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Apostila Geologia Geral

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Geologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
Prof. João Adauto de Souza Neto 
1/47
 
I n t r o d u ç ã o 
 
 
 
¾ Conceito e Divisões da Geologia 
9 Ciência que estuda a terra: 
composição, estrutura, história e sua vida 
(animal e vegetal) passada 
 
9 Divisões 
 
Geologia Física 
materiais constituintes da terra 
estrutura e feições superficiais da terra 
processos envolvidos na estrutura e 
aparência 
 
Geologia Histórica 
 História da terra (idade e vida passada) 
 
¾ Idade da Terra 
9 Claire Patterson (1956): 
Admitiu Terra mesma idade de meteoritos 
Idade precisa em meteoritos: 4,55 ± 0,07 Ga (Pb-Pb) 
 
Semelhança entre idade de sedimentos do fundo dos 
oceanos (composição da crosta) 
 
Mesma idade e evolução de isótopos Meteoritos - 
Terra 
 
Confirmações posteriores Ar-Ar e Sm-Nd 
 
Geologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
Prof. João Adauto de Souza Neto 
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M i n e r a i s e R o c h a s 
 
 
 
 
¾ Definição de Mineral, Mineralóide e Rocha 
9 Mineral: 
Substância homogênea (uniformidade e constância nas 
propriedades química, física e ótica → 
qualidades e características possibilitam identificação) 
 
Composição química bem definida 
(pode ser representada por fórmula química) 
 
Arranjo de átomos geometricamente ordenado 
(estrutura cristalina) 
 
Produzido por processos inorgânicos naturais 
 
 
9 Mineralóide: 
Qualquer sólido ou líquido que ocorre naturalmente, sem 
arranjo sistemático de átomos (estrutura cristalina) 
 
 
9 Rocha: 
 
Agregado natural e multigranular formado de um ou mais 
minerais e/ou mineralóides 
 
 
 
 
Geologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
Prof. João Adauto de Souza Neto 
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¾ Propriedades Físicas e Morfológicas dos Minerais 
 Função de composição química e estrutura cristalina 
 
9 Hábito Cristalino: 
Forma geométrica externa habitual 
(reflete estrutura cristalina) 
 
Tipos: Prismático, Fibroso, Acicular, Tabular, 
Equidimensional, Botroidal, Esferoidal, Pulverulento 
 
 
9 Transparência: 
Transparentes, não absorvem ou pouco a luz 
Translúcidos, absorvem consideravelmente a luz 
Opacos, absorvem totalmente a luz 
 
 
9 Brilho: 
Quantidade de luz refletida pela superfície do mineral 
Metálico: reflete > 75 % da luz incidente 
Não-metálico: reflete < 75 % 
- Vítreo (brilho da fratura fresca do vidro) 
- Gorduroso (brilho do azeite) 
- Sedoso 
- Terroso 
 
 
9 Cor: 
Resultado da absorção seletiva da luz 
Fatores que colaboram para absorção: 
- Elementos de transição (Fe, Cu, Ni, Cr, V) 
- Defeitos na estrutura atômica 
- Pequenas inclusões de minerais 
 
IDIOCROMÁTICOS: cor característica (enxofre) 
ALOCROMÁTICOS: cor variada (turmalina, quartzo) 
Geologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
Prof. João Adauto de Souza Neto 
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9 Traço: 
Cor do pó do mineral 
Minerais opacos ou ferrosos: traços coloridos 
(vermelho, marron, amarelo) 
Maioria translúcidos e transparentes: traço branco 
Minerais de dureza > 7 ( ≅ porcelana): moagem 
 
 
9 Dureza: 
Resistência que apresenta ao ser riscado 
 
 
9 Fratura: 
Superfície irregular e curva, após quebra do mineral 
Controlada por estrutura atômica 
Tipos: irregular e conchoidal 
 
 
9 Clivagem: 
Superfície de quebra em planos regulares 
Tipos: perfeita, boa ou imperfeita 
Denominadas por faces de sólidos geométricos: 
cúbica, romboédrica 
 
 
9 Densidade relativa: 
Quantas vezes volume do mineral é mais pesado que 
igual volume de H2O ( 4 oC ) 
 
 Maioria dos minerais formadores de rocha 
2,5 < d < 3,3 g/cm3 
 Minerais com elementos de ↑ peso (Ba, Pb, Sr) 
d > 4 g/cm3 
 
9 Geminação: 
Propriedade de intercrescerem regularmente 
Tipos: simples e múltipla 
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Prof. João Adauto de Souza Neto 
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9 Propriedades elétricas: 
Não condutores (ligações iônicas e covalentes): 
maioria 
 
Condutores (ligações metálicas): 
 metais – elementos nativos (Au, Ag, Cu) 
 
Semi-condutores (ligações parcialmente metálicas): 
 sulfetos 
 
PIEZOELETRICIDADE, transforma pressão 
mecânica em carga elétrica (quartzo) 
 
PIROELETRICIDADE, eletricidade pelo ↑ calor 
(turmalinas) 
 
 
9 Propriedades magnéticas: 
Magnetita (Fe3O4) e pirrotita (Fe1-XS): 
únicos atraídos por campo elétrico 
 
Magnético, Paramagnético e Diamagnético 
 
 
9 Tenacidade: 
Frágil quebra ou pulveriza facilmente 
Séctil cortado com faca 
Maleável moldado entre placa 
Flexível 
Elástico 
 
 
9 Estrutura: 
Mode de se agregar, ou como grupos de cristais ou 
de grãos intercrescem 
Tipos: granular, compacto e terroso 
 
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¾ Propriedades Químicas dos Minerais 
 
9 Ligações Químicas: 
 
 
 
Ligações 
Químicas 
Forma / Observações Exemplos 
Iônicas União cátions e ânions Halita (NaCl), Na +1 e Cl –1 
Covalentes Compartilhamento de 
elétrons entre átomos 
Átomos de C no diamante 
Metálicas Compartilhamento 
(elétrons livremente de 
átomo para átomo) 
Metais ou elementos nativos 
(Au, Ag, Cu, Al) 
Van der 
Waals 
Mais fraca. Une 
moléculas e unidades 
estruturais quase 
neutras. Rara 
Grafita: camadas de átomos 
de C (covalente), unidas 
entre si (Van der Waals) 
 
 
 
Compostos: maioria dos Minerais (quartzo, SiO2) 
 
 
Elemento químico: metal (Au, Ag, Cu, S), não-metal (C) 
 
 
Solubilidade: carbonatos extremamente solúveis em 
ácido, silicatos nem tanto 
 
 
 
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¾ Escala de Mohs 
 
Mineralogista Australiano, F.Mohs: dureza de minerais comuns 
 
Mineral 
Padrão 
Composição 
Química 
Dureza Padrão 
Secundário 
Talco Mg3Si4O10(OH)2 1 
Gipsita CaSO4.2H2O 2 
 2,5 Unha 
Calcita CaCO3 3 Moeda de Cu 
 3,5 Alfinete 
Fluorita CaF2 4 
Apatita Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3 5 Canivete (5 – 5,5)
 5,5 Vidro 
Ortoclásio KAlSi3O8 6 
Quartzo SiO2 7 Porcelana (≈) 
Topázio Al2SiO4(F,OH)2 8 
Coríndon Al2O3 9 
Diamante C 10 
 
¾ Isomorfismo e Polimorfismo 
9 Isomorfismo: 
Mesma estrutura cristalina, diferente composição química 
(ou variável dentro de intervalo) 
Calcita (CaCO3) – Magnesita (MgCO3) – Siderita (FeCO3) 
 
Solução sólida, intercâmbio de elementos na estrutura, 
gerando composição intermediária em intervalo 
 
Olivina (Forsterita, Mg2SiO4 – Faialita, Fe2SiO4) 
Plagioclásio (Albita, NaAlSi3O8 - Anortita, CaAl2Si2O8) 
 
9 Polimorfismo: 
Diferente estrutura cristalina (diferentes propriedades físicas e 
morfológicas), mesma composição química 
Grafita e Diamante / Calcita e Aragonita / Quartzo α e � 
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¾ Minerais Formadores de Rocha 
 
Constituintes essenciais de rocha comuns, dentre ca. 4.000 
 
Silicatos 
 
Mineral Composição Química 
(ideal) 
Olivina (Mg,Fe)2SiO4 
Piroxênios (Mg,Fe)SiO3 
Anfibólios (Ca2Mg5)Si8O22(OH)2 
Muscovita KAl3Si3O10(OH)2 Micas 
Biotita K(Mg,Fe)3Si3O10(OH)2 
Ortoclásio 
(Microclina, Sanidina) 
KAlSi3O8 Feldspatos 
Plagioclásio 
(Albita-Anortita) 
NaAlSi3O8 - CaAl2Si2O8 
Quartzo SiO2 
Caolinita Al4Si4O10(OH)8 
Clorita (MgX,Fe1-X)Al2Si3O10(OH)8
Serpentina Mg6Si4O10(OH)8 
 
Não-Silicatos 
 
Mineral Composição Química 
(ideal) 
Calcita CaCO3 
Dolomita CaMg(CO3)2 
Gipsita CaSO4.2H2O 
Anidrita CaSO4 
Halita NaCl 
 
 
 
 
 
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E s t r u t u r a I n t e r n a d a T e r r a 
 
 
 
¾ As ondas sísmicas e sua importância no estudo das 
camadas da Terra 
 
Furo de sondagem mais profundo: 12 km (Rússia) 
Raio da Terra = 6.370km ⇒ 
estrutura interna do planeta estudada de forma indireta 
 
Ondas Sísmicas Principais 
(i) Longitudinal ou P 
(ii) Transversal ou S 
 
Análise da propagação das ondas sísmicas ⇒ 
dedução das características internas do planeta 
 
Análise de milhares de terremotos (décadas) ⇒ 
construção curvas tempo-distância de ondas 
refratadas e refletidas no interior da terra ⇒ 
dedução da estrutura principal e propriedade de cada 
camada 
 
 
 CROSTA MANTO 
 
 
NÚCLEO EXTERNO NÚCLEO INTERNO 
 
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¾ Composição das Camadas da Terra 
 
CROSTA: rochas sedimentares, metamórficas e ígneas 
(níveis rasos a profundos) 
 Rochas graníticas ⇒ crosta continental 
 Rochas basálticas ⇒ crosta oceânica 
 
MANTO: 
Superior ⇒ com peridotito (olivina + piroxênio) e 
eclogito (granada + piroxênio) 
 Inferior ⇒ ferromagnesianos densos (silicatos Ca-Al 
e óxidos Mg, Fe,Al) 
 
NÚCLEO EXTERNO: liga metálica Fe-Ni 
(densidade < que ligas naturais ⇒ deve conter 
elemento de número atômico baixo, H, O, Na, Mg, S) 
 
NÚCLEO INTERNO: liga metálica Fe-Ni, sólido (= 
meteoritos) ⇒ densidade calculada = densidade 
dessa liga 
 
 
¾ Descontinuidades sísmicas e sua importância para a 
definição das camadas da Terra 
 
 
Descontinuidades na propagação das ondas sísmicas ⇒ 
Mudanças de estado físico e composicionais ⇒ 
Limites entre camadas da Terra 
 
Descontinuidades 
(i) Conrad, limite crosta continental superior (menos 
densa) – crosta continental inferior (mais densa) 
(ii) Moho (Mohorovicic), limite crosta-manto 
(iii) Gutenberg, limite manto-núcleo externo 
 
Caracterização sísmica das camadas 
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CROSTA: 25-50 km nos continentes e 5-10 nos oceanos 
 
MANTO (abaixo da crosta até 2.950 km): 
aumenta velocidade (8 km/s) de propagação ondas P 
 
NÚCLEO EXTERNO (2.950 – 5.100 km): 
velocidades ondas P diminuem, ondas S não se 
propagam ⇒ estado líquido 
(material metálico em estado de fusão) 
 
NÚCLEO INTERNO (5.100 – 6.370 km): velocidades 
sísmicas ↑ em relação à parte externa 
 Terra: Massa total + momento de inércia ⇒ 
densidade do núcleo > manto 
 Densidade ↑ e velocidades sísmicas ↓ ⇒ 
núcleo predomina Fe 
 
Astenosfera – Litosfera: limite gradual, mudanças nas 
propriedades físicas (↑ T, fusão parcial, ↓ viscosidade) 
 
 
¾ Densidade, Pressão e Temperatura na Terra 
 
Densidade 
(g/cm3) 
Camada da Terra 
2,5 – 3,0 Crosta (granítica à basáltica) 
3,2 – 3,7 Até 400 km (Manto Superior) 
4,0 – 5,0 De 650 km até limite Manto-Núcleo 
10 Núcleo Externo 
11,5 Núcleo Interno 
 
 
Pressão 
(kbar) 
Camada da Terra 
Variável, mas não de forma uniforme com profundidade 
 
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Temperatura 
(° C) 
Camada da Terra 
700 – 800 Crosta 
800 – 3.900 Manto 
3.900 – 4.300 
(6.000, estudos recentes) 
Núcleo Externo 
4.300 Núcleo Interno 
 
 
 
¾ Low Velocity Zone (LVZ) e sua importância para o 
Movimento das Placas Tectônicas 
 
Entre a Moho e ≅ 400 km (Astenosfera) ⇒ substrato 
plástico que possibilita movimentação dos blocos rígidos 
da litosfera (placas tectônicas) 
 
 
¾ Placas Tectônicas vs. Camadas da Terra 
 
Placas tectônicas são compostas por Litosfera (crosta + 
manto superior) ⇒ material sólido e rígido 
 
Movimentam-se sobre Astenosfera (manto superior: 
≅ 100 - 700 km) ⇒ material quente, plástico, fluxo 
 
 
¾ Zonas de geração de magma na Terra 
 200 km de profundidade, manto superior 
 
 
 
 
 
 
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T e c t ô n i c a de P l a c a s 
 
 
 
¾ Histórico sobre o Surgimento da Teoria 
1620: Francis Bacon, perfeito encaixe entre América do Sul e 
África ⇒ continentes unidos no passado 
 
Séculos seguintes: idéia retomada, sem suporte científico 
 
1915: Alfred Wegener (A origem dos continentes e oceanos, 
1912), comprovar idéia América do Sul e África, mas todos 
continentes se encaixariam ⇒ Mega-Continente (Pangea) 
 
Continentes juntos ⇒ separados ⇒ DERIVA CONTINENTAL 
Fragmentação ≅ 220 Ma → até Presente 
 
Observações para suporte científico: 
(i) Montanhas E-W da Serra do Cabo (África do Sul) 
⇒ continuação na Sierra de la Ventana (Argentina) 
(ii) Planalto na Costa do Marfim (África) ⇒ 
continuidade no Brasil 
(iii) Coincidência espacial entre regiões com 
fósseis África – Brasil 
(iv) Evidências de glaciação (estrias de geleiras) ≈ 
300 Ma, SE do Brasil, S África, Índia, W 
Austrália e Antártica 
Geleiras ausentes no Hemisfério N, florestas 
tropicais, depósitos de carvão ⇒ PaleoEquador 
 
 Questões remanescentes: 
(i) Que forças moveriam blocos continentais ? 
(ii) Como deslizar duas crostas rígidas (continental e 
oceânica), uma sobre outra, sem quebrá-las ? 
Ausência de respostas, teoria inaceitável e esquecida ... 
 
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Desconhecimento: astenosfera e fundo dos oceanos 
 
Anos 50 (Ressurgimento da Teoria da Deriva Continental): 
sonares militares ⇒ assoalho oceânicos ativos (cadeias de 
montanhas, fenda, fossas, trincheiras profundas) 
 
Décadas 40 e 50: mapeamento do fundo oceânico, dorsais 
meso-oceânicas, "rifts" associados, fluxo térmico, atividades 
sísmica e vulcânica ⇒ zona de ruptura (cicatriz) da separação 
continental ? 
 
Anos 60: geocronologia revela assoalho oceânico jovem 
(≈ 200 Ma) ⇒ contraria idéias da época 
 
Zonação simétrica de Idades = jovens próx. cadeias, mais 
velhas → continentes; repetição do dois lados da cadeia 
 
Paleomagnetismo ⇒ movimento dos continentes 
 
Geofísicos começam a admitir Deriva Continental 
 
 
Final dos anos 50 (Teoria da Tectônica Global): F.J. Vine e 
D. H. Mathews, bandas magnéticas nas rochas ⇒ registro do 
campo magnético à época da extrusão de lavas 
 
1962: Harry Hess, expansão do assoalho oceânico ⇒ 
material quente ↑ nas dorsais ⇒ correntes de convecção ⇒ 
← assoalho → 
 
Fenda na dorsal não aumenta ⇒ novo material prenche ⇒ 
ciclo 
 
Deriva continental + Expansão do assoalho oceânico ⇒ 
Correntes de Convecção 
¾ A Teoria da Tectônica de Placas 
 
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9Dorsais: ↑ material quente ⇒ correntes de convecção 
⇒ ← assoalho → ⇒ Deriva continental, expansão 
do assoalho oceânico 
 
9Outras porções: destruição da crosta (Zonas de 
subducção ⇒ profundidade de sismos), material sofre 
fusão e incorporação ao manto ⇒ CICLO 
 
9Litosfera (≈100 km) compartimentada por falhas e 
fraturas profundas ⇒ PLACAS TECTÔNICAS, 
movem-se sobre Astenosfera ( ≅ 100-350 km profund.) 
 
 
¾ Principais Placas e Modelamento da Crosta 
 
9Principais Placas Tectônicas 
 
9Importância no modelamento da Crosta 
Contraste de material na crosta continental / oceânica: 
 
(i) Composição litológica 
Ácido - ultrabásico, granodiorito - diorito / básica, basalto 
 
(ii) Composição química 
 
(iii) Morfologia 
 
(iv) Estruturas 
 
(v) Idades (3,96 Ga. / ≅ 200 Ma.) 
 
(vi) Espessura (30-40 km / 6-7 km) 
 
(vii) Dinâmica 
¾ Tipos de Contatos entre Placas vs. Geração de Magmas, 
Vulcanismo e Terremotos 
 
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9Tipos de contatos: 
Divergentes (cadeias meso-oceânicas) 
Convergentes (zonas de subducção ou de Benioff) 
Conservativos ou Transformantes 
 
9Importância na Geração de Magmas, Vulcanismo e 
Terremotos:Limites de placas ⇒ atividade geológica do planeta: 
- Magmatismo 
Convergentes → Andesítico 
(material de raíz crustal + fusão da crosta oceânica + 
sedimento subductado) 
 
Divergentes → Basáltico 
(material proveniente da fusão parcial da astenosfera) 
 
- Vulcanismo 
Convergentes (80 %), Divergentes (15 %) e Intraplaca (5 %) 
 
- Terremotos (Conservativos e Convergentes) 
 
 
¾ Formação e Fragmentação de Massas Continentais 
durante a Evolução da Terra 
 
9Ciclo de Wilson 
 
9Formação de Crosta 
 
9Fragmentação da Crosta 
Hot spot (pluma do manto) → 
rompimento em fraturas 120° (junção ou ponto tríplice) 
 
9Configurações Passadas dos Continentes 
 
 
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R o c h a s Í g n e a s 
o u M a g m á t i c a s 
 
 
 
¾ Magma 
◊ Definição 
⇒ Material rochoso fundido, pastoso, mobilidade 
potencial 
 
 
◊ Constituição 
⇒ Líquido: material rochoso fundido 
⇒ Sólido: minerais cristalizados + fragmentos de rocha 
⇒ Gases: voláteis (H2O + CO2) 
 
 
◊ Propriedades 
Físicas: 
⇒ Viscosidade: facilidade de fluir sob tensão cisalhante 
↑ Viscosidade → ↑ SiO2 ↓ T oC ↓ % Voláteis 
 
↑ SiO2 → [SiO4]-4 tetraedros polimerizam → ↑ Viscosidade 
↑ T oC → destrói polímeros [SiO4]-4 → ↓ Viscosidade 
↑ H2O dissolvida → ↓ Viscosidade 
 
 
⇒ Temperatura: 750 – 1.200 oC 
 
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Diagrama SiO2 vs. Viscosidade 
Teixeira et al. 2001 
 
 
 
Químicas: 
 
⇒ Composição depende de: 
(i) rocha geradora 
(ii) condições e taxa da fusão 
(iii) evolução da origem à consolidação 
 
Silicática (= crosta e manto) e carbonático e sulfetados 
 
Silicatos (Si, O, Al, Na, K, Ca, Fe, Mg) + voláteis (H2O + 
CO2) 
 
 
 
 
 
 
Diagrama de Setor com Composição para 3 tipos de Magmas 
Teixeira et al. 2001 
 
 
 
 
 
 
 
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◊ Origem e Zonas de Geração 
Magma: fusão material mantélico ou da crosta inferior (até 200 
km) 
 
 
Fusão: ↑ T oC ↓ P conf variação % fluidos 
 
Ascendem por diferença de densidade 
 
 
 
 
⇒ Zonas: 
 
(i)Convergentes: 
fusão sedimento+crosta oceânica (andesítico) 
fusão crosta continental (granítico) 
 
(ii)Divergentes: litosfera afasta, ↓ P, ↓ T fusão mantélica 
(basáltica) 
 
 (iii)Intraplaca (continente ou ilhas): 
 
 
 
 
Limites de Placas Tectônicas vs. Geração de Magma 
Lutgens e Tarbuck 1989, pág. 70 
 
 
 
¾ Rochas Magmáticas 
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Rochas ígneas (magmáticas) ⇒ cristalização do 
magma 
 
◊ Tipos 
 Profundidade de formação: 
 (i) Plutônicas 
 (ii) Vulcânicas 
 
 
Textura Rocha Plutônica vs. Vulcânica 
Teixeira et al. 2001 
 
 
 ◊ Classificação 
 
Índice de cor (M = Máficos / Félsicos): 
 
Rochas não ultramáficas (M < 90) 
Diagrama Q-A-P-F 
 
Classificação de Rochas Ígneas 
Teixeira et al. 2001 
 
 
Rochas ultramáficas (M > 90) 
 
Classificação de Rochas Ultramáficas 
Ver Figura Apostila Adauto 
 
 
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R o c h a s M e t a m ó r f i c a s 
 
 
¾ Metamorfismo e a Origem das Rochas Metamórficas 
 
Processo que é conjunto de modificações (mineralógicas, 
texturais e estruturais) transformando rocha (protólito), 
por reações no estado sólido e em resposta a mudanças 
de T e P, em outra distinta 
 Não há fusão 
 
 Fatores condicionantes do metamorfismo: 
T - P - Fluidos (H2O e CO2) - t 
 
 
¾ Tipos de Metamorfismo 
9Metamorfismo Regional (ou Dinamotermal) 
Extensas regiões, níveis profundos na crosta, ligados a 
cinturões orogênicos 
Acompanhado de deformação ⇒ estrutura planar (foliação, 
xistosidade) 
 
9Metamorfismo de Contato (ou Termal) 
Elevação de T °C nas encaixantes em torno de intrusões, em 
forma auréola 
 Rochas Livres de deformação 
 
9Metamorfismo Cataclástico (ou Dinâmico) 
Faixas longas e estreitas nas adjacências de falhas ou zonas 
de cisalhamento ⇒ pressões dirigidas causam movimentação 
e ruptura 
Modifica textura e estrutura das rochas (microbandamento e 
laminações), cominuição mecânica de grãos, com 
recristalização e/ou cristalização 
 MILONITOS E CATACLASITOS 
9Outros Tipos de Metamorfismo 
Soterramento, hidrotermal, fundo oceânico e de impacto 
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22/47
 
 
¾ Principais Tipos de Rochas Metamórficas 
 9Ardósia → Filito → Xisto: 
Ardósia, ↓ grau metamórfico, granulação muito fina, com 
muscovita-clorita-quartzo 
 
Filito, relativo ↑ grau metamórfico, granulação relativamente 
maior, com muscovita-clorita-quartzo 
 
Xisto, aumento do grau metamórfico, granulação fina-média, 
com feldspatos (< 20 %), quartzo, muscovita-clorita e/ou biotita, 
estrutura planar e/ou linear boa (xistosidade) 
 
 
 9Gnaisse: 
Predominantemente feldspatos (≥ 20 %), quartzo e < minerais 
filitosos que o xisto 
 
Textura variada (fina, média, grossa/porfiróide), bandamento 
usual (bandas de máficos intercaladas com félsicos) 
 
 
9Mármore: 
Metamorfismo sobre carbonatos, bandados ou maciços, 
essencialmente carbonatos 
Acessórios: tremolita, diopsídio, olivina, wolastonita, talco 
 
 
9Quartzito: 
Metamorfismo de arenitos, essencialmente quartzo 
 
 
 
 
9Anfibolito: 
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23/47
Metamorfismo ígneas básicas (basaltos e gabros), ou de 
margas (paraderivados), maciças e foliadas 
Granoblástica a grano-nematoblástica, ± plagioclásio, 
actinolita ou hornblenda (granada, quartzo, biotita ou epidoto) 
 
 
9Milonito: 
Termo textural para rochas de metamorfismo cataclástico 
 
 
 
¾ Classificação das Rochas Metamórficas 
 
 
Estrutura Textura e Composição Mineral Nome da 
Rocha 
Grosseira – feldspatos, quartzo, outros 
silicatos, mica e anfibólio 
Gnaisse 
Grosseira – mica e outros silicatos placosos 
e alongados (quartzo e feldspatos) 
Xisto 
Média – rocha micácea representando 
transição de xisto para ardósia 
Filito 
Paralela 
Muito fina – minerais micáceos, quartzo e 
impurezas 
Ardósia 
Feldspatos e outros silicatos Granulito 
Grãos de quartzo e cimento de quartzo Quartzito 
Calcita ou dolomita Mármore 
Serpentina Serpentinito 
Talco Pedra sabão 
Hornblenda Anfibolito 
Argila Hornfels 
Maciça 
Piroxênio e Granada Eclogito 
 
 
 
 
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¾ Composição Mineralógica, Textura e Estrutura das 
Rochas Metamórficas 
 
 
 9Composição mineralógica: 
 Monominerálica (Quartzito e mármore) 
Metapelitos (biotita, muscovita, minerais de alumínio) 
Metabásicas (anfibólios, ↓ grau; piroxênio, ↑ grau) 
Carbonáticas magnesianas (diopsídio, tremolita, 
talco, olivina, wollastonita, granada, anortita) 
Ultramáficas (Mg: serpentina, talco e clorita, ↓ grau; 
tremolita e antofilita, diopsídio e enstatita e olivina) 
 
 
 9Textura: 
Granoblástica, lepidoblástica, nematoblástica, porfiroblástica 
 
 
 9Estrutura: 
Xistosa (orientação de minerais placosos) 
Gnáissica (orientação de feldspatos e quartzo) 
 
 
 
¾ Rochas Paraderivadas e Ortoderivadas 
 
 
9Rochas Ortoderivadas: rochas ígneas são protólitos 
 
9Rochas Paraderivadas: rochas sedimentares são protólitos 
 
 
 
 
R o c h a s S e d i m e n t a r e s 
 
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25/47
 
 
Definição: Rochasformadas pela ação física e química 
dos agentes do intemperismo sobre rochas pré - existentes, 
cujos produtos se depositam mais a jusante. 
 
 
¾ Processos que Controlam a Origem e Evolução das 
Rochas Sedimentares 
 
 9Processos que Controlam a Origem: 
Detrítica (Terrígena): Intemperismo, erosão, 
transporte, sedimentação (deposição, acumulação) 
Fatores que controlam o aporte terrígeno: clima 
(disponibilidade de água), tectônica (relevo na 
área fonte) e rocha fonte (geração de solutos) 
 
Química (Carbonática): dissolução, transporte 
iônico (solução), precipitação química ou biogênica 
 Fatores: Baixa latitude e clima quente 
 
 9Processos que Controlam a Evolução: 
Para ambos DETRÍTICA e QUÍMICA 
Diagênese (em graus variados para cada tipo de 
rocha) e Litificação 
 
 
¾ Processos e Produtos da Diagênese 
Diagênese: conjunto de processos, incluindo ... 
Compactação (mecânica ou química), Dissolução, 
Cimentação e Recristalização Diagenética 
 
 
 Produtos da Diagênese (feições produzidas): 
 
(i)Na Compactação, empacotamento intergranular e 
quebra ou deformação de grãos 
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(ii)Na Dissolução (ou compactação química), 
morfologia do tipo de contato intergranular (de 
pontual a suturado) e estrutura sedimentar de 
interprenetação (estilólitos) 
 
(iii)Na Cimentação, nódulos e concreções 
 
(iv)Na Recristalização Diagenética, mais evidente em 
clastos carbonáticos, transformação de aragonita 
em calcita e carbonato em sílica 
 
 
¾ Mineralogia e Classificação das Rochas Sedimentares 
 
 9 Detríticas ou Terrígenas 
 Textural 
Granulação (rudito ou psefito; arenito ou 
psamito; lutito ou pelito) 
 Proporção de matriz (arenito, wacke, lamito) 
 Arredondamento (conglomerado, brecha) 
 
Intervalo de 
Tamanho 
(mm) 
Nome da 
Partícula 
Nome do 
Sedimento 
Rocha 
Detrítica 
> 256 Matacão 
64 – 256 Bloco ou 
Calhau 
4 – 64 Seixo 
2 – 4 Grânulo 
Cascalho Conglomerado ou Brecha 
0,062 – 2 Areia Areia Arenito 
0,004 – 0,062 Silte Silte Siltito 
< 0,004 Argila Argila Argilito 
 
Textura Nome do 
Sedimento e 
Tamanho da 
Partícula 
Características Nome da 
Rocha 
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Fragmentos de 
Rocha 
arredondados 
Conglomerado Cascalho 
> 2 mm Fragmentos 
angulares Brecha 
Predomina 
Quartzo 
Arenito 
Quartzoso 
Quartzo com 
Feldspato 
considerável 
Arcósia 
Areia 
0,062 – 2 mm Escura; Quartzo com Feldspato 
considerável, 
argila e 
fragmentos de 
rocha 
Grauvaca 
Dividido em finas 
camadas Argilito folheado
Clástica 
Argila 
< 0,062 mm Quebra na forma de torrões ou 
blocos 
Argilito 
 
 
 
 Mineralógico 
Proporção Qz, Felds, Líticos (qz rudito, rudito 
feldspático, rudito lítico) 
Diversidade ou pureza composicional 
(conglomerado poli e oligomítico / argilito 
folheado carbonático, silicoso, marga, 
porcelanito) 
 
Geométrico (fissilidade, argilito folheado; ritmicidade, 
ritmito) 
 
 
 
 9 Químicas 
 
 
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Grupo Textura Composição Nome da 
Rocha 
Clástico ou Não 
Clástico Calcita, CaCO3 Calcário 
Clástico ou Não 
Clástico 
Dolomita, 
CaMg(CO3)2 
Dolomito 
Não Clástico 
Quartzo 
microcristalino, 
SiO2 
Chert 
Não Clástico Halita, NaCl Evaporito 
Inorgânica 
Não Clástico Gipsita, CaSO4.2H2O 
Evaporito 
Clástico ou Não 
Clástico Calcita, CaCO3 Calcário 
Não Clástico 
Quartzo 
microcristalino, 
SiO2 
Chert Bioquímica 
Não Clástico Resquícios de plantas alteradas Carvão 
 
 
 
 
 * Rochas Carbonáticas 
 
 Textural 
 Granulação (calcirrudito, calcarenito, calcilutito) 
Tipo de grão / Tipo de material intersticial 
(combinação de ooes, intra, bio, pel + esparito 
e micrito) 
 
 Mineralógico 
 Relação calcita - dolomita (calcário, dolomito) 
 
 
 
 
 
 
¾ Estruturas Sin- e Pós-Sedimentação 
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29/47
 
9Estruturas sin-sedimentação: 
Marcas onduladas 
Estratificação cruzada 
Estratificação plano-paralela 
Gretas de contração 
 
9Estruturas pós-sedimentação: 
Fissilidade (passa a laminação e acamamento) 
Ritmicidade (estratificação plano-paralela, com 
alternância repetitiva de estratos de duas litologias 
diferentes) 
 
 
 
¾ Importância do Estudo das Rochas Sedimentares 
 
9Recursos que possuem: 
Giz, argilitos, caulinita, argilominerais (tecnologia, 
indústria eletrônica, construção civil, engenharia 
aeronáutica) 
Argilitos, arenitos e calcários (construção civil) 
Depósitos de placers (ilmenita, rutilo, cassiterita, 
monazita, ouro, diamante, gemas) 
Carvão, petróleo, gás natural e água 
 
 
 9Fósseis: 
Origem e evolução da vida, paleoambientes 
 
 
 
E s t r u t u r a s G e o l ó g i c a s 
 
 
 
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30/47
 
¾ Tipos de Deformação de Rochas 
Baseia-se em T e P ⇒ profundidade na crosta terrestre 
9Rúptil: quebra e descontinuidade 
9Dúctil (Sólido-Plástico e Líquido-Viscoso): 
deformação plástica sem perda de continuidade 
 
 
¾ Dobras 
Deformações dúcteis ⇒ ondulações de dimensões variadas, 
quantificadas por amplitude e comprimento de onda 
 
 9Elementos Geométricos de uma dobra: 
1. Superfície Axial 
2. Linha de Charneira 
3. Linha de Inflexão 
4. Zona de Charneira 
5. Flanco 
 
 9Classificação: 
*Atectônicas (Dinâmica externa) e Tectônicas 
(flambagem e cisalhamento) 
 
*Geometria: 
-Linha de Charneira 
(Horizontais, Verticais e Inclinadas) 
-Superfície Axial (Normal, Recumbente e Inversa) 
-Superfície Dobrada (Ângulo inter-flancos = α) 
 
Dobra Ângulo Inter-Flancos 
α (°) 
Suave 120 – 180 
Aberta 70 – 120 
Fechada 30 – 70 
Apertada 0 – 30 
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Isoclinal 0 
 
 
-Critérios Geométricos 
(Sinforme e Antiforme, sentido de fechamento da 
superfície dobrada) 
-Critérios Estratigráficos (Sinclinal e Anticlinal) 
 
 
¾ Zonas de Cisalhamento 
Deformações dúcteis ⇒ superfícies contínuas com 
deslocamento ao longo das mesmas ( cm - ↑ ≅ 100 km) 
 
 
¾ Falhas 
Deformações rúpteis ⇒ superfícies descontínuas com 
deslocamento ao longo das mesmas ( cm - ↑ ≅ 100 km) 
 
 * Se deslocamento perpendicular ⇒ Fraturas 
 
 
 9Elementos de uma Falha: 
1. Plano de Falha (Espelho) 
2. Blocos de Falha 
(Muro-Lapa e Teto-Capa) 
3. Estrias de Falha 
4. Rejeito de Falha 
5. Escarpa de Falha 
 
 9Classificação: 
*Geométrica 
-Mergulho da Superfície de Falha 
(Alto ângulo e Baixo ângulo, > e < 45 °) 
-Forma da Superfície de Falha 
(Planares e Curvas, ou Lístricas) 
-Movimento relativo entre Blocos 
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(Normal, Inversa, Transcorrente e Oblíqua) 
 
*Mecânica 
- Falha Normal (esforço ou tensão vertical) 
- Falha Inversa (esforço horizontal e ortogonal) 
- Falha Transcorrente (tensão horizontal e oblíqua, < 45°) 
 
 
 9Influência no Relevo (Falhas normais e transcorrentes): 
expressão topográfica 
gera relevo (escarpas, vales geométricos e 
depósitos coluvionares) 
relevo estruturado e alinhado 
vales alongados de fundo plano 
ajuste regional de drenagem 
 
*Clima tropical⇒ feições acentuadas (↑ intemperismo) 
 
 *Falhas normais, ↑ expressão topográfica: 
Grabens blocos rebaixados 
Horsts blocos elevados 
 
 
 9Importância das Falhas: 
-Evolução Tectônica da Litosfera (magmatismo, 
sedimentação,modelado atual do relevo) 
-Mineração 
-Água subterrânea 
-Petróleo e Gás natural 
-Engenharia Civil (barragens, túneis, estradas) 
 
D i n â m i c a E x t e r n a d a T e r r a 
 
 
¾ Ação Geológica: 
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Capacidade de um conjunto de processos modificar materiais 
terrestres (minerais, rochas e feições terrestres) 
 
 
¾ Agentes da Ação Geológica: 
Capacidade de erosão, transporte deposição ⇒ 
transformação da paisagem, esculpimento contínuo do relevo 
⇒ Ação Geomórfica 
 
9Água (superficial, subterrânea e oceânica): 
Erosão: meandros (sítios de erosão e deposição) 
 
Transporte: Solução, Suspensão e Carga basal 
 
Competência: medida do tamanho máximo de 
partículas capaz de transportar 
Capacidade: carga máxima que pode transportar 
 
Deposição: ↓ velocidade do rio ⇒ ↓ competência 
(i) Alúvio, partículas depositadas por ↓ competência 
(ii) Delta, partículas atingem oceano ou lagos 
 
* Água subterrânea 
Processo Produto 
Pedogênese (intemperismo 
químico) Cobertura de solos 
Solifluxão Escorregamento de encostas 
Erosão interna, solapamento Boçorocas 
Carstificação (dissolução) Relevo cárstico, cavernas, aqüiferos de condutos 
9Gelo 
Erosão glacial: abrasão, remoção e água de degelo 
 Feições: estrias (largura até 5mm), sulcos e cristas 
 
Transporte: 
Partículas e fragmentos ... 
sobre a superfície da geleira (supraglacial) 
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no interior (englacial) 
na base (subglacial) 
 
Deposição: 
Próximo ou afastado das geleiras (água de degelo) 
 
Depósito Glacial Sedimento Rocha 
Diretamente das 
Geleiras Till Tilito 
Sem implicação 
genética Diamicto Diamictito 
 
 
9Vento 
Atividade eólica ⇒ conjunto de fenômenos de erosão, 
transporte e sedimentação promovidos pelo vento 
 
Modela superfície PARTICULARMENTE nos desertos 
 
 
Movimento de Partículas por Processos Eólicos 
(i) Suspensão: poeira < 0,125mm (silte e argila) ⇒ < 
frações susceptíveis de transporte mecânico ⇒ > 
volume de material transportado e depositado 
(ii) Saltação: 0,125 – 2mm (areia), transporte limitado 
⇒ formação de dunas ⇒ geração de marcas 
onduladas e estratificação cruzada 
(iii) Arrasto: > 0,5mm (areia grossa, grânulos e seixos) 
⇒ transporte (-) significativo e (+) restrito ⇒ 
peso das partículas e atrito com substrato 
¾ Intemperismo: 
9Definição 
Conjunto de modificações de ordem física (desintegração) e 
química (decomposição) que as rochas sofrem na superfície 
 
 
9Tipos de Intemperismo 
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Intemperismo físico: atuação de mecanismos modificadores 
das propriedades físicas dos minerais e rochas (morfologia, 
resistência, textura, etc.) 
Desagregação das rochas, separação e fragmentação de 
grãos minerais ⇒ material descontínuo e friável 
 
Intemperismo químico: atuação de mecanismos 
modificadores das propriedades químicas dos minerais e 
rochas (composição química e estrutura cristalina) 
 
Intemperismo físico-biológico ou químico-biológico: ação 
de organismos vivos ou matéria orgânica oriunda da 
decomposição deles 
 
 
9Distribuição Global (Regiões) do Intemperismo 
Sem alteração química (14% da superfície continental) 
 Carência total de água: pólos e desertos 
 
Com alteração química (86% da superfície continental) 
 (i) Zona de Acidólise total (16 % da superfície continental) 
 Frias e com vegetação que se degrada lentamente 
 Solos ricos em quartzo e matéria orgânica 
 
 (ii) Zona de Alitização (13,5 % da superfície continental) 
 Tropical, ↑ precipitação(>1.500mm),vegetação exuberante 
Oxi-hidróxidos Fe (Goetita) e Al (Gibbsita) 
 
 
(iii) Zona de Monossialitização, Si/Al=1 (18% continentes) 
 Tropical sub-úmido, precipitação > 500mm e T média 
anual > 15oC (NE do BRASIL) 
Caulinita e oxi-hidróxidos Fe (Goetita) 
 
 (iv) Zona de Bissialitização, Si/Al=2 (39% continentes) 
Temperada e árida, pouca alteração e lixiviação, formação 
de argilominerais secundários ↑ Si 
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Esmectitas c/ Alcalinos + Alc.-terrosos(Amb. hidrolítico) 
Emectitas aluminosas (Ambiente Acidólise parcial) 
 
 
9Intemperismo e Formação de Solo 
 
PEDOGÊNESE ⇒ modificações intempéricas nas rochas, 
além de químicas e mineralógicas, sobretudo estruturais, com 
reorganização e transferência de minerais formadores do solo 
(e.g. Argilominerais e Oxi-Hidróxidos Fe e Al) entre níveis 
superiores do manto de alteração 
 
Fauna-Flora (solo) ⇒ papel importante (realizam suas funções 
vitais, modificam e movimentam material, mantêm aeração e 
renovação do solo superficial 
 
 
9Reações Químicas Associadas ao Intemperismo 
 
Min. 1 + Sol. de alteração → Min. 2 + Sol. de lixiviação 
 
1) Hidratação: 
 CaSO4 + 2H2O → CaSO4.2H2O 
 
 2) Dissolução: 
 CaCO3 → Ca2+ + CO3 2- 
 
 NaCl → Na+ + Cl- 
 
 3) Hidrólise: 
Silicatos + 2H2O → H4SiO4 + (NaOH, KOH, Ca(OH)2, Mg(OH)2) 
Indissociável + Muito dissociada Solução alcalina 
 
Hidrólise Total (Si e K eliminados, Al e Fe permanecem) 
KAlSi3O8 + 8H2O → Al(OH)3 + 3H4SiO4 + K+ + OH- 
Hidrólise Parcial (Si e K parcilamente eliminados) 
2KAlSi3O8 + 11H2O → Si2Al2O5(OH)4 + 4H4SiO4 + 2K+ + 2OH- 
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 4) Oxidação: 
2 FeSiO3 + 5 H2O + ½ O2 → 2 FeOOH + 2 H4SiO4 
 Piroxênio Goetita 
2 FeOOH → Fe2O3 + H2O Desidratação 
Goetita Hematita 
 
 
5) Acidólise: (particularmente em ambientes com água 
com pH < 5; ambientes frios, decomposição da matéria 
orgânica não total, forma ácidos orgânicos) 
Acidólise Total (pH < 3, todos elementos em solução) 
KAlSi3O8 + 4 H+ + 4 H2O→ 3 H4SiO4 + Al 3+ + K+ 
Acidólise Parcial (5 < pH < 3, remoção parcial do Al) 
9KAlSi3O8+32H+→3Si7AlO20Al4(OH)8+ 1,5Al3++ 9K++ 6,5H4SiO4 
 
 
9 Fatores que Controlam o Intemperismo 
 
1)Clima: se expressa na variação sazonal da T °C e na 
distribuição das chuvas 
2)Relevo: influi no regime de infiltração e drenagem das 
águas pluviais 
3)Fauna-flora: Matéria orgânica para reações, remobilizam 
materiais 
4)Rocha fonte: em função de sua natureza, resistência 
diferenciada à alteração intempérica 
5)Tempo de exposição da rocha aos agentes intempéricos 
 
T e m p o G e o l ó g i c o 
 
 
 
¾ Histórico sobre Evolução das Ciências Geológicas: 
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38/47
9Gregos (Thales, Aristóteles, etc., 2300 anos): escritas 
filosóficas (sem observações): fósseis, gemas, terremotos, 
vulcões 
9Séculos XVI: 
Leonardo da Vinci (1452-1519) reconheceu e 
determinou origem de fósseis (restos de plantas e 
animais), iniciou observações de campo 
Georg Bauer (Agrícola) escreveu De re metálica 
(1556), pai da mineralogia, tratado de mineração e 
metalurgia 
9Séculos XVII e XVIII (Catastrofismo): paisagens terrestres 
desenvolvidas por catástrofes (montanhas e canyons 
formados por desastre freqüentes e repentinos, causas 
desconhecidas e que não operariam mais) 
Nicolaus Steno (1667) descrever observações e 
raciocínio indutivo, representou pela 1a vez evolução 
geológica de uma região através de perfis geológicos 
9Final do Século XVIII: James Hutton (primeiro a citar 
observações verificáveis para suportar idéias) lança 
doutrina do Uniformitarismo ("o Presente é a chave do 
Passado", conceito fundamental da Geologia moderna) 
Leis físicas, químicas e biológicas que operam hoje, 
operaram no passado ⇒ forças e processos 
modelandoo planeta hoje, atuam desde longo tempo 
91830-1872: Charles Lyell mostrou mais convincentemente 
Uniformitarismo, difundiu o conhecimento para a sociedade 
9Presente: apesar dos processos terem essencialmente 
permanecido, velocidade e intensidade indubitavelmente 
variou no tempo geológico (ex. glaciações) 
¾ Netunismo vs. Plutonismo: 
9Netunismo (NETUNO, Deus do Mar) 
Abraham Gottlob Werner (1750-1817): 
(i)Rochas da crosta precipitadas de um oceano universal 
(ii)Relevo terrestre explicado por uma causa sedimentar 
(iii)Origem sedimentar para todas as rochas, rochas 
vulcânicas (origem aquática), granito (depósito primitivo) 
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39/47
 
9Plutonismo (PLUTÃO, Senhor dos Infermos) 
Nicholas Desmarest (1782-1815), Jean François 
D'Aubuisson (1769-1819), Christian Leopold Von Buch 
(1774-1853): 
Rochas formadas a partir de um magma (origem ígnea) 
Relevo terrestre explicado por fenômenos internos 
(i)Se um violento tremor de terra fizer subir o solo, ele 
engendra uma montanha ⇒ Avicena 
(ii)Vapores expelidos do interior do globo erguem, no 
esforço que fazem para escapar, massas 
montanhosas ⇒ A l b e r t o "O Grande" 
(iii)Subidas de matéria em fusão pela crosta e origem 
ígnea intrusiva do granito ⇒ James Hutton 
 
 
¾ Tentativas de Determinação da Idade da Terra: 
9Século XVII: terra formada em alguns dias, há poucos 
milhares de anos (idéia bíblica) 
1654: Arcebispo James Ussher, 6000 anos (4004 AC) 
Mais tarde, Lightfoot (estudante bíblico) mais "preciso": 
9 horas do dia 26 de Outubro de 4004 AC 
9Final Século XVIII: James Hutton (1726-1797), terra 
imensuravelmente velha, quase eterna ⇒ idéia até Século XIX 
91859: Charles Darwin período longo para sua teoria, usou 
taxa de erosão marinha para estimar 300 Ma. para expor 
rochas fossilíferas do Cretáceo (Uniformitarista) ⇒ 
idade do planeta seria de bilhões de anos 
9Século XX: geólogos e físicos influenciados pelos modelos 
precisos de Lorde Kelvin (1862) ⇒ núcleo terrestre 
incandescente e quente, terra resfriada gradualmente por 
condução térmica, até atingir T °C atual da superfície) ⇒ 
idade de dezenas a poucas centenas Ma. 
Meados do Século XX: descoberta e refinamento dos 
métodos de datação radiométrica ⇒ de idade 4,5 Ga. 
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 Claire Patterson (1956) ⇒ terra = idade de 
meteoritos ⇒ 4,55 ± 0,07 Ga. (Pb-Pb) 
 
 
¾ Datação Relativa e Absoluta: 
Datação Relativa: 
Rochas colocadas na sua própria seqüência ou ordem 
Variação e mudanças no conteúdo fossilífero em camadas 
de uma seqüência ⇒ correlação temporal com camadas 
de outra seqüência (Princípio da Sucessão Biótica ou 
Faunística) 
 
Datação Absoluta: 
Resultado de datação radiométrica ⇒ datas específicas 
para rocha, representação de eventos no passado 
Aponta tempo na história geológica de acontecimentos 
 
 
¾ Principais Métodos para Datação de Rochas: 
 
Método Tempo de Meia-Vida (t ½) Variação do Método
238U-206Pb 4,47 Ga Pb-Pb 
235U-207Pb 704 Ma Pb-Pb 
232Th-208Pb 14,01 Ga 
87Rb-87Sr 48,8 Ga 
40K-40Ar 1,3 Ga Ar-Ar 
147Sm-143Nd 106 Ga 
187Re-187Os 42,3 Ga 
¾ Rochas mais Antigas do Planeta: 
 Groelândia: 
 3,8 Ga 
 migmatitos 
 
W Austrália (2001): 
4404 ± 8 Ma (U-Pb) 
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zircões detríticos metaconglomerado 
 
NE Brasil: 
3412 ± 8 Ma (U-Pb e Sm-Nd, 1998) 
gnaisse-migmatito, Maciço São José de Campestre 
(RN) 
 
3403 ± 5 Ma (U-Pb, 1993) 
gnaisse tonalítico, Sete Voltas (BA) 
 
 
 
¾ A Escala de Tempo Geológico: 
9História geológica subdividida em unidades de magnitude 
variável ⇒ Maiores unidades delineadas no Séc. XIX (W 
Europa e Inglaterra) ⇒ datações relativas (s/ dados absolutos) 
 
9Subdivisão principal ERAS: 
Paleozóica (vida antiga) 
Mesozóica (vida intermediária) 
Cenozóica (vida recente) 
⇒ Baseada em profundas mudanças globais das formas de 
vida (e.g. extinções em massa de espécies) 
 
9ERAS subdivididas em PERÍODOS: 
Caracterizados por mudanças relativamente menos 
pronunciadas nas formas de vida 
 
 
 
 
 
9PERÍODOS subdivididos em ÉPOCAS: 
Apenas a Era Cenozóica possui esta subdivisão 
Demais Eras, Épocas são : Inferior, Média e Superior ou, 
como recentemente adotado Paleo, Meso e Neo 
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9Detalhamento da Escala de Tempo Geológico somente a 
partir da Era Paleozóica ⇒ Período Cambriano (570 Ma) 
Os ≈ 4 Ga anteriores são referidos como Pré-Cambriano 
⇒ não se conhece em detalhe 
 
 
9O Pré-Cambriano engloba os EONS 
Arqueano 
Proterozóico (ou Criptozóico: registro fossilífero obscuro) 
 
Demais Eras ⇒ EON Fanerozóico (vida visível: abundante, 
diversificada e facilmente reconhecível) 
 
 
 
 
¾ Tempo Geológico e o Surgimento da vida na Terra: 
 
Mais antiga vida: 
Microfóssil filamentoso (cianobactéria ou bactéria), 
3,5 Ga (Austrália) 
 
Explosão de vida: 
570 Ma, Cambriano (primeiro Período, Era Paleozóica) 
 
 
 
 
 
N o ç õ e s d e P a l e o n t o l o g i a 
 
 
 
¾ Tipos de fossilização 
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9Petrificação (transformação em pedra) 
pequenas cavidades internas e poros da estrutura original 
⇒ preenchimento matéria mineral 
 
9Permineralização 
preenchimento de poros (ossos, conchas, ...) ⇒ 
substâncias minerais (CaCO3, SiO2, ...) 
 
9Substituição 
paredes das células e outros materiais sólidos ⇒ 
removidos e substituídos por matéria mineral 
 
9Carbonização 
sedimento fino engloba relíquias de um organismo ⇒ 
com tempo ⇒ pressão expulsa componentes líquidos e 
gasosos ⇒ resíduo fino de carbono 
 
* particularmente efetivo para preservar folhas e 
formas animais delicadas (e.g. abelhas) 
 
 
 
9Condições favoráveis à preservação registro fossilífero: 
*soterramento rápido 
*presença de partes duras (ossos, dentes, conchas, 
carapaças, ...) 
*sedimento fino 
¾ Tipos de fósseis 
 
9Petrificação 
 
9Moldes 
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concha, qualquer outra estrutura ⇒ soterrada em 
sedimento ⇒ dissolvida por água em profundidade ⇒ 
cavidade gerada preenchida por matéria mineral 
 
9Contramoldes 
concha, qualquer outra estrutura ⇒ soterrada em 
sedimento ⇒ deixa impressa forma externa no sedimento 
 
9Marcas Fósseis – Traços 
pegadas feitas por animais em sedimento mole ⇒ litificado 
 
 
 
¾ Correlação Paleontológica 
9Correlação 
registro geológico que se aplique à Terra toda ⇒ rochas 
de idade similares em diferentes regiões ⇒ relacionadas 
 
* Com base estratos apenas ⇒ correlação para 
pequenas distâncias 
 
* Fósseis ⇒ correlação para distância maiores, entre 
áreas bastante separadas ou entre continentes 
 
 
9Correlação Paleontológica 
Mesmo conjunto de fósseis aparecem na mesma ordem 
⇒ estabelecer equivalência temporal entre estratos 
 
 
9Fóssil Cosmopolitano 
ampla distribuição geográfica 
 
9Fóssil Endêmico 
distribuição geográfica restrita 
 
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9Fóssil Guia (Índice) 
Cosmopolitano ⇒ limitados a curto período de tempo 
geológico ⇒ comparação de idade de terrenos de 
diferentes regiões (e.g. conodontes, amonitas, ...) 
 
9Microfósseis 
fósseis microscópicos ⇒ microfauna (foraminíferos, 
ostracóides, ...) , microflora (polens e esporos) ⇒ em 
lâmina ou, extração por lavagem dos sedimentos 
 
9Paleoecologia 
exame detalhado de fósseis ⇒ indicador ambiental 
 
 
 
¾ Princípios Aplicadosà Escala Relativa de Tempo 
 
9Lei da Superposição (Nicolaus Steno, 1669) 
sedimentos depositados em camadas ⇒ mais velhas na 
base ⇒ mais novas sucessivamente sobrejacentes 
 
9Princípio da Horizontalidade Original 
depósitos sedimentares se acumulam em camadas 
sucessivas, dispostas horizontalmente 
 
9Princípio do Truncamento 
intrusões ígneas ou falhas ⇒ interceptam rochas mais 
antigas 
9Princípio da Inclusão 
pedaços de uma rocha no interior de outras ⇒ Xenólitos 
(corpos estranhos) ⇒ já existiam no momento que cedeu 
fragmentos 
 
9Princípio da Sucessão Faunística 
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organismos fósseis sucedem uns aos outros ⇒ ordem 
definida e determinável ⇒ todo intervalo de tempo pode 
ser reconhecido pelo seu conteúdo fossilífero 
 
9Correlação Fossilífera (Bioestratigráfica) 
mesmo conjunto de fósseis (restos e vestígios (traços ou 
moldes) de animais e plantas preservados nas rochas) ⇒ 
aparecem na mesma ordem ⇒ equivalência temporal 
entre seqüência de estratos 
 
 
* Por que a sucessão biótica permitiu subdividir o registro 
sedimentar e o tempo geológico ? 
 
mecanismos da evolução biológica e grau de 
preservação dos organismos 
 
 
 
¾ Importância da Paleontologia no estudo da Evolução das 
Espécies na Terra 
9Fósseis mostram progressiva mudança ⇒ simples para 
complexo ⇒ avanço da vida com o tempo 
 
9Fósseis não são distribuídos aleatoriamente nem por 
acaso ⇒ basta se observar a lei de superposição de 
rochas onde ocorrem 
 
 
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A N E X O S 
 
 
Fichas de Descrição de Minerais e Rochas 
 
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Prof. João Adauto de Souza Neto 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
 
FICHA DE DESCRIÇÃO MACROSCOPICA DE MINERAIS 
Propriedades Físicas Mineral 1 Mineral 2 Mineral 3 Mineral 4 
Hábito Cristalino 
Transparência 
Brilho 
Cor 
Traço 
Dureza 
Fratura 
Clivagem 
Densidade 
Geminação 
Tenacidade 
Nome do Mineral 
Composição Química 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
 
 
Rochas ígneas ou magmáticas 
 
- Classificação das Rochas Ígneas Plutônicas e Vulcânicas 
1 - Quanto ao Modo de Ocorrência 
 
A)Extrusivas: resultantes da solidificação de uma lava na 
superfície. 
Ex.: basalto, riolito. 
B)Intrusivas: originadas pela solidificação de uma lava vulcânica 
no interior da crosta. 
Ex.: gabro, granito. 
 
 Quanto ao modo de ocorrência, podem ser principalmente como Corpos: 
 (i) Concordantes (sill ou soleira) 
 (ii) Discordantes (diques e veios) 
 
 
2 - Quanto à Presença de Quartzo 
 
A)Ácidas: quando a % quartzo > 60% 
Ex.: granito, riolito 
B)Intemediárias: quando a % é 45% < quartzo < 60% 
Ex.: sienito, andesito. 
C)Básicas: quando a % quartzo < 45% 
Ex.: basalto, gabro. 
 
 
3 - Quanto ao Índice de Cor 
 
 Quanto ao índice de cor (proporção entre máficos e félsicos, (M, número 
puro correspondente ao ' %), as magmáticas podem ser: 
 (i) Hololeucocrática (M < 10) 
(i) Leucocrática / Félsica (10 < M < 30) 
 (ii) Mesocrática / Intermediária (30 < M < 60) 
 (iii) Melanocrática / Máfica (60 < M < 90) 
 (iv) Ultrarmelanocrática / Ultramáficas (M > 90) 
 
 
4 - Quanto à Cristalinidade 
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Grau de cristalinidade: diz respeito à participação da fase vítrea como 
constituinte representativo de uma rocha vulcânica 
 
A)Cristalina: quando a > parte dos minerais é formada por 
cristais. 
Ex.: granito. 
B)Vítreo-Cristalina: quando parte dos minerais é formada por 
cristais. O restante é formado por material vítreo, isto é, na forma não 
cristalina. 
 Ex.: basalto, andesito, riolito. 
C)Vítrea: quando a maior > parte é formada por minerais na 
forma de vidro. 
Ex.: pedra pómice. 
Classificação das Rochas Vulcânicas quanto ao Grau de Cristalinidade 
 
Holocristalinas, rochas isentas de vidro e constituídas essencialmente de 
fases cristalinas (minerais) 
 Vítrea, rochas constituídas predominantemente por vidro vulcânico 
 
 
5 - Quanto ao Tamanho dos Minerais 
 
A)Afanítica: quando a > % dos minerais é invisível a olho nu. 
 Ex.: basalto,riolito,andesito. 
B)Sub-Afanítica: quando parte dos minerais é visível a olho nu. 
Ex.: diabásio. 
C)Fanerítica: quando a totalidade dos minerais é visível a olho 
nu. 
Ex.: granito, gabro, sienito. 
 
 
6 - Classificação quanto ao Tipo de Estrutura 
 
A)Maciça: não apresenta vazios na amostra. 
 Ex.: granito - alguns basaltos. 
B)Vesicular: apresenta vazios na amostra. 
Ex.: basalto. 
C)Amigdaloidal: apresenta vazios preenchidos parcialmente por 
minerais secundários. 
Ex.: basalto. 
 
 
 
 
- Textura e Estrutura das Rochas Ígneas Vulcânicas 
 
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Textura: características e relações entre fases minerais (dimensões 
absolutas e relativas, hábitos e formas, padrões de arranjo; definidos 
normalmente em amostra de mão e/ou microscópica) constituintes de uma 
determinada rocha 
 
 Quanto à textura (granulação da rocha), as ígneas podem ser: 
 (i) Afaníticas (muito fina a vítrea) 
 (ii) Fanerítica (fina, média, grossa, porfirítica) 
 
 Textura piroclástica (fragmentos ejetados durante 
erupção violenta), vítrea, porfirítica 
 
Estrutura: arranjo de porções distintas de uma rocha (ex. bandada ou 
maciça), bem como suas feições macro a mesoscópicas (escala de amostra 
de mão a escala de afloramento), sem ponderar relações entre os 
constituintes fundamentais (minerais) 
 Maciça 
 Lavas cordadas (pahoehoe): fluxo 
 Vesículas (vazias) e amígdalas (preenchidas): escape de gases 
 Púmices (esponjosa / celular): alto índice de vazios, escape de 
gases 
 
 
- Termos Texturais e Estruturais das Rochas Ígneas Plutônicas 
Quanto à textura (granulação da rocha), as ígneas plutônicas podem ser: 
Fanerítica (fina, média, grossa, muito grossa, porfirítica: fenocristais 
imersos em matriz mais fina) 
 
 Estrutura: 
Maciça 
 Orientação de cristais tabulares de feldspatos em sienito: fluxo 
 
 
- Tipos de Lava 
 Lavas Basálticas (45 % < SiO2 < 52 %), 1.000 oC < T < 1.200 oC 
 Lavas Almofadadas: acumulações subaquáticas em forma de almofadas 
(pillow) 
 Lavas pahoehoe e aa: em corda e em blocos, respectivamente 
aa possui um escape de gases maior, aumento rápido da 
viscosidade da parte superficial, mais lento 
Lavas Riolíticas (SiO2 > 66 %) e Andesíticas (52 % < SiO2 < 66 %), 800 oC 
< T < 1.000 oC, ↓ fluidez e ↑ viscosidade 
 
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Prof. João Adauto de Souza Neto 
 
FICHA DE DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DE ROCHAS ÍGNEAS 
 AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 
 Hábito Cristalino 
 Transparência 
 Brilho 
 Cor 
MINERAIS Traço 
 Dureza 
 Fratura 
 Clivagem 
 Densidade Relativa 
 Geminação 
 Tenacidade 
 Nome do Mineral 
 Composição Química 
COR 
 Qto. Gênese 
CLASSIFICAÇÃO Qto. Presença Quartzo 
 Qto. Índice de Cor 
TEXTURA Qto. Cristalidade 
 Qto.Tamanho Minerais 
ESTRUTURA 
NOME DAROCHAGeologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
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FICHA DE DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DE ROCHAS SEDIMENTARES 
CLÁSTICAS 
(DETRÍTICAS/TERRÍGENAS) 
AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 AMOSTRA 3 
Cor 
Granulação 
Proporção de matriz 
Textura 
Grau de arredondamento 
Mineralogia 
(% Quartzo, Feldspatos, Fragmentos 
Líticos) 
 
Classificação Geométrica 
(fissilidade, ritmicidade) 
 
Sin-sedimentação Estruturas 
Pós-sedimentação 
Nome da Rocha 
 
QUÍMI AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 AMOSTRA 3 
Cor 
 
 
Textura 
(Granulação) 
 
Mineralogia 
(% minerais) 
 
clásticos Inorgânica 
não clásticos 
clásticos Bioquímica 
não clásticos 
Sin-sedimentação Estruturas 
Pós-sedimentação 
Nome da Rocha 
Geologia Geral – DGEO / CTG / UFPE 
Prof. João Adauto de Souza Neto 
 
FICHA DE DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DE ROCHAS METAMÓRFICAS 
 
 AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 AMOSTRA 3 
Cor 
Composição Mineralógica 
(% dos minerais constituintes) 
 
 
Grano, lepido, nemato, 
porfiro + blástica 
 Textura 
Granulação 
(fina, média, grosseira) 
 
Foliação (xistosidade), 
Bandamento, Maciça 
 
 Estrutura 
Xistosa 
(orientação de minerais 
placosos) 
Gnáissica 
(orientação de minerais 
granulares, prismáticos, 
tabulares) 
 
Minerais em % 
crescente + nome 
da rocha (textura) 
 Nomenclatura 
da rocha 
Meta, Orto e Para 
Gênese 
(Para e ortoderivada)

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