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ESTUDO DE CASO ESCOLAR

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UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE PSICOLOGIA
RESENHA
Manaus-AM
2015
SIMONE DE OLIVEIRA GOMES MAT: 12005932
IZABELLE CHRISHINA MELO DA SILVA MAT: 12003605
GRUPOS DE CRIANÇAS COM QUEIXA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Resenha apresentada á Universidade Nilton Lins como exigência para obtenção de nota parcial na disciplina Psicologia Escolar, sob orientação da Professora Lilian Christina Lima, no 1º semestre de 2015.
Manaus-AM
2015
ESTUDO DE CASO
De acordo com o estudo de caso, quais são as queixas principais (Q.P) dadas pelas professoras dos sete alunos em estudo?
R: Segundo os Professores, as queixas são as seguintes; Jorge de 11 anos “Não faz nada na sala se aula” e “é extremamente desinteressado”, Marcos, 10 anos é “bagunceiro, destrutivo e agitado”, “não obedece” e “só quer saber de jogar futebol e conversar”, Wagner, 9 anos é “hiperativo”, não para na cadeira”, “não sabe nem segurar um lápis”, “tem uma letra horrível e problemas familiares graves: seu pai não mora em casa e o padrasto bebe”, Fábio, 10 anos “é lento”, “não tem memória”, “o que aprende esquece no dia seguinte”, Gabriel, 9 anos, “é um menino largado, vem sujo para a escola”, “está bloqueado, não consegue dar o clique, aprende até certo ponto e depois não vai”, Sílvia, 10 anos, “é apática, fica divagando, no mundo da lua, no seu caderno, ao invés de lições só tem flores”, Carlos, 10 anos, “é tímido e introvertido”, “não entende o que a gente fala”, “não participa de nada, nem de Educação Física”, “não tem amigos”, “não faz nada”.
Trace um comentário a respeito da versão dos pais quanto a estes alunos.
R: No momento em que foram chamados, os pais compareceram e ouviram as reclamações a respeito de seus filhos, foi percebido no discurso dos mesmos, uma angústia e um receio de que seus filhos trilhem o mesmo caminho, traçado por eles, talvez devido á uma vida difícil , envolta de muito trabalho, mais segundo alguns, o problema estava localizado na Escola e não na vida familiar.
Discorra como ocorre os procedimentos das sessões realizadas pela psicóloga Escolar com o grupo de crianças.
R: Ao primeiro momento a psicóloga se apresentou, descreveu como seriam as atividades no encontro, e que lá seria um espaço onde poderiam brincar, e utilizar o material disponível durante o processo.
Na primeira sessão, todos aceitaram participar do grupo, mas se restringiram a responder as perguntas com a cabeça ou com gestos, não brincaram e falaram o mínimo necessário.
Na segunda sessão, relutaram para entrar na sala. Assim que viram a caixa tiraram todo o material, que foi arduamente disputado por todos, exceto por Carlos, que ficou em um canto. Dividiram todo o material, com alguma briga ou discussão. Cada um segurou firmemente suas coisas e assim permaneceram até o fim da sessão. Não brincaram, não manipularam os objetos. Apenas tomaram posse deles.
Na terceira sessão, os objetos foram manipulados e, em seguida, destruídos. Marcos fazia bolas de massinha, as amontoava formando uma torre e em seguida chutava longe. Jorge amassava os papéis antes de terminar seus desenhos, falando que estavam feios. Escondia para que ninguém visse sua produção. Fábio apontava o lápis, obsessivamente, até que ficassem toquinhos e não pudessem ser utilizados. As pontas eram espalhadas pela sala inteira. Wagner e Gabriel subiam e desciam das carteiras e corriam pela sala. Sílvia desenhava flores, menininhas de “maria chiquinha”, árvore, casa. Carlos ficava no canto, murmurava frases que não entendíamos, andava pela sala.
A quarta sessão caiu em um feriado e esqueci de avisá-los que seria transferida para outro dia.
Na quinta sessão, quando me viram, olharam admirados e perguntaram em uníssono: — “Você voltou?”.
— Sim, respondi, vocês pensaram que me assustei tanto com a última sessão que não voltaria mais? Esqueci de avisá-los que não haveria sessão por causa do feriado.
Essa sessão se caracterizou por brincadeiras de luta, brigas, cadeiras derrubadas, gritaria e agitação geral. Até a Sílvia participou do empurra-empurra, e Carlos, também, como depositário de tapas e puxões de cabelo. O clima estava tão tenso que todos pediam para ir ao banheiro. Intervir impedindo apenas as agressões que provocariam algum estrago material irreparável ou que machucassem realmente alguém.
Comentei que eles ficaram com muita raiva da minha falta, e que tinham razão. Eu havia sido displicente ao esquecer de avisá-los do feriado. Acrescentei que eles também devem ter ficado muito bravos com as sucessivas faltas de professores que sofreram no primeiro ano escolar e em outras ocasiões de sua vida pessoal. A “guerra” Continuou até o final da sessão.
Na sexta sessão, demonstraram novamente surpresa com a minha presença: — “Hoje era dia de você vir ?“ e “Você esta bonita, cortou o cabelo?”.
 Pegaram a massinha e Sílvia fez uma menina com longos cabelos, que eles se revezavam para cortar. Chamaram Carlos para cortar também, o que ele fez com um sorriso nos lábios. Cada vez que o cabelo era cortado, Sílvia recolocava-o ainda maior, o que provocou o comentário de Fábio: — “Parece uma bruxa”. — “Parece Regina, nossa professora, aquela que tinha aquele cabelão”, acrescentou Marcos.
 Construímos uma sala de aula e fizemos crianças de massinha, que colocamos sentados. A professora de pé. Dramatizaram, com os bonequinhos de massinha, uma situação de sala de aula com uma professora brava, autoritária e injusta. A dramatização prosseguiu com eles se revesando para interpretar os personagens.
A professora sempre gritava e emitia ordens absurdas para os alunos, que acuados obedeciam. Ela reclamava da bagunça e gritava sem parar.
No meio da gritaria, tropeçou no lixo jogado pelos alunos, “bateu a cabeça e morreu”.
Lembraram que Regina, primeira professora, ficou doente, saiu de licença médica, não se despediu e nunca mais apareceu. Outra professora a substituiu, sem dar qualquer notícia ou explicação. Levantaram hipóteses sobre a sua doença, e Jorge falou que ela saiu porque teve “sistema nervoso” e não podia mais dar aula. Essa dramatização foi acompanhada de risada e gritinhos, por todas as crianças.
Na sessão seguinte, desenharam, contaram estórias e fizeram objetos com massinha. Enquanto produziam, conversavam, com evidente prazer sobre situações cotidianas, da escola ou do bairro, trocando idéias sobre diversos assuntos.
Um assunto em pauta nesse dia foi um acidente de bicicleta sofrido por uma criança. Conversaram sobre as mães e o que cada uma permitia ou proibia, como deixar que eles brincassem na rua, até que hora etc. Também falaram sobre cenas de violência que cada um já ouviu ou presenciou, e que faziam parte do seu cotidiano.
Na oitava sessão, houve uma disputa de material. Cada um queria ficar com um pedaço maior de massa e achava que o outro tinha mais. Puderam conversar sobre as quantidades: o que contém mais massa, uma bola ou uma cobra? Também discutiram sobre as injustiças que sentiam sofrer em casa e na escola. Quem era protegido, quem era discriminado, perseguido e vítima de determinadas situações?
Sua produção inicialmente pobre, estereotipada e infantilizada foi se tomando cada vez mais rica e pessoal. Caprichavam nos detalhes e pareciam contentes ao manipular o material e ao se deparar com o produto final, me mostrando orgulhosamente.
Na penúltima sessão, Sílvia perguntou se o grupo acabaria e nós não nos encontraríamos mais. Respondi que teríamos mais um encontro.
Cada criança reagiu diferentemente ao final do processo. Jorge falou que não ligava que ia acabar, pois podia desenhar na classe e brincar no recreio. Sílvia se fechou, permaneceu em silêncio quase o tempo todo, desenhando. Marcos e Wagner inventaram uma brincadeira de peteca, feita de massinha. Construíam a peteca e jogavam até que ela acabasse; refaziam a peteca e recomeçavam o jogo. Carlos ficou fazendo dobraduras. Fábio e Gabriel mudavam de atividade
 O grupo terapêuticoinfantil, formado pela psicóloga, permitiu que as crianças fossem olhadas em suas questões, que não seja o próprio sintoma, desmistificando o diagnóstico empírico que é trazido pelos pais ou professores. Então esse espaço onde ocorreram os encontros, serviu como um dispositivo terapêutico que poderiam trabalhar essas questões.
Comente o feedback da psicóloga para os professores e pais dos alunos em questão.
R: Através da fala da psicóloga, ao final dos encontros do grupo, percebeu-se, que quando o vínculo professor e aluno, torna-se positivo no processo de ensino – aprendizagem, ambos tornam-se parceiros de uma caminhada rumo a uma educação proveitosa, e para uma boa formação pessoal e profissional dos mesmos. Pois Sabemos o quanto é importante para cada criança perceber, sentir, no olhar do professor que ela é bem-vinda, que aprender é bom.  
 L. Moreno aborda em sua teoria a importância do ‘campo relaxado’, que nada mais é do que um local aonde podemos nos expor sem medo. Sem receio seremos mais criativos e espontâneos. Se a escola for um campo relaxado, em que o aluno estiver à vontade para se colocar, seja em forma de palavras e/ou comportamentos, o aprendizado poderá ser mais proveitoso. 
O professor ajuda a criar esse campo a partir do seu jeito de lidar com os alunos, a forma de cobrar o conteúdo e principalmente como reconhece o desenvolvimento deles, comunicando-os.
Então, neste sentido, percebe-se que o feedback da psicóloga para os professores e pais, é que a junção destas duas instituições é fundamental para resgatar valores tão importantes na formação do caráter dos educandos e para o pleno desenvolvimento infantil. E na função do gestor como mediador e condutor de práticas educativas que possam gerar uma educação de qualidade.
Psicologicamente, qual o significado da falha da psicóloga para o grupo de alunos.
R: Ao esquecer avisá-los da transferência da sessão para o outro dia, a psicóloga indiretamente, fez com que as crianças se sentissem rejeitadas, no qual permitiu liberarem sua raiva, reativa à falha ambiental. No primeiro momento podemos perceber a extrema desconfiança e inibição através da apatia inicial, e também as crianças não acreditavam, mas em sua capacidade de aprender, produzir e principalmente de crescer. Elas tiveram a iniciativa de participarem do grupo e seu comportamento foi mudando. O conhecimento do erro contribuiu para o crescimento e integraram ideias e sentimentos e redimensionaram os fatores envolvidos no fracasso escolar. As participações na dramatização puderam vivenciar a dor e a culpa e sentirem emoções ainda não vividas no meio escolar.
Discorra sobre a importância do início do processo de escolarização, destacando também a visão de Winnicott.
R:O processo de escolarização e um momento muito importante tanto para a criança quanto para os pais, pois fazem expectativas em relação a capacidade e ao destino de cada criança. Essa fase e uma transição, onde muitos fatores são postos á prova as experiências vividas são somadas com as experiências passadas. Tornando uma função facilitadora do ambiente, capaz de promover crescimento para a criança dando uma continuidade existencial e contribuindo para enriquecer e seu self.
Winnicott (1987) atenta para a etapa a importância de um caminho gradual que parte da relação do individuo com a mãe, em seguida com a família, coa a escola e com a sociedade mais ampla. A criança vai percorrendo círculos cada vez mais abrangentes, adquirindo capacidade para se identificar com a sociedade sem perder a espontaneidade e o senso individual.
Como ocorreu a produção do fracasso escolar nesta instituição estudada?Discorra.
R: Ocorreu muitas vezes por desinteresses da escola, não dando a devida valorização do aluno por parte dos ensinos, pois estimulam a mecanização repetitiva do aprendizado. Os professores não invertem na a proximidade com os alunos para que eles se sintam seguros em compartilhar seus sentimentos e os problemas que enfrentam na escola. Esses fatores ficam decorrentes pela descriminação, repressão e punição de toda atitude diferente que um aluno venha a se expressar.
A escola não esta tendo capacidade para lidar com a demanda de alunos e suas necessidades, pois são desrespeitados por não terem uns ambientes de estudo respeitosos e profissionais capacitados.
O que é necessário para haver a compreensão de uma queixa escolar e da busca da intervenção terapêutica neste caso?
R: Será necessário procurar articular a história pessoal com a história escolar da criança. Assim com esse histórico buscar se necessário de uma intervenção terapêutica que de conta da complexidade desta problemática, precisando trabalhar não só com o aluno, mas com os pais e professores. O Terapeuta precisa enfocar não só o mundo interno da criança, mas o mundo externo e área intermediariam, ajudando a constituí-lo quando necessário. Esse esforço conjunto pode facilitar o crescimento da criança, ao possibilitar o uso de seus recursos e capacidades com maior liberdade e segurança de si mesmo.

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