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Concurseiro Social Lei de Inelegibilidades Comentada

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
AULA 3 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
2 
 
LEI DE INELEGIBILIDADES: 
 
 1. Conceito de Inelegibilidade. 
 
Estudamos anteriormente as Inelegibilidades previstas em sede 
constitucional, como parte dos princípios constitucionais do Direito Eleitoral. 
Na CF-88 estão dispostos os principais casos/fatos geradores de 
inelegibilidades, tanto as inelegibilidades absolutas quanto as relativas. No 
entanto, a própria Constituição cuidou de prevê, em seu art. 14, §9º, a 
possibilidade de disposição infraconstitucional sobre a matéria de 
inelegibilidades, por meio de Lei Complementar ao texto constitucional, 
regulando assim o tema de forma mais abrangente e completa: 
 CF-88 
Art. 14 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger 
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
Conceito de Inelegibilidade. 
Conforme leciona o Professor José Gomes, a inelegibilidade 
consiste no “impedimento ao exercício da cidadania passiva, de maneira 
que o cidadão fica impossibilitado de ser escolhido para ocupar cargo 
político-eletivo. Em outros termos, trata-se de fator negativo cuja 
presença obstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional, 
tornando-o inapto para receber votos e, pois, exercer mandato 
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AULA 3 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
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3 
representativo”. 
Como já dissemos anteriormente, as inelegibilidades são 
circunstâncias previstas na CF-88 e em Lei Complementar que impedem o 
cidadão de exercitar sua capacidade eleitoral passiva (de eleger-se). São 
circunstâncias que restringem a elegibilidade do cidadão, limitam a sua 
possibilidade de candidatar-se em uma eleição. 
Na Lei Complementar nº 64/90 estão previstas as 
doutrinariamente chamadas de Inelegibilidades Legais, dentro do rol da 
classificação das inelegibilidades relativas. Contudo, a LC nº 64 acaba por 
prevê também hipóteses de inelegibilidades absolutas (impedimentos para 
assunção de qualquer cargo eletivo). 
 
À frente veremos que a LC nº 64 teve severas alterações e inclusões em 
decorrência da LC nº 135/2010, a chamada “Lei da Ficha Limpa”. 
Aconselho a fixarem bastante nestas alterações, pois serão matéria certa em 
todos os concursos de TREs vindouros, inclusive no TRE/ES! 
 
 
2. Fatos Geradores de Inelegibilidades da LC nº 64/90. 
 
A LC nº 64/90 divide as inelebilidades nos seguintes critérios: 
1. para QUALQUER CARGO; 
2. para PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA; 
3. para GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR; 
4. para PREFEITO e VICE-PREFEITO; 
5. para o SENADO FEDERAL; 
6. para a CÂMARA MUNICIPAL. 
Seguiremos este mesmo roteiro na Aula. 
 
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4 
 
 2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO. 
 
São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem 
exceção: 
1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS. 
Isto eu já sei Professor! 
Verdade! Mas foi repetido na LC nº 64/90, e por isso faço 
referência para vocês! 
Como disse, esta é uma repetição do que já dispõe a CF-88 em seu 
art. 14, §4º: 
CF-88 
Art. 14 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Reescrevo o que já havia comentado nas inelegibilidades previstas 
na CF-88: 
INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a 
alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também, por óbvio, 
ser candidato. Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os 
Conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Consoante o Código Eleitoral 
são também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua nacional 
e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos 
políticos. 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da 
Constituição/88) 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente 
dos direitos políticos. 
Resumo: 
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5 
São INALISTÁVEIS: 
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88); 
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam 
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos 
(segundo o Código Eleitoral). 
? ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser 
facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser 
eleito. Por disposição constitucional e legal, o analfabeto não tem 
capacidade eleitoral passiva. 
Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a 
inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato 
documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à 
prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá, 
desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para 
aferição se o candidato é ou não analfabeto. 
Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos 
atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como 
elegível. 
Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos 
de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS! 
 
2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional, 
Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras 
Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na 
forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos 
equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas 
Municipais. 
Os membros das Casas Legislativas são: Deputados Federais, 
Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores. 
Esta inelegibilidade decorrente de Perda de Mandato é para 
eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do 
mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato! 
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ANALISTA ETÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
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6 
As causas de Perda de Mandato são as previstas no art. 55, I e II, 
combinados com o art. 54, da CF-88, destacando-se a realização de 
procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. In 
verbis: 
CF-88 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 
anterior (art. 54); 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista 
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades 
constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que 
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", 
nas entidades referidas no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das 
entidades a que se refere o inciso I, "a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
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3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que 
PERDEREM seus cargos eletivos por processo de 
impeachment (infrigência a dispositivo da Constituição 
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei 
Orgânica do Município). 
A antiga redação da LC nº 64/90 previa que a inelegibilidade 
decorrente da Perda de Mandato de Governador e Prefeito era para eleições 
que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 3 
ANOS posteriores ao término do mandato. 
ALTERAÇÃO! 
Com a LC nº 135/10, o prazo foi modificado nos seguintes termos: 
durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores 
ao término do mandato! 
 
 
4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO 
julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão 
TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO 
JUDICIAL COLEGIADO (2ª INSTÂNCIA), em processo de 
apuração de abuso do poder econômico ou político, para 
a eleição na qual concorrem ou tenham sido 
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 
(oito) anos seguintes. 
Vamos por partes. 
Esta LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) teve por objetivo principal 
impedir a candidatura de políticos condenados por crimes e condutas graves, 
por um colegiado de juízes (2ª instância), sem necessitar que o possível 
crime/conduta seja julgado em todas as instâncias jurídicas (desde a 1ª até a 
última instância). 
Assim, com esta nova regulamentação, o candidato estará com a 
“ficha suja”, inelegível para pleitear o cargo eletivo, se for condenado nos 
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termos da LC nº 64/90, em decisão transitada em julgado ou em decisão 
judicial colegiada de 2ª instância (que dispensa o trânsito em julgado). 
Outro ponto relevante foi a extensão do prazo de inelegibilidade, 
passando de 3, 4 ou 5 anos para 8 anos. 
A regra do item 4 visa proteger a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na Administração Pública, na esteira do art. 14, §9º, 
da CF-88: 
Art. 14 
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
ALTERAÇÃO! 
Com isso, será inelegível qualquer candidato ou detentor de 
cargo eletivo aquele que, em processo de apuração de abuso de poder 
econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral 
REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa, em decisão transitada em julgado 
ou proferida por órgão judicial colegiado – 2ª instância (esta não 
depende do trânsito em julgado!). 
Esta inelegibilidade tem efeitos para a eleição na qual 
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se 
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. 
A antiga redação do dispositivo não previa a hipótese de decisão 
por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de 
até 3 ANOS da decisão. 
 
 
5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo, 
em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por 
ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o 
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transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o 
CUMPRIMENTO DA PENA: 
a. contra a economia popular, a fé pública, a 
administração pública e o patrimônio público; 
b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o 
mercado de capitais e os previstos na lei que regula a 
falência; 
c. contra o meio ambiente e a saúde pública; 
d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa 
de liberdade; 
e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver 
condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o 
exercício de função pública; 
f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a 
maioria comete estes crimes! Rsrs); 
g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, 
tortura, terrorismo e hediondos; 
h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um 
Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho 
escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser 
considerado inelegível; 
i. contra a vida e a dignidade sexual; 
j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou 
bando; 
ALTERAÇÃO! 
Serão, portanto, inelegíveis para qualquer cargo os condenados 
pelos crimes listados acima, desde que a decisão penal já tenha transitada 
em julgado ou seja proferida por órgão judicial colegiado (esta não 
depende do trânsito em julgado!). 
O início dos efeitos desta inelegibilidade é desde a condenação até 
o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA 
PENA. Não é 8 ANOS após a condenação, mas após o cumprimento da 
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10 
pena! Com isso,o prazo pode ser bem superior. Ex: 5 anos de cumprimento de 
pena a que foi condenado + 8 anos após este cumprimento = 12 ANOS de 
INELEGIBILIDADE! 
A anterior redação do dispositivo abarcava apenas alguns crimes, 
não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha 
efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS após o cumprimento da pena. 
Antiga redação 
LC nº 64/90 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença 
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia 
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio 
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes 
e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o 
cumprimento da pena; 
Atenção! 
Além disso, a LC 135/10 trouxe a previsão de que a inelegibilidade 
decorrente da condenação pelos crimes dispostos acima NÃO SE APLICARÁ 
aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor potencial 
ofensivo e aos crimes de ação penal privada. 
Art. 1 
§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo 
não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei 
como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação 
penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 
 
6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com 
ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; 
Esta inelegibilidade é referente à perda de posto e patente do 
militar que for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, conforme 
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11 
art. 142, §3º, VI, da CF-88: 
Art. 142 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados 
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas 
em lei, as seguintes disposições: 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno 
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal 
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal 
especial, em tempo de guerra; 
A única alteração da previsão legal foi quanto ao prazo de 
inelegibilidade, que era de 3 ANOS, passando para 8 ANOS. 
 
7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas 
relativas ao exercício de cargos ou funções públicas 
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato 
doloso de improbidade administrativa, e por decisão 
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido 
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições 
que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a 
partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II 
do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de 
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido 
nessa condição. 
Considerações sobre a inelegibilidade por Rejeição de Contas: 
a. todo aquele que exerce cargo ou função pública que 
tiver suas contas rejeitadas pelo Poder Legislativo 
(auxiliado pelo órgão de Controle Externo – Tribunal de 
Contas) de cada Ente Federativo (União, Estados, DF e 
Municípios) será inelegível se preenchidas as seguintes 
condições: 
• a irregularidade seja insanável – são 
irregularidades graves, não passíveis de simples 
correção, perpetradas com dolo ou má-fé e 
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lesivas ao interesse público; 
• configuração de ato de improbidade 
administrativa na modalidade DOLOSA! Se 
for ato de improbidade administrativa na 
modalidade culposa, não configurará a 
inelegibilidade. 
• decisão irrecorrível (final e irretratável) do 
órgão competente (Poder Legislativo auxiliado 
por seu Tribunal de Contas – TCU, TCEs e 
TCMs); 
b. Se esta decisão do órgão competente for suspensa ou 
anulada pelo Poder Judiciário, também não configurará 
a inelegibilidade; 
c. Os efeitos das inelegibilidades são extensíveis para as 
eleições que se realizarem 8 ANOS a partir da decisão 
irrecorrível. A redação anterior previa o prazo de 5 
ANOS. 
d. Os ordenadores das despesas serão também 
considerados inelegíveis em caso de rejeição das 
contas! 
 
 
8. os detentores de cargo na administração pública direta, 
indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a 
terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, 
que forem condenados em decisão TRANSITADA EM 
JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL 
COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham 
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 
8 (oito) anos seguintes; 
Esta hipótese de inelegibilidade assemelha-se à prevista no item 4, 
por coibirem o abuso do poder econômico ou político nas eleições. 
Naquela prevista em referido item 4 são sancionados com a 
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inelegibilidade qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo que, em 
processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada 
procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa. 
Aqui, apenas aqueles que detenham determinado CARGO na 
Administração Pública, considerada em sentido amplo (direta, indireta ou 
fundacional) serão assim penalizados. 
Ex: um Governador que quer eleger um amigo seu e abusa do 
poder político; o Governador incidirá na inelegibilidade do item 8 (detentor de 
cargo na Administração); já seu amigo incidirá na inelegibilidade do item 4 
(por ser candidato a cargo eletivo). 
 
 
9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento 
ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de 
processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam 
exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva 
decretação, cargo ou função de direção, administração ou 
representação, enquanto não forem exonerados de 
qualquer responsabilidade; 
Todo aquele que tiver exercido cargo ou função de 
direção/administração/representação em instituição financeira 
(estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro), objeto de processo 
de liquidação judicial ou extrajudicial, nos 12 MESES anteriores à 
decretação de liquidação, são considerados inelegíveis enquanto não ficar 
comprovado que não têm responsabilidade pela liquidação. 
Ex: o Presidente do Banco Santos, que teve há alguns anos 
decretada sua liquidação, seria considerado inelegível para qualquer cargo 
enquanto não fosse exonerado de responsabilidade. 
 
 
Inelegibilidades para qualquer cargo inseridas pela LC nº 
135/10 (Lei da Ficha Limpa) 
Prezados, abaixo veremos as novas hipóteses de 
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inelegibilidadespara qualquer cargo incluídas recentemente pela LC nº 
135/10: 
 
10. os que forem condenados, em decisão transitada 
em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA 
ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita 
de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de 
recursos de campanha ou por conduta vedada aos 
agentes públicos em campanhas eleitorais que 
impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA, 
pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição; 
São as seguintes as condutas passíveis de condenação pela Justiça 
Eleitoral: 
a. corrupção eleitoral, 
b. captação ilícita de sufrágio, 
c. doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de 
campanha 
d. conduta vedada aos agentes públicos em 
campanhas eleitorais 
Lembro que a condenação deve implicar em cassação do registro 
ou diploma para que configure a inelegibilidade! 
 
11. o Presidente da República, o Governador de 
Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do 
Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS 
FEDERAIS), das Assembléias Legislativas, da Câmara 
Legislativa, das Câmaras Municipais, que 
RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento 
de representação ou petição capaz de autorizar a abertura 
de processo por infrigência a dispositivo da Constituição 
Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito 
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que 
se realizarem durante o período remanescente do 
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mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS 
subseqüentes ao término da legislatura; 
Desse modo, mesmo que renuncie ao cargo de todos os 
detentores de cargos eletivos APÓS o momento em que for oferecida 
representação para abertura de processo judicial com base na legislação 
eleitoral/constitucional, os detentores de mandato eletivo estarão agora 
INELEGÍVEIS para qualquer cargo. A Lei quer evitar que o detentor de 
mandato eletivo renuncie ao cargo para furtar-se de penalização de que venha 
a, no futuro, declará-lo inelegível. 
INCLUSÃO RECENTE: No entanto, se for renúncia para fins 
eminentemente de desincompatibilização para pleitear outro cargo eletivo ou 
para assumir mandato, a LC nº 135/10 dispõe que esta renúncia NÃO GERARÁ 
a inelegibilidade comentada, salvo se a Justiça Eleitoral reconhecer que foi 
feita apenas como meio de fraude. 
Art. 1 
§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas 
a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não 
gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a 
Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei 
Complementar. 
 
 
12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS 
DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato 
DOLOSO de improbidade administrativa que importe 
lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a 
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do 
prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; 
Observem que será considerado inelegível por 8 ANOS após o 
cumprimento da pena aquele condenado à suspensão dos direitos políticos por 
ato de improbidade administrativa na sua modalidade dolosa! Os outros 
casos de suspensão dos direitos políticos e a condenação por ato de 
improbidade administrativa na modalidade culposa não implicam nesta 
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específica inelegibilidade por 8 ANOS após a condenação. 
 
13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por 
decisão sancionatória do órgão profissional 
competente, em decorrência de infração ético-
profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato 
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; 
Um exemplo é o caso do Advogado punido em Processo 
Administrativo por infração ético-profissional (ex: furtar dinheiro de seu 
cliente) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Este Advogado será 
considerado inelegível por 8 ANOS desde a decisão sancionatória, salvo se 
anulada ou suspensa pelo Poder Judiciário. 
 
14. os que forem condenados, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão 
de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo 
conjugal ou de união estável para evitar caracterização 
de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a 
decisão que reconhecer a fraude; 
Esta nova previsão é mais do que justa, porque anteriormente era 
bastante difícil coibir a prática de simulação de quebra do vínculo conjugal para 
fugir da inelegibilidade reflexa dos cônjuges. Agora, os condenados por tal 
prática (tanto o detentor do cargo de Chefe do Poder Executivo quanto seu 
cônjuge) serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da decisão que 
reconhece a fraude. 
 
15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em 
decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo 
prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato 
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; 
A partir da LC nº 135/10, aqueles servidores públicos que forem 
sancionados com a pena de DEMISSÃO (não se aplica pena de suspensão e 
de advertência) em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou em 
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Processo Judicial, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da 
demissão, salvo suspensão ou anulação da decisão pelo Poder Judiciário. 
 
16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas 
responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por 
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão 
colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos 
após a decisão, observando-se o procedimento previsto no 
art. 22; 
As pessoas físicas e os dirigentes de pessoas jurídicas que 
fizerem DOAÇÕES ILEGAIS, se condenados por tal conduta, serão 
considerados inelegíveis por 8 ANOS. 
 
17. os magistrados e os membros do Ministério 
Público que forem aposentados compulsoriamente por 
decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por 
sentença ou que tenham pedido exoneração ou 
aposentadoria voluntária na pendência de processo 
administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. 
Não somente os servidores públicos demitidos são considerados 
inelegíveis, mas também os MAGISTRADOS (Juízes) e Membros do MP que 
forem aposentados compulsoriamente (como decisão sancionatória), que 
tenham perdido o cargo por sentença (conforme previsto na Lei Orgânica 
respectiva) ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria na 
pendência de PAD. 
 
 
 
 
 
 
 
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 2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da 
República. 
 
Para concorrerem aos cargos de Chefe do Poder Executivo 
(Presidente, Governador e Prefeito), é necessária a 
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO de agentes públicos e membros de algumas 
categorias, sob pena de serem considerados inelegíveis. 
Mas, Professor, o que é desincompatibilização? 
É simples colegas! Não se assustem! 
A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de 
cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de 
desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do 
possível candidato. 
Mas são todos os detentores de cargos eletivos que precisam se 
desincompatibilizar? 
Não! O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da 
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem 
RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do 
pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam! Ex: um 
Prefeito quer ser Governador ou Senador). 
Art. 14 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses 
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antes do pleito. 
Por óbvio, para a REELEIÇÃO nos cargos de Presidente da 
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais NÃO É 
NECESSÁRIA a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO! 
Relevante regra insculpida na LC nº 64/90 refere-se à condição do 
VICE. O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito somente 
poderão concorrer a OUTROS CARGOS, preservando os respectivos mandatos 
(isto é, mantendo-se como Vice), desde que nos últimos 6 MESES antes do 
pleito NÃO TENHAM SUCEDIDO ou SUBSTITUÍDO o titular. 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito 
poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus 
mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses 
anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular. 
 
Abaixo estão todas as hipóteses de desincompatibilização aplicáveis 
aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: 
a) sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se 
definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do 
pleito/antes das eleições: 
1. os Ministros de Estado: 
2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da 
Presidência da República; 
3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da 
Presidência da República; 
4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; 
5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da 
República; 
6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica; 
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7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica; 
8. os Magistrados; 
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 
públicas e as mantidas pelo poder público; 
10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de 
Territórios; 
11. os Interventores Federais; 
12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos 
Estados e no DF); 
13. os Prefeitos Municipais; 
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos 
Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de 
Municípios); 
15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal; 
16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os 
Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos 
Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os 
considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de 
Estado); 
 
b) também precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções 
até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições, sob pena de serem 
considerados inelegíveis os que: 
1. os que exerçam nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em 
qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação 
pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do 
Senado Federal – Ex: Ministros do TCU, Ministros do STF e dos 
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o 
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do 
banco central , etc. 
2. os que tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou 
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eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, 
taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, 
ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades; 
3. os que exerçam cargo ou função de direção, administração ou 
representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da 
Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962 (atualmente regrada pela 
Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), 
quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais 
empresas influir na economia nacional; 
 
c) Ademais, serão considerados INELEGÍVEIS para o cargo de 
Presidente e Vice Presidente da República: 
1. os que, detendo o controle de empresas ou grupo de 
empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas 
previstas no parágrafo único do art. 5° da Lei nº 4.137/62 
(atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o 
abuso do Poder Econômico), não apresentarem à Justiça 
Eleitoral, até 6 (seis) MESES antes do pleito, a prova de que 
fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que 
transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas 
ou grupo de empresas; 
2. os que tenham, dentro dos 4 (quatro) MESES anteriores ao 
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou 
representação em entidades representativas de classe, 
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo 
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela 
Previdência Social; 
3. os que, até 6 (seis) MESES depois de afastados das funções, 
tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou 
Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de 
operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao 
crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou 
estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens 
asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos 
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que obedeçam a cláusulas uniformes; 
4. os que, dentro de 6 (seis) MESES anteriores ao pleito, hajam 
exercido cargo ou função de direção, administração ou 
representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha 
contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de 
fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu 
controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas 
uniformes; 
5. os que, membros do Ministério Público, não se tenham 
afastado das suas funções até 6 (seis) MESES anteriores ao 
pleito; 
6. os que, SERVIDORES PÚBLICOS, ESTATUTÁRIOS OU NÃO 
(inclusive os funcionários públicos celetistas), dos órgãos ou 
entidades da Administração direta ou indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, 
inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se 
afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, GARANTIDO 
o direito à percepção dos seus vencimentos INTEGRAIS; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice. 
 
São inelegíveis para o cargo de Governador e Vice-Governador de 
Estado e do DF os seguintes: 
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da 
República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os 
Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os 
inelegíveis restantes quando se tratar de repartição 
pública, associação ou empresas que operem no território 
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os 
mesmo prazos de desincompatibilização; 
2. até 6 (seis) MESES depois de afastados definitivamente de 
seus cargos ou funções: 
a. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador 
do Estado ou do Distrito Federal; 
b. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar 
e Zona Aérea; 
c. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de 
assistência aos Municípios; 
d. os secretários da administração municipal ou 
membros de órgãos congêneres; 
 
 2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice. 
 
São inelegíveis para Prefeito e Vice-Prefeito Municipal: 
1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os 
inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente 
da República, Governador e Vice-Governador de Estado e 
do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) MESES 
para a desincompatibilização – observem que o prazo de 
desincompatibilização para concorrer ao cargo de PREFEITO é 
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de 4 MESES e não de 6 meses! 
2. os membros do Ministério Público e Defensoria Pública 
em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) MESES anteriores 
ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais – observo 
que, com a redação do art. 128, II, e, da CF-88, esta 
inelegibilidade para o MP só pode ser aplicada para os 
membros que ingressaram antes de 1988. 
3. as AUTORIDADES policiais, civis ou militares, com 
exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao 
pleito. 
Destaco que neste caso a LC nº 64/90 previu a necessidade de 
desincompatibilização de 4 MESES antes do pleito para as 
AUTORIDADES policiais (Delegados e Oficiais), sendo silente 
a respeito dos agentes de polícia e militares que não detenham 
posto de autoridade. 
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: 
Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE ? 4 MESES 
Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) ? 6 MESES 
 
 2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL. 
São inelegíveis para o Senado Federal: 
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente 
da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os 
Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os 
inelegíveis restantes quando se tratar de repartição 
pública, associação ou empresas que operem no território 
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os 
mesmo prazos de desincompatibilização; 
2. em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para 
os cargos de Governador e Vice-Governador, nas 
mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos 
prazos de desincompatibilização; 
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 2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos 
DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa. 
 
São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembléia 
Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade 
de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL, nas mesmas 
condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de 
desincompatibilização. 
 
 
 2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL. 
 
São inelegíveis para a Câmara Municipal: 
1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os 
inelegíveis para o SENADO FEDERAL e para a CÂMARA 
DOS DEPUTADOS, observado o prazo de 6 (seis) MESES 
para a desincompatibilização; 
2. em cada Município, os inelegíveis para os cargos de 
PREFEITO E VICE-PREFEITO, observado o prazo de 6 
(seis) MESES para a desincompatibilização . 
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: 
Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE ? 4 MESES 
Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) ? 6 MESES 
 
 
 
 
 
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3. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura 
(AIRC). 
Esta parte da Lei Complementar nº 64/90 é realmente um pouco 
complicada para memorizar e entender todos os aspectos legais e doutrinários. 
No entanto, tentarei simplificar ao máximo para que possam familiarizar-se 
com os temas sem maiores dificuldades. 
A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é 
prevista na Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades), em seus 
arts. 3º e seguintes. 
Objeto da AIRC. 
A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de 
elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para 
IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado. 
As Condições de Elegibilidades nós já conhecemos, estão 
lembrados? 
São aquelas previstas no art. 14, §3º, da CF-88: 
CF-88 
Art. 14 
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílioeleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador*; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado 
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e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
Já as Causas de Inelegibilidade são previstas no art. 14, §§ 4º-
8º, da CF-88 e na Lei Complementar nº 64/90 (Causas de 
Inelegibilidade Legais). 
Com isso, caso algum candidato que pleiteie registro de 
candidatura não preencha alguma das condições de elegibilidade ou incorra 
em alguma dessas causas de inelegibilidade, tanto Constitucionais quanto 
Legais, poderá ter seu registro de candidatura impugnado! 
Exemplos de fundamentos para a AIRC: 
1. candidato a Deputado Federal com apenas 19 anos de 
idade (não preencheu requisito básico de elegibilidade 
para o cargo almejado: idade mínima de 21 ANOS); 
2. candidato a Prefeito Municipal analfabeto; 
3. servidor público que não se desincompatibilizou de suas 
funções no prazo legal. 
 
Causas de Inelegibilidade Constitucionais 
Art. 14 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, 
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal 
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do 
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titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito 
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores 
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes 
condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se 
da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no 
ato da diplomação, para a inatividade. 
Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato, 
obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de 
registro do candidato. 
 
Preclusão das inelegibilidades. 
Ensina o Professor José Gomes que se a inelegibilidade 
infraconstitucional (LC nº 64) não for argüida via AIRC e nem pronunciada de 
ofício pelo Juiz, haverá preclusão (perda do direito de alegá-la por meio da 
AIRC). Todavia, se a inelegibilidade for de ordem constitucional nunca 
precluirá, podendo ser alegada via Recurso Contra Expedição de Diploma 
(RCED), matéria fora de nosso estudo. 
 
Legitimidade Ativa. 
Quem é legítimo para impugnar o registro de candidatos? 
São legitimados para manejar a AIRC: 
1. qualquer candidato (os adversários); 
2. Partidos Políticos 
3. Coligações 
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4. Ministério Público Eleitoral 
A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE) 
competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. 
Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha 
impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no 
mesmo sentido. 
O membro do MPE (Promotor Eleitoral) que nos últimos 4 ANOS 
tiver sido candidato a cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido 
atividade político-partidiária está vedado por lei de propor AIRC! 
Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, 
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) 
DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO 
DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. 
§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou 
coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo 
sentido. 
§ 2° Não poderá impugnar (vedação legal) o registro de 
candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 
(quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado 
diretório de partido ou exercido atividade político-partidária. 
Devo observar que para a doutrina majoritária e para 
jurisprudência do TSE, a falta das condições de elegibilidade e a presença de 
causa de inelegibilidade poderão ser também reconhecidas ex officio pelo 
JUIZ, isto é, poderá reconhecer sem a provocação dos legitimados ativos. 
Por isso, qualquer cidadão poderá dar notícia ao Magistrado 
Eleitoral de alguma causa de inelegibilidade ou do não preenchimento das 
condições de elegibilidade de algum candidato. Com base nela poderá o 
magistrado cassar o registro do candidato se for confirmada. Friso, contudo, 
que tal notícia não constitui a AIRC, pois o cidadão não tem legitimidade para 
impugnar registro de candidatura. 
 
Legitimidade Passiva. 
Os que irão figurar no pólo passivo da AIRC são os pré-
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candidatos a cargos eletivos. A AIRC deve ser interposta após o pedido de 
registro de candidatura, mas antes do seu deferimento. 
 
Órgão Competente para julgar a AIRC. 
Por simples raciocínio lógico poderíamos inferir que a competência 
para julgar a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) cingir-
se-ia à Justiça Eleitoral. Contudo, a Lei estabelece os seguintes critérios de 
determinação de competência para julgamento da AIRC: 
1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se 
tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da 
República; 
2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC 
quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado 
Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; 
3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de 
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. 
 
 
RITO PROCESSUAL DA AIRC: 
1. Prazo para interposição da AIRC. 
Como determina o art. 3 da LC nº 64/90, o prazo para interpor a 
AIRC é de 5 (CINCO) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE 
REGISTRO DO CANDIDATO. Vejam que este prazo e os listados à frentediferem-se da regra de prazos no Direito Eleitoral, que é de 3 DIAS. 
O pedido de registro de candidatura tem prazo limite até às 19 
HORAS do dia 5 JULHO. O prazo para interpor a AIRC, portanto, é em até 5 
DIAS da publicação do pedido de registro. 
Com a petição inicial da AIRC o autor já deve desde logo 
especificar os meios de prova que pretende produzir. As testemunhas a 
serem arroladas estão limitadas ao número máximo de 6 (seis). 
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Art. 2 
§ 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios 
de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, 
arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). 
 
2. Contestação. 
Com o ajuizamento da AIRC, antes de notificar o impugnado 
deve-se esperar que seja esgotado o prazo de 5 DIAS da publicação do pedido 
de registro do candidato. Passando este prazo, deve-se proceder à 
notificação do impugnado. 
Após a notificação, o CANDIDATO impugnado, o PARTIDO 
POLÍTICO ou a COLIGAÇÃO têm prazo de 7 (SETE) DIAS para apresentar 
CONTESTAÇÃO contra a AIRC. 
Assim, a partir da data em que terminar o prazo para impugnação 
(5 DIAS após a publicação do pedido de registro do candidato), estando 
regularmente notificado o candidato, começa o prazo para a contestação. 
Na Contestação poderão ser juntados documentos, arroladas 
testemunhas e requerer produção de provas. Abre-se, com isso, a fase 
instrutória do processo da AIRC, onde serão produzidas as provas do alegado 
na petição inicial. 
Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para 
impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo 
de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou 
coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar 
rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, 
inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, 
de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou 
administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de 
justiça. 
Se for matéria eminentemente jurídica (somente de Direito) e a 
necessidade de prova não for relevante, NÃO serão inquiridas as testemunhas. 
No entanto, se a matéria for fática (não restritamente 
jurídico/abstrata) e se a prova for imprescindível para o deslinde do 
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caso, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes ao término do prazo 
da contestação para a INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS tanto do 
impugnante quanto do impugnado (autor e réu da AIRC), no número máximo 
de 6 testemunhas. 
Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar 
apenas de matéria de direito e a prova protestada for 
relevante, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes 
para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS do impugnante e do 
impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as 
tiverem arrolado, com notificação judicial. 
§ 1° As testemunhas do impugnante e do impugnado serão 
ouvidas em uma só assentada. 
§ 2° Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator, 
procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a 
requerimento das partes. 
§ 3° No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá 
ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como 
conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na 
decisão da causa. 
§ 4° Quando qualquer documento necessário à formação da prova 
se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, 
no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito. 
§ 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou 
não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado 
de prisão e instaurar processo por crime de desobediência. 
 
3. Alegações Finais. 
Todas as PARTES - impugnante e impugnado (autor e réu da 
AIRC) - e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES 
FINAIS no processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS após o encerramento do 
prazo da instrução probatória (encerramento da fase instrutória). 
Mas o que são essas “Alegações Finais” Professor? 
São as razões finais (argumentos finais) apresentadas no 
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processo pelas partes após a fase instrutória/probatória. Primeiro o autor 
interpõe a AIRC, abre-se o prazo para o réu Contestar, iniciando também a 
fase instrutória. Após o encerramento desta fase probatória, as partes e o 
MPE têm prazo de 5 DIAS para apresentar as alegações finais. 
Art. 6° Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do 
artigo anterior, as PARTES, inclusive o Ministério Público, 
poderão apresentar ALEGAÇÕES no prazo comum de 5 (cinco) 
dias. 
 
4. Sentença. 
Com a apresentação ou não das alegações finais, findo o prazo 
para sua interposição, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz 
Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e 
estaduais – TSE e TREs) para Sentença do Juiz Eleitoral ou Julgamento da 
Corte Eleitoral competente. 
Na decisão, conforme dispõe o Direito Processual e, 
especificamente, o parágrafo único do art. 7º da LC nº 64/90, para formar sua 
convicção, o Juiz ou o Relator gozam de liberdade para apreciar o acervo 
probatório, devendo atentar aos fatos e às circunstâncias constantes dos 
autos, ainda que não alegados pelas partes. 
Quanto aos pedidos de registro de candidatos nas ELEIÇÕES 
MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado 
deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo 
ao magistrado. 
Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão 
conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença 
ou julgamento pelo Tribunal. 
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela 
livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias 
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, 
mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento. 
Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições 
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em 
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cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a 
correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a 
interposição de RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral. 
 
5. Recursos e Contra-razões. 
Tão logo passem estes 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-
se novo prazo de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz 
Eleitoral para o Tribunal. 
O TSE inclusive editou a Súmula10 a respeito da contagem inicial 
do prazo de recurso contra a sentença do Juiz Eleitoral em AIRC: 
TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92 
Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso 
Ordinário 
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for 
entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da 
conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo 
intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele 
tríduo – 3 dias. 
Assim, mesmo que a Sentença do Juiz seja proferida antes do 
prazo de 3 dias da conclusão do processo, o prazo para recurso desta Sentença 
somente começará a correr após a finalização deste prazo. 
De outro lado, a LC nº 64/90 dispõe que a partir da interposição do 
RECURSO contra a Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o 
recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. Com o recebimento 
destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE. 
Art. 8. 
§ 1° A partir da data em que for protocolizada a petição de 
recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a 
apresentação de contra-razões. 
§ 2° Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente 
remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se 
houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, 
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correndo as despesas do transporte por conta do recorrente, se 
tiver condições de pagá-las. 
Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau 
cabe RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 
DIAS a contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE). 
Art. 11. Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2 
(duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às 
partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu 
voto e serão tomados os dos demais Juízes. 
§ 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do 
acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, 
para a interposição de recurso para o Tribunal Superior 
Eleitoral, em petição fundamentada. 
 
RESUMO do Rito Processual da AIRC: 
• Publicação do pedido de registro de candidatura – 5 DIAS para 
interpor a AIRC; 
• Apresentada a AIRC, notifica-se o candidato impugnado para 
apresentar CONTESTAÇÃO em 7 DIAS; 
• Após o prazo da contestação, poderá abrir-se o prazo de 4 DIAS para 
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS; 
• Encerrada a fase instrutória (probatória), todas PARTES e o 
Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS 
processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS; 
• Com o fim do prazo para alegações finais, os autos deverão ser 
conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no 
Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e 
TREs) para Sentença ou Julgamento. Nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS 
(competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser 
proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo 
ao magistrado. 
• Passados os 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-se novo prazo 
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de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz 
Eleitoral para o Tribunal. Ademais, interposto o RECURSO contra a 
Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido 
apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. 
• Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser 
encaminhados ao TRE. 
 
6. Prazos de Impugnação de Registro. 
São peremptórios (terminantes, implacáveis), contínuos e 
correm em secretaria ou Cartório os prazos desde o encerramento do registro 
até a proclamação dos eleitos, não se suspendendo aos sábados, domingos e 
feriados. 
Art. 16. Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta lei 
complementar são peremptórios e contínuos e correm em 
secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo 
para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, 
domingos e feriados. 
 
7. Efeitos da AIRC. 
ALTERAÇÃO RECENTE! 
Com o TRÂNSITO EM JULGADO ou com a publicação da 
decisão proferida por ÓRGÃO COLEGIADO que declarar a inelegibilidade do 
candidato, poderão ocorrer 2 (duas) hipóteses: 
a) se o impugnado ainda não tiver obtido o registro de 
candidatura, ser-lhe-á NEGADO O REGISTRO! 
b) se o impugnado já tiver obtido o registro de candidatura, 
abre-se 2 (duas) possibilidades: 
a. o registro será cancelado, se for antes da 
diplomação – como não ocorreu a diplomação, basta 
cancelar o registro; 
b. será declarado nulo o diploma se já tiver sido 
expedido; com a expedição do diploma, não como 
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cancelar o registro, sendo necessária a declaração de 
nulidade do diploma. 
A decisão que nega o registro, cancela o registro ou declara 
nulo o diploma deverá ser comunicada ao Ministério Público Eleitoral e ao 
órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e 
expedição de diploma do candidato réu. 
Art. 15. Transitada em julgado ou publicada a decisão 
proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do 
candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver 
sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já 
expedido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 
2010) 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput, 
independentemente da apresentação de recurso, deverá ser 
comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão 
da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e 
expedição de diploma do réu. (Incluído pela Lei Complementar nº 
135, de 2010) 
 
8. Substituto ao Candidato Inelegível e Inelegibilidade do 
Titular X Vice. 
A Lei assegura aos Partidos Políticos ou às Coligações o direito de 
substituir o candidato considerado inelegível por outro candidato, 
escolhido pela Comissão Executiva do Partido, mesmo que a decisão transitada 
em julgado tenha sido proferida após o término do prazo de registro (19 horas 
do dia 5 Julho). 
Conforme preleciona o art. 18 da LC nº 64/90, a declaração de 
inelegibilidade do candidato a TITULAR de Chefe do Poder Executivo é 
independente da candidatura do candidato a VICE, isto é, a declaração de 
inelegibilidade do candidato a TITULAR não atingirá a candidatura do VICE por, 
em regra, ter caráter personalíssimo. 
A Lei nº 9.504/97 também faculta aos Partidos e Coligações 
substituir o candidato inelegível até 10 DIAS contados da notificação do 
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partidoda decisão judicial de inelegibilidade. 
Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer o 
registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto, 
mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida 
após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva 
Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato. 
Art. 18. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência 
da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito 
Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice-
Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingirá 
aqueles. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato 
que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o 
termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro 
indeferido ou cancelado. 
§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no 
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro 
deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da 
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à 
substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
9. Argüição de Inelegibilidade como Crime Eleitoral. 
A LC nº 64/90 prevê que a argüição de inelegibilidade ou a 
impugnação de registro de candidato com fundamento em interferência do 
poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma 
temerária ou de manifesta má-fé constitui CRIME ELEITORAL punido com 
pena de 6 MESES a 2 ANOS e multa. 
Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou 
a impugnação de registro de candidato feito por interferência do 
poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, 
deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé: 
Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 
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20 (vinte) a 50 (cinqüenta) vezes o valor do Bônus do Tesouro 
Nacional (BTN) e, no caso de sua extinção, de título público que o 
substitua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). 
 
Previsão Normativa e Objetivo da AIJE. 
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) tem por 
fundamento primeiro o art. 14, §9º, da CF-88, que estabelece os bens 
tutelados pela AIJE: probidade administrativa, moralidade para o exercício do 
mandato, a normalidade e a legitimidade das eleições, evitando-se a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego. 
Art. 14 
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Com efeito, a AIJE tem disciplinamento previsto no art. 22 da LC nº 
64/90: 
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou 
Ministério Público Eleitoral poderá REPRESENTAR (AIJE) à 
Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou 
Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e 
circunstâncias e pedir abertura de INVESTIGAÇÃO JUDICIAL 
para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico 
ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de 
veículos ou meios de comunicação social, em benefício de 
candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...) 
A AIJE, que é chamada na Lei de “representação”, poderá ser 
manejada nas hipóteses de transgressões à legislação eleitoral que venham a 
beneficiar candidatos ou pré-candidatos, desequilibrando o pleito eleitoral 
ao não respeitar a igualdade entre os candidatos. Estas transgressões são 
listadas na LC nº 64/90 nos seguintes termos: 
a) transgressões relativas à origem de valores 
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pecuniários; 
b) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou 
político/autoridade, em detrimento da liberdade do voto; 
c) utilização indevida de veículos; 
d) utilização indevida de meios de comunicação social. 
Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores 
pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento 
da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações 
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e 
Corregedores Regionais Eleitorais. 
Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões 
mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger 
a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou do abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta, indireta e 
fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
Prazo para proposição da AIJE. 
Conforme a doutrina majoritária, apesar da não previsão em Lei, a 
AIJE deve ser proposta a partir do REGISTRO DA CANDIDATURA até a 
DIPLOMAÇÃO do candidato. 
Segundo o TSE, a AIJE não poderá ser proposta após a diplomação 
do candidato, pois o processo seria extinto em “razão de decadência” 
(Acórdão TSE nº 628). 
 
Legitimidade Ativa. 
Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE: 
1. qualquer candidato; 
2. Partidos Políticos 
3. Coligações 
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4. Ministério Público Eleitoral 
 O Eleitor/cidadão NÃO tem legitimidade para interpor a AIJE. 
 
Legitimidade Passiva. 
Conforme pacífica jurisprudência do TSE, no pólo passivo da AIJE 
podem figurar candidato, pré-candidato, e também qualquer pessoa 
(cidadão) que haja contribuído para a prática abusiva. 
 
Competência para julgar a AIJE. 
A competência para julgar a AIJE é do CORREGEDOR-GERAL da 
Justiça Eleitoral (Ministro do STJ no TSE), dos CORREGEDORES 
REGIONAIS ELEITORAIS (nos TREs) e dos Juízes Eleitorais. 
A competência para conhecer e julgar a AIJE liga-se à natureza das 
eleições, determinando-se da seguinte forma: 
1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a 
competência é do Corregedor-Geral Eleitoral; 
2. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual, 
Governador e Vice-Governador, a competência é do 
Corregedor Regional Eleitoral; 
3. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a 
competência é dos Juízes Eleitorais. 
 
Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei 
complementar serão

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