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aula_10 APOIO - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - INTROD. A ADMINISTRAÇÃO

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TEXTO DE APOIO DA AULA ONLINE 10 - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
INTRODUÇÃO
O sucesso de uma organização não depende apenas de um bom produto, de uma eficaz estratégia de marketing ou de uma força de trabalho competente e motivada. Para o alcance dos objetivos organizacionais é necessária a administração segura e eficiente dos recursos financeiros. Os autores Sobral e Peci (2008), consideram os recursos financeiros como sendo o 'sangue' de uma organização. Para estes autores, quando o “sangue” deixa de circular com a liquidez necessária, a organização enfrenta muitas dificuldades, por melhores que sejam seus produtos, seus funcionários e sua ligação com os clientes.
Fundamentos de administração financeira
A área de Administração Financeira de uma organização trabalha com um recurso indispensável para seu funcionamento: o dinheiro. Administração financeira é o conjunto de atividades que administra o fluxo de recursos financeiros na empresa. Tem duas responsabilidades primordiais: captar os recursos necessários às atividades da organização e alocá-los de forma a alcançar os objetivos empresariais. Visto que os recursos financeiros são indispensáveis, a administração financeira assume um papel muito importante no desenvolvimento de todas as atividades da organização, contribuindo, de forma fundamental, para o sucesso do empreendimento.
No contexto empresarial, as funções típicas do administrador financeiro são:
Análise, planejamento e controle financeiro: é a atividade de coordenar, monitorar e avaliar todas as ações e fluxos financeiros da organização através de orçamentos e relatórios financeiros. Esta atividade também participa ativamente das decisões estratégicas com vistas a definir uma boa rentabilidade para os investimentos feitos pela empresa.
Tomada de decisões de investimento: é o conjunto de decisões que definem a melhor estrutura de ativos da empresa, analisando, avaliando e buscando estabelecer uma relação equilibrada entre o risco e o retorno dos investimentos.
Tomada de decisões de financiamento: diz respeito à tomada de decisões que definem o conjunto das fontes de recursos financeiros da organização, procurando estabelecer uma estrutura equilibrada em termos de liquidez, custo e risco financeiro. 
Liquidez financeira: tem liquidez financeira a empresa que possui dinheiro em conta corrente ou outros ativos que possam ser rápida e facilmente convertidos em moeda circulante
Custo financeiro: está relacionado aos juros a serem pagos pela obtenção de financiamento oriundo de instituições financeiras públicas ou privadas.
Risco financeiro: no caso de um financiamento, o risco financeiro a ser considerado é a possibilidade da empresa conseguir ou não honrar os pagamentos do capital tomado como empréstimo.
Seja qual for o tipo de atividade operacional da organização, os gestores financeiros são, fundamentalmente, as pessoas que tomam as decisões sobre a aplicação de recursos (investimento) e a obtenção de recursos (financiamento). Para a moderna administração financeira, o objetivo de qualquer empreendimento é maximizar a riqueza dos donos do capital, ou seja, alcançar o maior valor de mercado para a empresa. Essa potencialização do capital mostra a capacidade da organização na geração de recursos financeiros em longo prazo. Vale registrar que o objetivo econômico para moderna administração financeira é maximizar o valor do empreendimento e não maximizar o lucro, já que lucro é um critério contábil e de curto prazo.
O objetivo econômico da administração financeira é valido tanto para empresas públicas como para os empreendimentos privados. Nas organizações privadas, os acionistas ou proprietários têm a justa pretensão de obter um retorno financeiro compatível com o risco assumido por meio da geração de recursos de longo prazo, o que, certamente, vai se refletir no valor da empresa. Já nas empresas públicas, a geração de lucros e de recursos é um padrão de desempenho importante, pois permitirá o reinvestimento desses lucros na melhoria do bem-estar social, beneficiando toda a população. 
A função financeira na organização
Todas as áreas funcionais e todos os membros da organização têm a necessidade de interagir com a área de finanças para a execução das suas atividades. Isso porque cabe à área de Administração Financeira administrar o fluxo de recursos financeiros, os quais são indispensáveis para o desempenho de qualquer atividade organizacional. Mesmo se fazendo presente em todas as atividades empresariais, o porte e a relevância da função financeira na organização irão depender do seu tamanho.
Nas empresas de pequeno porte, as atividades relacionadas com a administração financeira são desempenhadas pela área responsável pela contabilidade e ficam sob a responsabilidade de um dos sócios. Em geral sua orientação é pontual e de curto prazo e envolve apenas atividades rotineiras e burocráticas como os pagamentos devidos e a cobrança de dívidas. Entretanto, à medida em que a organização cresce, a área de administração financeira torna-se um departamento autônomo sob a responsabilidade de um executivo do nível institucional, o vice-presidente financeiro ou o diretor financeiro. Esse administrador financeiro tem como atribuições a formulação de uma estratégia financeira para a organização, a representação da empresa perante órgãos públicos e instituições financeiras e a direção das áreas e das pessoas que executem tarefas ligadas à administração dos recursos financeiros do empreendimento.
A estrutura da área de administração financeira em uma organização de grande porte geralmente inclui três departamentos subordinados ao administrador financeiro. Esses departamentos são a controladoria, a tesouraria e o planejamento financeiro:
A Controladoria tem como função supervisionar as atividades de contabilidade e auditoria da organização. Esta atividade cuida da preparação de relatórios gerenciais internos, de demonstrações financeiras e da administração de assuntos fiscais. 
A Tesouraria é o departamento cuja responsabilidade é gerir as atividades financeiras que se relacionam ao capital de giro, como a administração de caixa e bancos, crédito e cobrança de dividas de fornecedores, pagamento dos compromissos da organização e outras atividades similares. 
O Departamento de Planejamento Financeiro tem como atribuição analisar e avaliar as fontes de financiamento, bem como analisar e avaliar os projetos de investimentos de modo que possa manter o equilíbrio financeiro do negócio e o alcance de suas metas.
Os vários departamentos da área de administração financeira de uma organização executam atividades diferentes, mas sempre interdependentes. A principal atividade da Controladoria é coletar, tratar e controlar a informação gerencial. O Departamento de Planejamento Financeiro usa essas informações como base para dar suporte às decisões de financiamento ou de investimento de longo prazo. A Tesouraria exerce um conjunto de atividades operacionais ligadas à administração financeira de curto prazo que permitem o bom funcionamento das rotinas financeiras da organização. 
Demonstrações financeiras
As organizações preparam relatórios padronizados e periódicos que, além de registrar, dão divulgação, sob o ponto de vista financeiro, das operações e atividades por elas realizadas. Esses relatórios são as chamadas “demonstrações financeiras” e são usados por órgãos reguladores, pelos credores, investidores, acionistas, instituições financeiras e outros, para análise e controle da situação e do desempenho financeiro da organização. As demonstrações financeiras são também utilizadas pelos demais gestores da organização como meio de manterem-se informados e como auxílio no processo de decisão gerencial.
Essas demonstrações financeiras geralmente são apoiadas por um relatório da administração, que esclarece os acionistas a respeito do desempenho e sobre as perspectivas da organização, utilizando-se de notas explicativas, que podem incluir uma série de informações suplementaresàs demonstrações financeiras. Além disso, o relatório da administração também vem geralmente acompanhado de um parecer de auditores externos, que manifestam sua opinião sobre a qualidade e a confiabilidade das demonstrações financeiras apresentadas.
Decisões de investimento
Uma das decisões mais importantes de um administrador financeiro está relacionada ao investimento de capital. Por ser uma das maneiras principais para a alavancagem da expansão das organizações, as decisões de investimento devem ser previstas como parte da estratégia empresarial. A atividade de investir significa um desembolso de recursos financeiros na aquisição de ativos permanentes, tendo por objetivo o alcance de benefícios econômicos futuros. 
As decisões de investimento são muito importantes porque acabam por definir o rumo estratégico da organização, e os impactos positivos ou negativos destas decisões se farão sentir por muitos anos. Um investimento de capital bem-sucedido vai gerar fluxos de caixa futuros que ajudarão na melhoria do desempenho financeiro da empresa no longo prazo. Mas por outro lado, um investimento malsucedido pode comprometer o equilíbrio financeiro e reduzir a capacidade competitiva da organização. Um insucesso em investimentos tem outra conseqüência menos visível mas também bastante lastimável: o fracasso pode diminuir a flexibilidade da Liderança, que se tornará mais rígida e menos propensa a assumir riscos, mesmo calculados. Portanto, visto a importância dessas decisões, é preciso um processo embasado e seguro para chegar-se à decisão sobre quanto, quando e onde investir. Chamamos a esse processo de orçamento de capital ou investimento de capital. 
Decisões de financiamento
A atividade de financiamento tem por finalidade a captação de recursos. A política de financiamento de uma organização baseia-se na escolha da composição mais favorável de recursos que serão usados para financiar suas operações. Ou seja, consiste na definição da estrutura financeira que mais se adequada ao negócio. Essa adequação envolve a definição dos recursos mais apropriados às necessidades da organização, considerando-se a liquidez, o custo e o risco financeiro do financiamento. A classificação desses recursos é feita conforme mostrado a seguir:
Recursos próprios ou de terceiros: os recursos próprios são aqueles desembolsados e aplicados no negócio pelos próprios sócios ou os lucros retidos na empresa (patrimônio líquido). Os recursos de terceiros são os compromissos e as dívidas contraídas com terceiros (passivo circulante e do exigível no longo prazo). 
Recursos permanentes ou temporários: os recursos permanentes são os recursos próprios ou exigíveis no longo prazo. Os recursos temporários são dívidas e compromissos assumidos no curto prazo.
Recursos onerosos ou não onerosos: Os recursos onerosos são aqueles pelos quais a empresa paga encargos financeiros (juros). Os recursos não onerosos são aqueles pelos quais a empresa não paga encargos financeiros.
Política de dividendos
O estabelecimento da política de dividendos de uma organização consiste na definição da porcentagem dos lucros líquidos que serão distribuídos aos acionistas, a fim de remunerar o capital que eles investiram na empresa. Ou seja, a política de dividendos estabelece decisões sobre o lucro líquido da empresa, definindo que parte desse lucro deve ser dividida entre os sócios e que parte do lucro deve ser reinvestida no negócio.
A política de dividendos se relaciona diretamente com as decisões de financiamento, já que a distribuição de lucro entre os sócios retira do negócio recursos financeiros que poderiam ser aplicados para financiar a expansão de suas atividades. Desta forma, quanto menos lucro a empresa distribuir, melhor para seu futuro, pois diminui a necessidade de buscar recursos em fontes financeiras externas para financiar sua expansão. Entretanto, a decisão de não distribuir o lucro impede os acionistas de receberem a remuneração sobre o investimento feito. Essas duas forças exercem pressões antagônicas sobre o administrador financeiro e tornam a decisão de distribuir ou reter lucro um grande dilema para estes profissionais.
Diagnóstico financeiro da empresa
O diagnóstico financeiro da empresa é feito por meio da análise do desempenho e do comportamento histórico da situação econômico-financeiro de uma empresa. Este diagnóstico é sempre feito com base nas demonstrações financeiras.
No âmbito empresarial interno, a análise financeira tem a finalidade de avaliar o impacto e as conseqüências das decisões financeiras da organização. Busca também auxiliar os administradores financeiros na concepção, avaliação e controle das estratégias do negócio. No âmbito empresarial externo, a análise financeira permite que os diferentes stakeholders, ou partes interessadas, tomem decisões. Estas decisões podem ser relacionadas à maximização do retorno sobre o capital investido: os investidores efetuam avaliações financeiras das empresas para melhor gerir suas carteiras de títulos. Por outro lado, estas decisões baseadas na análise financeira podem ter como objetivo a redução de riscos: os fornecedores e as instituições financeiras avaliam a capacidade que a empresa possui de pagar suas dívidas.
De maneira abrangente, o diagnóstico financeiro da empresa deve incluir no mínimo a análise de três períodos subsequentes e buscar uma comparação entre o desempenho da empresa com o desempenho de outras do mesmo ramo de atividade, preferencialmente empresas do mesmo porte. Uma das formas mais populares e tradicionais de se proceder ao diagnóstico financeiro é aquela que toma como base de cálculo e de interpretação da realidade um conjunto de indicadores ou índices financeiros.
O diagnóstico financeiro deve ter como principal alvo a avaliação de alguns itens fundamentais: 
a capacidade da organização para gerar resultados de forma a remunerar os investidores, que vem a ser uma prova de sua rentabilidade; 
a capacidade da organização para honrar seus compromissos, prova de seu equilíbrio financeiro; 
a eficiência da organização na administração de suas atividades operacionais.
REFERÊNCIAS
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

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