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UTILIZAÇÃO DA PALMA FORRAGEIRA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

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1 
 
Utilização da palma forrageira na alimentação de ruminantes 
Marcelo de Andrade Ferreira
1
, 
 
1Depto de Zootecnia – UFRPE, 
 
RESUMO - A palma forrageira é uma alternativa alimentar de grande importância para 
as regiões semi-áridas. As cultivares mais utilizadas são a redonda, a gigante (Opuntia 
fícus-indica Mill) e a miúda (Nopalea cochenilifera Salm Dick). Em geral, apresenta 
em sua composição química baixos teores de matéria seca, proteína bruta, fibra em 
detergente neutro e fibra em detergente ácido. No entanto, é rica em carboidratos totais, 
carboidratos não-fibrosos e matéria mineral. Seu alto teor de umidade é uma 
característica favorável em regiões onde a água se torna escassa. Apresenta 
digestibilidade da matéria seca entre 65 e 75%. É necessário a associação da palma 
forrageira a outros volumosos, para atender o requerimento mínimo de fibra efetiva do 
animal e podem ser utilizadas uréia e fontes suplementares de proteína verdadeira para 
atender as exigências dos animais em proteína. É importante o fornecimento de dietas 
na forma de mistura completa, especialmente para vacas leiteiras. 
 
Palavras-chave: palma forrageira, ruminantes, semi-árido 
 
 
Use of cactus forage in ruminants feeding 
 
ABSTRACT – The forage cactus is a very importante alternative feed for the semi-arid 
regions. The cultivars used are the “redonda”, “gigante” (Opuntia fícus-indica Mill) 
and “miúda” (Nopalea cochenilifera Salm Dick). In general, presents in its chemical 
composition low dry matter, crude protein, neutral detergent fiber and acid detergent 
fiber. However, it is rich in total carbohydrates, non-fibrous carbohydrates and mineral 
matter. Its high moisture content is a favorable feature in regions where water becomes 
scarce. Presents dry matter digestibility between 65 and 75%. It is necessary the 
association of cactus forage to other roughages to meet the minimal requeriments for 
effective fiber of the animal and can be used urea and additional sources of crude 
protein to meet the demands of animal protein. It is important provide diets in total 
mixed ration, especially for dairy cows. 
 
Key Words: forage cactus, ruminant, semi-arid 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
A sazonalidade na produção de alimentos, devido a irregularidade e escassez de 
chuvas, é uma característica da região semi-árida do Nordeste brasileiro. A produção de 
ruminantes nessa região é de grande relevância por ser uma atividade menos vulnerável 
a seca, quando comparada com outras explorações, e se constitui num dos principais 
fatores de fixação do homem no campo, como também na geração de emprego e renda 
(Ferreira et al., 2009). 
Para a manutenção da produção, tanto de leite como de carne, frente às 
adversidades climáticas, deve-se proceder com o adequado gerenciamento dos recursos 
forrageiros disponíveis na região. Devem ser priorizados aqueles que se enquadram na 
realidade natural das condições impostas e que possam ser utilizados de forma segura, 
trazendo retorno econômico para que a atividade possa ser competitiva quando 
comparada a outras culturas. 
 A palma forrageira, originária do México, possui características anatômicas, 
morfológicas e fisiológicas adaptadas as regiões áridas e semi-áridas. Apresentam o 
mecanismo fotossintético ácido das crassuláceas (CAM) no qual os estômatos abrem-se 
durante a noite e fecham-se durante o dia, reduzindo a perda de água por transpiração 
(Mulas & Mulas, 2004). 
A palma forrageira tem entre as cultivares mais utilizadas a redonda, a gigante 
(ambas Opuntia fícus-indica Mill) e a miúda (Nopalea cochenilifera Salm Dick) 
(Santos et al., 2006). Seu uso ocorre, em algumas regiões, durante todo o ano, 
principalmente na alimentação de rebanhos leiteiros. Normalmente é colhida 
manualmente e, dependendo do espaçamento e da necessidade do criador, pode ser 
colhida em intervalos de dois ou quatro anos, sem perda do valor nutritivo (Farias et al., 
2000). Apresenta produtividade média de 10 ton MS/ha/ano (Santos et al., 2006) e 
estima-se que no nordeste brasileiro a área plantada seja de 550.000 ha (Araújo et al., 
2005). 
 
Composição bromatológica 
A palma forrageira em sua composição química apresenta, em geral, baixos 
teores de matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente 
ácido. No entanto, é rica em carboidratos totais, carboidratos não-fibrosos e matéria 
mineral (Tabela 1), apresentando elevados teores de cálcio, potássio e magnésio (Ben 
 
3 
 
Salem et al., 1996) e baixos teores de fósforo, como na maioria das forragens tropicais 
(Germano et al., 1991). Pode haver variação na composição químico-bromatológica da 
palma de acordo com a espécie, idade dos artículos e época do ano (Santos, 1989). 
 
Tabela 1. Composição bromatológica da palma forrageira 
Espécie MS PB
1 
FDN
1
 FDA
1
 CHT
1
 CNF
1
 MM
1
 Autores 
Palma redonda 10,40 4,20 -- -- -- -- -- Santana et al. (1972) 
Palma gigante 9,40 5,61 -- -- -- -- -- Santos (1989) 
Palma redonda 10,93 4,21 -- -- -- -- -- Santos (1989) 
Palma miúda 16,56 2,55 -- -- -- -- -- Santos (1989) 
Palma gigante 12,63 4,45 26,17 20,05 87,96 61,79 6,59 Andrade (2001) 
Palma gigante 8,72 5,14 35,09 23,88 86,02 50,93 7,98 Magalhães (2002) 
Palma gigante 7,62 4,53 27,69 17,93 83,32 55,63 10,21 Araujo (2002) 
Palma miúda 13,08 3,34 16,60 13,66 87,77 71,17 7,00 Araujo (2002) 
Palma gigante 10,70 5,09 25,37 21,79 78,60 53,23 14,24 Melo (2002) 
Palma gigante 14,40 6,40 28,10 17,60 77,10 -- 14,60 Batista et al. (2003) 
Palma miúda 12,00 6,20 26,90 16,50 73,10 -- 18,60 Batista et al. (2003) 
Palma IPA-20 13,80 6,00 28,40 19,40 75,10 -- 17,10 Batista et al. (2003) 
 
Os baixos teores de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) da palma podem 
ser corrigidos com a associação com alimentos fibrosos, como também a adição de uma 
fonte de proteína verdadeira ou de NNP. A uréia é uma importante alternativa para 
correção protéica da palma forrageira, em decorrência do alto conteúdo de carboidratos 
prontamente disponíveis para os microorganismos ruminais (Ferreira, 2005). 
O alto teor de umidade da palma é uma característica favorável em regiões onde 
a água se torna escassa em determinadas épocas do ano (Magalhães, 2002). Lima 
(2002) observou que vacas leiteiras mestiças com produção média de 15 kg de leite/dia, 
recebendo na alimentação aproximadamente 50% de palma forrageira, tiveram suas 
exigências em água praticamente supridas pela dieta. De maneira semelhante, Ben 
Salem et al. (1996), Tegegne et al. (2007) e Abidi et al. (2009) observaram decréscimo, 
e até mesmo ausência, na ingestão de água em ovinos e caprinos consumindo dietas 
com níveis crescentes de palma forrageira. 
 
 
4 
 
 
Digestibilidade dos nutrientes 
A palma forrageira apresenta coeficientes de digestibilidade in vitro na matéria 
seca da ordem de 74,4; 75,0 e 77,40% para as cultivares redonda, gigante e miúda, 
respectivamente (Ferreira et al., 2009). Torres et al. (2009) não encontraram diferença 
na digestibilidade aparente dos nutrientes quando substituiu a palma gigante por palma 
miúda em dietas para bovinos em crescimento, o que foi relacionado com a semelhança 
da composição nutricional das duas variedades. Um exemplo de digestibilidade de 
dietas com palma forrageira para vacas em lactação é dado na Tabela 2. 
 
Tabela 2. Digestibilidade aparente dos nutrientes, em função de níveis de inclusão de 
palma forrageira em substituição à silagem de sorgo em dietas para vacas em lactação 
 
Digestibilidade (%) 
Níveis de palma (%) 
Efeito 
0 12 24 36 
DAMS 73,15 77,61 79,98 73,01 Quadrático 
DAMO76,20 78,80 81,12 74,47 Quadrático 
DAFDN 64,56 61,93 62,89 43,85 Quadrático 
DACHT 75,60 78,70 81,09 74,64 Quadrático 
Adaptado de Andrade (2001) 
 
Pode-se observar que com o aumento da proporção de palma nas dietas, o 
coeficiente de digestibilidade aumentou até determinado ponto, a partir do qual ocorreu 
diminuição na digestibilidade para todos os nutrientes. Com a inclusão da palma, houve 
aumento no teor de CNF e diminuição no teor de FDN. A redução da fração de fibra 
(FDN) resulta em menor salivação, considerada importante para diminuição do pH 
ruminal (Mertens, 2001), alterando a população microbiana, com conseqüente 
diminuição da digestibilidade dos nutrientes, evidenciando mais uma vez a importância 
do equilíbrio entre as proporções de CNF e FDN da dieta. 
O comportamento observado para a digestibilidade com a inclusão de palma é 
similar àquele observado para dietas com altos níveis de concentrado. Dietas com tais 
alimentos apresentam altas frações de CNF, que são prontamente fermentados no 
rúmen, comprometendo a atividade microbiana, principalmente de bactérias 
fibrolíticas, e, como conseqüência, a digestão (Véras et al., 2000). 
 
5 
 
No entanto, Bispo et al. (2007) observaram aumento linear nos coeficientes de 
digestibilidade (MS, MO e CHT) com a inclusão de palma em substituição ao feno de 
capim-elefante em dietas para ovinos. O pH ruminal diminuiu linearmente, com 
variação de 6,46 a 6,24, para as dietas com 0 e 56% de palma forrageira, 
respectivamente, não sendo observado efeitos dos níveis de palma sobre a concentração 
de amônia ruminal. Os autores concluíram que o uso de até 56,0% de palma forrageira 
em substituição ao feno de capim-elefante aumenta a ingestão e melhora o 
aproveitamento dos nutrientes em dietas para ovinos. 
 
Palma forrageira na alimentação de bovinos 
A alta palatabilidade da palma forrageira, associada ao seu baixo teor de matéria 
seca, favorece o consumo de grandes quantidades diárias. Carvalho et al. (2005) 
observaram que novilhas leiteiras com peso médio de 250 kg recebendo dietas com 
62% de palma, apresentaram consumos de matéria seca superiores aos estimados pelo 
NRC (1989) e NRC (2001). Pessoa (2007) observou que novilhas mestiças recebendo 
dieta com 64% de palma e 30% de bagaço de cana apresentaram consumo de MS de 
2,8% do peso vivo. Torres et al. (2003) relatam, para animais com peso semelhante, um 
consumo de MS de 2,9% do peso vivo com uma dieta contendo 50,0% de palma 
forrageira, 30% de bagaço de cana e 20,0% de farelo de soja, com base na matéria seca. 
Tem sido relatado também que o uso da palma forrageira, principalmente em 
dietas de vacas em lactação, provoca problemas como diarréias, queda no teor de 
gordura do leite, baixo consumo de matéria seca e perda de peso (Santana et al., 1972; 
Santos et al, 1990). O adequado nível fibra na dieta de ruminantes, especialmente para 
vacas leiteiras, é necessário para a boa função ruminal e saúde do animal, estimulando a 
ruminação e a secreção de saliva, contribuindo para manutenção de pH ruminal acima 
de 6,0 e porcentagens normais de gordura no leite (Mertens, 1997). 
O NRC (2001) recomenda que dietas de vacas em lactação devem conter, no 
mínimo 25% de FDN e que ao menos 19% seja proveniente de volumosos com alta 
efetividade da fibra. Recomenda também que o teor de CNF da dieta deve ser entre 36 
e 44% da matéria seca da dieta, variando em função do teor de FDN e da proporção de 
FDN oriunda do volumoso. 
É necessário, portanto, a associação da palma a outros volumosos, para evitar 
problemas digestivos, em especial a diarréia, decorrente do aumento da taxa de 
 
6 
 
passagem do alimento através do sistema digestivo (Ben Salem et al., 2002). Vários 
trabalhos avaliaram a associação da palma forrageira com outros volumosos (Tabela 4). 
 
Tabela 4. Palma forrageira associada com volumosos em dietas para vacas leiteiras. 
Palma 
% 
Volumoso 
% 
Conc. 
% 
PL 
kg/dia 
FDN 
% 
CNF 
% 
 
Referência 
38.00 37.80 (SS) 23.20 13.9 40.45 35.00 Mattos et al. (2000) 
55.40 17.80 (BC) 25.30 13.6 36.00 39.00 
29.00 28.00 (SS) 43.00 29.5 34.00 41.50 Melo et al. (2006) 
49.81 25.35 (FCT) 22.31 17.6 34.60 42.39 
46.66 27.98 (FCE) 22.33 17.6 33.91 42.26 Silva et al. (2007) 
50.05 24.07 (BC) 22.34 16.2 36.38 41.47 
24.00 33.00 (SS) 43.00 25.7 31.90 43.42 Wanderley et al. (2002) 
58.81 34.63 (SS) 3.29 10.71 40.39 36.33 
Wanderley (2008) 62.65 33.30 (SG) 0.70 11.8 35.48 37.50 
60.46 35.79 (FG) 0.64 9.85 40.63 37.16 
Produção de leite (PL); Silagem de sorgo (SS); Bagaço de cana (BC); Feno de capim 
Tifton (FCT); Feno de capim Elefante (FCE); Silagem de Girassol (SG); Feno de 
Guandu (FG) 
 
Salienta-se que em todos os trabalhos não foram observados diarréia, perda de 
peso, alterações no consumo de matéria seca ou queda no teor de gordura no leite. 
Observa-se também que os teores de FDN e CNF nas dietas experimentais estiveram 
dentro do limite preconizado pelo NRC (2001) para manutenção de boas condições 
ruminais. 
A associação da palma forrageira com diferentes volumosos em dietas para 
vacas em lactação também foi estudada por Ferreira et al. (2009). As dietas 
experimentais continham, com base na matéria seca, em torno de 50% de palma 
forrageira e 25% de um dos volumosos: bagaço de cana, feno de capim tifton, feno de 
capim elefante, silagem de sorgo ou uma mistura de silagem de sorgo mais bagaço de 
cana. A produção de leite, o consumo de matéria seca, a síntese de proteína microbiana 
e as concentrações de uréia no plasma, no leite e na urina não foram alteradas pelas 
dietas experimentais, demonstrando, segundo os autores, a viabilidade de utilização 
desses volumosos, nos níveis de inclusão estudados, em dietas para vacas produzindo 
em torno de 18 kg de leite/dia . 
Existem poucos trabalhos na literatura utilizando palma forrageira em dietas 
para bovinos em crescimento (Tabela 5). Nos dados apresentados, deve-se salientar que 
 
7 
 
mesmo os animais que não receberam concentrado na dieta (Pessoa, 2007) 
apresentaram um ganho de peso médio de 430 g/dia, demonstrando a viabilidade de 
utilização da palma forrageira associada a ingredientes fibrosos e fonte de NNP na 
alimentação de bovinos em crescimento. Salienta-se, inclusive, a importância da 
adoção de mistura completa quando se utiliza altas proporções de uréia na dieta, pois 
foi observado consumo de até 300g/animal/dia, quando novilhas foram suplementadas 
com farelo de algodão, sem terem apresentado qualquer distúrbio metabólico. 
 
Tabela 5. Palma forrageira em dietas para animais em crescimento 
 
Raça 
Palma 
% 
Bagaço 
cana % 
Uréia 
% 
Suplemento 
Kg; % PV; % 
GMD 
kg 
 
Referência 
H 69,8 27,6 2,6 F. trigo: 1 kg 0.71 Carvalho et al. 
(2005) H 69,8 27,6 2,6 F. soja: 1kg 1.20 
M 64,0 30,0 4,0 F. trigo: 0,5% PV 0.60 
Pessoa et al. 
(2007) 
M 64,0 30,0 4,0 F. algodão: 0,5% PV 0.84 
M 64,0 30,0 4,0 Sem suplemento 0.43 
M 50,0 30,0 -- F.soja: 20% 1,20 Torres et al (2003) 
Holandês (H); Mestiço HZ 5/8 (M) 
 
Outro aspecto a ser considerado é a possível substituição do concentrado da 
dieta por palma forrageira, devido seu alto teor de carboidratos não fibrosos. A alta 
participação dos concentrados, em especial o milho, no custo das dietas, principalmente 
de vacas leiteiras, justifica o interesse por essa opção. 
Véras et al. (2002) substituíram até 75% de milho moído por farelo de palma 
forrageira em ensaio de digestibilidade com bovinos, e não verificaram alteração no 
teor de energia das dietas, mantendo o consumo restrito a 2,5% do peso vivo dos 
animais. Alguns autoresestudaram a substituição total ou parcial do milho ou do farelo 
de soja por palma forrageira, associada ou não com uréia, em dietas para vacas em 
lactação (Tabela 6). 
Os resultados mostram que houve pouca alteração na produção de leite quando 
o milho foi substituído por palma, no entanto, quando o farelo de soja foi substituído, 
maiores alterações foram verificadas. Deve-se salientar que com a substituição parcial 
ou total do concentrado pela palma forrageira ocorre uma redução nos custos de 
alimentação, o que pode justificar economicamente alguma alteração na produção de 
leite. 
 
 
8 
 
Tabela 6. Palma forrageira em substituição a alimentos concentrados em dietas para 
vacas em lactação 
Palma 
% 
Milho 
% 
 Soja 
% 
 Uréia 
% 
CC 
Kg 
Volumoso 
% 
PLCG 
kg/dia 
CNF 
% 
 
Referência 
31.94 14.27 21.95 0.00 8.00 30.44 19.36 36.98 Melo et al. 
(2003) 37.77 13.92 14.04 1.58 6.00 31.20 17.87 34.28 
36.00 15.12 8.37 1.89 3.70 37.00 15.90 36.68 Araújo et al. 
(2004) 50.00 0.00 9.03 1.69 1.30 37.00 14.83 33.28 
0.00 16.39 14.19 0.00 7.10 67.42 19.85 15.06 Oliveira et al. 
(2007) 51.00 0.00 19.15 0.00 3.50 27.85 19.31 30.02 
45.00 9.30 14.00 0.20 4.40 30.00 13.66 34.70 
Bispo (2009) 
60.00 0.00 6.88 1.63 1.30 30.00 11.12 34.40 
Produção de leite corrigida para 4% de gordura (PLCG); Consumo de concentrado 
(CC) 
 
Palma forrageira na alimentação de ovinos e caprinos 
Em trabalho realizado com caprinos, Vieira et al. (2007) observaram efeito 
quadrático da substituição de palma forrageira por feno de tifton sobre o consumo de 
matéria seca, sem alteração nos coeficientes de digestibilidade da MS, MO e FDN. O 
consumo máximo de MS ocorreu com 44,2% de palma forrageira, na base da MS. Em 
ovinos, Gebremariam et al. (2006) também verificaram efeito quadrático da 
substituição de palhada por palma forrageira, observando consumo máximo quando a 
palma correspondia a 43,0 % da MS. Por outro lado, Bispo et al (2007) verificaram 
aumento linear no consumo de MS em função da substituição de feno de capim elefante 
por palma forrageira, trabalhando com níveis de inclusão entre 0 e 57%. 
Considerando-se a alta e rápida degradação ruminal da palma, ocorre intensa 
produção de espuma no rúmen (Vieira, 2006) e aumento na distensão ruminal 
(Gebremariaerem et al. 2006), o que poderia influenciar negativamente o consumo, 
devido à relação negativa entre distensão ruminal e ingestão de MS em ovinos (Villalba 
et al., 2009). No entanto, verifica-se que a adição de uma fonte de fibra efetiva em 
dietas onde a palma representa a maior fração reduz a produção de espuma e essa 
distensão ruminal (Santos et al., 2009). Souza et al. (2009) observaram que a inclusão 
de feno de tifton à ração também aumentou o tempo de ruminação e o consumo de MS 
pelos animais. 
Em ovinos, Costa (2009) avaliando casca de soja, feno de tifton e caroço de 
algodão e Wanderley (2008) avaliando silagens e fenos como fontes de fibra em dietas 
 
9 
 
com aproximadamente 55% de palma forrageira não verificaram variação no consumo 
de MS. Matos (2009) estudou a substituição de feno de tifton e farelo de milho por 
palma forrageira em dietas para ovinos em crescimento, verificou ganhos médios 
diários variando de 237 a 213g. A adição de palma influenciou de forma quadrática o 
ganho de peso, cujo ponto de máxima foi 37%, no entanto, a inclusão de 67,9% de 
palma na dieta resultou em maior retorno financeiro. 
Ben Salen et al (2004) avaliaram o desempenho de cordeiros recebendo dieta à 
base de palha de cevada e suplementados com cevada ou palma forrageira como fontes 
de energia e farelo de soja ou atriplex como fontes de proteína. Os animais que 
receberam dietas contendo palma forrageira apresentaram maior consumo de matéria 
seca totale e os animais que receberam dietas com palma associada ao farelo de soja ou 
atriplex apresentaram maior ganho de peso (119 e 81 g/dia, respectivamente) que os 
animais que receberam a cevada associada a essas fontes protéicas (108 e 59 g/dia, 
respectivamente). Araujo (2009) relatou ganho médio de 180g/dia em ovinos recebendo 
ração composta exclusivamente por palma forrageira e farelo de soja. 
Abidi et al. (2009) não observaram diferenças no consumo de MS e nas 
digestibilidades das dietas de caprinos e ovinos que continham palma ou grão de 
cevada moído em sua composição. No entanto, os animais que receberam ração 
contendo cevada apresentaram maior ganho de peso, porém, os autores salientam que 
pode haver uma melhor relação custo:benefício em favor das dietas que contém palma. 
Costa et al. (2009) observaram que o uso de palma na dieta em substituição ao milho 
não alterou a produção de leite por cabras Saanen ou Alpina, embora tenha reduzido a 
porcentagem de gordura do leite. De maneira semelhante, Rekik et al. (2010) 
concluíram que a palma pode substituir completamente o grão de cevada em dietas de 
ovelhas no final de gestação e início de lactação, sem que haja alteração na produção de 
leite e atividade ovariana, assim como no ganho de peso das crias. 
 
Processamento e estratégias de fornecimento 
Um aspecto que merece atenção é a forma como a palma é processada. Quando 
a palma é picada em máquina forrageira apropriada a mucilagem é exposta, o que não 
ocorre quando a palma é picada a faca. Vilela (2009) forneceu a palma forrageira 
associada ao bagaço de cana e farelo de soja para vacas em lactação e observou maior 
consumo quando a palma era picada na máquina forrageira quando comparada àquela 
picada com faca (16,3 vs 15,2 kg/dia, respectivamente), provavelmente devido a maior 
 
10 
 
exposição da mucilagem, proporcionando maior aderência aos outros alimentos que 
compõem a dieta, reduzindo a seletividade. Os animais que receberam a palma picada 
com faca tiveram maior oportunidade de seleção, o que causou um desbalanço entre os 
carboidratos estruturais e não estruturais da dieta, refletindo em menor teor de gordura 
no leite em relação aos animais alimentados com palma processada em máquina 
forrageira (36 vs 39 g/kg, respectivamente). 
Uma prática usual é o fornecimento da palma forrageira para bovinos leiteiros 
picada no cocho sem a mistura de qualquer outro alimento, enquanto o concentrado, 
quando utilizado, é oferecido no momento das ordenhas. Pessoa et al. (2004) utilizaram 
dietas à base de palma forrageira, silagem de sorgo e concentrado, para vacas em 
lactação, utilizando diversas estratégias de fornecimento. O fornecimento da dieta na 
forma de ingredientes separados ocasionou o consumo de menores quantidades de 
silagem de sorgo. Segundo os autores, a mudança na proporção dos alimentos 
consumidos pode ter alterado as condições ruminais e o equilíbrio no suprimento de 
nutrientes para os animais, influenciando na resposta produtiva. Yrjämen et al. (2003) 
também observaram melhor utilização da energia para produção de leite quando a dieta 
foi fornecida em mistura completa. 
Essas considerações também são importantes para pequenos ruminantes, 
especialmente caprinos, que são animais muito seletivos. Essa capacidade seletiva 
influencia a proporção dos ingredientes e a composição química da dieta consumida. 
Em conseqüência, a ração efetivamente consumida pode ser diferente da dieta ofertada, 
como observado por Cavalcanti et al. (2008) ao avaliarem inclusão de palma gigante 
(Opuntia ficus-indica Mill) e palma orelha-de-elefante (Opuntia stricta) na dieta de 
caprinos e ovinos. Esses autores verificaram que os animais aumentaram a proporção 
de palma gigante e diminuíram a de palma orelha-de-elefante, em comparação com a 
dieta ofertada. Souza (2007) observou que quando a palma éfornecida separadamente 
dos demais ingredientes da ração, borregas consomem inicialmente a palma e depois 
procuram o feno e o concentrado, embora o consumo total de matéria seca não seja 
influenciado pela forma de fornecimento da ração (Souza, 2007; Silva et al., 2009). 
Fotius (2010) avaliou o efeito da oferta dos ingredientes da dieta de ovinos 
sobre o consumo e a digestibilidade dos nutrientes, dentre outros parâmetros. Os 
tratamentos utilizados foram (1) mistura completa às 7:00 h e às 15:00 h (MC); (2) 
concentrado às 7:00 h e palma às 8:00 h e concentrados às 15:00 h e feno de capim 
tifton às 16:00 h (CPCF); (3) concentrado às 7:00 h e feno de capim tifton às 8:00 h e 
 
11 
 
concentrado às 15:00 h e palma às 16 h (CFCP); (4) palma às 7:00 h e concentrado às 
8:00 h e feno de capim tifton às 15:00 h e concentrado às 16:00 h (PCFC) e (5) feno de 
capim tifton às 7:00 h e concentrado às 8:00 h e palma às 15:00 h e concentrado às 
16:00 h (FCPC). 
Não houve efeito dos tratamentos sobre consumo de MS, MO, EE, PB, NDT, 
CHOT, CNF e FDN . No entanto, as digestibilidades de MS, MO, NDT, CHOT e FDN 
foram maiores para as sequências PCFC e CPCF. O autor concluiu que as diferentes 
sequências de oferta dos ingredientes não afetam o consumo de nutrientes e o 
comportamento ingestivo. No entanto, a sequência da oferta de palma e concentrado 
pela manhã, independente do horário, promove melhor digestibilidade dos nutrientes. 
Desta forma, é importante que o fornecimento de dietas a base de palma 
forrageira para vacas em lactação seja realizado na forma de mistura completa (Pessoa 
et al., 2004). No caso de ovinos, o fornecimento na dieta pode ser tanto na forma de 
mistura completa, como também com os ingredientes separados (Silva et al., 2009), a 
escolha dependerá de fatores econômicos. 
 
Conclusões 
A utilização da palma forrageira na alimentação de ruminantes representa a 
mais importante alternativa de recurso forrageiro para os rebanhos da região semi-árida. 
No entanto, devem ser observados aspectos relativos ao processamento e ao modo de 
fornecimento para o animal. A associação com volumosos e outras fontes de nitrogênio 
é essencial para obtenção de bom desempenho animal. Assim, a adoção dos 
conhecimentos gerados através da pesquisa pode contribuir para a viabilidade dos 
sistemas de produção animal dessa região. 
 
 
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