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ANALISE PERCEPTIVO AUDITIVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CIDADE UNIVERSITÁRIA PROFESSOR JOSÉ ALOÍSIO DE CAMPOS
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
VOZ PROFISSIONAL
CAROLINA ALVES NERES DE FREITAS
LIZANDRA NUNES FREITAS
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA
E ANÁLISE ACÚSTICA:
VOZ NO RÁDIO E TV
VOZ CANTADA E DRAMATURGIA
ABRIL/2016
SÃO CRISTÓVÃO/SE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CIDADE UNIVERSITÁRIA PROFESSOR JOSÉ ALOÍSIO DE CAMPOS
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
VOZ PROFISSIONAL
CAROLINA ALVES NERES DE FREITAS
LIZANDRA NUNES FREITAS
PROFESSORA EUGÊNIA HERMÍNIA DE OLIVEIRA VALENÇA
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA: VOZ NO RÁDIO E TV, VOZ CANTADA E DRAMATURGIA
ABRIL/2016
SÃO CRISTÓVÃO/SE
INTRODUÇÃO
A voz consiste no som produzido pelo ser humano usando suas pregas vocais e as ações conjuntas de músculos laríngeos para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar, etc. De forma sucinta, a voz é gerada a partir de um mecanismo que pode ser desmembrado em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatino e mandíbula.
O pulmão é responsável pela produção de fluxo de ar, que age como um combustível para a voz, esse fluxo é impulsionado pelo diafragma e passa para as pregas vocais. Estas, por sua vez, vibram e transformam o ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som da laringe. Os músculos da laringe vão ajustar a duração e a tensão das pregas vocais, adequando a intensidade e o volume. Os articuladores, como o próprio nome sugere, articulam e filtram o som emanado pela laringe e interagem com o fluxo de ar para fortalecê-lo ou enfraquecê-lo.
Uma das principais características da voz é sua relação estreita com a necessidade de comunicação do homem. Como produto do trabalho harmonioso entre o sistema nervoso, respiratório, digestivo, ossos, músculos e ligamentos, ela é surgiu a partir da evolução da espécie humana e está diretamente associada à fala.
A necessidade de comunicação levou o homem a usar a voz como ferramenta de informação, trabalhando como aliada em discussões sociais que envolvem desde o seio familiar ao âmbito mundial. Sendo utilizada tanto para informação, quanto para entretenimento, ela aproxima pessoas e estreita laços a partir daquilo que ela transmite.
VOZ NA TV: TELEJORNAL
Garantir a adequação do padrão vocal, a atenção do telespectador e transmitir notícias com credibilidade e interpretação são algumas das características que envolvem a voz do profissional de telejornalismo.
Nesse trabalho, traz-se, como exemplo para análise acústica e perceptivo-auditiva dessa categoria de profissionais, o apresentador de telejornal, profissional da voz, Marcelo Rezende. Através do programa Cidade Alerta, transmitido pela Rede Record de TV, objetiva levar informação e entretenimento ao público alvo.
Como base de análise foi utilizado uma amostra de vídeo do programa Cidade Alerta, onde Marcelo Rezende, o apresentador do telejornal, introduz uma notícia, transmitindo os principais pontos que a envolvem.
“Durante a narração de um repórter ou apresentador, três recursos devem ocorrer simultaneamente, contribuindo para a expressividade. São eles: os recursos verbais, os vocais e os não-verbais.” FERREIRA e SILVA, 2002
Recursos Vocais: com tipo vocal não-neutro, o analisado apresenta aspereza e bitonalidade durante a emissão. Isso vai implicar em uma série de modificações como: variação de pitch do grave para o agudo, apesar de haver predominância do grave; e variação da intensidade vocal, loudness, do forte para o fraco, com predominância do forte. Observa-se também, presença de ressonância nasal e espontaneidade do padrão de fala, com ritmo e velocidade que transmitem dinamismo, embora apresente uma articulação caracteristicamente fechada e exagerada. Apresenta emissão neutra, sem evidências de resquícios de sotaques ou regionalismos. É possível notar a preocupação com o excesso de interpretação, mudança do foco ressonantal e a busca pela entonação adequada à situação, de modo a enfatizar o texto narrado por meio da modulação vocal.
Recursos Verbais: interpretação e emissão do discurso, controlando o ritmo e a curva melódica de modo a enfatizar trechos da notícia, variando a velocidade e a duração de segmentos. Assume um padrão repetitivo de entonação, com curvas ascendentes e descendentes, dando um grau de interpretação ao texto narrado. Recorrendo a clareza de expressão e a ênfase de adjetivos.
Recursos Não-verbais: preocupação na imagem transmitida pelo interlocutor, nesse caso o apresentador do programa, adicionada a projeção e ênfase do texto narrado. Preocupando-se com gestos repetitivos, de ilustração e regulação, e a pontuação de ideias. Manutenção de postura cervical e vertebral ereta, com exibição de expressões faciais que acordam com a seriedade do tema abordado.
VOZ CANTADA: SOUL/R&B
“A laringe é o primeiro instrumento musical utilizado pelo ser humano. Para que o homem cante, é necessário que utilize seus tratos: respiratório e digestório, de forma sincrônica e com movimentos altamente refinados” PINHO, 2007
O funcionamento das pregas vocais e a ressonância sonora gerada pelo trato vocal vão determinar as características acústicas da voz. Na música Soul, assim como em sua precursora, R&B, isso não vai ser diferente. Suas especificidades estão diretamente ligadas às características da voz do negro, devido a sua natureza histórica, que envolve o liberalismo social nos Estados Unidos da América entre o final da década de 1950 e o início da década de 1960. A “música soul” era uma referência a música do negro, tendo como principais tendências o rhythm and blues – R&B – e o gospel.
O negro e sua voz estão sempre ligados à sua contribuição musical, seja na diversidade rítmica ou na peculiaridade vocal expressa no canto. As peculiaridades perceptivas e acústicas devem-se a várias características únicas da raça negra:
Pitch rebaixado = produzindo pitch grave com sensação auditiva de voz mais baixa; provavelmente devido as modificações da fonte glótica e no trato vocal.
Menor frequência fundamental = devido ao maior comprimento e espessura das pregas vocais.
Presença de lábios evertidos que possibilita maiores cavidades no trato vocal.
Tendência a: biprotrusão dentária, tipologia dolicofacial, maxila anteriorizada, ampla cavidade nasal. Aspectos esses que possibilitam a compatibilidade com maior ressonância de harmônicos graves, exigindo menor esforço para a percepção da voz do indivíduo.
Loudness aumentado: maior percepção vocal, diminuindo a possibilidade de sobrecarga vocal no canto popular. O aumento do loudness pode estar vinculado a musculatura laríngea mais vigorosa, inserções musculares mais complexas, maior adução das pregas vocais e maior flexibilidade da cartilagem tireóidea.
A apresentação da música soul é emotiva, com melodia bem ornamentada e com improvisações, rodopios corporais do cantor e efeitos sonoros dos instrumentos. Presença de ritmos acentuados com o bater de palmas e os movimentos plásticos coreografados. Apresenta características estilísticas importantes como as perguntas e respostas entre o cantor solista e o coral e uma interpretação dramática do vocalista principal.
A voz aguda e o vibrato permitem a flutuação regular do ar durante a ação das pregas vocais, palato mole, parede faríngea e rebaixamento da laringe. Evidencia-se a presença de tensão cervical e o foco ressonantal na laringo-faringe, projeção vocal com bom suporte respiratório e articulatório.
No trabalho aqui apresentado, foi utilizada a amostra de voz cantada profissional do grupo brasileiro, Fat Family, cantando a música Perdi Você, dos compositores: Mauro Motta e Robson Jorge, para análise e exemplificação do estilo musical:
Backing vocals: voz soprosa evidente; tempo de emissão vocal preciso, pronunciandoas palavras com clareza. Manutenção da postura cervical e vertebral, facilitando o tráfego aéreo e evitando disfonias funcionais. Ataque vocal suave.
Primeira voz: voz soprosa; recorrência a respiração inferiorizada, aumentando a pressão subglótica, deixando a voz mais longa, forte e estável; hipernasalização, camuflada pela agudização do pitch; facilidade na troca de notas mais agudas e notas mais graves. Ressonância laringo-faríngea, predomínio do foco na região do pescoço. Articulação aberta e precisa.
Recursos Verbais e Vocais: variação de intensidade e na curva melódica, mantendo articulação clara e reta com prolongamento das sílabas, mantendo dinamismo entre velocidade e ritmo de modo que transmita ao ouvinte o apelo emocional da música.
VOZ FALADA NO RÁDIO
O rádio é o único meio de comunicação que se utiliza apenas da voz sem outros artifícios para auxiliar na expressividade. Para se ter a atenção do público e uma boa audiência é necessário que os locutores possuam articulação precisa, ter controle da respiração e possuir conhecimento e uso consciente da própria voz e de seus recursos.
Existem diferentes tipos de locutores radialistas e suas formas de atuação, entre eles: o publicitário ou anunciador, o qual, lê textos comerciais ou avisos; apresentador/ animador apresenta programas mais descontraídos e informais; apresentador/noticiarista faz leitura de notícias com prosódia mais formal, com o intuito de passar segurança e credibilidade; entrevistador, o qual, conduz entrevistas ao vivo com o tom de acordo com a intenção do programa.
O fonoaudiólogo analisa os parâmetros vocais dos radialistas para uma melhor intervenção e acompanhamento destes profissionais. Os parâmetros vocais analisados são: 
Pitch
O pitch é a sensação psicofísica de frequência fundamental. A mudança do pitch na fala do indivíduo tem a ver com a intensão do discurso que quer se passar. Um clima mais alegre/ festivo combina com um pitch mais agudo, aumento na velocidade da fala, ênfase mais marcada; ao contrário, em um clima mais formal utiliza­se tons mais graves, gama tonal mais restrita, menor velocidade de fala e menor intensidade. 
Loudness
É a sensação da intensidade da voz, onde no julgamento do som, classificamos como forte, normal ou fraco. O loudness é um parâmetro da nossa dimensão psicológica, por exemplo, empregamos uma intensidade mais forte para um tom mais autoritário ou de discussão; ao contrário, com uma intensidade mais fraca, passa­se a impressão de fragilidade, infantilidade. O aumento da tonicidade laríngea gera maior resistência glótica, tornando o som mais intenso. 
O controle de projeção da voz requer a consciência do controle da intensidade no 
Ressonância
Denomina­se ressonância o conjunto de elementos do aparelho fonador para a projeção do som no espaço. As principais caixas de ressonância são a laringe, faringe, boca e nariz. O uso excessivo de uma das caixas de ressonância gera um desequilíbrio na projeção dom som, sendo percebido na percepção auditiva. 
A ressonância pode ser ligada à fatores intrínsecos que dependem da anatomofisiologia de seu aparelho fonador e seleção do uso ou fatores extrínsecos ligados ao ambiente que o falante está inserido. 
Velocidade de Fala
A velocidade de fala é organização temporal da fonação. A velocidade de fala pode ser relacionada com o ritmo que cada indivíduo imprime à seu discurso, adequando-se ao contexto e a própria situação na qual ele se encontra (Behlau e Pontes, 1995). Os aspectos que caracterizam a velocidade da fala são individuais, ambientais e emocionais. Os ritmos da fala podem ser: adequado, monótono, repetitivo. Os radialistas precisam ter uma velocidade dinâmica para prender a atenção dos ouvintes.
Coordenação Pneumofonoarticulatória e Respiração
A coordenação pneumofonoarticulatoria é a relação harmônica entre respiração, emissão do som e articulação. A respiração precisa estar adequada para uma boa produção vocal, onde, para profissionais da voz o tipo mais de indicado de respiração é a costo- diafragmática.
Sotaque e Regionalismo
Sotaque é a diversificação das características linguísticas dos falantes de uma mesma língua, de acordo com a região. Por mais que seja perceptível, o sotaque deve ser suave e não chamar mais atenção que a mensagem que está sendo transmitida.
VOZ FALADA NA DRAMATURGIA
A voz do ator se encontra no espaço e tempo entre a relação de corporalidade e textualidade. Encontramos os fundamentos do trabalho vocal do ator na passagem do literário para o cênico, na dramaturgia. Esses fundamentos têm como sustentação o corpo do ator e o texto que se pretende interpretar.
O fonoaudiólogo pode colaborar no trabalho com o ator em técnicas que colaborem para as possibilidades vocais individuais juntamente com a respiração adequada. 
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Léslie Piccolotto, SILVA, Marta Assumpção de Andrada e. SAÚDE VOCAL: PRÁTICAS FONOAUDIOLÓGICAS. São Paulo: Roca, 2002.
BEHLAU, Mara, PONTES, Paulo. HIGIENE VOCAL – CUIDANDO DA VOZ. Livraria e Editora Revinter Ltda. 2009, 4ª Edição.
BEHLAU, M. (org.). Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. 2. V.
ESTIENNE, Françoise. Voz falada, voz cantada: avaliação e terapia. 2004. 
PINHO, Sílvia M. Rebelo; TSUJI, Domingos Hiroshi; BOHADANA, Saramira C. Fundamentos em laringologia e voz. Rio de Janeiro: Revinter, 2006.
PINHO, Sílvia Maria Rebelo; PONTES, Paulo. Músculos intrínsecos da laringe e dinâmica vocal. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2008. Série desvendando os segredos da voz.
PINHO, Sílvia M. Rebelo. Temas em Voz Profissional. Revinter, 2007.

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