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Agências reguladoras
As Agências reguladoras surgiram a partir da descentralização de algumas funções que eram exercidas exclusivamente pelo Estado, ou seja, alguns serviços destinados a coletividade (ao bem publico) passaram para terceiros que não fazem parte da administração pública, um exemplo são as empresas de energia e telecomunicações, petróleo e outras. 
As agencias reguladoras nacionais, vem sendo implantadas na estrutura brasileira desde 1996 e visa estabelecer regras entre os serviços públicos e os prestadores deste serviço, a primeira Agência reguladora foi a ANEEL que regula e fiscaliza a distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica, ela é vinculada aos ministérios das Minas de produção de energia (1996), e a segunda foi a ANATEL criada em 1997, não esta vinculada a nenhum órgão do governo, ela tem poderes de outorgar e fiscalizar os meios de comunicação tratando dos interesses públicos, existe hoje no Brasil 13 agências.
O papel do governo e o da agencia administradora devem ser diferenciados para melhor compreensão, cabe ao governo/ministérios (Poder Executivo) a fixação da política, e as agências reguladoras possuem um papel técnico, em que elas devem regulamentar a implantação dessas políticas. 
Para que a transferência das funções entre o estado e os prestadores de serviços ocorresse sem problemas foram necessárias a criação das agências reguladoras que visam regulamentar a relação entre o prestador (terceiro alheio a administração pública) e o Estado (órgão detentor originalmente do dever de prestar o serviço). 
As agências são pessoas jurídicas de direito público, classificadas como autarquias, que segundo o Art. 5º do decreto lei n° 200 de 25 de fevereiro de 1967 é:
        I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Segundo Alexandre Moraes, 
“No Brasil, as Agências Reguladoras foram constituídas como autarquias de regime especial integrantes da administração indireta, vinculadas ao Ministério competente para tratar da respectiva atividade, apesar de caracterizadas pela independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade; ausência de possibilidade de demissão ad nutum de seus dirigentes e autonomia financeira.” (MORAES, Alexandre de Agências reguladoras. In: MORAES, Alexandre de. (org.). Agências Reguladoras. São Paulo: Atlas, 2002, p. 24.).
Essas agências reguladoras devem seguir princípios para que atinjam seu objetivo de intervir e fiscalizar a prestação dos serviços públicos.
Primeiramente deve respeitar o principio da legalidade em que existe um conjunto de regras que possibilita o controle das atividades de serviços público (marco regulatório), podendo ser constituídas apenas por lei,as quais devem ser elaborada apenas pelo Poder Executivo; há também a lei de concessões dos serviços públicos, que regulamenta as atividades transferidas para o pólo privado que eram de função públicas
O segundo é o princípio da autonomia que dá as agencias reguladoras a necessidade de serem autônomas, pois é preciso se desvincular do estado para que não se afetem devido à política e visem o bem comum, portanto é dada a elas autonomia política, normativa, financeira (podem arrecadar taxas para a sua manutenção), e gestão. Elas possuem autonomia qualificada em que possui em sua esfera de regulamentação ampla liberdade de ação frente à administração direta.
É preciso que as agências haja como verdadeira defensora dos interesses públicos, procurando não explorar a população, dando ao serviço prestado compatível preço. Mesmo elas sendo autônomas com relação à política, normas e financeiramente, é necessário lembrar, que caso alguém se sinta prejudicado pode recorrer ao judiciário, devido ao princípio da jurisdição una.
As agências reguladoras podem ser classificadas de várias formas.
 A primeira classificação é a de âmbito federativo, podendo ser federais (ligadas à união, pertencentes à administração indireta. Por exemplo, a ANTT e ANATEL), estaduais, distritais e municipais. A diferença entre as agências federais e as demais esta na especialização. As agências federais são marcadas por atuação voltada a certo setor, já as estaduais, distritais e municipais possuem competências mais genéricas que geralmente regulam todo o serviço público dentro da esfera federativa. 
Outra classificação é devido às atividades predominantes das agências, podendo ser de três tipos (serviço público, polícia e fomentos).
 As agências de serviços são especializadas no controle de serviços públicos. A de polícia são agências de fiscalização (exemplo seria a ANVISA que é a Agencia nacional de vigilância sanitária). A de fomento incentiva determinados setores sociais (exemplo seria a ANCINE que é a Agência nacional de cinema). 
Também pode ser classificada devido à geração, existindo três gerações. As primeiras gerações visam o controle de serviços públicos, já a segunda geração foi responsável por ampliação de setores, e a terceira geração é de plenipotenciária, na qual possui simultaneamente as três funções das classificações anteriores. 
A sua estrutura é composta por dirigentes fixos, que devem ser nomeados pelo presidente quando são agências federais, através de ato administrativo complexo (formado pela combinação da vontade de dois órgãos diferentes) e deve ser anuído pelo Senado Federal, a nomeação não pode ser confirmada sem a anuência do Senado Federal, pois as duas vontades dentro do ato administrativo complexo devem ser coesas. 
Se a agência for estadual quem deverá indicar é o governador e deve ser anuído pela Assembléia legislativa e se for municipal quem nomeia é o prefeito e anuído pela câmara dos vereadores.
Possuem a seguinte estrutura:
*um conselho diretor composto por 5 membros, secretaria executiva, câmaras técnicas especializadas e de uma unidade fiscalizadora que deve fiscalizar a relação entre usuários e prestadores. 
Os agentes apenas perdem o cargo devido à falta grave, comprovado em processo administrativo ou judicial, assegurando a ampla defesa e o contraditório. 
As agências reguladoras apesar de sua característica de autonomia devem obedecer às normas de licitação e agir apenas dentro da esfera estipulada, fazendo balanços de todas as atividades para prestação de contas. É necessária a prestação de contas aos Tribunais responsáveis que devem apenas fiscalizar a gestão dos recursos financeiros.

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