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MANUAL TCC 2013 Corpo

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Prévia do material em texto

4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A forma do Projeto e da Monografia constitui elemento importante do trabalho 
científico. Tal forma é definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – 
ABNT. No entanto, as normas da ABNT não são integralmente vinculativas, pois, em 
algumas circunstâncias, é possível adotar diferentes formatações e, ainda assim, 
manter o trabalho em consonância com seus padrões formais1. Com isso, podem ser 
observadas algumas variações na formatação de trabalhos acadêmicos, sem que 
isso caracterize desobediência às normas técnicas. 
Na atualidade, muitas Instituições de Ensino Superior – IES têm editado 
manuais de normalização de trabalhos acadêmicos, buscando, dentre as opções 
traçadas pela ABNT, escolher aquela mais adequada à realidade institucional2. 
Entretanto, é fundamental adotar um determinado formato que seja mantido durante 
todo o desenvolvimento do trabalho. Em outras palavras, independente da 
orientação adotada no que tange a normas técnicas, o mais importante é a 
coerência ao longo do trabalho. 
Buscando uniformizar as normas técnicas de apresentação de trabalhos 
acadêmicos, tendo em vista, principalmente, o Trabalho de Conclusão de Curso, foi 
elaborado pelo Núcleo de TCC da Rede Doctum o presente manual, adotado pelas 
Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni. Este manual tem como objetivo facilitar a 
tarefa dos discentes no momento de elaboração do Projeto de Pesquisa e do 
Trabalho de Conclusão de Curso e, na medida do possível, uniformizar a formatação 
dos trabalhos acadêmicos no seio desta IES. Cabe ressaltar que o manual é apenas 
uma das orientações possíveis de serem extraídas das diversas orientações da 
ABNT. Em momento algum, este manual visa tolher a autonomia do discente de 
optar, em seu trabalho acadêmico, por outras orientações igualmente compatíveis 
com as normas da ABNT. 
Por fim, vale ressaltar que o presente manual não exclui a possibilidade de o 
discente consultar outras obras – muitas delas de excelente qualidade – presentes 
no mercado editorial brasileiro, algumas delas essenciais para elaboração desta 
singela obra. 
 
1
 GUSTIN; DIAS, 2006, p. 145. 
2
 Este é o caso da Pontifícia Universidade Católica de Minas de Minas Gerais, que disponibiliza em 
seu sítio na Internet o documento: “Padrão PUC Minas de normalização: normas da ABNT para 
apresentação de trabalhos científicos, teses, dissertações e monografias” (PONTIFÍCIA 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, 2007). 
5 
 
 
 
 
 
 
1 O PROJETO DE PESQUISA 
 
 Construído no penúltimo período do Curso, o Projeto de Pesquisa é a “carta 
de intenções” do candidato à qualificação do seu trabalho de Conclusão de Curso 
junto à IES. Nele se definem os rumos e caminhos a serem tomados pelo 
pesquisador para viabilizar o problema-objeto da sua pesquisa através da 
clarificação de uma metodologia sustentável que torne possível a análise de suas 
hipóteses de trabalho, garantindo um referencial teórico de qualidade que 
fundamente seus objetivos e justifique a sua proposta. 
 O Projeto é composto de Elementos Textuais, Elementos Pré-textuais e 
Elementos Pós-textuais (ligados à sua apresentação externa, segundo as normas da 
ABNT. 
 
 
1.1 ELEMENTOS TEXTUAIS DO PROJETO DE PESQUISA 
 
1.1.1 Apresentação: Texto que indica a natureza do trabalho (= Projeto de Pesquisa 
em vista do Trabalho de Conclusão de Curso), o tema proposto, sua área de 
concentração (disciplina ou eixo), seu objetivo principal e sua maior aplicação. Esta 
contextualização to tema escolhido deve ser sucinta e adequada ao trabalho 
acadêmico. Pode-se resolver bem numa meia página e não deve ultrapassar uma 
página. 
 
1.1.2 Objeto de Estudo: É a definição do problema dentro do tema. O texto deve 
explanar o tema até se chegar ao problema escolhido, definindo-o e delimitando-o 
com clareza, finalizando com a pergunta que resume a situação-problema a ser 
abordada na pesquisa. 
 Alguns critérios a serem observados na construção deste capítulo: 
6 
 
A) Escolha do tema: Escolher um tema ou assunto de pesquisa significa: 
 1º) preferir uma questão em meio a tantas que surgem no âmbito da ciência 
(área de conhecimento); 
 2º) especificar um assunto: focalizar ou abranger num relance determinado 
um objeto de pesquisa; 
 3º) descobrir um problema relevante que mereça ser investigado 
cientificamente. 
São diretrizes para a escolha do assunto: 1) observação direta; 2) reflexão; 3) 
senso comum; 4) experiência pessoal; 5) analogias; 6) observação documental ou 
“mercado de idéias”; 7) intuição; 8) seminários; 9) controvérsias. 
Constituem critérios para a escolha do tema de pesquisa: 1) relevância 
(operativa, contemporânea e humana); 2) o assunto deve ser adaptado à 
capacidade, às inclinações e aos interesses do pesquisador; 3) elementos externos: 
tempo, bibliotecas, consulta a especialistas; 4) realização de aprofundamentos de 
estudos sobre o assunto. 
B) Recorte do tema: para se delimitar bem o problema, é preciso: 1) averiguar o 
público alvo envolvido no estudo; 2 a caracterização dos conceitos; 3) o campo de 
observação (quem vai ser observado onde?); 4) a temporariedade ou recorte 
histórico; 5) as circunstâncias e outros fatores que afetam a temática direta ou 
indiretamente. 
C) A Problematização: 
 O problema é um pressuposto para o início de qualquer pesquisa científica. É 
um interrogante, um questionamento interligado ao tema elaborado. É uma pergunta 
revestida de objetividade devendo ser materialmente possível a sua resolução. 
Assim, o problema é uma “questão que não pode ser resolvida a partir de simples 
consultas bibliográficas, nem prescindir de toda sistematicidade que envolve uma 
pesquisa.”3 Nesse sentido, deve ser tratado como “a questão que requer tratamento 
científico e que se coloca diante de um estudioso como um desafio à sua 
capacidade solucionadora, revestida de notas de relevância: operativa, 
contemporânea e humana.” 4 
_____________________________ 
3 
 GUSTIN.; DIAS, 2006, p.72-73. 
4 
SALOMON, 1999, p. 155. 
7 
 
De acordo com Antônio Carlos Gil, o problema de pesquisa deflagra-se como 
uma “proposta duvidosa que pode ter numerosas soluções”.5 Não obstante, não é 
todo problema que está sujeito de tratamento científico. A esse respeito, “pode-se 
dizer que um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem 
ser tidas como testáveis”.6 Por isso, trata-se de uma questão não solvida que se 
torna objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento. 
Como, então, formular um problema de pesquisa? Eis algumas 
considerações: 
• deve ser elaborado na forma de uma pergunta (INDAGAÇÃO); 
• um problema é científico se pode ser testado e suas variáveis podem 
ser observadas ou manipuladas; 
• requer que tenha uma dimensão viável; 
• deve ser claro e preciso; 
• precisa ter uma referência empírica (ser observável, medido)7. 
Quais seriam as falhas na delimitação de problemas de pesquisa? 
- Problemas desconectados da esfera empírica. “O que pensa o mercado 
consumidor...?” 
- Problemas que envolvem julgamento moral. “É bom o estudo da Economia para 
educar um povo?” 
- Problemas que não se constituem em uma dimensão viável. “O que determina que 
certas leis brasileiras não peguem?” 
- Formulação imprecisa do problema. “O desconhecimento do Código Eleitoral por 
parte dos políticos inescrupulosos é um empecilho à democracia? 
- Problemas que se confundem com problemas práticos e não científicos. “O que 
fazer para que a Diretoria de empresas parem de desviar verbas destinadas a novos 
investimentos?”Finalmente, deve-se ter em mente os desdobramentos da formulação do 
problema no processo de desenvolvimento da pesquisa: 
• O problema determina quais os elementos necessitarão da definição do marco 
teórico e dos pressupostos conceituais da pesquisa; 
_____________________________ 
 
5
 GIL, 2002, p 23. 
6
 Idem, p 24. 
7
 SILVA; SILVEIRA, 2007.
 
8 
 
• Os problemas formulados indicam as hipóteses, os objetivos e as justificativas da 
pesquisa; 
• O problema condiciona os principais aspectos metodológicos da pesquisa: 
vertentes metodológicas, tipos de investigação, técnicas e métodos de pesquisa, 
coleta de dados, etc. 
• Os problemas conduzem as conclusões do relatório final da pesquisa (monografia 
ou artigo científico). 
 
1.1.3 Hipóteses: são sentenças claras que representem possíveis respostas ao 
problema formulado. São fundamentais e após a elaboração do projeto funcionam 
como um roteiro para a elaboração da pesquisa. 
Uma Hipótese, é, pois, uma afirmação provisória que pode ou não ser 
confirmada ao final da pesquisa. Por isso, consiste na solução do problema. 
 Conforme alude Antônio Carlos Gil, 
[...]oferecer uma solução mediante uma proposição, ou seja, uma expressão 
verbal suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. A essa proposição 
dá-se o nome de hipótese. Assim, a hipótese é a proposição testável que 
pode vir a ser a solução do problema.
8 
 
Mesmo que a hipótese não seja confirmada ao longo do trabalho, isso não 
desmerece a qualidade da pesquisa científica, já que para que se chegasse a esse 
tipo de conclusão houve a utilização de metodologia adequada. 
 
A) Exemplo de hipótese: 
Diante do suposto problema de pesquisa “O conselho gestor de Educação é 
instrumento de democracia participativa que auxilia o Município em sua gestão 
administrativa?”, é possível estabelecer a seguinte hipótese, enquanto possibilidade 
de resolução do próprio problema: 
 A utilização pela Administração Pública Municipal de instrumentos de 
participação popular como os conselhos gestores contribui para a construção 
da democracia participativa na educação, ainda que os participantes não se 
apresentem em iguais oportunidades. O exercício da democracia é um 
processo e, portanto, apresenta várias fases em que a vocalização de 
demandas pela sociedade civil seria uma das primeiras etapas. 
______________________________ 
8
 Idem, p 31. 
9 
 
Observe-se que no exemplo acima a hipótese foi escrita na forma afirmativa, 
buscando responder diretamente à pergunta que constitui o problema. Um outro 
exemplo, agora na área de Ciências Gerenciais: 
Problema de pesquisa: Por que o índice de aposentados voltando à ativa tem 
aumentado no mercado de trabalho? 
Hipótese: Os funcionários jovens não têm atendido às necessidades das empresas 
por não estarem qualificados profissionalmente. Os baixos valores do salários 
mínimos nacionais pagos pelo benefício do Instituto Nacional de Seguridade Social 
estimulam o retorno ao trabalho do aposentado para complementação do orçamento 
familiar. 
 
1.1.4 Objetivos: 
 
1.1.4.1 Objetivo Geral da Pesquisa: frase ou oração que expresse a intenção final da 
pesquisa, indicando o propósito principal que motiva a execução da pesquisa.Deve 
ser formulada com verbos no infinitivo. 
 Exemplos: 
 1) Analisar a eficácia do instituto do orçamento participativo enquanto instrumento 
capaz de promover a democracia deliberativa no Brasil. 
Ou: 
2) Investigar os aspectos jurídicos probatórios da possível inconstitucionalidade da 
Lei XXX. 
 
1.1.4.2 Objetivos Específicos da Pesquisa: frases que expressem as intenções 
intermediárias da pesquisa, ou seja, aquelas que, se alcançadas, conduzirão ao 
alcance do objetivo geral. São metas individualmente possíveis de serem 
executadas para que se alcance o próprio objetivo geral. Os objetivos específicos 
também devem ser formulados com verbos no infinitivo. 
 Exemplos na área jurídica: 
• Investigar a legislação referente ao assunto (mencionar qual); 
• Selecionar os ensinamentos doutrinários, bem como o apontamento de correntes 
jurídicas distintas sobre o tema em epígrafe por meio de levantamento bibliográfico; 
• Analisar as atas ou documentos públicos atinentes a (especificar), durante o 
período de (colocar a delimitação temporal da investigação); 
10 
 
• Colacionar a jurisprudência pátria acerca da interpretação da lei ou instituto jurídico 
(especificar qual). 
A formulação do objetivo geral e dos objetivos específicos deve ser sucinta e 
adequada ao trabalho acadêmico. 
 
1.1.5 Justificativa (EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS): 
É a exposição de motivos determinantes à elaboração do projeto, a qual 
esboça a “relevância/importância de se pesquisar o tema escolhido e da contribuição 
do projeto ao tema escolhido e ao campo de estudos onde está inserido.”9 
Fundamenta porque a universidade, o orientador ou uma instituição de 
financiamento deve apostar na pesquisa proposta. Por tais razões, a justificativa é 
desdobrada em três vertentes distintas: ganho científico, ganho social e ganho 
pessoal ou acadêmico. 
Quanto ao ganho científico, é necessário convencer o leitor sobre a relevância 
da investigação do tema para o aprimoramento da ciência em questão, favorecendo 
a construção de propostas ou reforço de correntes doutrinárias já existentes. Em 
suma, deve-se apontar qual a contribuição da pesquisa para a ciência em que o 
aluno está se graduando. 
O ganho social implica na necessidade de contribuição da pesquisa para o 
interesse da própria sociedade. Desse modo, abarca quais as vantagens para a 
sociedade advindas a partir da realização do estudo do tema de pesquisa. 
Por derradeiro, o ganho pessoal (também chamado de acadêmico) deve 
justificar a contribuição da pesquisa no que tange à aquisição de conhecimentos 
específicos que corroborem à formação profissional do pesquisador. 
A argumentação deve ser convincente para justificar a importância de abordar 
o tema e o problema escolhidos. 
 
1.1.6 Marco Teórico: É o referencial teórico de pesquisa necessário à confirmação 
de hipótese. deve ser entendido como a linha ou escola de pensamento e de 
pesquisa com a qual o projeto vai-se identificar ou a ela se filiar. É a diferenciação 
ou fundamentação do modo como a pesquisa será encaminhada.10 
______________________________ 
9
 Ídem, p.177. 
10 
 Ibídem. 
11 
 
O marco teórico não é o autor, mas o seu conjunto de idéias, sua tese ou o 
pensamento doutrinário por ele elaborado. Não obstante, a doutrina não é a única 
referência em termos de marco teórico. Também podem ser admitidos leis, 
documentos, discussões e outras informações que clareiem bem os conceitos e a 
idéias que fundamentarão a argumentação teórica do trabalho que será 
desenvolvido em Monografia. 
O Marco Teórico é um capítulo de debate entre os autores consagrados no 
tema e no problema escolhidos. Não deve ser confundido com um resumo de 
obras! O Marco Teórico precisa ser constituído por um texto dinâmico, em que o 
pesquisado narra e compara conceitos, teorias e idéias de autores. Deve ser dividido 
em sub-capítulos. 
 
1.1.7 Procedimentos Metodológicos e Técnicos da Pesquisa: 
Trata-se do capitulo de apresentação dos procedimentos metodológicos 
importantes para a realização da pesquisa proposta. Deve conter pelo menos os 
seguintes sub-capítulos: 
 7.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AOS FINS (descritiva, 
explicativa, aplicada, intervencionista, metodológica). É preciso classificar e justificar 
a classificação. 
 7.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AOS MEIOS 
(Bibliográfica, documental, de laboratório, de campo). É precisoclassificar e justificar 
a classificação. Em caso de pesquisa de campo, é preciso definir no projeto quais 
serão os instrumentos de coleta adotados (entrevista, questionário, formulário, 
observação). 
 7.3 TRATAMENTO DOS DADOS: texto para explicar as fases da 
pesquisa, para definir o método de análise de dados e justificar sua escolha. 
 
 No curso de Direito, ao se construir este capítulo, deve-se atentar para 
algumas observações: 
 
A. O tipo de pesquisa – destacando-se, dentre outras11, as seguintes espécies: 
______________________________ 
11
 Para se saber mais sobre outras espécies recomenda-se a leitura de GIL, Antônio Carlos. Como 
elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
12 
 
1) pesquisa teórico-dogmática: trata-se de pesquisa bibliográfica, a partir das 
discussões e releituras meramente doutrinárias, de natureza teórica. É a modalidade 
mais comum em pesquisas jurídicas; 
 
2) pesquisa de campo: com investigações in loco do objeto (modalidade comumente 
utilizada nas Ciências Naturais); estudo de caso: opera-se a partir da análise 
documental, tal como da investigação de atas, processos, dentre outros. A partir da 
observação do caso concreto é que se procede a investigação doutrinária. É 
caracterizado pelo estudo profundo de um ou de poucos objetos, de maneira que 
permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Recomendável nas fases iniciais de 
uma investigação sobre temas complexos, à construção de hipóteses ou 
reformulação do problema. Também se aplica nas situações em que o objeto de 
estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado 
tipo ideal.12 
 
B. Os setores do conhecimento (natureza da pesquisa) – inclui-se a menção à inter 
e à transdisciplinaridade. No primeiro caso, considera-se interdisciplinaridade o 
intercruzamento de informações envolvendo ramos científicos distintos, como a 
Filosofia, a Sociologia, a Ciência Política e o próprio Direito, todos numa mesma 
pesquisa. Em suma, comporta na somatória de informações e dados externos à 
ciência objeto central de investigação da pesquisa. Exemplo: pesquisa sobre o tema 
eutanásia requer informações e dados extraídos do Direito, da Filosofia (Ética) e da 
Medicina. 
Já no segundo caso, a transdisciplinaridade diz respeito à incidência de 
investigações contidas entre searas distintas dentro de uma mesma ciência. 
Exemplo: pesquisa sobre a responsabilidade civil do Estado por dano ao meio 
ambiente. Nesse caso, é essencial a coleta de informações obtidas do Direito 
Civil,do Direito Constitucional e do Direito Administrativo. É importante destacar, 
para finalizar, que uma pesquisa pode ser concomitantemente inter e transdisciplinar 
de acordo com o recorte do tema escolhido. 
 
______________________________ 
12
 NEVES, José Luiz. Pesquisa qualitativa: usos, características e possibilidades. Caderno de 
pesquisas em Administração. São Paulo, v. 3, nº 3, 1996. Disponível em 
<http://www.ead.fea.usp.br/cadpesq/arquivos/C03-art06.pdf>. 
13 
 
C. A apresentação da divisão dos capítulos – por meio da explicitação, em síntese, 
dos assuntos que serão abordados em cada capítulo da futura monografia. Exemplo: 
A monografia em tela será dividida em XXX capítulos. O primeiro deles, intitulado 
(especificar título do capítulo), abordará (especificar o assunto). O segundo capítulo, 
sob o título (especificar título do capítulo), analisará (especificar o assunto). Por fim, 
o capítulo final, tendo por título (especificar título do capítulo), esboçará (especificar 
o assunto). 
 
1.1.8 Cronograma da Pesquisa: tabela para apresentar as etapas da pesquisa e os 
respectivos prazos de cada uma, desde a elaboração do projeto até sua conclusão 
como monografia, distribuindo o tempo necessário para o cumprimento de suas 
etapas. Abrange a coleta de dados, incluindo o levantamento bibliográfico e 
documental. Também determina o prazo para a revisão bibliográfica e confecção 
dos capítulos da futura monografia. Nesse propósito, cabe a utilização do menu 
Tabela do Word para que seja inserido. A seguir cabe a seleção das células 
necessárias à sua marcação e com o comando Bordas e Sombreamento do menu 
Formatar preenchê-las, tal como se observa no exemplo abaixo: 
 
ATIVIDADE 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês 
Reajustes ao Projeto 
Revisão Bibliográfica 
Início da Orientação 
Aplicação de questionários 
Observação no local da 
pesquisa 
 
Entrevistas 
Processamento dos dados 
Redação do Corpo 
Correção final 
Formatação 
Protocolamento 
Defesa Pública 
 
14 
 
1.1.9 Sumário Hipotético (ESQUEMA PROVISÓRIO): 
É o sumário provisório, responsável pela “estruturação do trabalho. Um 
esquema provisório, construído junto com o professor orientador, auxilia no 
direcionamento das idéias a serem desenvolvidas na monografia.”13 Recomenda-se 
que cada capítulo seja dividido por, no mínimo, dois tópicos distintos (ou seções). Os 
títulos de capítulos e de tópicos devem ser destacados em negrito. Conforme 
ilustrado abaixo14, tem-se um breve exemplo de sumário hipotético: 
 
INTRODUÇÃO 
1 HISTÓRICO DA VIOLÊNCIA 
1.1 AS DIVERSAS FORMAS DE VIOLÊNCIA 
1.2 A VIOLÊNCIA URBANA 
2 BREVE VISÃO DA INFÂNCIA NO PAÍS 
2.1 A CONSTRUÇÃO DA INFÂNCIA NOS CENTROS URBANOS 
2.2 A DESCONSTRUÇÃO DA CATEGORIA MENORES DE RUA 
3 VIOLÊNCIA E INFÂNCIA NO RIO DE JANEIRO 
3.1 AS FORMAS DA VIOLÊNCIA URBANA NO RIO DE JANEIRO 
3.1.1 A violência policial e os “menores de rua” no Rio de Janeiro 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
 
 
1.2 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS DO PROJETO DE PESQUISA 
 
1.2.1 REFERÊNCIAS 
As referências constituem num conjunto de obras efetivamente utilizadas15 e 
citadas no corpo do trabalho acadêmico. Tais referências são inseridas após o texto 
de Projetos, Monografias, Dissertações ou Teses. Trata-se, pois, da listagem das 
obras citadas ao longo do trabalho. 
______________________________ 
13
 SILVA; SILVEIRA, 2007, p.188. 
14 
 Idem, p. 188. 
15
 FRANÇA, 2004, p. 139. 
15 
 
No momento de elaboração do trabalho acadêmico, recomenda-se que as 
referências bibliográficas sejam produzidas concomitantemente à redação do 
trabalho. O ideal é que o aluno/pesquisador, a cada nova obra citada no corpo do 
texto, faça sua inclusão nas referências bibliográficas. 
As referências devem obedecer a ordem alfabética única de sobrenome do 
autor e título para todo tipo de material consultado, independente do formato em que 
se apresente (livro, artigo de periódico, jornal, legislação, jurisprudência,entre 
outros). Por fim, vale lembrar que as referências bibliográficas devem ser elaboradas 
utilizando-se de espaço simples, devendo ser separadas entre si com dois espaços 
simples. 
Apresentam-se, a seguir, as principais formas de referencias: 
AUTOR (ES): 
 1 autor: SOBRENOME, Nome. 
 2 a 3 autores: SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. 
 Acima de 3 autores: SOBRENOME, Nome (do primeiro) et al. (que significa “e outros”). 
 
a) Livros: 
AUTOR. Título (em itálico): subtítulo. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, 
data (ano). Número de páginas ou volumes. 
 
Exemplo: 
TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 440p. 
 
b) Livros em formato eletrônico: 
AUTOR. Título (em itálico): subtítulo. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, 
data (ano). Número de páginas ou volumes. Descrição física do meio eletrônico 
(disquete, CD-ROM) ou Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês 
e ano. 
 
Exemplo: 
GORDILLO, AgustínA. La administración paralela: el parasistema 
jurídicoadministrativo. Madri: Civitas, 2001. 155p. Disponível em: 
<http://www.gordillo.com/AdmPar.htm>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2007. 
 
c) Monografias, Dissertações e Teses: 
AUTOR. Título (em itálico): subtítulo. Ano de Apresentação. Número de folhas ou 
volumes. (Categoria e área de concentração) – Nome da Faculdade, Nome da 
Universidade, cidade, ano da defesa. 
16 
 
Exemplo: 
SOUZA, Sandro Feu. Identificação da potencialidade do arranjo produtivo local 
(APL) da indústria do vestuário no município d Muriaé-MG. 2008. 82 f. Dissertação 
(Mestrado em Economia e Gestão Empresarial) – Universidade Candido Mendes, 
Rio de Janeiro, 2008. 
 
d) Monografias, Dissertações e Teses em formato eletrônico: 
AUTOR. Título (em itálico): subtítulo. Ano de Apresentação. Número de folhas ou 
volumes. (Categoria e área de concentração) – Nome da Faculdade, Nome da 
Universidade, cidade, ano da defesa. Descrição física do meio eletrônico (disquete, 
CDROM) ou Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês e ano. 
 
Exemplo: 
BOLTAINA I BOSCH, Xavier. Los processos de funcionarización del personal laboral 
al servicio de las Administraciones Públicas. 2004. 1.079 f. Tese Doutoral – 
Departamento de Direito Público e Ciências Histórico-Jurídicas, Universidad 
Autònoma de Barcelona, Barcelona, 2004. Disponível em: 
<http://www.tdx.cesca.es/TDX-0216105-160845/ >. Acesso em: 24 de fevereiro de 
2007. 
 
e) Legislação: 
JURISDIÇÃO (Nome do país, estado ou município) ou NOME DA ENTIDADE (no 
caso de regulamento). Título (em itálico), numeração e data (dia, mês e ano). 
Elementos complementares para melhor identificação do documento (se 
necessário). Dados da publicação que transcreveu o documento. 
 
Exemplo: 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de 
outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, Subsecretária de Edições Técnicas, 
2006. 
 
f) Legislação em formato eletrônico: 
 
JURISDIÇÃO (Nome do país, estado ou município) ou NOME DA ENTIDADE (no 
caso de regulamento). Título (em itálico), numeração e data (dia, mês e ano). Dados 
da publicação que transcreveu o documento. Descrição física do meio eletrônico 
(disquete, CD-ROM) ou Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês 
e ano. 
 
Exemplo: 
MINAS GERAIS. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas 
Gerais, Lei n. 869, de 5 de julho de 1952. Minas Gerais – diário oficial do Estado. 
Disponível em: <http://www.almg.gov.br/downloads/EstatutoServidor.pdf>. Acesso 
em 24 de fevereiro de 2007. 
17 
 
 
g) Jurisprudência: 
 
JURISDIÇÃO (Nome do país, estado ou município) e Órgão jurisdicional 
competente. Título (natureza da decisão ou ementa) e número. Partes envolvidas 
(se houver). Relator. Local, data (dia, mês e ano). Dados da publicação que 
transcreveu o documento. 
 
Exemplo: 
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Constitucional. Trabalho. Justiça do Trabalho. 
Competência. Ações dos servidores públicos. CF, arts. 37, 39, 40, 41, 42 e 114. Lei 
n.º 8.112, de 1990, art. 240, alíneas d e e. Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 
492-1- DF. Autor: Procurador-Geral da República. Relator Ministro Carlos Velloso. 
Acórdão 12 de novembro de 1993. LEX Jurisprudência do STF, São Paulo, n. 175, 
p. 49-90, jul. 1994. 
 
 
h) Jurisprudência em formato eletrônico: 
 
JURISDIÇÃO (Nome do país, estado ou município) e Órgão jurisdicional 
competente. Título (natureza da decisão ou ementa) e número. Partes envolvidas 
(se houver). Relator. Local, data (dia, mês e ano). Descrição física do meio 
eletrônico (disquete, CDROM) ou Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: 
dia, mês e ano. 
 
Exemplo: 
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Insuficiência de relevo de fundamentação 
jurídica em exame cautelar, da argüição de inconstitucionalidade de decreto 
estadual que não está a regular (como propõem os requerentes) o exercício do 
direito de greve pelos servidores públicos; mas a disciplinar uma conduta julgada 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal, até que venha a ser editada a lei 
complementar prevista no art. 37, II, da Carta de 1988 (M.I. n 20, sessão de 19-5-
94). Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.306-8-BA. Autor: Partido dos 
Trabalhadores – PT e Outros. Relator Ministro Otavio Gallotti. Acórdão 30 de junho 
de 1995. Disponível em: <http://www.stf.gov.br/>. Acesso em: 17 de setembro de 
2004. 
 
 
i) Capítulo de livros: 
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título (itálico): 
subtítulo do livro. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, data (ano). Páginas 
inicial-final da parte. 
 
Exemplo: 
BRITTO, Jorge. Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: KUPFER, David 
e HASENCLEVER, Lia (Orgs.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas 
no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. 345-388. 
 
18 
 
j) Capítulo de livros em formato eletrônico: 
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título (itálico): 
subtítulo do livro. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, data (ano). Páginas 
inicial-final da parte. Descrição física do meio eletrônico (disquete, CD-ROM) ou 
Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês e ano. 
 
Exemplo: 
TORRENTE, Susana. El ejercicio del derecho de huelga y los servicios esenciales. 
In: VILLALOBOS, Patricia Kurczyn (Coord.). Relaciones laborales en el siglo XXI. 
México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2000. 215-238. Disponível em: 
<http://www.bibliojuridica.org/libros/1/43/9.pdf>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2007 
 
k) artigo de periódico: 
AUTOR. Título: subtítulo do artigo. Título do Periódico (itálico), local (cidade) de 
publicação, número de volumes, número de fascículos, páginas inicial-final, mês e 
ano. 
 
Exemplo: 
LASTRES, Helena M. M. e CASSIOLATO, José Eduardo. Novas políticas na era do 
conhecimento: o foco em arranjos produtivos locais. Parcerias Estratégicasd. 
Brasília, v. 45, n. 17, p. 5-29, fevereiro de 2003. 
 
l) artigo de periódico em formato eletrônico: 
AUTOR. Título: subtítulo do artigo. Título do Periódico (itálico), local (cidade) de 
publicação, número de volumes, número de fascículos, páginas inicial-final, mês e 
ano. Descrição física do meio eletrônico (disquete, CD-ROM) ou Disponível em: 
<endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês e ano. 
 
Exemplo: 
 
LA ROVERE, Renata Lebre. Perspectivas das micro, pequenas e médias empresas 
no Brasil. Revista de Economia Contemporânea. Rio de Janeiro, Instituto de 
Economia/UFRJ, ano I, vol. 1, n. 5, agosto de 2002. Disponível em: 
http://www,ie.ufrj.br/revista/pdfs/perspectivasdasmicropequenasemediasempresasno
brasil.pdf. Acessoem: 31 julho 2006. 
 
j) Bíblia: 
BÍBLIA. Língua em que foi traduzia. Bíblia Sagrada. Local de publicação (cidade): 
Editora, ano. Número de páginas ou volume. 
 
19 
 
 
Exemplo: 
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulus, 1990. 1v. 
 
 
1.2.2 Apêndice e Anexo 
Elementos pós-textuais usuais em trabalhos acadêmicos são os apêndices e 
anexos. Ambos os elementos constituem em documentos complementares e/ou 
comprobatórios do texto apresentado16. No entanto, enquanto o apêndice é 
documento de autoria do próprio autor do trabalho acadêmico, o anexo é documento 
de autoria diversa17, trazendo informações esclarecedoras, tabelas ou dados 
colocados à parte, para não romper com a seqüência lógica da exposição. 
 
 
1.2.3 Citações (utilizadas no Marco Teórico ou em outras partes do texto) 
a) Citação indireta ou livre: 
A citação indireta é empregada para os casos em que se reproduzem idéias e 
informações de uma obra, sem, entretanto, transcrever as próprias palavras do 
autor18. Em outras palavras, na citação indireta (ou livre) está secitando idéias e não 
trecho específico de determinado texto. São várias as formas de se fazer esse tipo 
de citação. No presente manual, recomenda-se a utilização da nota de rodapé (nota 
de referência) indicando a(s) fontes(s), para evitar a interrupção da seqüência do 
texto. Na nota de referência deverá constar: a) o último nome do autor, em letra 
maiúscula; b) o ano de publicação da obra; c) página ou páginas de onde foi retirada 
a idéia ou informação. (Se vier no texto: Segundo preleciona Porter (1986, p. 68), ....................) 
Exemplo de nota de referência: 
 
_____________________________ 
¹ PORTER, 1986, p. 68. 
² OLIVEIRA, 2009, p. 101. 
³ KOTLER, 2000, p. 150. 
 
______________________________ 
16
 FRANÇA, 2004, p. 39. 
17
 HENRIQUES, MEDEIROS, 2001, p. 186. 
18
 FRANÇA, 2004, p. 121. 
20 
 
b) Citação direta ou textual: 
 
A citação direta ou textual consiste em transcrição de textos de outros 
autores. A citação direita é reproduzida entre aspas duplas exatamente como consta 
do original, sempre acompanhada de informações sobre a fonte (referência). Nas 
citações textuais deve-se indicar, após a data, a(s) página(s), volume(s), tomo(s), 
parte(s) da fonte consultada. 
 
b.1) Citação curta: 
 
As citações curtas são aquelas ocupam até três linhas do texto. Tais citações 
são inseridas no texto entre aspas, sem qualquer tipo de destaque (negrito ou 
itálico). 
 
Exemplo de citação curta: 
Quando se trata de analisar o comportamento do consumidor torna-se necessário 
compreender “como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e 
descartam artigos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas 
necessidades e seus desejos”²². (Obs.: Pode-se também referendar logo no texto. Se o autor 
aparece antes da citação, fica no parênteses só o ano da obra e a página. Se for após a citação: 
Sobrenome em caixa alta, ano e página dentro dos parênteses). 
_____________ 
²² KOTLER, 2000, p. 182. 
 
Caso haja transcrição no interior do texto que está sendo transcrito, a mesma deverá 
ser indicada por aspas simples. 
Exemplo de transcrição dentro de outra: 
Como observa Philip Kotler, “classes sociais são „divisões homogêneas e 
duradouras‟ de uma sociedade”³². 
______________ 
³² KOTLER, 2000, p. 183. 
21 
 
 
b.2) Citação longa: 
 
As citações longas – que ocupam mais de três linhas – devem constituir 
parágrafo independente, recuado 4 (quatro) centímetros da margem esquerda, com 
espaçamento simples entre as linhas e, preferencialmente, com letra menor do que 
a utilizada no restante do texto (tamanho 10). No caso das citações longas, as aspas 
são dispensadas. 
Exemplo de citação longa: 
Neste sentido, afirma Michael E. Porter que: 
a liderança no custo impõe severos encargos para a empresa preservar 
sua posição, o que significa reinvestimento em equipamento moderno, 
desfazer-se sem pena dos ativos obsoletos, evitar a proliferação na linha 
de produtos e estar alerta para aperfeiçoamentos tecnológicos. ¹² 
________________ 
¹² PORTER, 2004, p. 46. 
 
b.3) Citação de citação: 
 
Nos trabalhos acadêmicos o aluno/pesquisador deve se esforçar ao máximo 
para buscar ter acesso aos textos originais. No entanto, nem sempre é possível ter 
acesso a certas obras. Neste caso, o pesquisador poderá reproduzir trecho de obra 
já citada por outros autores, cujos textos tenham sido efetivamente consultados. 
No caso de citação de citação, deve-se citar o sobrenome do autor do 
documento citado seguido das expressões “citado por”, “apud” ou “conforme”, e o 
sobrenome do autor do texto efetivamente consultado, seguido do ano da obra e 
número(s) da página(s). 
 
Exemplo de citação de citação: 
Porter (1989)³º, com o intuito de se analisar a estrutura do setor onde a 
empresa em estudo se encontra inserida, desenvolveu um trabalho visando a 
integração entre economia setorial e a estratégia corporativa. 
_______________ 
³º PORTER apud TAVARES, 2005, p. 175. 
22 
 
1.2.4 Notas de Rodapé 
 
As notas de rodapé são utilizadas para prestar esclarecimentos ou 
informações, que não devam ser incluídas no corpo do texto, evitando, como isso, a 
interrupção da sequência lógica da leitura19. Neste sentido, Izequias Estevam dos 
Santos afirma que “as notas de rodapé servem para indicar fontes e textos 
existentes no trabalho; fazer comentários posteriores; indicar ao leitor outras partes 
do trabalho; dar validade, crédito e legitimidade à declaração feita”20. 
Para se fazer a chamada das notas de rodapé, utiliza-se de algarismos 
arábicos, como numeração consecutiva. Em trabalhos menores, pode-se utilizar 
seqüência numérica única para todo o texto. As notas de rodapé devem ser feitas 
com espaço simples e letra menor que a utilizada no restante do texto (tamanho 10). 
Há duas modalidades de notas de rodapé: a) notas de referência; b) notas 
explicativas. 
 
a) Notas de referência: 
 
As notas de referência são empregadas para indicar fontes bibliográficas 
citadas ao longo do trabalho. Tais notas permitem a comprovação ou ampliação de 
conhecimentos do leitor do texto21. As citações de textos no corpo principal do 
trabalho (diretas ou indiretas) devem ter remissão no rodapé. 
Na nota de referência deverá constar: a) o último nome do autor, em letra 
maiúscula; b) o ano de publicação da obra; c) página de onde foi retirada a ideia ou 
informação. 
Quando houver mais de uma citação seguida ou bem próxima, todas do 
mesmo autor ou mesma obra, a primeira citação será feita como mostrado acima, já 
a partir da segunda poderão ser usadas as expressões latinas, seguidas do número 
da página citada: a) ibidem – mesmo lugar ou mesma obra; b) idem – mesmo autor; 
c) idem, ibidem – do mesmo autor na mesma obra. 
______________________________ 
 
19
 FRANÇA, 2004, p.131. 
20
 SANTOS, 2005, p.309. 
21
 FRANÇA, 2004, p. 131. 
23 
 
Exemplo de nota de referência: 
______________________________ 
¹ PORTER, 1986, p. 68. 
² OLIVEIRA, 2009, p. 101. 
³ KOTLER, 2000, p. 150. 
 
b) Notas explicativas: 
 
As notas explicativas, como o próprio nome indica, referem-se a comentários 
ou observações pessoais do autor, que por serem secundárias devem ser levadas 
para o rodapé do trabalho. Tais notas garantem ao trabalho riqueza de informações, 
sem prejudicar a argumentação e a clareza do texto principal. 
Exemplo de nota explicativa: 
O conceito de elo para frente e para trás enfatiza a necessidade de 
desenvolver setores que possuam vínculos com muitos outros²³. 
______________________________ 
²³ A criação de elos para frente e para trás refere-se à estratégias empresariais baseadas na relação 
e interação, dependência e outra formas de associação entre empresas do tipo fornecedor/cliente 
enquanto membros da cadeia produtiva (PORTER, 2004, p. 245). 
 
 
 
 
1.3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS DO PROJETO DE PESQUISA 
 
As partes pré-textuais ou elementos pré-textuais, como o próprio nome indica, 
antecedem o “corpo do texto” do Projeto de Pesquisa. Em geral, as partes pré-
textuais obrigatórias, conforme a NBR 14724/0222, devem conter: 
a) capa; 
b) folha de rosto; 
c) sumário. 
_______________________________ 
22
 SANTOS, 2005, p. 330. 
24 
 
1.3.1 Capa 
 
A ABNT estabelece que a capa é elemento obrigatório dos trabalhos 
acadêmicos, devendo conter: 
a) nome da instituição (no alto da página, centralizado); 
b) nome do autor (no alto da página, abaixo do nome da Instituição); 
c) título e subtítulo, se houver (no centro da página, centralizado); 
d) local da instituição onde deve ser apresentado (cidade)– embaixo na página; 
e) ano de depósito (embaixo do item anterior). 
Inexiste regra específica que determine a formatação da capa (espaçamento 
entre os elementos, margens e tipo de letra – sugere-se o tamanho 14). Com isso, 
no intuito de garantir a coerência ao trabalho, recomenda-se utilizar na capa e na 
folha de rosto o mesmo espaçamento, margens e tipo de letra do corpo do trabalho. 
No entanto, o tamanho das letras e destaques (ex.: negrito) podem variar para que 
as informações sejam melhor distribuídas na capa. 
 
a) Capa do Projeto de Pesquisa: 
 
Em Projetos de Pesquisa, a capa pode ser considerada de forma bastante 
livre, ao contrário da folha de rosto23. Recomenda-se na capa do Projeto de 
Pesquisa adotar os mesmo elementos das capas em geral24, apesar de não serem 
obrigatórios. 
Na capa do Projeto, o nome do autor é opcional, embora obrigatório na folha 
de rosto. No caso de projetos coletivos ou de equipe, entende-se que a capa conterá 
apenas o nome da instituição, já o nome dos participantes figurará apenas na folha 
de rosto25, e em ordem alfabética. 
Na página a seguir tem-se um exemplo de capa de Projeto de Pesquisa: 
______________________________ 
23
 GUSTIN; DIAS, 2006, p.49 
24
 Como analisado no item anterior, são elementos das capas dos trabalhos acadêmicos em geral: a) 
nome da Instituição; b) nome do autor; c) título e subtítulo, se houver; d) número de volume, quando 
houver mais de um; e) local da instituição onde dever ser apresentado (cidade); f) ano de depósito. 
25
 Vale lembrar que este não é o caso do Trabalho de Conclusão de Curso no curso de Direito, pois a 
resolução nº 9 do CNE/CES, de 29 de setembro de 2004, estabelece que o mesmo deverá ser 
desenvolvido individualmente. 
25 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI 
 
Lucas Soares Faria Pereira 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS 
REDES SUPERMERCADISTAS PRESENTES NO MUNICÍPIO DE 
TEÓFILO OTONI (MG) 
 
 
 
 
 
 
TEÓFILO OTONI – MG 
2013 
26 
 
1.3.2 Folha de Rosto 
 
A ABNT estabelece que a Folha de Rosto é elemento obrigatório dos 
trabalhos acadêmicos, devendo conter: 
 
a) nome da instituição (no alto da página, centralizado); b) nome do autor (no alto da 
página, abaixo do nome da Instituição); c) título e subtítulo, se houver (no centro da 
página); d) nota explicativa de que se trata o trabalho; e) área de concentração; f) 
orientador; g) local da instituição onde deve ser apresentado (cidade) – embaixo na 
página; h) ano de depósito (embaixo do item anterior). 
 
Vale ressaltar, que a ABNT não inclui o nome da instituição como elemento 
obrigatório da folha de rosto26. No entanto, mesmo reconhecendo em tal elemento 
caráter facultativo, entendemos ser mesmo informação importante para a 
identificação do trabalho acadêmico. 
 
a) Folha de Rosto do Projeto de Pesquisa 
 
A folha de rosto do projeto de pesquisa apresenta os mesmos elementos 
obrigatórios para os demais trabalhos acadêmicos. No entanto, conforme já tratado 
no item acima sobre a Capa, entende-se que o nome da instituição deve figurar na 
parte superior da folha de rosto, tendo em vista que, no projeto, o aluno/pesquisador 
é apenas proponente e não ainda o autor da pesquisa. 
No que diz respeito à nota explicativa, a NBR nº 14.724 da ABNT27, determina 
que deve ser digitada em espaço simples e alinhada do meio da página para a 
margem direita. A nota explicativa deve conter: 
 
 a) natureza do trabalho (ex.: projeto de pesquisa, monografia, dissertação, tese, 
entre outros); b) o objetivo do trabalho (ex.: à aprovação em disciplina, à conclusão 
do curso, entre outros); c) nome da instituição a que é submetido (ex.: curso, 
faculdade, universidade entre outros). 
 
Juntamente com a nota explicativa deve estar presente, na folha de rosto: 
a) área de concentração do trabalho (ex.: Marketing, Estratégia Empresarial, 
Recursos Humanos); b) nome completo e a titulação do orientador do trabalho (ex.: 
Prof. Msc. Carlos Alberto Silva Santos). 
 
Na página a seguir tem-se um exemplo de Folha de Rosto de Projeto de 
Pesquisa: 
____________________________ 
 
26
 FRANÇA, 2004, p. 35. 
27
 SANTOS, 2005, p. 251. 
27 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI 
 
Lucas Soares Faria Pereira 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS 
REDES SUPERMERCADISTAS PRESENTES NO MUNICÍPIO DE 
TEÓFILO OTONI (MG) 
 
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Administração 
das Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, como requisito 
para aprovação na disciplina TCC I, orientada pelo Prof. Dr. 
Luciano Campos Lavall. 
Área de Concentração: Administração de Marketing. 
 
 
 
 
 
TEÓFILO OTONI – MG 
2013 
28 
 
1.3.3 Sumário (do Projeto de Pesquisa) 
 
O sumário constitui-se de listagem das principais divisões do texto (seções e 
outras partes), “refletindo a organização e a grafia da matéria no texto”28, 
acompanhada dos números das páginas em que serão localizados. 
 
Em relação à forma, o vocábulo “sumário” deve ser escrito em letras 
maiúsculas ou em negrito e centralizado, utilizando o mesmo tipo (fonte) empregado 
para as demais seções do trabalho. No sumário, deve-se utilizar numeração 
progressiva das seções, proporcionando desenvolvimento claro e coerente do texto 
e facilitando a localização de cada uma das partes do trabalho. A ABNT recomenda, 
na NBR nº 6.024/2003, o emprego de algarismos arábicos na enumeração dos itens 
do sumário29. 
 
A partir do sumário deve ser realizada a numeração das páginas do trabalho, 
com algarismos arábicos30. O sumário deve incluir apenas as partes do trabalho 
acadêmico que lhe sucedem, sendo assim, não deve incluir os demais elementos 
pré-textuais31. 
 
No projeto de pesquisa, a divisão do Sumário não é feita em capítulos, mas 
apenas em itens, em decorrência do reduzido tamanho de seu texto32. 
 
Na página a seguir, um modelo do Sumário: 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________ 
28
 FRANÇA, 2004, p. 86. 
29
 Ídem, p. 89. 
30
 Ibídem. 
31
 Ídem, p. 86. O sumário, em regra, é o último dos elementos pré-textuais. 
32
 GUSTIN; DIAS, 2006, p. 89. 
29 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 4 
2 OBJETO DE ESTUDO ................................................................................. 5 
3 HIPÓTESES ............................................................................................... 7 
4 OBJETIVOS .................................................................................................. 8 
4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 8 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 8 
5 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 9 
6 MARCO TEÓRICO ....................................................................................... 11 
6.1 XXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXXX ....................................................... 11 
6.2 XXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXXX ........................................................ 13 
6.3 XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXX ...................................................... 15 
6.4 XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXX ...................................................... 16 
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E TÉCNICOS.............................. 17 
7.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AOS FINS ........................... 17 
7.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AOS MEIOS ....................... 18 
7.3 TRATAMENTO DOS DADOS .................................................................. 19 
8 CRONOGRAMA ........................................................................................... 20 
9 SUMÁRIO HIPOTÉTICO .............................................................................. 21 
10 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
30 
 
1.4 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PROJETO DE PESQUISA 
 
1.4.1 Regras Gerais de apresentação do texto: 
 
1.4.1.1 Formato: papel, tipo de fonte, margens e indicativos numéricos 
 
Os trabalhos devem ser digitados em fonte “Times New Roman” ou “Arial”, 
tamanho 12 para texto e tamanho 10 para citações longas e notas de rodapé, sendo 
impressos na cor preta em papel branco (ou também reciclado, para o Curso de 
Direito) de formato A4 (21cm x 29,7cm). 
As margens de todas as páginas devem ser formatadas da seguinte maneira: 
superior e esquerda a 3cm da borda do papel; inferior e direita a 2cm da borda do 
papel. 
Vale ressaltar que para o Curso de Direito é permitido que os elementos 
textuais e pós-textuais sejam digitados no anverso e no verso da folha (NBR nº 
14724/2011). Neste caso, as margens obedecerão às seguintes medidas: Anverso – 
a) superior e esquerda, 3cm; b) inferior e direita, 2cm. Verso – a) superior e direita, 3 
cm; b) inferior e esquerda, 2cm. 
O indicativo numérico (em algarismo arábico) das seções precede o seu título, 
alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Os títulos sem 
indicativo numérico (Agradecimentos, Lista de Abreviaturas e Siglas, Lista de 
Ilustrações, Lista de Tabelas, Lista de Gráficos, Sumário, Resumo, Referências, 
Apêndice(s), Anexo(s) Errata, Glossário, etc.) devem ser centralizados. 
Os títulos que ocupam mais de uma linha devem ser, a partir da segunda 
linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título. 
 
1.4.1.2 Espacejamento 
 
De acordo com a ABNT/NBR 14724/2006, todo o texto deve ser digitado com 
espaço 1,5 (um e meio), com exceção para as citações de mais de três linhas, notas 
de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas e gráficos, fichas de 
catalográficos, texto da Folha de Rosto (natureza e objetivo do trabalho, objetivo, 
nome da instituição a que é submetido e área de concentração e nome do 
Orientador), que devem ser digitados em espaços simples. As Referências, ao final 
31 
 
do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços simples (mantendo, 
neste caso, a fonte tamanho 12). 
As citações de mais de três linhas devem ser digitadas em espaço simples e 
sem aspas. 
O título de cada capítulo deverá ser disposto a 4cm aproximadamente da 
margem superior da página. 
Os títulos das seções devem começar na parte superior da página e ser 
separados do texto que os sucede dois espaços de entrelinhas 1,5. Da mesma 
forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e 
sucede por dois espaços 1,5. 
 
1.4.1.3 Paginação e parágrafos 
 
Todas as folhas do trabalho, a partir da Folha de Rosto (com todos os 
elementos pré-textuais do trabalho), devem ser contadas sequencialmente, mas não 
numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual, em 
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha (a 2cm das bordas do papel). 
Havendo Apêndice e Anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira 
contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. 
Quando o trabalho for digitado em anverso e verso, a numeração das páginas 
deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito; e no verso, no 
canto superior esquerdo. 
Ao se adotar o formato tradicional de parágrafo, deve-se recuar o início do 
texto em 1,25cm da margem esquerda da página. 
Os textos das citações longas e da Folha de Rosto devem ser recuados a 
4cm da margem esquerda da folha. 
 
1.4.1.4 Ilustrações, Tabelas, Quadros, Gráficos e outros 
 
Devem ser inseridos o mais próximo possível do texto a que se referem. A 
numeração é seqüencial para cada um destes tipos, seguida dos seus títulos, 
centralizados na parte superior dos mesmos, tudo em tamanho 12. Na parte inferior, 
a indicação da fonte da referida ilustração, em tamanho 10. As tabelas devem ser 
32 
 
abertas na lateral (para não serem confundidas com quadros) e os gráficos coloridos 
em conformidade com suas legendas. 
 
A tabela 1 mostra que, no ano de 2002, o número de Associações 
registradas, 8.766 ou 57%, era maior do que das Associações com CEAS que 
chegavam a 6.545 ou 43% do total de 15.311 Associações privadas sem fins 
econômicos registradas no CNAS. Em abril de 2004, esta situação se mostra 
invertida, aumentam as Associações registradas no CNAS de 15.311 para 15.675. 
Todavia, aumenta também o número de Associações com CEAS, antes 43% agora 
44%. Durante o ano de 2003, entre 23 a 25 Associações foram reconhecidas para a 
certificação do CEAS. 
 
TABELA 1 
Distribuição das Associações Privadas sem fins econômicos registradas e 
consideradas como filantrópicas (portadoras do CEAS) pelo CNAS, Brasil, 2004. 
____________________________________________________ 
____________________________________________________ 
____________________________________________________ 
____________________________________________________ 
____________________________________________________ 
 Fonte: SICNAS, 2005. 
 
 
1.4.2 Orientações Gerais de digitação: 
a) A lacuna que separa os elementos gráficos (por exemplo, duas palavras) deve 
possuir apenas um espaço. Exemplo: “numerá-las” e não “numerá – las”. 
b) Não há espaço antes da pontuação (ponto, ponto-e-vírgula, vírgula, dois pontos). 
c) Há apenas um espaço (e apenas um) depois da pontuação (ponto, ponto-e-
vírgula, vírgula, dois pontos), salvo a pontuação empregada nos numerais. 
d) Não há espaços depois do parêntese que abre nem antes do parêntese que 
fecha. 
e) Não há espaço nem antes nem depois do hífen. 
f) No caso do travessão, há espaço antes e depois, salvo os casos em que o sinal 
for seguido vírgula ou ponto-e-vírgula. 
33 
 
 
 
 
 
 
2 A MONOGRAFIA 
 
 Construída no último período do Curso, a Monografia é a elaboração e o 
resultado final da pesquisa proposta no Projeto qualificado no período anterior. O 
próprio nome do trabalho científico já designa o limite da investigação: Monografia 
(mono = único). Isto significa que o trabalho monográfico deve ter por objeto um 
único assunto ou tema. 
 
 Didaticamente, podem-se classificar três tipos de Monografia, mas nada 
impede que em vários momentos estes modelos possam ser combinados33: 
 
a) Monografia de compilação: consiste na exposição criteriosa do pensamento 
dos vários autores que escreveram sobre o tema escolhido. Neste caso, o estudante 
tem de demonstrar que examinou o maior número possível de obras publicadas 
sobre o assunto, sendo capaz de organizar as várias opiniões, antepô-las 
logicamente, quando se apresentam antagônicas, harmonizar os pontos de vista 
existentes na mesma direção, enfim, apresentar um panorama das várias posições, 
de maneira clara e didática. Deve também dar sua opinião sobre os pontos 
relevantes, bem como suas conclusões. 
 
b) Monografia de pesquisa de campo: consiste na exposição da investigação do 
estudante que não se restringe aos aspectosteóricos publicados em textos, dando 
ênfase aos dados encontrados na prática e no cotidiano. A pesquisa de campo é 
uma pesquisa empírica, realizada pela observação direta dos fatos ou pela 
indagação concreta de pessoas envolvidas e interessadas no tema objeto de estudo. 
 
______________________________ 
 
33
 NUNES, 2009, p. 32-47 
 
34 
 
Considera-se também como de campo a pesquisa de documentos históricos, a 
experimental, a clínica, etc. O investigador organiza o material colhido, agrupando-o 
por semelhanças e diferenças em função dos problemas detectados, de forma lógica 
e sistemática. Esta organização depende das premissas levantadas antes do início 
dos trabalhos, havendo sempre a necessidade de elaboração teórica. 
 
c) Monografia “científica”: o trabalho de cunho científico tem de ser útil à 
comunidade científica à qual se dirige bem como a toda a comunidade. Para tanto, é 
preciso que ele venha a dizer algo que ainda não foi dito, no sentido de apresentar 
uma ótica diferente ou contestar uma posição anterior. Nesse sentido, os modelos 
anteriores também são científicos quando observam esta premissa. 
 
2.1 O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO DA MONOGRAFIA 
 
Consiste numa experiência acadêmica na qual o Professor Orientador 
amadurece a sua prática científica e intelectual e o orientando é ajudado a não se 
perder nas variáveis teóricas e metodológicas do seu trabalho, sentindo-se 
totalmente solto, numa situação de total independência ou totalmente perdido. Não 
se trata de um processo de ensino instrucional, de um conjunto de aulas 
particulares, mas de um diálogo em que as duas partes interagem, respeitando a 
autonomia e a personalidade de cada uma (e as exigências do grau em questão e a 
formação de cada nível). 
É importante que o Orientador não faça papel de pai, tutor, protetor, advogado 
de defesa, analista, nem de feitor, carrasco, senhor de escravos, etc.. O seu papel é 
de educador no plano da elaboração científica: trabalho conjunto em que ambas as 
partes crescem, sem qualquer forma de opressão ou submissão. 
Desde a delimitação do tema e do problema de sua pesquisa e durante o 
tempo de desenvolvimento do seu trabalho até à sua conclusão, o aluno precisa 
assumir competência, segurança e autonomia para a sua criação intelectual. É obra 
sua. 
Por isso, só se procura um Orientador ou se começa uma orientação depois 
que o aluno já está de posse de suas idéias e de seu projeto bem definido. A 
contribuição do Orientador será tanto mais enriquecedora quanto mais informado e 
problematizado estiver o orientando. 
35 
 
A partir daí o Orientador vai sugerir pistas, testar as opções feitas e posições 
assumidas, esclarecendo os caminhos seguidos, ajudando a clarear a proposta de 
pesquisa e a descobrir possíveis pontos fracos. É importante a discussão, que será 
um elemento de definição e amadurecimento desta própria autonomia de que o 
orientando precisa para desenvolver com segurança a sua pesquisa, e assim ousar 
avançar. 
Assim, o processo consiste basicamente numa leitura e numa discussão 
conjuntas, num embate de idéias, de apresentação de sugestões e de críticas, de 
respostas e argumentações, em que não será questão de impor nada, mas, 
eventualmente, convencer, esclarecer, prevenir, tanto a respeito do conteúdo, 
quanto a respeito da forma. 
Fica claro que ao orientando cabe construir seu projeto de monografia, 
definido seu problema e suas hipóteses, seu raciocínio e suas argumentações a 
partir de sua própria experiência intelectual e científica, construída com trabalho 
sistemático. São esses resultados que ele irá discutindo com seu Orientador, na sua 
totalidade ou em partes, pela análise de capítulo por capítulo. O Orientador sugere 
eventuais direcionamentos novos, novas leituras, novos campos bibliográficos, que 
poderão ampliar os horizontes do trabalho. O Orientador não deve assumir as 
tarefas que cabem ao orientando, abafando-o e impedindo o seu crescimento 
intelectual. 
Em todo o seu curso e em todas as etapas da orientação, o Orientador estará 
chamando a atenção para a exigência de coerência que o trabalho deve ter, também 
criticando a presença de generalidades vagas e retóricas no texto, a imprecisão e 
ambigüidade dos conceitos que precisam ser devidamente definidos e explicados. 
 Algumas atitudes do Orientador favorecem um bom processo de orientação: 
a) Já no primeiro encontro: definir metas, fazer os acordos de trabalho, estabelecer 
regras, insistir no fato de que o tempo urge (agora é redigir, porque o projeto já 
existe), ajudar a definir um bom esquema ou sumário hipotético: lógico, coerente, 
sem muitos capítulos (sem este esquema a monografia não caminha e se perde); 
c) insistir na bibliografia: cuidado para não ficar tudo citado em sites da Internet; 
d) fazer o orientando voltar sempre ao esquema; 
e) marcar prazos e cobrá-los 
f) preencher o diário ou relatório das atividades feitas com os orientandos; 
g) devolver o material lido e corrigido ou sugerido com pontualidade. 
36 
 
2.2 EVITANDO O PLÁGIO 
 
 Existe no meio acadêmico, principalmente no corpo discente, uma crença que 
o plágio é uma atitude aceitável e que pode ser difundida. Todavia, este manual 
insiste que, ao plagiar, os escritores perdem as vantagens de pertencer a uma 
comunidade intelectual, profissionais perdem a credibilidade e seu provável lucro e 
os acadêmicos terão os seus trabalhos sob suspeita e não serão apoiados em 
trabalhos futuros. Além disso, nunca se deve esquecer que plágios poderão ser 
punidos com o rigor da lei34, e que, portanto, nas Faculdades Unificadas de Teófilo 
Otoni serão absolutamente intolerados, significando reprovação automática da 
Monografia. 
 O Professor Fernando Manuel Pacheco Botelho define “plágio”, em nosso 
contexto, como assinar ou apresentar como sua obra científica de outrem. Existem 
alguns tipos, que são: 
 Direto: ato de copiar uma fonte palavra por palavra sem a indicação que é uma 
citação e sem fazer referência ao autor; 
 Empréstimo: ato de tomar emprestado o trabalho de outros estudantes, sem a 
devida indicação do verdadeiro autor se torna um plágio direto; 
 Mosaico: ato de mudar algumas palavras dos parágrafos, podendo ser 
classificados como paráfrases, sem apontar o devido crédito ao autor original. 
Pode-se reconhecer facilmente um trabalho plagiado por não indicar 
claramente os créditos, e estar cheio de fatos, observações e ideias que o escritor 
não poderia ter desenvolvido sozinho ou estar escrito num estilo diferente. Os 
falsários e plagiadores quase sempre usam fontes completamente diferentes 
daquelas utilizadas pelos mestres em suas aulas e os mesmos não possuem erros 
de Língua Portuguesa, o que infelizmente está fora da maior parte da realidade dos 
alunos. 
Todos os tipos de escritores se baseiam em outros autores, eles sabem que 
suas idéias são geradas no contexto das idéias dos outros. Do contrário, a maioria 
dos trabalhos de pesquisas não poderiam ocorrer. Daí o aprendizado da correta uti- 
_____________________________ 
 
34
 BRASIL, Lei nº. 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da República Federativa do 
Brasil. Brasília 19 de fev. 1998. Esta lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta 
denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos. Portanto, imitar trabalho alheio é crime. 
37 
 
lização das fontes bibliográficas ser muito importante: dando os devidos créditos às 
fontes selecionadas, seus escritos ganham autoridade, clareza e precisão. As fontes 
bibliográficas são preciosas fontes do saber. 
Segundo o Prof. Marcelo Amaral Silva, 
 
Dentre os fatores que agravam essa criseestá exatamente o fato da 
dissociabilidade entre ensino e pesquisa. [...] onde o aluno ocupa 
uma posição passiva de mero captador e decorador de conceitos, ou 
seja, é mero objeto de assimilação de conhecimento e não atua como 
sujeito produtor de conhecimento no processo educativo.
35 
 
Na internet existem inúmeros sites que hoje oferecem trabalhos acadêmicos 
tentadores, são oferecidos com rapidez de entrega e alguns poucos casos com 
qualidade. Contudo, a maioria são meras fábricas de produtos genéricos, pois são 
muito superficiais e escritos em tom informativo, com pouco caráter científico e com 
seus preços determinados pela quantidade de páginas. 
Se pegar trabalhos na internet é tão fácil e barato, por que não fazer? Entre 
as dezenas de motivos, três são os mais importantes: 
1º Punição: plagiar é crime passível de punição, sendo que qualquer cidadão 
poderá denunciar esta prática; 
2º Aprendizado: com a utilização da cópia e do uso do plágio, o estudante não 
terá a oportunidade de pesquisar e, com certeza, cairá a qualidade de seu estudo; 
3º Integridade: devido às grandes facilidades proporcionadas por este novo 
veiculo de informação, a nossa ética é constantemente colocada a prova. Se a 
postura acadêmica for de apenas ser um internauta que sabe localizar os melhores 
plágios, logo o estudante começa a andar em círculos à procura de pessoas que 
possam fazer o seu trabalho. 
 Finalmente, sugerem-se algumas dicas para se evitar o plágio: 
 Tempo: reservar bastante tempo para pesquisar, escrever e revisar o trabalho. 
Quando falta tempo, o plágio se torna uma grande tentação; 
 Bibliografia: fazer sempre uso da Leitura Sinóptica; a originalidade do trabalho 
resulta da síntese do que se leu; 
 Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação com as regras 
de como redigir referências bibliográficas; 
 
______________________________ 
 
35
 SILVA , 2004. p 13. 
38 
 
 Ajuda: existem sempre professores especialistas em redação e metodologia 
científica; sempre que precisar, podem ser procurados para as devidas 
orientações; 
 Confiança: acreditar no próprio potencial e trabalhar arduamente. 
 Entender, acima de tudo, que plagiar é sempre a pior solução para qualquer 
problema acadêmico. 
 
2.3 ESTRUTURA GERAL DA MONOGRAFIA 
 
Parte interna: 
Elementos pré-textuais Elementos textuais Elementos pós-textuais 
 Folha de Rosto (obrigatório) 
 Errata (opcional) 
 Folha de Aprovação (obrigatório) 
 Dedicatória (opcional) 
 Agradecimentos (opcional) 
 Epígrafe (opcional) 
 Lista de Abreviaturas e Siglas 
 (opcional) 
 Lista de Ilustrações (opcional) 
 Lista de Tabelas (opcional) 
 Lista de Gráficos (opcional) 
 Resumo em língua vernácula 
 (obrigatório) 
 Resumo em língua estrangeira 
 (opcional) 
 Sumário (obrigatório) 
Introdução 
Desenvolvimento 
Conclusão 
 
(obrigatórios) 
Referências (obrigatório) 
Apêndice (opcional) 
Anexo (opcional) 
Glossário (opcional) 
Índice (opcional) 
 
 
Parte externa: 
Capa (obrigatório) 
Lombada (opcional) 
 
 
39 
 
2.4 ELEMENTOS TEXTUAIS DA MONOGRAFIA 
 
 De acordo com a ABNT/NBR 14724/2006, os Elementos Textuais (Introdução, 
Desenvolvimento e Conclusão) é a parte do trabalho em que é exposta a matéria. 
 
2.4.1 Introdução (elemento obrigatório): 
 
Trata-se da apresentação dos objetivos do trabalho, da ancoragem do tema 
proposto, seu problema e os procedimentos que serão adotados para o 
desenvolvimento do estudo. Na introdução, o autor deve esclarecer o leitor do que 
se trata o trabalho, o raciocínio adotado, apontar a contribuição do trabalho para o 
âmbito científico. Ela é, portanto, uma promessa, uma peça de sedução: não deve 
contar tudo,mas apontar o que o trabalho revelará.. Deve ser sucinta e adequada ao 
trabalho acadêmico. Deve-se evitar ao máximo qualquer citação de autores e textos 
em rodapé. Far-se-á remissão apenas quando for impossível não fazê-la. Só deve 
ser escrita depois que todo o trabalho, inclusive a Conclusão, estiver pronto. A 
Introdução, não fazendo parte do corpo do trabalho, não deve ter indicativo 
numérico, e palavra “Introdução” é centralizada. 
 
2.4.2 Desenvolvimento (elemento obrigatório): 
 
Corresponde ao corpo do trabalho e será construído de acordo com a 
proposta de estudo. Os capítulos e subtítulos devem apresentar o conteúdo da 
pesquisa de forma clara com consistência teórico-metodológica. O desenvolvimento, 
de acordo com Severino (2002)36, é 
 
a fase de fundamentação lógica do tema deve ser exposta e provada; a 
reconstrução racional tem por objetivo explicar, discutir e demonstrar. 
Explicar é tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo; é 
descrever, classificar e definir. Discutir é comparar as várias posições que 
se entrechocam dialeticamente. Demonstrar é aplicar a argumentação 
apropriada à natureza do trabalho. É partir de verdades garantida para 
novas verdades. 
 
 Os capítulos teóricos (ou de revisão de literatura) devem ser desenvolvidos e 
produzidos a partir do Marco Teórico do Projeto de Pesquisa aprovado. A exposição 
______________________________ 
 
36
 SEVERINO, 2002, p.83. 
40 
 
dos capítulos da pesquisa prática, empírica ou de campo deve corresponder à 
metodologia proposta no Projeto. 
 No texto dos capítulos, o uso do nome dos autores deve obedecer à seguinte 
regra: nome fora de parênteses é grafado e letras minúsculas (neste caso, o autor é 
o sujeito da referência; está-se reportando à sua pessoa e autoridade); nome dentro 
de parênteses é grafado em letras maiúsculas (neste caso, a idéia do autor é o 
elemento do qual se está falando, e o seu nome aparece como referência da idéia). 
 
 
 Exemplo: 
 De acordo com Severino (2002), “explicar é tornar evidente o que estava 
implícito, obscuro ou complexo”42. 
 Ou: 
 Pode-se definir o termo explicação como “tornar evidente o que estava 
implícito, obscuro ou complexo” (SEVERINO, 2002, p. 83). 
 Obs: no primeiro caso, faz-se a chamada para a nota de rodapé. No segundo, 
a referência é imediata no próprio texto. 
 
 
2.4.3. Considerações finais ou Conclusão (elemento obrigatório): 
 
É uma síntese do estudo realizado. Deverá ser breve e tomar por objetivo a 
recapitulação, de forma resumida, dos resultados da pesquisa, dos objetivos e das 
metas atingidas. Deve conter um balanço do autor sobre as questões levantadas 
para a pesquisa e identificadas durante o seu desenvolvimento. “O autor pode ainda 
manifestar o seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o alcance dos 
mesmos” (SEVERINO, 2002, p. 83). É aí que aparecem claramente a validação ou 
não das hipóteses de trabalho e a verificação dos ganhos reais da pesquisa em 
todos os seus aspectos. 
A Conclusão nada prova, apenas diz resumidamente o que foi descoberto. 
Disso decorre, também, que não se devem fazer citações ou notas de rodapé, pois 
não é mais fundamentação. Não constituindo capítulo, não deve ter indicativo 
numérico e a palavra “Conclusão” aparece centralizada. 
 
41 
 
2.4.4 A Linguagem usada o texto 
 
 Por um lado, o trabalho científico deve ser produzido para que toda a 
comunidade o entenda e, por isso, a linguagem deve ser a mais simples, natural e 
clara possível. Por outro lado, há a necessidade de utilização do linguajar técnico da 
área específica de investigação, uma vez que não é possível elaborar um trabalho 
científico sem a apresentação de proposições controláveisem termos de rigor 
lingüístico que permitam à comunidade científica entender a comunicação, e esta é 
a característica fundamental do texto da Monografia. Escreve-se para a Banca 
(professores, orientador, estudantes da área), mas também para todos os outros 
leitores em potencial. 
 Rizzatto Nunes37 insiste que uma Monografia científica tem que ser precisa. 
Evitem-se os termos vagos, imprecisos, ambíguos, como também a linguagem 
coloquial, chula ou gíria. 
 A comunicação científica deve ter um caráter formal e impessoal. Evite-se a 
construção das frases na primeira pessoal do singular ou do plural, utilizando-se de 
recursos que tornem o texto impessoal, como as expressões: “concluí-se que”, 
“percebe-se pela leitura do texto”, ´”é válido supor”, “ter-se-ia de dizer”, “verificar-se-
á”, etc. 
Assim, em vez de escrever “conforme vimos no item anterior”, escreve-se 
“conforme visto no item anterior”; em vez de escrever “dissemos que”, escreve-se 
“foi dito que”, etc. 
 
 
2.5 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS DA MONOGRAFIA 
 
 
 Ver o item 1.2 (Elementos Pós-textuais do Projeto de Pesquisa) acima, às p. 
14-22 deste Manual. 
 
 
 
______________________________ 
 
37
 NUNES, 2009, p. 97-102. 
 
42 
 
2.6 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS DA MONOGRAFIA 
 
2.6.1 Folha de Rosto (elemento obrigatório): 
 
 Além das indicações gerais do item 1.3.2 acima (p. 26) sobre a Folha de 
Rosto, vale ressaltar que, na Monografia, a folha de rosto pouco difere do projeto. O 
presente manual entende que o nome do aluno/pesquisador deve figurar em 
primeiro plano na folha de rosto da Monografia, já que este é o autor da pesquisa 
realizada. Já o nome da Instituição deve figurar na parte inferior da capa, entre o 
local da instituição onde deve ser apresentado (cidade) e o ano de depósito. Há 
quem entenda que o nome da instituição não seja elemento obrigatório na folha de 
rosto38. No entanto, nesse manual aderimos pela importância da apresentação do 
nome da instituição na folha de rosto. 
No verso da folha de rosto da Monografia deverá ser inserida a ficha 
bibliográfica do trabalho. Recomenda-se ao aluno/pesquisador que procure a 
bibliotecária responsável pela biblioteca da Instituição na qual o trabalho será 
apresentado para auxiliá-lo na elaboração da citada ficha. 
 
Na página a seguir, aparece o modelo de Folha de Rosto da Monografia, com 
o texto que apresenta a natureza do trabalho: 
 
Monografia apresentada ao Curso de ........................... das 
Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, como requisito parcial 
à obtenção do título de Bacharel em ............................... 
Área de Concentração: .................................................... 
Orientador: Prof. ................................................................. 
 
 
 
 
 
______________________________ 
 
38 FRANÇA, 2004, p. 35. 
 
43 
 
LUCAS SOARES FARIA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS REDES 
SUPERMERCADISTAS PRESENTES NO MUNICÍPIO DE 
TEÓFILO OTONI (MG) 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Administração das 
Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, como requisito 
parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração. 
Área de Concentração: Administração de Marketing. 
Orientador: Prof. Msc. Carlos Alberto Silva Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
TEÓFILO OTONI 
FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI-MG 
2013 
44 
 
2.6.2 Folha de Aprovação (elemento obrigatório): 
 
Deve ser inserida após a Folha de Rosto, constituída pelo nome do autor do 
trabalho, título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza (tipo do trabalho, 
objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração) data de 
aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e 
instituições a que pertencem. 
A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca 
examinadora devem ser colocadas após a aprovação do trabalho. 
Recomenda-se que, para a encadernação das vias provisórias que servem 
para o estudo dos professores que comporão a Banca de Avaliação, seja feita uma 
Folha de Aprovação mais simples, e, somente após a realização da Defesa se 
providencie a folha de aprovação oficial com as assinaturas dos professores 
examinadores. 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 A Monografia intitulada: ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS 
REDES SUPERMERCADISTAS PRESENTES NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI (MG) 
elaborada pelo aluno LUCAS SOARES FARIA PEREIRA 
foi aprovada por todos os membros da Banca Examinadora e aceita pelo curso de Administração das 
Faculdades Unificadas Teófilo Otoni, como requisito parcial da obtenção do título de 
 
BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. 
Teófilo Otoni, 13 de novembro de 2013 
_______________________________ 
Prof. Orientador 
_______________________________ 
Prof. Examinador 1 
_______________________________ 
Prof. Examinador 2 
 
FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI 
45 
 
2.6.3 Dedicatória (elemento opcional): 
 
Constitui de texto, geralmente curto, no qual o autor presta homenagem ou 
dedica seu trabalho a alguém. É colocado no canto inferior direito da página. 
 
2.6.4 Agradecimentos (elemento opcional): 
 
É um texto de agradecimentos a pessoas ou instituições que, de alguma 
forma, colaboraram para a execução do trabalho. Por se tratar de um trabalho 
acadêmico, não se deve confundir esta página com um discurso de orador na 
colação de grau nem com o encarte que se coloca no convite de formatura. O 
agradecimento deve ser sóbrio, sem muitas explicações. Deve-se selecionar 
pessoas ou situações realmente relevantes para ocupar esta página e nunca 
ultrapassar uma página. 
 
2.6.5 Epígrafe (elemento opcional): 
 
Consiste de citação de pensamento que, de alguma maneira, embasou a 
gênese da obra. A epígrafe também pode ser feita no início de cada capítulo ou de 
partes principais do trabalho acadêmico. Também é colocada no canto inferior direito 
da página. 
 
2.6.6 Lista de Abreviaturas e Siglas (elemento opcional): 
 
A “lista de abreviaturas e siglas” consiste em relação alfabética das 
abreviaturas e siglas muito utilizadas na publicação, seguidas das palavras a que 
correspondem por extenso. Tal lista é usada para evitar a repetição de palavras e 
expressões freqüentemente utilizadas no texto. Recomenda-se usar as abreviaturas 
já existentes ao invés de criar novas. 
No corpo do texto, quando uma sigla ou abreviatura for apresentada pela 
primeira vez, deve estar entre parênteses e ser precedida do nome por extenso. 
 
Exemplo: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) 
Segue exemplo de lista de abreviaturas e siglas: 
46 
 
ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
APEX – Agência de Promoção de Exportações do Brasil 
BBG – Bundesbeamtengesetz (Lei dos Funcionários Públicos Federais da 
Alemanha) 
BRRG – Rahmengesetz zur Vereinheitlichung des Beamtenrechts (Lei Geral de 
Unificação do Direito dos Funcionários Públicos da Alemanha). 
CE – Constitución Española (Constituição Espanhola de 1978). 
CF – Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452 de 1º 
 de maio de 1943. 
CRP – Constituição da República Portuguesa de 1976. 
DASP – Departamento Administrativo de Serviço Público 
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente 
FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais 
IEMI – Instituto de Estudo e Marketing Industrial 
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil 
REDESIST –

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