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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM – DENF Disciplina: Epidemiologia Conteúdo: Validade em Estudos Epidemiológicos Prof: Me. Mauricio V. G. Oliveira Medidas de Associação Medidas de Associação Apresentação dos dados: Tabelas de contingência ou 2 x2 A Epidemiologia e a Clínica As aparências para a mente humana são de quatro tipos: As coisas são o que parecem ser, ou são e não parecem ser; ou não são, mas parecem ser, ou não são, nem parecem ser. Epictetus, Séc. II D.C. A Epidemiologia e a Clínica Ser ( + ) ( - ) ( + ) Parecer ( - ) As coisas são o que parecem ser Não são mas parecem ser São mas não parecem ser Não são e nem parecem ser A Epidemiologia e a Clínica Os profisionais da área da saúde passam grande parte do tempo diferenciando entre estado de saúde “normal” e “anormal”; Quando se confrontam com algo grosseiramente diferente do usual, não têm dificuldade de separar o normal do anormal; Decidir o que é anormal torna-se ainda mais difícil entre pacientes não selecionados, geralmente encontrados fora do contexto hospitalar. Diagnóstico Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade; Principais usos: Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde; Avaliar a gravidade do quadro clínico; Estimar o prognóstico; Monitorar a resposta a uma intervenção. Teoria da Medida – Precisão e Validade 1 2 3 4 Erros de medida Erro aleatório É a expressão da variabilidade (dispersão) inerente a qualquer série de medições; tende a se distribuir de modo “simétrico” em torno de um valor central (médio) que, em certos casos, é tomado como o valor “verdadeiro” da medida. Erro sistemático É a expressão de uma tendenciosidade (viés) introduzida pelo procedimento de medida, pelo instrumento ou pelo sujeito que mede; provoca um desvio (deslocamento) do valor observado em relação ao valor “verdadeiro” da medida. Critérios da qualidade medida Validade Corresponde ao grau em que um instrumento é capaz de medir o “verdadeiro valor” de um fenômeno. Confiabilidade Corresponde ao grau de repetibilidade da medida, isto é, da concordância dos resultados obtidos de diferentes medições do mesmo objeto. Validade testes diagnóstico A validade operacional de um instrumento (ou procedimento) de medida pode ser avaliada sistematicamente através da comparação do seu desempenho em discriminar "positivos" e "negativos", em relação à condição considerada "verdadeira", definida através da medida fornecida por um instrumento padrão conhecido como de alto poder discriminante (“padrão ouro”). Validade testes diagnósticos Componentes da validade operacional: Sensibilidade (S) Especificidade (E) S: é a probabilidade de um teste dar positivo na presença da doença, isto é, avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está presente; E: é a probabilidade de um teste dar negativo na ausência da doença, isto é, avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela estáausente. Critério amplo de diagnóstico Todo caso de dor precordial será considerado infarto do miocárdio; Toda paralisia flácida de início súbito será considerada poliomielite. Baixa especificidade: Muitos casos falsos serão considerados verdadeiros Alta sensibilidade: Poucos casos verdadeiros deixarão de ser identificados Critério restrito de diagnóstico O diagnóstico de infarto do miocárdio requer evidência de necrose. Apenas casos com sorologia positiva serão considerados polio. Baixa sensibilidade: Muitos casos verdadeiros deixarão de ser identificados Alta especificidade: Poucos casos falsos serão considerados verdadeiros Relação entre Teste diagnóstico e Doença Doença ( + ) ( - ) ( + ) Teste ( - ) Verdadeiro positivo Falso positivo Falso negativo Verdadeiro negativo Sensibilidade e Especificidade Doença Presente Ausente Total ( + ) a + b Teste ( - ) c + d Total a + c b + d a+b+c+d S = a / (a+c) E= d / (b+d) Verdadeiro positivo a Falso positivo b Falso negativo c Verdadeiro negativo d Sensibilidade e Especificidade Valor preditivo positivo (VPP): é a proporção de verdadeiros positivo entre todos os indivíduos com teste positivo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença. Valor preditivo negativo (VPN): é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo não ter a doença. Valor Preditivo Doença Presente Ausente Total ( + ) a + b Teste ( - ) c + d Total a + c b + d a+b+c+d VPP = a / (a+b) VPN= d / (c+d) Verdadeiro positivo a Falso positivo b Falso negativo c Verdadeiro negativo d Acurácia e Prevalência Acurácia: é a proporção de acertos de um teste diagnóstico, ou seja, a proporção entre os verdadeiros positivos e negativos em relação a todos os resultados possíveis; Prevalênica: refere-se a todos os casos de doença existentes previamente a realização de um teste, expressa a probabilidade de doença antes de o teste ser realizado. Sensibilidade e Especificidade Doença Presente Ausente Total ( + ) a + b Teste ( - ) c + d Total a + c b + d a+b+c+d P = a + c / (a+b+c+d) A= a+d / (a+b+c+d) Verdadeiro positivo a Falso positivo b Falso negativo c Verdadeironegativo d Uso testes diagnósticos Sensíveis Necessário para o diagnóstico de doença potencialmente grave Afastar doenças em fase inicial do diagnóstico O resultado negativo é mais útil: melhor VPN Específicos Particularmente necessário quando um resultado falso positivo pode ser muito lesivo Confirmar um diagnóstico sugerido por outros dados O resultado positivo é mais útil: melhor VPP Rastreamento: os testes sensíveis são os mais indicados em grupos populacionais
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