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Fenômenos de Transporte 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Professora: LINDAUREA DANTAS COSTA E-mail: ldantascosta@hotmail.com Fones: 32141315 / 99912055 1 ESTÁTICA DOS FLUIDOS Abordaremos: Conceito de pressão; Lei de Pascal; Lei de Stevin; Escalas de pressão; Medidores de pressão; Empuxo. Uma força F aplicada a uma superfície de área “A” pode ser decomposta em uma componente (Fn) normal e outra tangencial (Ft). A estática dos fluídos estuda os fluídos em estado de equilíbrio em ausência de esforços cortantes. Uma partícula de fluido em repouso, sujeita a ação do campo gravitacional terrestre, estará submetida a dois tipos de forças: força de massa (gravidade) e força de superfície (pressão) Em um fluido em repouso as forças tangenciais são nulas. Origina as tensões de cisalhamento Origina as pressões Pressão em um ponto Todo e qualquer fluído exerce pressão sobre as superfícies. Pressão = Força / Área Considerando que a pressão está sendo aplicada sobre um ponto, teremos: P = dFn / dA Considerando a área total (somatório dA): Na Estática dos Fluidos é preciso responder a duas questões: Como varia a pressão num ponto com a direção? (Lei de Pascal) Como varia, ponto a ponto a pressão numa certa quantidade de fluido que não apresenta tensões de cisalhamento? (Lei de Stevin) Seja um recipiente contendo um fluido em repouso. Removendo-se arbitrariamente um pequeno elemento de fluido com a forma de uma cunha triangular. Lei Pascal da Pressão agindo num Ponto Segundo Pascal “em qualquer ponto no interior de um líquido em repouso, a pressão é a mesma em todas as direções”. Forças tangenciais nulas. As únicas forças externas que atuam na cunha são as devidas ao peso e a pressão. Pressão num Ponto Simplificação: as forças na direção x não estão mostrada e o eixo z é tomado como o eixo vertical, onde o Peso atua no sentido negativo deste eixo. Sabemos que para que um elemento de fluido esteja em equilíbrio a soma dos componentes das forças em qualquer direção deve ser igual a zero. Em equilíbrio: ΣFy = 0 e ΣFz = 0 Pressão num Ponto http://www.youtube.com/watch?v=M5RWKv5up0A Cesar Antonio Izquierdo Merlo Então: Como o fluido está em repouso (em equilíbrio). Como estamos interessados no que acontece num ponto, é interessante analisarmos o caso limite onde dx, dy e dz tendem a zero (mas mantendo-se o ângulo q constante). Assim, A pressão em torno de um ponto é a mesma em qualquer direção. Pressão num Ponto Princípio de Pascal “A pressão em torno de um ponto fluido contínuo, incompressível e em repouso é igual em todas as direções.” Equilíbrio de um fluido num recipiente de forma arbitrária (Vasos comunicantes) A pressão dos pontos num mesmo plano ou nível horizontal é a mesma. O formato do recipiente (irregular) não é importante para o cálculo da pressão em qualquer ponto. Nível 1 Nível 2 Princípio de Pascal “A pressão aplicada num ponto de um fluido contínuo, em repouso, transmite-se integralmente a todos os demais pontos do fluido.” Este princípio físico se aplica, por exemplo, aos elevadores hidráulicos dos postos de gasolina e ao sistema de freios e amortecedores O ar comprimido, empurrando o óleo no tubo de área menor, produz um acréscimo de pressão (D p), que pelo princípio de Pascal, se transmite integralmente para o tubo de área maior, onde se encontra o automóvel. Aplicação do Principio de pascal EXEMPLO: A figura abaixo mostra esquematicamente, uma prensa hidráulica. Os dois êmbolos tem, respectivamente, as áreas A1= 10 cm2 e A2= 100 cm2. Se for aplicado uma força de 200 N no embolo (1), qual será a força transmitida em (2)? Como as pressões que atuam nas faces dos êmbolos são iguais, P2 = P1 Através desse dispositivo, pode-se tanto transmitir uma força, como ampliá-la. 10 LEI DE STEVIN Segundo Stevin “a diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso especifico do fluido pela diferença de cotas dos dois pontos”. O fluido está em repouso e em equilíbrio, assim, o somatório de todas as forças na direção vertical é igual a zero. Considerando um elemento de fluido representado como uma coluna vertical com área da seção transversal constante. Tomando como positivo para cima (+), no estado de equilíbrio temos: Em um fluido sob a ação da gravidade a pressão aumenta com o aumento da altura h = (Z2 – Z1). (profundidade medida a partir do plano que apresenta P2) LEI DE STEVIN Equação fundamental para o cálculo da distribuição de pressão de um fluido em repouso. Pode-se demonstrar, de uma forma muito simples, a variação de pressão com a altura. Fazendo furos, em alturas diferentes, num recipiente cheio de liquido. O jorro sairá cada vez mais forte à medida que aumentarmos a altura da coluna de líquido (isto é, nos pontos mais baixos). A pressão no interior de um fluido aumenta linearmente com a profundidade. As observações obtidas para elementos de fluidos horizontais e verticais podem ser generalizadas para um elemento de qualquer orientação. A equação geral que representa a variação de pressão em fluidos estáticos compressíveis ou incompressíveis é definida como: Equação Geral Para Variação de Pressão num Fluido Estático Sua determinação dependerá da integração. Para fluidos incompressíveis o peso específico é constante e a integração somente depende da altura z. Para fluidos compressíveis o peso específico depende da pressão e da temperatura (P,T). Demonstre esta equação. Carga de pressão (h) É a altura da coluna de fluido necessária para exercer uma certa pressão p. Abrindo um orifício no conduto e inserindo um tubo de vidro, e se a Pint > Pext, verifica-se que o líquido sobe até alcançar uma altura h Então, carga de pressão é a altura à qual pode ser elevada uma coluna de fluido por uma pressão P. Numa tubulação Num recipiente Medidas de Pressão Pressão Atmosférica – Patm (Pressão barométrica) Varia com a altitude e as condições climatológicas do lugar. È medida em relação ao vácuo perfeito por barômetros. Ao nível do mar a pressão atmosférica padrão é de 101,33 kPa. Pressão Relativa – Pman (Pressão manométrica) A pressão relativa (gauge) é medida em relação à pressão atmosférica. Representa a pressão medida pelos manômetros (Pman). Pode ser expressa em função da altura vertical de coluna de um fluido de massa específica ρ (altura de coluna de fluido). Pressão Absoluta - Pabs É medida em relação ao vácuo perfeito ou zero absoluto. Relação entre as escalas de pressão Representação das Escalas de Pressão OBS: A pressão absoluta é sempre positiva. A pressão atmosférica por definição é uma pressão absoluta A pressão relativa (ou efetiva) pode ser positiva ou negativa. Manômetros e vacuômetros medem pressões relativas Unidades de Pressão Baseadas na definição (F/A) N/m² (Pa) ; kgf/m² ; kgf/cm² ; lb/pol2 = psi (pounds per square inch) Unidades de carga de pressão (h = P/ϒ) mmHg (milímetros de coluna de mercúrio) mca (metros de coluna de água) 1 atm= 760 mmHg = 101,23 kPa = 1,033 kgf/cm2 = 14,7 psi = 10,33 mca MEDIDORES DE PRESSÃO BARÔMETRO instrumentos utilizado para medir a pressão atmosférica MANÔMETROS para a medida da pressão efetiva ou manométrica. Tubo de vidro cheio de liquido imerso num recipiente que contém o mesmo líquido. Descerá até uma certa posição e nela permanecerá em equilíbrio. A pressão exercida pela atm sobre o liquido, no recipiente, é igual ao peso da coluna liquida de altura h no tubo Despreza a pressão de vapor do Hg na parte superior. Como a pressão no mesmo nível é a mesma: Po = PA = Patm Invenção atribuída a Evangelista Torricelli (liquido utilizado foi o mercúrio). Tipo mais simples de manômetro. Consiste num simples tubo de vidro que, ligado ao reservatório, permite medir diretamente a pressão manométrica PA. Desvantagens que tornam seu uso limitado: Não serve para medir pressões elevadas, a altura h será muito alta . Não serve para medir pressões de gases, pois eles escapam sem formar a coluna h. Só mede pressões maiores que a atmosférica. Piezômetro O líquido sobe em razão da pressão reinante no reservatório. A Patm é zero quando é expressa como Pman. coluna líquida em equilíbrio: MANÔMETROS MANÔMETROS Manômetro de tubo em U Pressão em (2) é igual à pressão em (3) [mesma cota]. (permitir a leitura de pressões negativas) o fluido manométrico é ≠ do fluido em estudo. Se o fluido 1 for um gás, a contribuição da coluna de gás, 1h1, é desprezível. Outra maneira: Zero (Pman) De uma extremidade a outra: deslocando para baixo → somamos a coluna de fluido, e à medida em que subimos → subtraímos a coluna de fluido Manômetro Diferencial em U Manômetro de tubo em U utilizado para medir diferença de pressão em sistemas fluidos. Não tem nenhum ramo aberto à atmosfera. Fluido manométrico Manômetros de tubo inclinado Manômetro utilizado para medir pequenas variações de pressão, em um sistema que contém gás. MANÔMETROS Considere o manômetro conectado entre os recipientes A e B. Manômetro diferencial em U Outra maneira prática: Soma-se a PA a pressão das colunas descendentes e subtrai-se a das colunas ascendentes. Iguala-se a PB. As alturas são tomadas a partir das superfícies de separação entre os fluidos. Manômetros de tubo inclinado Uma perna do manômetro é inclinada, formando um ângulo q com o plano horizontal e a leitura diferencial l2 é medida ao longo do tubo inclinado, nesta condição a diferença de pressão PA – PB é dado por: Sistemas que contém gases, as contribuições das colunas de gases podem ser desprezadas. A distância vertical entre os pontos (1) e (2) é l2 senq. Medidores de pressão – Dispositivos mecânicos Manômetro de Bourdon Barômetro Barômetro com leitura digital EXEMPLO - 01 No manômetro diferencial mostrado na figura abaixo, h1 = 25cm, h2=100cm, h3 = 80 cm e h4 = 10 cm. Determine qual é a diferença de pressão entre os pontos A e B. Dados: ϒagua = 10 kN/m³, ϒHg = 136 kN/m³, ϒóleo = 8 kN/m³ EXEMPLO - 01 EXEMPLO - 01 Outra maneira prática: Soma-se a PA a pressão das colunas descendentes e subtrai-se a das colunas ascendentes. Iguala-se a PB.
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