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http://www.concurseirosocial.com.br Grupos de estudo e discussão Provas e apostilas para download Simulados e comentários Vídeo-aulas e compartilhamento de arquivos Notícias de concursos Venha estudar em grupo, discutir e se atualizar. GRÁTIS! l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 LEI DE INELEGIBILIDADES: 1. Conceito de Inelegibilidade. Estudamos anteriormente as Inelegibilidades previstas em sede constitucional, como parte dos princípios constitucionais do Direito Eleitoral. Na CF-88 estão dispostos os principais casos/fatos geradores de inelegibilidades, tanto as inelegibilidades absolutas quanto as relativas. No entanto, a própria Constituição cuidou de prevê, em seu art. 14, §9º, a possibilidade de disposição infraconstitucional sobre a matéria de inelegibilidades, por meio de Lei Complementar ao texto constitucional, regulando assim o tema de forma mais abrangente e completa: CF-88 Art. 14 § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) Conceito de Inelegibilidade. Conforme leciona o Professor José Gomes, a inelegibilidade consiste no “impedimento ao exercício da cidadania passiva, de maneira que o cidadão fica impossibilitado de ser escolhido para ocupar cargo político-eletivo. Em outros termos, trata-se de fator negativo cuja presença obstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional, tornando-o inapto para receber votos e, pois, exercer mandato www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 representativo”. Como já dissemos anteriormente, as inelegibilidades são circunstâncias previstas na CF-88 e em Lei Complementar que impedem o cidadão de exercitar sua capacidade eleitoral passiva (de eleger-se). São circunstâncias que restringem a elegibilidade do cidadão, limitam a sua possibilidade de candidatar-se em uma eleição. Na Lei Complementar nº 64/90 estão previstas as doutrinariamente chamadas de Inelegibilidades Legais, dentro do rol da classificação das inelegibilidades relativas. Contudo, a LC nº 64 acaba por prevê também hipóteses de inelegibilidades absolutas (impedimentos para assunção de qualquer cargo eletivo). À frente veremos que a LC nº 64 teve severas alterações e inclusões em decorrência da LC nº 135/2010, a chamada “Lei da Ficha Limpa”. Aconselho a fixarem bastante nestas alterações, pois serão matéria certa em todos os concursos de TREs vindouros, inclusive no TRE/ES! 2. Fatos Geradores de Inelegibilidades da LC nº 64/90. A LC nº 64/90 divide as inelebilidades nos seguintes critérios: 1. para QUALQUER CARGO; 2. para PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA; 3. para GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR; 4. para PREFEITO e VICE-PREFEITO; 5. para o SENADO FEDERAL; 6. para a CÂMARA MUNICIPAL. Seguiremos este mesmo roteiro na Aula. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO. São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem exceção: 1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS. Isto eu já sei Professor! Verdade! Mas foi repetido na LC nº 64/90, e por isso faço referência para vocês! Como disse, esta é uma repetição do que já dispõe a CF-88 em seu art. 14, §4º: CF-88 Art. 14 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Reescrevo o que já havia comentado nas inelegibilidades previstas na CF-88: INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também, por óbvio, ser candidato. Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os Conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Consoante o Código Eleitoral são também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88) II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Resumo: www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 São INALISTÁVEIS: 1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88); 2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos (segundo o Código Eleitoral). ? ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser eleito. Por disposição constitucional e legal, o analfabeto não tem capacidade eleitoral passiva. Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá, desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para aferição se o candidato é ou não analfabeto. Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como elegível. Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS! 2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas Municipais. Os membros das Casas Legislativas são: Deputados Federais, Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores. Esta inelegibilidade decorrente de Perda de Mandato é para eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato! www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA ETÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 As causas de Perda de Mandato são as previstas no art. 55, I e II, combinados com o art. 54, da CF-88, destacando-se a realização de procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. In verbis: CF-88 Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior (art. 54); II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que PERDEREM seus cargos eletivos por processo de impeachment (infrigência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município). A antiga redação da LC nº 64/90 previa que a inelegibilidade decorrente da Perda de Mandato de Governador e Prefeito era para eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 3 ANOS posteriores ao término do mandato. ALTERAÇÃO! Com a LC nº 135/10, o prazo foi modificado nos seguintes termos: durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato! 4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO (2ª INSTÂNCIA), em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. Vamos por partes. Esta LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) teve por objetivo principal impedir a candidatura de políticos condenados por crimes e condutas graves, por um colegiado de juízes (2ª instância), sem necessitar que o possível crime/conduta seja julgado em todas as instâncias jurídicas (desde a 1ª até a última instância). Assim, com esta nova regulamentação, o candidato estará com a “ficha suja”, inelegível para pleitear o cargo eletivo, se for condenado nos www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 termos da LC nº 64/90, em decisão transitada em julgado ou em decisão judicial colegiada de 2ª instância (que dispensa o trânsito em julgado). Outro ponto relevante foi a extensão do prazo de inelegibilidade, passando de 3, 4 ou 5 anos para 8 anos. A regra do item 4 visa proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na Administração Pública, na esteira do art. 14, §9º, da CF-88: Art. 14 § 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. ALTERAÇÃO! Com isso, será inelegível qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo aquele que, em processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado – 2ª instância (esta não depende do trânsito em julgado!). Esta inelegibilidade tem efeitos para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. A antiga redação do dispositivo não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS da decisão. 5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA PENA: a. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; c. contra o meio ambiente e a saúde pública; d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a maioria comete estes crimes! Rsrs); g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser considerado inelegível; i. contra a vida e a dignidade sexual; j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; ALTERAÇÃO! Serão, portanto, inelegíveis para qualquer cargo os condenados pelos crimes listados acima, desde que a decisão penal já tenha transitada em julgado ou seja proferida por órgão judicial colegiado (esta não depende do trânsito em julgado!). O início dos efeitos desta inelegibilidade é desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA PENA. Não é 8 ANOS após a condenação, mas após o cumprimento da www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 pena! Com isso,o prazo pode ser bem superior. Ex: 5 anos de cumprimento de pena a que foi condenado + 8 anos após este cumprimento = 12 ANOS de INELEGIBILIDADE! A anterior redação do dispositivo abarcava apenas alguns crimes, não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS após o cumprimento da pena. Antiga redação LC nº 64/90 Art. 1º São inelegíveis: I - para qualquer cargo: e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena; Atenção! Além disso, a LC 135/10 trouxe a previsão de que a inelegibilidade decorrente da condenação pelos crimes dispostos acima NÃO SE APLICARÁ aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor potencial ofensivo e aos crimes de ação penal privada. Art. 1 § 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; Esta inelegibilidade é referente à perda de posto e patente do militar que for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, conforme www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 art. 142, §3º, VI, da CF-88: Art. 142 § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; A única alteração da previsão legal foi quanto ao prazo de inelegibilidade, que era de 3 ANOS, passando para 8 ANOS. 7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição. Considerações sobre a inelegibilidade por Rejeição de Contas: a. todo aquele que exerce cargo ou função pública que tiver suas contas rejeitadas pelo Poder Legislativo (auxiliado pelo órgão de Controle Externo – Tribunal de Contas) de cada Ente Federativo (União, Estados, DF e Municípios) será inelegível se preenchidas as seguintes condições: • a irregularidade seja insanável – são irregularidades graves, não passíveis de simples correção, perpetradas com dolo ou má-fé e www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 lesivas ao interesse público; • configuração de ato de improbidade administrativa na modalidade DOLOSA! Se for ato de improbidade administrativa na modalidade culposa, não configurará a inelegibilidade. • decisão irrecorrível (final e irretratável) do órgão competente (Poder Legislativo auxiliado por seu Tribunal de Contas – TCU, TCEs e TCMs); b. Se esta decisão do órgão competente for suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, também não configurará a inelegibilidade; c. Os efeitos das inelegibilidades são extensíveis para as eleições que se realizarem 8 ANOS a partir da decisão irrecorrível. A redação anterior previa o prazo de 5 ANOS. d. Os ordenadores das despesas serão também considerados inelegíveis em caso de rejeição das contas! 8. os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; Esta hipótese de inelegibilidade assemelha-se à prevista no item 4, por coibirem o abuso do poder econômico ou político nas eleições. Naquela prevista em referido item 4 são sancionados com a www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 inelegibilidade qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo que, em processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa. Aqui, apenas aqueles que detenham determinado CARGO na Administração Pública, considerada em sentido amplo (direta, indireta ou fundacional) serão assim penalizados. Ex: um Governador que quer eleger um amigo seu e abusa do poder político; o Governador incidirá na inelegibilidade do item 8 (detentor de cargo na Administração); já seu amigo incidirá na inelegibilidade do item 4 (por ser candidato a cargo eletivo). 9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade; Todo aquele que tiver exercido cargo ou função de direção/administração/representação em instituição financeira (estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro), objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, nos 12 MESES anteriores à decretação de liquidação, são considerados inelegíveis enquanto não ficar comprovado que não têm responsabilidade pela liquidação. Ex: o Presidente do Banco Santos, que teve há alguns anos decretada sua liquidação, seria considerado inelegível para qualquer cargo enquanto não fosse exonerado de responsabilidade. Inelegibilidades para qualquer cargo inseridas pela LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) Prezados, abaixo veremos as novas hipóteses de www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 inelegibilidadespara qualquer cargo incluídas recentemente pela LC nº 135/10: 10. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA, pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição; São as seguintes as condutas passíveis de condenação pela Justiça Eleitoral: a. corrupção eleitoral, b. captação ilícita de sufrágio, c. doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha d. conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais Lembro que a condenação deve implicar em cassação do registro ou diploma para que configure a inelegibilidade! 11. o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS FEDERAIS), das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infrigência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subseqüentes ao término da legislatura; Desse modo, mesmo que renuncie ao cargo de todos os detentores de cargos eletivos APÓS o momento em que for oferecida representação para abertura de processo judicial com base na legislação eleitoral/constitucional, os detentores de mandato eletivo estarão agora INELEGÍVEIS para qualquer cargo. A Lei quer evitar que o detentor de mandato eletivo renuncie ao cargo para furtar-se de penalização de que venha a, no futuro, declará-lo inelegível. INCLUSÃO RECENTE: No entanto, se for renúncia para fins eminentemente de desincompatibilização para pleitear outro cargo eletivo ou para assumir mandato, a LC nº 135/10 dispõe que esta renúncia NÃO GERARÁ a inelegibilidade comentada, salvo se a Justiça Eleitoral reconhecer que foi feita apenas como meio de fraude. Art. 1 § 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar. 12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato DOLOSO de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; Observem que será considerado inelegível por 8 ANOS após o cumprimento da pena aquele condenado à suspensão dos direitos políticos por ato de improbidade administrativa na sua modalidade dolosa! Os outros casos de suspensão dos direitos políticos e a condenação por ato de improbidade administrativa na modalidade culposa não implicam nesta www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 específica inelegibilidade por 8 ANOS após a condenação. 13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético- profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; Um exemplo é o caso do Advogado punido em Processo Administrativo por infração ético-profissional (ex: furtar dinheiro de seu cliente) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Este Advogado será considerado inelegível por 8 ANOS desde a decisão sancionatória, salvo se anulada ou suspensa pelo Poder Judiciário. 14. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a decisão que reconhecer a fraude; Esta nova previsão é mais do que justa, porque anteriormente era bastante difícil coibir a prática de simulação de quebra do vínculo conjugal para fugir da inelegibilidade reflexa dos cônjuges. Agora, os condenados por tal prática (tanto o detentor do cargo de Chefe do Poder Executivo quanto seu cônjuge) serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da decisão que reconhece a fraude. 15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; A partir da LC nº 135/10, aqueles servidores públicos que forem sancionados com a pena de DEMISSÃO (não se aplica pena de suspensão e de advertência) em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou em www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 Processo Judicial, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da demissão, salvo suspensão ou anulação da decisão pelo Poder Judiciário. 16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22; As pessoas físicas e os dirigentes de pessoas jurídicas que fizerem DOAÇÕES ILEGAIS, se condenados por tal conduta, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS. 17. os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. Não somente os servidores públicos demitidos são considerados inelegíveis, mas também os MAGISTRADOS (Juízes) e Membros do MP que forem aposentados compulsoriamente (como decisão sancionatória), que tenham perdido o cargo por sentença (conforme previsto na Lei Orgânica respectiva) ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria na pendência de PAD. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVAAULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da República. Para concorrerem aos cargos de Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito), é necessária a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO de agentes públicos e membros de algumas categorias, sob pena de serem considerados inelegíveis. Mas, Professor, o que é desincompatibilização? É simples colegas! Não se assustem! A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do possível candidato. Mas são todos os detentores de cargos eletivos que precisam se desincompatibilizar? Não! O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam! Ex: um Prefeito quer ser Governador ou Senador). Art. 14 § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. LC 64/90 Art. 1º § 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 antes do pleito. Por óbvio, para a REELEIÇÃO nos cargos de Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais NÃO É NECESSÁRIA a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO! Relevante regra insculpida na LC nº 64/90 refere-se à condição do VICE. O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito somente poderão concorrer a OUTROS CARGOS, preservando os respectivos mandatos (isto é, mantendo-se como Vice), desde que nos últimos 6 MESES antes do pleito NÃO TENHAM SUCEDIDO ou SUBSTITUÍDO o titular. LC 64/90 Art. 1º § 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular. Abaixo estão todas as hipóteses de desincompatibilização aplicáveis aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: a) sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições: 1. os Ministros de Estado: 2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da República; 3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República; 4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; 5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República; 6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica; 8. os Magistrados; 9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público; 10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios; 11. os Interventores Federais; 12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos Estados e no DF); 13. os Prefeitos Municipais; 14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de Municípios); 15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal; 16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de Estado); b) também precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições, sob pena de serem considerados inelegíveis os que: 1. os que exerçam nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal – Ex: Ministros do TCU, Ministros do STF e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central , etc. 2. os que tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades; 3. os que exerçam cargo ou função de direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962 (atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas influir na economia nacional; c) Ademais, serão considerados INELEGÍVEIS para o cargo de Presidente e Vice Presidente da República: 1. os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da Lei nº 4.137/62 (atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) MESES antes do pleito, a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas; 2. os que tenham, dentro dos 4 (quatro) MESES anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social; 3. os que, até 6 (seis) MESES depois de afastados das funções, tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITOELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 que obedeçam a cláusulas uniformes; 4. os que, dentro de 6 (seis) MESES anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes; 5. os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 (seis) MESES anteriores ao pleito; 6. os que, SERVIDORES PÚBLICOS, ESTATUTÁRIOS OU NÃO (inclusive os funcionários públicos celetistas), dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, GARANTIDO o direito à percepção dos seus vencimentos INTEGRAIS; www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice. São inelegíveis para o cargo de Governador e Vice-Governador de Estado e do DF os seguintes: 1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os inelegíveis restantes quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os mesmo prazos de desincompatibilização; 2. até 6 (seis) MESES depois de afastados definitivamente de seus cargos ou funções: a. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal; b. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea; c. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios; d. os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres; 2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice. São inelegíveis para Prefeito e Vice-Prefeito Municipal: 1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) MESES para a desincompatibilização – observem que o prazo de desincompatibilização para concorrer ao cargo de PREFEITO é www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 de 4 MESES e não de 6 meses! 2. os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) MESES anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais – observo que, com a redação do art. 128, II, e, da CF-88, esta inelegibilidade para o MP só pode ser aplicada para os membros que ingressaram antes de 1988. 3. as AUTORIDADES policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito. Destaco que neste caso a LC nº 64/90 previu a necessidade de desincompatibilização de 4 MESES antes do pleito para as AUTORIDADES policiais (Delegados e Oficiais), sendo silente a respeito dos agentes de polícia e militares que não detenham posto de autoridade. Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE ? 4 MESES Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) ? 6 MESES 2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL. São inelegíveis para o Senado Federal: 1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os inelegíveis restantes quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os mesmo prazos de desincompatibilização; 2. em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de desincompatibilização; www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa. São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de desincompatibilização. 2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL. São inelegíveis para a Câmara Municipal: 1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL e para a CÂMARA DOS DEPUTADOS, observado o prazo de 6 (seis) MESES para a desincompatibilização; 2. em cada Município, os inelegíveis para os cargos de PREFEITO E VICE-PREFEITO, observado o prazo de 6 (seis) MESES para a desincompatibilização . Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE ? 4 MESES Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) ? 6 MESES www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 3. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC). Esta parte da Lei Complementar nº 64/90 é realmente um pouco complicada para memorizar e entender todos os aspectos legais e doutrinários. No entanto, tentarei simplificar ao máximo para que possam familiarizar-se com os temas sem maiores dificuldades. A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é prevista na Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades), em seus arts. 3º e seguintes. Objeto da AIRC. A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado. As Condições de Elegibilidades nós já conhecemos, estão lembrados? São aquelas previstas no art. 14, §3º, da CF-88: CF-88 Art. 14 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílioeleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador*; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Já as Causas de Inelegibilidade são previstas no art. 14, §§ 4º- 8º, da CF-88 e na Lei Complementar nº 64/90 (Causas de Inelegibilidade Legais). Com isso, caso algum candidato que pleiteie registro de candidatura não preencha alguma das condições de elegibilidade ou incorra em alguma dessas causas de inelegibilidade, tanto Constitucionais quanto Legais, poderá ter seu registro de candidatura impugnado! Exemplos de fundamentos para a AIRC: 1. candidato a Deputado Federal com apenas 19 anos de idade (não preencheu requisito básico de elegibilidade para o cargo almejado: idade mínima de 21 ANOS); 2. candidato a Prefeito Municipal analfabeto; 3. servidor público que não se desincompatibilizou de suas funções no prazo legal. Causas de Inelegibilidade Constitucionais Art. 14 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97) § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato, obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de registro do candidato. Preclusão das inelegibilidades. Ensina o Professor José Gomes que se a inelegibilidade infraconstitucional (LC nº 64) não for argüida via AIRC e nem pronunciada de ofício pelo Juiz, haverá preclusão (perda do direito de alegá-la por meio da AIRC). Todavia, se a inelegibilidade for de ordem constitucional nunca precluirá, podendo ser alegada via Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), matéria fora de nosso estudo. Legitimidade Ativa. Quem é legítimo para impugnar o registro de candidatos? São legitimados para manejar a AIRC: 1. qualquer candidato (os adversários); 2. Partidos Políticos 3. Coligações www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 4. Ministério Público Eleitoral A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE) competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no mesmo sentido. O membro do MPE (Promotor Eleitoral) que nos últimos 4 ANOS tiver sido candidato a cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidiária está vedado por lei de propor AIRC! Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido. § 2° Não poderá impugnar (vedação legal) o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária. Devo observar que para a doutrina majoritária e para jurisprudência do TSE, a falta das condições de elegibilidade e a presença de causa de inelegibilidade poderão ser também reconhecidas ex officio pelo JUIZ, isto é, poderá reconhecer sem a provocação dos legitimados ativos. Por isso, qualquer cidadão poderá dar notícia ao Magistrado Eleitoral de alguma causa de inelegibilidade ou do não preenchimento das condições de elegibilidade de algum candidato. Com base nela poderá o magistrado cassar o registro do candidato se for confirmada. Friso, contudo, que tal notícia não constitui a AIRC, pois o cidadão não tem legitimidade para impugnar registro de candidatura. Legitimidade Passiva. Os que irão figurar no pólo passivo da AIRC são os pré- www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 candidatos a cargos eletivos. A AIRC deve ser interposta após o pedido de registro de candidatura, mas antes do seu deferimento. Órgão Competente para julgar a AIRC. Por simples raciocínio lógico poderíamos inferir que a competência para julgar a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) cingir- se-ia à Justiça Eleitoral. Contudo, a Lei estabelece os seguintes critérios de determinação de competência para julgamento da AIRC: 1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República; 2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; 3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. RITO PROCESSUAL DA AIRC: 1. Prazo para interposição da AIRC. Como determina o art. 3 da LC nº 64/90, o prazo para interpor a AIRC é de 5 (CINCO) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO. Vejam que este prazo e os listados à frentediferem-se da regra de prazos no Direito Eleitoral, que é de 3 DIAS. O pedido de registro de candidatura tem prazo limite até às 19 HORAS do dia 5 JULHO. O prazo para interpor a AIRC, portanto, é em até 5 DIAS da publicação do pedido de registro. Com a petição inicial da AIRC o autor já deve desde logo especificar os meios de prova que pretende produzir. As testemunhas a serem arroladas estão limitadas ao número máximo de 6 (seis). www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 Art. 2 § 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). 2. Contestação. Com o ajuizamento da AIRC, antes de notificar o impugnado deve-se esperar que seja esgotado o prazo de 5 DIAS da publicação do pedido de registro do candidato. Passando este prazo, deve-se proceder à notificação do impugnado. Após a notificação, o CANDIDATO impugnado, o PARTIDO POLÍTICO ou a COLIGAÇÃO têm prazo de 7 (SETE) DIAS para apresentar CONTESTAÇÃO contra a AIRC. Assim, a partir da data em que terminar o prazo para impugnação (5 DIAS após a publicação do pedido de registro do candidato), estando regularmente notificado o candidato, começa o prazo para a contestação. Na Contestação poderão ser juntados documentos, arroladas testemunhas e requerer produção de provas. Abre-se, com isso, a fase instrutória do processo da AIRC, onde serão produzidas as provas do alegado na petição inicial. Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça. Se for matéria eminentemente jurídica (somente de Direito) e a necessidade de prova não for relevante, NÃO serão inquiridas as testemunhas. No entanto, se a matéria for fática (não restritamente jurídico/abstrata) e se a prova for imprescindível para o deslinde do www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 caso, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes ao término do prazo da contestação para a INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS tanto do impugnante quanto do impugnado (autor e réu da AIRC), no número máximo de 6 testemunhas. Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matéria de direito e a prova protestada for relevante, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as tiverem arrolado, com notificação judicial. § 1° As testemunhas do impugnante e do impugnado serão ouvidas em uma só assentada. § 2° Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator, procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a requerimento das partes. § 3° No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão da causa. § 4° Quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito. § 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência. 3. Alegações Finais. Todas as PARTES - impugnante e impugnado (autor e réu da AIRC) - e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS no processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS após o encerramento do prazo da instrução probatória (encerramento da fase instrutória). Mas o que são essas “Alegações Finais” Professor? São as razões finais (argumentos finais) apresentadas no www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 processo pelas partes após a fase instrutória/probatória. Primeiro o autor interpõe a AIRC, abre-se o prazo para o réu Contestar, iniciando também a fase instrutória. Após o encerramento desta fase probatória, as partes e o MPE têm prazo de 5 DIAS para apresentar as alegações finais. Art. 6° Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as PARTES, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar ALEGAÇÕES no prazo comum de 5 (cinco) dias. 4. Sentença. Com a apresentação ou não das alegações finais, findo o prazo para sua interposição, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e TREs) para Sentença do Juiz Eleitoral ou Julgamento da Corte Eleitoral competente. Na decisão, conforme dispõe o Direito Processual e, especificamente, o parágrafo único do art. 7º da LC nº 64/90, para formar sua convicção, o Juiz ou o Relator gozam de liberdade para apreciar o acervo probatório, devendo atentar aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Quanto aos pedidos de registro de candidatos nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo ao magistrado. Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal. Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento. Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral. 5. Recursos e Contra-razões. Tão logo passem estes 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia- se novo prazo de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz Eleitoral para o Tribunal. O TSE inclusive editou a Súmula10 a respeito da contagem inicial do prazo de recurso contra a sentença do Juiz Eleitoral em AIRC: TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92 Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso Ordinário No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo – 3 dias. Assim, mesmo que a Sentença do Juiz seja proferida antes do prazo de 3 dias da conclusão do processo, o prazo para recurso desta Sentença somente começará a correr após a finalização deste prazo. De outro lado, a LC nº 64/90 dispõe que a partir da interposição do RECURSO contra a Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE. Art. 8. § 1° A partir da data em que for protocolizada a petição de recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões. § 2° Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 correndo as despesas do transporte por conta do recorrente, se tiver condições de pagá-las. Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau cabe RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 DIAS a contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE). Art. 11. Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2 (duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu voto e serão tomados os dos demais Juízes. § 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, em petição fundamentada. RESUMO do Rito Processual da AIRC: • Publicação do pedido de registro de candidatura – 5 DIAS para interpor a AIRC; • Apresentada a AIRC, notifica-se o candidato impugnado para apresentar CONTESTAÇÃO em 7 DIAS; • Após o prazo da contestação, poderá abrir-se o prazo de 4 DIAS para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS; • Encerrada a fase instrutória (probatória), todas PARTES e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS; • Com o fim do prazo para alegações finais, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e TREs) para Sentença ou Julgamento. Nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo ao magistrado. • Passados os 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-se novo prazo www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz Eleitoral para o Tribunal. Ademais, interposto o RECURSO contra a Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. • Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE. 6. Prazos de Impugnação de Registro. São peremptórios (terminantes, implacáveis), contínuos e correm em secretaria ou Cartório os prazos desde o encerramento do registro até a proclamação dos eleitos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados. Art. 16. Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta lei complementar são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados. 7. Efeitos da AIRC. ALTERAÇÃO RECENTE! Com o TRÂNSITO EM JULGADO ou com a publicação da decisão proferida por ÓRGÃO COLEGIADO que declarar a inelegibilidade do candidato, poderão ocorrer 2 (duas) hipóteses: a) se o impugnado ainda não tiver obtido o registro de candidatura, ser-lhe-á NEGADO O REGISTRO! b) se o impugnado já tiver obtido o registro de candidatura, abre-se 2 (duas) possibilidades: a. o registro será cancelado, se for antes da diplomação – como não ocorreu a diplomação, basta cancelar o registro; b. será declarado nulo o diploma se já tiver sido expedido; com a expedição do diploma, não como www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 cancelar o registro, sendo necessária a declaração de nulidade do diploma. A decisão que nega o registro, cancela o registro ou declara nulo o diploma deverá ser comunicada ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do candidato réu. Art. 15. Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput, independentemente da apresentação de recurso, deverá ser comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do réu. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 8. Substituto ao Candidato Inelegível e Inelegibilidade do Titular X Vice. A Lei assegura aos Partidos Políticos ou às Coligações o direito de substituir o candidato considerado inelegível por outro candidato, escolhido pela Comissão Executiva do Partido, mesmo que a decisão transitada em julgado tenha sido proferida após o término do prazo de registro (19 horas do dia 5 Julho). Conforme preleciona o art. 18 da LC nº 64/90, a declaração de inelegibilidade do candidato a TITULAR de Chefe do Poder Executivo é independente da candidatura do candidato a VICE, isto é, a declaração de inelegibilidade do candidato a TITULAR não atingirá a candidatura do VICE por, em regra, ter caráter personalíssimo. A Lei nº 9.504/97 também faculta aos Partidos e Coligações substituir o candidato inelegível até 10 DIAS contados da notificação do www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 partidoda decisão judicial de inelegibilidade. Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer o registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato. Art. 18. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice- Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingirá aqueles. Lei nº 9.504/97 Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. § 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 9. Argüição de Inelegibilidade como Crime Eleitoral. A LC nº 64/90 prevê que a argüição de inelegibilidade ou a impugnação de registro de candidato com fundamento em interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé constitui CRIME ELEITORAL punido com pena de 6 MESES a 2 ANOS e multa. Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé: Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 20 (vinte) a 50 (cinqüenta) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 40 4. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Previsão Normativa e Objetivo da AIJE. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) tem por fundamento primeiro o art. 14, §9º, da CF-88, que estabelece os bens tutelados pela AIJE: probidade administrativa, moralidade para o exercício do mandato, a normalidade e a legitimidade das eleições, evitando-se a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego. Art. 14 § 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Com efeito, a AIJE tem disciplinamento previsto no art. 22 da LC nº 64/90: Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá REPRESENTAR (AIJE) à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de INVESTIGAÇÃO JUDICIAL para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...) A AIJE, que é chamada na Lei de “representação”, poderá ser manejada nas hipóteses de transgressões à legislação eleitoral que venham a beneficiar candidatos ou pré-candidatos, desequilibrando o pleito eleitoral ao não respeitar a igualdade entre os candidatos. Estas transgressões são listadas na LC nº 64/90 nos seguintes termos: a) transgressões relativas à origem de valores www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 41 pecuniários; b) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou político/autoridade, em detrimento da liberdade do voto; c) utilização indevida de veículos; d) utilização indevida de meios de comunicação social. Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Prazo para proposição da AIJE. Conforme a doutrina majoritária, apesar da não previsão em Lei, a AIJE deve ser proposta a partir do REGISTRO DA CANDIDATURA até a DIPLOMAÇÃO do candidato. Segundo o TSE, a AIJE não poderá ser proposta após a diplomação do candidato, pois o processo seria extinto em “razão de decadência” (Acórdão TSE nº 628). Legitimidade Ativa. Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE: 1. qualquer candidato; 2. Partidos Políticos 3. Coligações www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 42 4. Ministério Público Eleitoral O Eleitor/cidadão NÃO tem legitimidade para interpor a AIJE. Legitimidade Passiva. Conforme pacífica jurisprudência do TSE, no pólo passivo da AIJE podem figurar candidato, pré-candidato, e também qualquer pessoa (cidadão) que haja contribuído para a prática abusiva. Competência para julgar a AIJE. A competência para julgar a AIJE é do CORREGEDOR-GERAL da Justiça Eleitoral (Ministro do STJ no TSE), dos CORREGEDORES REGIONAIS ELEITORAIS (nos TREs) e dos Juízes Eleitorais. A competência para conhecer e julgar a AIJE liga-se à natureza das eleições, determinando-se da seguinte forma: 1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a competência é do Corregedor-Geral Eleitoral; 2. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual, Governador e Vice-Governador, a competência é do Corregedor Regional Eleitoral; 3. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a competência é dos Juízes Eleitorais. Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei complementar serão
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