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DIREITO PREVEVIDENCIARIO-H

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DARLAN SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
RESUMO DE DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO 
PARA CONCURSOS 
 
 
 
Este resumo de Direito Previdenciário as 
matérias mais abordadas no concurso INSS. 
 
 
 
 
 
 
Darlan Silva Ferreira 
 
 
 
Edição 2011 
Atualizada de acordo com as Lei Nº 12.470 de 31 de 
AGOSTO de 2011. . 
 
Blog do Professor 
Darlan 
www.darlanferreira.com.br 
 
DARLAN SILVA FERREIRA 
Coordenador do Programa de Educação Previdenciária, Supervisor de Benefícios e 
Professor de Direito Administrativo, Constitucional e Previdenciário no Promove 
Concursos e Circuito Pré-Vestibular e Concursos 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO PARA 
CONCURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição 2011
Índice 
ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL 8 
SEGURIDADE SOCIAL 11 
PRINCÍPIOS 11 
ORGANIZAÇÃO 12 
REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO BRASIL 12 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 14 
AUTONOMIA, VIGÊNCIA, HIERARQUIA, INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO CONTEÚDO E FONTES. 14 
AUTONOMIA 15 
VIGÊNCIA E HIERARQUIA 16 
INTERPRETAÇÃO 16 
INTEGRAÇÃO 17 
EFICÁCIA 17 
ORIENTAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES 18 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 18 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 18 
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 19 
SEGURADO EMPREGADO 19 
TRABALHADORES AVULSOS 23 
EMPREGADOS DOMÉSTICOS 25 
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS 25 
SEGURADOS ESPECIAIS 29 
SEGURADOS FACULTATIVOS 35 
TRABALHADORES EXCLUÍDOS DO REGIME GERAL 37 
EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO 38 
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 38 
RECEITAS DA UNIÃO 39 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 40 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS 42 
DEFINIÇÃO DE SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 42 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES DAS EMPRESAS 44 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO 46 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES DO PRODUTOR RURAL 47 
RECEITA DAS CONTRIBUIÇÕES DO CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL 48 
RECEITAS DE OUTRAS FONTES 48 
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 49 
CONCEITO 49 
PARCELAS INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES 49 
SEGURADOS EMPREGADOS, INCLUSIVE DOMÉSTICOS E TRABALHADORES AVULSOS. 50 
LIMITES MINIMO E MÁXIMO 56 
PROPORCIONALIDADE 57 
REAJUSTAMENTO 57 
SEGURADOS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO 58 
A ARRECADAÇÃO E O RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 59 
Prazo de Recolhimento 59 
RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO 60 
CONTRIBUIÇÕES URBANAS 61 
COMPETÊNCIA DO INSS E RFB (RECEITA FEDERAL DO BRASIL) 63 
COMPETÊNCIAS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA 63 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 64 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 65 
DECADÊNCIA 65 
PRESCRIÇÃO 66 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS 67 
DECADÊNCIA 67 
PRESCRIÇÃO 68 
RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS 68 
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA 69 
PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 69 
BENEFICIÁRIOS 69 
SEGURADOS (ART. 11 DA LEI 8213/91), 70 
DEPENDENTES 70 
ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES 72 
PERÍODO DE CARÊNCIA 73 
BENEFÍCIOS 75 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ART. 42 A 47 DA LEI Nº 8.213 / 91) 75 
APOSENTADORIA POR IDADE (ART. 48 A 51 DA LEI Nº 8.213 / 91) 75 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (ART. 52 A 56 DA LEI Nº 8.213 / 91) 76 
APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 57 A 58 DA LEI Nº 8.213 / 91) 76 
AUXÍLIO - DOENÇA (ART. 59 A 64 DA LEI Nº 8.213 / 91) 77 
AUXÍLIO - ACIDENTE (ART. 86 DA LEI Nº 8.213 / 91) 78 
SALÁRIO MATERNIDADE (ART. 71 A 73 DA LEI Nº 8.213 / 91) 78 
SALÁRIO FAMÍLIA (ART. 65 A 70 DA LEI Nº 8.213 / 91) 79 
PENSÃO POR MORTE (ART. 74 A 79 DA LEI Nº 8.213 / 91) 80 
AUXÍLIO RECLUSÃO (ART. 80 DA LEI Nº 8.213 / 91) 80 
ABONO ANUAL - 13º SALÁRIO (ART. 40 DA LEI Nº 8.213 / 91) 81 
MANUTENÇÃO, PERDA E RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE DE SEGURADO. 81 
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 81 
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 82 
RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE DE SEGURADO 82 
CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL 83 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 83 
SONEGAÇÃO FISCAL DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 86 
FALSIDADE DOCUMENTAL PREVIDENCIÁRIA 89 
ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO 91 
INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO 92 
MODIFICAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO 93 
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS OU RESERVADAS 93 
BENEFÍCIOS ASSISTÊNCIAIS 94 
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA 95 
EXERCÍCIOS 95 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO 
BRASIL 
 
 
Apesar de alguns doutrinadores afirmarem que a previdência social começou no 
Brasil com os Montepios e caixas de socorro em favor dos funcionários públicos 
e seus dependentes especificamente em 1° de outubro de 1821, antes, portanto, 
da Independência. Dom Pedro I, então Príncipe Regente, assinou a Carta de Lei 
concedendo aposentadoria aos professores régios que completavam 30 anos de 
serviço, fossem homens ou mulheres. Esta aposentadoria na época recebia o 
nome de Jubilação e teria um abono de 25% para quem permanecesse 
trabalhando. 
Ainda no século XIX, foram criados benefícios de aposentadoria e pensão para 
diversas categorias de funcionários públicos. Porém ainda não contemplavam os 
trabalhadores da iniciativa privada que somente, após muitas reivindicações, 
greves. Estes começaram a ver instituídas caixas de aposentadoria e pensões. 
Muitos, inclusive o próprio Ministério da Previdência consideram que o Brasil deu 
seus primeiros passos com a Lei Elói Chaves, de 24 de janeiro de 1923, criou 
uma caixa de aposentadoria e pensão em cada uma das empresas ferroviárias. 
Que pode ser considerado como marco inicial da Previdência no Brasil. A partir 
daí outras empresas foi autorizadas a constituir fundos de amparo para seus 
trabalhadores. Posteriormente substituídas nos anos 30 pelos antigos Institutos 
de Aposentadorias e Pensões, voltados para categorias profissionais. 
O primeiro instituto a ser criado foi o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos 
Marítimos (IAPM), através do Decreto nº 22.872 em 29.06.1933, logo em seguida 
surgiram vários outros, como por exemplo: 
• Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC), através do 
Decreto nº 24.273, de 22.05.1934; 
• Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), através do 
Decreto nº 24.615, de 09.07.1934; 
12 
 
 
ORGANIZAÇÃO 
 
Quanto à forma de organização o Brasil adota o sistema de repartição simples 
onde os contribuintes ativos financiam os inativos numa espécie de pacto social. 
Portanto trata-se de um pacto social entre gerações, onde ativos financiam 
inativos. Na repartição simples, a contribuição dos cidadãos ativos retorna para a 
sociedade na forma de benefícios previdenciários para os cidadãos inativos, 
como aposentadorias e pensões. 
E quais as outras formas de organização da Seguridade Social? 
- Sistema de Capitalização 
- Sistema Misto 
- Capitalização Escritural 
 
 
REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO BRASIL 
 
São três os regimes de Previdência Adotados no Brasil: Regime Geral de 
Previdência Social – RGPS, os Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS 
e o Regime dos Militares Federais. Além deles existe a Previdência 
Seguridade 
Social 
Previdência 
Social 
Assistência 
Social 
Saúde 
Contributiva Não contributiva 
 
Não contributiva 
16 
São duas as teorias que discutem a autonomia da Legislação Previdenciária: 
Monista e a Dualista. Onde considera – se o Direito Previdenciário como ramo do 
Direito do Trabalho e como vertente independente respectivamente. 
 
 
VIGÊNCIA E HIERARQUIA 
 
A hierarquia entre as normas somente vai ocorrer quando a validade de 
determinada norma depender de outra, na qual esta vai regular inteiramente a 
forma de criação da primeira norma.É certo que a Constituição é 
hierarquicamente superior às demais normas, pois o processo de validade 
destas é regulado pela primeira. Abaixo da Constituição encontram-se os demais 
preceitos legais, cada qual com campos diversos: leis complementares, leis 
ordinárias, decretos-leis (nos períodos em que existiram), medidas provisórias, 
leis delegadas, decretos legislativos e resoluções. Não há dúvida que os 
decretos são hierarquicamente inferiores às primeiras normas, até porque não 
são emitidos pelo Poder Legislativo, mas pelo Poder Executivo. Após os decretos 
encontramos normas internas da Administração, como portarias, circulares, 
ordens de serviço etc., que são hierarquicamente inferiores aos decretos. 
 
INTERPRETAÇÃO 
 
A interpretação decorre da análise da norma jurídica que vai ser aplicada aos 
casos concretos. Várias são as normas de interpretação da norma jurídica: 
a) gramatical ou literal (verba legis): consiste em verificar qual o sentido do 
texto gramatical da norma jurídica. Vai se analisar o alcance das palavras 
encerradas no texto da lei; 
b) lógica (mens legis): em que se estabelece uma conexão entre os vários 
textos legais a serem interpretados; 
c) teleológica ou finalística: a interpretação será dada ao dispositivo legal de 
acordo com o fim colimado pelo legislador; 
d) sistemática: a interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com a 
análise dos sistemas, no qual está inserido, sem se ater a interpretação isolada 
de um dispositivo, mas, sim, ao conjunto; 
69 
jurídica instrui-lo com prova de depósito, em favor do INSS, de valor 
correspondente a 30 % da exigência fiscal definida na decisão. 
 
Compete aos Juízes Federais nos Estados processar e julgar as causas 
pertinentes à Previdência Social, exceto as de acidente de trabalho, cabendo 
recurso de sua decisão ao próprio Tribunal que integram. 
 
 
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA 
É um recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou 
produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a 
Previdência Social. 
 
Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro 
público de casamento, de idade ou de óbito, ou de qualquer ato jurídico para o qual a lei 
prescreva forma especial. 
 
A homologação da justificação judicial processada com base em prova 
exclusivamente testemunhal DISPENSA A JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA, se 
complementada com início razoável de prova material. 
Para o processamento de justificação administrativa, o interessado deverá apresentar 
requerimento expondo, clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar, 
indicando testemunhas idôneas, em número não inferior a três nem superior a seis, 
cujos depoimentos possam levar à convicção da veracidade do que se pretende 
comprovar. 
 
PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
BENEFICIÁRIOS 
 
Nos termos dos art. 10 da Lei 8213/91 são beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social as pessoas físicas classificadas como SEGURADOS e DEPENDENTES. 
 
70 
SEGURADOS (ART. 11 DA LEI 8213/91), 
 
Já tratamos deste tema no capítulo SEGURADOS OBRIGATÓRIOS do Regime Geral de 
Previdência Social, portanto vamos repetir novamente apenas para fixar: 
 
SÃO SEGURADOS obrigatórios da Previdência Social: 
 
I - EMPREGADO: 
II - EMPREGADO DOMÉSTICO 
Ill - EMPRESÁRIO: 
IV - TRABALHADOR AUTÔNOMO: 
VI - TRABALHADOR AVULSO 
VII - SEGURADO ESPECIAL 
 
Há também mais uma categoria de SEGURADOS NÃO OBRIGATÓRIOS: 
 
VIII - FACULTATIVOS 
 
 
DEPENDENTES 
 
Segundo o art. 16 da Lei 8213/91 são beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social, na condição de DEPENDENTES do segurado: 
 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de 
qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, neste inciso tivemos uma 
alteração promovida pela Lei 12470/11, na qual foi incluído o filho que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente 
incapaz, assim declarado judicialmente. Tal situação traz uma presunção 
absoluta de incapacidade não sendo necessária a aferição da incapacidade pela 
perícia do INSS como ocorre com o inválido. 
71 
 
Jurisprudência STF: 
 
Pensão por Morte e Rateio entre Esposa e Concubina 
 
A Turma, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário no qual esposa 
questionava decisão de Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de 
Vitória-ES, que determinara o rateio, com concubina, da pensão por morte do 
cônjuge, tendo em conta a estabilidade, publicidade e continuidade da união 
entre a recorrida e o falecido. Reiterou-se o entendimento firmado no RE 
397762/BA (DJE de 12.9.2008) no sentido da impossibilidade de configuração de 
união estável quando um dos seus componentes é casado e vive 
matrimonialmente com o cônjuge, como na espécie. Ressaltou-se que, apesar 
de o Código Civil versar a união estável como núcleo familiar, excepciona a 
proteção do Estado quando existente impedimento para o casamento 
relativamente aos integrantes da união, sendo que, se um deles é casado, esse 
estado civil apenas deixa de ser óbice quando verificada a separação de fato. 
Concluiu-se, dessa forma, estar-se diante de concubinato (CC, art. 1.727) e não 
de união estável. Vencido o Min. Carlos Britto que, conferindo trato conceitual 
mais dilatado para a figura jurídica da família, desprovia o recurso ao 
fundamento de que, para a Constituição, não existe concubinato, mas 
companheirismo. 
RE 590779/ES, rel. Min. Marco Aurélio, 10.2.2009. (RE-590779) 
 
 
 
II - os pais; ou 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou 
inválido a Lei 12470/11 também promoveu neste inciso tivemos uma alteração, na qual 
foi incluído, o irmão que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta 
ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Tal situação traz uma 
presunção absoluta de incapacidade não sendo necessária a aferição da incapacidade 
pela perícia do INSS como ocorre com o inválido 
 
• Os dependentes de uma mesma classe CONCORREM em igualdade de condições. 
• Os dependentes da classe anterior excluem os da classe posterior. 
72 
• O menor sobe tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado 
mediante apresentação de termo de tutela. 
• Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável 
com o segurado ou segurada, inclusive união homo afetiva 
 
Jurisprudência do STJ Informativo nº 0421 
 
 
Segundo a o STJ (Informativo nº 0421) comprovada a existência de união afetiva 
entre pessoas do mesmo sexo, é de se reconhecer o direito do companheiro 
sobrevivente de receber benefícios previdenciários decorrentes do plano de 
previdência privada do qual o falecido era participante, com os idênticos efeitos 
da união estável. Desse modo, se, por força do art. 16 da Lei n. 8.213/1991, a 
necessária dependência econômica para a concessão da pensão por morte entre 
companheiros de união estável é presumida, também o é no caso de 
companheiros do mesmo sexo, diante do emprego da analogia que se estabeleceu 
entre essas duas entidades familiares. 
Atenção, apesar do julgado não se relacionar com benefícios do RGPS, reflete bem a 
linha do judiciário em relação ao reconhecimento da união homoafetiva. 
 
 
• A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I, É PRESUMIDA e a 
das demais deve ser comprovada. 
 
 
ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES 
 
O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes PRESTAÇÕES, 
expressas em benefícios e serviços: 
 
Em relação ao SEGURADO: 
a) aposentadoria por invalidez; 
b) aposentadoria por idade; 
75 
do benefício, ainda que de formadescontínua, igual ao número de meses 
correspondente à carência do benefício requerido; e 
V - reabilitação profissional. 
 
BENEFÍCIOS 
 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ART. 42 A 47 DA LEI Nº 8.213 / 91) 
Trata-se de benefício de trato continuado, devido, mensal e sucessivamente, em face da 
INCAPACIDADE TOTAL E DEFINITIVA do segurado. 
 
 
Quadro resumo 
Renda Mensal do Benefício DURAÇÃO Período de Carência 
100% do salário de 
benefício; 
Não pode ser inferior ao 
salário mínimo; 
Poderá haver auxílio de 
outra pessoa, o salário será 
acrescido de 25 %. 
Enquanto permanecer a 
incapacidade para o exercício da 
atividade que lhe garanta a 
subsistência. 
12 contribuições mensais, 
com ressalvas. 
 
APOSENTADORIA POR IDADE (ART. 48 A 51 DA LEI Nº 8.213 / 91) 
Benefício de trato continuado, devido, mensal e sucessivamente, para o segurado que 
completar 65 ANOS e para a segurada que completar 60 ANOS de idade. Esses limites 
são reduzidos em 5 anos no caso dos trabalhadores rurais. 
 
Quadro resumo 
Renda Mensal do Benefício INÍCIO DO BENEFÍCIO Período de Carência 
70 % do salário de benefício 
+ 1 % deste, por grupo de 
12 contribuições, não 
podendo ultrapassar 100 % 
do salário benefício 
O benefício será devido: 
I – ao segurado Empregado: 
a) a partir da data do desligamento do 
emprego, quando requerida até esta 
data; 
b) da data do requerimento, quando 
não houver desligamento do 
180 contribuições 
mensais

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