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Resumo FEB Apostila (1)

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CAPÍTULO 1 - Formação econômica do Brasil colonial 
 Apresentar a dinâmica da empresa colonial agrícola no Brasil nos séculos XVI e 
XVII, destacando a economia canavieira no Nordeste como modelo de atividade 
típica. 
 
1 - Contexto econômico em que ocorreu a expansão comercial européia nos séculos XV e 
XVI. 
 A expansão comercial européia, iniciada em fins da Idade Média, rompeu com o 
isolamento econômico típico do PERÍODO FEUDAL. O mar Mediterrâneo tornou-se 
a mais importante rota de comércio, beneficiando, principalmente, as cidades italianas, 
dentre elas Gênova e Veneza. 
 Desde meados do século XV, os portugueses já vinham explorando a rota do 
Atlântico, estabelecendo-se em algumas localidades da costa africana, onde 
cultivavam a cana-de-açúcar. Seu objetivo, porém, era alcançar os fornecedores de 
especiarias localizados nas Índias utilizando a rota do oceano Atlântico 
 
2 - Caracterizar a ocupação portuguesa do Brasil nos séculos XVI e XVII. 
 O descobrimento do Brasil foi uma etapa da conquista do oceano Atlântico, fazendo 
parte do grande movimento expansivo deflagrado pelas GRANDES NAVEGAÇÕES. 
A partir do século XV, o Mediterrâneo perdeu a centralidade no comércio mundial, 
que se deslocou para o Atlântico. 
 A consolidação de Portugal como Estado Nacional moderno ocorreu no século XVI. O 
governo absolutista lusitano financiou as grandes navegações, conquistando novos 
territórios e submetendo-os ao Pacto Colonial. 
 A ocupação do Brasil no período colonial (1500 a 1822) está intimamente ligada à 
expansão comercial e colonial européia. Inicialmente, esta era uma disputa que 
envolvia os países ibéricos. 
3 - Principais características da economia canavieira no Nordeste brasileiro. 
 A empresa colonial agrícola introduzida na colônia não se reduzia a extrair riquezas 
naturais para revenda nos mercados europeus. Era um empreendimento muito mais 
complexo, que envolvia o desenvolvimento de uma atividade agrícola que seria 
explorada segundo critérios que proporcionassem o máximo de lucratividade possível 
aos portugueses. 
 A lucratividade da empresa colonial agrícola estava assentada em três elementos 
principais, que asseguravam os baixos custos de produção: o latifúndio, a monocultura 
e o trabalho escravo. 
 O sucesso da empresa colonial agrícola implantada no Nordeste no século XVI está 
relacionado à introdução da cultura da cana-de-açúcar, especiaria cultivada em clima 
tropical que contava com grande mercado consumidor na Europa. 
 Um elemento fundamental que explica esse sucesso foi a implantação de uma rota 
comercial entre as colônias da Coroa portuguesa, criando uma interdependência entre 
dois negócios: a exploração de produtos primários na colônia brasileira voltados para 
o mercado externo, e a exportação de escravos pelas colônias africanas 
Cap. 2 - Atividades econômicas de subsistência e mineração auxiliam o 
povoamento do interior 
 Descrever a ocupação do interior do Brasil, dos séculos XVI a XVIII, mostrando 
que houve transformações na economia colonial que não se identificam apenas 
com a empresa colonial agrícola. 
1 - Reconhecer outras atividades econômicas da colônia portuguesa, além das voltadas 
para a exportação. 
 A partir do século XVII, o interior da colônia foi ocupado pelos colonos que não 
exploraram a monocultura para exportação, mas atividades destinadas à própria 
subsistência ou ao mercado interno 
2 - Identificar as regiões do interior do Brasil ocupadas durante a colonização, bem 
como as atividades econômicas realizadas nestas localidades. 
 OCUPAÇÃO DO SUDESTE: a escravização do trabalhador indígena; 
 A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO: as especiarias – cravo, canela, castanha e 
salsaparrilha – assim como o cacau, a madeira e a pesca sustentaram uma exploração 
econômica que tinha como base o trabalho indígena; 
 SUL: missões jesuítas; 
 A ocupação do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste ocorreu a partir do século XVII. O 
gado foi o instrumento principal desta ocupação, principalmente por atender às 
necessidades das fazendas produtoras de monocultura visando ao mercado externo. 
3 - Reconhecer a contribuição da economia mineira para a ocupação da terra e a 
produção de riqueza no interior da colônia. 
 A crise da economia açucareira, a partir de meados do século XVII, levou os colonos 
portugueses a intensificar a busca por metais preciosos. As bandeiras que exploravam 
o sertão brasileiro finalmente encontraram ouro e pedras preciosas nos atuais Estados 
de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Mato Grosso, no final daquele século; 
 Muitas cidades surgiram devido ao dinamismo econômico da mineração, como Vila 
Rica (atual Ouro Preto) e Diamantina; 
 A economia mineira estava situada longe da costa, no interior do país, em regiões de 
difícil acesso. A necessidade da metrópole de controlar a produção e a exportação do 
metal levou à mudança da capital colonial, deslocando-se de Salvador para o Rio de 
Janeiro, cidade mais próxima da região mineira. A mineração foi, portanto, 
responsável pelo deslocamento do centro econômico colonial do Nordeste para o 
Centro-Sul. 
 
CAP 3 – A CRISE DA ECONOMIA COLONIAL NO BRASIL 
 
 Analisar os fatores externos e internos que determinaram a ruptura das bases da economia 
colonial agrícola, nos séculos XVIII e XIX, bem como a independência do Brasil. 
 
1 – Relacionar a crise da economia colonial no Brasil à expansão das atividades produtivas e 
comerciais na colônia. 
 
 A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um caráter 
interno e outro externo: 
 Interno – expansão dos mercados na colônia, resultado direto do aumento da população e do 
incremento da produção (conflito de interesses); 
 Externo – Revolução Industrial. A necessidade de busca e incorporação de novos mercados 
pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica capitalista. 
 
2 – Identificar as limitações do monopólio comercial imposto pela metrópole. 
 
 O monopólio comercial e produtivo formalizado no pacto colonial era uma barreira para o 
capital industrial e a produção em larga escala. Essas duas barreiras representavam o 
antagonismo entre os interesses ainda existentes no mercantilismo português e os novos 
acontecimentos políticos, sociais e econômicos associados à Revolução Industrial. 
 
3 – Associar estas limitações aos movimentos de revoltas internas e de independência na colônia. 
 
 O final do século XVIII foi um período de acirramento das contradições de interesses 
colônia/metrópole. No Brasil, o período foi marcado por dificuldades econômicas graves, 
resultantes da queda das exportações. 
 Houve flexibilização das relações entre a metrópole e a colônia, mas as bases do exclusivo 
comercial foram mantidas. As reações no Brasil começaram a ganhar um contorno mais 
decisivo. Exemplos de revoltas internas: Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. 
 
4 – Reconhecer as transformações políticas, sociais e econômicas por que passava o mundo 
(como as Revoluções Industrial e Francesa). 
 
 Revolução Industrial: foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 
1760 a algum momento entre 1820 e 1840. É um divisor de águas na história e quase todos os 
aspectos da vida cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. 
A população começou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, 
com uma boa renda média. 
 Revolução Francesa: foi um período de intensa agitação política e social na França que teve 
um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. 
A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos, entrou em colapso em 
apenas três anos.A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando 
privilégios feudais, aristocráticos e religiosos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque 
sustentado de grupos políticos e de camponeses na região rural do país. 
 
CAP 4 – ECONOMIA CAFEEIRA ESCRAVAGISTA 
 Origens e importância da economia cafeeira para a economia brasileira; 
- Sec. XIX – Estagnação da economia brasileira. 
- Campo externo: aumento do déficit comercial: 
1) Extensão das vantagens comerciais dadas a outros países, além da Inglaterra; 
2) Cultura da cana de açúcar e algodão: decadência 
 Concorrência externa; 
 Açúcar de beterraba (Europa) 
 Queda no preço dos produtos 
Campo interno: aumento do déficit público em função dos gastos militares. 
 Cenário de estagnação e dificuldades de crédito: a terra era o fator abundante. 
- Produção do café para o mercado externo: 
 Demanda – crescimento dos mercados europeu e norte-americano, em função do avanço da indústria e 
da urbanização; 
 Pelo lado da oferta – colapso da produção haitiana determinou aumento dos preços internacionais; 
Características da cultura do café: 
 Baixa capitalização requerida para o processo produtivo; 
 Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis; 
 Desenvolvimento dos transportes (estradas-de-ferro e portos) 
Resultado – Década de 1830, o café já era o principal produto exportado; 
 VALE DO PARAÍBA (RJ-SP): 1º zona de cultivo 
 Latifúndio escravagista tradicional sem inovações técnicas. Aproximadamente até 1860-70 
 OESTE PAULISTA: 2º zona de cultivo. Aproximadamente a partir de 1850 
 Tecnologicamente mais avançado. Introdução do trabalho de imigrantes paralelamente ao 
escravismo. 
 
- Vale do Paraíba – Recursos ociosos da mineração, tanto de capitais como de mão-de-obra; 
Sistema de ocupação – Sesmarias: 
 - Terras distribuídas e entregues aos fazendeiros de acordo com o número de escravos. 
 - Processo de concentração fundiária 
Bases e características da produção de café: 
 Latifúndios monocultores 
 Técnicas precárias 
 Forma extensiva do processo produtivo: 
 Queimadas; 
 Método vertical de plantação nas encostas. O correto seria o plantio de mudas em platôs 
ao longo da encosta. 
- Crédito – Casas comissárias. Os bancos não forneciam empréstimos diretamente aos fazendeiros. Dependência 
dos comissários para auferir recursos para a produção. 
- Declínio da produção do café no Vale do Paraíba: inadimplência dos produtores junto aos comissários. 
 
CAP. 5 – ECONOMIA CAFEEIRA COM TRABALHO LIVRE 
 Descrever o início da utilização de mão-de-obra livre na lavoura cafeeira do Brasil no 
final do século XIX. 
A marcha da Economia Cafeeira: 
 Litoral fluminense; 
 Vale do Paraíba; 
 Sul de Minas; 
 Oeste paulista (área de excelência). 
- Fatores favoráveis à expansão: 
 Abundância de terras + mão-de-obra; 
 Condições naturais; 
 Mercado externo (EUA/Inglaterra). 
PROBLEMA: fim do tráfico e a diminuição da oferta de escravos. 
SOLUÇÃO: 
1 – Tráfico interno de escravos – Grande dispersão de escravos era decorrente da própria 
estrutura sócio-político brasileira. Não havia integração entre as várias regiões do país. 
2 – Incentivo à imigração – A imigração já havia sido realizada antes da independência 
sem qualquer objetivo econômico. Associado basicamente a demarcações de fronteiras. 
Abolição da escravatura: 13 de maio de 1888. 
- Imigração ocorre em duas etapas: 
1 – Sistema de parcerias (1850/1870). 
Fracasso: imigrantes – “escravos por dívidas” 
 Péssimas condições de transporte; 
 Pagamento do custo de transporte; 
 Juros de 6% a.a. pelo adiantamento oferecido pela manutenção dos 
trabalhadores. 
2 – Sistema de colonato (1870) 
Êxito: recursos de fazendeiros e Governo de SP 
 Mudanças significativas em relação ao sistema de parcerias: 
- Fazendeiros obrigados a arcar com as despesas de transporte; 
- Fatia da terra para o plantio de artigos de subsistência; 
- Acelerou a vinda de imigrantes para o Brasil. 
 
CAP 6 – POLÍTICAS DE SUSTENTAÇÃO DA RENDA DA CAFEICULTURA NA 
REPÚBLICA VELHA 
 Apresentar a evolução da política econômica brasileira no período da República 
Velha, destacando sua estreita associação com os interesses da cafeicultura. 
 
- República Velha (ou, Primeira República, 1889/1930) 
 
Mudanças expressivas: 
 Povo passou a escolher os governantes; 
 Igreja separada do Estado. 
 
- A Velha República manteve o Brasil como o país do café e dos grandes latifúndios; 
- República do café-com-leite: 
 Oligarquia paulista (produz café); 
 Oligarquia mineira (produz leite). 
 
 - Aumento da capacidade produtiva do café - espaço e mão-de-obra: 
 
Entrada de mão-de-obra Taxas salariais aumento da produção sem aumento 
 dos custos médios 
 
 
- Quadro econômico no final da década de 80 do séc. XIX: 
 
 Trajetória de alta do preço do café; 
 Crescimento da demanda Norte-Americana (60% das compras de café no 
mercado internacional; 
 Quebra da safra brasileira em 1887/88 e 1889/90; 
 Produção brasileira: ¾ da oferta mundial. 
 
 
TAXA DE CÂMBIO E MERCADO EXTERNO 
 
Taxa de câmbio Preço da moeda estrangeira: encarece os produtos importados e 
aumenta a receita de exportações em moeda nacional. 
 
- Balanço de pagamento – principal instrumento de análise dos efeitos das operações no 
mercado cambial. 
 
 - A partir de 1891: 
 Avanço da produção X crescimento do mercado externo; 
 Brasil produzia mais café (aumento da oferta) e não havia resposta da economia 
mundial; 
 Queda do preço do café: Balanço de Pagamento sofre impacto importante; 
 Início do ciclo de desvalorização da taxa cambial. 
 
- Fatores decorrentes da desvalorização cambial: 
 
1) Redução da entrada de moeda estrangeira no país; 
2) Pressão política dos cafeicultores para preservar os ganhos em moeda nacional; 
 
- Mecanismos de correção das crises: 
 
TAXA CAMBIAL: PREÇOS DAS EXPORTAÇÕES CÂMBIO PREÇO DAS 
IMPORTAÇÕES - PRÊMIO AOS EXPORTADORES + SOCIALIZAÇÃO DAS PERDAS 
(50% DAS IMPORTAÇÕES = CONSUMO). 
 
- Cafeicultores recebiam uma remuneração maior em moeda nacional, mesmo com a 
redução do preço no mercado internacional (figura 6.1) 
 
- Política econômica visa a sustentação do café. 
- Acordo de Taubaté garantia a compra do excedente do café: 
 Financiamento dos estoques reguladores com empréstimos externos; 
 Criação de impostos em ouro por saca exportada; 
 Desestimular novas plantações. 
 
- Foram negociados “fundins loans” (moratórias) que possibilitaram a rolagem da dívida 
externa. 
 
- Nova política econômica: 
 Saneamento monetário; 
 Inversão do movimento da taxa cambial; 
 Redução do déficit. 
 
Efeitos: 
 Recessão: restrição das importações por falta de divisas; 
 Deflação associada a oferta de moeda e crédito. 
 
 
CAP. 7: ORIGENS DOS DESEQUILÍBRIOS REGIONAIS NO BRASIL 
 Fenômeno dos desequilíbrios regionais a partir da análise das atividades canavieira, 
pecuária, cultura do algodão, mineração, borracha e cafeeira. 
 
- Países desenvolvidos: um estado não tem peso econômico expressivamente superior aos 
demais. 
 
- Brasil – exemplos de desequilíbrio: 
 
 São Paulo participa com 1/3 do PIB brasileiro; 
 Mais de 40% da população brasileira vive na região sudeste. 
 
- Até meados do séc. XIX: regiões eram caracterizadas como ilhas regionais, sem guardar 
relações econômicas entre si. 
 
- De 1850 a 1930: economia centrada em São Paulo (expansão cafeeira e industrialização). 
Demais regiões dependentes do dinamismo paulista. 
 
- Engenho de açúcar possuía elevado grau de auto subsistência que resultava na baixa 
circulação interna de dinheiro.- Pecuária foi importante para a ocupação do território. Atividade mercantil não contribuiu para 
à economia colonial. 
 
- A cultura do algodão nordestino somente prosperou nos momentos de crise dos produtores 
tradicionais. 
 
Região de Minas: 
 
 Isolamento geográfico concentrando a população em cidades; 
 Curto período do “ciclo do ouro”; 
 Atividades manufatureiras não se mostraram sustentáveis. 
 
Região Sul: 
 
- No Rio Grande do Sul o território foi dividido em distintas atividades: 
 
 Ao Sul predominava a pecuária baseada no latifúndio (pequeno número de 
trabalhadores); 
 Ao Norte predominava a agricultura com base no trabalho extensivo da imigração 
européia. 
 
Amazônia: 
 
- Dinamismo da cultura da borracha está relacionado à expansão da indústria. 
 
Características da economia da borracha: 
 
 Atividade nômade, pouco fixava o trabalhador à terra; 
 Havia pouca circulação de dinheiro. Não favorecia o surgimento de novas cidades; 
 Infraestrutura de transporte: rios e canais. 
 
São Paulo: 
 
- Atividade agroexportadora teve sua crise superada pelo surgimento de atividade mais 
dinâmica: INDUSTRIALIZAÇÃO 
 
- Crise do café criou o cenário para a substituição de importações. 
CAP. 8 – A REVOLUÇÃO DE 1930: MARCO POLÍTICO ENTRE O MODELO 
PRIMÁRIO EXPORTADOR E A INDUSTRIALIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DE 
IMPORTAÇÕES 
 Apresentar os impactos econômicos, políticos e sociais da Revolução de 1930 
 
 
ANTECEDENTES 
 
- Características essenciais: 
 
 Economia agro-exportadora de café com indústria incipiente de bens de consumo 
 Problema crônico de divisas; 
 Representação política – grandes cafeicultores. 
 
- República Velha – Representa os interesses econômicos identificados com a cafeicultura. 
- Novos grupos sociais: classe média urbana, militares e os industriais. 
- Disputa pelos escassos créditos disponíveis durante a primeira década republicana. 
 
REVOLUÇÃO DE 30: novos interesses econômicos não identificados com a economia 
cafeeira. 
- Aliança Liberal – movimento que viabilizou a queda do governo, potencializada pela crises 
social que se seguiu à depressão de 1929. 
 A Aliança Liberal surgiu de um acordo entre estados que não se identificavam 
com os interesses da cafeicultura. 
 
- Recessão: restrição das importações por falta de divisas. 
 Cria o cenário para a substituição de importações; 
 Transfere a receita do setor cafeeiro para o industrial. 
 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES – Processo caracterizado pela intervenção do 
Estado na economia, objetivando diminuir a vulnerabilidade externa por meio da 
industrialização interna. 
 
- A dicotomia entre a expansão interna x restrição externa foi o principal estímulo ao processo 
de substituição de importações. 
 
- Revolução de 30 muda o papel do Estado que se tornou um importante ator econômico no 
novo modelo de desenvolvimento. 
 Passagem de um modelo de desenvolvimento voltado “para fora” (mercado 
externo) para um modelo “voltado para dentro” (modelo de SI). 
 Nesse contexto, o produto industrial (setores têxtil, metalúrgico, cimento e 
químico) cresceu, no período, a taxas superiores à agricultura. 
 
- Transformações políticas: fortalecimento do poder do governo central diante dos governos 
estaduais. 
- Transformações demográficas e econômicas – população passou a migrar do Nordeste para 
o Sudeste (principalmente, São Paulo). 
 Associado `a expansão da atividade industrial e ao recuo da agropecuária em sua 
contribuição para o PIB. 
 
- PRINCIPAL DESTAQUE DO PERÍODO 1930-1937 – Adoção de Legislação Trabalhista e 
Previdenciária. Principais direitos: 
 Jornada de trabalho de 8 horas; 
 Férias remuneradas; 
 Estabilidade no emprego; 
 Convenção Coletiva de Trabalho; 
 Institutos de aposentadoria e pensões. 
 
Obs.: o Estado controlava os sindicatos. Portanto mantinham os trabalhadores 
submetidos ao Estado. 
 
ESTADO NOVO: 1937-1945 
 
 Brasil viveu um regime autoritário; 
 Getúlio Vargas deu um golpe de Estado para se manter no poder. Apoio de 
importantes lideranças políticas e militares; 
 Deixa de representar os interesses de qualquer setor da sociedade (oligarquia) 
 
- Constituição de 1937 – Plenos poderes ao Presidente. Consolida o poder do Governo 
Central. 
- Reforma Administrativa: criação do Departamento Administrativo de Serviço Público 
(DASP). 
 Institucionaliza a mudança do papel do Estado (reforma administrativa no setor 
do funcionalismo, elaboração de orçamento de órgão públicos e controle 
contábil da execução orçamentária). 
 
- Siderurgia e Industrialização: criação da CSN (aço) e Cia. Vale do Rio Doce (ferro) 
 
CAP 9 – ORIGENS DA INDÚSTRIA NO BRASIL 
 
 Teorias que explicam o início da industrialização no Brasil; 
 Forma assumida no início do processo e suas consequências. 
 
- Perfil agroexportador – modelo “de dentro para fora”. Exportador de produtos 
primários. 
 
- Final do séc XIX – surgem as primeiras manufaturas com o objetivo de atender a 
demanda interna decorrente da expansão da cultura cafeeira. 
 
- Quatro correntes que se propõem a explicar a origem e o desenvolvimento da indústria 
brasileira: 
 
1) TEORIA DOS CHOQUES ADVERSOS – O Brasil dependia diretamente do setor 
externo para crescer e acumular capital, sendo um país caracteristicamente 
agroexportador; 
 
PREÇO DAS IMPORTAÇÕES DEMANDA DA INDÚSTRIA INTERNA 
 
PONTO CHAVE:CRISE EXTERNA E AUMENTO DOS PREÇOS DAS 
IMPORTAÇÕES AFETAM DA MESMA FORMA OS BENS DE CAPITAL, 
INTERFERINDO NA DECISÃO DE INVESTIR. 
 
2) ÓTICA DA INDUSTRIALIZAÇÃO LIDERADA PELA EXPANSÃO DAS 
IMPORTAÇÕES – Estreita relação entre a expansão das exportações de café e 
formação da indústria no Brasil. 
 
Estímulos ao desenvolvimento da indústria: 
 
 Crescimento da renda interna; 
 Desenvolvimento da infraestrutura de transportes criando um sistema de 
distribuição de manufaturados; 
 Expansão da oferta de mão-de-obra (imigração). 
 
3) ÓTICA DO CAPITALISMO TARDIO – Consolidação do capital industrial no Brasil. 
Caráter de dependência do capitalismo brasileiro. 
- Com a crise do café, a acumulação do capital passou a ser mais dependente do 
crescimento da renda do setor industrial urbano. 
- Industrialização era restringida, pois as exportações concentravam-se nos 
produtos primários. 
- Pouca diversificação para setores produtores de bens de capital e insumos 
básicos. 
 
4) INDUSTRIALIZAÇÃO COMO RESULTADO DE POLÍTICAS 
GOVERNAMENTAIS. 
 
- Promoção da industrialização por meio de políticas intencionais do governo. 
Principalmente as políticas de proteção tarifária e a concessão de incentivos e 
subsídios. 
 
CONSENSO: industrialização no Brasil iniciou com o cenário econômico criado pela 
exportação do café. 
 
- Início da produção industrial: setores que requeriam menos capital e tecnologia (têxtil e 
alimentos) 
 
- Crise de 1929 -: reduz as exportações de café. Trás a tona a necessidade de tirar da 
cafeicultura o eixo da economia. 
- A indústria passa a ser o centro dinâmico de acumulação de capital. 
 
- Vargas: política de valorização do café. 
 
 Drástica redução do produto exportado; 
 Impediu a queda do preço do produto; 
 Sustentação do nível da renda interna ao período de crise. 
 
- Câmbio favorável para o aumento da capacidade competitiva da industrial local. 
- Expansão da oferta industrial em função da maior utilização da capacidade produtiva. 
- Operações cambiais junto ao Banco do Brasil: importação de bens necessários à 
produção industrial. Controlar as operações à importação de bens associados à 
indústria. 
 
- Contradiçãobásica do modelo: havia uma crescente necessidade de importações sem haver 
aumento da capacidade de importar. A expansão da capacidade produtiva industrial exigia a 
importação de bens de capital e outros insumos não disponíveis no mercado interno. 
 
- Obstáculos a serem superados: 
 
a) Acirramento do desequilíbrio externo – necessidade de importar X capacidade de 
importar 
b) Demanda de um novo bloco de investimentos na indústria. Sofisticação tecnológica. 
c) Adequação da infraestrutura. Energia e transporte. 
 
CAP 10 – A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTISMO NA FORMAÇÃO 
ECONÔMICA DO BRASIL 
 
 Ideologia do desenvolvimento para a formulação do projeto de Estado Nacional 
 
- Desenvolvimentismo e CEPAL – Ideologia que alimentou o pensamento econômico na 
América Latina durante década. 
 
- Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) – Órgão regional da ONU que 
visa elaborar estudos e alternativas para o desenvolvimento da América Latina. Sua 
sede fica em Santiago, Chile. 
 
- Cenário de disputa entre os EUA e URSS – Reformulação do sistema capitalista. 
 
Adoção de um sistema de proteção trabalhista e previdenciário nos países desenvolvidos 
(Estado de Bem-Estar Social). 
 
- Países não-desenvolvidos: industrialização é o caminho para o desenvolvimento (Estado 
Desenvolvimentista). 
 
- Teoria convencional de desenvolvimento: crescimento econômico se distribuía no espaço 
como uma mancha de óleo. 
 Evidências empíricas provocam o contrário: beneficia muito mais algumas 
regiões do que outras. 
 
- Possibilidade de intensificar o ritmo de desenvolvimento nas regiões mais atrasadas. 
 TEORIAS: 
 
- Pólo de Desenvolvimento (Perroux). 
 Crescimento desequilibrado, difundido a partir da criação de um “pólo de 
desenvolvimento”. 
 Empresa dominante (“Empresa Motriz”). 
 
- Círculos Viciosos da Pobreza (Myrdal). 
 
 Causação circular – circulo vicioso do atraso e da pobreza pode ser rompida pela 
aplicação planejada de reformas econômicas. 
 
_ Teoria do Livre-Comércio Internacional: 
 
 Economias Latino-Americanas – “periféricos.” 
 Países Industriais – “centro.” 
 
- Ponto de partida da Teoria do Livre-Comércio: “Lei das Vantagens Comparativas” 
 
 Todos os países ganhariam caso se especializassem na produção de bens para os 
quais contam com vantagens comparativas (custo de produção menor). 
 
- Segundo a CEPAL as economias Latino-Americanas apresentam uma dinâmica distinta das 
economias centrais. 
 Dois setores: 
 
1) moderno e articulado à economia capitalista por meio do comércio 
internacional; 
 
2) Setor de subsistência, de baixa produtividade, dada a grande oferta de mão-de-
obra. 
 
- Essa dualidade sustenta a baixa produtividade na economia como um todo e compromete a 
expansão do mercado interno; 
 
- Desenvolvimento dos países Latino-Americanos dependente do comércio internacional. 
 
 Pouco promissor, pois os produtos agrícolas apresentam baixa elasticidade-renda 
da demanda (aumento na renda dos consumidores não vai refletir em um aumento 
proporcional na procura do mercado por esses bens). 
 
- Deterioração dos termos de intercâmbio – desfavorável aos países periféricos. 
 
- Saída para as economias periféricas: política de desenvolvimento industrial. 
 
CAP. 11 – COMPLETANDO O CICLO DA INDUSTRIALIZAÇÃO SUBSTITUTIVA 
DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL: O PLANO DE METAS 
 Avanço da industrialização brasileira com a implementação do Plano de Metas 
(1956-61) 
 
- Plano de Metas de JK é considerado um caso bem sucedido de formulação e implementação 
de planejamento; 
 
- O Estado conseguiu articular grandes somas de investimentos privados de origem 
interna e externa; 
 
- Contrário ao projeto nacionalista de Vargas, havia uma clara aceitação da 
predominância do capital externo, limitando-se o capital nacional, ao papel de sócio 
menor desse processo. 
 
- Diagnóstico: “pontos de estrangulamento da economia nacional (infraestrutura, 
indústria de bens intermediários e indústria de bens de equipamentos). 
 
ANTECEDENTES: 
 
- O planejamento estatal começou a ser utilizado na URSS com o primeiro plano 
qüinqüenal de 1929, quando praticamente toda a economia mundial começava a 
enfrentar os duros anos da Grande Depressão. 
 
- Durante a Grande Depressão, a participação da produção industrial soviética no total 
mundial aumentou de 5%, em 1929, para 18% em 1938. 
 
- Rapidamente, os termos “plano” e “planejamento” passaram a freqüentar os debates 
mesmo nas economias capitalistas, que não eram centralmente planejadas. 
 
- As técnicas de planejamento foram aperfeiçoadas com a utilização de modelos de 
política econômica e de novos instrumentos, como a programação linear, os modelos 
econométricos e as matrizes de insumo-produto. 
 
- Nesse contexto, iniciou-se a atividade de planejamento no Brasil. 
 
 
1 – IMPORTÂNCIA DO PLANO DE METAS 
 
 Criação da consciência da necessidade da industrialização no país; 
 Novo papel do Estado que intervém direcionando a economia para o desenvolvimento; 
 O Estado surge como um eficiente instrumento de reforço da acumulação de capital e 
de realização da transição para um novo padrão de acumulação; 
 
2 – ANTECEDENTES ECONÔMICOS QUE CONTRIBUIRAM PARA O ÊXITO DO 
PLANO 
 
 Em 1951-2 (Governo Vargas): Comissão Mista Brasil-EUA (CMBEU) e a criação do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) para fomentar o 
desenvolvimento dos setores básicos da economia. 
 CMBEU: elabora projetos que seriam financiados pelo Banco de Exportação e 
Importação dos EUA (EXIMBANK) e Banco Internacional para a Reconstrução e 
Desenvolvimento (BIRD). 
 Grupo Misto BNDE-CEPAL que constituiu a base do Plano de Metas. 
 Objetivos do grupo misto: levantamento dos principais pontos de estrangulamento da 
economia brasileira e identificar áreas industriais com demanda reprimida. 
 
3 – METAS PERSEGUIDAS PELO PLANEJAMENTO ECONÔMICO DO GOVERNO JK 
 
O Plano de Metas proposto por JK continha um conjunto de 31 metas, organizada nos 
seguintes grupos: 
 
 Meta-síntese ------ 
 ENERGIA 
 TRANSPORTES 
 INDÚSTRIA DE BASE (alumínio, metais não-ferrososos, etc) 
 ALIMENTAÇÃO 
 EDUCAÇÃO 
 
 
4 – INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA UTILIZADOS NO PLANO 
 
- Política Cambial: Câmbio e taxas múltiplas – diferentes taxas de câmbio para 
exportação e importação. Três tipos básicos de cobertura para as importações: 
 
 Taxa oficial 
 Taxa oficial + sobretaxa fixa 
 Taxa oficial + sobretaxa variável (lance em bolsa) 
 
- Fundos Setoriais: 
 
 Fundos compulsórios setoriais que financiam os investimentos em energia e 
transporte. 
 
- Inflação 
 
 Instrumento de poupança forçada – Diferença entre o valor da moeda no 
momento que o governo a emite e o valor, mais baixo, quando passa a ser utilizada pela 
população. A diminuição do poder de compra da moeda é apropriado pelo Governo. 
 
5 – IDENTIFICAR A IDEOLOGIA DESENVOLVIMENTISTA: 
 
- Modelo de desenvolvimento baseado no tripé Empresa Pública + Empresa Privada Nacional 
+ Empresa Estrangeira. 
 
Empresa pública: responsável pelas áreas de infraestrutura (energia, siderurgia). 
Empresa privada: bens de K, construção civil e bancos. 
Empresa estrangeira: setores tecnologicamente mais modernos e mais lucrativos. 
 
- Desenvolvimento dependente associado – associação do capital estrangeiro para garantir o 
ritmo acelerado do desenvolvimento. 
 
Resultados positivos: 
 Economia cresceu no período à taxa média de 8% (PIB) 
 Desenvolveu-se o setor de insumos de uso geral (energia e transporte) e básicos 
(aço, papel, celulose petroquímica)Negativo: 
 
 Penetração do capital estrangeiro 
 Aumento da concentração de renda 
 Inflação 
 
CAP 12 – A DÉCADA DE 1960 NO BRASIL: O DEBATE ACERCA DA 
ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA 
 Modelo econômico pós-Plano de Metas 
 Debate sobre a estagnação do país no período 
 
1959: eleição de Jânio Quadros (UDN) para presidente e de Jango para vice 
(trabalhistas). 
 
Governo Janio Quadros (1960-61): contradição – aproximação do bloco socialista, 
tentativa de controle da economia e autoritarismo político = renúncia. 
 
João Goulart (1961-64): Base trabalhista, crises políticas, Pressão social e proposta das 
“Reformas de Base” = principalmente agrária, urbana e bancária – forte oposição; 
apelo aos trabalhadores→ 1964: “comício da central” 150 mil – resposta: São Paulo 
“Marcha da Família com Deus pela Liberdade” c/ 500 mil – articulação: igreja católica e 
conservadores→ Legitimação a golpe civil-militar. 
 
- Início de 1960 – Debate econômico acerca das causas do baixo crescimento econômico e as 
possíveis tendências da economia nacional. 
 
-Celso Furtado e Conceição Tavares (CEPAL) – Estrutura técnico-produtiva da 
economia que inviabilizava o crescimento. 
 
- Pensamento liberal: associava a recessão a erros da política econômica. 
 
1) Raízes da estagnação econômica do Brasil na década de 1960. 
 
 Grande contingente populacional à margem do processo de crescimento econômico. 
 Investimentos intensivos em capital com pouca absorção de mão-de-obra por unidade 
de capital: manutenção da taxa salarial em níveis muito reduzidos. 
 Mercado consumidor cresce lentamente, dependendo do comportamento dos setores 
mais dinâmicos da economia. 
 Estrutura precária de financiamento para aquisição de bens de capital agrava a 
situação. 
 
 
2) Interpretação da CEPAL acerca das causas dessa estagnação. 
 
 Heterogeneidade estrutural: concentração de renda e propriedade. 
 Questão estrutural: uma grande parcela da população estava à margem dos setores 
dinâmicos da economia. 
 Redução dos salários médios e mercado consumidor: concentração de renda. 
 
CAP. 13 - As reformas monetária e financeira de 1964 
 
 Analisar a importância das reformas econômicas conduzidas pelos ministros Roberto 
Campos e Otávio Bulhões para o ajuste econômico e a pretendida retomada do 
crescimento do PIB. 
 
- Conjuntura econômica a partir de 1962: queda do ritmo de crescimento da economia e 
aumento significativo dos índices inflacionários. 
 
PLANOS ECONÔMICOS DE ESTABILIZAÇÃO: 
 
- 1962 – Plano Trienal (Celso Furtado): medidas ortodoxa de combate a inflação, o que 
potencializou ainda mais a recessão brasileira. Esse plano é abandonado em 1963. 
 
- 1964 – Roberto Campos e Otávio Bulhões – Plano de Ação Econômica do Governo 
(PAEG): conjunto de reformas de fundo financeiro e monetário. 
 
1) Identificar as principais linhas da reforma econômica iniciada com a implantação do regime 
militar; 
 
 Incapacidade de a economia brasileira funcionar com taxas crescentes de inflação; 
 Desestímulo à canalização das poupanças para o sistema financeiro e para a aquisição 
de imóveis; 
 Solução: correção monetária. Instituição das Obrigações Reajustáveis do Tesouro 
Nacional (ORTN). Juros reais positivos; 
 Estímulo para aquisição de títulos públicos; 
 
2) Principais medidas nos campos monetário e financeiro. 
 
 Criação do Conselho Monetário Nacional e Banco Central; 
 Criação do Sistema Financeiro da Habitação e Banco Nacional de Habitação. Redução 
do déficit habitacional; 
 Reforma do mercado de capitais. 
 
3) Reconhecer os impactos que eram esperados a partir da sua efetivação. 
 
 Constituição de um ambiente favorável ao processo de acumulação de capital; 
 Controle das operações monetárias; 
 ORTN e correção monetária. Maior controle sobre a oferta de moeda e crédito na 
economia; 
 Organizar as funções da autoridade monetária; 
 Aumentar a capacidade de transferência de recursos entre os agentes econômicos; 
 Ampliação das oportunidades de investimento. 
 
CAP 14: Brasil, 1930 a 1964: impactos da industrialização na urbanização e 
transformações sociais, políticas e econômicas 
 Analisar as transformações econômicas, sociais, políticas e demográficas resultantes 
do processo de industrialização do Brasil no período 1930-1964. 
 
- Balanços das transformações ocorridas na economia brasileira de 1930 a 1964. 
 
 
 1) identificar a distribuição percentual e espacial do PIB brasileiro; 
 
 Taxas de crescimento mais elevadas com a industrialização; 
 Entre 1940 e 1960: taxa de crescimento médio do PIB – 6,64% 
 Nas décadas de 1920 e 1930: 4,4% 
 PIB per capita (taxa de crescimento): 
 1920 – 1,31% 
 1960 – 2,83% 
 
2) relacionar a distribuição espacial da população brasileira ao seu crescimento 
 
 Crise de 1929: redução da participação do café na renda do país; 
 Revolução de 30: incentivos a indústria nacional; 
 Aumento da população nas cidades. Instalação de indústrias e desenvolvimento do 
comércio; 
 Oferta de serviços e criação de instituições de serviço público. 
 
3) Transformações demográficas no Brasil ao longo do período de 1930-1964. 
 
 São Paulo recebe um grande contingente migratório; 
 Diminuição da participação do Nordeste na população brasileira; 
 Aumento da participação da região Centro-Oeste no total da população. 
 
4) Consequências do processo de politização dos trabalhadores urbanos. 
 
 Implantação dos direitos trabalhistas e previdenciários; 
 Políticas sociais compensatórias em função de arrochos salariais. 
 Política nacional de habitação. (SFH e BNH). 
 
 
CAP 4 – ECONOMIA CAFEEIRA ESCRAVAGISTA 
 Origens e importância da economia cafeeira para a economia brasileira; 
- Sec. XIX – Estagnação da economia brasileira. 
- Campo externo: aumento do déficit comercial: 
- Campo interno: aumento do déficit público em função dos gastos militares. 
 Cenário de estagnação e dificuldades de crédito: a terra era o fator 
abundante. 
- Produção do café para o mercado externo: 
 Demanda – crescimento dos mercados europeu e norte-americano, em 
função do avanço da indústria e da urbanização; 
 Pelo lado da oferta – colapso da produção haitiana determinou aumento 
dos preços internacionais; 
Características da cultura do café: 
 Baixa capitalização requerida para o processo produtivo; 
 Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis; 
 Desenvolvimento dos transportes (estradas-de-ferro e portos) 
Resultado – Década de 1830, o café já era o principal produto exportado; 
- Vale do Paraíba – Recursos ociosos da mineração, tanto de capitais como de 
mão-de-obra; 
Sistema de ocupação – Sesmarias: 
 - Terras distribuídas e entregues aos fazendeiros de acordo com o número 
de escravos. 
 - Processo de concentração fundiária 
Bases e características da produção de café: 
 Latifúndios monocultores 
 Técnicas precárias 
 Forma extensiva do processo produtivo: 
 Queimadas; 
 Método vertical de plantação nas encostas. O correto seria o plantio 
de mudas em platôs ao longo da encosta. 
- Crédito – Casas comissárias. Os bancos não forneciam empréstimos 
diretamente aos fazendeiros. Dependência dos comissários para auferir recursos 
para a produção. 
- Declínio da produção do café no Vale do Paraíba: inadimplência dos 
produtores junto aos comissários. 
 
CAP. 5 – ECONOMIA CAFEEIRA COM TRABALHO LIVRE 
 Descrever o início da utilização de mão-de-obra livre na lavoura cafeeira 
do Brasil no final do século XIX. 
- Fatores favoráveis à expansão: 
 Abundância de terras + mão-de-obra; 
 Condições naturais; 
 Mercado externo (EUA/Inglaterra). 
PROBLEMA: fim do tráficoe a diminuição da oferta de escravos. 
SOLUÇÃO: 
1 – Tráfico interno de escravos – Grande dispersão de escravos era decorrente 
da própria estrutura sócio-político brasileira. Não havia integração entre as 
várias regiões do país. 
2 – Incentivo à imigração – A imigração já havia sido realizada antes da 
independência sem qualquer objetivo econômico. Associado basicamente a 
demarcações de fronteiras. 
Abolição da escravatura: 13 de maio de 1888. 
- Imigração ocorre em duas etapas: 
1 – Sistema de parcerias (1850/1870). 
Fracasso: imigrantes – “escravos por dívidas” 
 Péssimas condições de transporte; 
 Pagamento do custo de transporte; 
 Juros de 6% a.a. pelo adiantamento oferecido pela manutenção dos 
trabalhadores. 
2 – Sistema de colonato (1870) 
Êxito: recursos de fazendeiros e Governo de SP 
 Mudanças significativas em relação ao sistema de parcerias: 
- Fazendeiros obrigados a arcar com as despesas de transporte; 
- Fatia da terra para o plantio de artigos de subsistência; 
- Acelerou a vinda de imigrantes para o Brasil. 
 
CAP 6 – POLÍTICAS DE SUSTENTAÇÃO DA RENDA DA CAFEICULTURA NA 
REPÚBLICA VELHA 
 Apresentar a evolução da política econômica brasileira no período da República 
Velha, destacando sua estreita associação com os interesses da cafeicultura. 
 
- República Velha (ou, Primeira República, 1889/1930) 
 
- A Velha República manteve o Brasil como o país do café e dos grandes latifúndios; 
 
 - Aumento da capacidade produtiva do café - espaço e mão-de-obra: 
 
Entrada de mão-de-obra Taxas salariais aumento da produção sem aumento 
 dos custos médios 
 
- Quadro econômico no final da década de 80 do séc. XIX: 
 
 Trajetória de alta do preço do café; 
 Crescimento da demanda Norte-Americana (60% das compras de café no 
mercado internacional; 
 Quebra da safra brasileira em 1887/88 e 1889/90; 
 Produção brasileira: ¾ da oferta mundial. 
 
TAXA DE CÂMBIO E MERCADO EXTERNO 
 
Taxa de câmbio Preço da moeda estrangeira: encarece os produtos importados e 
aumenta a receita de exportações em moeda nacional. 
 
- Fatores decorrentes da desvalorização cambial: 
 
1) Redução da entrada de moeda estrangeira no país; 
2) Pressão política dos cafeicultores para preservar os ganhos em moeda nacional; 
 
- Mecanismos de correção das crises: 
 
TAXA CAMBIAL: PREÇOS DAS EXPORTAÇÕES CÂMBIO PREÇO DAS 
IMPORTAÇÕES - PRÊMIO AOS EXPORTADORES + SOCIALIZAÇÃO DAS PERDAS 
(50% DAS IMPORTAÇÕES = CONSUMO). 
 
- Política econômica visa a sustentação do café. 
- Acordo de Taubaté garantia a compra do excedente do café: 
- Foram negociados “fundins loans” (moratórias) que possibilitaram a rolagem da dívida 
externa. 
 
- Nova política econômica: 
 Saneamento monetário; 
 Inversão do movimento da taxa cambial; 
 Redução do déficit. 
 
Efeitos: 
 Recessão: restrição das importações por falta de divisas; 
 Deflação associada a oferta de moeda e crédito. 
 
CAP. 7: ORIGENS DOS DESEQUILÍBRIOS REGIONAIS NO BRASIL 
 Fenômeno dos desequilíbrios regionais a partir da análise das atividades canavieira, 
pecuária, cultura do algodão, mineração, borracha e cafeeira. 
 
- Países desenvolvidos: um estado não tem peso econômico expressivamente superior aos 
demais. 
- Até meados do séc. XIX: regiões eram caracterizadas como ilhas regionais, sem guardar 
relações econômicas entre si. 
 
- De 1850 a 1930: economia centrada em São Paulo (expansão cafeeira e industrialização). 
Demais regiões dependentes do dinamismo paulista. 
- Engenho de açúcar possuía elevado grau de auto subsistência que resultava na baixa 
circulação interna de dinheiro. 
- Pecuária foi importante para a ocupação do território. Atividade mercantil não contribuiu para 
à economia colonial. 
- A cultura do algodão nordestino somente prosperou nos momentos de crise dos produtores 
tradicionais. 
 
Região de Minas: 
 
 Isolamento geográfico concentrando a população em cidades; 
 Curto período do “ciclo do ouro”; 
 Atividades manufatureiras não se mostraram sustentáveis. 
 
Região Sul: 
 
- No Rio Grande do Sul o território foi dividido em distintas atividades: 
 
 Ao Sul predominava a pecuária baseada no latifúndio (pequeno número de 
trabalhadores); 
 Ao Norte predominava a agricultura com base no trabalho extensivo da imigração 
européia. 
 
Amazônia: 
 
- Dinamismo da cultura da borracha está relacionado à expansão da indústria. 
 
Características da economia da borracha: 
 
 Atividade nômade, pouco fixava o trabalhador à terra; 
 Havia pouca circulação de dinheiro. Não favorecia o surgimento de novas cidades; 
 Infraestrutura de transporte: rios e canais. 
 
São Paulo: 
 
- Atividade agroexportadora teve sua crise superada pelo surgimento de atividade mais 
dinâmica: INDUSTRIALIZAÇÃO 
 
- Crise do café criou o cenário para a substituição de importações. 
 
CAP. 8 – A REVOLUÇÃO DE 1930: MARCO POLÍTICO ENTRE O MODELO 
PRIMÁRIO EXPORTADOR E A INDUSTRIALIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DE 
IMPORTAÇÕES 
 Apresentar os impactos econômicos, políticos e sociais da Revolução de 1930 
 
ANTECEDENTES 
 
- Características essenciais: 
 
 Economia agro-exportadora de café com indústria incipiente de bens de consumo 
 Problema crônico de divisas; 
 Representação política – grandes cafeicultores. 
 
- República Velha – Representa os interesses econômicos identificados com a cafeicultura. 
- Novos grupos sociais: classe média urbana, militares e os industriais. 
- Disputa pelos escassos créditos disponíveis durante a primeira década republicana. 
 
REVOLUÇÃO DE 30: novos interesses econômicos não identificados com a economia 
cafeeira. 
- Aliança Liberal – movimento que viabilizou a queda do governo, potencializada pela crises 
social que se seguiu à depressão de 1929. 
 
- Recessão: restrição das importações por falta de divisas. 
 Cria o cenário para a substituição de importações; 
 Transfere a receita do setor cafeeiro para o industrial. 
 
- A dicotomia entre a expansão interna x restrição externa foi o principal estímulo ao processo 
de substituição de importações. 
 
- Revolução de 30 muda o papel do Estado que se tornou um importante ator econômico no 
novo modelo de desenvolvimento. 
- Transformações políticas: fortalecimento do poder do governo central diante dos governos 
estaduais. 
- Transformações demográficas e econômicas – população passou a migrar do Nordeste para 
o Sudeste (principalmente, São Paulo). 
 Associado `a expansão da atividade industrial e ao recuo da agropecuária em sua 
contribuição para o PIB. 
 
 - PRINCIPAL DESTAQUE DO PERÍODO 1930-1937 – Adoção de Legislação 
Trabalhista e Previdenciária. 
 
ESTADO NOVO: 1937-1945 
 
 Brasil viveu um regime autoritário; 
 Getúlio Vargas deu um golpe de Estado para se manter no poder. Apoio de 
importantes lideranças políticas e militares; 
 Deixa de representar os interesses de qualquer setor da sociedade (oligarquia) 
 
- Constituição de 1937 – Plenos poderes ao Presidente. Consolida o poder do Governo 
Central. 
- Reforma Administrativa: criação do Departamento Administrativo de Serviço Público 
(DASP). 
 
- Siderurgia e Industrialização: criação da CSN (aço) e Cia. Vale do Rio Doce (ferro) 
CAP 9 – ORIGENS DA INDÚSTRIA NO BRASIL 
 
 Teorias que explicam o início da industrialização no Brasil; 
 Forma assumida no início do processo e suas consequências. 
 
- Quatro correntes que se propõem a explicar a origem e o desenvolvimento da 
indústria brasileira: 
 
- TEORIA DOS CHOQUES ADVERSOS – O Brasil dependia diretamente 
do setor externo para crescer e acumular capital,sendo um país 
caracteristicamente agroexportador; 
 
PREÇO DAS IMPORTAÇÕES DEMANDA DA INDÚSTRIA 
INTERNA 
 
- ÓTICA DA INDUSTRIALIZAÇÃO LIDERADA PELA EXPANSÃO 
DAS IMPORTAÇÕES – Estreita relação entre a expansão das exportações 
de café e formação da indústria no Brasil. 
 
- ÓTICA DO CAPITALISMO TARDIO – Consolidação do capital industrial 
no Brasil. Caráter de dependência do capitalismo brasileiro. 
 
- INDUSTRIALIZAÇÃO COMO RESULTADO DE POLÍTICAS 
GOVERNAMENTAIS. 
 
- Promoção da industrialização por meio de políticas intencionais do 
governo. Principalmente as políticas de proteção tarifária e a concessão de 
incentivos e subsídios. 
 
CONSENSO: industrialização no Brasil iniciou com o cenário econômico 
criado pela exportação do café. 
 
- Início da produção industrial: setores que requeriam menos capital e tecnologia 
(têxtil e alimentos) 
 
- Crise de 1929 -: reduz as exportações de café. Trás a tona a necessidade de 
tirar da cafeicultura o eixo da economia. 
- Contradição básica do modelo: havia uma crescente necessidade de 
importações sem haver aumento da capacidade de importar. A expansão da 
capacidade produtiva industrial exigia a importação de bens de capital e outros 
insumos não disponíveis no mercado interno. 
 
- Obstáculos a serem superados: 
 
- Acirramento do desequilíbrio externo – necessidade de importar X 
capacidade de importar 
- Demanda de um novo bloco de investimentos na indústria. Sofisticação 
 tecnológica. 
- Adequação da infraestrutura. Energia e transporte. 
CAP 10 – A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTISMO NA 
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 
 
 Ideologia do desenvolvimento para a formulação do projeto de 
Estado Nacional 
 
- Países não-desenvolvidos: industrialização é o caminho para o 
desenvolvimento (Estado Desenvolvimentista). 
 
- Teoria convencional de desenvolvimento: crescimento econômico se distribuía 
no espaço como uma mancha de óleo. 
 
- Possibilidade de intensificar o ritmo de desenvolvimento nas regiões mais 
atrasadas. 
 TEORIAS: 
 
- Pólo de Desenvolvimento (Perroux). Crescimento desequilibrado, difundido a 
partir da criação de um “pólo de desenvolvimento”. 
 
- Círculos Viciosos da Pobreza (Myrdal). Causação circular 
 
- Teoria do Livre-Comércio Internacional: 
 
 Economias Latino-Americanas – “periféricos.” 
 Países Industriais – “centro.” 
 
- Ponto de partida da Teoria do Livre-Comércio: “Lei das Vantagens 
Comparativas” 
 
- Segundo a CEPAL as economias Latino-Americanas apresentam uma 
dinâmica distinta das economias centrais. 
 Dois setores: 
 
1) moderno e articulado à economia capitalista por meio do comércio 
internacional; 
 
2) Setor de subsistência, de baixa produtividade, dada a grande oferta 
de mão-de-obra. 
 
- Essa dualidade sustenta a baixa produtividade na economia como um todo e 
compromete a expansão do mercado interno; 
 
- Desenvolvimento dos países Latino-Americanos dependente do comércio 
internacional. 
 
- Deterioração dos termos de intercâmbio – desfavorável aos países periféricos. 
 
- Saída para as economias periféricas: política de desenvolvimento industrial. 
 
CAP. 11 – COMPLETANDO O CICLO DA INDUSTRIALIZAÇÃO SUBSTITUTIVA 
DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL: O PLANO DE METAS 
 Avanço da industrialização brasileira com a implementação do Plano de Metas 
(1956-61) 
 
- Plano de Metas de JK é considerado um caso bem sucedido de formulação e implementação 
de planejamento; 
 
1 – IMPORTÂNCIA DO PLANO DE METAS 
 
 Criação da consciência da necessidade da industrialização no país; 
 Novo papel do Estado que intervém direcionando a economia para o desenvolvimento; 
 O Estado surge como um eficiente instrumento de reforço da acumulação de capital e 
de realização da transição para um novo padrão de acumulação; 
 
2 – ANTECEDENTES ECONÔMICOS QUE CONTRIBUIRAM PARA O ÊXITO DO 
PLANO 
 
 Em 1951-2 (Governo Vargas): Comissão Mista Brasil-EUA (CMBEU) e a criação do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) para fomentar o 
desenvolvimento dos setores básicos da economia. 
 CMBEU: elabora projetos que seriam financiados pelo Banco de Exportação e 
Importação dos EUA (EXIMBANK) e Banco Internacional para a Reconstrução e 
Desenvolvimento (BIRD). 
 Grupo Misto BNDE-CEPAL que constituiu a base do Plano de Metas. 
 Objetivos do grupo misto: levantamento dos principais pontos de estrangulamento da 
economia brasileira e identificar áreas industriais com demanda reprimida. 
 
3 – METAS PERSEGUIDAS PELO PLANEJAMENTO ECONÔMICO DO GOVERNO JK 
 
O Plano de Metas proposto por JK continha um conjunto de 31 metas, organizada nos 
seguintes grupos: 
 Meta-síntese ------ 
 ENERGIA 
 TRANSPORTES 
 INDÚSTRIA DE BASE (alumínio, metais não-ferrososos, etc) 
 ALIMENTAÇÃO 
 EDUCAÇÃO 
 
4 – INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA UTILIZADOS NO PLANO 
 
- Política Cambial: 
 
- Fundos Setoriais: 
 
- Inflação 
 
5 – IDENTIFICAR A IDEOLOGIA DESENVOLVIMENTISTA: 
 
- Modelo de desenvolvimento baseado no tripé Empresa Pública + Empresa Privada Nacional 
+ Empresa Estrangeira. 
 
- Desenvolvimento dependente associado – associação do capital estrangeiro para garantir o 
ritmo acelerado do desenvolvimento. 
CAP 12 – A DÉCADA DE 1960 NO BRASIL: O DEBATE ACERCA DA 
ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA 
 Modelo econômico pós-Plano de Metas 
 Debate sobre a estagnação do país no período 
 
 
- Início de 1960 – Debate econômico acerca das causas do baixo crescimento 
econômico e as possíveis tendências da economia nacional. 
 
 
1) Raízes da estagnação econômica do Brasil na década de 1960. 
 
 Grande contingente populacional à margem do processo de crescimento 
econômico. 
 Investimentos intensivos em capital com pouca absorção de mão-de-obra 
por unidade de capital: manutenção da taxa salarial em níveis muito 
reduzidos. 
 Mercado consumidor cresce lentamente, dependendo do comportamento 
dos setores mais dinâmicos da economia. 
 Estrutura precária de financiamento para aquisição de bens de capital 
agrava a situação. 
 
 
2) Interpretação da CEPAL acerca das causas dessa estagnação. 
 
 Heterogeneidade estrutural: concentração de renda e propriedade. 
 Questão estrutural: uma grande parcela da população estava à margem dos 
setores dinâmicos da economia. 
 Redução dos salários médios e mercado consumidor: concentração de 
renda. 
 
 
CAP. 13 - As reformas monetária e financeira de 1964 
 
 Analisar a importância das reformas econômicas conduzidas pelos 
ministros Roberto Campos e Otávio Bulhões para o ajuste econômico e a 
pretendida retomada do crescimento do PIB. 
 
1) Identificar as principais linhas da reforma econômica iniciada com a 
implantação do regime militar; 
 
 Incapacidade de a economia brasileira funcionar com taxas crescentes de 
inflação; 
 Desestímulo à canalização das poupanças para o sistema financeiro e para 
a aquisição de imóveis; 
 Solução: correção monetária. Instituição das Obrigações Reajustáveis do 
Tesouro Nacional (ORTN). Juros reais positivos; 
 Estímulo para aquisição de títulos públicos; 
 
2) Principais medidas nos campos monetário e financeiro. 
 
 Criação do Conselho Monetário Nacional e Banco Central; 
 Criação do Sistema Financeiro da Habitação e Banco Nacional de 
Habitação. Redução do déficit habitacional; 
 Reforma do mercado de capitais. 
 
3) Reconhecer os impactos que eram esperados a partir da sua efetivação. 
 
 Constituição de um ambiente favorável ao processo de acumulação de 
capital; 
 Controle das operações monetárias; 
 ORTN e correção monetária. Maior controle sobre a oferta de moeda e 
crédito na economia; Organizar as funções da autoridade monetária; 
 Aumentar a capacidade de transferência de recursos entre os agentes 
econômicos; 
 Ampliação das oportunidades de investimento. 
 
CAP 14: Brasil, 1930 a 1964: impactos da industrialização na urbanização e 
transformações sociais, políticas e econômicas 
 Analisar as transformações econômicas, sociais, políticas e demográficas 
resultantes do processo de industrialização do Brasil no período 1930-
1964. 
 
 1) identificar a distribuição percentual e espacial do PIB brasileiro; 
 
 Taxas de crescimento mais elevadas com a industrialização; 
 Entre 1940 e 1960: taxa de crescimento médio do PIB – 6,64% 
 Nas décadas de 1920 e 1930: 4,4% 
 PIB per capita (taxa de crescimento): 
 1920 – 1,31% 
 1960 – 2,83% 
 
2) relacionar a distribuição espacial da população brasileira ao seu crescimento 
 
 Crise de 1929: redução da participação do café na renda do país; 
 Revolução de 30: incentivos a indústria nacional; 
 Aumento da população nas cidades. Instalação de indústrias e 
desenvolvimento do comércio; 
 Oferta de serviços e criação de instituições de serviço público. 
 
3) Transformações demográficas no Brasil ao longo do período de 1930-1964. 
 
 São Paulo recebe um grande contingente migratório; 
 Diminuição da participação do Nordeste na população brasileira; 
 Aumento da participação da região Centro-Oeste no total da população. 
 
4) Consequências do processo de politização dos trabalhadores urbanos. 
 
 Implantação dos direitos trabalhistas e previdenciários; 
 Políticas sociais compensatórias em função de arrochos salariais. 
 Política nacional de habitação. (SFH e BNH).

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