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1 FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA CIRCUITOS ELÉTRICOS I PROF. ALCINDO ANTONIÁSSI 2009 2 Grandezas Elétricas Unidade Símbolo Corrente Ampère A Potencial Elétrico ou Tensão Elétrica Volt V Resistência Elétrica Ohm Ω Energia, Trabalho Joule J Energia Elétrica Watt-hora Wh ou kWh Carga Elétrica Coulomb C Condutância Elétrica Siemens S ou 1/ Ω Indutância Elétrica Henry H Capacitância Elétrica Faraday F Freqüência Elétrica Hertz Hz Potência Elétrica Watt W Fluxo Magnético Weber Wb Campo de Indução Magnética (B) Weber/m2 Wb/m2 Campo Eletromagnético (H) Ampère/ m A/ m Múltiplos e Submúltiplos Giga 10 9 G Mega 10 6 M Quilo 10 3 k Centi 10 -2 c Mili 10 – 3 m Micro 10 -6 μ Nano 10 – 9 n Pico 10 – 12 p 3 Dispositivos Elétricos RESISTOR Resistor é um dispositivo conversor/consumidor de energia. Recebe a energia da fonte de alimentação, que não pode ser devolvida e transforma em potência dissipada (P = R i2). Todos os dispositivos elétricos que consomem energia devem ter resistência em seus modelos de circuitos. É um elemento passivo, conversor de energia e descrito por equações algébricas. Dispositivo Resistor ( ) Propriedade Resistência Elétrica e Símbolo Ω 1ª. Lei de Ohm Existe uma proporcionalidade entre a tensão aplicada e a corrente que passa pelo elemento passivo. R In Vn I V I V ==== ... 2 2 1 1 INDUTOR Um indutor (propriedade indutância) é um elemento do circuito que armazena energia no campo eletromagnético. Normalmente armazena energia num certo período e devolve em outro, de tal modo que a potência média é nula. Dispositivo Indutor ( ) Propriedade Indutância e Símbolo H Tensão no Indutor: dt diLv = Corrente no Indutor: ∫ += KdtvLi 1 Reatância Indutiva X = j w L = j 2 π f L (Ω) CAPACITOR Sua estrutura tem a habilidade de armazenar energia na forma de um campo elétrico e é igual à quantidade de carga que pode ser armazenada, dividida pela tensão aplicada às placas. Dispositivo Capacitor ( ) Propriedade Capacitância e Símbolo C. A capacitância de um capacitor depende da área das placas condutoras, da distância entre as placas e da constante dielétrica do material isolante. d AC oε= onde εo = constante dielétrica do ar ou vácuo = 8,85 x 10 -12 F / m 4 Tensão no capacitor: ∫ += kdtiCv 1 Corrente no Capacitor: dt dvCi = Reatância Capacitiva X = jwC 1 Cfj π2 1 Associação Série de Resistores RnRReqR +++= ...21 Associação Paralela de Resistores RnRReqR 1... 2 1 1 11 +++= Associação Série de Capacitores CnCCeqC 1... 2 1 1 11 +++= Associação Paralela de Capacitores CnCCeqC +++= ...21 Associação Série de Indutores LnLLeqL +++= ...21 Associação Paralela de Indutores LnLLeqL 1... 2 1 1 11 +++= Transformação Estrela – Delta (Υ – Δ) Sejam Ra, Rb e Rc os valores dos resistores ligados em estrela. Os valores dos resistores ligados em delta valem: Rc RcRbRcRaRbRaR ++=1 Ra RcRbRcRaRbRaR ++=2 5 Rb RcRbRcRaRbRaR ++=3 Ou seja, R eq. é igual ao produto duas a duas dividido pela oposta. Para a transformação Delta – Estrela (Δ – Υ) 321 21 RRR RRaR ++ = Ou seja, Req. É igual ao produto dos Resistores adjacentes dividido pela soma. 2ª. Lei de Ohm S LR ρ= onde R = Resistência Elétrica (Ω), L é o comprimento (m), S é a Secção (m2) e ρ é a resistividade do material. Lei da Conservação da Carga ou 1ª. Lei de Kirchhoff A soma das intensidades de corrente que se afasta de um ponto (nó) do circuito é igual à soma algébrica das intensidades de corrente que chegam ao mesmo ponto (nó). Σ correntes que entram = Σ correntes que saem Lei da Conservação de Energia ou 2ª. Lei de Kirchhoff A soma algébrica de todas as quedas de tensões tomadas numa direção especificada, em um circuito fechado é nula. – Va + V1 + Vb + V2 + V3 = 0 ou – Va + I R1 + Vb + I R2 + I R3 = 0 Va – Vb = ( R1 + R2 + R3 ) I Generalização da Lei das Malhas ou Método de Maxwell A tensão entre os pontos a e b de um circuito é dada pela somatória das quedas de tensão nos resistores, subtraindo-se as f.e.m. existentes nos trechos. Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?) Obs.: A interrogação é para chamar a atenção quanto às polaridades (Ɛ) e o sentido da corrente (R i). Se a malha for fechada Vab = 0 e, portanto, Σ Ɛ (?) = Σ R i (?). 6 Aplicação; Dado o circuito da figura, calcular as correntes em cada resistor e as tensões Vbc por vários caminhos. Equacionando: 84 = 18 I1 - 6 I2 84 = 18 I1 - 6 I2 - 21 = 9I2 - 6 I1 - 63 = - 18 I1 + 27 I2 Somando, membro a membro, teremos: 21 = 21 I2 I2 = 1 A; substituindo o v alor de I2 em qualquer das equações acima, obteremos: I1 = 5 A Aplicando a equação de malha aberta: Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?), teremos: Vab = 12 x 5 – 0 = 60 V Vbc (1) = 6 ( I1 - I2) = 6 x 4 = 24 V Vbc (2) = 12 ( - I1 ) - ( - 84) = 12 x (- 5) + 84 = 24 V Vbc (3) = 3 ( I2 ) - ( - 21) = 3 x 1 + 21 = 24 V Vca = 0 - (84) = - 84 V Vbd = 3 x 1 = 3 V Vcd (1) = 0 - 21 = - 21 V Vcd (2) = 6 (I2 – I1) + 3 I2 = 6 (-4) + 3 = - 21 V Solução de Circuito pelo Método das Tensões Nodais Σ i (nó 1) = 0 0 3 211 6 1 12 841 = − ++ − VVV V1 - 84 + 2 V1 + 4 (V1 - 21) = 0 V1 + 2 V1 + 4 V1 = 84 + 84 7 V1 = 168 V1 = 24 V 7 Valores das Correntes: AVIAVIAVI 1 3 2124 3 21134 6 24 6 125 12 8424 12 8411 =−=−====−=−=−= Verificar que a soma das correntes no nó 1 é igual a zero, ou seja, está chegando 5A e está saindo 5A. Solução de Circuito pelo Método das Correntes de Laço 84 = 18 I1 + 12 I2 84 - 21 = 15 I2 + 12 I1 Resolvendo o sistema tem-se: I1 = 4 A e I2 = 1 A A corrente no resistor de 12 Ω é igual a I1 + I2 = 4 + 1 = 5 A. Teorema da Superposição O teorema afirma que numa rede com duas ou mais fontes, a corrente (ou a tensão) para qualquer componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando individualmente (separadamente). Todos os componentes precisam ser lineares e bilaterais. Linear: a corrente e a tensão obedecem à lei de Ohm. Bilateral: a corrente não muda de valor se a fonte de tensão for invertida. Empregando o método da superposição, calcular a corrente em cada resistor. A corrente (ou a tensão) para qualquer componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando separadamente. 1º. Passo: Calcular as correntes devido apenas às fontes de tensão V1, anulando o efeito da tensão V2. Anular o efeito da fonte de tensão significa substituí-la por um curto-circuito. Ω=+ + = 5,11 11 11Re xq AVI 0,2 5,1 0,3 5,1 1 1 === 2º. Passo: Calcular as correntes devido apenas à fonte de tensão V2, anulando o efeito da tensão V1. 8 3º. Passo: Somando as parcelas individuais devido às fontes V1 e V2,teremos as corrente totais: I1 = 2,0 – 1,5 = 0,5 A I2 = 3,0 – 1,0 = 2,0 A I3 = 1,0 + 1,5 = 2,5 A Teoremas de Thévènin e Norton O teorema de Thévènin afirma que é possível substituir parte de um circuito linear por uma fonte de tensão VTH em série com uma resistência equivalente RTH e o teorema de Norton permite a substituição por uma fonte de corrente IN, em paralelo com uma resistência RN. Considere que o circuito possa ser separado em 2 partes A e B Obtenção do Circuito Equivalente R TH e R N são iguais e são obtidas calculando-se a resistência equivalente do circuito A, anulando-se os efeitos das fontes de tensão. V RH é igual à tensão em vazio (sem o circuito B) entre os pontos a e b. IN é igual à corrente de curto-circuito entre os pontos a e b. Como os circuitos equivalentes de Thévènin e Norton representam o mesmo circuito A, ambos se relacionam por: R TH = R N = V TH / I N Aplicação: 1. Obter os circuitos equivalentes de Thévènin e Norton 9 Cálculo do R TH = R eq Cálculo do V TH = V ab Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?) ou Σ R i (?) = Σ Ɛ (?) 9 I1 = 20 + 10 I1 = 30 / 9 = 10 / 3 A V ab (1) = 6 x 10 / 3 - 10 = 10 V e V ab (2) = 3 ( - 10 /3) – ( - 20 ) = 10 V Portanto, o Thévènin equivalente é: Norton Equivalente: Cálculo de IN = I2 20 + 10 = 9 I1 - 6 I2 30 = 9 I1 - 6 I 2 60 = 18 I 1 - 12 I2 - 10 = 9 I2 - 6 I1 - 10 = - 6 I1 + 9 I2 -30 = -18 I1 + 27 I2 30 = 15 I 2 I2 = 2 A 10 2) Calcular I3 por Thévènin Tensão entre os pontos a e b → V TH = ? V 1 - V 2 = 2 I 3 – 4.5 = 2 I → I = - 0,75 A V ab = V TH = 1 ( - 0,75) - ( 3 ) = - 3,75 V Ou considerando o sentido correto de I = 0,75 A V ab ( 1 ) = V TH = 1 x 0,75 - ( - 3 ) = - 3,75 V V ab ( 2 ) = V TH = 1 x ( - 0,75) - ( - 4 ,5 ) = 3,75 V Obs.: Escolher o caminho que não dê margem a dúvidas. Portanto, I 3 = A50,2 15,0 75,3 = + 3) Calcular a corrente IL utilizando Norton Cálculo do Req 11 Cálculo de IN IN = 10 / 4 = 2.5 A Portanto, I L = 0.1 0.6 0.6 6.34.2 4.25.2 == + x A Máxima Transferência de Potência Em várias aplicações, é desejável obter a máxima potência que uma fonte de tensão pode fornecer a uma carga, A transferência máxima ocorre quando a resistência de carga RL for igual à resistência interna da fonte, ou seja, RL = Ri. A potência máxima na carga é: PL = R L I2 onde I = )( LRiR V + Para o circuito da figura em que V = 10 V, Ri = 5 Ω e RL = 5 Ω I = A1 )55( 10 = + P L = R L x I 2 = 5 x 1 2 = 5 W Ri (Resist. Interna) V Fonte R L (Resist. Carga) RL (Ω) I (A) P (W) 4,5 1,053 4,986 5,0 1 5,000 5,5 0,952 4,989 12 Exercício Calcular as tensões V1, V2, V3 e as correntes em cada ramo. O nó g (ground) foi tomado como referência. Equacionando: Nó 1: 038) 4 () 3 ( 3121 =+++ −− VVVV Nó 2: 03) 2 () 3 ( 2 3212 =−++ −− V VVVV Nó 3: 0255) 2 () 4 ( 3 2313 =−++ −− V VVVV A resolução por qualquer método dá como solução: V1 = 1,0 V; V2 = 2,0 V e V3 = 3,0 V. As correntes que passam nos resistores de 1 Ω, 2 Ω, 3 Ω e 4 Ω valem, respectivamente: 2,0 A; 0,5 A; 0,333 A; 0,50 A e 0,6 A. Comprove se a Σ das correntes em cada nó é igual a 0. Exercício Calcular a corrente no resistor de 23 Ω do circuito, através de transformações sucessivas Cálculo da corrente no resistor de 23 Ω através de divisor de corrente: I 23 Ω = A x 234,11 0,2315,21 15,21451,23 = + . Obs. Você pode checar o valor por outro método qualquer. 13 CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA A corrente alternada (CA) é uma corrente elétrica cuja magnitude e direção variam ciclicamente, ao contrário da corrente contínua cuja direção permanece constante e com pólos positivo e negativo definidos. Sua forma usual é uma onda senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente. A corrente alternada foi adotada para transmissão de energia elétrica a longas distâncias devido à facilidade de ter seus valores elevados ou abaixados através de transformadores. No entanto as primeiras experiências e transmissões foram feitas em corrente contínua (C.C.). Seja uma onda senoidal do tipo: v (t) = Vmax sen (wt + φ) onde v(t) = é a função tensão no domínio do tempo, Vmax é a amplitude ou módulo, valor máximo ou valor de pico da onda. w é a freqüência angular em radianos por segundo t é o tempo em segundos φ é o ângulo de fase, em graus. Vmax = Vp = Vpico = 2 Veficaz; Vpp = V pico a pico = 2 Vpico e Vm = Vmédio = Vmax /2. Valor eficaz (Vef ou Vrms é o valor quadrático médio da onda ( em inglês root mean square ou rms). A tensão senoidal é produzida por um gerador (alternador) quando uma espira condutora gira através de um campo magnético criado por um íma ou excitatriz e intercepta linhas de força para gerar uma tensão alternada através de seus terminais. 14 Circuito Resistivo Seja v(t) = Vm senwt a tensão da fonte que alimenta o circuito resistivo. A corrente que passa pelo circuito é dada por: i (t) = wtsenwtsen R Vm R tv Im)( == Conclusão: A tensão e a corrente estão em fase, com amplitudes diferentes. Freqüência da onda: É o número de ciclos por segundo, expresso em Hertz (Hz); por exemplo 60 Hz ou 60 ciclos por segundo. Período T: é o intervalo de tempo para que um ciclo se complete. Comprimento de onda (λ) é o comprimento de um ciclo completo. f v =λ onde f é a freqüência em Hz e v é velocidade da luz = 3 x 10 8 m/s Ex.: O canal 2 de T.V. opera na freqüência de 60 MHz e seu comprimento de onda λ é na faixa de 5 metros. Circuito Indutivo Seja uma corrente i = Im sen (wt) alimentando um circuito puramente indutivo onde L é a indutância (Henry = H). A tensão na bobina (indutor) é dada por: vL = L dt di )(Im wtsen dt dL= vL = wL Im cos (wt) = XL Im sen (wt + 90º.) onde XL = w L = reatância indutiva Partindo-se de i = Im sen wt chegamos a vL = XL Im sen (wt + 90º.). Conclusão: As amplitudes das ondas são diferentes e a tensão na bobina (indutor) está avançada de 90º. Em relação à corrente. 15 Circuito Capacitivo Para o circuito puramente capacitivo da figura, aplicamos uma tensão v = Vm sen wt. A corrente que passa pelo circuito é dada por: )90(Im1)90(Im o C o wtsen X wtsenwC dt dvCi +=+== Conclusão: As amplitudes são diferentes e a corrente está avançada de 90º. em relação à tensão. wC X C 1 = é chamada reatância capacitiva do circuito. Em corrente alternada v = Z. i onde Z é chamada Impedância do circuito (Ω). A reatância indutiva (XL) é responsável pelo avanço da tensão em relação à corrente no circuito indutivo e a reatância capacitiva (XC) é responsável pelo atraso da tensão em relação à correnteno circuito capacitivo. Num diagrama de reatância e de tensão teríamos: Portanto, para um circuito indutivo teremos: Z = R + j X L = R + jw L = Z │θ = 22 LXR + │θ = arc tg XL / R Para um circuito capacitivo teremos: Z = R - j X C = R - j / wC = Z │- θ = 22 CXR + │θ = arc tg - X C/ R Para um circuito RLC série ( resistivo, indutivo e capacitivo) teremos: Z = R + j X L - j X C = R + j (X L j X C ) = 16 = 22 )( CL XXR −+ │θ = arc tg (XL – XC) / R Revisão de Números Complexos e jθ = cos θ + j sen θ → A e jθ = A (cos θ + j sen θ ) Analogamenter, A e jw = A (cos wt + j sen wt) V = │V│ e jφ = │V│ (cos φ + j sen φ) = │V│cos φ + j │V│ sen φ) que é chamada notação retangular de V. V = │V│ e jφ é a notação polar da tensão, representada por │V│ │φ (V) Se V1 = │V1│ e jφ1 e V2 = │V2│ e jφ2 → V1 . V2 = │V1│ e jφ1 . │V2│ e jφ2 = = │V1││V2│ e j (φ1 + φ2) ( Produto dos módulos e soma das fases) Para = 2 1 V V )21( 2 1 2 1 2 1 ϕϕ ϕ ϕ −= jj j e V V eV eV ( divisão dos módulos e subtração das fases) Ex.; Z1 = 5 - j 2 ( Ω) e Z2 = -3 - j 8 ( Ω) → Z1 + Z2 = 2 - j 10 ( Ω) Z1 = 2 + j 3 ( Ω) e Z2 = - 3 - j 3 ( Ω) → Z1 . Z2 = 7 - j 9 = = 11, 402│ │- 52,15º. (Ω) )(30,010,1 10 311 )31)(31( )31)(32( 31 32 2 1 Ω+−= +− = +−−− +−+ = −− + = jj jj jj j j Z Z Se Z = x + j y ou Z = r e j θ → Z* (conjugado da impedância) = x - j y ou Z = r e - j θ Raiz Quadrada de um Número Complexo == 2 1 2 1 θ θ j j er erA )21( 2 1 θθ −je r r = )( 2 1 )21( θθ −je r r = 2 )21( ( 2 1 θθ −je r r Ex.: == oj oj e eA 30 60 5 25 152 )3060( 5)( 5 25 jj ee = − Obs. Excitando-se um circuito RL com Z = R + jw L onde v = Vm cos wt, a solução é do tipo: 17 if = )(cos )( 22 ϕ− + wt wLR Vm = Im cos ( wt - tan – 1 wL/R ) Se excitarmos com V = Vm e jwt (excitação complexa), a resposta será: i 1 = 22 )(wLR Vm + e j ( wt - φ) = Im e j( wt - tan – 1 wL/R ) = i 1 = Im cos ( wt - tan – 1 wL/R ) + j sen ( wt - tan – 1 wL/R ) if = à parte real de i1 Re V = Vm cos wt → produz Re i1 = if Vm cos (wt + θ ) = Re ( Vm e j ( wt + θ) ) = Re Vm e j θ e j wt Vm cos (wt + θ ) = Re V e j w t onde V = Vm e j θ = │ Vm ││ θ Aplicações: a) v - 10 cos (4 t +30º.) = 10 │ 30º. b) i = 2 │ 15º. com w = 6 rad/s → i = 2 cos ( 6 t + 15) c) v = 8 sem ( 3 t + 30º.) = 8 cos ( 3 t + 30º. - 90º.) = 8 cos (3 t - 60º.) = = 8 │- 60 º. Lembrar que sen θ = cos (θ - 90º.) Aplicações: 1) Seja um circuito RL em que a tensão da fonte vale v = cos wt = 120│0o. (V), R = 50 Ω e XL = 70 Ω. Calcular: a) A impedância Z em módulo e fase (polar) e retangular. b) A corrente do circuito. c) A tensão em R e a tensão na bobina. a) R + j X L = 50 + j 70 = Z │θ = 86,023 │54,46º. (Ω) 18 b) )(45,54395,1)( 46,54023,86 0120 AA z vi oo o −∠= ∠ ∠ == c) VR = R i = )(46,54750,6945,54395,150 Vx oo −∠=−∠ VL = j X L i = )(44,35650,9746,54395,1900,7046,54395,10,70 Vxxj oooo ∠=−∠∠=−∠ Verificação: V = Z x i = )(012046,54395,146,54023,86 Vx ooo ∠≅−∠∠ 2) Dado o circuito RC em que v = 100│0º. (V), R = 10,0 k Ω e C = 0,10 μF, calcular; a) A reatância capacitiva (Xc) b) A impedância Z = R – j Xc = wC jR − c) A corrente i d) As tensões em R (VR) e C ( VC) Solução: a) Reatância Capacitiva = wC j − = Ω−=− − 26530 1010,0602 6 j xx j π b) Z = R – j Xc = 10 000 – j 26 530 = 28352, 088 │- 69,35º. (Ω) c) Z vi = = maoo o .35,69527,3 35,69088,35228 0100 . . ∠= −∠ ∠ d) VR = R i = 10 000 x 3, 527 x 10 -3 │ 69,35º. (V) VC = j XC i = 26 530,0 │- 90º. x 3,527 x 10 -3 │ 69,35º. = 93,571 │- 20,65º. (V) Verificação: Vfonte = Z x i = ( R - j Xc x i ) = R x i - j Xc x i = 10 000 x 3, 527 x 10 -3 │ 69,35º. + 93,571 │- 20,65º. (V) = 12, 438 = j 33,004 + 87, 559 - j 32, 999 = 99, 997 + j 0,005 = 100│0º. (V) 3) Dado o circuito RLC série em que v(t) = 100,0 cos wt = 100│0º. (V), R = 3,3 kΩ, L = 10,0 H e C = 0,47 μF, Calcular: a) A impedância Z e as reatâncias indutivas e capacitivas b) A corrente do circuito 19 c) As tensões em R (VR), em L (VL) e em C (VC) d) Fazer a verificação, ou seja: A soma vetorial de (VR), (VL) e (VC) tem que ser igual à da fonte. a) Z = R + j XL - JXC = 3300,0 + j 2 π 60 x 10 - 47,0602 x j π = Z = 3300,0 + j 3770,0 - j 5644,0 = 3300,0 - j 1874,0 = 3794,980│- 29,59º. (Ω) XL = j 3770,0 = 3770,0 │90º. ( V) XC = - j 5644,0 = 5644,0 │- 90,0º. (V) b) i = = Z v 100│0º. . = 0,0264│ 29,59º (A) 3794, 980 │- 29,59º. V = Z . i = ( R + j XL - JXC ) . i = R . i + j XL x i - j XC x i = VR = R i = 3300,0 x 0,0264│ 29,59º (V) = 87,100 │ 29,59º (V) VL = j XL x i = 3770,0 │90º. x 0,0264│ 29,59º = 99,100│ 119,59º (V) VC = - j 5644,0 = 5644,0 │- 90,0º. x 0,0264│ 29,59º = 149,000│- 60,41º (V) Verificação: VR + VL + VC = 87,100 │ 29,59º + 99,100│ 119,59º + 149,000│- 60,41º = 75,758 + j 43, 019 - 49,146 + j 86, 548 + 73, 575 - j 129,568 = 100, 187 - j 0,001 = 100│0º. (V). Observar que a tensão no capacitor pode superar a tensão da fonte, em módulo, mas as soma vetorial tem quem ser igual à da fonte. Exercício Dados dois elementos em série em que i = 10 cos (5000t - 23,13º.) e v = 50 cos (5000 t + 30º.), identificar o circuito e identificar os componentes. Z = = − + = )13,235000(cos10 )305000(cos50 o o t t i v 100│ 30º. = 5,0 │53,13º. (V). = 10│- 23,13º. = 3,0 + j4,0 onde R = 3,0 Ohms e 4,0 é a reatância indutiva já que se trata de um indutor pois o ângulo de Z é positivo. Ainda, │XL│ = w L = 2π 60 L = 4,0. Logo, a indutância L vale aproximadamente 0,8 mH. POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA Em corrente alternada tem-se 3 tipos de potência. 20 Potência Ativa, real ou potência útil (P); aquela que realiza trabalho ( W, kW, MW, etc) Potência reativa ou de magnetização (Q); necessária para magnetizar o material ou gerada por efeito capacitivo (Var, kVAr, MVAr, etc) Potência total ou aparente; resultante das outras duas ( VA, kVA, MVA, etc) Matematicamente: Definindo-se S, potência aparente ou total por V I * (produto da tensão pelo conjugado da corrente ) = onde V = │V│ oje 0 e I = │I│e - j φ e, portanto, I * = │I│e j φ S = V I * = │V│ oje 0 │I│e j φ = │V││I│ e j φ = │V││I│ (cos φ + j sen φ) = = P + j Q, onde: P = │V││I│ cos φ = R│I│2 Q = │V││I│ sen φ = X│I│2 cos φ = é chamado fator de potência do circuito ou da instalação e por legislação tem que ser ≥0,92. Se < 0,92 implica em multa na conta de energia. Fator de potência em atraso → I atrasada da tensão → circuito indutivo Fator de potência em avanço → I avançada da tensão → circuito capacitivo Aplicação: 1) Um motor de indução consome 1500,0 W e 7,5 A de uma linha de 220 V, 60 Hz. Qual o fator de potência da instalação e qual a capacitância de um capacitor em paralelo com o motor para que o fator de potência seja igual a 0,92. P = │V││I│ cos φ = )6,24(909,0 5,7220 o x P == ϕ Q = 1500,0 tan 24,6 = 686,754 VAr S = VA737,1649754,6860,1500 22 =+ Cálculo dos reativos necessários para o fator de potência 0,92 )07,23( o=ϕ Q2 = P tan 23,07º = 638, 876 Δ Q = Q - Q2 = 686, 754 - 638, 876 = 47,878 Var Δ Q = fC V X V C π2 1 22 = → F xfV QC µ ππ 623,2 220602 878,47 2 22 === 2) Uma carga Z é alimentada por uma tensão v = 150,0 cos (wt = 10º.) e a corrente que passa pela carga vaale i = 5,0 cos (wt – 50º.). Calcular: a) A impedância Z do circuito b) As potências P, Q e S 21 S = VI* = = 2 0,150 │ 10,0º + 2 0,5 │+ 50,0º = 106, 066│ 10,0º x 3,536│+ 50,0º S = 375,049 │+ 60,0º = 187, 525 + j 324, 802 (VA) = P + j Q Z = =Ω∠= −∠ ∠ = )(600,30 500,5 100,150 o o o i v 15,0 + j 25,981 (Ω) P = R │I│2 = 15,0 ( =2) 2 0,5( 15,0 x 3,536 2 = 187, 549 W Q = Xc │I│2 = 25, 981 x 3,536 2 = 324, 848 VAr 3) Uma carga Z é alimentada por uma tensão v = 99,0 cos (6000t + 30º.); a potência dissipada é de 940,0 W e o fator de potência é 0,707 avançado ( I avançado de V). Calcular: a) A impedäncia Z do circuito b) A corrente do circuito. A tensão eficaz vale aprox. V004,70 2 0,99 = De P = │V││I│ cos φ → 940,0 = 2 0,99 x │I│ x 0,707 → │I│ = 18,994 A De )(75994,18; 994,18 30004,7045 Ai i Z ii vVZ oo ∠= ∠ +∠ =−∠⇒ ∠ ∠ =∠θ e, portanto, Z = )(606,2606,245668,3 Ω−=Ω−∠ jo 4)Dado o circuito da figura, calcular a corrente que passa pelo aquecedor (ramo central) de 100,0 Ohms, a tensão em seus terminais e a potência dissipada. Equacionando: 220,0 │ 0,0º = ( 6,0 + j 8,0) i 2 + (-100,0 i1) + 100,0 i 2 - 127,0 │30,0º = (3,0 - j 5,0) i 1 - 100,0 i2 + 100,0 i 1 220,0 │ 0,0º = (106,0 + j 8,0) i 2 - 100,0 i1 - 127,0 │30,0º = (103,0 - j 5,0) i 1 - 100,0 i2 22 220,0 │ 0,0º = 106,30 │4,32º i 2 - 100,0 i1 - 127,0 │30,0º = 103,121 │- 2,78º i 1 - 100,0 i2 100 i 1 = 106,30 │4,32º i 2 - 220,0 │ 0,0º i 1 = 1, 063 │4, 32º - 2, 200 │0, 0º - 127,0 │30,0º = 103,121 │- 2,78º [ i 1 = 1, 063 │4, 32º - 2, 200 │0, 0º ] - 100,0 i 2 )(67,49809,13 10,17021,10 57,32382,138 946,2578,9 503,74614,1162 A j ji oo o −∠= ∠ −∠ = + − = ooo xi 02,267,49809,1332,4063,11 ∠−−∠∠= 2,2443,10316,1002,235,45679,141 −−=∠−−∠= ji oo )(15,52226,13443,10116,81 Aji o−∠=−= =− 21 ii o15,52226,1367,49809,13 −∠−−∠ =− 21 ii 0,821 - j 0,084 = )(84,5825,0 Ao−∠ Tensão no Aquecedor: VAB = )(84,5600,820,10084,5826,0 Vx oo −∠=−∠ Potência Dissipada no Aquecedor: P = R x i 2 = 100,0 x 0,826 2 = 68,228 W. 4) O circuito da figura é alimentado por uma tensão v(t) = 100,0 sen (100 t + 50), com R = 300,0 Ω, L = 0,5 H e C = 10,0 µF. Calcular: Cuidado: v(t) = 100,0 cos (100t +50 – 90) = 100,0 cos (100t – 40) = 100,0│-40, 0º a) As reatâncias indutiva (XL) e a capacitiva (XC). b) A impedância Z eq c) As correntes em cada ramo e a corrente total. 23 a) XL = j w L = j100,0 x 0,5 = 50, 0 │90, 0º Ω XC = oo xxwC j 900,100090 1010100 1 6 −∠=−∠=− − b) oo CL jXjXRZeq 900,1000 1 900,50 1 300 11111 −∠ + ∠ += − ++= oo Zeq 90001,09002,000333,01 +∠+−∠+= Zeq = Ω∠ o05,80840,51 Ou, ainda: c) )(40333,0 00,300 400,100 0,300 Ai o o o −∠= ∠ −∠ =Ω )(1300,2 900,50 400,100 5,0 Ai o o o H −∠=∠ −∠ = )(50100,0 900,1000 400,100 10 Ai o o o F ∠=−∠ −∠ =µ =++= 321 iiiitotal )(40333,0 A o−∠ + )(1300,2 Ao−∠ + )(50100,0 Ao∠ =totali 0,255 – j0,214 – 1, 286 – j1,532 + 0,064 + j0,077 = - 0,967 – j 1,669 = 1,929 │-120,09º Zeq = = totali v )(09,80840,51 09,120929,1 400,100 Ω∠= −∠ −∠ o o 4) O circuito é alimentado por uma tensão v (t) = 100 cos wt = 100,0 │0º (V). Calcular as correntes i1 e i2. 100,0 │0º = ( 5 + 10) i 1 + j wL i 1 - 10 i 2 - j w L i 2 0 = 20 i 2 + j w L i 2 - j w L i 1 24 100 = 15 i 1 + j w L ( i 1 - i 2 ) - 10 i 2 0 = 20 i 2 + j w L ( i 2 - i 1 ) - 10 i 1 100 = 15 i 1 + j w L ( i 1 - i 2 ) - 10 i 2 0 = 20 i 2 + j w L ( i 2 - i 1 ) - 10 i 1 100 = 15 i 1 + j 2 π 60 x 2 ( i 1 - i 2 ) - 10 i 2 0 = 20 i 2 + j 2 π 60 x 2 ( i 2 - i 1 ) - 10 i 1 100 = 15 i 1 + j 753, 982 ( i 1 - i 2 ) - 10 i 2 0 = 20 i 2 + j 753, 982 ( i 2 - i 1 ) - 10 i 1 1122 1090982,75390982,75320 iiii oo +∠=∠+ 1090982,753 )90982,75320( 1090982,753 90982,75320 222 1 +∠ ∠+ = +∠ ∠+ = iiii o o o 2221 76,0000,124,89048,754 )48,88247,754( )982,75310( )982,75320( iii j ji oo o −∠= ∠ ∠ = + + = 2222 1090982,753)76,0000,1(90982,753)76,0000,1(15100 iiii oooo −∠−−∠∠+−∠= 2222 10982,75324,89982,75376,015100 iijii oo −−∠+−∠= 2)265,0999,14(0,100 ij−= )(012,1666,6 012,1001,15 0,.100012,1001,150,100 22 Aii ∠=−∠ =−∠= )(25,0666,6)(012,1666,676,0000,11 AAxi ooo ∠=∠−∠=
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