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Ética e Administração Pública Módulo III

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Ética na Administração Pública 
MÓDULO III - Ética na Administração Pública 
 
Módulo III - Ética na Administração Pública 
 
Após o estudo deste módulo você será capaz de, quanto à Administração 
Pública: 
 conceituá-la e reconhecer seus agentes; 
 conhecer os princípios que a regem; 
 identificar as principais instâncias de controle interno e externo; 
 reconhecer a questão ética implícita em cada um dos itens acima; 
 refletir sobre a ética no Poder Legislativo. 
 
 
 
Unidade 1 - Administração Pública 
Nesta unidade, trataremos o conceito de administração pública e agentes 
públicos. 
 
 
Pág. 2 - Conceitos 
De saída é importante diferenciarmos dois conceitos que muitas vezes são 
confundidos: Governo e Administração Pública. 
 
Por Governo devemos entender o conjunto dos poderes e instituições públicas, 
considerado sobretudo pelo "comando" destes. O Governo é quem conduz os 
negócios públicos, estabelecendo linhas-mestras de atuação. 
 
Já a Administração Pública caracteriza-se pelas funções próprias do Estado e a 
prática necessária para o cumprimento dessas funções. Assim, é a 
Administração Pública a executora das atividades visando ao bem comum. 
 
Não cabe à Administração Pública a prática de atos de governo, mas sim de 
atos administrativos próprios do Estado. Ela é responsável pela execução 
desses atos, daí por que seus agentes devem primar pela Ética, pois estão 
agindo em nome de todos em prol da coletividade. 
 
Por isso é também importante conceituarmos "serviço público", nas palavras do 
mestre Hely Lopes Meirelles: 
 
"Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus 
delegados, sob normas e controles estatais , para satisfazer necessidades 
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do 
Estado." 
 
 
Quando o conceito se refere a "delegados", está tratando daqueles que, 
mesmo não sendo servidores públicos, recebem da Administração Pública a 
tarefa de agir em nome dela. 
 
É comum as empresas públicas de energia elétrica ou de água e saneamento 
terceirizarem algumas de suas atividades, como a ligação ou religação do 
fornecimento. Por isso, no Distrito Federal, por exemplo, vemos veículos 
identificados como "A serviço da CEB" (a Companhia Energética de Brasília). 
Essa prática acontece em todas as unidades da Federação. 
Assim, também é importante que conceituemos quem são os agentes públicos, 
ou seja, aqueles que compõem a Administração Pública ou que para ela 
prestam serviços. É o que veremos a seguir. 
 
 
Pág. 3 - Agentes públicos 
 
Agentes públicos: servidores e empregados públicos 
 
A denominação mais abrangente para aqueles que prestam serviços em nome 
do Estado é a de agentes públicos, cuja característica principal é a de serem 
pessoas físicas prestando serviços ao Estado. Os agentes públicos, ainda, 
podem ser subdivididos em quatro categorias, demonstrada no quadro abaixo. 
 
 
Agentes administrativos: servidores públicos num sentido mais amplo. 
 
Agentes delegados: são os particulares incumbidos pelo Estado de prestarem 
serviços ou executar atividades; 
 
Agentes honoríficos: razoavelmente raros na Administração Pública, a eles 
são incumbidas atribuições por sua honorabilidade ou profundo conhecimento 
num dado ramo do saber (é o caso de membro de júri e mesários eleitorais); 
 
Agentes políticos: aqueles em função de maior poder decisório ou do primeiro 
escalão (ministros, congressistas, magistrados, presidentes de estatais, entre 
outros). 
 
 
 
Vamos nos deter um pouco mais sobre os agentes administrativos, que 
compõem a grande maioria da Administração Pública brasileira. 
 
Os agentes administrativos dividem-se em: 
 
 
Agentes Temporários: contratados por período limitado de tempo; 
 
Empregados públicos: contratados pelo regime da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT); 
 
Militares: os pertencentes aos quadros das Forças Armadas; 
 
Servidores públicos: contratados pelo regime estatuário ocupam cargos 
públicos pertencentes à Administração direta, às autarquias ou às fundações 
públicas. 
 
 
 
 
 
Unidade 2 - Ética e Administração Pública 
 
Nesta unidade, abordaremos os seguintes pontos: 
 
 princípios da Administração Pública; 
 práticas éticas; 
 instâncias externas de controle (ONGs, sites e outros); e 
 códigos de Ética. 
 
 
 
Pág. 2 - Princípios da Administração Pública 
 
Legalidade 
 
Este princípio assegura que a Administração Pública só pode agir em nome da 
lei e respaldada por ela. 
 
Caso esse princípio não seja obedecido, a atividade pública será ilícita e, por 
tanto, deverá ser punida. 
 
 
 
 
 
Impessoalidade 
 
Aqui se assegura que os atos administrativos são de responsabilidade da 
Administração Pública e não de um servidor público específico. 
 
Por outro lado, é também este princípio que proíbe a promoção pessoal de 
ocupantes de cargos públicos. Exemplo clássico era o de se batizarem 
viadutos e pontes com o nome do governador ou do prefeito. Atualmente, isso 
só pode ocorrer em homenagem a pessoas ilustres já falecidas, evitando 
justamente a autopromoção por meio da Administração Pública e seus 
recursos. 
 
 
 
 
Moralidade 
 
Este princípio, em síntese, alerta que “nem tudo que é legal é honesto”. Há 
casos em que, apesar da permissão da lei, em certas circunstâncias, uma ou 
outra ação administrativa pode caracterizar-se como não moral ou não ética. 
 
Veja o que diz o inciso LXXIII do art. 5° de nossa Constituição: “qualquer 
cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência”. 
 
Em outros termos, é o seguinte: 
 
Imaginemos que um cidadão presencie a utilização de carros oficiais (portanto, 
pertencentes à Administração Pública) para fins particulares. Ele poderá 
coletar provas e propor ação na Justiça para cessar o ato e reparar o dano. 
Como está agindo em nome da cidadania (se o fizer de boa fé), não precisará 
custear nada na Justiça, nem mesmo se vier a perder a causa. A conclusão é 
de que era um cidadão interessado em preservar a moralidade da 
Administração Pública. 
 
 
 
Pág. 3 
 Publicidade 
 
Este princípio, também mandamento constitucional, é hoje mais popularmente 
conhecido como transparência, termo que veio à tona, na história recente, com 
a derrocada ad URSS, em que se exigia a glasnost (=transparência). 
 
Em suma, significa que atos administrativos, pelo seu caráter público, deve ser 
dada ampla divulgação, de modo que o cidadãos possam acompanhar e 
avaliar tais atividades. 
 
Há outro sentido para o termo, muito bem explicitado pela Constituição 
Federal, quando, em seu art. 5°, inciso XXXIII, afirma que “todos têm direito a 
receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado”. 
 
 
 
Eficiência 
 
De todos os princípios que devem ser seguidos pela Administração Pública, 
este é o mais recente e já observa a modernidade exigida por qualquer 
instituição, pública ou privada. 
 
Ele estipula que não basta os atos públicos serem legais, impessoais, de 
acordo com a moral e amplamente divulgados: eles devem também buscar a 
eficiência, o atendimento real dos objetivos a que se propõem, sempre em 
nome da sociedade, da população, que os financia.Pág. 4 - O servidor público e as práticas éticas 
 
 
Se a Administração Pública se rege por princípios, os agentes públicos são os 
responsáveis por colocá-los em prática. 
 
No caso específico dos servidores públicos, estes têm normas para atuação. 
 
Do mesmo modo que um trabalhador na iniciativa privada deve prestar contas 
de suas atividades, produção e atitudes ao seu empregador, também o servidor 
público deve fazê-lo. 
 
Neste caso, a Administração Pública, em seus diversos níveis e nas várias 
instituições de que é formada, possui uma hierarquia própria. Há deveres e 
direitos daqueles que nela trabalham, bem como dos usuários de seus 
produtos e serviços. 
 
Mas como o servidor público pode se conscientizar do que constituem os seus 
direitos e deveres? 
 
Em primeiro lugar, basta dar uma boa lida na Constituição Federal, 
particularmente no Título III (Da Organização do Estado), Capítulo VII (Da 
Administração Pública), Seção II (Dos Servidores Públicos) 
 
Por ser a Lei Maior do País, é recomendável que se comece por aí: nenhuma 
outra lei irá contrariá-la; portanto, no que ela se referir aos direitos e deveres do 
servidor e à amplitude e limites de sua atuação, ali certamente estarão 
envolvidas questões éticas e estabelecidos princípios e práticas de atuação. 
 
Em segundo lugar, o servidor público deve ter sempre por perto, para consulta, 
o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
 
Em terceiro lugar, ele deve procurar saber se existe um Código de Ética 
próprio, de sua categoria funcional ou da própria instituição. Tais códigos 
costumam explicitar com maior minúcia o que é ético no comportamento 
profissional do servidor e o que ele deve evitar, sob pena de transgressão. 
 
Então, veja que temos no Brasil três níveis básicos a serem “checados” quanto 
à Ética Profissional do servidor público: 
 
 
1) Constituição Federal (e Constituições estaduais e Lei Orgânica do Distrito 
Federal); 
 
2) Regime dos Servidores Públicos (federal, estaduais/distrital e municipais); 
 
3) Código de Ética (se houver). 
 
 
Observe que esses três níveis vêm sob uma forma legal, ou seja, expressos 
por legislação própria, por uma norma que é a todos imposta e deve ser por 
todos respeitada. 
 
 
 
 
Pág. 5 
 
Deveres e proibições do servidor público na Lei nº 8.112/90 
 
Você viu na tela anterior o link e a referência ao regime jurídico dos servidores. 
Muita gente conhece ou ao menos já ouviu falar da “8112”. 
 
É assim que, informalmente, servidores públicos, advogados e concurseiros se 
referem à Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que trata do regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais. 
 
Para não nos alongarmos muito na lei em si, que pode ser consultada na 
íntegra no link acima, optamos por apresentar aqui um quadro sintetizando 
deveres, com seus respectivos princípios, do servidor público estatutário, ou 
seja, daquele servidor que é regido pela Lei nº 8.112/90. 
 
Repare que cada atividade traz em si, explícita ou implicitamente, um dos 
princípios da Administração Pública, vale dizer, um item ético. 
 
 
 
 
DEVERES 
Atividade 
Princípio a 
cumprir 
exercer com zelo e dedicação as atribuições do 
cargo 
MORALIDADE 
ser leal às instituições a que servir MORALIDADE 
observar as normas legais e regulamentares LEGALIDADE 
cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais 
LEGALIDADE 
atender com presteza: ao público em geral, 
prestando as informações requeridas, ressalvadas 
as protegidas por sigilo; à expedição de certidões 
requeridas para defesa de direito ou esclarecimento 
de situações de interesse pessoal; às requisições 
para a defesa da Fazenda Pública 
EFICIÊNCIA 
levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do 
cargo 
LEGALIDADE 
zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público 
ECONOMICIDADE 
guardar sigilo sobre assunto da repartição MORALIDADE 
manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa 
MORALIDADE 
ser assíduo e pontual ao serviço EFICIÊNCIA 
tratar com urbanidade as pessoas MORALIDADE 
representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de 
poder 
LEGALIDADE 
 
Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo I, art. 116. 
 
 
 
Pág. 6 
Apresentamos um outro quadro, agora sintetizando proibições, com seus 
respectivos princípios, ao servidor público estatutário, ou seja, daquele servidor 
que é regido pela Lei nº 8.112/90. 
 
PROIBIÇÕES 
Atividade Princípio violado 
ausentar-se do serviço durante o expediente, sem 
prévia autorização do chefe imediato 
LEGALIDADE 
MORALIDADE 
retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição 
LEGALIDADE 
MORALIDADE 
recusar fé a documentos públicos LEGALIDADE 
opor resistência injustificada ao andamento de 
documento e processo ou execução de serviço 
EFICIÊNCIA 
promover manifestação de apreço ou desapreço no 
recinto da repartição 
MORALIDADE 
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos 
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição 
que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado 
LEGALIDADE 
coagir ou aliciar subordinados no sentido de 
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou 
partido político 
IMPESSOALIDADE 
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função 
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até 
o segundo grau civil 
IMPESSOALIDADE 
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública 
IMPESSOALIDADE 
participar de gerência ou administração de 
sociedade privada, personificada ou não 
personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário 
LEGALIDADE 
MORALIDADE 
atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
receber propina, comissão, presente ou vantagem 
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
praticar usura sob qualquer de suas formas 
LEGALIDADE 
 
MORALIDADE 
proceder de forma desidiosa EFICIÊNCIA 
utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição 
em serviços ou atividades particulares 
IMPESSOALIDADE 
ECONOMICIDADE 
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao 
cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias 
LEGALIDADE 
exercer quaisquer atividades que sejam 
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho 
IMPESSOALIDADE 
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado 
LEGALIDADE 
 
Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo II, art. 117. 
 
Pág. 7 
Dicas para reafirmar a prática ética do servidor público 
 
Como é aparentemente fácil não ser ético 
 
Cobramos sempre ética do outro, mas nos esquecemos de que o primeiro lugar 
a implantá-la é dentro de nós mesmos. 
 
Exemplo: é muito comum falarmos dos políticos em geral - são gananciosos, 
corruptos, não pensam na população. Mas quem de nós já não ficou tentado ao 
se defrontar com uma situaçãode “levar vantagem”? 
 
Veja abaixo: já lhe aconteceu algum desses episódios? 
 
Utilizar a carteirinha de estudante de um colega para um show caro, ou 
mesmo obter sem ser propriamente estudante? 
 
Comemorar um troco a mais, errado, que o caixa da padaria entregou? 
 
Constatar, feliz, que o funcionário público não nos cobrou a multa que era 
obrigatória num dado caso? 
 
Pagar suborno ao mau policial que nos parou na blitz? 
 
 
Se essas situações já lhe ocorreram e você sequer ficou tentado, parabéns! 
Está com o seu "eticômetro" funcionando bem e sempre. Mas muitos de nós, 
nesses casos, podemos ser levados a pensar: 
 
 
- Ora, se meu carro for apreendido, vou pagar dez vezes mais para retirá-lo do 
depósito. 
 
Ou: - Ora, estou deixando de levar uma multa, quando existe toda a 
roubalheira do dinheiro público. E na verdade essa multa nem é lá muito 
justa... 
 
Ou: - Ora, o caixa da padaria deve enganar vários fregueses todos os dias, 
fica sempre no lucro. Além do mais, que padaria careira... 
 
Ou: - Ora, por que só estudantes podem pagar meia-entrada? Eu sou 
professor (ou arquiteto, ou advogado, etc.) e tenho a mesma necessidade de 
lazer e cultura. 
 
 
 
Enfim, em geral buscamos uma justificação racional para nossos atos que 
contrariam a moral ou a Ética. 
 
Pág. 8 
Atitudes éticas: modo de usar 
Portanto, como acabamos de ver, um recurso para driblar a Ética é relativizar a 
verdade. Mas pense bem: é pequeno o número de vezes que, se pararmos e 
refletirmos um pouco, teremos dúvida real sobre se uma atitude é ética ou não. 
Por isso, devemos sempre nos lembrar de que a Verdade é um princípio tão 
ético que se inscreve como pilar da religião e da filosofia. 
 
Ética é quase sinônimo de postura correta, de conduta verdadeira tanto nas 
menores quanto nas maiores ações. Uma das noções de Ética é consciência 
pessoal em relação a seus atos, à justeza deles e ao cuidado com sua 
repercussão sobre o outro. 
Mas ser ético é ser perfeito? Longe disso. Ainda cometeremos deslizes e 
atitudes incorretas. Porém, a diferença é que eles tenderão a ser cada vez 
mais excepcionais e/ou inconscientes. 
Vamos, então, a uma pequena lista, apenas ilustrativa, de ações éticas que 
podemos praticar em nosso dia a dia? 
 
Dê o crédito a seus colegas e subordinados, quando tiverem boas ideias e 
ações. Não se aproprie do mérito deles. 
 
Não aceite presentes cuja causa esteja em sua função, seu trabalho. 
 
Seja honesto consigo mesmo e com os outros. 
 
Aja de acordo com a lei. 
 
(Para isso, consulte a legislação, de modo a assegurar-se da correção de seus 
atos. Lembre-se de que a ninguém é dado alegar desconhecimento da lei.) 
 
Considere os recursos públicos como se denominam: públicos, de todos e 
para todos. 
 
Seja ético também quando ninguém o estiver observando. 
 
Existem aqueles que são éticos no atacado, mas antiéticos no varejo, ou seja, 
praticam grandes e vistosos atos éticos, mas, no cotidiano, cometem uma série 
de "pecadilhos éticos". Durante um longo período histórico considerava-se que 
esse "jeitinho" para burlar a ética era um traço de caráter do brasileiro. 
 
O Brasil, contudo, tem mudado em sua cultura e nas práticas. Isso vem 
avançando a ponto de termos hoje indivíduos e grupos sociais, preocupados e 
vigilantes com as questões éticas. E esse número só cresce, com a percepção 
de que o agir bem traz benefícios a todos e a cada um. Por isso, agir de 
maneira correta deve ser um exercício diário e consciente. 
 
Repetimos: Ética equivale à conduta verdadeira tanto nas menores quanto nas 
maiores ações. 
Pág. 9 
Instituições são mais ou menos éticas de acordo com as pessoas que nelas 
atuam. Assim, devemos ter cuidado com expressões como “o parlamento não é 
ético”. Estamos falando de todos os integrantes desse parlamento ou de alguns 
de seus representantes? O que devemos considerar é que a ética está ou não 
nas pessoas - mais ainda, está em suas atitudes. 
 
A preocupação ética dos membros de uma instituição reflete-se diretamente na 
impressão que a população em geral tem daquela instituição. As pessoas 
fazem a instituição e não o contrário. A decisão final é de cada um, de acordo 
com seus princípios e consciência individual. 
 
Isto se aplica ainda mais a instituições governamentais, em que estão em 
questão a forma e os objetivos para os quais são gerados os recursos públicos. 
 
Dessa forma, há duas maneiras de se encarar uma questão relativa à lei: 
 
1) o "jeitinho", ou dura lex, sed lex ("a lei é dura mas estica", conforme a 
anedota); 
 
2) dura lex, ex lex (a lei é dura mas é lei). 
 
 
A postura ética se coaduna apenas com a opção de número 2, porém pode nos 
surgir a seguinte pergunta: 
 
- Ora, e se uma lei for injusta, devo seguir a legalidade ou a justiça? 
 
A questão já foi e continua a ser motivo de debate e controvérsia ao longo dos 
séculos. Basta lermos o clássico "Antígona" (clique aqui para baixá-lo na 
íntegra), monumental peça teatral de Sófocles, representada pela primeira vez 
em 422 a.C., e veremos que essa preocupação é bem antiga para cidadãos e 
governantes. 
 
A resposta, porém, hoje nos parece mais segura: caso se considere a lei 
injusta, siga-se ainda assim a lei. Busque-se a justiça por meio do Judiciário 
para reparar uma legislação danosa e busque-se a mudança dessa norma por 
meio do Legislativo, o responsável pela criação e também supressão das leis. 
 
Com a evolução e democratização dos processos legislativos, e ainda com a 
maior transparência e rapidez nos procedimentos, resultado das novas 
tecnologias de informação e comunicação, hoje podemos ser mais conscientes 
de nossas escolhas e mais ágeis em nossa atuação cidadã. 
 
 
Clique aqui. 
 
 
 
Pág. 10 - Códigos de Ética 
 
Os chamados Códigos de Ética são documentos criados por instituições ou 
categorias profissionais específicas, para regular a atuação desses agentes. 
 
Selecionamos, abaixo, alguns dos importantes códigos brasileiros. Trata-se de 
uma seleção, dentre tantas outras possíveis. 
 
É interessante que você clique nos links e procure ler, no todo ou em parte, 
esses Códigos de Ética. 
 
Sem querer pautar sua leitura, recomendamos, apenas a título de sugestão, 
duas abordagens críticas: 
 
1) procure lê-las comparativamente, notando o que possuem em comum e em 
que se diferenciam pela natureza específica de sua atuação; e/ou 
 
2) leia-as considerando se se trata realmente de Códigos de Ética (mais 
universais) ou Códigos Morais (relativos a posturas de uma dada época, região 
ou cultura). 
 
Boa leitura! 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - SENADO 
 
Este é o Código a que estão submetidos todos os parlamentares de nossa 
Câmara Alta, ou seja, o Senado Federal. 
 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - CÂMARA DOS 
DEPUTADOS 
 
Também a Câmara dos Deputados possui seu Código de Ética. Leia-o e 
compare-o com o do Senado e de outras categorias de servidores públicos e 
profissionais. 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO 
PODER EXECUTIVO FEDERAL 
 
Aplica-se ao servidor público civil do Poder Executivo, mas, pela abrangência, 
muitos de seus fundamentos são aplicáveis a outros níveis da Administração 
Pública. 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA 
 
O Judiciário brasileiro possui Código de Ética próprio, com seus princípios e 
também os seus limites de atuação. Conheça-os. 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
 
De autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi atualizado e passou a 
vigorar, em sua nova versão, a partir de 13 de abril de 2010. 
 
Porser um documento da área médica, que tem por missão maior a 
preservação da vida, vale a pena dar uma olhada. 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS ADVOGADOS 
 
Este é um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e estabelece 
os princípios e limites para a ação dos advogados em todo o Brasil. 
 
Neste caso, por ser uma função que visa garantir o direito das pessoas, 
também é um bom referencial para a análise da conduta ética. 
 
 
 
Pág. 11 - Instâncias externas de controle 
No setor público, atuam no controle externo alguns órgãos ou instituições 
específicas. Seguem alguns exemplos: 
 
 Tribunal de Contas da União (TCU) 
 Tribunais de Contas dos Estados e do DF 
 Controladoria-Geral da República 
 Ministério Público Federal 
 Ouvidorias públicas 
 
Nota-se que, com o surgimento e universalização da internet, o controle 
externo vem sendo realizado também por organizações não governamentais e 
mesmo grupos de cidadãos, valendo-se das informações veiculadas pelos sites 
da Presidência da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, 
do Supremo Tribunal Federal, apenas para ficarmos na instância maior dos 
respectivos poderes. 
 
O Senado, por exemplo, mantém o Portal da Transparência, com informações 
relevantes sobre seus trabalhos, gastos, remuneração e diversos outros temas 
de importância para o eleitor e o cidadão. 
 
Além disso, a imprensa, num país democrático, também no papel de controle 
externo, no sentido de que investiga, denuncia e cobra posicionamento das 
autoridades contra atos lesivos ao Estado e à sociedade. 
 
Abaixo, mais alguns links para instâncias ou ações externas de controle. 
 
 Contas Abertas 
 Transparência Brasil 
 Portal da Transparência 
 Instituto Ethos 
 
 
 
Pág. 12 - Instâncias internas de controle . 
Essas unidades administrativas são comumente denominadas no serviço 
público de "Controle Interno". Daí por que se encontram nos organogramas das 
instituições públicas nomes como "Secretaria de Controle Interno", 
"Coordenação de Controle Interno" e seus similares. 
 
Alguns órgãos da Administração Pública, seguindo o exemplo do Governo 
Federal, preferem utilizar "Controladoria", termo enxuto, que mantém inalterada 
a significação e, por conseguinte, seu espectro de atuação. 
 
Uma instância interna de controle (ou Controle Interno, ou Controladoria) é o 
setor responsável por fiscalizar os atos da própria instituição. Com esse 
objetivo, ela pode também estabelecer mecanismos educacionais ou 
normativos para garantir boas práticas, antecipando-se mesmo à ação 
fiscalizatória. 
 
Conflitos éticos: você decide 
 
FAIRPLAY OU REGRA 
 
Analise os dois casos abaixo, ilustrados pelos respectivos vídeos 
(se quiser, pode também debater a questão em nosso fórum temático) 
 
 
O jogador do Ajax, da Holanda, ao devolver gentilmente a bola ao adversário, 
numa atitude de fairplay (jogo limpo), sem querer marca um gol no outro time, 
que, parado, apenas aguardava a devolução. 
Veja o que segue. A atitude seguinte do Ajax provoca aplausos efusivos dos 
torcedores no estádio. 
 
 
Vídeo ½: https://www.youtube.com/watch?v=WFlPfaS-znA 
 
 
 
Mas observe este outro lance, ocorrido aqui mesmo no Brasil. O jogador do 
Palmeiras a rigor não desrespeita a regra, mas, mesmo assim, provoca 
reclamações veementes do time adversário e vaias da torcida. 
 
 
Vídeo 2/2: https://www.youtube.com/watch?v=t7Nx2IYQWTo 
 
 
 
 
 
 
Unidade 3 - Ética no Legislativo 
Nesta unidade, trataremos os seguintes pontos: 
 
 por que uma "Ética no Legislativo"?; 
 mitos e duras verdades; 
 os códigos de Ética do Legislativo Federal; 
 os conselhos de Ética; e 
 dilemas e novos caminhos. 
 
Pág. 2 - Por que uma "Ética no Legislativo"? 
 
Após tudo o que viu neste curso, você pode estar se perguntando: 
 
 
 
Ética é algo universal. Por que, então, falar em uma "Ética no Legislativo"? 
 
 
Da mesma forma que analisamos a Ética do ponto de vista da mídia ou do 
ponto de vista sob o qual a coloca um ou outro grupo social, existem princípios 
específicos, que podemos também chamar de éticos, para categorias 
específicas de pessoas. 
 
Uma dessas categorias é a da profissão. 
 
De início, é fundamental lembrarmos: o Poder Legislativo, tal como concebido 
no Brasil, tem uma função REPRESENTATIVA. 
 
Neste sentido, os imperativos éticos estão presentes desde o nascimento da 
atividade do parlamentar. Ora, como posso ser o representante de milhares ou 
milhões de pessoas sem considerar suas opiniões e pensamento em cada 
atividade rotineira que exerço? 
 
Para ficarmos apenas no Legislativo, isto vale para senador, deputados federal, 
estadual e distrital e também para vereador, em todo o território brasileiro. 
 
Pág. 3 - Mitos e duras verdades 
 
Apresentamos, a seguir, uma listagem das críticas comumente dirigidas aos 
parlamentares e servidores do Poder Legislativo, contrapondo o que é um mito 
(ou exagero, ou informação distorcida) ao que é uma dura verdade (erros que 
podem e devem ser corrigidos). 
 
Concordando ou não, apresentamos essa listagem, para que você reflita e 
ajude a formar seu próprio juízo de valor. 
 
 
Mito n° 1: Os parlamentares trabalham pouco 
Talvez seja este o mito mais fácil de ser desfeito. Uma 
visita presencial ou virtual às Casas legislativas 
demonstra que, em geral, lá se trabalha, e muito. Isto 
porque o trabalho do parlamentar não se resume à 
presença e aos discursos inflamados em plenário, mas 
também, e talvez principalmente, à presença nas 
reuniões políticas e com os diversos setores da 
sociedade, nas comissões permanentes e temporárias e 
em eventos dos quais precisa participar em função de 
sua representatividade. 
Dura verdade n° 1: Alguns parlamentares faltam 
às sessões plenárias 
Alguns parlamentares, é fato, faltam às sessões 
plenárias. Porém, esse número vem progressivamente 
diminuindo, mesmo porque o poder do parlamentar é 
decorrente de sua participação efetiva; inclusive o seu 
próprio partido tende a cobrar sua atuação e seus votos. 
Mito n° 2: Os parlamentares desfrutam de 
inúmeros privilégios 
Considerando-se o alto nível de responsabilidade do 
representante legislativo, e também os gastos 
decorrentes da atividade do mandato (releia o item 
anterior), não se pode efetivamente falar de forma 
genérica em “privilégios”. Em verdade, ajustes têm sido 
feitos com relação ao tema, nos três níveis do Poder 
Legislativo, o que é salutar para o próprio desempenho 
do mandato eletivo. 
Dura verdade n° 2: Alguns parlamentares fazem 
malversação dos recursos do mandato 
Sim, ainda se reportam casos de nepotismo clássico e 
cruzado, de “caixinha” de servidores em comissão 
repassada ao parlamentar ou ao partido, e aberrações 
similares. A legislação vem se aprimorando para coibir 
estas e outras transgressões, da mesma forma que a 
imprensa e outras instâncias de controle vêm atuando 
para denunciar tais fatos. 
Mito n° 3: Os parlamentares só legislam em causa 
própria ou de seus financiadores 
Se essa afirmação fosse verdadeira, as minorias na 
sociedade ainda estariam em regime de escravidão e 
não contariam com benefícios como o 13° salário, a 
licença-maternidade e outras conquistas no campo 
trabalhista e social. Mais uma vez, aqui a generalização 
não condiz com a verdade. Se determinados 
parlamentares, de fato, priorizam seus próprios 
interesses em detrimento de quem o elegeu, cabe ao 
eleitorado dar-lhes a lição definitiva na eleição seguinte: 
essa é a regra de ouro do sistema democrático. E se o 
parlamentarhouver infringido a lei, cabe ao judiciário 
tomar as medidas cabíveis, sempre com a vigilância e o 
apoio – por que não? – da pressão popular. 
Dura verdade n° 3: Alguns parlamentares atuam 
com interesses próprios ou escusos 
Sabe-se que essas práticas existem: há parlamentares 
que colocam seus próprios interesses financeiros ou 
projetos de poder acima das atribuições e deveres para 
com o mandato que lhes foi conferido pelos cidadãos. 
Com o cuidado de não generalizar, cabem às denúncias 
contra os arrivistas travestidos de parlamentares, até 
porque maculam a atuação correta e diuturna dos que 
honram seus mandatos. (Veja neste curso os diversos 
links para ouvidorias e instâncias de controle externo, 
que podem auxiliar na checagem da ética na atuação 
parlamentar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 4 - Mitos e duras verdades 2 
 
Mito n° 4: Os servidores do Legislativo trabalham 
pouco e ganham muito 
De fato, se tomarmos como base o salário médio dos 
brasileiros, os servidores do Legislativo, do Judiciário e de 
determinadas carreiras do Executivo são bem 
remunerados. Isso não implica dizer que trabalham pouco. 
Mais uma vez, há que se reconhecer aqui uma injustiça, 
onde “os justos pagam pelos pecadores”. É frequente os 
servidores do Legislativo permanecerem no trabalho noite 
adentro e até de madrugada, notadamente nas sessões de 
comissões, em cotações de alto impacto social no plenário 
e mesmo no trabalho nos gabinetes. Infelizmente, essas 
particularidades não tem tanto destaque na mídia, mas um 
maior conhecimento da prática legislativa indicará que 
existem sim, e em bom número, esses verdadeiros 
servidores públicos. 
Dura verdade n° 4: Alguns servidores do Legislativo 
não cumprem responsabilidades 
Num universo tão amplo de servidores, sem dúvida 
existem os que não cumprem a jornada de trabalho 
prevista e, ainda pior, não se desincumbem de suas 
tarefas. Esses casos têm sido tratados cada vez com maior 
rigor tanto pela lei quanto pelas normas internas das 
Casas Legislativas. Exemplos como o do Senado, com o 
programa PRORESULTADOS, que visa profissionalizar 
ainda mais os processos e fluxos de trabalho, e a 
retomada da capacitação dos servidores, são importantes 
para essa mudança de cultura. 
Mito n° 5: No legislativo a maioria dos servidores 
entra “pela janela” 
Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o 
concurso público é o caminho legal, natural e 
culturalmente aceito como porta de entrada para as 
carreiras na Administração Pública, o que vale também 
para o Poder Legislativo. 
Dura verdade n° 5: Existem algumas exceções para 
contratação temporária sem concurso: 
Nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), 
existe um número restrito de cargos em comissão a serem 
preenchidos sem concurso público. Também houve nos 
últimos anos um incremento da terceirização de algumas 
atribuições, o que implica contratação sem concurso. No 
entanto, no caso dos comissionados, estes podem ser 
demissíveis ad nutum (ou seja, a qualquer momento e 
mesmo sem justificação); e os terceirizados não são 
propriamente servidores públicos, mas sim os prestadores 
de serviços não terão vínculos com a Administração 
pública. 
 
 
 
Pág. 5 - Os Códigos de Ética no Legislativo Federal 
 
Como estamos em um curso no âmbito legislativo, cabe agora uma pausa para 
que você leia o Código de Ética e Decoro Parlamentar das duas Casas 
Legislativas federais: o Senado e a Câmara dos Deputados. 
 
Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal 
Instituído pela Resolução do Senado nº 20, de 1993 
 
 
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados 
Instituído pela Resolução da Câmara nº 25, de 2001 
 
 
 
Pág. 6 - Os Conselhos de Ética 
 
Senado Federal e Câmara dos Deputados mantêm Conselhos de Ética e 
Decoro Parlamentar para analisar casos de supostas transgressões de 
parlamentares federais. Esses órgãos funcionam como mecanismos internos 
de controle à atividade parlamentar, buscando garantir as melhores práticas, 
conduzindo à punição de parlamentares infratores dos princípios éticos 
estabelecidos nos respectivos Códigos de Ética e, por via de consequência, 
transgressões à lei. 
 
A seguir, os links para os Conselhos. 
 
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal 
 
 
 
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados 
 
 
 
Pág. 7 - Os novos caminhos do Senado 
 
 
O Senado Federal vem progressivamente aperfeiçoando tanto seus 
mecanismos de controle quanto os meios para ouvir o que os cidadãos têm a 
sugerir ou reclamar. 
 
Abaixo, listamos algumas dessas ações e os links de acesso às informações e 
vias para contato. 
 
 
Portal da Transparência 
 
Tem por finalidade veicular dados e informações detalhados sobre a gestão 
administrativa e a execução orçamentária e financeira do Senado Federal. 
 
 
 
 
Siga Brasil 
 
É um sistema de informações sobre orçamento público, que permite acesso 
amplo e facilitado ao SIAFI e a outras bases de dados sobre planos e 
orçamentos públicos, por meio de uma única ferramenta de consulta. 
 
 
 
Manual de Obtenção de Recursos Federais para Municípios 
 
 
Criado pelo ILB e disponível em sua página, possibilita que prefeitos e 
gestores municipais busquem recursos federais diretamente, facilitando os 
procedimentos e economizando recursos gastos com intermediação. 
 
 
 
 
Agenda de trabalho do Senado Federal 
 
Aqui você pode consultar diariamente os trabalhos que serão realizados pelos 
senadores. 
 
 
 
 
 
Ouvidoria do Senado 
 
 
 
Canal para reclamações e críticas à instituição Senado, seus servidores e 
parlamentares. 
 
 
 
 
 
 
 
Alô, Senado 
 
 
 
De qualquer lugar do Brasil ligue 0800 612211 ou por outros meios disponíveis 
no portal, tire dúvidas, obtenha informações e ajude a realizar as mudanças no 
Senado. 
 
 
 
 
 
 
Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) 
 
Cursos a distância com e sem tutoria, e semitutorados, disponibilizados 
gratuitamente aos cidadãos. 
 
 
 
 
Portal de Acompanhamento de Gastos para a Copa do Mundo de 2014 
 
Criado pelo PRODASEN, órgão do Senado voltado à tecnologia, esse portal 
possibilita consultar a previsão orçamentária e os gastos efetivos realizados 
pela União, Estados e Municípios em ações relativas à Copa do Mundo de 
Futebol que será realizada no Brasil neste ano de 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 8 - Para finalizar... recomeçando 
 
O ser humano é gregário, relacional, expressa-se e realiza-se em sociedade. 
Nos países democráticos, o Poder Legislativo representa a sociedade em seus 
anseios por mais oportunidades, melhor qualidade de vida e justiça social. 
 
Após a virada do milênio, e notadamente com o incrível aumento de 
abrangência das novas tecnologias de informação e comunicação, representar 
a sociedade não é mais tarefa que fica restrita a decisões de gabinete, apertos 
de mão ou vaias públicas. O cidadão-eleitor tem agora mecanismos de 
consulta de informações e de análise desses dados para formar sua própria 
opinião. 
 
Se considerarmos que, no princípio do século XX, o número de periódicos e de 
livros era, pode-se afirmar, escasso, hoje as informações nos saltam aos olhos 
pelos periódicos, sim, mas também por rádio, TV, celulares, notebooks e os 
demais dispositivos móveis ou não que nos permitem acessar a rede mundial 
de computadores, nossa conhecida web ou internet. 
 
O conceito de web (teia, em inglês) nos dá a perfeita analogia: a sociedade, e 
com ela a AdministraçãoPública, é um todo indissociável, e essa união de 
destinos torna-se cada vez mais clara à medida que se avança em 
descobertas, invenções e apreensão ou desenvolvimento do saber. 
 
Mas o saber em si, como a internet e como qualquer ferramenta, pode ser 
usado com bons ou maus propósitos. 
 
Daí a importância da Ética. 
 
 
 
Como já tratado neste curso, os princípios éticos podem ser seguidos por todos 
e nas mais prosaicas e banais atividades cotidianas e também nas decisões 
estratégicas nacionais e mundiais. 
No Brasil dos últimos anos, tem havido incontestáveis avanços nas leis e na 
penalização de atos contra a vida e o bem público. As manchetes de jornais e 
os protestos em grupo ou individuais contra essas transgressões e esses 
transgressores demonstram que a cultura brasileira, um dia já considerada tão 
somente cordial e conciliadora, tem a capacidade de se indignar e de exigir 
seus direitos, e que estes sejam respeitados por aqueles que os representam 
ou que administram a res publica, a coisa pública, o patrimônio de todos. 
 
Lembremos sempre que a vida é o bem mais precioso; por isso é a principal 
guardiã e o principal objetivo da Ética. 
 
E que a vida e a Ética, não existem apenas nas aulas de biologia ou de 
filosofia. Querendo sempre se expressar, elas estão, o tempo todo, em cada 
um de nós. 
 
Exercícios de Fixação - Módulo III 
Parabéns! Você chegou ao final do primeiro do curso Ética e Administração 
Pública. 
 
Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo III e resolva os Exercícios de 
Fixação, que o resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como 
oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a 
plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas! 
 
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação final do curso, que encontra-se no 
Módulo de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode receber 
a sua certificação de conclusão do curso. 
 
Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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