Buscar

Direito Tributário - 2ª Fase OAB XIX

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO
1. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO:[2: 	1ª Aula (27 de abril de 2016). Alessandro Spilborghs (duvidasprofale@gmail.com).]
1.1. Introdução:
Roteiro da cobrança tributária: HI – FG – OT – L (5 anos = decadência) – CT – CDA – EF (5 anos = prescrição).
Prazos do FISCO? Para o Lançamento, o Fisco possui prazo de cinco anos, bem como para executar, a Fazenda Pública conta também com cinco anos.
#SELIGA (art. 146, inciso III, “b”, da CF): FG, OT, L, CT, CDA, decadência e prescrição são temas dependentes de LEI COMPLEMENTAR, ou seja, pelo CTN (só podem ser veiculados por está lei). Enquanto que EF não necessita ser veiculada por LC (pode ser por meio de LO, qual seja, a Lei n.º 6.830/80).
#TemTese: LO federal que institui contribuição previdenciária específica, em que no seu artigo 45 apresenta o prazo de 10 anos para lançamento da referida contribuição (decadência), e no seu artigo 46 prescreve também o prazo de 10 anos para executá-la (prescrição), é válida esta LO? Não, a LO é inconstitucional, tendo em vista que decadência e prescrição em matéria tributária são assuntos dependentes de LC (CTN), conforme disciplina o artigo 146, inciso III, “b” da CF, artigos 173 e 174 do CTN, bem como a súmula vinculante n.º 08.
1.2. Decadência: nada mais é do que o prazo previsto em LC para formalizar o CT através da realização do L.
1.2.1. Características:
a) É norma geral de Direito Tributário;
b) Justamente, é tema dependente de LC (CTN);
c) Constitui necessariamente no prazo de cinco anos que o Fisco dispõe para L o tributo;
d) É modalidade de extinção do CT;
e) Por regra, constitui em um prazo que não se suspende e não se interrompe (salvo a hipótese do artigo 173, inciso II, do CTN).
1.2.2. Regra geral para contagem da decadência (artigo 173, inciso I, do CTN):
Exemplo: FG (12/03/2010), tributo não pago (termo de contagem conforme o artigo 173, inciso I, do CTN = primeiro dia do exercício seguinte em que o pagamento deveria ter sido efetuado) = 1º/01/2011 (5 anos para L o tributo), sendo que decairá em 1º/01/2016 (pode cobrar até o dia 31/12/2015).
1.2.3. Regra especial da contagem da decadência (art. 150, § 4º, do CTN): é regra utilizada somente para o caso de tributos LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO (sem participação do Fisco).
O prazo também será de 5 anos, mas a contagem tem início com a ocorrência do FG.
Exemplo: FG (12/03/2010), tributo L por homologação, paga parcialmente, ou seja, mais baixo do que o valor necessário (termo de contagem conforme o artigo 150, § 4º, do CTN = início com a ocorrência do FG) = 12/03/2015 (pode o Fisco cobrar até o dia 11/03/2015).
1.2.4. Regra geral vs Regra especial:
Artigo 173, inciso I, do CTN: tributo não declarado e não pago. Exemplo: dívida de R$ 1.000,00, em que o contribuinte nada declara e não efetua seu pagamento (o Fisco precisa L R$ 1.000,00 no prazo de cinco anos, contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que deveria ter sido L/pago).
Artigo 150, § 4º, do CTN: tributo declarado e paga PARCIALMENTE (a menor). Exemplo: dívida de R$ 1.000,00, em que o contribuinte declara e paga somente R$ 600,00 (Fisco precisa L R$ 400,00 no prazo de cinco anos, contados do FG).
#SELIGA: contribuinte que declara e paga parcialmente, porém, valendo-se com DOLO/FRAUDE/SIMULAÇÃO (enunciado trará a situação)? Nesta situação, será utilizado o artigo 173, inciso I, do CTN (regra geral).
1.2.6. Outras hipóteses da decadência:
a) Lançamento anulado por vício formal (artigo 173, inciso II, do CTN): é quase um prazo de interrupção, reconhecido pela jurisprudência, conforme o REsp 690.382.
Exemplo: FG (12/03/2010), em que o L ocorre no dia 12/03/2013. No caso, o contribuinte apresenta defesa administrativa, e no dia 12/08/2013 sai uma decisão administrativa final anulando o L = da data da decisão final administrativa, o Fisco terá o prazo de cinco anos para L novamente o tributo (reestabelece o prazo).
b) Antecipação da contagem da decadência (artigo 173, parágrafo único): 
Exemplo: FG (12/03/2010) e o primeiro dia do exercício seguinte (1º/01/2011) = no dia 1º/10/2010 o contribuinte sofre uma fiscalização, ocasião em que o Fisco terá o prazo de cinco anos para L o tributo (da data do início da fiscalização).
1.3. Prescrição: corresponde aquele prazo previsto em LC de cinco anos para se ingressar com a EF.
1.3.1. Características:
a) Corresponde a norma geral de Direito Tributário;
b) Que depende de LC (CTN);
c) O prazo é de 5 anos que a Fazenda possui para executar a dívida;
d) Corresponde a modalidade de extinção do CT;
e) O prazo pode ser suspenso/interrompido (diferentemente da decadência).
1.3.2. Regra geral para contagem da prescrição (artigo 174, do CTN): o termo inicial da contagem é a CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA do CT.
Exemplo 1: FG – OT – L – CT (prazo de 30 dias para pagar o tributo ou apresentar defesa sobre o mesmo, conforme o artigo 160, do CTN).
Exemplo 2: contribuinte que recebe notificação do L do CT no dia 1º/06/2013, em que apresenta impugnação administrativa de forma imediata, sendo que a decisão final somente foi proferida em 1º/02/2014. Em que momento conta-se o prazo prescricional? Contar-se-á como termo inicial a data de constituição definitiva do CT (1º/02/2014), que prescreverá em 1º/02/2019 (podendo cobrá-lo até o dia 31/01/2019).
Constituição definitiva? Duas situações, ou seja, com ou sem defesa.
31º dia do L = será CT definitivo, caso o contribuinte NÃO tenha pago ou apresentado defesa administrativa.
Data da decisão administrativa irreformável: nesta data o CT se mostrará definitivo, quando o contribuinte não paga o tributo, porém, apresenta defesa administrativa tempestivamente.
1.3.3. Suspensão da prescrição: não são expressamente dispostas no CTN. Há inclusive reconhecimento jurisprudencial (REsp 542.975) que suspende a prescrição as hipóteses suspensivas da exigibilidade do crédito (artigo 151, do CTN).
#SELIGA (art. 2º, § 3º, da LEF): na data da inscrição em DA (CDA) ocorre a suspensão do prazo prescricional, pelo prazo de 180 dias. CUIDADO: prescrição, por se trata-se de norma geral, é necessário a veiculação por meio de LC. Contudo, a LEF (LO) trouxe um caso de suspensão (é inválido, ou seja, é inaplicável em matéria tributária).
1.3.5. Interrupção da prescrição: as hipóteses estão previstas no artigo 174, parágrafo único, do CTN.
a) Despacho do juiz que ordena a citação;
b) Protesto judicial;
c) Ato judicial que constitua o devedor em mora;
d) Qualquer ato do sujeito passivo admitindo ad dívida.
#SELIGA: uma vez ajuizada a EF (petição inicial de iniciativa da Fazenda Pública correspondente), o juiz, em primeira manifestação determinará a citação do executado.
CUIDADO: súmula 106, do STJ e artigo 219, § 1º, do CPC? O ajuizamento deve estar dentro dos 5 anos, pouco importando a data em que o juiz despachou determinando a citação do executado.
2. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (ARTIGO 40, DA LEF):
2.1. Conceito: ocorre quando a EF é arquivada e permanece paralisada por mais de 5 anos, por inércia da Fazenda Pública.
Exemplo (EF): pode o executado (i) pagar ou garantir a dívida no prazo de 5 dias. Entretanto, existem situações em que (ii) não se encontram bens penhoráveis, em que o (iii) processo será suspenso por 1 ano, e se após essa suspensão não existirem bens penhoráveis, (iv) o processo será arquivado.
#SELIGA (súmula 314, do STJ e artigo 40, § 4º, da LEF): 
#TemTese: prescrição vs prescrição intercorrente? 
	PRESCRIÇÃO NORMAL
	PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
	CTN 
	LEF
	Direito material
	Direito processual
	LC
	LO
	Artigos 174, CTN
	Artigo 40, LEF
	Ainda não foi ajuizada a EF
	EF arquivada
3. RESUMO DA AULA:
3.1. Decadência:
a) Tributo não declarado e não pago = artigo 173, inciso I, do CTN (regra geral).
b) Tributo declarado e pago a menor = artigo 150, § 4º, do CTN (regra especial).
c) Tributo declarado e pago parcialmente comDOLO/FRAUDE/SIMULAÇÃO = artigo 173, inciso I, do CTN (regra geral).
d) Lançamento anulado por vício formal = artigo 173, inciso II, do CTN (outras regras).
e) Fiscalização acontece antes do primeiro dia do exercício financeiro seguinte = artigo 173, parágrafo único, do CTN (outras regras).
3.2. Prescrição:
a) Crédito tributário não pago e não apresentado defesa administrativa = artigo 174, do CTN.
b) Crédito tributário não pago e impugnado por meio de defesa administrativa = artigo 174, do CTN.
#TemTese 1: súmula 436, do STJ? Exemplo: tributo declarado e não pago = NÃO é mais caso de decadência, ou seja, será PRESCRIÇÃO, pois ouve o respectivo L (artigo 174, do CTN)!
#TemTese 2: súmula 554, do STJ? Quando estiver diante de um tributo sujeito ao L por homologação, porém não declarado, usa-se a DECADÊNCIA (não aplica-se os artigos 150, § 4º ou 173, inciso I, ambos do CTN).
4. LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO:[3: 	2ª Aula (29 de abril de 2016). Alessandro Spilborghs.]
4.1. Introdução: roteiro de cobrança do tributo = FG – OT – L – CT – CDA – EF.
Como o tributo é cobrado? Quais vantagens a Fazenda Pública possui ao cobrar um tributo? O que é a dívida ativa? Como funciona a cobrança judicial do tributo?
#SELIGA: 
Lançamento: artigos 142 ao 150, do CTN (LC);
Privilégios do CT (garantias): artigos 183 ao 193, do CTN (LC);
Dívida Ativa: artigos 201 ao 208, do CTN (LC);
EF: Lei nº 6.830/90 (LO).
4.2. Lançamento: é um procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do FG e responsável por constituir o CT.
#SELIGA: o L possui duas funções, ou seja, declaratório da OT e constitutivo do CT.
4.3. Características do L:
a) O L em operações de Importação e Exportação = o valor tributável estará em moeda estrangeira, devendo o Fisco na hora do lançamento converter em real;
#TemTese: considerar-se-á o câmbio da data de ocorrência do FG, conforme o artigo 143, do CTN.
b) Legislação aplicável? Para o tributo lançado utiliza-se a lei vigente da época do FG. Para o procedimento do L utiliza-se a lei vigente no momento da sua realização.
#TemTese: compra e venda de imóvel (ITBI), sendo que na época do FG (janeiro de 2016) a alíquota correspondia à 4%, que deveria ser recolhido pela guia azul. Entretanto, o momento do L do tributo só ocorreu em março de 2016, ocasião em que a alíquota do tributo referenciado correspondia à 2%, recolhido pela guia verde. Como fica a situação do contribuinte? Diante disso, o tributo deve ser recolhido neste caso através da alíquota de 4% (sempre aquela correspondente ao FG) em guia verde (procedimento utilizado na hora do L). OBS.: arts. 144, caput, do CTN c/c o artigo 150, inciso III, “a”, do CF = L aplicar-se-á p § 1º do artigo 144, do CTN.
c) Mudança de critérios adotados pela autoridade para o L: a mudança só alcança os FG posteriores à mudança. A mudança não pode alcançar os FG passados.
#TemTese (art. 146, do CTN): como no caso de Livro Infantil que emite som, em que até 2015 a RFB o classificava como “outros livros”, que gerava imunidade tributária. Ocorre, que em 2016 a RFB altera os critérios, passando a considerar esses livros como “brinquedos”, que passará a sofrer tributações. A RFB não poderá tributar os livros de 2015, pois a mudança de critérios só alcança FG posteriores.
4.4. Modalidades de L: existem basicamente três modalidades (tipos) de L de acordo com a participação do contribuinte.
4.4.1. Lançamento de ofício/direto: trata-se de L registrado no artigo 149, do CTN, em que o Fisco lança o tributo independentemente de auxílio do contribuinte, ou seja, não depende da ajuda do mesmo. 
Exemplo: o Fisco já possui todas as informações necessárias, e ele mesmo faz o cálculo e o L do referido tributo (cabendo ao contribuinte arcar com o valor apurado), como no caso o IPVA.
Tributos: IPTU, IPVA, taxas e contribuições de melhoria.
4.4.2. Lançamento misto/por declaração: corresponde a modalidade indicada no artigo 147, do CTN. Neste caso, o L depende tanto de ato praticado pelo contribuinte, quanto de ato perpetrado pelo Fisco.
Exemplo: o contribuinte presta informações ao Fisco, que calcula e L o tributo. 
Tributos: ITCMD (paulista) e ITBI (em algumas situações) = depende do Estado/Município.
4.4.3. Autolançamento ou lançamento por homologação (artigo 150, do CTN): neste caso o L só depende do contribuinte, cabendo ao risco a verificação das informações e valores recolhidos.
Exemplo: cabe ao contribuinte prestar as informações, bem como calcular o referido tributo e antecipar seu pagamento (sempre!). O Fisco apenas homologa o pagamento.
Tributos: IR, ICMS, ISSQN, entre outros.
#SELIGA: como acontece a homologação? De acordo com o artigo 150, § 4º, a homologação poderá se dar de duas maneiras distintas, ou seja, EXPRESSA (autoridade fiscal registra sua concordância) ou TÁCITA (quando a autoridade deixa transcorrer o prazo in albis de 5 anos, de modo a concordar tacitamente com o pagamento).
CUIDADO: a homologação sempre será feita de forma tácita, pois não há como o Fisco homologar expressamente cada situação fiscal. 
4.5. Revisão do L (artigo 145, do CTN):
a) Impugnação do sujeito passivo: ocorre quando o contribuinte não concorda com a cobrança do tributo. Exemplo: prazo de 30 dias ao constituir o CT, ocasião em que o contribuinte pode pagar ou apresentar defesa administrativa (impugnação).
b) Recurso de ofício (quase um reexame necessário do CPC): só acontece quando a decisão de primeira instância administrativa afasta do contribuinte a necessidade de pagar uma dívida superior a determinado valor. Exemplo: âmbito federal prevê o valor acima de um milhão de reais para recurso de ofício.
c) Iniciativa de ofício da autoridade administrativa: quando a autoridade administrativa altera o seu próprio L. Exemplo: L, reavalia o L e o relança (tão somente nos casos do artigo 149, do CTN = rol taxativo).
#SELIGA (artigos 149, parágrafo único, e 173, caput, ambos do CTN): a revisão só pode alcançar os lançamentos dos últimos cinco anos! Exemplo: L em 2016 só pode rever até 2011. Hoje em dia (2016) já não podem mais ser revistos os lançamentos de 2010 ou anteriores.
5. CRÉDITO TRIBUTÁRIO (GARANTIAS E PRIVILÉGIOS):
5.1. Conceito: são medidas que atribuem maior segurança ao crédito tributário. Existem basicamente diversas vantagens ao credor tributário em relação aos credores comuns.
5.2. Cláusula de impenhorabilidade (artigo 184, do CTN): segundo CTN, a totalidade de bens e rendas do devedor responde pelo CT, mesmo que gravados cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade.
#SELIGA (artigo 10, da LEF; artigo 649, do CPC): a EF não alcança bens/rendas absolutamente impenhoráveis. Dica: o bem absolutamente impenhorável é aquele que a lei determina, e que portanto, deve ser protegido!
Basicamente: quando a impenhorabilidade se der por escolha do contribuinte, não há óbice quanto à EF do Fisco.
#TemTese: bem de família é impenhorável absolutamente! Entretanto, não será impenhorável no caso de dívidas de IMPOSTOS, TAXAS e CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA incidentes sobre o imóvel (pode ser penhorado, conforme o artigo 3º, da Lei 8.009/90).
5.3. Presunção de fraude (artigo 185, do CTN): a regra é que presume fraude à EF a alienação de bens ou oneração de rendas realizadas após a inscrição em dívida ativa.
Exemplo: contribuinte que aliena bens e onera rendas após a inscrição em dívida ativa. 
#SELIGA: o mesmo dispositivo legal deixa claro que não será considerado como fraude se o devedor reservar bens/rendas suficientes para o pagamento da dívida.
#TemTese (súmula 375, do STJ): de acordo com o STJ, só é fraude quando a alienação/oneração de um bem/renda acontece (i) após o registro da penhora ou (ii) quando comprovada a má-fé do terceiro adquirente = não tem força na EF! A inaplicabilidade dessa súmula foi objeto do REsp 1.141.990.
5.4. Penhora online (artigo 185-A, do CTN): é pelo bloqueio universal de bens e direitos. Ou seja, trata-sede uma medida muito mais grave que a simples penhora online (artigo 655-A, do CPC).
5.4.1. Requisitos para o bloqueio universal:
a) O contribuinte deve ter sido regularmente citado;
b) Não paga e nem garante a dívida;
c) Esgotamento das diligências na busca pelos bens.
#SELIGA (súmula 560, do STJ): quando ocorre o esgotamento das diligências? É necessário comprovar que o Fisco (i) pediu penhora online e naturalmente retornou de forma negativa, e (ii) já foram expedidos ofícios aos departamentos nacional/estadual de trânsito (também negativa a diligência).
5.5. Preferências do CT (artigo 186, do CTN): o CT prefere a qualquer outro, salvo os decorrentes da legislação trabalhista ou de acidente do trabalho.
Exemplo: empresa que possui dívidas de salários (1º lugar, pois decorre da legislação trabalhista), IRPJ (2ª hipótese) e empréstimos bancários (3º lugar, pois recebe ao final).
#SELIGA (artigo 186, parágrafo único, do CTN): na falência (Lei 11.101/05), a regra é outra. O CT só é pago depois de se pagar os (i) créditos extraconcursais, (ii) passíveis de restituição, (iii) trabalhistas e de acidente de trabalho e os (iv) créditos de garantia real.
#TemTese (artigo 188, do CTN c/c o artigo 84, inciso V, da Lei 11.101/05): empresa que mesmo em processo de falência continua exercendo suas funções, ocasião em que os CT cujo FG se deu após a decretação da falência devem ser pagos antes daqueles já constituídos (primeiro as extraconcursais, e após as dívidas de natureza concursais). Basicamente: se o FG é antes da falência, o CT tem natureza concursal, e se o FG é após a falência, o CT tem natureza extraconcursal.
6. DÍVIDA ATIVA:
6.1. Conceito: dívida proveniente de um CT definitivamente constituído e inscrita na repartição administrativa competente.
Exemplo: FG – OT (L) – CT (CDA) – EF = representa um título executivo extrajudicial que é o fundamento da EF (imprescindível ao ajuizamento da EF).
#TemTese: Simples Nacional (SuperSimples = LC 126/13) = nada mais é do que um sistema simplificado de arrecadação de impostos/contribuições regulados por LC, ou seja, através de UMA ÚNICA GUIA de arrecadação as ME e EPP conseguem quitar impostos e contribuições federais/estaduais/municipais. Ocorre, que se a guia não for paga, a PGFN inscreve e executa a dívida (artigo 41, da LC 126/13).
6.2. Condições para o CT ser inscrito em Dívida Ativa (artigo 202, do CTN): uma vez incluídos todos os requisitos legais, a Fazenda Pública consegue realizar a inscrição em dívida ativa, e de acordo com o artigo 204, do CTN, a DA possui presunção de liquidez ($$$) e certeza (dívida autêntica/verídica).[4: 	5ª Aula (09 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
Entretanto, a presunção é juris tantum, ou seja, o contribuinte pode questionar com provas convictas. 
#SELIGA: na falta de alguns dos requisitos do artigo 202, do CTN, implica na nulidade da inscrição e consequentemente do processo executivo posterior (EF). Contudo, a nulidade pode ser sanada até a decisão de primeira instância. Assim, deve ser devolvido integralmente o prazo para embargar (artigo 203, do CTN c/c o artigo 2º, § 8º, da Lei 6.830/80).
#TemTese: CDA (nome do devedor = Ana Maria, mas, na verdade, deveria constar a pessoa de Mariana) que serve para propor uma EF. A Procuradoria percebe o erro e, então, substitui a CDA indicando a pessoa de Mariana (correta). Contudo, segundo o STJ, a nulidade só pode ser sanada em razão de vícios formais (erro na estrutura da CDA) ou vícios materiais (no tributo cobrado). OBS.: no caso, a mudação no polo passivo numa EF não é vício formal/material (súmula 392, do STJ e inaplicabilidade do artigo 203, do CTN).
6.3. Modalidades de Certidão:
6.3.1. Certidão Negativa (CND): só é apresentada diante de um tributo não lançado, ou seja, não há dívidas. 
6.3.2. Certidão Positiva (CDP): o tributo foi lançado e vencido (não pago).
6.3.3. Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (CPD-EN): quando o tributo foi lançado, mais vincendo (ainda pode ser realizado o pagamento).
#SELIGA (artigo 206, do CTN): em três hipóteses, ou seja:
Quando o tributo estiver L e vincendo;
Suspensa a exigibilidade do crédito (artigo 151, CTN);
Execução Fiscal garantida (caução para a dívida).
7. MARCAÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO:[5: 	3ª Aula (03 de maio de 2016). Caroline Palermo.]
7.1. Constituição Federal:
7.1.1. Sistema Tributário Nacional (artigos 145 a 162):
a) Artigo 145: Impostos, taxas e contribuição de melhoria.
b) Artigo 146: LC = não pode ser veiculado por LO/MP.
c) Artigo 147: Competência cumulativa do DF (E + M).
d) Artigo 148: EC, União e LC.
e) Artigo 149: Contribuições especiais (Sociais, CIDE e Corporativas).
f) Artigos 150 ao 152: limitações ao poder de tributar (princípios e imunidades).
g) Artigos 153 e 154: Impostos da União.
h) Artigo 155: Impostos dos Estados e DF.
i) Artigo 156: Impostos dos Municípios e DF.
j) Artigos 157 a 162: repartição de receitas.
Artigo 157: incisos I (IR = 100% aos E/DF), II (Impostos residuais = 20% aos E/DF).
Artigo 158: incisos I (IR = 100% aos M), II (ITR = 50% aos M ou 100% em casos de convênio), III (IPVA = 50% aos M) e IV (ICMS = 25% aos M).
Artigo 159: incisos I (IR/IPI = 49% entre E/DF/M), II (IPI = 10% aos E/DF) e III (CIDE Combustíveis = 29% aos E/DF).
OBS.: artigo 153, § 5º = IOF sobre o ouro (30% para os E/DF/Território e 70% para M).
7.2. ICMS:
a) Artigo 155, inciso II, CF: competência.
b) Artigo 155, § 2º, CF: características gerais.
Inciso I, II e III: princípios.
Incisos VI, VII e VIII: operações interestaduais.
Inciso IX: hipóteses de incidência.
Inciso X: hipóteses de não incidência.
Inciso XI: IPI não entra na base cálculo do ICMS.
c) Artigo 155, § 3º: incidência exclusiva.
d) Artigo 155, §§ 4º e 5º: ICMS combustível.
7.3. CTN:
7.3.1. Princípios e imunidades: limitações ao poder de tributar (CF) e imunidades (remissivo geral)
7.3.2. Tributos em espécie:
a) Impostos:
b) Taxas:
c) Contribuição de melhoria:
d) Empréstimo Compulsório:
e) Contribuições especias:
7.3.3. Responsabilidade: artigos 128 ao 
7.3.4. Crédito Tributário:
a) Artigos 151 a 155: modalidade de suspensão do CT.
b) Artigos 156 a 174: extinção do CT.
c) Artigos 175 a 182: exclusão do CT.
7.3.5. Decadência e prescrição:
7.4. Livro II: CTN
a) Artigos 96 ao 112: legislação tributária.
b) Artigo 113: OT.
c) Artigos 114 ao 118: FG.
d) Artigo 119: sujeito ativo.
e) Artigo 121 e 122: sujeito passivo.
e) Artigo 123: convenções particulares.
f) Artigo 124 e 125: casos de solidariedade.
g) Artigo 126: capacidade tributária.
h) Artigo 127, domicílio.
8. PRINCÍPIOS:[6: 	4ª Aula (04 de maio de 2016). Rafael Matthes.]
8.1. Princípio da Legalidade Tributária:
8.1.1. Conceito (artigo 150, inciso I, da CF): de acordo com a legalidade tributária, todo o tributo para ser criado, majorado ou diminuído, dependerá previamente de lei.
8.1.2. Que lei é esse? Em regra a lei é ordinária e excepcionalmente essa lei deverá ser complementar (IGF, impostos residuais, novas contribuições sociais ou previdenciárias residuais e empréstimo compulsório).
CUIDADO (artigo 146, da CF): imunidade/princípios, conflito de competência e regras gerais de direito tributário
8.1.3. Princípio da legalidade estrita (artigo 97, do CTN): pelo menos cinco elementos devem estar presentes na lei, para sua exigência em todo o território nacional.
a) Alíquota: é sempre percentual.
b) Base de Cálculo: é o valor utilizado para o cálculo (multiplica-se pelo percentual, ou seja, é um valor cheio).
c) Sujeito Passivo: é o contribuinte do tributo.
d) Multa: sanção.
e) Fato Gerador: verbo (causa que enseja a incidência do tributo, como no causo de auferir renda e prestar serviço).
8.1.4. Exceções ao princípio da legalidade: DESFIEI
Basicamente: CIDE e ICMS combustíveis, IOF, II, IE e IPI.
É exceção a regra, pois esses tributospodem ter suas alíquotas alteradas por Decreto ou Convênio (ICMS).
OBS.: alíquotas majoradas por Decreto (IOF, II, IE e IPI); alíquotas diminuídas ou restabelecidas por Decreto (CIDE combustíveis); alíquotas diminuídas ou restabelecidas por Convênio (ICMS combustíveis).
CUIDADO: reestabelecer? O Poder Executivo diminuiu uma alíquota e posteriormente reestabelece a alíquota naquela porcentagem originalmente vinculada.
8.1.5. Legalidade e a jurisprudência:
a) STF: a mera alteração no prazo para pagamento de um tributo pode ser feito por Decreto. Exemplo: IPVA cujo prazo para pagamento é 30/03, pode o Estado alterar meramente por meio de Decreto.
b) STJ: a estipulação de obrigação acessória (obrigações de fazer ou não fazer no direito tributário) poderá ser feita por meio de Decreto.
c) STJ (súmula 160): a mera atualização da base de cálculo não depende lei, ou seja, pode ser feita por meio de Decreto.
8.2. Princípio da anterioridade (não surpresa):
8.2.1. Conceito (artigo 150, inciso III, “b” e “c”): trata-se de um período conferido pela CF para que o contribuinte se prepare para pagar um tributo (novo ou majorado).
8.2.2. Vigência vs eficácia da lei: a lei encontra-se vigente, mas somente produz efeitos após, conforme a aplicação do princípio da anterioridade.
8.2.3. Períodos da anterioridade:
a) Anterioridade anual (artigo 150, inciso III, “b”): a lei nova só produz efeitos no exercício financeiro seguinte (ano seguinte).
b) Anterioriedade nonagesimal (artigo 150, inciso III, “c”): a lei nova só produz efeitos depois de 90 dias.
OBS.: os dois períodos de anterioridade se aplicam em conjunto, desta forma, é possível criarmos uma regra geral, ou seja, “todo tributo criado entre janeiro e 1º de outubro respeitará apenas a anterioridade anual. Por outro lado, todo tributo criado de 02 de outubro à 31 de dezembro, respeitará a anterioridade nonagesimal”.
8.2.4. Redução de tributos e a anterioridade: para criar ou aumentar tributos, o Fisco deverá aguarda a anterioridade.
Entretanto, para reduzir tributos, não deverá o Fisco aguardar a anterioridade.
8.2.5. Exceções à anterioridade:
REGRA: todo tributo deve aguardar um período para ser cobrado.
EXCEÇÃO: nem todo tributo respeita a anterioridade. 
8.2.5.1. Exceções à anterioridade anual: II, IE, IOF, IPI, IEG, EC de calamidade pública ou de guerra externa, CIDE e ICMS combustíveis.
8.2.5.2. Exceções à anterioridade nonagisiomal: II, IE, IOF, IR, IEG, EC de calamidade pública e guerra externa, alterações na base de cálculo do IPVA e IPTU.
	Exce. Anual
	II
	IE
	IPI
	IOF
	IEG
	EC
	CIDE com.
	ICMS com.
	-
	-
	-
	Exce.90
	II
	IE 
	-
	IOF
	IEG
	EC
	-
	-
	IR
	Base IPTU
	Base IPVA
	Qnd Pagar
	Já
	Já 
	90 dias
	Já
	Já
	Já
	90 dias
	90 dias
	1º/01
	1º/01
	1º/01
8.2.6. Princípio da anterioridade e as isenções: o STF entende que a revogação da isenção não caracteriza a criação de tributo novo, ou seja, não se submete ao princípio da anterioridade.
Basicamente: quando uma lei concede uma isenção, e em seguida é revogada, para o STF a lei que revoga não precisará aguardar o prazo da anterioridade, pois a hipótese não configura criação de novo tributo.
8.3. Princípio da Irretroatividade Tributária:
8.3.1. Conceito (artigo 150, inciso, “a”): de acordo com este princípio, a lei nova que cria um tributo, só poderá alcançar FG futuros (não retroage).
8.3.2. Irretroatividade e os FG pendentes:
Exemplo: IR (fica pendente todo o ano e o fato gerador se dá no seguinte).
CUIDADO (súmula 584, do STF): o STF entende que a lei nova alcançará os FG pendentes!
8.3.3. Exceções ao princípio da irretroatividade (artigo 106, do CTN):
8.3.3.1. Lei nova meramente interpretativa: a lei vei para regulamentar uma já criada, ou seja, interpreta uma lei previamente prevista (sempre retroagirá).
8.3.3.2. Mais benéfica ao contribuinte: as vezes a lei mais benéfica retroage (não é sempre!), sendo obrigatório o ato não ser definitivamente julgado (quase transitado em julgado).
Importante: de acordo com o artigo 106, do CTN, a lei mais benéfica só retroage enquanto não ocorrer o trânsito em julgado judicial, ou, além disso, de acordo com as alíneas “a”, “b” e “c”, do inciso II, do artigo 106, lei mais benéfica é aquela que está relacionada com a penalidades.
Para lembrar na OAB: lei que diminui alíquota e base de cálculo jamais retroage, porque não é considerada lei mais benéfica pelo CTN.
a) Sanção/infração: deixa de ser considerada.
b) 
c) Penalidade menos severa: como no caso de multas.
8.4. Princípio da Isonomia Tributário:
8.4.1. Conceito (artigo 150, inciso II, da CF): todo o contribuinte deve ser tributado de modo isonômico, ou seja, de modo igual nas suas igualdades e desigual nas perante as suas desigualdades.
8.4.2. Pecunia non olit: o dinheiro não tem cheiro, ou seja, não importa sua procedência, incidirá tributos. Exemplo: renda adquirida com venda de entorpecentes.
8.4.3. Regras da isonomia:
a) Progressividade: as alíquotas acrescem conforme o acréscimo da base de cálculo. Exemplo: IR.
b) Proporcionalidade: as alíquotas são fixas para base de cálculo variável.
c) Seletividade: a alíquota é fixada conforme o critério da essencialidade. Exemplo: IPI.
8.5. Princípio da Uniformidade Geográfica:
8.5.1. Conceito (artigo 151, inciso I, da CF): os tributos FEDERAIS devem ser cobrados dos contribuintes com base em uma mesma alíquota em todo o território nacional.
8.5.2. Exceção: trata-se da Zona Franca de Manuas as alíquotas dos tributos podem ser menores, em decorrência do incentivo fiscal para desenvolvimento da região.
8.6. Princípio da Vedação ao Confisco:
8.6.1. Conceito (artigo 150, inciso IV, da CF): o tributo e uma multa não podem ser “tão caros” a ponto de confiscar o patrimônio do contribuinte. O valor deve-se pautar em dois critérios, ou seja, proporcionalidade e razoabilidade.
9. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS:
9.1. Regras gerais:
9.1.1. Diferença entre imunidades e isenções: 
a) Imunidade: previsão na CF, é interpretada de forma ampliativa (conforme o caso concreto) e afasta a relação tributo (não ocorre a incidência do tributo).
b) Isenção: geralmente é prevista em Lei, cuja interpretação é restritiva (letra morta), e afasta o lançamento do tributo, ou seja, o mesmo é devido, mas por previsão legal não é exigível.
9.1.2. Imunidade (artigo 150, inciso VI, da CF): afasta apenas a incidência dos IMPOSTOS! Não são afastadas as outras espécies tributárias.
OBS.: sempre a CF fala “isenção”, na verdade interprete como IMUNIDADE.
9.2. Outras imunidades além daquelas do artigo 150, inciso VI, da CF:
9.2.1. Artigo 149, § 2º, inciso I: afasta a incidência de contribuições sociais e de CIDE sobre as receitas de importação.
9.2.2. Artigo 5º, inciso XXXIV, “a” e “b”: afasta a incidência de taxas.
9.2.3. Artigo 5º, inciso LXXIII: afasta a incidência de taxas.
9.2.4. Artigo 5º, inciso LXXIV: afasta a incidência de taxas.
9.2.5. Artigo 5º, inciso LXXVI: afasta a incidência de taxas.
9.2.6. Artigo 5º, inciso LXXVII: afasta a incidência de taxas.
9.2.7. Artigo 195, § 7º: afasta a incidência das contribuições sociais sobre entidades beneficentes.
9.3. Imunidades do Artigo 150, inciso VI: afasta apenas a incidência dos impostos.
a) Recíproca: a União, os Estados, o DF e os Municípios não podem exigir impostos uns dos outros (destinatários).
OBS.: Autarquias e Fundações = este a imunidade, pois prestam serviços públicos.
CUIDADO: Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista? O STF reconhece que apenas gozará das imunidades se (i) exercer atividade pública e (ii) não existir concorrência com outras empresas. Exemplo: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Infraero.
IMUNIDADES DOS IMPOSTOS INDIRETOS: de acordo com o STF os impostos indiretos não incidem na venda de produtos praticada pelos entes imunes. Por outro lado incidirá os impostos indiretossempre que os entes imunes adquirirem os produtos.
b) Religiosa: afasta a incidências de impostos em face de templos de qualquer culto (desde que respeite os bons costumes).
Bens extensivos? Sim, desde que sejam utilizados para a real finalidade da religião.
Impostos Indiretos: mesmo entendimento da imunidade recíproca.
IMÓVEIS PERTENCENTES AO TEMPO E ALUGADOS A TERCEIROS: o STF entende que mesmo locado a terceiros, o imóvel permanecerá imune ao IPTU, desde que a renda adquirida seja integralmente revertida à finalidade religiosa.
Imunidades e os cemitérios? Somente faz jus a imunidade se a imunidade pertencer a um ente religioso (particulares arcam com impostos normalmente).
Imunidades e as lojas maçônicas? O STF entende que não faz jus às imunidades, por não ser considerada como religião.
c) Condicionada: goza de imunidade os PARTIDOS POLÍTICOS, os SINDICATOS DE EMPREGADOS, as INSTITUIÇÕES DE ENSINO (sem fins lucrativos) e as INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (sem fins lucrativos).
É condicionada, pois precisa do cumprimento de três requisitos:
Não remeter valores ao exterior;
Cumprir obrigações acessórias;
Não dividir o lucro com seus associados.
Jurisprudência: súmula vinculante 52 (locação não incide impostos se a renda for revertida para as finalidades)
d) Imprensa: sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a impressão (destinatários da imunidade).
Todo e qualquer livro detém de imunidade, bem como todo e qualquer jornal/revista.
Imunidade objetiva: afasta apenas a incidência sobre os impostos reais! Exemplo: editora paga IR sobre a sua renda, enquanto que não arcará IPI/ICMS sobre a produção de livros.
Jurisprudência: imunidade e a publicação eletrônica (ainda não foi decidido pelo STF, a doutrina diverge); álbum de figurinhas e lista telefônicas (sim, normalmente); súmula 657, do STF (restringiu o conceito de papel).
e) Musical: recai imunidade de impostos sobre os CD's, DVD's e Blue Ray's (destinatários) em face de artistas nacionais ou estrangeiros interpretados por artistas brasileiros e aqui produzidos.
É imunidade objetiva, ou seja, apenas afasta a incidência de impostos sobre os produtos.
Etapas: preparatória (incide), gravação, replicação (incide) e vendas? A imunidade somente incide na gravação e venda dos CD's, DVD's e Blue Ray's.
CUIDADO: bis in idem (um ente cobra duas vezes) e bitributação (dois ou mais tributos sobre um mesmo fato gerador).
9. IMPOSTOS MUNICIPAIS:[7: 	5ª Aula (09 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
9.1. Introdução: IMPOSTOS são conhecidos como tributos não vinculados (artigo 16, do CTN = não depende de contraprestação estatal, diferentemente das taxas como exemplo) e não destinados (artigo 167, inciso IV, do CTN = a arrecadação não pode ter destinação específica).
9.1.1. Características dos IMPOSTOS: o FG, BC e contribuintes somente podem ser vinculados por LC (artigo 146, inciso III, “a”, da CF).
9.2. Impostos municipais:
#SELIGA: segundo a CF (artigo 156 e artigo 147), são três os impostos municipais/DF, ou seja, IPTU, ITBI e ISSQN. CUIDADO: o DF pode instituir impostos estaduais e municipais. 
9.3. IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano):
9.3.1. Fundamentos: artigo 156, inciso I, § 1º e 182, § 4º, inciso III, da CF; artigos 32 ao 34, do CTN.
9.3.2. IPTU na CF:
a) Alíquotas: segundo a CF, as alíquotas do IPTU podem ser (i) progressivas em razão da função social, (ii) progressivas em razão do valor venal ou (iii) podem ser diferenciadas em razão do uso e da localização do bem.
Exemplos:
IPTU função social (artigo 182, da CF e Lei 10.257/01): toda vez que um imóvel não atende sua função social, estará sujeito a alíquotas progressivas no decorrer do tempo.
Quando? Artigo 182, § 4º, incisos I, II e III, da CF = imóvel não edificado (como no caso de terreno baldio), utilizado (imóvel abandonado) ou subutilizado (utilizado, porém abaixo de seu potencial).
No caso, a municipalidade pode exigir a EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (obrigatoriamente realize uma construção), após, poderá exigir IPTU PROGRESSIVO. Outrossim, se o contribuinte nada fizer, poderá a Prefeitura DESAPROPRIAR o imóvel. 
#TemTese (artigos 156, § 1º c/c 182, § 4º, inciso III, da CF e artigos 5º c/c 7º, da Lei 10.257/01): imóvel em área nobre abandonado. O que a Prefeitura pode fazer? É necessário, por primeiro, (1º) notificar o proprietário para que realiza a obra. Após, poderá (2ª) cobrar IPTU progressivo, cuja (3º) alíquota aumentará de ano em ano (2x maior = até dobrar de tamanho), em que a (4º) progressividade poderá correr ao longo de cinco anos consecutivos, respeitando (5º) o limite de 15%. Por fim, a municipalidade pode (6º) desapropriar no caso de não cumprir as demais exigências. 
IPTU Valor Venal (BC imposto): quanto maior o valor venal do imóvel, maior será a alíquota empregada no cálculo, ou seja, as alíquotas são progressivas.
A legislação fornece em forma de tabela, aumentando-se a alíquota conforme o valor venal do imóvel (a partir da EC 29/00).
#TemTese (artigo 156, § 1º, inciso I, da CF e súmula 668, do STF): se essa progressividade em razão do valor venal for anterior à EC 29/00, será INCONSTITUCIONAL (não a cobrança do imposto). A cobrança do IPTU continuava válida sob a alíquota mínima indicada na tabela (RE 602.347).
IPTU Uso e/ou Local: pode ser residencial e não residencial (comércio) e critério geográfico (bairro/região/zona). No caso, o Município definirá conforme Lei Municipal. 
Como no caso do Bairro Norte que institui a alíquota de 1% sobre imóveis residenciais e 3% para imóveis comerciais. Por outro lado, no Bairro Sul institui a alíquota de 3% para imóveis residenciais e 1% para imóveis comerciais (o intuito não é arrecadar, mas sim dar preferência).
#TemTese (artigos 156, § 1º, incisos I e II c/c 182, § 4º, inciso III, ambos da CF): as alíquotas diferenciadas em razão do uso e/ou da localização tem FUNÇÃO REGULATÓRIA. Por outro lado, alíquotas progressivas em razão do valor venal tem FUNÇÃO ARRECADATÓRIA. E a progressividade por conta da função social tem FUNÇÃO REGULATÓRIA.
Assim, as alíquotas do IPTU podem ser modificadas pela função social, em razão do uso e/ou da localização ou ainda em razão do valor venal. É possível, diante disso que será IMPOSTO EXTRAFISCAL (função social e uso e/ou local) ou IMPOSTO FISCAL (valor venal).
9.3.3. IPTU no CTN:
9.3.3.1. Fato Gerador (artigo 32): são fatos geradores do IPTU a propriedade, o domínio útil ou a posse de um imóvel localizado em ZONA URBANA.
Zona urbana é área definida em lei, e que tenha no mínimo dois melhoramentos urbanos (artigo 32, § 1º).
#SELIGA: também é URBANA a área localizada fora do perímetro urbano, desde que: 
Exista um loteamento aprovado em LEI;
Com fins de habitação/indústria/comércio. Exemplo: Hotel Fazenda, abrigos para dependentes químicos (clínicas). 
#TemTese (artigo 132, § 1º, do CTN): outros melhoramentos urbanos? Como no caso de corredor de ônibus, ponto de reciclagem, agências bancárias, entre outros, NÃO SÃO CRITÉRIOS para definir uma área como urbana.
9.3.4. Base de cálculo (artigo 33): valor venal do imóvel (é o valor médio que um imóvel alcança em condições normais de mercado).
#TemTese (artigos 150, inciso I, da CF e 97, inciso IV, do CTN c/c 150 § 1º, da CF: modificação na BC que torna o IPTU mais oneroso se sujeita aos princípios da LEGALIDADE e da ANTERIORIDADE ANUAL. Conclusão: novo cálculo do IPTU será exigido a partir do dia 1º/01 do ano seguinte (exercício financeiro).
9.3.5. Contribuintes (artigo 34): são contribuintes do imposto referenciado o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título.
#TemTese (artigos 34 c/c 123, do CTN e REsp 1.327.539): imóvel zona urbana que encontra-se alugado? Locatário (direto) e Proprietário (indireto). O Locatário pode ser contribuinte do imposto? NÃO, jamais! O locatário não possui animus domini e o contrato não tem força para alterar o sujeitopassivo da OT.
9.4. ITBI (Imposto sobre Transmissão de bens Imóveis):
9.4.1. Fundamentos: artigo 156, inciso II e § 2º, da CF; artigos 35 ao 42, do CTN.
9.4.2. ITBI na CF:
a) Imunidade: não incide o ITBI em imóveis transmitidos para (i) integralizar o capital social de uma empresa, ou (ii) transmitidos em razão de uma cisão/fusão/incorporação/extinção da empresa. Exemplo: PJ que admite novo sócio mediante integralização de um imóvel no capital social.
CUIDADO (artigos 156, § 2º, inciso I, da CF c/c 37, do CTN): a imunidade não se aplica se o adquirente (empresa) tiver como atividade preponderante a incorporação imobiliária (compra/venda/locação). 
Ademais, o ITBI não incide quando houver a transmissão de direitos reais de garantia (artigo 1.225, CC e Lei 9.514/97; artigo 156, inciso II, da CF). Exemplo: penhora, hipoteca, anticrese, alienação fiduciária (não tem incidência!).
#TemTese (artigo 116, parágrafo único): empresa em que um dos sócios integraliza com dinheiro e o outro com imóvel. No dia seguinte, eles desconstituem a empresa trocando-se os bens integralizados entre eles (fraude). Para tanto, o caso é de ELISÃO INEFICAZ e o Fisco consegue desconsiderar essa operação.
b) Município competente (artigo 156, § 2º, inciso II, da CF): o imposto deve ser arrecadado pelo município local da situação do imóvel (base territorial).
#TemTese (artigo 156, § 2º, inciso II, da CF): imóvel em cidade diversa do domicílio do comprador e vendedor ou ainda do negócio. Exemplo: imóvel em Fortaleza, comprador em Maceió, vendedor em Picos e negócio em Aracaju. No caso, deverá recolher no município de Fortaleza.
9.4.2. ITBI no CTN:[8: 	6ª Aula (10 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
a) Fato Gerador (artigo 35): ocorre sob a transmissão de bens e direitos (imóveis). Exemplo: compra e venda, permuta, cessão de imóvel em usufruto, entre outros.
Transmissão? Onde ocorra a mudança na titularidade do bem. 
#TemTese (artigo 184, § 5º, da CF): imóvel desapropriado para fins de reforma agrária? Desapropriação é modo originário de aquisição da propriedade, ou seja, não ocorre propriamente o FG, pois não ocorre a transmissão de titularidade. CUIDADO: não é isenção, trata-se de imunidade! 
b) Base de Cálculo (artigo 38): valor venal (valor médio que o imóvel alcança em condições normais de mercado). 
#TemTese (artigo 38 e REsp 210.620): imóvel que está sendo negociado pelo valor de R$ 500.000,00 (valor venal). Entretanto o imóvel foi fixado pelo preço de R$ 300.000,00 (consta no contrato de compra e venda). Qual será a BC do ITBI? Independentemente do valor pactuado, o imposto incidirá sobre o valor venal, no caso, sobre R$ 500.000,00. Portanto, o Fisco pode desconsiderar o valor do contrato e inclusive arbitrar a BC com base no valor de mercado.
c) Contribuintes (artigo 42): qualquer uma das partes da operação tributária, seja o transmitente (vendedor) ou o adquirente (comprador = geralmente é o fixado em legislação municipal).
#TemTese (artigo 150, inciso VI, “a”, da CF): imóvel de João vendido para a Administração (qualquer um dos entes federados), incidirá o ITBI? Nesta operação, não há a incidência do imposto, por ser imunidade recíproca. CUIDADO: operação inversa, Administração que vende um imóvel para João? Neste caso incidirá normalmente (artigo 150, § 3º, da CF e súmula 75, do STF).
9.5. Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN):
9.5.1. Fundamentos: artigo 156, inciso III, § 3º, da CF; LC 116/03.
9.5.2. ISSQN na CF:
a) Fixação das alíquotas do ISSQN: deverá ter suas alíquotas fixadas pela LC (máximo de 5% e mínima de 2%).
Alíquota máxima = artigo 8º, da LC 116/03.
Alíquota mínima = não trouxe previsão! Assim, será a alíquota de 2%, até previsão expressa (artigo 88, inciso I, ADCT).
#TemTese (artigo 88, inciso II, c/c o artigo 88, inciso I, ambos da ADCT): Município não podem se valer de nenhuma técnica que vise reduzir abaixo do mínimo. Exemplo: alíquota de 2% e isenção de 50% no valor da alíquota = não pode acontecer (gera guerra fiscal)!
b) Não incidência do imposto sobre exportação (artigo 156, § 3º, inciso II, da CF): cabe a LC afastar a incidência de ISSQN sobre serviços destinados ao exterior (exportação). 
CUIDADO: no caso é isenção, pois a CF trouxe a possibilidade de ser feito por meio de LC (federal) = ISENÇÃO HETERÔNOMA (pois a LC federal trouxe isenção de imposto municipal).
#TemTese (artigo 151, inciso III, da CF): a regra é pela vedação da concessão de isenções heterônomas, ou seja, é aquela isenção concedida pela União para tributos estaduais/municipais, sendo PROIBIDO! OBS.: excepcionalmente o ISSQN poderá ser isento conforme previsto em LC sobre a exportação de serviços (artigo 156, § 3º, inciso II, da CF).
c) Forma e as condições dos benefícios fiscais para o ISSQN (artigo 156, § 3º, inciso III, da CF): cabe a LC regular a forma e as condições para a concessão dos benefícios fiscais do ISSQN.
#TemTese: as condições para se conceder isenção para o ISSQN devem ser reguladas por LC Federal. Entretanto, quem concede as isenções é o Município através da Lei Municipal. 
9.5.3. ISSQN na LC 116/03:
a) Fato Gerador (artigo 1º): prestar serviços.
Quais serviços? Incide sobre serviços de qualquer natureza, conforme disciplina o artigo 156, inciso III, da CF, desde que não tributados pelo ICMS (comunicação, e transporte intermunicipal/interestadual).
#TemTese: para incidir o ISSQN sobre o SERVIÇO são necessários 3 requisitos, ou seja, (i) serviço não tributado por ICMS, (ii) mas deve estar presente na LC 116/03 (lista anexa), e (iii) o serviço deve ser uma prestação de fazer. Exemplo: advocacia.
CUIDADO (artigo 156, inciso III, da CF c/c o artigo 1º, da Lei 116/03 e súmula vinculante 31: locação de bens móveis é prestação de dar, logo, não pode sofrer incidência de ISSQN, mesmo presente na lista anexa.
b) Base de Cálculo (artigo 7º): 
#TemTese (artigo 7º, da LC c/c o artigo 155, § 2º, inciso IX, “b”, da CF): serviços mistos = são aqueles serviços prestados mediante o fornecimento de mercadorias.
Serviço acompanhado de mercadoria (fornecimento): quando não estiver presente na Lista Anexo, incidirá ICMS (BC valor total da operação). Exemplo: Bar, Lanchonete, Restaurante, Cafeteria, entre outros.
Serviço acompanhado de mercadoria: quando o serviço constar na Lista Anexa, incidirá ISSQN (BC é o serviço). Ademais, a própria lista faz incidência (chama) de ICMS (BC será o valor total da operação menos o valor do serviço) Exemplo: relojoaria que fornece peças.
Serviço acompanhado de mercadoria: o serviço consta na Lista Anexa, mas a LC não chama o ICMS. Neste caso, haverá tão somente a incidência de ISSQN (BC valor total da operação). Exemplo: hotel e hospital.
c) Contribuintes (artigo 5º): é contribuinte do ISSQN o prestador do serviço.
CUIDADO (artigo 6º, § 2º): tomador do serviço não é contribuinte do ISSQN, podendo tão somente ser o responsável pelo recolhimento do CT.
#TemTese: SUJEITO PASSIVO = o contribuinte é o PRESTADOR e o responsável será o TOMADOR (LC 116/03 e DL 406/68). SUJEITO ATIVO = Município (DL 406/68: o Município competente era aquele do local do estabelecimento prestador; LC 116/03, artigo 3º: o Município local da prestação do serviço).
OBS.: artigo 4º = considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas (artigos 156, inciso III, da CF, 3º c/c com o 4º, da LC 116/03, e REsp 1.060.210).
Exemplo: sede da empresa em Recife, possui duas filias (uma em Caruaru e outra em Maceió). O serviço foi prestado por Caruaru, local em que deverá ser recolhido o ISSQN.
10. IMPOSTOS ESTADUAIS:
10.1. Introdução (artigo155, da CF): são impostos estaduais o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor).
#SELIGA: no caso de impostos estaduais, o Senado Federal através de Resolução “meche” nas alíquotas desses impostos.
a) ITCMD: o SF determina a alíquota máxima.
b) IPVA: o SF determinará a alíquota mínima.
c) ICMS: o SF determinará a alíquota máxima e a mínima.
#TemTese (ITCMD = artigo 145, § 1º, da CF e RE 562.045): incide sobre bens móveis/imóveis (imposto real). O STF entende que o ITCMD é um imposto sujeito ao princípio da capacidade contributiva, ou seja, quanto maior for a BC, maior será a alíquota. Assim, o ITCMD poderá ter alíquotas progressivas!
10.2. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD):
10.2.1. Fundamentos: artigo 155, inciso I e § 1º, da CF; artigos 35 ao 42, do CTN.
10.2.2. ITCMD na CF:
a) Estado competente para cobrar o imposto (artigo 155, § 1º, incisos I e II, da CF): o ITCMD incide sobre a transmissão causa mortis e doações, em face de bens móveis e imóveis, cujo Estado competente será aquele do LOCAL DA SITUAÇÃO DO BEM (imóveis) e ONDE SE PROCESSAR O INVENTÁRIO/ARROLAMENTO (móveis).
#TemTese (artigo 155, § 1º, inciso III, da CF c/c artigo 24, § 3º, da CF): domicílio/bens/inventário no exterior? No caso, a CF reconhece que resolverá o caso a LC, que não foi confeccionada até o momento. Assim, enquanto a LC não existir, os Estados se valeram da competência legislativa plena (regularam a situação por Lei própria).
10.2.3. ITCMD no CTN:[9: 	7ª Aula (11 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
a) Fato Gerador (artigo 35): sempre será uma transmissão de bens móveis/imóveis que se dá por sua vez em duas maneiras distintas, ou seja, em razão da morte de alguém (causa mortis) ou doação.
Causa mortis = o fato gerador acontece na data da abertura da sucessão (artigo 1.784, CC).
Doação = móveis (a transmissão ocorre com a tradição = artigo 1.267, CC) e imóveis (com o registro do título translativo = artigo 1.245, CC).
#TemTese (artigos 155, da CF c/c 35, do CTN e artigos 144, do CTN c/c 1.784, do CC e súmula 112, do STJ): imagine a morte em 2013 (alíquota de 3%), inventário em 2014/2015 (alíquota de 5%) e partilha em 2016 (alíquota de 4%). Qual alíquota será aplicada? Conforme regra geral, a alíquota a ser aplicada será aquela do FG (ocorre na data da abertura da sucessão = momento da morte). No caso, a alíquota aplicada será a de 3%.
b) Base de Cálculo (artigo 38, do CTN): é o valor venal dos bens/direitos transmitidos.
#TemTese (artigos 35 c/c 38, do CTN e súmula 113, do STF): óbito = abertura do inventário – relação de bens (tudo em 2013). O juiz determinou a avaliação de bens, que somente se deu em 2014, e a partilha só em 2015. A BC se dará em que fase processual? Utilizar-se-á como BC aquele definido no momento da AVALIAÇÃO.
c) Contribuintes (artigo 42, do CTN): será qualquer uma das partes da operação tributada.
Doação: doador e donatário (geralmente).
Causa mortis: de cujos e herdeiros (geralmente).
#TemTese (artigos 155, inciso I c/c 143, § 1º, da CF e artigos 38 c/c 42, do CTN e RE 562.045): o Estado A publica uma tabela do ITCMD, que registrará a BC e alíquotas do imposto (progressivas).
	Até R$ 50.000,00
	2%
	De R$ 50.000,00 até R$ 100.000,00
	3%
	Acima de R$ 100.000,00
	4%
Diante disso, cabem alíquotas progressivas para o ITCMD? Sim, normalmente, pois todos os impostos reais ou pessoais estão sujeitos ao princípio da capacidade contributiva, o qual autoriza a progressividade. 
10.3. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS):
10.3.1. Fundamentos: artigos 155, inciso II, §§ 2º (características gerais), 3º (incidência exclusiva), 4º e 5º (sobre combustível), da CF; LC 87/96.
10.3.2. ICMS na CF:
a) Hipóteses de incidência:
Artigo 155, inciso II: circulação de mercadorias (produto), transporte interestadual, transporte intermunicipal e serviços de comunicação (serviço).
Artigo 155, § 3º: serviços de telecomunicação (serviço), energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais (produtos).
#TemTese (artigo 155, § 3º, da CF e súmula 659, do STF): energia elétrica é considerada como mercadoria INCORPÓREA. Quais são os impostos que podem recair sobre energia elétrica? Somente incidirá ICMS, II e IE (nenhum outro imposto poderá ser cobrado). Entretanto, outros tributos podem recair, como o PIS/CONFINS. CUIDADO: tal regra vale para derivados de petróleo, combustíveis, minerais e telecomunicações.
b) Hipóteses de não incidência do ICMS (artigo 155, ª 2º, inciso X): são imunidades específicas do ICMS.
Exportação;
Operações interestaduais que envolvem combustíveis derivados de petróleo e energia elétrica;
Ouro;
Canais de rádio/televisão com recepção livre e gratuita (abertos).
#TemTese: afinal nas operações interestaduais que envolvem combustíveis derivados de petróleo e energia elétrica incide ou não o ICMS? No caso, trata-se de operação interestadual, como no caso do Estado A que produz e encaminha ao Estado B para revenda (comércio/indústria), ocasião que não incidirá a cobrança de ICMS (imunidade = artigo 155, § 2º, inciso X, “b”, da CF c/c o artigo 3º, inciso III, da LC 87/96 = não incide na saída e nem na entrada).
Entretanto, se a operação sair do Estado A e entrar no Estado B com a finalidade de consumo final, incidirá o ICMS apesar sobre o consumo final, ou seja, no Estado B (artigos 155, § 2º, inciso X, “b” c/c o artigo 2º, § 1º, inciso III, da LC 87/96 = não incide na saída, mas incide na entrada).
c) Princípios específicos do ICMS:
i. Princípio da Seletividade: é o permite a adoção de alíquotas diferenciadas conforme a essencialidade das mercadorias/serviços.
OBS.: não é obrigatório! Exemplo: energia elétrica (não regula pela essencialidade).
ii. Princípio da não cumulatividade: funciona como um sistema de compensação de créditos e débitos (visa diminuir a carga tributária).
CUIDADO: a compensação do princípio é diferente daquele previsto no artigo 170, do CTN.
OBS.: o sistema de compensação é de aplicação obrigatório!
Exemplo: A vende (NF = R$ 100,00) para B, que vende (NF = R$ 250,00) para C e respectivamente (NF = R$ 300,00) para João. Logo, a Empresa A possui apenas o débito de R$ 100,00, enquanto que a Empresa B possui crédito de R$ 100,00 e R$ 250,00 de débito (arcará apenas com R$ 150,00). Por fim, a Empresa C terá o crédito de R$ 250,00 e R$ 300,00 de débito (arcará apenas com R$ 50,00). Assim, o total de ICMS da cadeia atual será de R$ 300,00 (soma dos débitos).
Exemplo (artigo 155, § 2º, inciso II, “a” e “b”): A vende (NF = R$ 100,00) para B, que revende (NF = isenta ou imune) para C e respectivamente entrega (NF = R$ 300,00) para João. No caso, a Empresa A terá débito de R$ 100,00. A empresa B terá crédito de R$ 100,00 e indicará o débito, mas não o paga, ocasião em que o crédito é anulado. Assim, o crédito da Empresa C será proibido. 
#TemTese (artigos 155, § 2º, inciso II c/c 155, § 2º, inciso X, “a”): ICMS em exportação = imunidade. Exemplo: Empresa A que vende (NF = R$ 100,00) para B e exporta (NF = R$ 250,00) para os EUA. Assim, a Empresa B deve manter suas obrigações acessórias, mas não recolherá o imposto. Entretanto, apesar da imunidade, o crédito adquirido na operação anterior é mantido (assegura a manutenção e aproveitamento do crédito).
d) ICMS nas operações interestaduais (EC 87/15):
Alíquotas: internas (maior) e interestadual (menor) = regra! 
Exemplo: SP com alíquota de 18% (comprador), SC com alíquota de 17% (adquirente contribuinte – comerciante – ou não – consumidor final – do imposto) e alíquota interestadual entre os estados é de 12%. No caso, o ICMS é repartido entre SP e SC (12% recolhe para São Paulo e a diferença entre a alíquota interna de SC e a alíquota interestadual será destinada para SC). Assim, SP receberá 12% e SC 5%(17% - 12% = 5%). No mais, pagará para SP o comerciante vendedor, enquanto que arcará para SC o comerciante vendedor se o destinatário for consumidor final ou adquirente consumidor (não final).
#TemTese (artigo 155, § 2º, inciso VII e VIII, da CF): a principal operação afetada pela mudança foi o E-Commerce (compras pela internet). Exemplo: site SP (18%) e comprador de GO (17%), cuja alíquota interestadual corresponde à 12%. A mercadoria adquirida custa R$ 1.000,00 = SP (R$120,00 = pago pelo site) e GO (R$ 50,00 = pago pelo site, que é responsável pelo recolhimento do ICMS para o estado destino).
e) ICMS importação (artigo 155, § 2º, inciso IX, “a”): a importação sujeita-se ao ICMS.
Quem paga? Importador.
Quando paga? Desembaraço aduaneiro.
Para quem paga? Estado destino (local).
#TemTese (artigos 155, § 2º, inciso IX, “a” c/c 4º, parágrafo único, inciso I, da LC 87/96 e súmula 661, do STF e 660 – súmula superada –): importação para uma PF em consumo próprio/final (não revenda), como no caso de uma bicicleta. Exemplo: consumidor está em MG e o desembaraço aduaneiro se deu em ES = incide ICMS normalmente, ocasião em que a PF importador arcará com o imposto, no momento do desembaraço aduaneiro, em face do estado da MG. OBS.: indicar a súmula superada (não paga imposto o contribuinte final).
10.3.3. ICMS na LC 87/96:
a) Fato Gerador (artigo 2º): circulação de mercadorias, serviços de transporte intermunicipal/interestadual e serviço de comunicação.
#TemTese (artigo 12, inciso I): circulação (jurídica = transferência de titularidade) de mercadoria (conceito = bem móvel destinado ao comércio)? Apesar da disposição da lei, não incide o ICMS senão houver a transferência de titularidade (artigos 2º c/c 12, inciso I, ambos da LC 87/96 e súmula 166, do STJ).
b) Base de Cálculo (artigo 13): aquilo que corresponde ao valor da operação (valor da mercadoria + os demais gastos que envolvem a operação).
#TemTese (artigo 155, § 2º, inciso CII, “i”, da CF c/c o artigo 13, § 1º, LC 87/96): ICMS por dentro? É possível afirma que no caso do ICMS temos a alíquota nominal (legal) e alíquota efetiva (alíquota que realmente pagamentos, acima de legal).
Exemplo: alíquota de 20%, valor da operação de R$ 10.000,00, cujo ICMS será de R$ 2.000,00. OBS.: ICMS por dentro possui BC de R$ 12.000,00 (valor da operação + ICMS) = terá portanto, ICMS correspondente à R$ 240,00 (24% sobre o valor da operação).
c) Contribuintes (artigo 4º): é toda aquela pessoa que prática o FG.[10: 	9ª Aula (17 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
Contribuinte é ≠ de responsável tributário (na prática o FG, mas deve arcar com o recolhimento do tributo por força).
#TemTese (artigo 4º c/c os artigos 5º e 6º, ambos da LC 87/96): suponha-se que a alíquota do ICMS seja de 18%, cuja operação mercantil corresponda a R$ 100,00 (R$ 18,00 de ICMS). No caso, um produtor rural vende para uma rede de supermercados (responsabilidade por substituição), sendo que tal rede arcará com o imposto, e o produtor receberá apenas R$ 82,00. 
CUIDADO: o responsável por substituição retém o valor do imposto.
10.4. Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA):
10.4.1. Fundamentos: artigo 155, inciso III e artigo 155, § 6º, da CF; não existe previsão sobre o IPVA no CTN e nem em LC.
10.4.2. IPVA na CF:
a) Alíquotas (artigo 155, § 6º): podem ser diferenciadas em razão do tipo e do uso do veículo. Não existe padrão, o estado pode adotar um dos critérios, ou ambos.
De igual forma, não existe alíquota mínima e nem máxima, cabe ao estado decidir assim decidir.
#TemTese (artigos 155, § 6º, inciso II c/c 152, ambos da CF): Carro (mesmo modelo) = um deles produzido na Coreia e outro no Brasil. Suponha-se que determinado estado da federação institua as alíquotas em 5% (exterior) e 4% (nacional). É possível? Não é o possível, tendo em vista que as alíquotas são diferenciadas em razão da ORIGEM do veículo, e não sobre o tipo/uso. Basicamente: a origem não é causa de diferenciação das alíquotas (princípio da não diferenciação tributária).
10.4.3. IPVA na LC: não existe LC Federal para dispor sobre o IPVA, o que autoriza aos Estados a regular o imposto através de legislação própria.
#TemTese (artigo 24, § 3º, da CF): FG/BC/Contribuintes = disposto em lei estadual, pois neste caso os Estados estão se valendo da Competência Legislativa Plena.
11. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL:[11: 	8ª Aula (16 de maio de 2016). Rafael Matthes.]
11.1. Conceito de tributo (artigo 3º, do CTN):
a) Prestação Compulsória: é imposto pela lei, e por tal motivo é obrigação de todos os cidadãos;
b) Prestação Pecuniária: somente paga-se tributos em dinheiro;
c) Instituída por Lei: conforme dispõe o Princípio da Legalidade, podendo ser LO ou LC conforme o tipo do tributo a ser instituído;
d) Diversa de multa (sanção): punição jamais será tributo!
e) Lançado mediante L.
11.1.1. L Tributário: existe três tipos de L, sendo eles:
L de ofício/direto: o Fisco declara, efetua o cálculo e o contribuinte efetua o pagamento. Exemplo: IPVA e IPTU.
L Misto/por declaração: o contribuinte declara e efetua o recolhimento, enquanto que o Fisco apenas calcula o tributo. Exemplo: ITCMD, ITBI, II e IE.
Autolançamento/por homologação: o contribuinte declara, calcula e recolhe previamente o tributo (pagamento antecipado), sendo que comporta ao Fisco a homologação. Exemplo: IR, ICMS, IPI, entre outros.
11.2. Poder de Tributar (competência tributária): trata-se de uma aptidão conferida pela Constituição Federal, para que a U/E/DF/M criem, cobrem e fiscalizem a cobrança de tributos.
11.2.1. Características:
a) Inampliabilidade: a competência tributária não pode ser ampliada, ou seja, os entes federados não podem instituir impostos uns dos outros;
b) Privatividade: cada ente possui competência sobre seus respectivos tributos;
c) Facultatividade: a competência pode ser exercida pelo ente federado se ele quiser, não se obriga, como no caso do IGF;
d) Irrenunciabilidade: a competência não pode ser renunciada;
e) Incaducabilidade: a qualquer momento o tributo pode ser instituído, não se caduca;
f) Intransferível/Indelegável: não pode um ente federado transferir a competência para o outro.
11.2.2. Espécies de competência:
Competência privativa: é a competência que a Constituição atribui a um dos entes. Serve necessariamente para os IMPOSTOS, EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO e CONTRIBUIÇÕES;
Competência comum: qualquer ente federado pode instituir, como no caso das TAXAS e CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA;
Competência extraordinária: apenas em casos restritos, cabendo à União instituir IEG (artigo 154, da CF);
Competência residual (artigo 154 e 195, da CF): destinada à U, que pode instituir novos impostos ou novas contribuições previdenciárias. 
Competência especial (artigo 148, da CF): ocorre em casos excepcionais, ou seja, não se exige FG especifico e podem inclusive bitributar. É o caso dos EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS e das CONTRIBUIÇÕES;
Competência cumulativa: destinada ao DF, pois pode instituir tributos de competência municipal e estaduais.
11.2.3. Competência vs Capacidade Tributária Ativa:
	Competência
	Capacidade Tributária Ativa
	COBRE
	COBRE
	FISCALIZE
	FISCALIZE
	INSTITUA
	
Exemplo: ITR (competência da U, conforme o artigo 153, da CF), cuja capacidade tributária ativa é dos M.
11.3. Espécies de tributos: de acordo com o STF, vigoram-se cinco tipos de tributos no Brasil, conforme a Teoria Quintapartite.
11.3.1. Impostos (artigo 16, do CTN): trata-se de um tributo cobrado pelos entes federados, cujo fato gerador independe de contraprestação estatal, ou seja, serve para custear toda e qualquer despesa pública.
11.3.1.1. Princípio da não afetação de receitas: significa que a receita dos impostos não está necessariamente destinada/atrelada a uma atividade específica.
11.3.1.2. Competência: é competência privativa!
	MUNICIPAIS/DF
	ESTADUAIS/DF
	UNIÃO
	ISSQNICMS
	II
	IPTU
	IPVA
	IE
	ITBI
	ITCMD
	IOF
	
	
	ITR
	
	
	IPI
	
	
	IR
	
	
	IGF
	
	
	IMPOSTO RESIDUAIS (U, LC, não cumulativo, artigo 154, da CF)
	
	
	IEF
11.3.1.3. Classificação dos Impostos:
11.3.1.3.1. Impostos diretos/indiretos:
a) Impostos direitos: o contribuinte e o Fisco se relacionam diretamente, como no caso do IR.
b) Impostos indiretos: o Fisco atua indiretamente em face do contribuinte, por meio de um intermediário (contribuinte de fato e de direito). Exemplo: ICMS e IPI.
Contribuinte de fato = recolhe o tributo.
Contribuinte de direito = pratica o FG.
11.3.1.3.2. Impostos fiscais/extrafiscais:
a) Impostos fiscais: são aqueles instituídos necessariamente para angariar recursos/rendas. Exemplo: IR, ITCMD, entre outros.
b) Imposto extrafiscais: são instituídos impostos não objetivando a arrecadação, servem para regular a economia de mercado, como no caso do II, IE, IPI e EOF.
11.3.1.3.3. Impostos reais/pessoais:
a) Impostos reais: são aqueles impostos que incidem sobre bens, mercadorias e produtos. Exemplo: IPTU, ITR, IPVA, entre outros.
b) Impostos pessoais: são aqueles que incidem sobre atividades pessoais, inerentes a pessoas. Exemplo: IR e ISSQN.
11.3.1.3.4. Quanto ao CTN:
a) Impostos sobre o comércio exterior: II e IE.
b) Impostos sobre o patrimônio e a renda: IR, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD e IGF.
c) Impostos sobre a produção e a comercialização: ICMS, IPI, IOF e ISSQN.
d) Impostos especiais: IEG.
11.3.1.3.5. Impostos progressivos/proporcionais/seletivos:
a) Impostos progressivos: são aquele que a alíquota varia conforme a base de cálculo (ambos variam). Exemplo: IPTU, ITR, IR e ITCMD.
b) Impostos proporcionais: são aqueles impostos que possuem alíquota fixa para base de cálculo variável. Exemplo: ICMS, IPI, ITBI, ITCMD, entre outros.
c) Impostos seletivos: são aqueles em que a alíquota se altera conforme o critério de essencialidade do produto/serviço, ou seja, quanto mais essencial, menor será a alíquota, como no caso do ICMS e IPI.
11.3.2. Taxas: taxas são tributos cobrados pelos entes federados para remunerar uma atividade estatal, ou seja, diferentemente dos impostos as taxas estão atreladas a uma atividade estatal.
11.3.2.1. Competência: qualquer ente federado pode instituir taxas.
11.3.2.2. Espécies (artigo 77, do CTN): a OAB entende que na verdade é a “natureza jurídica das taxas”.
a) Taxa de polícia/de fiscalização (artigo 78, do CTN): será cobrada dos contribuintes em virtude do exercício do poder de polícia realizados pela Administração Pública. 
Conforme o artigo 78, do CTN, considera-se poder de polícia a atividade da Administração pública que regula a prática de um ato ou abstenção de um fato em razão do interesse público.
Exemplos constitucionais: 
i) Taxa de alvará/funcionamento: municípios;
ii) Taxa de fiscalização ou anúncios: municípios;
iii) Taxa de fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (súmula 665, STF): federal;
iv) TCFA – Taxa de controle de fiscalização ambiental: federal (pelo IBAMA).
Jurisprudência: 
i) Serviços cartorários: são remunerados por meio de taxas (qualquer que seja sua função).
ii) O STF superou a tese da “fiscalização porta a porta”: o IBAMA pode antes da fiscalização exigir o pagamento da TCFA. Basta que na localidade tenha um órgão de fiscalização.
b) Taxa de serviço ou de utilização (artigo 79, CTN): são aquelas cobradas para remunerar um serviço público específico e divisível.
Serviço específico é aquele destacável por unidades autônomas de utilização. É possível identificar o contribuinte beneficiado pelo serviço.
Serviço divisível é aquele serviço suscetível de utilização individual pelo contribuinte.
As taxas de serviço podem ser cobradas em duas situações, ou seja, (i) quando o serviço for prestado ou (ii) quando o serviço ainda que não prestado, esteja à disposição do contribuinte. 
Exemplos de taxas INCONSTITUCIONAIS:
i. Taxa de segurança pública: é serviço não especifica, era uma taxa estadual;
ii. Taxa de conservação de vias e logradouros públicos (TCVLP);
iii. Taxa de iluminação pública (súmula 670, do STF): serviço indivisível;
iv. Taxa de asfaltamento;
v. Taxa de conservação de estradas (súmula 595, do STF).
Exemplos de taxas de serviços CONSTITUCIONAL: (súmula vinculante nº 19): Taxa de lixo.
Taxas vs Tarifas: 
	TAXAS
	TARIFAS
	São tributos
	Não são tributos
	Compulsórias
	Facultativas
	Lei
	Contrato Administrativo
	Natureza de direito público
	Natureza de direito privado
11.3.3. Contribuições de Melhoria (artigos 81 e 82, do CTN): trata-se de um tributo cobrado pelos entes federados que visa a restituição aos cofres públicos de uma valorização experimentada pelo particular sobre seus imóveis (natureza restitutiva).
Elementos: (i) obra pública, (ii) valorização e (iii) imobiliária. 
11.3.3.1. Competência: comum, todo e qualquer ente pode instituir.
11.3.3.2. Requisitos da Lei que o institui (artigo 82, inciso I, do CTN):
a) Memorial descritivo do projeto: é como se fosse um mapa com as dimensões da obra. 
b) Orçamento do custo da obra: deve-se prever o valor total da obra.
c) Determinação do percentual da obra que será financiado pelo contribuinte: limite mínimo e máximo do valor investido pelo Poder Público.
d) Delimitação da zona beneficiada: a lei deve indicar onde a obra pública trará benefícios/valorização.
e) Fator de absorção: corresponde à alíquota a ser aplicada conforme o contribuinte.
11.3.3.3. Impugnação (artigo 82, inciso II, do CTN): deverá ter prazo de 30 dias ou mais (conforme o previsto na Lei).
OBS.: o ônus da prova é do Fisco.
11.3.3.4. Limites para o cálculo:
a) Limite global: corresponde ao valor total da obra, pela qual o Fisco poderá receber (não ultrapassar!) = não pode ser maior que o limite global.
b) Limite individual: corresponde à valorização de respectivo imóvel (de cada contribuinte) = valorização individual é o limite para a cobrança do contribuinte.
11.3.4. Empréstimos Compulsórios (artigo 148, da CF; artigo 15, do CTN): somente pode ser instituído por meio de LC, cujo objeto vinculado será (i) calamidade pública ou guerra externa/iminência ou ainda (ii) investimento urgente.
O FG vem antes da instituição do tributo. É o único dos tributos que permite a restituição.
Basicamente: trata-se de um tributo cobrado pela U, para suprir gastos decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou também por conta de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
CUIDADO: o artigo 15, do CTN fornece outra situação que permitia a incidência de EC (inciso III), pela absorção/enxugamento temporário de moeda. Vale lembrar que tal hipótese não foi RECEPCIONADA pela CF.
11.3.4.1. Competência: é de competência privativa da União e especial, pois o FG é desconhecido.
11.3.4.2. Pressupostos:
a) Guerra externa/calamidade pública (artigo 148, inciso I, da CF):
b) Investimento urgente/relevante (artigo 148, inciso II, da CF):
OBS.: não se trata de FG's (MUITO CUIDADO).
11.3.4.3. Legalidade: deve ser veiculada obrigatoriamente por meio de LC.
11.3.4.4. Vinculação da receita (artigo 148, parágrafo único): toda a receita deve ser destinada a despesa que permitiu a cobrança dos EC's.
11.3.4.5. Característica: Restituibilidade = é obrigação do Fisco restituir o contribuinte!
11.3.5. Contribuições (artigos 149 e 195, da CF): trata-se de um tributo que poderá ser cobrado por alguns dos entes federados para cobrir determinada despesa já previamente estipulada.
11.3.5.1. Competência: as contribuições são privativas de cada ente federado e especiais, já que seus FG's podem bitributar.
11.3.5.2. Espécies:
a) Contribuição de interesse das categorias profissionais/econômicas: são contribuições federais, geralmente exigidas por outras PJ (capacidade tributária ativa = parafiscalidade).
Contribuições(anuidade) de classe: CRM, CRC, CREA, entre outros. CUIDADO: não é o caso da OAB.
Contribuições sindicais: é a contribuição cobrada uma vez ao ano para suprir os gastos do sindicado, devendo ser custeada por todos os empregados. CUIDADO: não é obrigatório a Contribuição Confederativa (não é tributo = súmula 666, STF).
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico: é de competência da U, cobrada por ela diretamente.
CIDE Combustíveis: petróleo/gás natural.
CIDE Royalties: Lei 10.168/00 = para atender o programa de estímulo universidade-empresa.
c) Contribuições sociais: são de competência comum, ou seja, qualquer ente federado pode instituir.
Contribuições sociais gerais: Sistema “S”, Salário Educação, além das Contribuições residuais.
Contribuições sociais previdenciárias: CSLL, contribuição ao PIS/PASEP e a COFINS.
Outras contribuições: COSIP e CPMF (extinta, mas pode ser criada a qualquer momento).
12. IMPOSTOS FEDERAIS:[12: 	9ª Aula (17 de maio de 2016). Alessandro Spilborghs.]
12.1. Introdução: a competência da U para a instituição de impostos é por sua vez subdivida em dois artigos = artigos 153 (competência privativa) e 154 (competência residual e extraordinária), da CF.
#SELIGA: no artigo 153, da CF, encontram-se os principais impostos da U, ou seja, II, IE, IIOF (mais cobrados = em face de FG/BC/Contribuintes), IR, IPI, ITR (mais ou menos cobrado = com princípios) e IGF (menos cobrado, é raridade).
12.2. Competência residual (artigo 154, inciso I, da CF): foi outorgada apenas à U (tão somente), objetivando a criação de novos impostos (impostos residuais), desde que sejam observados alguns requisitos.
12.2.1. Requisitos:
a) Por meio de LC;
b) Não podem cumular;
c) Não podem ter FG/BC de outros impostos.
12.2.2. Importante (artigo 195, § 4º, da CF): a competência residual também permite que criem-se novas contribuições residuais, desde que sejam instituídas por meio de (i) LC, (ii) não podem cumular, e (iii) não podem ter FG/BC de outras contribuições sociais.
#TemTese (artigos 195, § 4º c/c 154, inciso I, e artigo 62, § 1º, inciso III, e artigo 195, § 6º, ambos da CF): Governo Federal que precisa de mais dinheiro para pagar seus servidores. Ocorre, que para cobrir as despesas, o Presidente institui uma nova CPMF (contribuição social residual), cuja exigência é imediata. CUIDADO: no caso dependerá de LC, cujo dinheiro arrecadado deverá ser necessariamente destinada à Seguridade Social (Assistência Social, Saúde Pública ou Previdência Social), e é necessário a observância da anterioridade nonagesimal.
12.3. Competência extraordinária (artigo 154, inciso II, da CF): compete apenas à U instituir o IEG no caso de guerra externa ou sua iminência
#SELIGA: o IEG não precisa ser (i) instituído por meio de LC, (ii) não precisa ser cumulativo, (iii) e pode inclusive copiar o FG/BC de outros impostos e (iv) pode ser exigido imediatamente (não respeita o princípio da anterioridade.
Em contrapartida, poderá ser instituído por meio de LO/MP e ser cumulativo.
#TemTese (artigos 164, inciso II, da CF c/c o 176, do CTN): o que pode acontecem após o FIM DA GUERRA (celebração da paz)? Pode continuar sendo cobrado, de forma a ser sua cobrança reduzida gradualmente ao longo de cinco anos! Exemplo: Paz celebrada em 2016, ocasião em que a alíquota cobrada em 5%, nos próximos anos será cobrado na proporção de menos 1% ao ano, até que em 2022 se extingue a exigência. 
12.4. Impostos em espécie:
12.4.1. Imposto de Renda (IR):
12.4.1.1. Fundamentos: artigos 153, inciso III e 153, § 2º, da CF; artigos 43 a 45, do CTN.
12.4.1.2. IR na CF:
a) Critérios orientadores:
Progressividade: significa dizer que quanto maior a BC, maior será a alíquota correspondente. DICA: a BC faz aumentar a alíquota!
Generalidade: significa necessariamente que qualquer pessoa pode ser tributada, seja nacional ou estrangeiro, pessoa física ou jurídica. 
Universalidade: qualquer renda pode ser tributada, independente de sua origem. Exemplo: salário, ganho de capital, prêmio de loteria, entre outros.
#TemTese (artigos 153, inciso III, da CF c/c 43, do CTN, e artigos 153, § 2º, inciso I, da CF c/c 118, inciso I, do CTN): cidadão “A” que é premiado no jogo do bicho, no importe de R$ 100.000,00. No caso o cidadão “A” terá que recolher o IR? Sim, pois de acordo com o princípio da universalidade, qualquer tipo de renda será tributada (pecunia non olet). 
12.4.1.3. IR na CTN:
a) FG (artigo 43, do CTN): é FG do IR auferir RENDA (tudo aquilo que for fruto do trabalho, capital ou da combinação de ambos, como no caso de salário, lucro obtido pela exploração de patrimônio ou recebimento de pró-labore) e PROVENTOS de qualquer natureza (é tudo o que não for renda, mas que implique necessariamente em ganho, como no caso de prêmio de loteria). 
Conclusão: 
Acréscimo patrimonial: IR.
Decréscimo patrimonial: não gera incidência.
Recomposição patrimonial: não gera incidência. Exemplo: indenização a título de dano material ou moral.
#TemTese (artigos 153, inciso III, da CF c/c 43, do CTN e súmula 125, do STJ): funcionário que foi demitido no ano anterior. Ocorre, que o mesmo propõe Reclamação Trabalhista em face de possíveis valores a receber, sendo que ao final o juiz condena a empresa a indenizar o funcionário em HE, Adicional Noturno e Férias não gozadas. No caso, não incidirá na indenização recomposição (Férias não gozadas) e incidirá sobre indenização remuneração (HE e Adicional Noturno).
b) BC (artigo 44, do CTN):
PJ = artigo 44, do CTN.
PF = rendimento bruto (Lei 7.713/88).
Artigo 44 = (i) lucro real (artigo 14, da Lei 9.718/98), (ii) lucro presumido (artigo 13, da Lei 9.718/98) ou (iii) lucro arbitrário (artigo 47, da Lei 8.981/95).
#TemTese (artigos 44, do CTN c/c 13 e 14, da Lei 9.718/98): U que publica uma Lei determinando o recolhimento do IR pelo lucro presumido, por meio das empresas do setor automobilístico. No caso, não pode acontecer, pois o lucro presumido é sempre BC OPCIONAL, jamais pode ser instituída como BC obrigatória. Enquanto que o LUCRO REAL É OBRIGATÓRIO (real acréscimo obtido pela empresa).
OBS.: quem não é obrigado a pagar pelo lucro real, pode optar pelo lucro presumido.
c) Contribuintes (artigo 45, do CTN): qualquer PF ou PJ que venha obter acréscimo patrimonial estará subjeito ao recolhimento do IR.
Responsável tributário: a fonte pagadora do acréscimo pode ser responsabilizada pela retenção do IR. Exemplo: IR retido na fonte (o salário e auferido pelo empregado, enquanto que a empresa retém o imposto).
#TemTese (artigos 157, inciso I, da CF c/c o 45, parágrafo único, do CTN e súmula 447, do STJ): Empregador é o Estado A, enquanto que o Empregado é o Servidor Público. No caso, o Estado A reteve valor a maior de IR. Cabe ao Servidor Público propor Ação de Repetição de Indébito, mas quem deve restituir e qual é a justiça competente para a demanda? NECESSÁRIO PEDIR AO ESTADO A, na JCE.
12.4.2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
12.4.2.1. Fundamentos: artigos 153, IV e § 3º, do CTN; artigos 46 a 51, do CTN.
12.4.2.2. IPI na CF (artigo 153, § 3º):
a) Princípios: são de aplicação obrigatória!
Princípio da não cumulatividade:
Princípio da seletividade:
b) Imunidade: não incide IPI na EXPORTAÇÃO!
c) Redução do IPI: o IPI é reduzido na aquisição de bens de capital! Exemplo: ferramentas, máquinas, equipamentos, entre outros (utilizados para outros bens/serviços).
#TemTese (artigo 153, § 3º, inciso I, da CF): o princípio da seletividade se dá em razão da essencialidade do produto (critério). Existem produtos que são considerados NECESSÁRIOS, ÚTEIS ou NOCIVOS/SUPÉRFLUOS = variação das alíquotas. Exemplo: água mineral (produto necessário, cuja alíquota é ínfima), água com gás (útil, com alíquota intermediária) e aguardente (produto nocivo, com alíquota relativamente alta).
12.4.2.3. IPI no CTN:
a) FG (artigo 46): quais são os fatos gerados do IPI?
Operações

Outros materiais