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endocardite infecciosa (original)

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Endocardite infecciosa
Infective endocarditis
Brenda Oliveira Kukul¹, Bruna Lorrany R. Da Silva², Fagner Gimenes³.
Resumo:	
A endocardite bacteriana é um processo infeccioso da superfície do endocárdio, envolvendo geralmente as valvas cardíacas, doença essa que era uniformemente fatal antes do advento dos antibióticos. Os dentistas eram considerados até pouco tempo como os grandes “causadores indiretos” da doença. Sendo assim, para a sua prevenção é necessário seguir uma terapia medicamentosa embasada no protocolo de atendimento para esse tipo de paciente. 
Abstract:
Bacterial endocarditis is an infection of the endocardial surface, usually involving the heart valves, that this disease was uniformly fatal before the advent of antibióticos.Os dentists were considered until recently as the great "indirect cause" of the disease. Thus, for prevention is necessary to follow a drug therapy grounded in the protocol for this type of patient.
Introdução
A endocardite é uma doença em que os agentes infecciosos invadem as superfícies endocárdias, produzindo inflamação e lesões. A infecção frequentemente causa vegetações, que são estruturas compostas de plaquetas, fibrina e micro-organismos infecciosos. Esta infecção acomete principalmente os pacientes com doença em valvas nativas, portadores de prótese valvar e usuários de drogas venosas.¹
Em virtude da maior incidência dos estreptococos na etiologia da endocardite infecciosa em especial os Estreptococos viridians – comumente encontrados em grande quantidade na cavidade oral, os dentistas eram considerados até pouco tempo como os grandes “causadores indiretos” da doença.² Entretanto, trabalhos recentes indicam que o tratamento odontológico é responsável por apenas uma pequena porcentagem de casos de endocardite bacteriana.³
Os principais fatores de risco da endocardite infecciosa são as lesões do endocárdio- provocadas por doenças congênitas ou adquiridas – onde ocorre a deposição de plaquetas e de fibrinas, colonização bacteriana e posterior disseminação da infecção por via sanguínea (bacteremia).
Não cabe ao cirurgião-dentista (CD) diagnosticar e muito menos tratar as alterações cardiovasculares; no entanto, ele deve saber conduzir a anamnese de pacientes portadores de doença cardiovascular, bem como se comunicar com o cardiologista, para que este informe qual o grau de risco do paciente para a endocardite infecciosa.⁴
Para atender, esses pacientes deve-se seguir um rigoroso protocolo de atendimento ao paciente com endocardite infecciosa.
	Como método de prevenção, a profilaxia antibiótica tem sido recomendada há quase cinco décadas para pacientes de risco que se submetem a tratamento odontológico⁵
Devido à importância do assunto em questão, o presente estudo tem o objetivo de revisar o que a literatura descreve sobre o determinado tema.
Revisão cientifica:
A introdução de bactérias na corrente sanguínea pode levar a uma condição transitória chamada bacteremia, e, neste episódio, bactérias colonizam tecidos cardíacos previamente comprometidos, causando infecção local e, por consequência, a ocorrência da endocardite.⁶ Sendo que esta resulta da proliferação bacteriana nas superfícies cardíacas alteradas.
Os microorganismo encontrados normalmente na cavidade oral são responsáveis por uma proporção apreciável dos agentes causais da endocardite bacteriana, como determinado em pesquisa a semelhança entre as cepas de S.viridians isoladas no sangue e as cepas isoladas previamente das placas dentárias de pacientes portadores de endocardite.⁷
Para ANDRADE⁸. A higiene dental ou periodontal inadequada, bem como as infecções periapicais, periodontais e da mucosa bucal podem produzir bacteremia transitória mesmo na ausência de procedimentos odontológicos.
Já de acordo com PALLASCH, (apud: ANDRADE, Eduardo Dias,2002.) ⁸ a endocardite infecciosa pode ser então o resultado de uma simples falha das defesas do organismo, em resposta a um dos milhares de episódios de bacteremia que ocorrem durante toda a vida do indivíduo.
 No entanto COSTA, C.G.⁶ Afirma que qualquer procedimento que cause injúria pode produzir bacteremia transitória e levar pacientes de alto risco a desenvolver endocardite bacteriana.
Apesar disso, deve-se destacar a opinião de MANSUR et al. (apud.ANDRADE, et al.) ³ No sentido de que a classe odontológica deve ser constantemente informada sobre os diverso aspectos relacionados à prevenção da endocardite bacteriana, enfatizando-se ainda mais a importância da integração dos cirurgiões-dentistas com os médicos cardiologistas.
Sendo assim cabe ao cirurgião-dentista seguir rigorosamente os protocolos de atendimentos propostos para o tratamento de pacientes com risco a endocardite infecciosa.
Protocolo para administração de antibióticos para procedimentos odontológicos. 
 Dose única 30 a 60 minutos antes do procedimento:
 Via oral: Amoxicilina 50mg/kg para crianças e 2g para adultos.
 Em casos de pacientes alérgicos a penicilina indicar:
 Clidamicina 20mg/kg para crianças e 600mg para adultos,
 Azitromicina 15mg/kg para crianças e 500mg para adultos.
	Via parenteral (endovenosa ou intramuscular):
 Ampicilina 50mg/kg para crianças e 2g para adultos,
 Cefazolina 50mg/kg para crianças e 1g para adultos.
	Em casos de pacientes alérgicos a penicilina(endovenosa ou intramuscular),indicar:
		 Clindamicina 20mg/kg para crianças e 600mg para adultos.
Uma publicação do National Institute for Health and Clinical Excellence (Nice) [9], de março de 2008, apresentou surpreendente recomendação, sugerindo abandonar a profilaxia antibiótica da endocardite infecciosa para tratamento odontológico, mesmo nos pacientes de alto risco. Gerando diversas opiniões sobre o assunto³.
 	Porém o protocolo indicado para a prevenção da endocardite infecciosa não deve incluir simplesmente a administração do antimicrobiano, previamente à intervenção. Outros cuidados também devem ser tomados, com destaque para os seguintes:
Sempre que possível, procurar trocar informações com o médico do paciente ou com um cardiologista de confiança. Além de ético, este comportamento transmite maior confiabilidade e segurança ao paciente;
Solicitar ao paciente para bochechar uma solução de digluconato de clorexidina a 0,12%, por 1 minuto, antes de cada sessão de atendimento.
Somente iniciar o atendimento após certificar- se que o paciente tomou a medicação antibiótica profilática:
Não empregar tetraciclinas ou sulfas na profilaxia da endocardite;
Planejar o tratamento de tal forma que seja possível realizar o maior número de procedimentos odontológicos, sob uma mesma cobertura antibiótica;
Evitar traumatismo gengivais desnecessários;
Procurar estabelecer um intervalo mínimo de 10 dias entre as sessões, para evitar a resistência bacteriana;
Instituir medidas de prevenção das doenças bucais;
Realizar “check-up” periódicos nos cardiopatas de risco;
Quando houver dúvida sobre a necessidade de se fazer ou não a profilaxia da endocardite infecciosa, faça.
Discussão
 Na clínica diária, complicações significativas podem ser evitadas ou minimizadas no atendimento adequado de pacientes com risco de endocardite.
Na literatura, há polêmica sobre a ocorrência de endocardites provenientes ou não de tratamentos odontológicos, ou mesmo da eficiência da profilaxia antibiótica na prevenção desta patologia.
O cirurgião deve identificar o risco do paciente conforme citado abaixo e prescrever a profilaxia indicada.
 Condições de alto-risco (profilaxia é indicada).
Valvas cardíacas protéticas (qualquer tipo);
Endocardite bacteriana prévia;
Condutos pulmonares sistêmicos construídos cirurgicamente;
Doenças cardíacas congênitas cianóticas complexas, como a transposição de grandes artérias, os estados ventriculares simples e a tetralogia de Fallot.
 Condições de risco moderados (profilaxia é recomendada).
A maioria das má formaçõescardíacas congênitas, outras que as já descritas;
Disfunção valvar adquirida. Exemplo; doença cardíaca reumática.
Cardiomiopatia hipertrófica
Prolapso de valva mitral com regulação valvar e o espessamentos do folhetos valvares.
 Condições de risco mínimo (profilaxia não é recomendada).
Defeito septo atrial secundum isolado;
Correção cirúrgica de defeito septo atrial, ventricular ou ducto arterioso patente;
Cirurgia previa de derivação de artéria coronária:
Prolapso de valva mitral sem regurgitação valvar;
Sopros cardíacos fisiológicos ou funcionais;
Febre reumática previa sem disfunção valvar;
Marca passo cardíaco intravascular (epicárdico) e desfibriladores implantados;
 A profilaxia antibiótica é recomendada:
Extração dentária;
Procedimentos periodontais;
Cirurgião de colocação de implantes dentais;
Reimplantação de dentes avulsionados;
 Instrumentação endodôntica (além do ápice dental).
A profilaxia antibiótica não é recomendada;
Tratamento endodôntico intracanal;
Dentistica restauradora ou preparo protético (com ou sem uso de retratores gengivais);
Remoção de suturas;
Colocação de isolamento absoluto;
Tomadas radiográficas ou de moldagens;
Colocação de próteses.
Portanto cabe ao cirurgião dentista identificar a causa e aplicar o procedimento correto em cada caso.
Manifestações clinicas, após duas semanas da realização de um tratamento odontológico, como febre, sudorese noturna, perda do apetite e dores generalizadas, sopros cardíacos, nódulos de Osler, manchas de Janeway, manchas de Hoth e petéquias no palato, conjuntiva e mucosa oral.
Conclusão
 
A escolha da profilaxia antibiótica deve levar em conta os aspectos atuais de nossa população, como a classificação de risco para endocardite e a evolução clínica de cada paciente na prática diária para uma correta indicação do antibiótico e melhora de seu custo/efetividade.
Sendo assim os profissionais devem ter conhecimento sobre o conceito de endocardite bacteriana, etiologia e profilaxia antibiótica em pacientes.
Interagir com o médico antes do atendimento de pacientes de risco de endocardite.
Possuir conhecimento sobre os procedimentos odontológicos que necessitam de profilaxia antibiótica.
Referências 
. ROCHA, Cynthia Aparecida Silva. SILVA, Mauricio Rocha Da. SPROVIERI, Sandra Regina. O que há de novo na profilaxia da endocardite bactéria. Deve se mudar a conduta atual? São Paulo,2009. Revista Brasileira Clinica Médica, p.418-421. Disponível <files.bvs:br/upload/s/1679-1010/2009/v7n6/a013.pdf>.
ANDRADE, Eduardo Dias. Terapêutica medicamentosa em odontologia: Procedimentos clínicos e uso de medicamentos nas principais situações da pratica odontológica. São Paulo, 2002. Ed. Artes Médicas, p.141-148.
ANDRADE, Eduardo Dias. PASSERI, Luís Augusto. FILHO, Thales Rocha de Matos. Prevenção da Endocardite Bacteriana-Novas Recomendações da American Heart Association. São Paulo. Disponível www.scielo.claudiajordao.com.br/artigos/outros_3.pdf.
 BRANCO, Filipe Polese.VOLPATO, Maria Cristina. ANDRADE, Eduardo Dias De. Profilaxia da Endocardite Bacteriana na Clínica Odontológico O Que Mudou Nos Últimos Anos? Piracicaba-SP, 2008.p.23-29 www.revistasobrape.com.br/arquivos/ed_set_07_/artigos%2003%20set-2007.pdf.
CAVEZZI, Jr. O.ZANATTO, ARL. Endocardite Infecciosa: Odontologia Baseada em Evidências. Odontologia Clinica-Cientifica.2003; 2(2): p. 85-94.
COSTA, C.G., TORTAMANO, I.P. ARMONIA P.L.TORTAMANO. N. Profilaxia da Endocardite Bacteriana em Próteses Articulares: Benefícios e Riscos. Rev. Inst.Cien.Saude.2002;20 (2): p.161-165.
SONIS, Stephen T. FAZIO, Robert C. Princípios e Prática de Medicina Oral. Rio de Janeiro-RJ, 1996, Ed. Guanabara, p-93-100.
ANDRADE, Eduardo Dias. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia: Procedimentos Clínicos e Uso de Medicamentos nas Principais Situações da Prática Odontológica. São Paulo, 2002. Ed. Artes Médicas, p.141-148.
- CAVEZZI, Orlando Junior. Endocardite infecciosa e profilaxia antibiótica: um assunto que permanece controverso para a Odontologia. Avaré-SP,2010, Ver. Sul-Bras. Odontologia, p-275.
 
Outubro de 2013
Várzea Grande-MT

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