Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O PAPEL DO EMPRESÁRIO AMAPAENSE VISANDO EMPREENDER NA DIVERSIFICAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA Autores: Dilene dos Santos Flexa, DioneDiasMarreiros, Elmar Pereira da Silva, Flavio Donin Filho, Kely Dayane de Almeida Dalmacio, Patrícia Ferreira Gadelha 1 . Orientadores: Professores: Nazaré Ferrão, Francisco de Assis, Ailton Nóbrega, Gisele, Adirleide Greice 2 . RESUMO O trabalho abordará sobre o papel do empresário amapaense como agente inovador e a utilização dos princípios básicos da administração com a inclusão da diversidade cultural dentro das organizações. Foi desenvolvida uma pesquisa teórica a partir do método hipotético-dedutivo e arrecadação de dados quantitativos e qualitativos sobre o papel do empresário da empresa Vitor Gás e Água para alavancar a economia visando empreender dentro da diversidade cultural amapaense. A princípio percebe-se que a empresa está dentro dos padrões de acordo com o tema, pois tem se saído muito bem no mercado competitivo da sua área, além de participar de forma significativa na construção de um Estado melhor. O objetivo geral é analisar se o empresário da Vitor Gás e Água utiliza as funções administrativas dentro de sua organização visando destacar-se no meio em que atua, agindo como agente empreendedor e inovador dentro nesse ciclo de diversidade cultural do Estado do Amapá. A pesquisa baseou-se em questionamentos sobre a visão empreendedora do empresário e a utilização da diversidade cultural dentro da empresa, como forma de construir um novo conceito na produção econômica do Amapá. Após a coleta dos dados passa-se a verificar que as expectativas foram as esperadas, pois sendo apenas uma franquia ela conseguiu se destacar dentre muitas concorrentes. PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Diversidade Cultural. Funções administrativas. 1 INTRODUÇÃO As transformações ocorridas no sistema comercial do Amapá sugerem novas perspectivas para o desenvolvimento do Estado com o uso de características empreendedoras, principalmente as que utilizam ideias inovadoras. Mas as empresas estão preparadas para fornecer produtos de qualidade e em condições adequadas à realidade local? Sendo este o problema norteador do trabalho, partiu-se da hipótese de que as questões socioculturais e de formação empreendedora no Brasil e principalmente no Estado do Amapá devem passar por um 1 Acadêmicos do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior do Amapá – CEAP. 2 Professores orientadores do Interdisciplinar 2015-2. processo de qualificação e para isso se faz necessário uma maior compreensão sobre o assunto. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da inclusão sociocultural e utilização das funções administrativas como ferramentas de sucesso para o empreendedor do Amapá, visando à indução do desenvolvimento no Estado bem como as transformações que estão ocorrendo no campo do empreendedorismo com as adequações necessárias que as empresas estão realizando. Outros objetivos mais específicos foram: o empresário tem visão de empreendedorismo e utiliza na empresa; dentro da empresa é praticada as funções do Administrador; e os funcionários em algum momento já sofreram quaisquer tipos de preconceitos dentro e fora da empresa. As informações foram colhidas a partir do método hipotético-dedutivo, com abordagem qualitativa com pesquisas em livros, sites da internet e entrevista com o empresário da empresa particular Vitor Gás e Água, também responsável por este processo de crescimento na economia do Estado. Desta forma, proporcionará aos interessados maior compreensão dos efeitos destas ações empreendedoras e da diversificação cultural dentro deste cenário pelo qual as empresas estão sendo submetidas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS No início do século XXI com os grandes avanços organizacionais, as mudanças e incertezas em um meio de importância da diversidade cultural o ato de administrar as atividades empresariais tornou-se essencial para suprir as necessidades humanas. Na realidade além do administrador ter uma visão global do mundo dos negócios ele deve estar atento para as constantes alterações dos traços culturais dos estilos diversos. O administrador precisa ser capaz de utilizar corretamente seus recursos para alcançar o objetivo pretendido com eficiência e eficácia, além de se flexível e rápido nas tomadas de decisões. Neste mercado onde a busca por uma força de trabalho mais qualificada e cooperativa com foco na satisfação do cliente é necessária, ganha prestígio aquele que além de um bom empresário é também um bom empreendedor. Ser administrador é ter responsabilidade social e a possibilidade de trabalhar com uma variedade de pessoas, e um dos maiores desafios é saber usar as funções administrativas para tomar as decisões certas e estar motivado e preparado para o alcance dos resultados desejados. Segundo Chiavenato (2005, p.11) a tarefa da administração passou a ser a de interpretar os objetivos propostos pela organização em transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação e garantir a competitividade em um mundo de negócios altamente competitivo e complexo. A administração estratégica depende de um sistema orientado por funções e para compreender este sistema precisamos entender como funciona o processo administrativo na prática. Esse processo é composto por quatro funções básicas que dão efetividade a administração estratégica, com base neste contexto, encontra-se a simplificação de cada uma das funções abaixo: Planejar: É traçar os objetivos e analisar os meios para alcançá-los, o planejamento, de acordo com Richard L. Daft é o que define aonde toda e qualquer organização quer chegar e como fazê-lo da melhor forma. No entanto, apesar de parecer claro, este conceito é muito visado por todas as organizações que nem sempre alcança seu melhor desempenho. Como exemplo do mau uso do planejamento, tem a empresa Esplanada, presente durante muitos anos no mercado varejista de móveis e de roupas que fechou as portas em Macapá, muito provavelmente por uma falta de percepção por parte da gerência no que diz respeito a direção de mercado e as tendências demográficas em constante mudança. O estabelecimento de metas requer muitas vezes investimentos em treinamentos e incentivos aos funcionários e é parte crucial para uma boa administração. Incentivar os funcionários e criar metas, muitas vezes pode se tornar uma faca de dois gumes. Ocasionando a necessidades de implantação de sistemas que ajudem a cadastrar e organizar a base de dados e os produtos. Organizar: Modelar o trabalho, mover os recursos e coordenar as tarefas, entende-se então que esta função administrativa é a própria organização e isto abrange principalmente os processos internos de toda a empresa. Organizar é também saber seguir o planejamento corretamente atribuindo tarefas e certamente agrupando estas tarefas em departamentos específicos. Um caso de problema no que diz respeito às agências de publicidade e marketing, por exemplo, é que muitas vezes o atendimento passa por cima do planejamento que por sua vez quer fazer o papel da criação. Certamente, nós poderíamos dizer que se o atendimento, o planejamento e a criação trabalharem juntos não haveria tantos problemas. A descentralização de tarefas é um ponto importante e deveser tratado com maior cuidado e importância possível para que tudo ocorra da melhor maneira e assim observaremos o papel fundamental da liderança; Direcionar: Trata-se de nomear as pessoas, verificar seus esforços, motivá-las liderando-as sem restrição de comunicação. Liderar significa criar uma cultura compartilhada e criar valores, comunicar metas aos funcionários e infundir nestes funcionários o desejo de desempenhar um nível mais alto de comprometimento e ação. A liderança está se tornando uma função administrativa cada vez mais importante. Controle: Faz parte do monitoramento das atividades e correção dos erros, sendo a definição da quarta função administrativa, envolve o monitoramento das tarefas de maneira a manter a organização no caminho proposto e em direção as metas estabelecidas. Todas as funções não devem ser tratadas de maneira isolada e sim como um conjunto de ações que precisam ser cuidadas ao mesmo tempo de maneira a retroalimentar o bem estar da organização. Com a falência de algumas empresas amapaenses pode- se notar que a carência do uso das funções administrativas é grande, entretanto existem aqueles que além de gerentes são empreendedores onde inovar, criar e aperfeiçoar faz parte do ciclo de empreendedorismo. 2.2 EMPREENDER NO MUNDO DE HOJE O empreendedorismo é um processo e acredita-se que, recentemente, passou a ser visto mais como um procedimento em andamento do que como um evento único (por exemplo, a fundação de uma empresa ou o reconhecimento de uma oportunidade). Cada etapa desempenha um papel social único que analisa as habilidades técnicas, talentos, motivos, traços etc. do empreendedor dentro do seu campo de atuação operacionalizando todas as condições econômicas consideradas dentro do contexto do empreendimento. Todavia há que se discernir sobre o papel fundamental do empreendedor ligado as conjunturas políticas, sociais e culturais que se apresentam no campo das grandes ideias empreendedoras difundidas no Brasil afora como, por exemplo, as ideias simples de negócios já consolidados como a venda de cachorro quente que sempre surgem com inovações dos seus empreendedores, buscando novas formas de confecção para chamar a atenção do público alvo, quais sejam os clientes potenciais ou improváveis. Segundo Chiavenato (2005, p.127) “Para ser bem sucedido, o empreendedor não deve apenas saber criar seu próprio empreendimento, deve também saber gerir seu negócio para mantê-lo e sustentá-lo em um ciclo de vida prolongado e obter retornos significativos”, o que nos leva a concluir que empreender no mundo de hoje, não somente é criar ideias inovadoras, mas também mantê-las em constantes reformulações, pois o mercado exige que cada negócio seja sempre atual, tenha incessantemente o atrativo que salta aos olhos dos clientes potenciais ou improváveis, principalmente na conquista destes últimos. Abaixo se resumem os três pontos cruciais que caracterizam o espírito empreendedor listado por Chiavenato: Necessidade de realização: supõe que as pessoas necessitam de afirmação na conquista de realizações. Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume vários riscos em busca dos objetivos e sempre está focado naquilo que lhe trará os benefícios de seu empreendimento. Autoconfiança: a confiança faz os empreendedores enxergarem novas oportunidades onde há problemas. Os estudos sobre empreendedorismo ainda não conseguiram estabelecer conceituações universais para essa área, e os estudos adaptados às localidades específicas ou relacionados a categorias sociais são ainda de forma principiante. Sobre os resultados dos autores principais do empreendedorismo - os empreendedores - as perspectivas dominantes são aquelas que abordam aspectos de sua influência na dinâmica econômica dos países, baseadas em Schumpeter (1982) citado por Drucker (1987), por exemplo, podemos enumerar alguns tipos de empreendedores mais comuns no Brasil: O informal: este tipo ganha dinheiro porque precisa sobreviver. “O informal está muito ligado a necessidades”. O cooperado: onde o trabalho em equipe é primordial. Sua meta é crescer até poder ser independente. O individual: este é o empreendedor informal que se formalizou através do Microempreendedor Individual - MEI e começa a estruturar de fato uma empresa. O franqueado e o franqueador: muitos desconsideram o franqueado como empreendedor, mas a iniciativa de comandar o negócio, mesmo que seja uma franquia, deve ser levada em conta. O público: o empreendedor público é uma variação do corporativo para o setor governamental, sua motivação está ligada ao fato de conseguir provar que seu trabalho é nobre e tem valor para a sociedade. O do negócio próprio: este é o mais comum e costuma abrir um negócio próprio por estilo de vida ou porque pensa grande, é o que mais se aproxima do visionário. Dentro deste perfil, encontramos subtipos: o empreendedor nato, o serial e o “normal”. 2.2.1 O DESAFIO NA BUSCA PELO MERCADO NO AMAPÁ Há dois grandes grupos de empreendedores: os por necessidade, que só empreendem para sobreviver, e os por oportunidade, que identificam um nicho com potencial de crescimento. Ao estudar sobre empreendedores, principalmente no Amapá, deve-se considerar que a estratificação social marcante no Brasil tem influenciado profundamente aspectos dessa área, sendo, portanto, necessário reconhecê-la para compreender como esse fenômeno ocorre no país. Para Chelala (2014) “dentre todas as características da economia amapaense, seguramente a mais marcante é a excessiva dependência do Setor como instituição responsável por fazer girar o seu motor econômico”. Neste cenário o economista Chelala, apura que: A economia do contracheque público representa aproximadamente 50% do Produto Interno Bruto do Amapá, paga 70% de todos os salários de empregos formais e emprega algo em torno de 30% da população ocupada. Talvez esta venha a ser uma das principais razões de observarmos a ainda reduzida cultura empreendedora no Amapá. Há, no imaginário coletivo das pessoas que buscam colocação no mercado, uma forte predileção pelas vagas em órgãos públicos, mesmo entre aqueles que estão em processo de formação profissional em áreas nas quais poderiam vir a deslanchar como empreendedores, por exemplo, nos cursos de administração, contabilidade ou arquitetura e urbanismo, dentre outros. (CHELALA, 2014, p.1) O Governo do Amapá desenvolve eventos de Geração Empreendedora, que mostra como um trabalho de sala de aula pode se tornar projeto de iniciação científica ou mesmo um plano de negócio, inicialmente idealizado pela professora do Instituto Federal do Amapá (Ifap), Darlene Del Tetto, estimula os alunos a realizar projetos como incentivo a iniciação cientifica e de empreendedorismo. Denominado “Projeto Geração Empreendedora”, objetivando alcançar neste contexto regional a diversificação cultural e social que o Estado do Amapá e a Região norte possuem. O empreendedor, portanto, não é somente o fundador de novas empresas, ele é a energia da economia, a alça de recursos, impulsiona talentos, dinamiza ideias, fareja as oportunidades, tem que ser rápido nas ações, aproveita oportunidades fortuitas, ele vê nos obstáculos uma nova viabilidade, assumindo riscos e começando algo novo e de sucesso para as empresas, por exemplo, significa aumento de faturamento, acesso a novos mercados, aumento das margens de lucro, entre outros benefícios. As organizações se preocupando com os seus interesses, coloca a inovação como regra a ser cumprida, atentos em trazer novidades e atingir o seu objetivo principal, o cliente.Através do contexto acima se analisa que os melhores empresários e grandes empreendedores possuem uma visão ampla dos negócios sem deixar de lado as brechas que a diversidade cultural traz consigo. Inovação hoje está naqueles empreendimentos onde os empreendedores tratam o termo diversidade cultural como uma grande oportunidade de mercado, referindo-a ao grande número de orientações distintas de uma sociedade, podem ser culturais, de crenças, vestimentas, sexo, cor dentre outras. 2.3 DIVERSIDADE CULTURAL A diversidade cultural inclui a todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende á idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, status de privilégio ou de não privilégio e administração ou não administração (THOMAS Apud OLIVEIRA E RODRIGUES, 2004, p. 34 a 38). É por meio da diversidade cultural que todos são introduzidos na sociedade e com a variedade de ideias e diferenças as pessoas buscam meios de se adaptarem no ambiente social diversificado, onde a pluralidade e multiplicidade se tornam homogênea e os interesses pessoais se confundem. No Estado do Amapá é notável o número de diferentes misturas, negros e brancos, católicos e evangélicos, ricos e pobres, ritmos musicais, etc. Com o crescimento do Estado tudo se diversificou ainda mais, tendo em vista que pessoas de diversas regiões do Brasil veem aqui uma chance para o seu crescimento. Dentro das organizações a diversidade contribui para o aumento de diversos tipos de conhecimento se tornando uma vantagem competitiva para a empresa podendo ter uma nova forma de interação e distintas maneiras de perceber e atuar no seu segmento de mercado. A noção de que a diversidade presente nas organizações provocará impacto, tanto em termos da eficácia organizacional como individual, e que o contexto organizacional é relevante para determinar se esse impacto será positivo ou negativo. Outra característica da proposta é o fato de que ela está estruturada sobre dimensões psicológicas e sociais, que têm clara aplicabilidade nas várias dimensões da identidade de grupo (por exemplo, não só sexo e raça, mas nacionalidade, descrição do cargo, religião, classe e assim por diante) e são aplicáveis à experiência de membros de ambos os grupos: maioria e minoria nas organizações. Segundo Cox (1994, p.11), “a administração da diversidade cultural significa planejar e executar sistemas e práticas organizacionais de gestão de pessoas de modo a maximizar as vantagens potenciais da diversidade e minimizar as suas desvantagens”. É fácil entender a importância do presente estudo sobre a cultura onde se transforma para combater os preconceitos e oferecer uma plataforma de respeito e dignidade nas relações humanas. As vantagens de um ambiente empresarial diversificado e constituído de varias ideias e maneiras de pensar são inúmeras, pois cada um observa os problemas onde eles estão, vale ressaltar que o empreendedor percebe essas oportunidades como um grande negócio e o bom empresário as põem em prática observando que a fixação cultural é vantajosa. 3 ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS 3.1 ESTUDO DE CASO: EMPRESA VITOR GÁS E ÁGUA O Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas registrou a criação de 990.964 novos empreendimentos no Brasil no primeiro semestre do ano, aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando 944.678 novas empresas foram criadas. No mês de junho surgiram 168.445 empresas, aumento de 12,8% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando o número foi de 149.350. Em comparação com o mês de maio de 2015, que totalizou 174.031 novos empreendimentos, houve queda de 3,2%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, diante do quadro adverso da economia do país, o aumento no número de novas empresas, no acumulado interanual, pode ser creditado ao aumento do empreendedorismo por necessidade, em contraposição ao empreendedorismo por oportunidade, como alternativa para o aumento do nível de desemprego no país. Na Região Norte, mais especificamente no Amapá, 1.930 novas empresas criadas no semestre, crescimento de 9,5% diante dos 1.763 empreendimentos que surgiram nos seis primeiros meses do ano passado, estes dados foram computados em uma tabela que apresenta a participação de cada unidade da federação no volume de novos empreendimentos no primeiro semestre de 2015, destacamos os da região norte para uma compreensão deste volume de novas empresas, nota-se que o Amapá ocupa a 26 º posição no ranking nacional e a 5 º no regional perdendo apenas para Roraima: ESTADOS/REGIÕES NOVOS EMPREENDIMENTOS % DO TOTAL 13 0 Pará 22.346 2,3% 20 0 Amazonas 9.541 1,0% 23 0 Rondônia 6.461 0,7% 25 0 Acre 2.176 0,2% 26 0 Amapá 1.930 0,2% 27 0 Roraima 1.623 0,2% Total 990.964 100% Fonte: Serasa Experian O que nos leva a concluir que as ações do governo do Amapá para incentivar novos empreendimentos, ainda estão abaixo do esperado. Neste cenário, tentar um espaço como empresário de pequenos empreendimentos não se apresenta como uma alternativa para conseguir alcançar um lugar no mercado, pois sem incentivos e recursos aportados pelos meios governamentais torna-se cada vez mais difícil na economia do Estado baseada no contracheque. Contudo neste cenário, um tanto quanto fechados para novos empreendedores e com inúmeras dificuldades, muitos se aventuram em empreender e conseguir espaço no meio em que grande parte da fonte de renda é o contracheque dos órgãos públicos, e assim nota-se que o espírito empreendedor se molda em muitos jovens, pois o empreendedor não nasce feito, mas vai se construindo em meio aos obstáculos socioeconômicos que se apresentam, além das barreiras do próprio negócio. Este espírito pode ser observado em muitos jovens, como o Empresário proprietário da empresa Vitor Gás e Água, que teve um sonho, criou uma ideia e com a ajuda da família, criou uma empresa de distribuição de bebidas que logo, pela visão de mercado daquele jovem de 19 anos, ainda na faculdade de Administração, engendrou-se no campo do empreendedorismo e em meio a um comércio já estabilizado por outras revendas de gás e água, conseguiu adquirir, por mérito próprio, um prêmio do setor de revenda de gás, além de outros certificados de excelência, devido a sua visão e vontade de crescer. Sem dinheiro e com vontade de chegar longe, enfrentou os desafios e os receios de não possuir o suficiente para fazer frente às dividas, aos fornecedores, os impostos, etc. Lembramos o que diz Kiyosaki: Escolher o que pensamos em lugar de reagir a nossas emoções, em lugar de levantar da cama e ir para o trabalho para resolver os problemas, porque estamos assombrados pelo medo de não ter dinheiro para pagar nossas contas. O pensamento o levaria a dedicar tempo a colocar-se a si mesmo a pergunta: “Trabalhar com mais afinco seria a melhor solução para este problema?” A maioria das pessoas está tão apavorada por não encarar a verdade. (KIYOSAKI, 2011) Este tipo de empreendedor está em falta na sociedade, pois como já foi dito, ele não nasce pronto, ele se faz e não desiste na primeira dificuldade, e para alimentar a sociedade com estes, necessário se faz uma política pública de incentivos que aponte o caminho e dê sustentação às inovações projetadas por mentes que se revelam nos vários campos comerciais. Mas é necessário planejar com bastante clareza as ações que se desenrolarão no caminho, ou seja, ter visão de mercado e planejar um plano de negócio que tenha uma necessidade na sociedade,pesquisa de mercado é fundamental, como fez nosso empresário da Vitor Gás e Água, conforme relatou em entrevista concedida aos pesquisadores. O planejamento produz um resultado imediato diz Chiavenato: Todos os planos tem um propósito comum a previsão, a programação e a coordenação de uma sequência lógica de eventos, os quais, se bem sucedidos, deverão conduzir ao alcance do objetivo que se pretende (CHIAVENATO, 2005). No Amapá, os novos empreendedores, estão espalhados em muitos espaços da cidade, esperando sua chance, tendo que inovar a cada dia para manter seu negócio, enfrentando crises econômicas como a atual que passa o País e não menos no Amapá, ainda assim tem espaço para preocupar-se com a dignidade de seus colaboradores e atuantes na luta contra discriminação de todas as espécies diversificando culturalmente seus empreendimentos, pois os diversos agentes que contribuem para seu sucesso são assim considerados “parceiros”, independente de raça, credo e etc. Os muitos empreendedores de sucesso passaram por todos os estágios desta empreitada, motivando-se e motivando sua equipe, seus parceiros, assim observamos empreendimentos que tiveram em seus gestores os alicerces de seus negócios como a Jumbinha no ramo da confecção, Divina Arte no seguimento da alimentação, Vitor Gás e Água, e muitos outros. A diversidade cultural nas empresas está se tornando marca principal da imagem destas e muito se está aprofundando o tema nas cadeias direcionais das empresas, pois a configuração cultural atual, consiste nos diferentes traços culturais exercidos pelas empresas em Macapá, consolidando o conceito de cultura tipificado nos muitos livros que abordam sobre o assunto. Dentro dos questionamentos da pesquisa, foram feitas perguntas com base nas funções administrativas, empreendedorismo e a diversidade cultural no Estado, foram realizadas observações no interior da empresa Vitor Gás e Água do Sr. Wendel Silva para analisar se as definições citadas acima com relação aos temas possuem semelhança com a sua maneira de conduzir e administrar sua empresa com matriz e filiais na região. As pesquisas revelaram que a sua companhia não precisou de muitos gastos para projetar seu desenvolvimento, usou de um bom planejamento e um controle das tarefas com afinco, fez o estudo de mercado e trabalhou na organização da empresa através de sua criação que chamou de "empresa família", o resultado foi uma empresa com a sua equipe com excelente interação e preocupada com o sucesso da mesma, vendo o seu gestor como um companheiro, não se notou desconforto entre eles, cada um cumpre as metas estabelecidas pelo empreendimento com motivação para trabalhar e com satisfação em realizá-las. Com base nas pesquisas pode-se afirmar que mesmo a sua empresa sendo uma franqueada revendedora da Liquigás, o proprietário se mostrou um grande empreendedor, por estar sempre atento às constantes mudanças no seu habitat, soube e sabe assumir muitos riscos, pois as outras franquias do Estado são suas concorrentes naturais, entretanto o que fez a diferença foram: o processo de divulgação do nome de sua organização através de um marketing agressivo e consubstanciado; a entrega pontual da mercadoria; e os brindes de gratificação aos clientes atendendo-os com uma gentileza invejável. (Ver anexo I) Foram deixados na empresa alguns questionamentos para que o gestor realize uma pesquisa de opinião acerca da sua empresa e do modo como atua, para mensurar a satisfação dos seus clientes e de posse dos dados melhorar seus atendimentos, buscando aumentar assim, a sua clientela. O espírito empreendedor deste empresário, o fez perder os medos e assim continuar em frente, enfrentando as barreiras que se apresentavam. Sua visão administrativa adquirida na sua formação foi fundamental também para este fato, não desistiu de estudar mesmo tendo que trabalhar para manter seu negócio. Foi esse espírito que o fez enxergar as oportunidades entre a diversidade amapaense, notando que nas diferenças existem chances que poucos enxergam. Em nossa entrevista observamos que o Senhor Wendel Silva não fazia distinção e não valorizava nenhum tipo de diferença de raça, credo ou opção sexual e até nos revelou que a diversidade é sua companheira no alcance de outros objetivos. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os argumentos apresentados é imprescindível que todos se conscientizem de que a falta de conhecimento sobre as funções administrativas dentro de uma entidade empreendedora pode levar a falência da mesma, pois até um empreendedor apaixonado pelo seu negócio, precisa ter conhecimento administrativo. A grande mudança e a evolução desta época exige de nós maior tolerância pela diversidade, visando oportunizar a todos sem preconceitos. No Estado do Amapá o empreendedorismo ainda está em crescimento, mas nossas pesquisas mostram que existe, são diversificados e flexíveis com a diversidade cultural como foi o caso do nosso entrevistado e empreendedor, Sr. Wendel Silva da empresa Vitor Gás e Água, o qual através de seus colabores valorizados e satisfeitos viabiliza e estima a sua clientela. Exemplo brilhante de um homem que sempre está atento ao anseio da sociedade a qual está inserido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS BARON, Robert A. Shane, Scott A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Cengage Learning, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. 1. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. COX, T.A Diversidade cultural nas organizações: teoria, pesquisa e prática. San Francisco: Berrett - Koehler Publishers, 1994. Declaração sobre a diversidade cultural, a UNESCO, 2001, 11. (em Frances) e (em inglês); Acessado em 30 de Agosto de 2008. DRUCKER, P. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira, 1987. eisagestao.blogspot.com/2009/05/importancia-das-4-funcoes.html acessado em 18 de novembro de 2015. FIGUEIREDO, Luiz: A Arte da Guerra: http://www.suntzu.hpg.com.br: tradução do inglês e Interpretação, 2002. http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=agylvuaa6; 02/09/2015 Diversidade Cultural Aplicado as Organizações. KIYOSAKI, Robert T., Lechter, Sharon L.: Pai rico, pai pobre; tradução Maria Monteiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Missão Novas Tribos do Brasil. <http://www.mntb.org.br/>. Acessado em 26 de março de 2008. OLIVEIRA, D. C.; GUIMARÃES, L. O. Perfil empreendedor e ações de apoio ao empreendedorismo: o NAE/SEBRAE em questão. In: Encontro Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração, 27, Atibaia, 2003. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. Revista RBA, brasileira de administração, fevereiro 2015. Revista Exame, edição abril de 2012. www.portalgerenciais.com.br/funções-administrativas.php acessado em 18 de novembro de 2015. www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe www.fecomercio-ap.com.br/imprensa/artigos/a-hora-de-despertar-o-em..., acessado em 18/11/2015. SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. ANEXOS Anexo1. Questionário para levantamento de dados pelo Empregador QUESTIONAMENTO SIM NÃO COMPLEMENTO PELO EMPREGADOR QUESTIONAMENTO SIM NÃO COMPLEMENTO PELO EMPREGADOR 01 Você usa alguma das funções administrativas dentro da sua empresa? X Quais? Trabalhamos muito com o controle. Observando o dia a dia do funcionário e buscando resposta seguras dos clientes. 02 Quanto à situação econômicaatual do país, o que está sendo feito para a empresa permanecer no mercado? X O Que? Como não podemos baixar o preço por motivos de carga tributária procuramos dar brindes de gratificação ao cliente. Investimos também no marketing com intuito de, não só levar o nome da Liquigás, mas o nome do nosso próprio negócio junto Vitor Gás e Água, além de nos responsabilizar literalmente pela instalação e segurança dos nossos produtos. 03 Há um processo de recrutamento e seleção para preencher um cargo na empresa? X Como? Eu mesmo procuro orientar e escolher meus funcionários, sempre esclarecendo como trabalhamos e como queremos que seja feito o seu trabalho. 04 Existe algum tipo de departamentalização estabelecida na organização? X Quais? São poucas as departamentalizações, mas temos o marketing e a parte do atendimento ao cliente. 05 A empresa possui algum canal de comunicação para divulgação de seus produtos? X Qual? Temos um comercial com a nossa marca que ainda pretendemos lançar, e oferecemos ao nosso cliente que possui automóvel, um desconto no botijão para colar um adesivo da Vitor Gás e Água em seu carro. Divulgamos também o nome da empresa nos brindes e nos carros de entrega. 06 Você procura se qualificar e qualificar seus funcionários? X Como meu tempo é curto eu procuro assistir vídeo-aulas para atualizar meus conhecimentos, mas meus funcionários são sempre qualificados pela empresa Liquigás. 07 Você se considera um empreendedor de sucesso? X Por quê? Empregador: Pelo fato de ter abrindo sua revendedora cedo, estando no mercado há seis anos e já adquirimos o segundo lugar na escolha do cliente. “eu trabalha para uma revenda e em pouco tempo me tornei dono de uma revendedora”. Ganhamos reconhecimento e abrimos mais duas filiais, sempre com foco no cliente e isso nos tem trazido grande retorno. 08 Há diversidade cultural dentro de sua organização? X 09 Existe uma estratégia para uma boa interação com os funcionários? X Qual? Criamos em nosso quadro uma espécie de “equipe família”, conversamos e damos opiniões quando vemos que algo de ruim está acontecendo fora do ambiente de trabalho. Essa criação é de muita utilidade para trabalhar a parceria entre os funcionários. 10 Existe uma política cultural dentro da empresa? X Qual? Somos abertos a todas. QUESTIONAMENTO SIM NÃO COMPLEMENTO PELO EMPREGADOR 11 Os prazos de entrega das mercadorias, os preços e as formas de pagamento são competitivos? X De que forma? Procuramos sempre estar com os nossos carros de entrega próximo das maiores procuras, nosso prazo de entrega é de no máximo 20 minutos. Trabalhamos com dinheiro e cartão para a facilidade do cliente. 12 É aplicada uma política de pré-venda e pós venda junto ao cliente? X Como funciona? Temos uma planilha com os dados de todos os clientes assíduos, existem aqueles que compram de grande quantidade que eu procuro ir pessoalmente, já os residenciais geralmente utilizamos a planilha para anotar e verificar o período de término e início de suas recargas. Entramos em contato, via telefone, para lembra-lo de que estamos à sua disposição. Muitas vezes telefonamos também para saber se o cliente foi bem atendido, procurando fidelizar o mesmo. 13 Os produtos e serviços comercializados são de qualidade superior ao da concorrência? X Por quê? São praticamente os mesmos produtos, pois se tratam de empresas terceirizadas, o que nos diferencia é a forma de atendimento ao cliente. 14 É efetuada periodicamente uma análise da imagem da empresa no mercado? X Como? Somos a segunda revendedora de gás do Amapá, prêmio consolidado agora em 2014, a maioria das empresas atuam há mais tempo no mercado, a nossa é recente e já temos um nome, crescemos bastante, mesmo sendo uma franquia ganhamos espaço no mercado. 15 Já foi efetuada uma análise da concorrência, fazendo um quadro comparativo com seu próprio negócio, enumerando os pontos fortes e fracos? X Quais foram os resultados? A maioria das outras revendedoras é terceirizada da Liquigás isso é uma boa vantagem; temos também uma diversidade de botijões que vai para o cliente solteiro, a pequena família e uma grande família, é uma economia que o cliente agradece e nenhuma outra empresa do mercado amapaense possui; temos um marketing efetivo para divulgação dos produtos da qualidade dos mesmos e assim garantimos clientes satisfeitos. 16 A empresa oferece condições para que seus colaboradores permaneçam por mais tempo satisfeitos na área em que atuam? X Quais? Procuramos familiarizar a empresa sem confundir o profissionalismo com o pessoal, ajudamos nossos funcionários no que for preciso e eles nos retribuem muito bem tudo isso, através de bons serviços. 17 Você identifica a diversidade cultural dentro de sua organização? X 18 É implantada uma política de valorização dos funcionários, para que os mesmos permaneçam por mais tempo na empresa? X Como funciona? Sim, fazemos comemoração de aniversários, damos gratificações de agradecimento e muitos outros. QUESTIONAMENTO SIM NÃO COMPLEMENTO PELO EMPREGADOR 19 A empresa trabalha com planos de metas para os seus colaboradores? X Como é estabelecida? Vender com qualidade e eficiência. 20 A empresa desenvolve ou participa de algum projeto social? X Qual? Sempre próximo ao Natal doamos alimentos para as comunidades carentes de Macapá, é um grande sonho poder ajudar a todos, mas isso é um grande começo. 21 A empresa possui um objetivo, missão e visão? X Qual? Nosso objetivo é sempre inovar no ramo, prestar serviço com excelência e nos tornarmos a maior empresa do mercado amapaense no segmento, visando a cooperação de todos os colaboradores. 22 Existe estratégia empresarial para competir com os concorrentes? X Quais? Buscamos o melhor no atendimento ao cliente, a divulgação do nosso nome, a qualidade do nosso produto e sempre queremos inovar agregando valores acessíveis a todos, sempre que possível. 23 A empresa trabalha com mensuração de resultados? X 24 A empresa vê oportunidade dentro da diversidade cultural do mercado amapaense? X Qual? Atendemos clientes de todas as culturas e crenças, tínhamos uma primeira revenda no Jesus de Nazaré, existia vezes que as pessoas mais longes e carentes iam até nossa loja para buscar o gás. Vimos aí uma chance de popularizar nossa marca sem deixar de atender a todos. 25 Há uma política de portas abertas dentro da organização, levando em conta a comunicação entre os chefes e os empregados (feedback)? X 26 A empresa toma medidas para prevenir ou reduzir os choques culturais existentes? X 27 Os funcionários demonstram interesse pelo crescimento da empresa? X 28 Existe um controle no nível de motivação de seus colaboradores? X Qual tipo? Sempre buscamos mostrar a todos que a empresa crescendo todos tem benefícios. 29 Todos os colaboradores são cientes das políticas da empresa? X De forma é exposto? Através da política de diálogo aberto.
Compartilhar