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Abate Humanitário de Bovinos

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Conceitos de bem estar animal, Capacitação e treinamento, Comportamento do bovino, Manejo pré-abate, Área de descanso, Instalações, Insensibilização por dardo cativo, Sangria, Estresse e Qualidade da carne.
Discente: Brenda Melo
Abate Humanitário de Bovinos
Objetivo
	Contribuir na elaboração dos planos de bem-estar animal com base na implantação desses programas nas agroindústrias. É uma ferramenta essencial para minimizar riscos, melhorar o ambiente de trabalho, incrementar a produtividade e atender às exigências de mercados internacionais e da legislação brasileira. Além de reduzir as perdas de qualidade do produto final, contribuirá para diminuir a ocorrência de hematomas, contusões e lesões. 
Abate Humanitário de Bovinos
Definição:
	Conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico. 
Figura 1. Bovinos no pasto, e o manejo dos mesmos no frigorífico.
Conceito de Bem-Estar Animal
As diretrizes brasileiras de bem-estar animal são elaboradas com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);
O decreto Lei número 24.645 de julho de 1934, trata da atenção ao bem-estar animal;
Recomendações abordam a necessidade de que os animais de produção não sofram durante o período de pré-abate e abate.
Capacitação e Treinamento
Figura 2. Treinamento teórico e prático de abate humanitário.
Capacitar pessoas para o manejo com os bovinos é o fator de maior importância;
É fundamental conhecer o comportamento dos bovinos;
Deve-se também conhecer as relações dos bovinos com o ambiente de produção e suas necessidades;
Resultado: Um equilíbrio entre a produção ética e a rentabilidade econômica.	
Comportamento do Bovino
Figura 3. Capim viçoso, boi de qualidade da raça Nelore (Bos taurus indicus) e a floresta secular ao fundo.
Tudo o que os animais fazem, os seus comportamentos, contribuem para sua sobrevivência;
Fatores que influenciam o modo de agir dos bovinos, tais como:
 Comportamentos inatos;
Comportamentos aprendidos.
Figura 4. Representação de um comportamento.
Os bovinos são animais sociais;
Sistemas de produção podem interferir no comportamento do animal;
Os bovinos devem ser conduzidos sempre em grupo;
O ambiente de criação tem maior influência que a genética em relação ao comportamento dos bovinos, no manejo;
Bovinos transportados para o frigorífico devem conter animais que já vivem juntos;
Reações de medo intenso e poderão dificultar o manejo dos bovinos no frigorífico.
Figura 5. Bovinos das raças Nelore (Bos taurus indicus).
Manejo Pré-Abate
Envolve três elementos-chave: 
Animais;
Instalações;
Pessoas.
Figura 6. Bem-estar animal – área de interseção positiva entre os três elos.
 O manejador pode influenciar a reação do animal;
 As instalações do frigorífico ajudam a minimizar o estresse térmico por calor dos bovinos durante essa espera;
Figura 7. Manejo calmo diminui o estresse para animais e pessoas.
 O manejo dos bovinos deverá ser executado apenas por pessoas preparadas;
 Alguns auxílios podem colaborar para o manejo.
Área de Descanso
CORRETA
INCORRETA
Figura 8. Ambiente da área de descanso que favorece o bem-estar animal, assim como, a área em que não oferece o mesmo.
Visa considerar principalmente as necessidades operacionais, sanidade e higiene alimentar; 
O longo tempo de descanso pode influenciar negativamente o bem-estar animal e a qualidade da carne;
Principais implicações negativas do longo período de jejum e descanso:
- Aumento de lesões provocadas por brigas; 
- Aparecimento de carnes DFD (escura, firme e seca);
- Aumento da contaminação bacteriana nos currais da área de descanso.
Instalações
O desembarcadouro deve ter paredes laterais fechadas para evitar que os bovinos se distraiam ao visualizarem movimentação de pessoas ou veículos; 
Os currais devem apresentar as laterais vazadas e serem projetados para facilitar o manejo, reduzir riscos de acidentes e fornecer maior segurança aos manejadores; 
Em toda a área de passagem dos animais (desembarque, corredores, seringa, brete), assim como nas entradas e saídas de currais, o piso deve ser antiderrapante; 
Bovinos são motivados a caminhar quando visualizam outros animais andando;
A seringa tem a função de conduzir os animais vindos do corredor, onde são manejados em grupo, para o brete, sendo considerada uma área de passagem;
Devido às diferenças regionais, em alguns estados o brete é conhecido como tronco;
O boxe promove o isolamento do bovino dos demais do grupo, para que seja efetuada a insensibilização;
Insensibilização por dardo cativo
Concussão cerebral é geralmente caracterizada por um curto distúrbio da função cerebral normal que resulta em:
Comprometimento repentino e relativamente breve da
 consciência; 
- Paralisação da atividade neural;
- Perda da memória.
Figura 9. Insensibilização do Bovino.
Há dois tipos de pistolas com dardo cativo: penetrantes e não penetrantes, e podem ser acionadas manualmente, através do gatilho, ou com disparo automático, quando em contato com o crânio do bovino.
Figura 10. Angulação correta da pistola: perpendicular à cabeça do animal.
Sangria
Todo bovino deve estar inconsciente no momento da sangria;
Em qualquer método de insensibilização, o procedimento de sangria exige rapidez.
Ausência de respiração rítmica.
Olhar fixo, vidrado, pupila dilatada (midríase) e ausência de reflexo corneal.
Mandíbula relaxada e língua solta (protusa).
O procedimento adequado para a sangria deve ser realizado cortando (incisão) os grandes vasos que emergem do coração (artérias carótidas e artérias vertebrais), localizados próximos às vértebras cervicais;
Atenção: Somente após o término da sangria (mínimo de 3 minutos) deve-se iniciar a esfola. Nenhum procedimento pode ser realizado até que esteja comprovada a morte do animal.
Figura 11. Secção da pele e dos vasos que emergem do coração.
Estresse e Qualidade de Carne
A falta de comprometimento com o bem-estar e a ausência de cuidados com os animais nessa fase podem levar à produção de carne de baixa qualidade.
Figura 12. Carcaças Bovinas e selo de qualidade.
Figura 13. Indicadores Comportamentais:
Um manejo pré-abate inadequado pode influenciar negativamente a qualidade da carne bovina devido às alterações fisiológicas que os bovinos podem manifestar no metabolismo muscular.
	
Figura 14. Contusões nas carcaças comprometem o valor comercial – perdas para pecuaristas e para indústria.
Figura 15. Bem-estar e qualidade da carne:
Curiosidade
Na Tabela 1 é encontrado alguns valores médios dos produtos que se obtém no abate de um bovino de cerca de 400 kg, lembrando que os valores variam por determinados motivos tais como: espécie de bovino, condições e métodos de criação, idade de abate e procedimentos operacionais do abatedouro.
 
Tabela 1. Produtos e subprodutos do abate de um bovino de 400 kg:
Conclusão
	O Brasil é o maior exportador de proteína bovina do mundo, de todas as etapas que terminam com o abate dos animais  e consequentemente com a distribuição dos produtos para o consumidor, sem dúvida essa última etapa é que apresenta mais pontos que devem ser tomadas medidas que evitem a contaminação dos produtos (carne e derivados) e é necessário também, garantir o abate humanitário, pois é importante quando tratado do bem-estar animal que será conduzido ao frigorífico.
Referências Bibliográficas
ABATE Humanitário (filme). Tradução de A. Escosteguy e J.S. Madeira. Porto Alegre: CRMV/RJ, 1997. 90 min, color., son., VHS.
AMI FOUNDATION. Recommended animal handling guidelines & audit guide: a systematic approach to animal welfare. 2010. Disponível em: <http://www.animalhandling.org/ht/d/sp/i/26752/pid/26752>. Acesso em: 18 abr. 2010.
AMTMANN, V. A.; GALLO, C.; VAN SCHAIK, G.; TADICH, N. Relaciones entre el manejo antemorten y variables
sanguineas indicadoras de estrés y pH de la canal en novillos. Archivos de Medicina Veterina- ria, Valdívia, v. 38, n. 3, 2006. Disponível em: http://www.scielo.cl/pdf/amv/v38n3/art10.pdf>. Acesso em: 07 dez.2012.
ANIL, M. H.; SHEARD, P. R. Welfare implications of religious slaughter. Meat Focus International, Wallin- gford, v. 10, p. 404-405, 1994.
ANIL, M. H.; McKINSTRY, J. L.; WOTTON, S. B.; GREGORY, N. G. Welfare of calves – 1. Investigations into some aspects of calf slaughter. Meat Science, Amsterdam, v. 41, n. 2, p. 101-112, 1995.
Obrigada!
Dúvidas?
Para saber mais sobre o Abate Humanitário de Bovinos:
Bvrmelo@hotmail.com

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