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Indústria Automobilística

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1
Destaque Setorial - Bradesco
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02 de fevereiro de 2012
 Regina Helena Couto Silva
Investimentos 
do complexo 
automotivo -
1980 a 2015 
Automóveis e Comerciais Leves
em US$ milhões
Indústria automobilística brasileira e o paradoxo de 2011: a maior retração da 
produção em 10 anos e a conquista da terceira melhor posição mundial em 
vendas
Fonte: ANFAVEA 
Elaboração: BRADESCO
Atraída pelo potencial do mercado brasileiro, 
a indústria automotiva inicia um novo ciclo de 
expansão da capacidade produtiva no País. Além 
da ampliação e modernização das fábricas já 
existentes, os investimentos contam com projetos 
greenfi eld, tanto de montadoras aqui instaladas, 
como de empresas que ainda não têm fábrica no 
Brasil.
Segundo a Anfavea1 o atual ciclo de investimentos 
é o maior já realizado no setor: soma US$ 22 
bilhões em ampliação, modernização e construção 
de três novas fábricas pelas montadoras já 
estabelecidas no País – estas novas unidades 
devem somar quase 500 mil veículos à atual 
capacidade produtiva. Além desses, mais 12 
projetos de montadoras ainda não instaladas no 
mercado nacional foram divulgados, sendo sete 
chineses, três europeus e dois japoneses, devendo 
agregar mais 400 mil unidades à capacidade 
instalada, somando ao todo 15 novas fábricas no 
Brasil até 2015. 
489 
645 530 
373 293 
478 580 
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*
(*) Anfavea divulgou investimento de US$ 22 bilhões 
entre 2011 e 2015, sendo US$ 4,4 bilhões de média nos 
5 anos
Empresa R$ em milhões Inauguração
Capacidade da 
fábrica País origem Município UF
Hyundai 1.000 2012 150 mil carros Coréia Piracicaba SP
Toyota 1.000 2012 70 mil carros Japão Sorocaba SP
Fiat 3.500 2014 250 mil carros Itália Goiana PE
Projetos Greenfi eld de 
montadoras instaladas 
no Brasil
Fonte: Imprensa 
Elaboração: BRADESCO
Anúncio do Investimento Empresa País origem Município UF Capacidade em mil unidades produzidas
2009 Chery China Jacareí SP 170
2010 JAC China Camaçari BA 100
2010 Dongfeng China SP
2011 BMW Alemanha
2011 Suzuki Japão Itumbiara GO 7
2011 Lifan / Effa Brasil / China 10
2011 Mazda Japão
2011 Effa Motors China Manaus AM 10
2011 Land Rover Reino Unido 10
2011 Great Wall Motor China
2011 Importadora CN (Towner e Topic) China Linhares ES 30
2012 Jaguar Land Rover Reino Unido
Total de capacidade instalada 337
Projetos 
Greenfi eld de 
montadoras 
não instaladas 
no Brasil
Fonte: Imprensa 
Elaboração: BRADESCO
1 Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Investimentos no complexo automotivo apostam no potencial do mercado brasileiro
2DEPECDEPEC
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Ranking dos Maiores 
países vendedores de 
veículos de passageiros e 
comerciais leves -
2011
Fonte: BLOOMBERG, ECOWIN, ACEA, AMIA, 
FENABRAVE, ADEFA 
Elaboração: BRADESCO
Também foram divulgadas, desde o segundo semestre 
de 2011, intenções de implantação de nova fábrica 
pelas montadoras Volkswagen, Renault, BMW e Land 
Rover, porém ainda sem maiores detalhes sobre os 
projetos. 
Contando com uma capacidade produtiva atual de 4,3 
milhões de carros e uma produção de 3,5 milhões, 
a indústria automobilística nacional trabalha com 
ociosidade média de 20%. Com os investimentos 
greenfi eld anunciados, a capacidade produtiva deverá 
chegar a 5,2 milhões de carros em 2015. Considerando 
ainda que os projetos de ampliação e modernização 
elevem em mais 10% a capacidade produtiva, esta 
iria para 5,7 milhões de carros. Levando em conta que 
nossas projeções apontam que as vendas no mercado 
doméstico devem crescer a uma taxa média de 5% 
nos próximos quatro anos, a ociosidade média subiria 
ligeiramente, para 22% no fi m deste período, o que 
não parece ser excessivo. 
Ainda neste mesmo sentido, as fábricas poderiam 
expandir a produção adotando o terceiro turno e 
os turnos de fi nal de semana, dando maior folga à 
capacidade produtiva, sem exigir mais investimentos do 
que estes que já estão programados para os próximos 
cinco anos. 
O ciclo anterior de investimentos greenfi eld no setor 
ocorreu entre 1997 e 2002, quando chegaram ao País 
as japonesas Toyota, Honda, Nissan, e as francesas 
Renault e Peugeot, além da nova fábrica da Ford em 
Camaçari.
O atual ciclo de investimentos greenfield engloba 
montadoras já instaladas no Brasil que estão em 
processo de expansão com a instalação de novas 
fábricas, bem como a chegada de montadoras chinesas, 
coreanas, europeias e japonesas. Destacamos 
os investimentos anunciados para as fábricas de 
montadoras de carros de luxo, que devem construir 
unidades produtivas com volume de produção em 
torno de 10 mil unidades/ano, atuando em nichos 
específi cos, volume bastante inferior à média de 100 
mil unidades, nível considerado viável para a produção 
local.
Essa ampliação da capacidade nacional deverá 
possibilitar ao Brasil manter a 3ª posição no ranking 
global de vendas, posição alcançada em 2011.
386
530
612
627
690
827
846
898
903
1.211
1.894
2.181
2.582
2.590
3.250
3.371
3.386
3.457
12.742
17.330
0 5.000 10.000 15.000 20.000
20° Austria
19° África do Sul
18° Holanda
17° Bélgica
16° Canadá
15° Argentina
14° México
13° Indonésia
12° Espanha
11° Coréia do Sul
10° Itália
9° Reino Unido
8° Russia
7° França
6° Índia
5° Japão
4° Alemanha
3° Brasil
2° EUA
1° China
Com efeito, é relevante avaliar se o mercado nacional 
tem potencial para crescimento nos próximos anos, para 
ocupar toda a capacidade produtiva a ser instalada. De 
fato, impulsionadas pela continuidade da ampliação 
de renda, de emprego formal e pela expansão do 
crédito, as vendas de veículos leves deverão continuar 
se expandindo a taxas robustas, como o verifi cado 
nos anos recentes. As vendas de veículos leves no 
Brasil cresceram em média 13% entre 2004 e 2011. E 
esperamos expansão de 4,9% das vendas neste ano, 
com potencial de continuidade de expansão na média 
de 5% a.a. nos próximos cinco anos.
Vendas Internas de 
Automóveis e Comerciais 
Leves - 
1980 - 2012
Fonte: Anfavea 
Elaboração e projeção: BRADESCO
em mil unidades
887
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687 700
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704
732
1.081
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1.652
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1.874
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1.196
1.511 1.478
1.619
1.832
2.341
2.671
3.009
3.329
3.426
3.593
500
1.000
1.500
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2.500
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1ANEF - Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras.
2Vale destacar que o conceito de mercado potencial aqui utilizado não considera se as pessoas já possuem ou não um automóvel.Este exercício não 
tem por objetivo defi nir o mercado potencial de maneira formal, e sim simplesmente quantifi car os benefícios da ampliação da rendae das melhores 
condições de crédito sobre a venda de carros. Assim, qualquer redução na taxa de juros média, ampliação do plano de fi nanciamento ou até mesmo a maior 
possibilidade de dar uma entrada para aquisição do bem (em comparação com o caso em que o valor total do veículo é fi nanciado)
3Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores.
Variação % das vendas de 
automóveis e comerciais 
leves -
 2004 - 2012
Fonte: Anfavea 
Elaboração e Projeção: Bradesco
Para melhor avaliar o potencial desse mercado, 
fi zemos um exercício utilizando as condições médias 
de crédito oferecidas pelo mercado (informações da 
ANEF1), tais como plano de fi nanciamento e taxa 
de juros. A partir de então, construímos a evolução 
da renda mínima requerida (com comprometimento 
mensal de 30%) para adquirir um carro popular no 
valor de R$ 25.000,00. Nesse exercício, observa-se 
claramente uma redução na renda requerida para 
tanto ao longo dos últimos anos, devido ao efeito das 
melhores condições de crédito. Esse fator, composto 
pela redução das taxas de juros e pelo alongamento 
dos prazos de pagamento, permitiu a redução da renda 
mínima exigida para a compra de um carro popular zero 
quilômetro, de R$ 3.709 em dez/2004 para R$ 2.904 em 
dez/2011. A consequência da redução da renda mínima 
requerida para a compra de um veículo sem entrada, 
somada ao incremento de renda real nos últimos 
anos, foi a ampliação do mercado consumidor de 
automóveis: em 2004, cerca de 3,8 milhões de pessoas 
com idade acima de 18 anos possuíam renda mensal 
sufi ciente para adquirir um carro novo. Ao fi nal de 2011, 
esse mercado potencial saltou para 13,8 milhões de 
indivíduos, ou seja, 10 milhões de pessoas a mais no 
período, enquanto que a população acima de 18 anos 
teve expansão de apenas 16,6% no mesmo período2. 
O elevado potencial do mercado brasileiro também pode 
ser verifi cado pela forte entrada de carros importados. 
Considerando apenas as montadoras aqui instaladas 
(associadas da Anfavea), que importam de suas 
plantas na Argentina, México, Europa e Coreia para 
compor o mix de vendas, a participação de automóveis 
e comerciais leves importados subiu de 5% até 2005, 
para 25% em 2011. Dentre as importações de marcas 
não fabricadas no País (associadas da Abeiva3), 41% 
são de origem coreana, 25% de origem chinesa e 24% 
são marcas de luxo. A importação de carros chineses 
saiu de 1.200 unidades em 2008, quando chegaram ao 
País, para 70 mil unidades em 2011, alcançando uma 
participação de 2,0% no mercado total. Os modelos 
de luxo cresceram mais de 150% em 2011, elevando 
a participação nas vendas totais de menos de 0,5% 
para 1,5% no período. 
Para melhor dimensionar o impacto dos importados no 
mercado doméstico, em 2011 as vendas de automóveis 
de fabricação nacional caíram 6,6%, ao passo que as 
importações realizadas pelas próprias montadoras cresceram 
34,3%, enquanto os desembarques de montadoras não 
instaladas no País, que incluem carros chineses e veículos 
de luxo, cresceram 87,4%. Isso levou à retração de 1,9% na 
produção de automóveis no ano passado.
Esse movimento levou a uma dicotomia no mercado 
automotivo brasileiro, ou seja, de um lado o Brasil 
registra retração da produção de autos, mas por outro 
vem galgando posições no ranking global de vendas 
nos últimos cinco anos e já é o 3º maior mercado 
desde o ano passado. De fato, o País ocupava a 8ª 
posição no ranking global de vendas de automóveis 
em 2006, passando para 5º em 2008, para 4º em 
2010 e para 3º em 2011. Nesse período, as vendas 
no mercado interno cresceram 75%, ao passo que os 
demais players registraram redução, com exceção da 
China e França. Essa dicotomia se explica pelo elevado 
volume de importações que já respondem por 25% dos 
modelos vendidos no País.
9,8% 9,5%
13,1%
27,8%
14,1%
12,6%
10,6%
2,9%
4,9%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
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Coefi ciente de Importação 
de Automóveis e 
Comerciais Leves -
2003 - 2011
Fonte: Anfavea 
Elaboração: BRADESCO
Produção Nacional de 
Automóveis e Comerciais 
Leves - 
1980 - 2011
Fonte: Anfavea 
Elaboração: BRADESCO
5,3%
4,0%
5,3%
7,5%
11,5%
13,8%
16,1%
19,7%
24,9%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2006 2011 Var. %
EUA 16.418 12.742 -22,4%
China 7.705 17.330 124,9%
Japão 4.535 3.371 -25,7%
Alemanha 3.570 3.386 -5,2%
Reuno Unido 2.696 2.181 -19,1%
Itália 2.608 1.894 -27,4%
França 2.426 2.590 6,8%
Brasil 1.973 3.457 75,2%
Fonte: Bloomberg 
Elaboração: BRADESCO
Ranking Global de 
Vendas de Automóveis e 
Comerciais Leves - 
2006 e 2011
Automóveis 2010 2011 Var. %
Produção 2.584.690 2.534.534 -1,9%
Exportação 374.841 401.194 7,0%
Vendas - Nacionais 2.213.617 2.068.319 -6,6%
Vendas - Importados - Anfavea 431.087 578.931 34,3%
Vendas - Importados - Abeiva 106.360 199.366 87,4%
Vendas totais 2.751.064 2.846.616 3,5%
Indicadores da Indústria 
Automobilística -
2010 e 2011
Fonte: Anfavea e Abeiva 
Elaboração: Bradesco
1.049
691
855
961
832
979
848
1.018
1.325
1.537
1.738
1.984
1.501
1.287
1.717 1.722
2.075
2.377
2.804
3.005 3.025
3.151 3.142
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
2.800
3.000
3.200
3.400
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80
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em mil unidades
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Fonte: Anfavea 
Elaboração: BRADESCO
Para enfrentar a concorrência acirrada, as estratégias 
das montadoras estão voltadas para investimentos 
em ganhos de escala e ampliação da gama de 
lançamentos, com destaque para os carros compactos, 
que concorrem com os modelos chineses de baixo 
custo; vale lembrar que os compactos respondem por 
55% das vendas no País. De fato, o fator variedade 
de modelos é considerado relevante nesse mercado, 
sobretudo porque o público brasileiro é ávido por 
novidades. Notícias apontam que para 2012 são 
esperados 100 lançamentos, entre nacionais e 
importados, sendo modelos novos e modelos 
reestilizados com aposta em compactos e com maior 
tecnologia embarcada. Há 10 anos existiam 191 
modelos e hoje existem mais de 900 modelos no 
mercado.(1) 
Manter o market share para uma montadora é muito 
relevante, dado que cada ponto percentual perdido 
signifi ca 35 mil carros a menos no total de vendas, em um 
mercado de 3,5 milhões de unidades vendidas por ano.
Além da concorrência com os carros chineses, as 
subsidiárias brasileiras disputam os investimentos 
com outros emergentes, como China, Índia, Rússia 
e México. Mas, de todo modo, o forte potencial do 
mercado brasileiro continuará atraindo investimentos. 
Daqui para frente não deveremos vislumbrar tantos 
projetos de novas fábricas – já contam 15 novas –, 
mas os investimentos em modernização e ampliação 
das fábricas deverão continuar. 
 
Além das montadoras visarem o potencial mercado 
interno, que responde por 80% das vendas totais, as 
atenções também estão voltadas para as exportações, 
sobretudo para a Argentina e o México, mercados 
que respondem por 70% dos embarques.Importante 
ressaltar as possíveis medidas protecionistas ventiladas 
pelo governo, como a intenção de romper o acordo de 
livre comércio com o México2, que podem travar o 
mercado de exportação para este país.
Os novos investimentos estão mudando o mapa 
regional do setor automotivo. As montadoras estão 
se decentralizando regionalmente, dado que vários 
estados estão oferecendo maiores vantagens para a 
instalação de fábricas. Nesse sentido, a participação 
conjunta de São Paulo e Minas Gerais, que já foi 
de 99,5% em 1990, hoje está em 70% da produção 
nacional. Atualmente os estados de Paraná, Rio 
Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás 
respondem por 30%. Pernambuco também participará 
desse ranking com a entrada em operação da fábrica 
da Fiat, prevista para 2014. 
SP
74,8%
MG
24,5%
PR
0,5%
RS
0,2%
Fonte: Anfavea 
Elaboração: BRADESCO
Distribuição Regional da 
Produção do Complexo 
Automotivo - 
1990
1Inclui reestilização de modelos já existentes no mercado 
2O México responde por aproximadamente 15% das nossas exportações e das importações de automóveis e comerciais leves.
Produção Nacional de 
Automóveis e Comericias 
Leves - 
1990 - 2011
-9,4%
4,7%
14,6%
30,2%
13,2%
2,5%
13,1% 14,2%
-24,4%
-14,3%
24,1%
7,5%
-1,0%
1,3%
20,5%
14,6%
3,9%
13,5%
7,2%
0,7%
4,2%
-0,3%
-29,0%
-19,0%
-9,0%
1,0%
11,0%
21,0%
31,0%
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
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Retrato do SetorRetrato do Setor
Distribuição Regional da 
Produção do Complexo 
Automotivo - 
2010
Fonte: Anfavea 
Elaboração: BRADESCO
SP
47,9%
MG
21,6%
PR
11,6%
RJ
6,0%
BA
5,7%
RS
5,6%
GO
1,7%
Além dos desafios enfrentados pelas montadoras, 
consubstanciados em concorrência acirrada, disputa 
de investimentos das subsidiárias brasileiras com 
outros países emergentes, custos elevados das 
matérias-primas e da mão-de-obra, outro desafio 
para o setor é a necessidade de fortalecimento da 
cadeia de suprimentos, que também precisa de 
expansão dos investimentos para acompanhar o 
ritmo de produção da indústria automotiva nacional 
e atender ao nível de exigência dos novos carros, 
que contam cada vez mais com maior tecnologia 
embarcada. 
• Do total de automóveis e comerciais leves 
comercializados no Brasil, 75% são fabricados 
no mercado interno, 19% são importados pelas 
próprias montadoras aqui instaladas, sendo que 
70% vêm das plantas instaladas na Argentina 
e no México e por fi m, 6% são veículos leves 
importados de marcas cujas montadoras não têm 
fabrica instalada no País. Dentre estas, 41% são 
de origem coreana, 25% de origem chinesa e 24% 
são marcas de luxo.
• Os países de origem das importações de 
automóveis são: 62% Argentina, 19% Coreia do 
Sul, 8% México e 4% Alemanha. Os países de 
origem das importações de comerciais leves são: 
32% Coreia do Sul, 32% Argentina e 15% México.
• As exportações de autos e leves respondem por 
16% do total produzido.
• Os países de destino das exportações de 
automóveis são: 54% Argentina, 27% África 
do Sul e 9% México. Os países de destino das 
exportações de comerciais leves são: 50% 
Argentina, 17% México, 14% África do Sul
• As formas de compra de automóveis e comerciais 
leves são:
• 47% Financiamento via CDC (Crédito Direto 
ao Consumidor)
• 40% à vista
• 7% leasing
• 6% consórcio
• As vendas de autos e leves apresenta sazonalidade 
mais concentrada no segundo semestre do ano, 
período que responde por 53% das vendas anuais, 
dado que a maior parte dos lançamentos ocorre 
neste período.
• A produção de automóveis tem a seguinte 
distribuição: 48% em São Paulo; 22% em Minas 
Gerais; 12% no Paraná; 6% no Rio de Janeiro; 
5,7% na Bahia; 5,6% no Rio Grande do Sul; e 
1,7% em Goiás. 
• São Paulo responde por 1/3 das vendas do País.
• O Brasil é o 3º maior mercado global de vendas 
de automóveis e comerciais leves: 
• China – 26,2%
• EUA – 19,3%
• Brasil – 5,2%
• Alemanha – 5,1%
• Japão – 5,0%
• Os fatores que impulsionam as vendas de 
automóveis são:
• Renda e emprego formal;
• Novos entrantes no mercado: população 
jovem;
• Novidades: Flex fuel, opcionais e itens de 
segurança;
• Condições de Crédito.
 
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Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo
Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Daniel Valladares Weeks / Daniela Cunha de Lima /Igor Velecico / Thomas Henrique Schreurs Pires / Matheus Ribeiro Machado 
Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast / Renata Rodovalho Gonçalves / Priscila Pereira Deliberalli
Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani 
Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão
Estagiários: Mirella P. Amaro Hirakawa / Gabriel Lyrio de Oliveira / Priscila Monterio Ortega / Vinícius Gonçalves Manaia Moreira / Ricardo Romano / Thunay Mota 
 Raia
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