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Resumo Como os livros infantis desenham nossas personagens l Aline Santos

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UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville
Curso: Letras – 2º ano
Disciplina: Literatura Infantil Juvenil
Aluna: Aline Santos
 ESTERIÓTIPOS NAS ILUSTRAÇÕES DE LIVROS INFANTIS 
A unidade 3: Sobre as ilustrações...Cadê as caras do terceiro mundo?, escrito por Fanny Abramovich, tirada do livro Literatura Infantil: gostosuras e bobices, produzido pela editora Sciopioni, é disposta em 06 páginas, com ilustrações. Trata-se da análise de características das ilustrações de personagens em livros infantis.
	O capítulo inicia com a divisão de personagens e características analisadas por Abramovic, primeiramente, os traços éticos e estéticos de trivialidades em histórias infantis, como a bruxa, o gigante, normalmente representados por figuras grotescas, feias, na tentativa de passar para as crianças o sentimento de aversão pela imagem, e não pela capacidade de praticar o bem ou mal. A fada, a princesa, a mocinha, são representadas por garotas brancas com cabelos longos e loiros, com aspectos impecáveis, vistos com a imagem de criança padrão, de classe média, bem alimentada, tratada, como se uma criança não pudesse ser desleixada ou despenteada. A realidade só é permitida ser conotada em garotas pobres, onde pode ser mostrada a diversidade de raça e classes, mas esses personagens nunca são os protagonistas. Príncipes e mocinhos seguem o mesmo padrão de ‘’perfeição’’, nunca desajeitados ou deselegantes. Já no rei, a notabilidade se resume em na maioria das vezes, um homem velho, por entrelinhas associado a sabedoria, barbado, corajoso, guiado por seus assessores, exclusivamente homens enormes, demonstrativos de força e sexismo, já que o papel da mulher jamais surge em assuntos de política ou poder. 
Em tese, o papel de pai ou mãe seguirá a rotulação de um óculos, cabelos bem penteados, junto de algo associado a negócios e uma vida de responsabilidades da fase adulta. 
Segundo a autora, o papel que o negro assume em representatividade nas histórias são as de funções serviçais, trabalhos domésticos, industriais, limitados a cargos abaixo de um padrão imposto, assim como o ladrão, o marginal, que também são exibidos com aparência degradante, relacionados na maioria das vezes às pessoas pobres, e não a pessoas de terno e gravata, aparência limpa.
Os coadjuvantes tomam seus papeis em lugares ocupados pelas tias, vizinhas, professoras, agrupadas, pertencentes à mesma confraria do sexo feminino, meia idade, sem qualquer charme ou graça. Limitadas.
Aquele velhinho de pijama sentado à poltrona com o jornal na mão, meia nos pés, é visto como a representação de avós, esperando a vida passar, cheios de histórias para contar.
	Ao fim do capítulo, a autora ressalta a importância de analisar as características e ilustrações das personagens relacionados a estereótipos estreitadores da visão das pessoas, e ajudar as crianças a perceberem o preconceito transmitido, ‘’afinal, preconceitos não se passam apenas através de palavras, mas também – e muito! – através de imagens.’’

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