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MED RESUMOS: Sistema Cardiovascular

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL (OMF) – SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
Arlindo Ugulino Netto 
 
Lívia Tafnes Almeida de Araújo 
 
Raquel Torres Bezerra Dantas 
 
Rebeca Isabel Rodrigues Abrantes Nassim Chattah 
 
Tainá Rolim Machado Cornélio 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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www.medresumos.com.br 
 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
O sistema cardiovascular é o primeiro que começa a funcionar 
no embrião, surgindo na metade da terceira semana de gestação, 
porém começa a funcionar na quarta. 
Ele deriva do mesoderma esplâncnico, que é a porção inferior 
do mesoderma lateral. Esse mesoderma esplâncnico é o que forma o 
primórdio do coração. 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO E VASOS 
A formação do coração se inicia através de um par de cordões endoteliais chamados de cordões 
angioblásticos. Esses cordões se canalizam formando tubos endocárdicos do coração, os quais se fundem para formar 
o coração tubular. Ele começa a apresentar batimentos por volta do 22º a 23º dia, e o fluxo sanguíneo começa a circular 
durante a quarta semana, já podendo ser visualizado na ultrassonografia por Doppler. 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS VEIAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO 
Três pares de veias drenam para o coração 
tubular: 
 Veias vitelínicas: Transportam sangue pobre 
em oxigênio do saco vitelínico para o seio 
venoso: Seguem do saco vitelínico para o 
embrião. Após passar através do septo 
transverso, estas veias entram na extremidade 
venosa do coração - o seio venoso. A veia 
vitelínica esquerda regressa e a veia vitelínica 
direita forma a maior parte do sistema portal 
hepático e a parte inferior da veia cava. 
 Veias umbilicais: Transportam sangue rico em 
oxigênio das vilosidades coriônicas para o seio 
venoso. Com o desenvolvimento do fígado, as 
veias umbilicais perdem as suas conexões com 
o coração e desembocam no fígado. A veia 
umbilical direita desaparece durante a sétima 
semana, deixando a veia umbilical esquerda 
como o único vaso transportador de sangue 
oxigenado da placenta para o embrião. 
 Veias cardinais comuns: transportam sangue pobre em oxigênio do corpo e desembocam no seio venoso. 
Constituem o principal sistema de drenagem venosa do embrião. As veias cardinais anteriores e posteriores 
drenam, respectivamente, as regiões cefálica e caudal do embrião, se juntam as veias cardinais comuns, as 
quais entram no seio venoso. As veias cardinais posteriores desenvolvem-se como vasos do mesonéfron (rins 
intermediários) e desaparecem quase completamente com estes persistindo como a raiz da veia ázigos. 
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL - CARDIOVASCULAR 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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ARCOS AÓRTICOS E OUTROS RAMOS DA AORTA DORSAL 
Quando os arcos faríngeos se formam durante a quarta e quinta semanas, eles são supridos por artérias – os 
arcos aórticos que se originam do saco aórtico e terminam na aorta dorsal. 
São seis pares de arcos faríngeos que derivam as seguintes artérias: 
 Derivados das artérias do primeiro par de arcos faríngeos: Porções remanescentes formam as artérias 
maxilares, que suprem as orelhas, dentes, músculos dos olhos e face e as artérias carótidas externas. 
 Derivados das artérias do segundo par de arcos faríngeos: As porções dorsais dessas artérias persistem e 
formam o tronco das artérias estapédicas, pequenos vasos que correm através do anel dos estribos, ossículos 
da orelha média. 
 Derivados das artérias do terceiro par de arcos faríngeos: As porções proximais dessas artérias formam as 
artérias carótidas comuns, que vascularizam estruturas da cabeça. As porções distais formam as artérias 
carótidas internas, que nutrem as orelhas, órbitas, cérebro e a hipófise. 
 Derivados das artérias do quarto par de arcos faríngeos: A artéria esquerda forma parte do arco da aorta e 
a direita torna-se a porção proximal da artéria subclávia direita. 
 Derivados das artérias do quinto par de arcos faríngeos: Em 50% dos embriões (essas artérias são vasos 
rudimentares), nos demais 50% essas artérias não se desenvolvem. 
 Derivados das artérias do sexto par de arcos faríngeos: Artéria esquerda – a parte proximal persiste como a 
parte proximal da artéria pulmonar esquerda e a parte distal forma um desvio arterial - o ducto arterial. Artéria 
direita - a parte proximal persiste como a parte proximal da artéria pulmonar direita e a parte distal se degenera. 
 
 
ARTÉRIAS INTERSEGUIMENTARES 
São ramificações da aorta que passam entre os somitos, levando sangue a estes e seus derivados. Na região do 
pescoço os vasos se unem para formar a artéria vertebral, que migra para a região cefálica. As da região do tórax 
persistem como artérias intercostais, localizadas entre as costelas. As da região lombar formam artérias lombares. 
 
 
ARTÉRIA VITELÍNICA 
As artérias vitelínicas passam para o saco vitelino e, mais tarde, para o intestino primitivo, o qual se forma pela 
parte do saco vitelino que foi incorporado. Permanecem três artérias derivadas da artéria vitelínica: tronco celíaco (irriga 
o intestino anterior), mesentérica superior (irriga o intestino médio) e mesentérica inferior (irriga o intestino posterior). 
 
 
ARTÉRIA UMBILICAL 
A artéria umbilical transporta sangue pobre em oxigênio para a placenta para a reoxigenação. As partes 
proximais dessa artéria tornam-se as artérias ilíacas internas e as artérias vesicais superiores. As partes distais obliteram 
após o nascimento e se tornam os ligamentos umbilicais mediais. 
 
 
TÉRMINO DO DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO 
Quando ocorre a fusão dos tubos cardíacos, forma-se o miocárdio primitivo que circunda o celoma pericárdio. 
O coração, nesse estágio, é composto de um delgado tubo endotelial separado de um espesso tubo muscular por um 
tecido conjuntivo gelatinoso (geleia cardíaca). O tubo endotelial torna-se o revestimento endotelial interno do coração 
(endocárdio) e o miocárdio primitivo torna-se a parede muscular do coração (miocárdio). O pericárdio é derivado de 
células mesodérmicas que se espalham sobre o miocárdio. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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Como informado anteriormente, o coração é um tubo formado pela 
fusão de dois tubos endocárdicos. Essa fusão faz surgir as câmaras 
cardíacas primitivas, que apresentam zonas de crescimento diferencial: 
 Tronco arterioso (origina os grandes vasos-conduz fluxo de saída-
início da aorta e artérias pulmonares); 
 Bulbo cardíaco (futuro ventrículo direito); 
 Ventrículo primitivo (futuro ventrículo esquerdo); 
 Átrio; 
 Seio venoso (fluxo de entrada). 
 
Por causa do crescimento mais rápido do bulbo cardíaco e do 
ventrículo, o coração se dobra sobre si próprio, formando uma alça 
bulboventricular em forma de U. Assim, o átrio e o seio venoso passam a 
situar-se dorsalmente ao ventrículo e bulbo. 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO PRIMITIVO 
As camadas musculares do átrio e do ventrículo são contínuas e as contrações ocorrem como ondas 
peristálticas, que se iniciam no seio venoso. Já ao final da quarta semana, essas contrações passam a ser coordenadas, 
com o fluxo unidirecional. 
O sangue do seio venoso entra no átrio primitivo, passa pelo canal atrioventricular para o ventrículo primitivo. 
Quando o ventrículo se contrai, o sangue é bombeado através do bulbo cardíaco e do tronco arterial para o saco aórtico 
de onde é distribuído para os arcos aórticos. O sangue então passa pela aorta dorsal e é distribuído para o embrião, 
saco vitelino e placenta. 
 
OBS: O exame cardíaco usando ultrassonografia de alta resolução em tempo real geralmente é realizado entre 18 e 22 
semanas de gestação, pois nesse período o coração do bebê já é suficientementegrande e funcional. 
 
 
SEPTAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO 
A septação do canal atrioventricular, do átrio e dos ventrículos primitivos se inicia em torno da metade da quarta 
semana e é completado, basicamente, no final da oitava semana. 
 
SEPTAÇÃO DO CANAL ATRIOVENTRICULAR 
Ao final da quarta semana, os coxins endocárdicos são formados e, à medida que células mesenquimais vão 
invadindo essas estruturas, elas vão se aproximando e dividem o canal atrioventricular em direito e esquerdo. A 
separação atrioventricular é parcial. 
 
SEPTAÇÃO DO ÁTRIO PRIMITIVO 
O átrio primitivo começa a se dividir em átrios direito e esquerdo no final da quarta semana pela formação, 
modificação e fusão de dois septos: septum primum e septum secundum. O septum primário é uma membrana delgada, 
de crescimento caudal, ou seja, na direção dos coxins endocárdicos a partir do teto do átrio primitivo, dividindo 
parcialmente o átrio comum em metades direita e esquerda. Um espaço entre o septum primum e os coxins se forma, o 
forame primum, permitindo que o sangue oxigenado passe do átrio direito para o esquerdo. 
Gradativamente, o forame primum vai se fechando quando o septum primum se funde aos coxins (que já estão 
fundidos também) formando o septo atrial primitivo. Porém, devido a apoptose, aparecem na parte central do septum 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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primum, perfurações que se unem formando o forame secundum. Esse garante um fluxo contínuo de sangue oxigenado 
do átrio direito para o esquerdo. Uma membrana muscular cresce craniocaudalmente da parede ventrocefálico do átrio, 
imediatamente a direito do septum primum – o septum secundum. 
Essa membrana faz uma separação incompleta dos átrios formando uma escavação oval – o forame oval. 
A parte cranial do Septum Primum desaparece gradualmente, e sua parte caudal forma a válvula do Forame Oval. 
 
 
 
SEPTAÇÃO DO VENTRÍCULO PRIMITIVO 
A divisão do ventrículo primitivo em dois ventrículos se deve ao septo interventricular (IV) primitivo. Esse septo 
localizado na porção inferior do coração tem a função de separar o ventrículo esquerdo do direito, para que não haja 
mistura de sangue venoso com o arterial. 
O Septo Interventricular cresce cranialmente em direção ao coxim endocárdico fusionado, no entanto não o 
fecha. O forame interventricular localiza-se entre o septo interventricular muscular e o coxim endocárdico. O 
Septo Interventricular Secundário (Membranáceo) atua fechando o forame interventricular. 
 
 
SEPTAÇÃO DO BULBO CARDÍACO E DO TRONCO ARTERIOSO 
O bulbo cardíaco forma o ventrículo direito e o tronco arterioso forma a artéria aorta e o tronco pulmonar. A 
septação dessas estruturas só é possível pela formação das cristas, que são estruturas arredondadas formadas pela 
aglomeração de células mesenquimais, como as dos septos cardíacos. São formadas duas cristas bulbares e duas 
cristas do tronco arterioso. 
As cristas bulbares são formadas pela proliferação de células mesenquimais que migram da crista neural para o 
bulbo cardíaco. São contínuas superiormente com as cristas do tronco arterioso. As cristas do tronco arterioso são 
formadas pela proliferação de células mesenquimais que migram da crista neural para o tronco arterial. São contínuas 
inferiormente com as cristas bulbares. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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As cristas se unem e formam uma parede espiralada em 180º, sendo chamado de septo aorticopulmonar. O 
septo divide o tronco arterial em dois vasos, a Aorta e o Tronco pulmonar. 
O Bulbo Cardíaco é incorporado às paredes dos ventrículos, dando origem ao “Cone Arterial” (Infundíbulo), 
entrada para o Tronco Pulmonar e ao “Vestíbulo Aórtico”, entrada para a Aorta. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS VÁLVULAS CARDÍACAS 
Valvas cardíacas são estruturas formadas basicamente por tecido conjuntivo que se encontra na saída de cada 
uma das quatro câmaras do coração. Interpõem-se entre átrios e ventrículos bem como nas saídas das artérias aorta e 
artéria pulmonar. Elas permitem o fluxo de sangue em um único sentido não permitindo que este retorne. Existem quatro 
valvas no coração que são: 
 Mitral ou bicúspide – Lembra o formato de uma mitra. Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo. 
 Tricúspide - Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio direito e o ventrículo direito. 
 Aórtica - Permite o fluxo sanguíneo de saída do ventrículo esquerdo em direção à aorta. 
 Pulmonar - Permite o fluxo sanguíneo de saída do ventrículo direito em direção à artéria pulmonar. 
 
Na diástole o coração está relaxado, abrem-se as cavidades cardíacas, entra o sangue nos átrios e depois nos 
ventrículos, mas não reflui o sangue para trás da artéria para o coração porque as valvas pulmonar e aórtica estão 
fechadas nesse momento. 
Na sístole o coração se contrai e o sangue deve ir dos ventrículos para as artérias, então as valvas pulmonar e 
aórtica estão abertas, O sangue não reflui para trás em direção aos átrios porque na sístole ventricular as valvas mitral e 
tricúspide se fecham. 
 
 
ANOMALIAS DO CORAÇÃO E DOS GRANDES VASOS 
Os defeitos congênitos do coração são comuns, com uma frequência de 6 a 8 casos em cada 1.000 
nascimentos. Causados por alterações genéticas, cromossômicas e teratógenos (ex: vírus da rubéola). A maioria dos 
defeitos cardíacos é bem tolerada durante a vida fetal. Ao nascimento, o impacto desses defeitos torna-se evidente. 
 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Dextrocardia: Se o tubo cardíaco se dobra para a esquerda 
em vez de se dobrar para a direita, o coração fica deslocado para 
a direita e há uma transposição, na qual o órgão e seus grandes 
vasos estarão invertidos da esquerda para a direita. Se não 
existem outras anomalias vasculares associadas, esses corações 
funcionam normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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 Ectopia do coração: Como o próprio nome sugere, o coração está em um local anormal, de forma parcial ou 
completamente exposta na superfície do tórax, podendo até mesmo fazer protrusão através do diafragma, para a 
região do abdome. Nesses casos, a morte precoce ocorre em questão de minutos ou horas após o parto, devido às 
infecções as quais o indivíduo está sujeito a paradas cardíacas ou a hipoxemia. A causa mais comum é a falta de 
desenvolvimento adequado do esterno e da cavidade pericárdica por fusão incompleta das pregas laterais, durante a 
formação da parede torácica na quarta semana de desenvolvimento. O procedimento cirúrgico consiste em cobrir o 
coração com a pele. 
 
 Defeitos do septo atrial e ventricular: são defeitos na formação dos orifícios nas paredes (septos) que 
separam o coração em um lado esquerdo e em um lado direito. Em ambos os tipos, o sangue que retorna ao coração 
oriundo dos pulmões não segue o circuito completo. Ele é enviado de volta aos pulmões ao invés de ser bombeado 
para o resto do organismo. Consequentemente, a quantidade de sangue nos vasos sanguíneos pulmonares aumenta, 
acarretando dificuldade respiratória, dificuldade para se alimentar, sudorese. O diagnóstico é feito através do 
eletrocardiografia, ultrassonografia, radiografia e cateterismo cardíaco. Os defeitos podem ser reparados 
cirurgicamente. 
 
 Defeitos do septo atrial: A forma mais comum do DSA é o forame oval patente. Um forame oval patente, em 
especial quando associado a outros defeitos, tais como, estenose ou atresia da pulmonar, provoca um desvio de 
sangue para o átrio esquerdo causando cianose. Outra manifestação clínica é a insuficiência ventricular direita. 
 
 Defeitos do septo ventricular: O defeito do septo ventricular membranoso é o mais comum. É frequente 
durante o primeiro ano, 30% a 50% dos DSV muito pequenos fecharem-se espontaneamente. A maioria dos 
pacientes com um grande DSV tem um desvio de sangue maciço da esquerdapara a direita. Grandes DSV com 
excessivo fluxo sanguíneo pulmonar e hipertensão pulmonar, resultam em dispneia e insuficiência cardíaca no início 
da infância. 
 
 Tetralogia de Fallot: A cianose é um dos sinais clássicos da tetralogia. Essa anomalia ocorre quando a divisão 
do tronco arterial é tão desigual que o tronco pulmonar não tem luz no nível da válvula pulmonar. Toda a saída do 
ventrículo direito é através da aorta. A corrente sanguínea pulmonar fica dependente, geralmente, de um ducto 
arterial patente. O reparo cirúrgico primário é o tratamento de escolha no início da infância. Consiste em quatro 
anomalias: 
 Estenose pulmonar (obstrução do fluxo do 
ventrículo direito) – dificuldade na passagem 
de sangue pobre em oxigênio para os 
pulmões. 
 Defeito do septo ventricular – ocorre quando 
existe um orifício entre os dois ventrículos. 
 Dextroposição da aorta - desalinhamento 
para a direita da aorta ao sair do coração 
 Hipertrofia do ventrículo direito – devido ao 
excessivo trabalho, o músculo aumenta de 
massa, principalmente de espessura. 
 
 Estenose e atresia aórtica: Neste caso, as bordas da válvula estão usualmente fusionadas, formando uma 
estreita abertura. Pode ser congênita ou pode se desenvolver após o nascimento. A estenose valvular causa um 
trabalho extra para o coração, o que resulta em hipertrofia do ventrículo esquerdo e sons cardíacos anormais (sopro 
cardíaco). O estreitamento da aorta resulta da persistência do tecido que normalmente degenera quando a válvula se 
forma. 
 
 Coartação da aorta: Ocorre em cerca de 10% das crianças com 
doença congênita do coração. Consiste em um estreitamento da artéria 
Aorta, quase sempre imediatamente após a formação do arco aórtico e 
da saída da artéria subclávia esquerda. A coartação da aorta reduz o 
fluxo sanguíneo para a metade inferior do corpo. Por essa razão, a 
pressão arterial e a intensidade dos pulsos é mais baixa que o normal 
nos membros inferiores e mais elevada nos membros superiores. É 
detectada durante exame físico em função de determinadas alterações 
do pulso e da pressão arterial. O diagnóstico é confirmado através de 
radiografias, da eletrocardiografia e da ultrassonografia 
(ecocardiografia). Geralmente a cirurgia é realizada no início da 
infância. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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CIRCULAÇÃO FETAL E NEONATAL 
As circulações sanguíneas são bastante diferentes no período fetal e no período neonatal. 
 
CIRCULAÇÃO FETAL 
A oxigenação ocorre na placenta. O pulmão não 
realiza a função de trocas. O sangue oxigenado e rico em 
nutrientes retorna da placenta pela veia umbilical. Ao se 
aproximar do fígado, cerca de metade do sangue sob alta 
pressão passa diretamente para o ducto venoso. A circulação 
do sangue através do DV é regulada por um esfíncter 
próximo à veia umbilical. Após um pequeno trajeto na VCI, o 
sangue entra no átrio direito do coração. Como a VCI contém 
sangue pobremente oxigenado vindo dos membros inferiores, 
do abdome e da pelve, o sangue que entra no átrio direito 
não é tão bem oxigenado quanto o que vem da veia 
umbilical. A maior parte do sangue da VCI é direcionada para 
o átrio esquerdo. Aí ele se mistura com uma pequena 
quantidade de sangue pobremente oxigenado que está 
retornando dos pulmões pelas veias pulmonares. Os pulmões 
fetais extraem oxigênio do sangue, o qual passa então do 
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e deixa o coração 
através da aorta ascendente. As artérias para o coração, 
cabeça, pescoço e membros superiores recebem sangue 
bem oxigenado. O fígado também recebe da veia umbilical. A 
pequena quantidade de sangue bem oxigenado da VCI que 
sobra no átrio direito se mistura ao sangue pouco oxigenado 
da VCS e passa para o ventrículo direito. Esse sangue deixa 
o coração através do tronco pulmonar. Cerca de 10% desse 
sangue vai aos pulmões, mas a maior parte dele passa 
através do ducto arterial para a aorta descendentes e vai 
para o corpo fetal, retornando para a placenta através das 
artérias umbilicais. 
Somente um pequeno volume de sangue da aorta ascendente entra na aorta descendente. Aproximadamente 
65% do sangue na aorta descendente passam para as artérias umbilicais e retornam para a placenta para reoxigenação. 
Os 35% restantes suprem as vísceras e a parte inferior do corpo. 
 
CIRCULAÇÃO NEONATAL 
Ao nascimento ocorrem importantes ajustes 
circulatórios, quando cessa a circulação do sangue fetal 
através da placenta e os pulmões se expandem e começam 
a funcionar. Dentre as mudanças está o fechamento do 
ducto nervoso, do forame oval e do ducto arterioso. Em 
virtude do aumento da circulação sanguínea, a pressão no 
átrio esquerdo torna-se mais alta do que no átrio direito. 
Todo o sangue do ventrículo direito flui agora para as 
artérias pulmonares. O DA se contrai ao nascimento, mas 
em um bebê a termo há um pequeno desvio de sangue, via 
DA, da aorta para o tronco pulmonar por 24 a 48 horas. As 
artérias umbilicais contraem-se ao nascimento impedindo a 
perda de sangue do bebê. 
O fluxo sanguíneo continua através da veia 
umbilical, transferindo o sangue fetal da placenta para o 
bebê. O fechamento dos vasos fetais é inicialmente uma 
alteração funcional. Mais tarde, o fechamento anatômico 
resulta da proliferação de tecidos epitelial e fibroso. 
 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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HISTOLOGIA: APARELHO CIRCULATÓRIO 
 
O sistema circulatório é constituído por dois componentes distintos: o sistema sanguíneo ou cardiovascular 
(cuja função é transportar sangue em ambas as direções entre o coração e os tecidos) e sistema linfático (que tem 
como função colher a linfa, o excesso de fluido extracelular dos tecidos e leva-lo de volta para o sistema cardiovascular). 
 O primeiro, constituído por túbulos que carregam sangue bombeado pelo coração, é um sistema fechado. Já o 
segundo se inicia em capilares muito pequenos, absorvendo líquidos e excretas que saem da corrente sanguínea e não 
conseguem voltar pela mesma, voltando por meio dos vasos linfáticos. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 É um sistema fechado por onde percorre o sangue responsável por nutrir e retirar os metabolismos do corpo. 
Esse sistema é dotado de uma bomba muscular que renova a energia mecânica do sangue constantemente, o coração, 
responsável por enviar sangue para dois circuitos distintos: o circuito pulmonar (que leva o sangue de e para os 
pulmões) e o circuito sistêmico (que distribui o sangue de e para todos os órgãos e tecido do corpo). Devido a ação 
desta bomba, os vasos vão se tornar mais espessos e resistentes, diferentemente dos vasos linfáticos. 
 
OBS: A pequena circulação é a pulmonar, aquela que leva sangue venoso do ventrículo direito para realizar a hematose 
trazendo sangue arterial para o átrio esquerdo. A grande circulação é a sistêmica, que leva sangue arterial para nutrir 
todos os tecidos do corpo (inclusive o pulmonar) saindo do ventrículo esquerdo, retornando ao átrio direito com sangue 
venoso. 
 
 
Os circuitos circulatórios são constituídos por: 
 Artérias: uma serie de vasos que retiram sangue do 
coração, ramificam-se em vasos de diâmetro cada vez menor, e 
suprem de sangue todas as regiões do corpo. 
 Capilares: formam leitos capilares, uma rede de vasos de 
paredes delgadas através dos quais gases, nutrientes, resíduos 
metabólicos, hormônios e substâncias sinalizadoras que são 
trocadas entre o sangue e os tecidos do corpo. 
 Veias: vasos que drenam os leitos capilares e formam 
vasos cada vez maiores trazendo o sangue de volta ao coração. 
 
 
ESTRUTURA DOS VASOS SANGUÍNEOS 
 A maioria dos vasos sanguíneos tem várias características estruturalmente semelhantes, apesar de existirem 
diferenças peculiares, e estas constituem as bases para a classificaçãodos vasos em grupos distintos. De um modo 
geral, as artérias têm paredes mais espessas e um diâmetro menor do que suas contrapartes venosas. 
 Suas camadas se dão, de uma forma geral, da seguinte maneira: 
 Túnica Íntima: reveste a luz dos vasos. É formada pelo endotélio (TER simples pavimentoso) e camada 
subendotelial (TCPD frouxo ou TCPD denso não modelado). Tem a função de facilitar a fluidez adequada do 
sangue através dos vasos. 
 Lâmina Elástica Interna: separa a túnica íntima da túnica média e é bastante desenvolvida nas artérias 
musculares. 
 Túnica Média: formada por uma camada de células musculares lisas concêntricas, fibras elásticas e reticulares, 
proteoglicanos e glicoproteínas. É mais espessa em artérias e está ausente nos capilares e vênulas pós-
capilares, apresentando pericitos (células com prolongamentos citoplasmáticos com funções de contratilidade). 
Possui a função de contração e facilitação da passagem do sangue através dos vasos sendo responsável pela 
resistência dos vasos sanguíneos. 
 Lâmina Elástica Externa: separa a túnica média da túnica adventícia. 
 Túnica Adventícia: formada por TCPD frouxo com fibras elásticas, nervos simpáticos pós-ganglionares 
amielínicos, vasa vasorum (pequenos vasos que penetram a camada adventícia para irrigar as túnicas média e 
adventícia). Tem a função de proteção doa vasos. 
 
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL - CARDIOVASCULAR 2016 
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 Arteriosclerose: pouca produção de fibras elásticas na parede dos vasos devido às células envelhecidas, 
tornando-as mais enrijecidas. 
 Aterosclerose: depósito de gordura (ateromas) junto a parede dos vasos, podendo evoluir para AVCs. 
 
 
ARTÉRIAS 
 São vasos sanguíneos que recebem sangue do coração. Estão classificadas em três tipos: elásticas 
(condutoras), musculares (distribuidoras) e arteríolas, de acordo com seu tamanho relativo em referência as suas túnicas 
médias. 
• Artérias Elásticas (condutoras): são artérias mais calibrosas, com maior pressão, apresentando grande 
quantidade de fibras elásticas intercaladas às fibras musculares na túnica média. Suas células endoteliais 
contêm corpúsculos de Weibel-Palade (importante para coagulação). As lâminas elásticas são pouco 
desenvolvidas. São exemplos: aorta, tronco pulmonar, artérias ilíacas. 
• Artérias Musculares (distribuidoras): dão continuidade às artérias elásticas com pressão interna menor. A 
túnica média é um pouco menor comparada com a artéria elástica. As lâminas elásticas são bem desenvolvidas. 
Estão representadas, por exemplo, por artérias que partem da aorta. 
• Arteríolas (vasoconstricção e vasodilatação): são mais finas, caracterizada pela vasoconstricção e 
vasodilatação. Possui a túnica média bem fina. 
• Metarteríolas: são arteríolas terminais que impedem a passagem de sangue para os capilares, o levando 
diretamente para as vênulas, caso o corpo necessite de sangue em pouco tempo. As células musculares não 
são contínuas, circulando o endotélio do capilar. As lâminas elásticas são totalmente desenvolvidas. 
 
ESTRUTURAS SENSORIAIS ESPECIALIZADAS DAS ARTÉRIAS 
 Receptores localizados nas artérias que indicam as necessidades fisiológicas do sangue, regulando pressão, 
equilíbrio hidroeletrolítico, etc. São formados por células sensoriais classificadas como neuroepitélio. 
• Seios Carótidos: são barorreceptores que detectam variações de pressão. 
• Corpos Carótidos e Corpos Aórticos: quimiorreceptores que detectam gradientes de O2 e CO2, mandando 
estímulos para o sistema nervoso que controla a respiração. 
 
 
CAPILARES 
 
 Vasos mais numerosos formados a partir das extremidades terminais das arteríolas. Possuem apenas endotélio na 
túnica íntima e ainda lâmina basal. Essas células endoteliais estão unidas por zonas de oclusão. Apresentam pericitos 
estimulando a contração. Apresentam funções de favorecer as trocas metabólicas do sangue com os tecidos e são 
importantes na fisiopatologia dos processos inflamatórios. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CAPILARES 
• Contínuos ou Somáticos: são destituídos de poros. Irrigam nervos 
periféricos, músculo esquelético, pulmão, timo. O transporte de 
substâncias é mediado por carregadores. 
• Fenestrados ou Visceral: apresentam numerosos poros (presença 
diafragma que controla a troca de materiais). Irrigam glândulas endócrinas, 
pâncreas, intestino, rins. 
• Sinusoides ou descontínuos: são tortuosos com luz ampla, 
apresentando grandes fenestras e espaços intercelulares. Irrigam fígado, 
baço, linfonodo, medula óssea, córtex renal. 
 
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OBS: Anastomoses arteriovenosas: são regiões em que acontece uma ligação direta da arteríola sem que seja 
necessária uma interligação por capilares. Nesses casos, a camada muscular das arteríolas torna-se mais espessas. 
 
 
 
VEIAS 
 São vasos que levam sangue de volta para o coração. Como não somente as veias são muito mais numerosas 
do que as artérias, mas em geral, o diâmetro de sua luz também é bem maior (quase 70% do volume total de sangue 
fica nestes vasos). 
 Por não terem altas pressões como ocorre nas artérias, existe um sistema de válvulas nesses vasos que ajudam 
no movimento de repouso venoso. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS VEIAS 
 As veias não possuem as túnicas elásticas, como as existentes nas artérias. A sua camada muscular também 
não é tão desenvolvida. Sua principal característica é a túnica adventícia bem evidente. 
• Veias de Grande Calibre: a sua túnica íntima assemelha-se às das veias médias (endotélio com lâmina basal e 
fibras reticulares), exceto o fato que as grandes veias têm uma camada espessa subendotelial do tecido 
conjuntivo contendo fibroblastos e uma rede de fibras elásticas. A adventícia dessas veias apresenta fibras 
elásticas, abundantes fibras de colágeno e vasa vasorum. 
• Veias de Médio Calibre: sua túnica intima apresenta endotélio com lâmina basal e fibras reticulares. Por vezes, 
uma rede elástica circunda o endotélio, mas não formam lâminas como nas artérias. A adventícia é espessa, 
apresentando fibras elásticas e feixes de colágeno. 
• Veias de Pequeno Calibre: apresenta o endotélio fino, com túnica adventícia bem desenvolvida e rica em 
colágeno. 
• Vênula: as paredes destas são semelhantes às dos capilares, com endotélio delgado envolvido por fibras 
reticulares e pericitos. A túnica média é ausente nas vênulas pós-capilares e presentes nas vênulas musculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Defeitos de Válvulas: crianças que tiveram febre reumática podem, mais tarde, apresentar a doença da valva 
cardíaca em consequência de cicatrizes das valvas causadas pelo episódio. Nesses casos, acontece uma 
incompetência das valvas (principalmente a mitral e a valva aórtica), dificultando seu fechamento ou abertura. 
 Aneurisma: alterações que podem ocorrer em qualquer vaso do sistema cardiovascular, em que a luz do vaso 
aumenta. 
 Veias varicosas: veias dilatadas de forma anormal devido à perda de tônus muscular, da degeneração da 
parede dos vasos e da incompetência das valvas. 
 
 
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CORAÇÃO 
 Bomba muscular formada por quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos), constituídas basicamente por 
tecido epitelial, muscular, conjuntivo e um tecido epitelial externo. Essa configuração se continua, concomitantemente, 
por todo decorrer dos vasos. 
 
ESQUELETO DO CORAÇÃO 
 O esqueleto do coração é rico em fibras colágenas, sendo responsável por fornecer sustentação ao órgão, que 
possui uma grande atividade motora. É constituído por tecido conjuntivo denso, possuindo três componentes principais: 
• Anéis Fibrosos: formados em torno da base da aorta, da artéria pulmonar e dos óstios atrioventriculares. 
• Trígono Fibroso: formadoprimariamente na vizinhança da área da cúspide da valva aórtica, na região do septo 
cardíaco. 
• Septo Membranoso: constitui a porção superior e membranácea do septo interventricular. 
 
CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO 
 As três camadas que constituem a parede do coração são endocárdio (reveste internamente os átrios e 
ventrículos), miocárdio (camada muscular espessa) e epicárdio (pericárdio visceral), homólogos às túnicas íntima, 
média e adventícia, respectivamente dos vasos sanguíneos. 
 
ENDOCÁRDIO 
 O endocárdio, um epitélio pavimentoso simples, e o tecido conjuntivo subendotelial subjacente revestem a luz do 
coração. Seus aspectos principais são: 
 É formado por T.E.R. Simples Pavimentoso, tendo como função manter a luz do órgão sem ondulações e 
irregularidades. 
 Mais profundamente, existe a camada conjuntiva subjacente, a camada subendocárdica, composta por fibras 
colágenas, com presença marcante de fibroblastos e macrófagos. É nessa camada em que se encontram as 
fibras de Purkinje (células musculares estriadas cardíacas diferenciadas) do sistema de condução elétrica do 
coração, disseminando o impulso de contração do coração. 
 
MIOCÁRDIO 
 Representa a espessa camada média do coração, composta por células de 
músculos cardíaco dispostas em espirais complexas em torno dos orifícios das 
câmaras. 
 Camada mais espessa do coração. 
 Presença de fibroblastos e tecido fibroso. 
 Fibras musculares estriadas uninucleadas ou binucleadas com presença de 
discos intercalares (unem, rigidamente, uma fibra a outra). 
 
EPICÁRDIO 
 O epicárdio, homólogo da adventícia dos vasos, coincide com o pericárdio visceral que recobre o coração, 
aderindo-se, intimamente, a ele. 
 Constituída de T.E.R. Pavimentoso simples denominado mesotélio. 
 Camada mais externa do coração. 
 Local onde há maior depósito de tecido adiposo. 
 Presença de fibras colágenas. 
 
OBS: Propagação do impulso nervoso no coração: 
SNA  Nó sinusal ou sinoatrial (marca passo natural do coração, coordenado pelo sistema nervoso autônomo 
simpático – através da adrenalina é estimulado – e parassimpático – através da acetilcolina é retardado).  Nó átrio 
ventricular (localizado na região do septo)  Fibras de Purkinje (subendocárdio). 
 
NÓ SINUSAL / SINOATRIAL / NODO AS 
 É considerado o marca passo natural do coração, de onde nascem os estímulos, localizado na junção da veia 
cava superior com o átrio direito. Estas células musculares podem despolarizar-se espontaneamente 70 vezes por 
minuto, criando um impulso que se espalha pelas paredes da câmara atrial, através de vias internodais, até o nó 
atrioventricular. 
 O ritmo é modulado pelo SNA: 
 Simpático: através de descargas de adrenalina, estimula o bombeamento sanguíneo, aumentando, dessa 
maneira a pressão. 
 Parassimpático: através da acetilcolina, retarda o bombeamento sanguíneo, diminuindo a pressão arterial. 
 
 
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NÓ ATRIOVENTRICULAR / NODO AV 
 Localizado na parede do septo, logo acima da valva tricúspide. É responsável pela propagação do impulso dos 
átrios para os ventrículos, ocasionando um retardo desse impulso, fazendo com que a contração ventricular n seja igual 
com a contração atrial. 
 
FIBRAS DE PURKINJE 
 Grandes células cardíacas modificadas localizadas na camada subendocárdica formam as fibras de Purkinje, 
que transmitem os impulsos para as células musculares cardíacas localizadas no ápice do coração, onde tem inicio a 
contração do miocárdio ventricular. 
 
 
 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 Inicia-se em pequenos capilares linfáticos formados por células epiteliais 
em fundos de saco. Esses capilares desaguam seu conteúdo em vasos linfáticos, 
que desembocam em ductos linfáticos (ducto torácico – restante do corpo - e o 
ducto linfático direito – linfa do quadrante superior direito). 
 Os linfonodos estão interpostos ao longo do trajeto dos vasos linfáticos e a 
linfa precisa passar por eles para ser filtrada e limpa de materiais em partículas. 
Linfócitos são adicionados à linfa e ela sai desses linfonodos por meio dos vasos 
linfáticos eferentes. 
 Os vasos linfáticos podem ser classificados como: 
• Capilares Linfáticos: vasos de parede delgada constituídas por uma única 
camada de células endoteliais e uma lâmina própria incompleta. 
• Vasos Linfáticos Pequenos e Médios: possuem valvas com espaçamento 
próximo. 
• Vasos Linfáticos Grandes: assemelham-se estruturalmente às pequenas 
veias, exceto por sua luz ser maior e sua parede ser mais fina. Possuem 
uma delgada camada de fibras elásticas abaixo do endotélio e uma fina 
camada de células musculares lisas. 
 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
O “ataque cardíaco” é a morte do músculo cardíaco por isquemia. É a forma mais importante de cardiopatia 
isquêmica (por obstrução de vasos sanguíneos do próprio coração, causando falta de oxigenação às células do 
miocárdio), sendo ela a principal causa de morte nos EUA e países industrializados. 
 EUA: 1,5 milhão de pessoas sofrem IAM. Anualmente 1/3 morre. 
 Brasil: primeira causa de morte (33%): de cada 10 vítimas, 06 são do sexo masculino. 
 
OBS
12
: A incidência em homens é maior pois mulheres possuem uma certa proteção dos estrógenos. 
 
FATORES DE RISCO 
 Histórico familiar de doença coronariana 
 Idade (a partir dos 60 anos) 
 Presença de fatores que predispõem a aterosclerose: Hipertensão; Tabagismo; Diabetes; Hipercolesterolemia. 
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 Obesidade 
 Estresse 
 Sedentarismo 
 
TIPOS DE INFARTO 
1. Transmural 
 Toda ou quase toda a espessura da parede 
ventricular 
 Área irrigada por uma única artéria coronária 
 Associado a aterosclerose coronariana 
 Alteração da placa 
 Estenose / Trombose 
 
2. Subendocárdico 
 Limitada ao terço interior ou no máximo a metade da 
parede ventricular, podendo se estender lateralmente 
 Pode ir além da área de uma única artéria coronária 
 Formação da placa 
 Formação de trombo que lisa antes que a necrose se 
estenda 
 Redução da PA 
 
BASES DA ISQUEMIA 
• Aterosclerose coronariana 
• Alteração da morfologia de uma placa ateromatosa 
• Exposição ao colágeno subendocárdico 
• Ativação plaquetária (adesão, agregação, ativação e liberação de 
agentes agregadores) 
• Trombose 
• Vasoespasmo 
• Perda do suprimento sanguíneo  consequências bioquímicas, 
morfológicas e funcionais. 
 
RESPOSTA DO MIOCÁRDIO 
• Morte celular 
• Cessação da glicólise aeróbica  em segundos 
• Perda de contratilidade  dentro de 60 segundos após isquemia 
• Relaxamento miofibrilar 
• Depleção de glicogênio 
• Tumefação mitocondrial e celular 
• Apenas isquemia intensa (20 a 40 minutos) leva a danos irreversíveis (necrose). 
• Reconstituição do tecido por tecido fibroso (fibroblastos), inclusive com angiogênese. 
 
ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS 
• 0 – ½ h  sem alteração. 
• ½ - 4 h  geralmente sem alteração. Ondulação variável das fibras na borda. 
• 4 – 12 h  início da necrose por coagulação; edema; hemorragia. 
• 12 - 24 h  continuação da necrose por coagulação 
  picnose dos núcleos 
  miócitos com hipereosinofilia 
  necrose marginal com faixas de contração 
  início do infiltrado neutrofílico 
• 1 - 3 dias  necrose por coagulação 
  perda dos núcleos e das estriações 
  infiltrado intersticial de neutrófilos 
• 3 – 7 dias  início da desintegração das miofibrilas mortas 
  morte de neutrófilos 
  fase inicial da fagocitose das células mortas pelos macrófagos na borda da área infartada. 
• 7 – 10 dias  fase avançada da fagocitose das células mortas 
  fase inicial da formação do tecido de granulação fibrovascular nas margens. 
• 10 - 14 dias  tecido de granulação novos vasos sanguíneos 
  deposição de colágeno 
• 2 – 8 semanas  aumento da deposição de colágeno 
  diminuição da celularidade. 
• > 2 meses  cicatriz colagenosa densa. 
 
 
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ANATOMIA SISTÊMICA: SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
O sistema circulatório é constituído por um conjunto fechado de tubos, no interior dos quais circulam livremente 
humores. Os Vasos Sanguíneos e Linfáticos representam o sistema de tubos, enquanto que aos humores 
correspondem o sangue e a linfa. A circulação do sangue é garantida pela existência de um órgão central, o coração, 
que através de sua contração rítmica impulsiona-o através da rede vascular. 
 
IMPORTÂNCIA FUNCIONAL 
A função primordial do sistema circulatório é levar oxigênio e nutrientes a todos os tecidos do Corpo Humano. 
Entretanto, também acumula outra importante tarefa, remover os resíduos originados pelo metabolismo celular, dos 
locais onde foram produzidos, conduzindo-os até os órgãos destinados a sua eliminação do nosso organismo. 
As trocas entre o sangue e os tecidos são realizadas por processo de permeabilidade seletiva em nível dos 
capilares, vasos de reduzido calibre, paredes muito finas e porosas, especialmente adaptados para esse fim. 
A parte fluída do sangue, o plasma, atravessa as paredes dos capilares, em direção aos espaços intercelulares. 
Quando o plasma alcança os espaços intercelulares passa a ser denominado de linfa, circulando entre as células, 
distribuindo os nutrientes e recolhendo as excretas do metabolismo celular. 
Depois de realizar as trocas com o tecido, a Linfa é recolhida pelos capilares e Vasos Sanguíneos, ou pelos 
linfáticos, retornando a circulação sanguínea junto com os resíduos produzidos pelas células durante seu metabolismo. 
 
DIVISÃO ANATÔMICA 
 
Sistema sanguíneo Sistema linfático Órgãos hematopoiéticos 
 Coração 
 Vasos Sanguíneos 
 Artérias 
 Veias 
 Capilares 
 
 Vasos Condutores da Linfa 
 Vasos Linfáticos 
 Capilares Linfáticos 
 Troncos Linfáticos 
 Órgãos Linfoides: Linfonodos, 
Tonsilas 
 
 Medula Óssea 
 Órgãos Linfoides: Timo e Baço 
 
 
CORAÇÃO 
É um órgão muscular oco, subdividido internamente por seu esqueleto fibroso, em 04 câmaras, duas superiores 
(Átrios) e outras duas inferiores (Ventrículos). Funciona como uma bomba aspirante e premente. 
 Aspirante, porque suga o sangue de 06 Veias encontradas em 
sua base (Veia Cava Superior, Veia Cava Inferior, e Veias 
Pulmonares) para o interior das câmaras superiores, durante o 
relaxamento do Músculo Cardíaco (Diástole). 
 Premente, porque empurra o sangue das câmaras inferiores 
(Ventrículos) para o interior de Artérias (Aorta e o Tronco 
Pulmonar), associadas às referidas câmaras, durante a 
contração do Músculo Cardíaco (Sístole), e assim impulsiona o 
fluído ao longo da Circulação Sistêmica (Coração-Corpo-
Coração), ou da Circulação Pulmonar (Coração-Pulmão-
Coração). 
 
Está localizado no interior da cavidade torácica, num espaço entre os dois pulmões denominado mediastino. 
Apresenta disposição oblíqua de seu longo eixo, com 2/3 do seu volume à esquerda do plano mediano, e o 1/3 restante 
situado à direita do referido plano. Encontra-se por cima do m. diafragma, por diante do esôfago, da porção torácica da 
a. aorta e da coluna vertebral, por trás das cartilagens costais e do osso esterno. 
A manutenção da posição do coração no Tórax é garantida através dos seguintes meios de fixação: 
• Continuidade com os Vasos da base: 
 Artéria Aorta 
 V. Cava Superior 
 V. Cava Inferior 
 Tronco Pulmonar 
 Vv. Pulmonares 
 
• Saco fibro-seroso que envolve e fixa o coração: Pericárdio 
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Relação Coração x Área Cardíaca 
A área cardíaca corresponde à área de projeção do coração sobre a parede anterior do 
tórax. 
 Situa-se entre dois planos, um superior localizado em nível do 2º espaço 
intercostal e um inferior no 5º espaço intercostal. 
 No 2º espaço intercostal devemos estabelecer dois pontos: um ponto “A” 
situado a 2cm da margem esquerda do osso esterno e um ponto “B” localizado 
a 2cm do margem direita do mesmo osso. 
 No plano inferior também devemos estabelecer duas referências: um ponto “C” 
justamente sobre a margem direita do osso esterno e o ponto “D” localizado 
aproximadamente a 6 cm do referido osso. 
 Após estabelecermos os pontos, iremos ligá-los através de linhas ligeiramente 
abauladas de convexidade voltada para fora, resultando na delimitação da área 
cardíaca. 
 
 
 
O principal constituinte das paredes do coração é o miocárdio, sendo o mesmo revestido por duas outras 
túnicas: uma interna o endocárdio e a outra externa o epicárdio. 
 O miocárdio é composto pelo tecido muscular estriado cardíaco, que apesar de apresentar estriações 
transversais semelhante aos Mm. esqueléticos, seu funcionamento independe da nossa vontade. 
 O endocárdio corresponde à túnica íntima do coração, é composta de células endoteliais escamosas e contínua 
com o revestimento endotelial dos vasos. 
 
OBS: O pericárdio é uma bolsa fechada, formada por uma membrana fibroserosa que recebe o coração e vasos da 
base. Encontra-se no mediastino médio, está fixado anteriormente a parede do esterno pelos ligamentos esterno 
pericárdico; unido posteriormente por tecido conjuntivo frouxo as estruturas do mediastino posterior e inferiormente com 
o diafragma através do ligamento do pericárdio frênico. Esse saco fechado é formado por duas camadas: A camada 
mais externa, pericárdio fibroso, e uma camada interna chamada de pericárdio seroso. O pericárdio seroso é uma 
membrana fina e brilhosa que recebe o nome de lâmina parietal do pericárdio seroso. Essa lâmina se reflete ao coração 
e nos grandes vasos, passando a ser chamada de Lâmina visceral do pericárdio seroso. Entre essas duas lâminas 
existe uma cavidade (espaço virtual) que contém uma fina película de líquido, que permite ao coração se movimentar 
sem atrito. 
 
CONFIGURAÇÃO EXTERNA DO CORAÇÂO 
Externamente, o coração apresenta para estudo: 03 faces; 01 margem; Ápice; Base. 
 
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 Margem direita 
 Ápice 
 Base 
 Faces: Esternocostal; Diafragmática; Pulmonar. 
 
o Face esternocostal: na Posição Anatômica 
de Estudo, está voltada para o osso 
Esterno e para as cartilagens costais. 
 Aurícula Direita 
 Aurícula Esquerda 
 Artéria Aorta 
 Tronco Pulmonar 
 Sulco Coronário 
 Ventrículo Direito 
 Sulco Interventricular Anterior 
 Ventrículo Esquerdo 
 
o Face diafragmática: em Posição 
Anatômica de Estudo, está voltada para 
baixo, apoiada sobre o M. Diafragma. 
 Átrio Direito 
 V. Cava Superior 
 V. Cava Inferior 
 Átrio Esquerdo 
 Vv. Pulmonares 
 Sulco Coronário 
 Ventrículo Direito 
 Sulco Interventricular Posterior 
 Ventrículo Esquerdo 
 
o Face pulmonar: face do órgão que em 
Posição Anatômica está ajustada na 
impressão Cardíaca do Pulmão Esquerdo. 
 Aurícula Esquerda 
 Sulco Coronário 
 Ventrículo Esquerdo 
 
 
 
CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO 
Internamente o coração é subdividido em 04 
câmaras, através de septos de natureza fibrosa, que 
fazem parte do esqueleto fibroso do coração. 
 Câmaras: 
 Átrio Direito 
 Ventrículo Direito 
 Átrio Esquerdo 
 Ventrículo Esquerdo 
 Septos e óstios: 
 Inter-Atrial 
 Atrioventricular 
 Inter-Ventricular 
 Óstios Atrioventriculares (direito e 
esquerdo) 
 
ÁTRIO DIREITO 
 Câmara cuboide e alongada, encontra-se 
dividido em duas partes, uma lisa que corresponde à 
direção das veias cavas, o seio da veia cava, e uma 
expansão desta, que corresponde a aurícula direita. 
 Paraestudo anatômico, apresenta seis 
paredes: 
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 Parede anterior: Óstio Atrioventricular Direito 
 Parede posterior: Crista Terminal 
 Parede superior: Óstio da V. Cava Superior 
 Parede inferior: Óstio da V. Cava Inferior 
 Parede lateral: Mm. Pectinados 
 Parede medial: Fossa Oval e Limbo 
 
 CIA = Comunicação Interarterial. Complicação neonatal em que ocorre persistência do forame oval, causando 
mistura do sangue arterial com o venoso no recém-nascido. Complicações: Insuficiência Cardíaca; arritmias; 
Hipertensão Pulmonar. 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
 Câmara cuboide alargada, encontra-se dividido em duas partes, uma lisa que corresponde a desembocadura 
das 04 Vv. Pulmonares, e sua expansão que corresponde a aurícula direita. 
 Apresenta, para estudo anatômico, cinco paredes: 
 Parede anterior: Óstio Atrioventricular Esquerdo 
 Parede posterior: Óstios das Vv. Pulmonares 
 Parede lateral: Mm. Pectinados 
 Parede medial: Impressão produzida pela Fossa Oval 
 
 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
Suas paredes apresentam-se menos espessas que a do esquerdo (1/3 da espessura). Sua capacidade é de 85 
ml. A cavidade do ventrículo direito, apresenta a forma de um triângulo de base superior. 
A base deste triângulo está voltada para cima, e nela iremos encontrar dois orifícios: Óstio atrioventricular direito, 
permite a comunicação com o átrio direito. Este óstio está provido de um conjunto de três válvulas (anterior, posterior, 
septal), que vão constituir a valva Atrioventricular Direita. 
As válvulas representam dispositivos orientadores da corrente sanguínea que impedem o refluxo do sangue do 
Ventrículo para Átrio. Para exercer esta função, as válvulas associam-se aos músculos papilares (2) através de finos 
filamentos, as cordas tendíneas (3). 
Medialmente ao Óstio Atrioventricular encontramos o Óstio do Tronco Pulmonar, guarnecido pela Valva do 
Tronco Pulmonar. 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
Ocupa uma pequena porção da face esternocostal, entretanto representa a metade da face diafragmática. Este 
ventrículo é maior e apresenta paredes mais espessas quando comparado ao direito. A forma do ventrículo esquerdo se 
assemelha a do direito. 
Na base do triângulo, assim como no direito, nós iremos observar a existência de dois orifícios: Óstio 
Atrioventricular esquerdo, guarnecido da Valva Atrioventricular Esquerda. 
A Valva Atrioventricular esquerda é constituída por 02 válvulas, e apresenta as mesmas relações que a direita, como 
também função semelhante. 
Medialmente ao Óstio Atrioventricular Esquerdo encontramos o Óstio da A. Aorta, guarnecido pela Valva da 
Aorta. 
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Valvas cardíacas 
Sístole ventricular Diástole ventricular 
 
Valvas átrio-ventriculares – Fechadas 
Valvas da A. Aorta e Tronco Pulmonar – Abertas 
 
Valvas átrio-ventriculares – Abertas 
Valvas da A. Aorta e Tronco Pulmonar – Fechadas 
 
 
SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO 
 Nó Sinoatrial – Marca Passo do Coração: 
desencadeia Impulsos nervosos responsáveis 
pela Frequência dos batimentos Cardíacos. 
 Os estímulos do Nó Sinoatrial se espalham 
pelos Átrios, e alcançam uma formação 
localizada no terço inferior do Septo 
Interatrial: o Nó Atrioventricular 
 Do Nó Atrioventricular o estímulo atravessa o 
Septo Atrioventricular através do Fascículo 
Atrioventricular. 
 O Fascículo Atrioventricular alcança o Septo 
Interventricular pelo Lado Esquerdo, e logo 
subdivide-se em Ramos Direito e Esquerdo. 
 O Ramo Direito perfura o Septo 
Interventricular da Esquerda para a Direita, e 
já no Ventrículo Direito se distribui pelo 
miocárdio. 
 O Ramo Esquerdo se distribui pelo miocárdio 
do Ventrículo Esquerdo. 
 
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VASOS DA CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA 
 
CIRCULAÇÃO PULMONAR 
Tem a função de conduzir o sangue, pobre em oxigênio, do Ventrículo Direito até os pulmões, onde se verificam 
as trocas gasosas entre o sangue e o ar atmosférico, denominada de Hematose. 
 
 
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
Tem a função de conduzir o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, para as células, onde através de difusão, os 
nutrientes irão atravessar dos capilares para o espaço intercelular. 
 
 
 
RAMOS DA ARTÉRIA AORTA: PARTE ASCENDENTE 
 A aorta ascendente dá origem as artérias coronárias, cujo território de irrigação se faz no músculo miocárdico. 
Elas se enchem no momento da diástole ventricular. 
 
 
RAMOS DO ARCO DA AORTA 
 Do arco aórtico, originam-se três ramos colaterais que, da direita para a esquerda, são: tronco bráquio-cefálico 
(que origina a carótida direita e a subclávia direita), artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. 
 
 
RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM 
 
 
RAMOS DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA 
 
 
 
 
 
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RAMOS DA ARTÉRIA AORTA DESCENDENTE PORÇÃO TORÁCICA 
 
 
RAMOS TERMINAIS DA ARTÉRIA AORTA ABDOMINAL 
 A artéria aorta abdominal se encerra por volta do corpo de L4, dividindo-se, logo em seguida, nas artérias ilíacas, 
direta e esquerda. 
 
 
RAMOS DA ARTÉRIA ILÍACA COMUM 
 
 
RAMOS DA ARTÉRIA FEMORAL 
 
 
 
VEAIS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
Veia cava superior Cabeça; Pescoço; Membro Superior; Paredes do Tórax; Parede Posterior do Abdome 
Seio coronário Coração 
Veia cava inferior Membros Inferiores; vísceras e paredes pélvicas; vísceras do abdome; e paredes anterior, 
superior e inferior do Abdome. 
 
 
 
 
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TRIBUTÁRIAS DA VEIA CAVA SUPERIOR 
 
 
 
 
VEIAS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
 
 As veias intermédias do cotovelo e do antebraço são calibrosas e superficiais, sendo frequentemente utilizadas 
para injeções endovenosas; em punções para coleta de sangue; transfusões de sangue e plasma; e também 
para Cateterismo. 
 
TRIBUTÁRIAS DA VEIA CAVA INFERIOR 
 
 
TRIBUTÁRIAS DA VEIA FEMORAL 
 
 
SISTEMA PORTA 
 A veia porta hepática (às vezes chamada simplesmente de veia porta) é uma veia porta no corpo humano 
que drena sangue do sistema digestivo e de suas glândulas associadas. É formada pela união da veia esplênica 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_digestivo
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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com a veia mesentérica superior e se divide em ramos direito e esquerdo antes de entrar no fígado (note que é um 
raro caso em que uma veia se divide, ao invés de confluir). É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena 
sangue para o fígado, e não do fígado. O sangue que entra no fígado vindo da veia porta deve ser filtrado, para depois 
alcançar a veia cava inferior através das veias hepáticas. 
 
As tributárias da veia porta hepática incluem: veia gástrica esquerda e veia gástrica direita, veia esplênica (onde 
desemboca a veia mesentérica inferior). 
 
 
ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO 
 
CORAÇÃO 
 Faces: diafragmática , esternocostal, pulmonar 
 Base 
 Ápice do coração 
 Pericárdio seroso: 
 Lâmina parietal 
 Lâmina visceral 
 Face esternocostal: 
 Auricula do átrio direita 
 Auricula do átrio esquerdo 
 Sulco coronário 
 Ventrículo direito 
 Sulco interventricular posterior 
 Ventrículo esquerdo 
 Ramo interventricular anterior da a. coronária esquerda 
 Face diafragmática: 
o Átrio direito 
 Veia cava superior 
 Veia cava inferior 
o Átrio esquerdo 
 veias pulmonares direita 
 Veias pulmonares esquerda 
o Ramo interventricular posterior da A. Coronária direita 
o Ventrículo direito 
o Sulco interventricular anterior 
o Ventrículo esquerdoArlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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 Configuração interna dos átrios: 
 Septo interatrial (parede medial) 
 Fossa oval 
 M. Pectíneos 
 Configuração interna do ventrículo direito 
 Valva atrioventricular direito 
 Válvula anterior 
 Válvula posterior 
 Válvula septal 
 Cordas tendíneas 
 Mm. papilares 
 Valva do tronco pulmonar 
 Configuração interna do ventrículo esquerdo: 
 Valva átrio-ventricular esquerdo 
 Válvula anterior 
 Válvula posterior 
 Cordas tendíneas 
 Mm. Papilares 
 Valva da a. Aorta 
 Trabéculas cárneas 
 
PRINCIPAIS ARTÉRIAS DO CORPO HUMANO 
 Tronco pulmonar 
 Artéria pulmonar esquerda 
 Artéria pulmonar direita 
 
 Parte ascendente da aorta 
 Coronária direita 
 Coronária esquerda 
 
 Arco aórtico 
 Tronco braquiocefálico: cárotida 
comum direita e subclávia direita 
 A. Cárotida comum esquerda 
 A. Subclávia esquerda 
 A.vertebral direita e esquerda 
 
 Ramos da artéria carótida 
 A. Carótida interna 
 A. Carótida externa 
 
 Ramos da A. aorta abdominal 
 Tronco celíaco 
 A. Mesentérica superior 
 A. Mesentérica inferior 
 Aa. Renais 
 Aa. testiculares 
 
 Ramos terminais da A. aorta 
 A. Ilíaca comum direita 
 A. Ilíaca interna direita 
 A. Ilíaca externa direita 
 A. Ilíaca comum esquerda 
 A. Ilíaca interna esquerda 
 A. Ilíaca externa esquerda 
 
 Artérias do membro superior 
 A. Axilar 
 A. Braquial 
 A. Radial 
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 Artérias do membro inferior 
 A. Femoral 
 A. Poplítea 
 A. Dorsal do pé 
 
PRINCIPAIS VEIAS DO ORGANISMO HUMANO 
 Veias do pescoço: 
 V. Cava superior 
 Veia braquiocefálica direita 
 Veia braquiocefálica esquerda 
 Veia jugular interna 
 Veia jugular externa 
 Veia subclávia direita e esquerda 
 
 Veias do membro superior: 
 V. Cefálica 
 V. Basílica 
 V. Intermédia média 
 
 Veias do membro inferior: 
 V. Safena magna 
 V. Safena parva 
 V. Femoral 
 
 Sistema porta 
 V. Porta 
 V. Mesentérica superior 
 V. Mesentérica inferior 
 V. Esplênica 
 
 
 
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ANATOMIA TOPOGRÁFICA: CORAÇÃO E PERICÁRDIO 
 
 O coração é o órgão central do aparelho circulatório que trabalha como uma bomba muscular cuja função é 
impelir o sangue para todas as partes do corpo. 
 É composto por 4 câmaras: 
 Câmaras direitas (átrio e ventrículo direitos): recebem o sangue venoso e encaminham para os pulmões 
 Câmaras esquerdas (átrio e ventrículo esquerdos): recebem o sangue oxigenado dos pulmões e bombeiam-no 
para todo o corpo. 
 
OBS: Curiosidades: 
 Bate cerca de 100 mil vezes por dia (frequência média normal: 60 a 100 batimentos por minuto); 
 Bombeia 74 mil litros de sangue/dia; 
 Aos 70 anos já bateu cerca de 2,5 bilhões de vezes; 
 Sistema circulatório mede cerca de 111.000 km. 
 
 
PERICÁRDIO 
 Saco fibrosseroso de parede dupla que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos, estando situado no 
mediastino médio, composto por dois sacos: 
 Pericárdio fibroso: saco fibroso externo. 
 Pericárdio seroso: saco seroso interno, dividido em duas lâminas (uma parietal e outra visceral). 
 
PERICÁRDIO FIBROSO 
 Fixado ao centro tendíneo do diafragma pelo Ligamento pericardiofrênico 
 Fixado ao esterno pelos Ligamentos esternopericárdicos 
 Posteriormente liga-se às estruturas do mediastino posterior por tecido conjuntivo frouxo 
 Revestido internamente pela lâmina parietal do pericárdio seroso 
 
OBS: O pericárdio fibroso não se separa do pericárdio seroso parietal durante a dissecação. 
OBS: A cavidade do pericárdio entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso são 
contínuas, assim como as pleuras parietais e visceral do pulmão. 
 
PERICÁRDIO SEROSO 
 Composto por duas laminas: 
 Parietal: Serosa brilhante aderida ao pericárdio fibroso. 
 Visceral: constitui a Lâmina externa da parede do coração (o epicárdio), reflete-se do coração e grandes vasos 
como a lâmina parietal. 
 
OBS: Seio transverso do pericárdio: Passagem transversal no saco pericárdico, com 
abertura posterior à margem esquerda do tronco pulmonar, podendo-se introduzir o dedo 
posteriormente ao tronco pulmonar e à artéria aorta. Em caso de cirurgias cardíacas, é 
possível clampear essas estruturas por este acesso, desviando a circulação por um 
sistema extracorpóreo. O seio transverso é limitado: 
 À direita, pela VCS; 
 Anteriormente pela aorta ascendente e tronco pulmonar; 
 Posteriormente pela VCS e porção superior dos átrios; 
 Inferiormente pela reflexão do pericárdio seroso, acima da desembocadura das veias pulmonares. 
 
OBS: Seio oblíquo do pericárdio: recesso amplo 
situado na base do coração, com abertura inferior à 
desembocadura da veia pulmonar inferior esquerda. Ele 
se forma na medida em que as veias do coração se 
desenvolvem e expandem, formando uma reflexão 
pericárdica (o próprio seio oblíquo) que as circunda, um 
recesso semelhante a uma bolsa na cavidade pericárdica 
posterior à base do coração, formada pelo átrio 
esquerdo. É limitado: 
Arlindo Ugulino Netto. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL - CARDIOVASCULAR 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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 Lateralmente pela desembocadura das veias pulmonares e veia cava inferior; 
 Superiormente pela reflexão do pericárdio seroso; 
 Posteriormente pelo pericárdio que cobre a face anterior do esôfago. 
 
IRRIGAÇÃO DO PERICÁRDIO 
 O suprimento sanguíneo do pericárdio é feito a partir da artéria pericardiofrênica (ramo delgado da A. torácica 
interna, proveniente da A. subclávia, que se termina em A. musculofrênica e epigástrica superior). Contribuições 
menores são feitas pelas A. musculofrênicas (ramo terminal da artéria torácica interna), Aa. Bronquiais, esofágicas e 
frênicas superiores (ramos da aorta porção torácica). A lâmina visceral do pericárdio seroso é suprida pelas artérias 
coronárias. 
 
DRENAGEM VENOSA DO PERICÁRDIO 
 As veias pericardiofrênicas drenam o pericárdio, sendo elas tributárias da veia torácica interna ou da 
braquiocefálica. Os outros ramos se dirigem para as tributárias do Sistema Venoso Ázigos. 
 
SUPRIMENTO NERVOSO DO PERICÁRDIO 
 Nervos frênicos (C3 e C5): fibras sensitivas. 
 Nervos vagos. 
 Troncos simpáticos: fibras vasomotoras. 
 
 
CORAÇÃO 
 É o órgão mais importante do sistema circulatório. É uma bomba propulsora de sangue divida em câmaras: dois 
átrios e dois ventrículos. Ele bombeia o sangue tanto para a pequena circulação (circulação pulmonar) quanto para a 
grande circulação (circulação sistêmica). 
 Átrio direito: recebe o sangue “venoso” das veias cavas superior e inferior proveniente da grande circulação, e 
bombeia para o ventrículo direito, através da valva tricúspide. 
 Ventrículo direito: recebe o sangue do átrio direito e o bombeia para o tronco pulmonar, através da valva 
pulmonar para dar início à pequena circulação. 
 Átrio esquerdo: recebe o sangue “arterial” das veias pulmonares, e bombeia para o ventrículo esquerdo, através 
da valva mitral. 
 Ventrículo esquerdo: recebe o sangue do átrio esquerdo e o bombeia para a aorta, através da valva aórtica. 
 
CICLO CARDÍACO 
 Diástole: relaxamento ventricular 
o Valvas atrioventriculares abertas 
o Valvas aórtica epulmonar fechadas 
 
 Sístole: contração ventricular 
o Valvas atrioventriculares fechadas 
o Abertura das Valvas aórtica e pulmonar 
 
 
 
PAREDE CARDÍACA 
 Endocárdio: endotélio vascular 
 Miocárdio: camada muscular 
 Epicárdio: lâmina visceral do pericárdio seroso 
 
ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÂO 
 A sustentação histológica do coração se dá por um arcabouço fibroso de colágeno denso, sendo composto por: 
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 4 anéis fibrosos para as 4 valvas 
 2 trígonos fibrosos D e E formados pela conexão dos anéis e partes membranáceas dos septos. 
 
 O esqueleto fibroso do coração tem como função: 
 Mantém os orifícios valvares abertos e impede a dilatação excessiva; 
 Inserção para as valvas e músculo cardíaco; 
 Isolador elétrico para separar os feixes nervosos dos átrios e ventrículos. 
 
APRESENTAÇÃO EXTERNA DO CORAÇÃO 
 2/3 de seu volume situa-se à esquerda da linha mediana. O órgão apresenta forma de uma pirâmide de 3 lados, 
caída para o lado, com o ápice voltado anteriormente e para esquerda e a base voltada posteriormente. 
 Para estudo anatômico, apresenta 3 faces: face diafragmática (sulco interventricular posterior); face 
esternocostal (sulco interventricular anterior) e face pulmonar. 
 Esternocostal: formada pelo VD. 
 Diafragmática: VE e VD, apoiada sobre o centro tendíneo do diafragma. 
 Pulmonar: VE (ocupa a impressão cardíaca do pulmão esquerdo). 
 
 
 
 
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BASE DO CORAÇÃO 
 Voltada para os corpos vertebrais T6 a T9. Estende-se superiormente até o tronco pulmonar e inferiormente até 
o sulco atrioventricular ou coronário. É composto pelo AE e AD. Nela, é visível um sulco que divide os átrios dos 
ventrículos: o sulco coronário ou átrio ventricular. 
 
ÁPICE DO CORAÇÃO 
 Situa-se posteriormente ao 5° EICE, sendo composto pela porção ínfero-lateral do VE. 
 
MARGENS DO CORAÇÃO 
 Direita: AD, VCS e VCI 
 Esquerda: VE e AE 
 Superior: Átrios e Aurículas 
 Inferior: VD e VE 
 
ATRIO DIREITO DO CORAÇÃO 
 Seio venoso: região lisa entre a desembocadura 
das cavas. 
 Septo interatrial: parede entre os AD e AE 
o Fossa oval: resquício embrionário do 
forame oval. 
o Limbo da fossa oval: saliência que forma a 
borda da fossa 
 Aurícula direita 
 Músculos pectíneos: rugosidades da parede da 
aurícula 
 Crista terminal (entre a parte rugosa e lisa do 
átrio) 
 Sulco terminal (crista terminal, externamente) 
 Óstio do seio coronário c/ válvula 
 Óstio das VCS e VCI (com válvula) 
 Óstio da valva atrioventricular 
 
 
 
VENTRÍCULO DIREITO DO CORAÇÃO 
 Cone arterial ou infundíbulo: saída do 
ventrículo para o tronco pulmonar. 
 Trabéculas cárneas: rugosidades da 
parede do ventrículo 
 Trabécula Septomarginal: por ela, 
passa um ramo direito do feixe de Hiss 
(sistema de condução nervosa do 
coração) 
 Crista supraventricular: saliência que 
delimita superiormente a valva 
atrioventricular D, delimitando 
inferiormente o infundíbulo. 
 Valva tricúspide: Válvula anterior; 
Válvula posterior; Válvula septal 
 Cordas tendíneas 
 Músculos papilares: Anterior (VA e VP), 
Posterior (VP e VS) e Septal (VS e VA). 
 Septo interventricular (Parte 
membranácea e Parte Muscular) 
 Valva do tronco pulmonar com válvulas 
semilunares (Anterior, Direita e 
Esquerda) 
 Seios pulmonares 
 
 
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ÁTRIO ESQUERDO 
 Forma a maior parte da base do coração, possuindo uma parede lisa. Apenas a sua aurícula (esquerda) 
apresenta-se com músculos pectíneos, formando a margem 
esquerda. 
 Óstio das 4 veias pulmonares 
 Septo interatrial 
 Óstio da valva atrioventricular esquerda ou mitral 
 Válvula da fossa oval 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
 Forma o ápice do coração, a face pulmonar, a 
margem esquerda e parte da face diafragmática. Seu 
miocárdio é 2x mais espesso que no VD (por trabalhar 
com pressões bem mais altas), com cavidade cônica 
maior que do VD. 
 Valva atrioventricular esquerda ou mitral (4ª 
cartilagem costal) com válvulas (Anterior e 
Posterior) 
 Músculos papilares (Anterior e Posterior) 
 Cordas tendíneas 
 Trabéculas cárneas 
 Vestíbulo da aorta 
 Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares: 
Direita, Esquerda e Posterior. 
 Seios da aorta: Coronários D e E, e Não coronário 
 Porção ascendente da aorta. 
 Vestíbulo da aorta 
 Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares: 
Direita, Esquerda e Posterior. Cada válvula 
apresenta: Nódulo e Lúnula. 
 
 
 
 
 
 
 
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OBS: Focos de ausculta cardíaca: São regiões no tórax de fácil ausculta das bulhas cardíacas (que nada mais são 
que a representação semiológica dos sons de abertura e fechamento das valvas cardíacas). Os cinco focos das valvas 
podem ser distinguidos em suas respectivas regiões, descritas na figura abaixo. 
 
 
 
SUPRIMENTO ARTERIAL DO CORAÇÃO 
 O suprimento arterial do coração é feito pelas artérias coronárias (do latim, coroa), direita e esquerda, as quais 
são os primeiros ramos da aorta, nos seios coronários na porção proximal da aorta ascendente, situando-se sob o 
epicárdio, envoltas em tecido gorduroso. 
 Em termos de dominância, a artéria que originará a artéria interventricular posterior (que vai seguir pelo sulco 
interventricular posterior), determinará uma maior vascularização do coração: geralmente parte da coronária direita; 10% 
parte da coronária esquerda; e 15%, codominância. 
 
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 
 
Origina-se no seio aórtico direito. Volta-se para a direita no sulco atrioventricular (ou coronário), encoberta pela 
aurícula direita, até a margem direita do coração, onde se encurva para a face diafragmática, continuando no sulco 
coronário. Durante seu trajeto, vai emitir alguns ramos: 
 Ramo do cone arterial: primeiro ramo da ACD. Parte para suprir o infundíbulo. 
 Ramo do nó sinoatrial: coberto pela aurícula direita, sobe em direção da veia cava superior. 
 Ramos ventriculares anteriores do ventrículo direito 
 Ramo Marginal direito: corre na margem direita do coração. 
 Ramo interventricular posterior ou descendente posterior: Irriga os ventrículos e septo interventricular. 
Anastomosa-se, boca a boca, com ramos da ACE. 
 Ramo do nó atrioventricular: pequeno ramo profundo que nasce já na face diafragmática. 
 
 A artéria coronária direita é responsável por suprir: Átrio direito, Ventrículo direito (>), Face diafragmática do 
ventrículo esquerdo, 1/3 posterior do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (60%) e Nó atrioventricular (80%). 
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ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 
 
 Origina-se no seio aórtico E. Volta-se para a esquerda no sulco atrioventricular entre a aurícula esquerda e o 
tronco pulmonar com o nome de Tronco da Coronária Esquerda. Na extremidade esquerda do sulco coronário divide-se 
em dois ramos: 
 Ramo interventricular anterior ou descendente anterior (DA): corre no sulco interventricular anterior em direção 
ao ápice e origina: 
o Ramos septais para a porção anterior do septo interventricular; 
o Ramos diagonais para a parede anterior do ventrículo esquerdo. 
 
 Ramo circunflexo: segue no sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior. Emite: 
o Ramo marginal esquerdo; 
o Ramos para a porção diafragmática do VE. 
 
 A artéria coronária esquerda é responsável por suprir: Átrio esquerdo, Ventrículo esquerdo (>), Parte da Face 
esternocostal do VD, 2/3 anteriores do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (40%) e Feixes do sistema de 
condução atrioventricular. 
 
OBS: Cateterismo cardíaco (“CATE”) / Cinecoronariografia / Angiografia Coronária /Estudo Hemodinâmico: é 
um exame invasivo para examinar vasos coronarianos. O acesso é feito através de um tubo longo, fino e flexível, 
chamado cateter, inserido em vaso sanguíneo periférico do braço, da coxa ou do pescoço. Tem como objetivo 
diagnosticar e corrigir problemas em veias e artérias, como obstruções. Suas principais características são: 
 Exame de investigação cardíaca: 
o Estudo das coronárias 
o Ventriculografia (função ventricular) 
o Medida das pressões diretamente. 
 Realizado pelo cardiologista intervencionista ou hemodinamicista (especialidade da cardiologia); 
 Feito por punção ou dissecação de um território arterial: artérias femoral, braquial, radial; 
 Injeção de contraste a base de iodo; 
 Imagens obtidas por Radioscopia (radiação contínua); 
 Incidências geralmente em posição oblíqua. 
 
 
DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO 
 A drenagem venosa do coração é feita pelas veias que desembocam no seio coronário venoso. 
 O seio coronário é a principal veia do coração. É um canal venoso que segue na parte posterior do sulco 
coronário. Recebe o sangue das veias do coração e desemboca no átrio direito (ostio do seio coronário). 
 
TRIBUTÁRIAS DO SEIO CORONÁRIO – TERRITÓRIO ESQUERDO 
 Veia interventricular anterior (antiga veia cardíaca magna) 
 Veia marginal esquerda 
 Veias posteriores do ventrículo esquerdo 
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TRIBUTÁRIAS DO SEIO CORONÁRIO – TERRITÓRIO DIREITO 
 Veia coronária direita (infrequente - 32%) 
 Veia marginal direita (cardíaca parva) 
 Veia cardíaca parva (continuação da marginal direita no sulco coronário) 
 Veias posteriores do ventrículo direito 
 Veia interventricular posterior (cardíaca média) 
 
OBS: As veias cardíacas mínimas desembocam em pequenos óstios no átrio direito. 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO CORAÇÃO 
 A drenagem linfática do coração é feita pelos vasos linfáticos no miocárdio, que passam para o plexo linfático 
subepicárdico, acompanhando as veias e artérias do coração. Um único vaso linfático, formado a partir da união de 
diversos vasos vindos do coração, sobe entre o tronco pulmonar e o átrio esquerdo e termina nos linfonodos 
traqueobronquiais inferiores, normalmente do lado direito. 
 
 
COMPLEXO ESTIMULANTE E SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO 
 É o complexo que coordena o ciclo cardíaco, de maneira tal que, a sístole e diástole funcionem de maneira 
correta e harmonicamente. É Composto por fibras musculares cardíacas altamente especializadas na condução rápida 
dos impulsos elétricos. 
 O nó sinoatrial inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as 
fibras musculares cardíacas situadas no átrio, levando-as a se contrair. O 
impulso desse nó é propagado pelo feixe interatrital para o átrio esquerdo. 
 O impulso é rapidamente transmitido para o nó atrioventricular por 
meio dos feixes internodais (responsável por retardar um pouco a propagação 
do estímulo, para dar tempo do átrio se encher, contrair e encher o ventrículo), a 
partir do qual, por meio do feixe de atrioventricular (Hiss) propaga o impulso, 
uniformemente, para os músculos do ventrículo esquerdo. Esse feixe tem como 
ramos terminais: 
 Ramo direito 
 Ramo esquerdo: Divisão anterossuperior e Divisão póstero-inferior 
 Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) 
 
NÓ SINOATRIAL OU SINUSAL (MARCAPASSO NATURAL) 
 Localizado no encontro da VCS e AD, próximo à extremidade superior do sulco terminal. Inervado pelo plexo 
cardíaco (estímulo simpático aumenta a FC e parassimpático diminui a FC). Tem como propriedades: 
 Auto-excitação 
 Automaticidade 
 Baixa negatividade do potencial de repouso 
 Permeabilidade das fibras ao sódio 
 Marcapasso com maior frequência 
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NÓ ATRIOVENTRICULAR 
 Localizado na região inferior do septo interatrial, próximo ao óstio do seio coronário. Inervado pelo plexo 
cardíaco (estímulo simpático acelera a condução e parassimpático lentifica). 
 
FEIXE ATRIOVENTRICULAR 
 Transmite o impulso do átrio, a partir do nó atrioventricular, para o ventrículo, atravessando o esqueleto fibroso 
do coração. Tem trajeto no septo interventricular. Depois, divide-se em ramos direito e esquerdo na junção da parte 
membranácea e muscular. 
 Ramo direito 
 Ramo esquerdo 
o Divisão ântero-superior 
o Divisão póstero-inferior 
 Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) 
 
 
 
INERVAÇÃO DO CORAÇÃO 
 A inervação do coração é feita a partir de fibras nervosas autônomas provenientes do plexo cardíaco, oriundo 
do nervo vago, formado entre a traqueia, a aorta e tronco pulmonar. 
 Inervação simpática: fibras dos gânglios 
paravertebrais cervical e torácico superior dos 
troncos simpáticos. O suprimento simpático é 
proveniente das fibras pré-ganglionares e fibras 
pós-ganglionares (as fibras pós-ganglionares 
terminam no nó sinoatrial e atrioventricular). O 
estímulo simpático do tecido nodal aumenta a 
frequência cardíaca e a força de suas contrações. 
Esse estímulo também dilata das artérias 
coronárias inibindo sua constrição (fornece mais 
oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante 
períodos de atividade aumentada). 
 Inervação parassimpática: fibras do nervo vago. O 
suprimento parassimpático é proveniente de fibras 
pré-ganglionares do nervo vago e fibras 
parassimpáticas pós-ganglionares também 
terminadas nos nós sinoatrial e atrioventricular e 
diretamente nas artérias coronárias. O estímulo 
dos nervos parassimpáticos diminui a frequência 
cardíaca, reduz a força do batimento cardíaco e 
constringe as artérias coronárias, economizando 
energia entre períodos de demandas aumentadas. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF - CARDIOVASCULAR 
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BIOFÍSICA: HEMODINÂMICA 
 
 A circulação corpórea pode ser considerada como um sistema hidráulico real, ou seja, não-ideal, pois existem 
forças dissipadas como o atrito com as paredes dos vasos (endotélio), além do atrito entre as próprias laminas 
(camadas) do sangue em movimento. 
Logo, o sistema sanguíneo pode se enquadrar em estudos da hidrodinâmica – ramo da física que estuda os 
sistemas hidráulicos que apresentam líquido em movimento – a partir do momento que é comparado a um sistema 
fechado não-ideal movido pelo trabalho de uma bomba (coração), com fluido (sangue) em circulação. 
 
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DE FLUXO 
 Fluxo, por uma definição hemodinâmica, representa o volume do fluido deslocado (sangue) em função do 
tempo. 
i. Fluxo = velocidade x Área 
 Fluxo = (L x T
-1
) x L² 
 
 ii. Fluxo = Volume = L
3
 
 Tempo T (expressão dimensional de fluxo) 
 
 Sendo: 
 F  Fluxo [cm³/s; m³/min] 
 L  Espaço [centímetro; metro] 
 T  Tempo [segundo; minuto] 
 A  Área seccional 
 v  Velocidade 
 
 
 
 
A expressão dimensional de fluxo significa que a grandeza física fluxo é derivada de duas grandezas 
fundamentais: espaço (elevado a 3ª potencia) e tempo (elevado a menos 1). Por exemplo, o débito cardíaco (volume de 
sangue que o coração bombeia pelo ventrículo esquerdo a cada minuto) é 5 l.min
-1
 (cm³=1ml). 
Na figura acima, tem-se um sistema condutor ideal, ou seja, sem atrito. Considera-se que o fluxo que passa por 
A1 (maior área seccional) deve passar em mesma quantidade por A2 (menor área seccional). Logo, tem-se que quanto 
menor a área de escoamento do líquido, maior será a velocidade desse escoamento para que o fluxo permaneça 
constante, bem como o contrário é verdadeiro, uma vez que o fluxo que passar por A1 é igual ao fluxo que passa por A2 
(F1=F2). 
O princípio da continuidade de fluxo certamente pode ser aplicado ao sistema real que é a circulação 
sanguínea. Por exemplo, como ocorre no caso de uma estenose, em que a luz do vaso diminui e o fluxo nesse local se 
torna mais intenso.

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