixa o estresse dominar sua 
motivação. Por mais que as dificuldades existam, e vão 
existir em toda atividade e em toda a empresa, quem ama 
o que faz é mais bem preparado para enfrentar adversi-
dades. O entusiasmo contagia as pessoas e, por isso, é 
o primeiro passo para ser exemplo e ser líder.
t
50
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
2. Construir bons relacionamentos
A motivação no trabalho também vai depender do clima 
organizacional, que, por sua vez, é formado pela maneira 
como as pessoas se tratam, decidem como tudo deve 
funcionar e, principalmente, se a equipe tem maturidade 
suficiente para fornecer feedbacks produtivos. Uma boa 
convivência auxilia a manter a motivação de todos.
Além disso, estamos todos em uma vitrine e através do 
nosso marketing pessoal fazemos com que nossa rede 
de contatos nos gere novas oportunidades. Como você 
é lembrado por colegas de empregos anteriores? Como 
você mantem suas amizades?
3. Investir em si mesmo para manter-se criativo
Pesquisas mostram que perdemos a criatividade ao longo 
da vida pela simples falta de uso. Por isso, manter-se atu-
alizado é a melhor maneira de gerar novas ideias.
4. planejar sua carreira e sua vida pessoal
Metas sobre “o que fazer, quando, como e por que” não de-
vem ficar restritas ao trabalho, mas também devem abran-
ger nossa vida pessoal para que possamos distribuir nos-
sas prioridades com nossa família, saúde, estudo e lazer.
5. Manter o equilíbrio financeiro
Inevitavelmente trabalhamos também pelo dinheiro e ele 
rege quase todas as nossas ações. Por isso, saber admi-
nistrar o que recebe é importante para manter a motivação. 
Pois o que fazemos com nosso dinheiro terá influência 
direta com a nossa satisfação pessoal e profissional.
51
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
6. Exercer liderança
Liderança é exemplo! Pela arte de influenciar pessoas, o 
líder precisa conquistar a confiança e desenvolver autori-
dade. O quanto você confia nas pessoas da sua equipe? 
Sua equipe confia em você? Você é exemplo? O quanto as 
pessoas lhe vêem como uma pessoa disposta a ajudar?
7. manter-se resiliente e com a autoestima elevada
Temos a tendência de julgar nossos próprios defeitos, 
mas são as nossas qualidades que nos fazem crescer. 
Temos que aprender a tirar o foco da dificuldade para 
valorizar nossos pontos fortes e através deles enfrentar 
as adversidades de forma resiliente, mantendo a moti-
vação e a autoestima.
8. Comprometer-se com tudo o que faz
Fazer mais do que é pedido, não 
apenas para mostrar competên-
cia para os outros, mas também 
e, principalmente, pelas oportu-
nidades de crescimento que o 
“algo a mais” proporciona. Ser 
proativo e antecipar-se às mu-
danças faz com que nossas es-
colhas sejam mais coerentes e a 
nossa resiliência aumente.
Escolha mudar uma atitude no tra-
balho e outra na sua vida pessoal. 
Não precisamos nos sobrecarregar 
de metas que nunca sairão do papel. 
Escolha bem, comprometa-se com 
a mudança e seja feliz no trabalho! 
Pense nisso e sucesso! ◼
Ser proativo e 
antecipar-se 
às mudanças 
faz com 
que nossas 
escolhas sejam 
mais coerentes 
e a nossa 
resiliência 
aumente.
52
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
13
por 
diego Antas
Expecta-
tivas de 
um jovem 
estagiário
––– 
pode parecer meio fantasioso 
ou ilusório, mas o que escrevo 
abaixoé a realidade vivida por 
muitos estudantes hoje em dia
or esses dias, me peguei pensando qual seria 
a empresa ideal para se estagiar e cheguei à 
conclusão de que não há empresa ideal. Parece 
meio fantasioso ou ilusório, mas é a realidade 
vivida por muitos estudantes hoje em dia.
A escolha de uma empresa ou o sonho de trabalhar nela 
podem ser frustados por um não ou pelo fato de a pessoa 
não estar preparada para atender a alguma exigência da 
empresa. Por mais que você se prepare, nunca estará 
pronto o suficiente para as empresas. Sempre há algo a 
ser melhorado.
Será que vale a pena deixar um sonho de trabalhar em 
algum lugar ser frustado por não estar preparado? 
Transforme o não recebido no sim de amanhã. Você acha 
que um não vai jogar seus esforços alcançados até aqui 
no lixo? Transforme-se junto com o não recebido, use-o 
como inspiração para lutar pelo sim. Achou que o mundo 
empresarial era fácil? Que seria apenas se formar e chegar 
aonde sempre sonhou?
Recicle-se sempre. Procure evoluir. Às vezes temos que dar 
um passo para trás para depois darmos dois para a frente. 
p
54
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
As empresas não querem um profissional decepcionado 
ou frustrado. Mostre do que é capaz. Muitas das vezes 
parece inevitável o não, mas a superação está na von-
tade de vencer.
Falo isso por experiência própria. Poderia soar demagó-
gico falar sobre mim aqui, das minhas dificuldades e su-
perações, minhas lutas diárias ou dos não recebidos. To-
dos passamos por isso. Cedo ou 
tarde – ou talvez pela vida toda 
– ouviremos vários nãos. Você 
terá que vencê-los, assim como o 
medo de fracassar e a vergonha.
Acredite que você é capaz. 
Não existem limites para 
uma mente incansável ou 
para uma pessoa determi-
nada. Acha que foi fácil para 
os grandes líderes em que 
hoje você se espelha? Acha 
que foi apenas o sim que os 
levou até seu status atual?
Nossa maior vitória está fora 
da zona de conforto. Saia dela 
hoje. Arrisque mais. Tente mais. 
Entregue-se àquilo em que 
você acredita.
Será que vale a pena desistir 
de seus sonhos por causa 
de um não?
 Pense nessa pergunta e mude 
suas expectativas. ◼
Será que 
vale a pena 
deixar um 
sonho de 
trabalhar em 
algum lugar 
ser frustado 
por não estar 
preparado?
55
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
14
por 
Kalinne Callou
Você já leu 
o código 
de ética 
do admi-
nistrador?
––– 
Eis um verdadeiro 
manual para aqueles 
que almejam se 
tornar profissionais 
respeitados
itado no juramento proferido no ato da Cola-
ção de Grau do Bacharel em Administração, 
que foi oficializado pela Resolução Normati-
va do Conselho Federal de Administração Nº 
201 de 19/12/1997, o código de ética do administrador 
nos oferece a dimensão de sua importância. Composto 
por 20 capítulos e 57 artigos, ele representa qual deve 
ser o perfil do administrador, considerando o compromis-
so que assume com a profissão e, consequentemente, 
com a sociedade.
Selecionei dois incisos do art. 1°, no capítulo I, do código 
em questão que, sem desmerecer a importância dos de-
mais, me chamam muito a atenção. São eles:
I – Exercer a profissão com zelo, diligência 
e honestidade, defendendo os direitos, 
bens e interesse de clientes, instituições e 
sociedades sem abdicar de sua dignidade, 
prerrogativas e independência profissional, 
atuando como empregado, funcionário 
público ou profissional liberal.
Atuar de maneira a defender os interesses dos clientes, 
instituições e sociedades. Esse é um dos deveres do pro-
fissional de administração. Mas vale ressaltar que o mes-
mo precisa fazer isso, como está bem claro no inciso I, 
sem abdicar de sua dignidade. Todos os dias iremos nos 
deparar com situações que testam nosso compromisso 
moral, ético e que envolvem nossa própria dignidade. É 
imprescindível que cada administrador seja consciente de 
suas obrigações, bem como aja com dignidade em todas 
as suas ações diárias. Não é aceitável que a beleza da 
profissão fique apenas no papel, nem que deixemos de 
acreditar que podemos agir de forma íntegra sem com-
prometer o nosso desenvolvimento profissional.
C 57
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
Peter Drucker afirma que “o caráter e a integridade, por 
si só, nada realizam. Mas sua ausência aniquila tudo o 
mais”. No mercado, existem pessoas que estão dispostas 
a fazer de tudo para se sobressaírem, custe o que custar, 
mas o melhor é manter-se honesto, buscar sempre agir 
com verdade, pois ela mais cedo ou mais tarde aparece 
e as consequências podem ser positivas ou negativas, a 
depender da conduta do profissional. Cumprir de maneira 
ética o papel que se exerce é essencial para o desenvol-
vimento tanto da pessoa, como do negócio.
xII – manter elevados o prestígio e a 
dignidade da profissão.
No XII, o que percebo muito é a “desmotivação” de um 
grande percentual de profissionais prestes a adentrar no 
mercado, bem como os já atuantes, que 
fazem o oposto do que diz o código de 
ética. Em vez de valorizarem a profissão e 
darem o melhor de si, preferem se acomo-
dar e culpar o “curso” pelo seu insucesso 
no mercado, o que, como amante da área, 
me incomoda bastante.
Não é o curso em que você se for-
mou ou a área em que resolveu seguir 
carreira que ditará o salário que vai 
receber no fim do mês ou o sucesso 
que terá diante dos demais, mas sim 
o esforço, a dedicação e a paixão que mantiver durante 
toda a sua vida naquilo que escolher para fazer.
É sempre bom lermos o código de ética, afinal ele não foi 
escrito para deixarmos de enfeite em uma das estantes 
do nosso trabalho e de nossa casa, mas sim para ser 
executado por cada administrador, de forma a regular sua 
conduta moral e profissional. ◼
não é o curso em 
que você se for-
mou ou a área em 
que resolveu 
seguir carreira
58
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
15Employer branding na prática
––– 
por 
Emerson Costa
uma marca bem 
administrada é aquela 
que está direcionada 
aos clientes externos 
e internos
terreno da Administração é amplo e não para 
de crescer. Há quem possa pensar que a ges-
tão de uma marca é algo totalmente ligado 
apenas à publicidade ou ao marketing. No 
entanto, engana-se quem pensa assim. Afinal, a adminis-
tração de uma marca abrange áreas e profissionais que tal-
vez nunca imaginaram que poderiam contribuir com isso.
Um cenário econômico favorável faz com que pessoas 
escolham seus locais de trabalho, e isso tem invertido 
totalmente o processo de atração de profissionais. Faça 
uma análise rápida dos últimos dez anos. Basicamente, 
o profissional ganhou status de consumidor e é ele agora 
quem escolhe o local em que trabalhará.
O que determina o local de escolha desse profissional, 
então? Isso dependerá basicamente da resposta que a 
empresa terá a uma pergunta que se tornou intrínseca 
nesse tipo de negociação: como o trabalho nessa em-
presa pode ser útil para a minha carreira?
Eis, portanto, a possibilidade de se trazer uma boa respos-
ta à questão: sua marca pode e deve agregar benefícios 
à carreira dos colaboradores, tornando útil a passagem 
desse profissional por sua empresa.
A marca é uma representação simbólica de algo. Assim 
como no campo da publicidade, em que as marcas agre-
gam valores às pessoas que as compram e utilizam, no 
campo do trabalho a função é basicamente a mesma, ou 
seja, as pessoas só colaborarão com sua empresa – e en-
tenda agora que sua empresa é uma marca, logo empresa 
e marca já não são duas coisas separadas, mas uma só 
– se os valoresda sua marca se identificarem com o que 
cada um tem buscado como sentido.
O
60
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
É aqui que o employer branding (a construção da marca 
da empresa enquanto empregadora) age, através de um 
conjunto estratégico de valores, significados e sensações 
que se associam ao colaborador, de modo que isso repre-
sente positivamente e dê um sentido para a carreira que ele 
tanto deseja construir. Isso é o mercado contemporâneo, 
que tem competição na venda de produtos/serviços e na 
captação de mão de obra qualificada.
No Brasil, a visão das marcas como empregadoras come-
ça a ganhar muita expressão. A essência dessa técnica 
está na capacidade de oferecer experiências entre mar-
ca (empresa) e colaboradores, transformando o trabalho 
em uma ponte de crescimento intelectual e pessoal. Isso 
é produto da Revolução Industrial, que trouxe um novo 
sentido ao trabalho. Afinal, a busca por sustento não é 
mais um fim, mas um meio para que as pessoas busquem 
realização pessoal através do trabalho.
Logo, o dinheiro se tornou apenas um mero detalhe na 
relação de trabalho, não sendo mais esse quesito o fator 
de maior importância, ou seja, salários altos não engajarão 
pessoas. Para fazer a equipe usar a camisa do seu time, 
será necessário oferecer mais e isso se faz através dos 
benefícios intangíveis que uma marca pode oferecer.
No Brasil, segundo dados levantados em uma pesquisa re-
alizada pelo Linkedin no segundo semestre de 2014, com 
mais de 18 mil profissionais em 26 países, a marca emprega-
dora ganhou uma relevância incontestável: 61% dos entre-
vistados brasileiros a elegeram como o fator mais importan-
te na avaliação de uma nova oportunidade. Guardadas as 
devidas porcentagens, o fato de elegerem a marca como o 
principal fator é opinião unânime para todos os profissionais 
do mundo, segundo o estudo.
61
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
O tema ganha ainda mais sentido quando entendemos 
nossa sociedade pós-industrial. Daniel Bell, sociólogo que 
fazia projeções do cenário profissional na década de 70, 
previa um novo valor à sociedade do século XXI, o co-
nhecimento, diferentemente dos cenários pré-industrial e 
industrial, em que, basicamente, os valores estavam na 
propriedade. Agora, ou você contribui para o crescimento 
intelectual de um colaborador, ou jamais terá os melhores 
por muito tempo com você.
Isso mostra que o RH, que até então você podia pensar que 
só executava tarefas burocráticas, tem uma função impor-
tante na construção de uma marca, 
pois é o parceiro chave para que a 
estratégia se desenvolva até os cam-
pos de captação de mão-de-obra.
Então está claro que, com a 
economia próspera, temos 
grandes competições. Só que 
dessa vez a batalha ultrapassa 
o campo das vendas e entra no 
campo da atração, retenção e 
motivação. Só se chega aos 
melhores resultados com os 
melhores profissionais. Esses 
dois fatores – pessoas e resul-
tados – caminham juntos e não 
há o que fazer para mudar.
Portanto, eis a pergunta: o que você 
tem a oferecer para agregar às carreiras das pessoas que 
virão trabalhar para você? Experiências através de uma 
marca bem administrada com significados e valores ou 
somente dinheiro? ◼
Sua marca 
pode e deve agregar 
benefícios à carreira 
dos colaboradores, 
tornando útil a 
passagem desse 
profissional por 
sua empresa.
62
15
 li
çõ
es
 d
e 
ca
rre
ira
 
pa
ra
 A
dm
in
is
tra
do
re
s
autores
Leandro Vieira 
Mestre em Administração pela Uni-
versidade Federal do Rio Grande 
do Sul e certificado em Empreen-
dedorismo pela Harvard Business 
School. Tem MBA em Marketing, 
pelo Instituto Português de Admi-
nistração e Marketing (IPAM). Ad-
ministrador de empresas pela UFPB 
e bacharel em Direito pelo UNIPÊ. 
Foi professor da Escola de Adminis-
tração da UFRGS. Fundador e CEO 
do Portal Administradores.com. 
Flávio Augusto
Um dos principais ícones do 
empreendedorismo no Brasil. 
Fundou a Wise Up e, mais tar-
de, o Ometz Group, vendido em 
2013 para a Abril Educação. No 
mesmo ano, adquiriu o Orlan-
do City, clube da principal liga 
norte-americana de futebol. É 
também o idealizador do Gera-
ção de Valor, projeto focado em 
inspirar novos empreendedores.
64
au
to
re
s
Tom Coelho 
Educador, conferencista e escritor 
com artigos publicados em 17 paí-
ses. É autor de “Somos Maus Aman-
tes – Reflexões sobre carreira, lide-
rança e comportamento”, “Sete Vidas 
– Lições para construir seu equilíbrio 
pessoal e profissional” e coautor de 
outras cinco obras. 
Ricardo Bellino 
Responsável por trazer para o 
Brasil a mega agência de mode-
los Elite Models, fundada por John 
Casablancas, de quem se tornou 
sócio aos 21 anos. Lançou no país 
também a famosa campanha das 
camisetas do câncer de mama, que 
engajou milhões de pessoas. Belli-
no é ainda autor dos livros “O Poder 
das Ideias”, “Sopa de Pedra”, “3 
Minutos para o Sucesso”, “Midas e 
Sadim” e “Escola da Vida”. 
Fábio zugman
Consultor de empresas, é 
autor de diversos livros, entre 
os quais “Empreendedores 
esquecidos” e “Administração 
para profissionais liberais”. Em 
sua coluna aqui no Adminis-
tradores.com, ele fala sobre 
empreendedorismo, inovação 
e criatividade, respondendo 
perguntas dos leitores.
65
au
to
re
s
mônica Bastos 
Administradora, business and 
executive coach, coach de car-
reira, analista comportamental, 
coach de liderança e palestrante 
de liderança.
Thuani Avelino 
Microempresária com experi-
ência na área administrativa 
em empresa de prestação de 
serviços. Estudante de Admi-
nistração no Centro Universi-
tário do Espírito Santo.
Andréia Costa
É formada em Ciências Contá-
beis pela SEUNE, de Maceió/
AL, e atua nas áreas Financeira, 
Administrativa e Contábil. 
Leonardo Posich 
Formado em Administração pela 
faculdade Cesusc. Empreendedor 
digital e ex-sócio do Mundo Cani-
bal Games (dos jurássicos da in-
ternet Rodrigo e Ricardo Piologo). 
Rita Luz
Graduada em Gestão de Proces-
sos pela Universidade Luterana do 
Brasil (ULBRA/RS), estudante de 
Marketing na mesma instituição e 
mestranda em Diversidade Cultural 
e Inclusão Social na Feevale/RS. 
Profissionalmente, atua no setor de 
Controladoria da Ulbra.
66
au
to
re
s
Luiz Claudio Machado 
Mestre em Administração, especialis-
ta em Gestão de Materiais e Logística, 
tem MBA em Administração, Finanças e 
Negócios e é bacharel em Administração 
Mercadológica. Professor Assistente da 
UFRPE e palestrante e consultor Ad Hoc.
melissa Faust 
Formada em Administração 
pela UTFPR e pós-graduada em 
Gestão Estratégica de Recursos 
Humanos pela UNIPAN, consul-
tora empresarial e colunista do 
Jornal de Beltrão.
Emerson Costa 
Formado em Gestão Empresarial 
com ênfase em Marketing e especia-
lizado em Branding. Tem um projeto 
de capacitação de jovens, traba-
lhando temas como ética, vocação 
e consumismo, com palestras em 
escolas públicas e privadas.
diego Antas 
Estudante no Curso Supe-
rior Tecnológico de Logísti-
ca na Unigranrio, em Nova 
Iguaçu/RJ. Atualmente, 
trabalho como consultor de 
Logística Junior.
Kalinne Callou 
Estudante de Administra-
ção pela Faculdade Sete 
de Setembro (FASETE) e 
amante de uma boa lei-
tura. Atualmente trabalha 
como auxiliar administrati-
va na mesma empresa.
67
au
to
re
s
15 lições 
de 
carreira 
para Ad–
ministra– 
dores

Outros materiais